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Angiografia e Procedimentos Intervencionistas

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PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 

  ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
 Página 2 | 
ANGIOGRAFIA E 
PROCEDIMENTOS 
INTERVENCIONISTAS
Keneth Bontrager 
ANATOMIA RADIOGRÁFICA 
Introdução 
DEFINIÇÃO 
Angiografia refere-se ao exame radiográfico dos 
vasos após injeção de um contraste. Como as 
várias partes moles do corpo possuem 
densidades radiográficas similares, o contraste 
tem de ser adicionado para estudar a distribuição 
normal e anormal do sistema circulatório. Por 
exemplo, a radiografia lateral do crânio de rotinél 
nél Fig. 21.1 não mostra os vasos do sistema 
circulatório do crânio, enquanto a arteriografia 
lateral da carótida na Fig. 21.2 claramente 
diferencia o cérebro dos vasos sangüíneos. 
Isso também é verdadeiro no que diz respeito ao 
sistema circulatório de outras regiões do corpo 
como tórax, abdome e membros superiores e 
inferiores (periferia). Uma boa compreensão da 
anatomia envolvida, conforme descrito na primeira 
parte deste capítulo é essencial para a realização 
da angiografia. 
DIVISÕES OU COMPONENTES DO 
SISTEMA CIRCULATÓRIO 
O sistema circulatório consiste nos componentes 
cardiovascular e linfático. A porção cardiovascular 
inclui coração, sangue e vasos que transportam o 
sangue. 
O elemento linfático do sistema circulatório é 
composto de um fluido aquoso claro chamado 
linfa, de vasos linfáticos e de linfonodos. 
Os componentes cardiovasculares e linfáticos 
diferem em sua função e na maneira de 
transportar seus respectivos fluidos no interior dos 
vasos.A divisão cardiovascular ou circulatória 
sangüínea pode ainda ser dividida em 
componentes cardíaco (circulação no interior do 
coração) e vascular (vaso sangüíneo). 
O componente vascular ou dos vasos é dividido 
no sistema pulmonar (do coração para o pulmão e 
vice-versa) e no sistema global ou sistêmico (por 
todo o corpo). (Ver o quadro do sumário na coluna 
à direita.) 
SISTEMA CARDIOVASCULAR 
O coração é o órgão principal do sistema 
cardiovascular e funciona como uma bomba para 
manter a circulação de sangue por todo o corpo. 
O componente vascular é uma rede de vasos 
sangüíneos que carrega o sangue do coração 
para os tecidos corporais e vice-versa.Funções As 
funções do sistema cardiovascular incluem as 
seguintes: 
1. Transporte de oxigênio, nutrientes, hormônios e
componentes químicos necessários para a 
atividade corporal normal. 
2. Remoção dos produtos excretados pelos rins e
pulmões, 
3. Manutenção da temperatura corporal e do
balanço de água e ele trólitos. 
Essas funções são realizadas pelos seguintes 
componentes sangüíneos: 
 Hemácias, leucócitos e plaquetas suspensas no 
plasma. 
Componentes Sangüíneos 
As hemácias, ou eritrócitos, são produzidas na 
medula vermelha de alguns ossos e transportam 
oxigênio através da proteína hemoglobina até os 
tecidos corporais. 
Os leucócitos são formados na medula óssea e no 
tecido linfático e defendem o corpo contra 
infecção e doença. As plaquetas, também 
 ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
3 
originadas da medula óssea, reparam lesões nas 
paredes dos vasos sangüíneos e promovem a 
coagulação sangüínea. 
O plasma, a porção líquida do sangue, consiste 
em 92% de água e cerca de 7% de proteínas e 
sais plasmáticos, nutrientes e oxigênio. 
SUMÁRIO DOS COMPONENTES DO 
SISTEMA CIRCULATÓRIO 
Sistema circulatório 
Sistema cardiovascular 1 Cardíaco (coração) 1 
Vascular (vasos) 1 Pulmonar (pulmões) 1 Sistema 
linfático -Linfa 
Vasos linfáticos – Linfonodos 1 Sistêmico 
(corporal) Veia Artéria Coração ] 
CIRCULAÇÃO SISTÊMICA 
Artérias 
Os vasos que levam o sangue oxigenado do 
coração para os tecidos são chamados de 
artérias. As artérias originadas diretamente do 
coração são calibrosas, mas são subdivididas e 
diminuem de tamanho conforme se estendem do 
coração para as várias partes do corpo. As 
artérias menores são denominadas arteríolas. 
Conforme o sangue circula através das arteríolas, 
ele penetra nos tecidos através das menores 
subdivisões desses vasos, conhecidas como 
capilares (Fig. 21.3). 
Veias 
O sangue desoxigenado retoma ao coração 
através do sistema venoso. O sistema venoso 
estende-se dos capilares venosos até vênulas e 
veias, aumentando em tamanho conforme se 
aproxima do coração. 
Circulação Pulmonar 
O circuito de vasos sangüíneos (veias, vênulas, 
capilares, arteríolas e artérias), que fornece 
sangue para os pulmões e vice-versa, abrange o 
componente denominado circulação pulmonar do 
sistema cardiovascular. 
Como dito previamente, as artérias geral-mente 
transportam sangue oxigenado do coração até os 
capilares. Exceções a essa regra são as artérias 
pulmonares, que transportam sangue deso-
xigenado até os pulmões, sangue esse que foi 
trazido ao coração através do sistema venoso. 
As veias cava superior e inferior deságuam o 
sangue desoxigenado no interior do átrio direito 
do coração. 
O coração bombeia esse sangue desoxigenado 
do ventrículo direito através das artérias 
pulmonares até os pulmões, onde oxigênio e 
dióxido de carbono são trocados através de 
pequenos sacos acerados ou alvéolos 
pulmonares. 
O sangue oxigenado então retoma através das 
veias pulmonares até o átrio esquerdo do coração 
(Fig. 21.4). 
  ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
 Página 4 | 
Circulação Sistêmica Geral 
CORAÇÃO 
o coração é um órgão muscular que bombeia
sangue para as várias partes do corpo. 
Anatomicamente, o coração situa-se no 
mediastino e apóia-se no diafragma (Fig. 21.5). O 
tecido cardíaco diferencia-se dos outros tecidos 
musculares do corpo em sua construção e é 
denominado miocárdio. O lado esquerdo do 
coração é responsável pela extensa circulação 
sistêmica; por isso, a parede muscular esquerda é 
cerca de três vezes mais espessa que a direita. 
O coração é dividido em quatro câmaras: os átrios 
direito e esquerdo e os ventrículos direito e 
esquerdo. Cada câmara tem como função receber 
e/ou bombear sangue. A circulação sangüínea é 
um sistema fechado através do qual o sangue 
desoxigenado penetra no átrio direito, proveniente 
de todas as partes do corpo, é reoxigenado nos 
pulmões e retoma para o corpo através do 
ventrículo esquerdo. 
O sangue que retoma ao coração penetra no átrio 
direito através das veias 
cavas superior e inferior (Fig. 21.6). O sangue na 
veia cava superior é 
proveniente da cabeça, do tórax e dos membros 
superiores. A veia cava inferior serve para carrear 
o sangue para o átrio direito a partir do abdome e
dos membros inferiores. 
A partir do átrio direito, o sangue é bombeado 
através da valva tricúspide até o ventrículo direito. 
O ventrículo direito contrai-se, movendo o sangue 
através da valva pulmonar (semilunar pulmonar) 
até as artérias pulmonares e os pulmões. Durante 
a sua permanência nos pulmões, o sangue é 
oxigenado e então retoma para o átrio esquerdo 
do coração através das veias pulmonares. 
Conforme o átrio esquerdo se contrai, o sangue é 
transportado através da valva mitral (bicúspide) 
até o ventrículo esquerdo. 
Quando o ventrículo esquerdo sofre contra-ção, o 
sangue oxigenado sai dessa câmara através da 
valva aórtica (semilunar aórtica), passa pela aorta 
e é transportado para os vários tecidos corporais. 
SUMÁRIO DA CIRCULAÇÃO SISTÊMICA GLOBAL 
Veias cavas Aorta 
(Valva aórtica) 
Átrio direito Ventrículo esquerdo 
(Valva tricúspide) (Valva mitral) 
Ventrículo direito Átrio esquerdo 
(Valva pulmonar) (Valvas pulmonares) 
Artérias pulmonares Pulmões Veias pulmonares 
(Sangue desoxigenado) (Sangue oxigenado) 
 ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
5 
ARTÉRIAS CORONÁRIAS 
As artérias coronárias são os vasos que fornecem 
sangue para o músculo cardíaco. As duas artériascoronárias são denominadas direita eesquerda. 
Ambas são originadas no bulbo aórtico. 
A artéria coronária direita origina-se no seio direito 
(anterior) do bulbo aórtico, e a coronária esquerda 
é originada no seio esquerdo (posterior) do bulbo 
aórtico. A artéria coronária direita fornece 
suprimento para a maior parte do átrio direito e 
ventrículo direito do coração. 
A artéria coronária esquerda fornece suprimento 
sangüíneo para ambos os ventrículos e para o 
átrio esquerdo do coração. Existem muitas 
interconexões ou anastomoses entre as artérias 
coronárias direita e esquerda. O sangue retoma 
para o átrio direito do coração através das veias 
coronárias. 
VEIAS CORONÁRIAS 
O sistema do seio coronário retoma o sangue 
para o átrio direito para nova circulação. O seio 
coronário é uma ampla veia na face posterior do 
coração entre os átrios e os ventrículos. O seio 
coronário possui três ramos principais: as veias 
cardíacas maior, média e menor. 
A veia cardíaca maior recebe sangue de ambos 
os ventrículos e do átrio esquerdo. A veia 
cardíaca média drena o sangue proveniente do 
ventrículo direito, do átrio direito e de parte do 
ventrículo esquerdo. A veia cardíaca menor faz o 
retorno sangüíneo do ventrículo direito. O seio 
coronário drena a maior parte do sangue do 
coração. Algumas pequenas veias drenam 
diretamente para ambos os átrios. 
Artérias Cerebrais 
Suprimento sangüíneo cerebral 
o suprimento sangüíneo do cérebro é feito pelas
artérias principais da circulação sistêmica. As 
quatro artérias principais a seguir fornecem o 
suprimento sangüíneo do cérebro (Fig. 21.9): 
1. Artéria carótida comum
2. Artéria carótida comum esquerda
3. Artéria vertebral direita
4. Artéria vertebral esquerda
Os ramos principais das duas carótidas comuns 
fornecem a circulação anterior do cérebro, e as 
duas vertebrais fazem a circulação posterior. 
Exame radiográfico dos vasos do pescoço e de 
toda a circulação cerebral é denominado 
"angiograma dos quatro vasos" devido ao fato de 
  ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
 Página 6 | 
esses quatro vasos serem seletiva e 
coletivamente injetados com contraste. Outro 
exame comum é o "angiograma dos três vasos", 
no qual as duas carótidas e apenas uma das 
artérias vertebrais são estudadas. 
RAMOS DO ARCO AÓRTICO 
A aorta é a principal artéria que deixa o ventrículo 
esquerdo do coração. 
Três ramos principais originam-se do arco da 
aorta, e incluem os seguintes (Fig. 21.10): 
1. Artéria braquiocefálica
2. Artéria carótida comum esquerda
3. Artéria subclávia esquerda
O tronco braquiocefálico é um vaso curto que se 
bifurca em artéria carótida comum direita e artéria 
subclávia direita. Essa bifurcação ocorre 
diretamente posterior à articulação esterno 
clavicular direita. As artérias vertebrais direita e 
esquerda são ramos das artérias subclávias em 
cada lado como descrito acima (ver Fig. 21.9). 
Devido à artéria carótida comum esquerda se 
originar diretamente do arco aórtico, ela é 
ligeiramente mais longa do que a artéria carótida 
comum direita. 
Na região cervical, as duas carótidas comuns são 
similares. Cada artéria carótida comum passa 
cefalicamente à sua origem, ao longo de cada 
lado da traquéia e laringe até o nível da borda 
superior da cartilagem tireóide. 
Nesse ponto, cada artéria carótida comum se 
divide em artérias carótidas interna e externa. O 
local da bifurcação de cada carótida comum está 
no nível da terceira ou quarta vértebra cervical. 
ARTÉRIAS DA CABEÇA E DO PESCOÇO 
As artérias principais que fornecem o suprimento 
para a cabeça, conforme visto a partir do lado 
direito do pescoço, são mostradas na Fig. 21.11 
(apenas os vasos do lado direito são identificados 
nesse desenho). O tronco braquiocefálico bifurca-
se em artéria carótida comum direitae artéria 
subclávia direita. 
A artéria carótida comum direita ascende até o 
nível da quarta vértebra cervical para ramificar-se 
em artéria carótida externa e artéria carótida 
interna, como já descrito acima. Cada artéria 
carótida externa supre basicamente a face 
anterior do pescoço, a face e grande parte do 
couro cabeludo e as meninges (que cobrem o 
cérebro). Cada artéria carótida interna supre os 
hemisférios cerebrais, a hipófise, as estruturas 
orbitárias, a parte externa do nariz e a porção 
anterior do cérebro. 
A artéria vertebral direita origina-se da artéria 
subclávia direita e passa através dos forames 
transversos de C6 até C1. Cada artéria vertebral 
passa posteriormente ao longo da borda superior 
de C1 antes de sofrer angulação ascendente 
através do forame magno para penetrar no crânio. 
 ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
7 
Um arteriograma carotídeo comum é mostrado à 
direita visualizando : 
(A) carótida interna direita, 
(B) carótida externa direita e 
(C) carótida comum direita. 
RAMOS DA ARTÉRIA CARÓTIDA EXTERNA 
Quatro ramos principais da artéria carótida 
externa incluem os seguintes: 
1. Artéria facial
2. Artéria maxilar
3. Artéria temporal superficial
4. Artéria occipital
Elas não desempenham um papel importante na 
angiografia e não serão mostradas nos desenhos. 
ARTÉRIA CARÓTIDA INTERNA 
Cada artéria carótida interna ascende para 
penetrar no canal carotídeo na porção petrosa do 
osso temporal. No interior da pirâmide petrosa, a 
artéria se curva para a frente e medialmente. 
Antes de fornecer o suprimento para os 
hemisférios cerebrais, cada carótida interna passa 
através de uma coleção de canais venosos ao 
redor da sela turca. A artéria carótida interna 
atravessa a dura-máter medialmente em relação 
ao processo dinóide anterior, e então se bifurca 
nos ramos cerebrais. 
A porção em forma de S da artéria carótida 
interna é denominada sifão carotídeo e é 
estudada cuidadosamente pelo radiologista. 
ARTÉRIA CEREBRAL ANTERIOR 
Os dois ramos terminais de cada artéria carótida 
interna são as artérias cerebrais anteriores (Fig. 
21.12) e as artérias cerebrais médias (Fig. 21.13). 
Cada artéria cerebral anterior e seus ramos 
fornecem o suprimento para 
a maior parte da região anterior do cérebro, 
próximo à linha média. 
As artérias cerebrais anteriores curvam-se ao 
redor do corpo caloso, 
dando diversos ramos para as porções médias do 
hemisfério cerebral. 
Cada artéria cerebral anterior conecta-se com a 
artéria do lado oposto e com a circulação cerebral 
posterior. 
ARTÉRIA CEREBRAL MÉDIA 
A artéria cerebral média é o maior ramo de cada 
artéria carótida interna. 
Essa artéria supre as regiões laterais da 
circulação cerebral anterior (Fig. 21.13). 
Conforme a artéria cerebral média caminha em 
direção à periferia do cérebro, 
ramos ascendem ao longo da porção lateral da in-
sula ou lobo central do cérebro. 
Esses pequenos ramos fornecem suprimento para 
tecidos cerebrais situados profundamente no 
interior do cérebro. 
ARTERIOGRAMA DA CARÓTIDA INTERNA 
Quando uma artéria carótida interna é injetada 
com contraste, as artérias cerebrais anterior e 
média são opacificadas. A fase arterial do 
angiograma cerebral da carótida é similar aos 
desenhos na Fig. 21.14. 
  ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
 Página 8 | 
Na visão frontal ou incidência AP, ocorre pequena 
sobreposição dos dois vasos, pois a artéria 
cerebral anterior direciona-se para a linha média e 
a cerebral média estende-se lateralmente. 
Na posição lateral, alguma sobreposição 
obviamente existe. Note que a artéria carótida 
interna supre basicamente a porção anterior do 
cérebro. 
Arteriogramas em incidência lateral e AP axial da 
carótida interna são mostrados, demonstrando a 
bifurcação da artéria carótida em artérias 
cerebrais anterior e média. A região do sifão 
carotídeo em forma de S descrita acima é 
visualizada.Compare o desenho legendado com as 
radiografias para ver se você consegue identificar 
os vasos legendados antes de olhar as respostas 
abaixo. 
A. Artéria cerebral anterior 
B. Artéria cerebral média 
C. Região do sifão carotídeo 
D. Artéria carótida interna esquerda 
E..Artéria carótida interna 
Fig. 21.12 Carótida interna e artéria cerebral 
anterior. 
Artéria cerebral média/ Artéria cerebral interna 
Fig. 21.13 Artéria cerebral média. 
Artéria cerebral anterior 
Artéria cerebral média\Artéria carótida interna 
Fig. 21.14 Arteriografia da carótida interna 
visualizando as artérias cerebrais anterior e 
média. 
ARTÉRIAS VERTEBROBASlLARES 
As duas artérias vertebrais penetram no crânio 
através do forame magno e se unem para formar 
a artéria basilar única. As artérias vertebrais e a 
artéria basilar e seus ramos formam o sistema 
vertebrobasilar, na Fig. 21.15, essas artérias são 
mostradas ao longo da base do crânio. Diversas 
artérias originam-se de cada artéria vertebral 
antes do seu ponto de convergência para formar a 
artéria basilar. 
Esses ramos suprem a medula espinhal e a parte 
posterior do cérebro. 
A artéria basilar apóia-se no clivo, uma porção do 
osso esfenóide, e na base do osso occipital 
anterior ao forame magno e posterior ao dorso 
selar. 
CÍRCULO DE WILLIS 
O sangue do cérebro é fornecido pela carótida 
interna e pelas artérias vertebrais. A circulação 
posterior do cérebro comunica-se com a 
circulação anterior ao longo da base do cérebro 
no círculo arterial, ou círculo de Willis 
(Fig. 21.16). Essas cinco artérias ou ramos que 
formam o círculo de Willis são 
(1) a artéria comunicante anterior, 
(2) as artérias cerebrais anteriores, 
(3) ramos das artérias carótidas internas, 
(4) a artéria comunicante posterior e 
(5) as artérias cerebrais posteriores. 
 ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
9 
Há comunicação da circulação anterior e posterior 
e também ambos os ladossão conectados através 
da linha média. Desse modo, uma elaborada 
anastomose interconecta todo o suprimento 
arterial cerebral. Conforme a artéria basilar segue 
em direção ao círculo de Willis, ela fornece 
diversos ramos para a parte posterior do cérebro. 
As artérias cerebrais posteriores são dois dos 
maiores ramos. 
Certos aneurismas podem ocorrer nesses vasos 
que formam o círculo de Willis, e eles devem ser 
bem demonstrados nos estudos angiográficos 
cerebrais. 
A importante glândula "mestre", a hipófise 
(glândula pituitária) e sua estrutura óssea 
circundante, a sela turca, localizam-se no interior 
do círculo de Willis. 
Ver a Fig. 21.1 5 para localizar a artéria basilar 
apoiada no clivo e a relação dessas estruturas 
com o dorso selar. 
ARTERIOGRAMA VERTEBROBASILAR 
Um arteriograma vertebrobasilar padrão parece 
similar ao desenhado 
simplificadamente na Fig. 21.17. As artérias 
vertebrais, a artéria basilar e as 
artérias cerebrais posteriores podem ser vistas. 05 
vários ramos para o 
cerebelo não foram legendados nesse desenho. 
Arteriogramas vertebro-basilares em incidência 
lateral e AP são mostrados, demonstrando uma 
injeção no lado esquerdo com preenchimento dos 
vasos 
associados do lado esquerdo. Compare o 
desenho legendado com as 
radiografias para ver se você consegue identificar 
05 vasos legendados antes 
de olhar as respostas abaixo. 
A. Artérias cerebrais posteriores 
B. Artéria basilar 
C. Artéria vertebral esquerda 
D. Artéria cerebral posterior esquerda 
E. Artéria cerebral posterior direita 
Veias Cerebrais 
GRANDES VEIAS DO PESCOÇO 
Os três pares de veias principais do pescoço que 
fazem a drenagem da cabeça, face e região do 
pescoço mostrados na Fig. 21.1 8 são os 
seguintes: 
1. Veias jugulares internas direita e esquerda;
2. Veias jugulares externas direita e esquerda;
3. Veias vertebrais direita e esquerda.
Cada veia jugular interna drena as cavidades 
cranianas e orbitárias. Além 
disso, muitas veias pequenas encontram cada 
veia jugular interna conforme 
  ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
 Página 10 | 
esta passa caudalmente para por fim conectar-se 
com a veia braquiocefálica de cada lado. As veias 
braquiocefálicas direita e esquerda unem-se para 
formar a veia cava superior, que leva o sangue 
até o átrio direito do coração. 
As duas veias jugulares externas são troncos 
mais superficiais que fazem a drenagem do couro 
cabeludo e de grande parte da face e do pescoço. 
Cada veia jugular externa deságua na respectiva 
veia subclávia. 
As veias vertebrais direita e esquerda são for-
madas do lado externo do crânio e drenam a parte 
superior do pescoço e a região occipital. Cada 
veia vertebral penetra no forame transverso de 
C1, desce até C6 e então encontra a veia 
subclávia. 
SEIOS DA DURA-MÁTER 
OS seios da dura-máter são canais venosos que 
drenam sangue do cérebro(Fig. 21.19). Os seios 
estão situados entre as duas camadas de dura-
máter como descrito no Capo 22, que abrange o 
revestimento cerebral e os espaços meníngeos. 
Um espaço entre as duas camadas da dura, ao 
longo da porção superior da 
fissura longitudinal, contém o seio sagital superior. 
O seio sagital inferior segue 
posteriormente para drenar no interior do seio 
reto. O seio reto e o seio sagital superior 
esvaziam-se nos seios transversos opostos. 
Cada seio transverso curva-se medialmente para 
ocupar um sulco ao longo da porção mastóidea do 
osso temporal. O seio nessa região é denominado 
seio sigmóide. Cada seio sigmóide então se curva 
caudaimente para prosseguir na veia jugular 
interna, no forame jugular. 
O seio occipital ruma posteriormente do forame 
magno para unirse ao seio sagital superior, seio 
reto e seios transversos na confluência desses. 
A confluência dos seios é localizada proxi-
mamente à protuberância occipital 
interna. Outros seios importantes da dura-máter 
drenam a área de cada lado do osso esfenóide e 
da sela turca. 
SISTEMA VENOSO CRANIANO 
As principais veias de todo o sistema venoso 
craniano estão legendadas na Fig. 21.20. Apenas 
as veias mais proeminentes são identificadas. Um 
grupo não-nomeado individualmente diz respeito 
às veias cerebrais externos, que, juntamente com 
alguns seios da dura-máter, drenam as 
superfícies externas 
dos hemisférios cerebrais. Como todas as veias 
do cérebro, as veias cerebrais externas não 
 ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
11 
possuem válvulas e são extremamente finas, pois 
não têm tecido muscular. 
Sistema Circulatório Torácico 
ARTÉRIAS TORÁCICAS 
A aorta e as artérias pulmonares são as principais 
artérias localizadas no tórax. As artérias 
pulmonares suprem os pulmões com sangue 
desoxigenado (como mostrado anteriormente na 
Fig. 21.4). 
A aorta estende-se do coração até aproxima-
damente a quarta vértebra lombar e é dividida em 
porções torácica e abdominal. A porção torácica é 
subdividida nos quatro segmentos seguintes (Fig. 
21.21): 
1. Bulbo aórtico (raiz)
2. Aorta ascendente
3. Arco aórtico
4. Aorta descendente
O bulbo, ou raiz, fica na extremidade proximal da 
aorta e é o segmento do 
qual se originam as artérias coronárias. 
Estendendo-se do bulbo está a 
porção ascendente da aorta, que termina 
aproximadamente na segunda 
articulação esternocostal e passa a ser o arco. O 
arco é incomparável em relação aos outros 
segmentos da aorta torácica pois existem três 
ramos que se originam nele: a artéria 
braquiocefálica, a carótida comum esquerda e a 
artéria subclávia esquerda. Isso é também mos-
trado na p. 669, na Fig. 21.10 no sistema 
circulatório craniano. 
Existem muitas variações do arco aórtico. As três 
variações mais comuns, ocasionalmente vistas na 
angiografia, sãoas seguintes (Fig. 21.22): 
A. Aorta esquerda circunflexa arco normal com 
aorta descendente direcionada para baixo e para 
a esquerda. 
B. Aorta inversa (arco à direita) 
C. Pseudocoarctação (aorta descendente 
arqueada) em sua extremidade distal, o arco 
aórtico passa a ser a aorta descendente (ver Fig. 
21.21). A aorta descendente estende-se do istmo 
até o nível da décima segunda vértebra dorsal. 
Inúmeros ramos arteriais intercostais, brônquicos, 
esofágicos e frênicos superiores originam-se da 
aorta descendente, não mostrados na Fig. 21.21. 
Essas artérias transportam sangue para órgãos 
que Ihes dão o nome. 
VEIAS TORÁCICAS 
As principais veias do tórax são a veia cava 
superior, a veia ázigos e as veias pulmonares. A 
veia cava superior leva o sangue transportado do 
tórax para o átrio direito. A veia ázigos é a 
principal tributária que traz o sangue do tórax para 
a veia cava superior (Fig. 21.23). A veia ázigos 
penetra na veia cava superior posteriormente. O 
sangue proveniente do tórax penetra na veia 
ázigos através das veias intercostais, brônquicas, 
esofágicas e frênicas. Note que uma parte da veia 
cava superior foi retirada nesse desenho para 
melhor visualização da veia ázigos e das veias 
intercostais. 
As veias pulmonares inferior e superior trazem o 
sangue oxigenado dos pulmões para o átrio 
esquerdo, como mostrado anteriormente. A veia 
cava inferior é responsável pelo retorno venoso do 
abdome e dos membros inferiores até o átrio 
direito (ver Figs. 21.4 e 21.6). 
  ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
 Página 12 | 
ARTÉRIAS TORÁCICAS 
A aorta e as artérias pulmonares são as principais 
artérias localizadas no tórax. As artérias 
pulmonares suprem os pulmões com sangue 
desoxigenado (como mostrado anteriormente na 
Fig. 21.4). 
A aorta estende-se do coração até aproxima-
damente a quarta vértebra lombar e é dividida em 
porções torácica e abdominal. A porção torácica é 
subdividida nos quatro segmentos seguintes (Fig. 
21.21): 
1. Bulbo aórtico (raiz)
2. Aorta ascendente
3. Arco aórtico
4. Aorta descendente
O bulbo, ou raiz, fica na extremidade proximal da 
aorta e é o segmento do qual se originam as 
artérias coronárias. Estendendo-se do bulbo está 
a porção ascendente da aorta, que termina 
aproximadamente na segunda articulação 
esternocostal e passa a ser o arco. O arco é 
incomparável em relação aos outros segmentos 
da aorta torácica pois existem três ramos que se 
originam nele: a artéria braquiocefálica, a carótida 
comum esquerda e a artéria subclávia esquerda. 
Isso é também mostrado na p. 669, na Fig. 21.10 
no sistema circulatório craniano. 
Existem muitas variações do arco aórtico. As três 
variações mais comuns, ocasionalmente vistas na 
angiografia, são as seguintes (Fig. 21.22): 
A. Aorta esquerda circunflexa arco normal com 
aorta descendentedirecionada para baixo e para a 
esquerda. 
B. Aorta inversa (arco à direita) 
C. Pseudocoarctação (aorta descendente 
arqueada) 
Em sua extremidade distal, o arco aórtico passa a 
ser a aorta descendente 
(ver Fig. 21.21). A aorta descendente estende-se 
do istmo até o nível da décima segunda vértebra 
dorsal. Inúmeros ramos arteriais intercostais, 
brônquicos, esofágicos e frênicos superiores 
originam-se da aorta descendente, não mostrados 
na Fig. 21.21. Essas artérias transportam sangue 
para órgãos que Ihes dão o nome. 
VEIAS TORÁCICAS 
As principais veias do tórax são a veia cava 
superior, a veia ázigos e as veias pulmonares. A 
veia cava superior leva o sangue transportado do 
tórax para o átrio direito. A veia ázigos é a 
principal tributária que traz o sangue do tórax para 
a veia cava superior (Fig. 21.23). A veia ázigos 
penetra na veia cava superior posteriormente. O 
sangue proveniente do tórax penetra na veia 
ázigos através das veias intercostais, brônquicas, 
esofágicas e frênicas. Note que uma parte da veia 
cava superior foi retirada nesse desenho para 
melhor visualização da veia ázigos e das veias 
intercostais. 
As veias pulmonares inferior e superior trazem o 
sangue oxigenado dos pulmões para o átrio 
esquerdo, como mostrado anteriormente. A veia 
cava inferior é responsável pelo retorno venoso do 
abdome e dos membros inferiores até o 
átrio direito (ver Figs. 21.4 e 21.6). 
 ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
13 
Sistema Circulatório Abdominal 
ARTÉRIAS ABDOMINAIS 
A aorta abdominal é a continuação da aorta 
torácica. A aorta abdominal é anterior às vértebras 
e estende-se do diafragma até aproximadamente 
o nível de L4, onde se bifurca em artérias ilíacas
comuns direita e esquerda. 
Existem cinco ramos principais da aorta 
abdominal que são de maior interesse na 
angiografia. Qualquer um desses ramos pode ser 
seletivamente cateterizado para estudo de um 
órgão específico. 
Esses ramos são mostrados na Fig. 21.24 a 
seguir: 
1. Artéria celíaca
2. Artéria mesentérica superior
3. Artéria renal esquerda
4. Artéria renal direita
5. Artéria mesentérica inferior
O tronco do eixo celíaco origina-se na região 
anterior da aorta, imediatamente abaixo do 
diafragma e cerca de 1,5 cm acima da origem da 
artéria mesentérica superior. Órgãos que recebem 
suprimento sangüíneo dos três grandes ramos do 
tronco celíaco são os órgãos hepático, esplênico e 
gástrico. 
A artéria mesentérica superior fornece sangue 
para o pâncreas, para a maior parte do intestino 
delgado e para porções do intestino grosso (ceco, 
cólon-ascendente e metade do cólon transverso). 
Ela é originada na superfície anterior da aorta, ao 
nível da primeira vértebra lombar, cerca de 1,5 cm 
abaixo da artéria celíaca. 
A artéria mesentérica inferior origina-se da aorta, 
aproximadamente na terceira vértebra lombar (3 
ou 4 cm acima do nível da bifurcação das artérias 
ilíacas comuns). O sangue é fornecido para 
porções do intestino grosso (metade esquerda do 
cólon transverso, cólon descendente, cólon 
sigmóide e maior parte do reto) através da artéria 
mesentérica inferior. 
As artérias renais direita e esquerda que fornecem 
sangue para os rins originam-se de cada lado da 
aorta imediatamente abaixo da artéria 
mesentérica superior, ao nível do disco entre a 
primeira e a segunda vértebra lombar. 
A porção distal da aorta abdominal bifurca-se ao 
nível da quarta vértebra lombar em artérias ilíacas 
comuns direita e esquerda. Cada artéria ilíaca 
comum então se divide em artérias ilíacas interna 
e externa. As artérias ilíacas 
internas fornecem suprimento sangüíneo para os 
órgãos pélvicos (bexiga, reto, órgãos reprodutivos 
e musculatura péllvica. 
Os membros inferiores recebem sangue das 
artérias ilíacas externas. A artéria ilíaca externa é 
significativa na angiografia e é usada para estudar 
cada membro inferior. 
  ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
 Página 14 | 
VEIAS ABDOMINAIS 
O retorno venoso das estruturas abaixo do 
diafragma (tronco e membros inferiores até o átrio 
direito do coração é feito pela veia cava inferior. 
Existem várias tributárias da veia cava inferior que 
são importantes radiograficamente. 
Essas veias incluem as veias ilíacas comuns 
direita e esquerda, as veias ilíacas externas e 
internas, as veias renais (Fig. 21.25) e o sistema 
porta (Fig. 21.26). As ilíacas drenam a área 
pélvica e os membros inferiores, e as veias renais 
trazem o sangue dos rins. 
As veias mesentéricas superior e inferior fazem o 
retorno venoso dos intestinos delgado e grosso 
através da veia porta, das veias hepáticas, até a 
veia cava inferior. Isso é visto melhor na Fig. 
21.26, na página seguinte. 
SISTEMA PORTA 
O sistema porta inclui todas as veias que drenam 
sangue do trato digestivo 
abdominal e do baço, pâncreas e vesícula biliar. 
Desses órgãos, essesangue converge para o fígado através da veia 
porta. Durante a sua 
permanência no fígado, esse sangue é "filtrado" e 
retoma para a veia cava 
inferior através das veias hepáticas. Existem 
várias tributárias importantes das veias hepáticas 
(Fig. 21.26). A veia esplênica é uma grande veia 
com suas próprias tributárias, que trazem o 
sangue do baço. 
A veia mesentérica inferior, que faz o retorno 
venoso do reto e de partes do intestino grosso, 
usualmente se abre na veia esplênica, mas, em 
cerca de 10% dos casos, ela termina no ângulo de 
união das veias esplênica e mesentérica superior. 
A veia mesentérica superior traz o sangue do 
intestino delgado e de partes do intestino grosso. 
Ela se une com a veia esplênica para formar a 
veia porta. 
Sistema Circulatório Periférico 
ARTÉRIAS DOS MEMBROS SUPERIORES 
Geralmente considera-se que a circulação arterial 
dos membros superiores é iniciada na artéria 
subclávia. A origem da artéria subclávia difere no 
lado direito em comparação com o esquerdo. 
À direita, a subclávia origina-se da artéria 
braquiocefálica, ao passo que a subclávia 
esquerda é originada diretamente do arco aórtico. 
A subclávia passa a se chamar artéria axilar, que 
dá origem à artéria braquial. A artéria braquial 
bifurca-se para formar as artérias ulnar e radial, 
aproximadamente ao nível do colo do rádio. As 
artérias ulnar e radial continuam a ramificar-se até 
que se unem para formar os dois arcos pai mares 
(profundo e superficial). Ramos desses arcos 
 ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
15 
fornecem suprimento sangüíneo para a mão e os 
dedos. 
VEIAS DOS MEMBROS SUPERIORES 
O sistema venoso dos membros superiores pode 
ser dividido em duas partes: 
as veias profundas e superficiais (Fig. 21.28). Elas 
comunicamse umas às outras em locais 
freqüentes e desse modo formam dois canais 
paralelos de drenagem a partir de uma única 
região. As veias cefálicas e basílicas são as 
principais tributárias do sistema venoso 
superficial. Ambas as veias se originam no arco 
da mão. Anteriormente à articulação do cotovelo 
está a veia cubital media I (a veia mais 
comumente usada para coleta de sangue), que se 
conecta com os sistemas de drenagem superficial 
do antebraço. A veia basílica superior deságua na 
grande veia axilar, que drena para a veia 
subclávia e finalmente para a veia cava superior. 
A veia basílica inferior une-se à veia cubital media 
I para prosseguirem até a veia basílica superior. 
As veias profundas incluem as duas veias 
braquiais que drenam a veia radial, a veia ulnar e 
os arcos palmares. As veias braquiais profundas 
unem-se à veia basílica superficial para formar a 
veia axilar, que deságua 
na subclávia e finalmente na veia cava superior. 
ARTÉRIAS DOS MEMBROS INFERIORES 
A circulação arterial dos membros inferiores 
começa na artéria ilíaca externa e termina nas 
veias do pé (Fig. 21.29). A primeira artéria a 
penetrar no membro inferior é a artéria femoral 
comum. A artéria femoral comum divide-se em 
artéria femoral e artéria femoral profunda. A 
artéria femoral estende-se distalmente na perna e 
passa a ser chamada de artéria poplítea ao nível 
do joelho. Ramos da artéria poplítea são a artéria 
tibia! anterior, artéria tibial posterior e artéria 
fibular. 
  ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
 Página 16 | 
A artéria tibial anterior continua como artéria 
dorsal do pé, com ramos para o tornozelo e o pé. 
A artéria fibular e a artéria tibial anterior fornecem 
suprimento sangüíneo para a panturrilha e a 
superfície plantar do pé. 
VEIAS DOS MEMBROS INFERIORES 
As veias dos membros inferiores são similares às 
dos membros superiores no que diz respeito ao 
sistema venoso superficial e profundo. O sistema 
venoso superficial contém as veias safenas 
magna e parva e suas tributárias e as veias 
superficiais do pé. 
A veia safena magna é a veia mais longa do corpo 
e se estende desde o pé, ao longo da região 
media! da perna, até a coxa, onde deságua na 
veia femoral A veia safe na parva origina-se no pé 
e se estende posteriormente ao longo da perna 
para terminar no joelho, onde deságua na veia 
poplítea. 
As principais veias profundas são as veias tibial 
posterior, fibular, tibial anterior, poplítea e femoral 
A veia tibial posterior e a veia fibular unem-se 
após a drenagem da parte posterior do pé e da 
perna. A veia tibial posterior estende-se para cima 
e se une com a veia tibial anterior para tornar-se a 
veia poplítea ao nível do joelho. A veia poplítea é 
contínua, proximamente, com a veia femoral, 
antes de se tornar à veia ilíaca externa (Fig. 
21.30). 
DRENAGEM LINFÁTICA 
o sistema linfático serve para drenar o líquido
intersticial (líquido nos espaços entre as células) e 
trazê-Io para o sistema venoso. O líquido 
proveniente do lado esquerdo do corpo, membros 
inferiores, pelve e abdome penetra no sistema 
venoso através do dueto torácico (maior vaso 
linfático do corpo), que drena para o interior da 
veia subclávia esquerda, próximo à sua junção 
com a veia jugular esquerda. 
A parte superior do lado direito do corpo, os 
membros superiores, a cabeça e a região do 
pescoço drenam a linfa para o sistema venoso na 
junção das veias jugular direita e subclávia direita 
através do dueto linfático direito (Figs. 21.31 e 
21.32). 
FUNÇÕES 
As funções da porção linfática do sistema 
circulatório são as seguintes: 
1. Combater doenças através da produção de
linfócitos e microfagócitos. 
2. Promover o retorno de proteínas e de outras
substâncias para o sangue. 
3. Filtrar a linfa nos linfonodos.
 ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
17 
4. Transferir gordura do intestino para o ducto
torácico e deste para o sangue. 
O sistema linfático não possui um coração para 
bombear a linfa parao seu destino. Em vez disso, 
a linfa é transportada por difusão, peristal-se, 
movimentos respiratórios, atividade cardíaca, 
massagem e atividade muscular. O transporte da 
linfa ocorre em uma única direção - para longe 
dos tecidos. A seqüência de movimentos do 
líquido ocorre a partir dos capilares linfáticos até 
diversos vasos linfáticos nos quais a linfa penetra 
nos linfonodos e retoma para o sistema venoso 
através de vasos linfáticos eferentes. 
Os linfonodos tendem a formar grupos, embora 
eles possam ser solitários. 
Existem milhares de nodos por todo o corpo, 
alguns dos quais são identificados na Fig. 21.32. 
As principais coleções de nodos que são vistas 
radiograficamente são aquelas nas regiões 
torácica, abdominal, pélvica e inguinal. 
LlNFOGRAFIA 
Linfografia é o termo geral usado para descrever o 
exame radiográfico dos vasos linfáticos e 
linfonodos após a injeção de um contraste. O ter-
mo linfangiografia é freqüentemente usado para o 
estudo radiográfico dos vasos linfáticos após a 
injeção de um contraste. Isso é feito através da 
injeção de um contraste oleoso no interior do vaso 
linfático (usualmente nos pés ou nas mãos) e do 
rastreamento de sua trajetória, com radiografias 
em intervalos cronometrados. 
Como o ritmo da circulação do sistema linfático é 
muito lento, as seqüências cronometradas 
necessárias são também muito lentas. Os vasos 
linfáticos são usualmente visualizados dentro da 
primeira hora após a injeção, e os linfonodos são 
vistos 24 horas após. 
Com o advento da tomografia computadorizada, 
que pode visualizar prontamente linfonodos 
aumentados, exames de linfografia usando 
contraste, como descrito acima, estão sendo 
realizados em menor número. 
PROCEDIMENTOS ANGIOGRÁFICOS 
Visão Global 
Como definido no início deste capítulo, angiografia 
refere-se ao estudo radiológico dos vasos após 
injeção de contraste. Para visualizar essas 
estruturas de baixo contraste, um contraste é 
injetadoatravés de um cateter colocado no vaso 
de interesse. Contraste positivo é mais 
comumente usado, mas há momentos nos quais o 
uso de contraste negativo é indicado. 
Equipamento altamente especializado para o 
estudo é exigido para esses procedimentos. 
A angiografia pode ser mais especificamente 
descrita da seguinte forma: 
Arteriografia: estudo das artérias. 
Venografia: estudo das veias. 
Angiocardiografia: estudo do coração e estruturas 
associadas. 
 Linfografia: estudo dos vasos linfáticos 
/linfonodos. 
Este capítulo tenciona ser uma introdução à 
angiografia e procedimentos intervencionistas, 
não incluindo a variedade de técnicas, informação 
eprocedimentos disponíveis. 
A EQUIPE DE ANGIOGRAFIA 
A angiografia é realizada por uma equipe de 
profissionais de saúde, incluindo (1) um 
radiologista (ou outro angiografista qualificado), 
(2) um técnico ou enfermeiro qualificado e 
  ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
 Página 18 | 
(3) um técnico em radiologia. Dependendo do 
protocolo departamental e da situação específica, 
um médico, enfermeiro ou técnico e/ou técnico em 
hemodinâmica adicional pode também estar 
disponível para auxiliar no procedimento. 
A angiografia é freqüentemente uma área ou 
especialidade prática para técnicos ou outros 
profissionais de saúde. Uma equipe competente e 
eficiente é crucial para o sucesso do 
procedimento. 
CONSENTIMENTO E CUIDADOS DO 
PACIENTE PRÉ-PROCEDIMENTO 
Uma história clínica deve ser obtida antes do 
procedimento. Ela deve incluir perguntas para 
avaliar a capacidade do paciente de tolerar a 
injeção de contraste (isto é, história de alergias, 
condição cardíaca/pulmonar e função renal). O 
paciente também será entrevistado a respeito da 
história medicamentosa e sintomas. A história 
medicamentosa é importante, pois alguns 
medicamentos são anticoagulantes e causarão 
sangramento excessivo durante e após o 
procedimento. Conhecer a história medicamen-
tosa é também importante durante a seleção da 
prémedicação. 
Resultados laboratoriais prévios e outros dados 
pertinentes são também revisados. 
Uma explicação detalhada do procedimento será 
dada ao paciente, o que é importante para 
garantir completa compreensão e cooperação. A 
explicação incluirá possíveis riscos e 
complicações do procedimento, de forma que o 
paciente fique completamente informado antes de 
assinar o consentimento. 
Alimentos sólidos são suspensos por 
aproximadamente 8 horas antes do procedimento 
a fim de reduzir o risco de aspiração. No entanto, 
assegurar-se de que o paciente está bem 
hidratado é importante para reduzir o risco da 
indução de lesão renal pelo contraste. 
Pré-medicação usualmente é dada para os 
pacientes antes do procedimento a fim de ajudá-
los a relaxar. O paciente pode ficar mais 
confortável na mesa com a colocação de uma 
esponja sob os joelhos a fim de reduzir a tensão 
das costas. Sinais vitais são obtidos e registrados, 
e o pulso na extremidade distal do local de 
punção selecionado é avaliado. No local da 
punção são realizadas tricotomia e assepsia, e, 
em seguida, são colocados os campos estéreis. 
Comunicação e monitorização contínuas do 
paciente pelo técnico e pelos outros membros da 
equipe de angiografia aliviarão muito o medo e o 
desconforto do paciente. 
ACESSO VASCULAR PARA INJEÇÃO DE 
CONTRASTE 
Para visualizar o(s) vaso(s) de interesse, um cateter 
deve ser introduzido na vasculatura do paciente para 
que o contraste seja injetado através dele. 
Um método comumente usado para cateterização é 
a técnica de Seldinger. 
 ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
19 
Essa técnica foi desenvolvida pelo Dr. Sven 
Seldinger na década de 1950 e permanece popular 
até hoje. É uma técnica percutânea (através da pele) 
e pode ser usada para acessos venosos ou arteriais. 
Três vasos são tipicamente avaliados para a 
cateterização: 
(1) femoral, (2) braquial e (3) axilar. O angiografista 
fará a seleção com base na presença de um pulso 
forte e na ausência de doença vascular. 
A artéria femoral é o local preferido para punção 
arterial devido ao seu tamanho e à localização 
facilmente acessível. Se uma punção femoral for 
contra-indicada devido a enxertos cirúrgicos prévios, 
presença de aneurisma ou doença vascular 
oclusiva, a artéria braquial ou axilar 
pode ser selecionada. A veia femoral seria também 
o vaso de escolha para acesso venoso.
A seguir, a descrição passo a passo da técnica de 
Seldinger: 
TÉCNICA DE SELDINGER 
Passo 1 - inserção da agulha: A agulha, com uma 
cânula interna, é colocada em uma pequena incisão 
e avançada de modo a puncionar ambas 
as paredes do vaso. 
Passo 2 - colocação da agulha na luz do vaso: A 
colocação da agulha na luz do vaso é obtida com a 
remoção da cânula interna e a retirada lenta da 
agulha até que um fluxo sangüíneo constante 
retome através da agulha. 
Passo 3 - inserção do guia metálico: Quando o fluxo 
sangüíneo desejado retoma através da agulha, a 
extremidade flexível de um guia metálico é inserida 
através da agulha e avançada cerca de 10 cm no 
interior do vaso. 
Passo 4 - remoção da agulha: Após o 
posicionamento do guia metálico, a agulha é 
removida pela retirada dessa por sobre a porção do 
guia metálico que permanece externamente ao 
paciente. 
Passo 5 - condução do cateter até a área de 
interesse: O cateter é então conduzido sobre o guia 
metálico e avançado até a área de interesse sob 
controle fluoroscópico. 
Passo 6 - remoção do guia metálico: Quando o 
cateter estiver localizado na área desejada, o guia 
metálico é removido do interior do cateter. O cateter 
então permanece em seu posicionamento como 
uma conexão entre o exterior do corpo e a área de 
interesse. 
OUTRAS TÉCNICAS DE ACESSO VASCULAR 
Existem duas técnicas menos comuns para acessar 
vasos que podem ser usadas quando necessário. 
Uma é chamada de dissecção, a qual exige um 
pequeno procedimento cirúrgico para expor o vaso 
de interesse. A segunda técnica é a abordagem 
translombar, que exige que o paciente seja colocado 
em decúbito ventral e que uma longa agulha seja 
passada através do abdome ao nível de T12 ou L2 
para o interior da aorta. Essas duas técnicas não 
são tão comuns e não são ilustradas es-
pecificamente neste capítulo. 
  ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
 Página 20 | 
Os itens estéreis mostrados na Fig. 21.38 foram 
colocados pelo radiologista e estão preparados para 
a punção arterial. O monifoldo de três divisões 
mostrado no campo estéril nessa fotografia é 
conectado por extensões de tubos a : 
- Um transdutor para medição da pressão no vaso; 
- Um gotejamento salino heparinizado sob pressão ; 
- Um contraste apropriado. A seringa adaptada à 
extremidade inferior do monifoldo permite injeção 
manual de medicação ou do contraste, e a outra 
extremidade do monifoldo fixa-se ao cateter 
posicionado. 
Os cateteres possuem diferentes formatos em suas 
extremidades distais a fim de permitir um fácil 
acesso ao vaso de interesse. O técnico deve estar 
familiarizado com os tipos, a radiopacidade, os 
tamanhos, a construção e a forma da ponta dos 
cateteres e guias metálicos usados. Muitos desses 
cateteres estão disponíveis (Fig. 21.39). 
O cateter deve ser lavado com freqüência durante o 
procedimento para prevenir a formação de coágulos 
sangüíneos que possam se tornar embólicos. 
BANDEJA ANGIOGRÁFICA 
Uma bandeja estéril contém o equipamento 
básico necessário para uma cáteterização de 
Seldinger de artéria femoral (Fig. 21 AO). Itens 
estéreis básicos incluem os seguintes: 
1. Hemostatos
2. Solução anti-séptica e esponjas preparadas
3. Lâmina de bisturi
4. Seringa e agulha para anestesia local
5. Bacias e cuba
6. Campos e toalhas estéreis7. Band-Aids
8. Cobertura do intensificador de imagem estéril
CONTRASTE 
O contraste de escolha é uma substância iodada 
não-iônica e hidrossolúvel devido à sua baixa 
osmolaridade e ao risco reduzido de reação 
alérgica. A quantidade necessária dependerá do 
vaso a ser examinado. 
Como em todos os procedimentos que usam 
contraste, um equipamento de emergência 
deve estar prontamente disponível, e o técnico 
deve estar familiarizado com o protocolo em 
caso de reação alérgica do paciente. 
 ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
21 
IMAGEM 
Uma vez que o vaso de interesse esteja cateterizado 
sob orientação fluoroscópica, uma pequena injeção 
manual de contraste será dada para garantir que o 
cateter esteja em uma posição precisa (isto é, está 
na luz do vaso e não cravado contra a parede). Para 
a série de imagens, um injetor eletromecânico 
fornece uma quantidade predeterminada de 
contraste e as imagens são obtidas. A taxa de 
aquisição de imagens é rápida, freqüentemente na 
faixa de vários quadros por segundo. A série será 
revisada para determinar qual série adicional precisa 
ser feita, se é que precisa. 
PROTEÇÃO CONTRA RADIAÇÃO 
Existe um risco potencial no que diz respeito à dose 
aumentada de radiação para os profissionais de 
saúde que são membros de uma equipe de 
angiografia. Isso ocorre devido ao uso de 
fluoroscopia e à sua proximidade com o paciente e o 
equipamento durante o procedimento. O uso 
consciencioso de dispositivos de proteção contra 
radiação como protetores de chumbo, escudos 
tireoidianos e óculos de chumbo é necessário. 
Garantir que o tempo de fluoroscopia é o mínimo ab-
soluto é também vital para redução da dose. 
Colimação precisa é importante para reduzir a dose 
para o paciente e para a equipe de angiografia e 
limitar a quantidade de radiação secundária 
produzida que irá degradar a qualidade da imagem é 
também essencial. 
Protetores de chumbo podem ser suspensos no teto 
como um modo adicional de proteção ao rosto e aos 
olhos do angiografista. Além disso, a unidade de 
angiografia pode possuir filtros especializados de 
feixes e capacidade de fluoroscopia pulsada para 
ajudar a assegurar que a dose seja mantida em 
valores mínimos. 
CONTRA-INDICAÇÕES 
Contra-indicações para pacientes que serão 
submetidos à angiografia incluem alergia ao 
contraste, função renal prejudicada, distúrbios da 
coagulação sangüínea ou uso de medicamento 
anticoagulante e função cardiopulmonar /neurológica 
instável. 
RISCOS/COMPLICAÇÕES 
Procedimentos angiográficos não são isentos de 
risco para o paciente. Alguns dos riscos e 
complicações mais comuns são os seguintes: 
Sangramento no local da punção: Isso pode 
usualmente ser controlado com aplicação de 
compressão. 
Formação de trombos: Um coágulo sangüíneo 
pode se formar em um vaso e interromper o fluxo 
para áreas distais. 
Formação de êmbolo: Um pedaço de placa pode 
ser desalojado de uma parede do vaso pelo 
cateter. Um acidente vascular cerebral ou oclusão 
de outro vaso pode ocorrer. 
Dessecação de um vaso: O cateter pode romper 
a íntima de um vaso. 
Infecção do local de punção: Isso é causado 
pela contaminação do campo estéril. 
Reação ao contraste: Essa pode ser leve, 
moderada ou grave . 
Se a artéria braquial ou axilar foi usada para a 
cateterização, há o risco adicional de dano aos 
nervos adjacentes e de espasmo arterial. A 
abordagem translombar também possui riscos 
adicionais para o paciente, que incluem 
hemotórax, pneumotórax e hemorragia retro-
peritoneal. 
Raramente, uma porção do guia metálico ou do 
cateter pode quebrar no vaso. O fragmento se 
torna um êmbolo e o paciente corre muito risco. O 
fragmento pode ser recuperado usando um tipo 
especial de cateter . 
CUIDADOS APÓS O PROCEDIMENTO 
Após o procedimento angiográfico, o cateter é 
removido e compressão é aplicada no local da 
punção. O paciente permanece em repouso no 
leito por no mínimo 4 horas, mas a cabeceira 
da cama/maca deve estar elevada 
aproximadamente 30°. Durante esse período, o 
paciente é monitorizado e os sinais vitais e o 
pulso periférico distal ao local da punção são 
conferidos regularmente. A extremidade é 
também avaliada quanto à temperatura, cor e 
sensibilidade para garantir que a circulação não 
tenha sido interrompida. Líquidos orais são dados 
e analgésicos são fornecidos se necessário. 
Devem ser dadas instruções aos pacientes em 
caso de sangramento espontâneo no local da 
punção: aplicar pressão e procurar socorro. 
Pacientes que sofreram uma abordagem 
translombar devem seguir condutas similares após o 
  ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
 Página 22 | 
procedimento, com exceção de compressão externa. 
Nesse caso, o sangramento é controlado 
internamente, já que sangramento na musculatura 
periaórtica fornece compressão interna. 
Avanços recentes incluem o desenvolvimento de 
dispositivos para fechar cirurgicamente o local de 
punção de forma percutânea. O dispositivo usado 
para isso é parte do sistema de introdução de 
cateter. Na conclusão do procedimento, o vaso é 
suturado usando o dispositivo especializado fixado. 
Isso é vantajoso para o paciente, pois reduz o risco 
de hemorragia e não é necessário que o 
angiografista comprima a virilha por diversos 
minutos. Essa técnica é efetiva mesmo se o 
paciente tomar anticoagulantes. ' 
Modificações no Procedimento 
APLICAÇÕES PEDIÁTRICAS 
Pacientes pediátricos que necessitam de angiografia 
geralmente são efetivamente sedados ou estão sob 
anestesia geral para os procedimentos, dependendo 
da idade e da condição do paciente. Neonatos 
provenientes de berçários com terapia especial são 
cobertos com cobertores aquecidos durante o 
procedimento para manter a sua temperatura 
corporal. 
Parentes e acompanhantes não são usualmente 
permitidos na unidade de angiografia. No entanto, 
deve ser dada uma explicação completa a eles 
sobre o procedimento antes de assinarem o 
consentimento. 
Pacientes pediátricos podem sofrer de patologias 
semelhantes às dos pacientes adultos. No entanto, 
procedimentos angiográficos, especialmente 
cateterização cardíaca, são freqüentemente 
indicados para investigar defeitos congênitos. 
APLICAÇÕES GERIÁTRICAS 
Perda do sensório (visão, audição etc.) associada ao 
envelhecimento pode levar o paciente geriátrico a 
exigir paciência, assistência e monitorizarão 
adicionais durante o procedimento. Pacientes 
geriátricos freqüentemente sentem nervosismo e 
medo de cair da mesa de exame, que é bastante 
estreita nas unidades angiográficas. Renovação da 
confiança e cuidado adicional por parte do técnico 
durante o procedimento ajudam o paciente a sentir-
se seguro e confortável. 
Um colchão radiolucente para acolchoamento 
adicional na mesa de exame dará conforto aos 
pacientes geriátricos. Cobertores adicionais devem 
estar disponíveis após o procedimento para mantê-
los aquecidos. 
Pacientes idosos podem apresentar tremores ou 
dificuldade de permanecer imóveis; o uso de alta mA 
resultará em períodos menores de exposição que 
ajudarão a reduzir o risco de movimentação nas 
imagens. 
SALA DE ANGIOGRAFIA 
Uma sala de angiografia é equipada para todos os 
tipos de procedimentos angiográficos e interven-
cionistas e possui uma ampla variedade de agulhas, 
cateteres e guias metálicos ao alcance das mãos. É 
maior do que as salas para radiografia convencional 
e possui uma pia e área para escovação e uma sala 
de espera para os pacientes. A sala angiográfica 
deve ter saídas para oxigênio e aspiração, e 
equipamento médico de emergência deve estar 
próximo. 
EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS 
Uma unidade angiográfica geralmente exige o 
seguinte: 
Uma mesa do tipo ilha que forneça acesso ao 
paciente por todos os lados. 
Ela deve tercapacidade flutuante nos quatro 
sentidos, altura ajustável e um mecanismo de 
inclinação. 
Imagem com amplo campo de visão, justificados 
com fluoroscopia digital com braço C. 
Sistema de aquisição de imagem digital programável 
que permita seleção e aquisição de taxa e 
seqüência de imagem e processamento das 
imagens. 
Tubo(s) especializado(s) de raios-X com alta 
capacidade de carregar calor e rápido esfriamento a 
fim de atender à necessidade de mA alta, taxas de 
quadro mais altas e série de aquisição múltipla. (Um 
sistema biplano é mostrado na Fig. 21.4 1). Injetor 
eletromecânico para fornecimento do contraste. 
Equipamento para monitorizarão fisiológica que 
permita monitorizar as pressões arterial e venosa do 
paciente e ECG (especialmente importante para 
angioplastia e cateterização cardíaca). 
Método de arquivamento de imagens ligado ao 
PACS e/ou à impressora a laser. Sistemas mais 
antigos usam alternadores biplanos de corte do filme 
 ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
23 
(ver Fig. 21.44), mas estão sendo amplamente 
substituídos pelos sistemas digitais. 
AQUISiÇÃO DIGITAL 
Conforme a radiação atravessa o paciente e é 
detectada pelo intensificador de imagem, este 
converte a energia dos raios X para luz. Esta é 
entãotransmitida para um sistema de televisão 
que converte a luz em um sinal elétrico e envia 
esse sinal para um conversar de analógico para 
digital. O sinal é então digitalizado e enviado para 
o processador digital de imagem.
O processador de imagem permite que o técnico 
exiba, manipule e armazene as imagens. A 
imagem digital de um arteriograma carotídeo é 
mostrada na Fig. 21.42. 
ANGIOGRAFIA DIGITAL COM SUBTRAÇÃO (DSA) 
Uma vantagem da tecnologia digital é a 
capacidade de realizar a angiografia digital com 
subtração (OSA). O método digital substitui o 
antigo método fotográfico de subtração de 
imagem. Com a tecnologia digital, um computador 
altamente sofisticado "subtrai" ou remove algumas 
estruturas anatômicas de modo que a imagem 
resultante demonstre apenas o(s) vaso(s) de 
interesse contendo o contraste (Fig. 21.43). Uma 
imagem subtraída aparece como uma imagem 
inversa e pode visualizar informações 
diagnósticas não-aparentes em uma imagem 
convencional não-subtraída. 
Imagens Pós-processamento Como as imagens 
são digitais e armazenadas, muitas opções após o 
processamento estão disponíveis a fim de 
melhorar ou modificar a imagem. Algumas 
funções pós-processamento permitem que o 
técnico melhore a qualidade da imagem subtraída. 
A imagem pode ser ampliada (zoom) para se ver 
estruturas específicas, e analisada quantita-
tivamente para medir distâncias, calcular estenose 
etc. Muitas outras opções também estão 
disponíveis. 
A aquisição digital permite que as imagens sejam 
arquivadas diretamente para um PACS se 
disponível, com todas as vantagens inerentes 
(fácil acesso às imagens pelos especialistas, 
eliminação de filmes perdidos, visão 
simultânea de imagens etc.). 
  ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
 Página 24 | 
ALTERNADORES BIPLANOS DE FILME 
No passado, o típico procedimento angiográfico 
cerebral usava alternadores biplanos de filme em 
conjunção com dois tubos radiográficos. Eles têm 
sido amplamente substituídos por equipamento 
biplano digital, mas alternadores de corte de filme 
ainda podem ser usados ocasionalmente, e os 
técnicos devem estar familiarizados corn eles. 
Um tipo de alternador de corte de filme é mostrado 
na Fig. 21.44. Cada unidade do alternador de corte 
do filme deve ser independente da outra, e as duas 
devem ser colocadas facilmente em ângulo reto 
entre si. Esse arranjo permite exposição de uma 
série de radiografias tanto na posição lateral quanto 
na posição AP com uma única injeção de contraste. 
O mecanismo interno do alternador de filme move 
rapidamente o filme desde o compartimento de 
fornecimento até a área de exposição e finalmente 
até o depósito receptor. Um selecionador de 
programa opera o alternador de filme durante 
exposições seriadas ou únicas, regulando a taxa de 
filmagem e a duração de cada fase da série. Desse 
modo, o selecionador de programa controla o 
número de filmes por segundo e a duração total do 
tempo em que as exposições devem ser feitas. O 
selecionador de programa é integrado de modo que 
o injetar de contraste é sincronizado com o
processador de imagem. 
INJETOR AUTOMÁTICO ELETROMECÂNICO 
DE CONTRASTE 
Conforme o contraste é injetado para o interior do 
sistema circulatório, ele é diluído pelo sangue. O 
material contrastado deve ser injetado com pressão 
suficiente para vencer a pressão arterial sistêmica 
do paciente e para manter uma concentração a fim 
de minimizar a diluição pelo sangue. 
Para manter a taxa de fluxo necessária para a 
angiografia, um injetor automático eletromecânico é 
usado. A taxa de fluxo é afetada por várias variáveis, 
como a viscosidade do contraste, o comprimento e o 
diâmetro do cateter e a pressão de injeção. 
Dependendo dessas variáveis e do vaso aser 
injetado, a taxa de fluxo desejada pode ser 
selecionada antes da injeção. 
Um típico injetor digital automático de contraste é 
mostrado na Fig. 21.45. 
Todo injetor é equipado com seringas, um 
dispositivo de aquecimento, um mecanismo de alta 
pressão e um painel de controle. As seringas de uso 
comum são descartáveis. Seringas reutilizáveis 
devem ser facilmente desmontadas para 
esterilização. O dispositivo de aquecimento aquece 
e mantém o contraste na temperatura corporal, 
reduzindo a viscosidade do contraste. O mecanismo 
de alta pressão é usualmente um dispositivo 
eletromecânico que consiste em um impulso motor 
que move o êmbolo da seringa para dentro ou para 
fora.Aspectos adicionais de um injetor 
eletromecânico automático além de segurança, 
conveniência, facilidade de uso e confiabilidade dos 
parâmetros da taxa de fluxo incluem os seguintes: 
 ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
25 
(1) acendimento de luz quando armado e pronto 
para injeção; 
(2) um controle de injeção lento ou manual 
para remover bolhas de ar da seringa; 
(3) controles para impedir a injeção inadvertida ou 
pressão excessiva ou a injeção de grande 
quantidade. 
Modalidades ou Procedimentos 
Alternativos 
Além dos procedimentos específicos de 
angiografia listados abaixo, modalidades e 
procedimentos alternativos estão também 
disponíveis nos centros de imagem. 
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC) 
Aquisição de volume, reconstrução de imagens 
subseqüente e equipamento sofisticado fizeram da 
TC uma valiosa ferramenta na avaliação de vasos. A 
tomografia computadorizada é usada para estudar 
aneurismas aórticos (se as especificações do 
equipamento permitir) e é útil no diagnóstico de 
embolia pulmonar. 
A angiografia por tomografia computadorizada (ATC) 
é um estudo que fornece imagens das estruturas 
vasculares em corte transversal e que, dependendo 
da capacidade do equipamento, podem ser 
reconstruídas em uma imagem em 3D. A ATC 
fornece a vantagem da administração intravenosa 
do contraste, eliminando a necessidade de punção 
arterial e inserção de cateter. 
MEDICINA NUCLEAR 
A tecnologia da medicina nuclear é freqüentemente 
usada em conjunto com a angiografia na 
investigação de certas patologias cardiovasculares, 
algumas das quais incluem embolia pulmonar, 
sangramento, hipertensão vascular, doença arterial 
coronariana. A medicina nuclear complementa 
outras modalidades de imagem, pois fornece 
basicamente informações fisiológicas, mas poucos 
detalhes anatômicos. 
ULTRA-SOM (SONOGRAFIA) 
O papel da ultra-sonografia no estudo cardiovascular 
tem aumentado. O ultra-som pode ser usado para 
estudar a permeabilidade dos vasos e demonstrar a 
formação de trombos, placas ou estenose.Duplex 
colorido (fluxo Doppler colorido) é também usado, no 
ultra-som, para demonstrar a presença ou a 
ausência de fluxo no interior do vaso, a direção do 
fluxo e, com equipamento mais sofisticado, a 
velocidade do fluxo. A ecocardiografia fornece 
imagens detalhadas do coração para a investigação 
de inúmeras condições cardíacas, incluindo doença 
valvar, aneurisma, cardiomiopatia, infarto miocárdico 
e defeitos congênitos. 
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA (RM) 
A angiografia por ressonância magnética (ARM) 
fornece imagens altamente detalhadas da 
vasculatura do paciente. Essa é uma vantagem, já 
que não é necessário contraste e a punção de vaso 
é evitada*. 
ANGIOGRAFIA ROTACIONAL 
Durante a injeção do contraste e durante a obtenção 
das imagens, o braço C de uma unidade 
angiográfica é rodado até 1800 ao redor do 
paciente. A estrutura e o sistema vasculares são 
visualizados em uma ampla variedade de ângulos 
com uma única injeção de contraste. As imagens 
resultantes podem ser executadas digitalmente em 
um modo cine loop a fim de garantir uma 
apresentação dinâmica da imagem. O estudo 
rotacional pode fornecer informação a respeito de 
quais vasos necessitam de investigação adicional ou 
do ângulo ótimo do equipamento para usar em 
estudos posteriores. 
ANGIOGRAFIA ROTACIONAL TRIDIMENSIONAL 
(3D) 
Uma imagem tridimensional (3D) pode ser produzida 
a partir de dados da imagem adquirida durante uma 
aquisição rotacional. Os dados são processados por 
um sofisticado sistema computadorizado e exibidos. 
Os sistemas de reconstrução 3D de imagens são 
valiosos na visualização de patologias complexas da 
vasculatura intracraniana (por exemplo, 
malformações arteriovenosas ou aneurismas com 
localização ou características incomuns). 
Informações obtidas por imagens 3D são 
freqüentemente úteis no planejamento da 
abordagem intervencionista para essas patologias. 
O estudo rotacional 3D está sendo também avaliado 
para uso em outras áreas, incluindo as regiões 
torácica e abdominal. 
ANGIOGRAFIA COM CO2 
Como uma alternativa para o contraste iodado, o 
CO2 está sendo usado em alguns centros para 
procedimentos selecionados quando agentes 
contrastados iodados são contra-indicados. Isso 
pode incluir pacientes com doença cardiopulmonar, 
diabetes melito ou insuficiência renal. O uso de CO2 
como agente contrastado é também indicado para 
  ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
 Página 26 | 
pacientes com história de reação alérgica ao 
contraste iodado. 
Injetores especializados em CO2 têm sido 
desenvolvidos para garantir fornecimento preciso e 
adequadamente cronometrado do gás para o interior 
dos vasos a serem examinados. Alguns 
equipamentos angiográficos possuem programação 
especializada de imagem digital para otimizar o uso 
do C02 traz certas limitações e riscos estão 
associados com a angiografia com CO2, mas 
espera-se que o uso de CO2 como um contraste 
encontre grande aplicação no futuro. 
Procedimentos Angiográficos Específicos 
A próxima parte deste capítulo introduz e descreve 
rapidamente os seis procedimentos angiográficos 
mais comumente realizados em um típico centro de 
imagem, que são os seguintes: (A rotina específica 
de cada um deles será determinada pelas 
preferências do radiologista.) 
1. Angiografia cerebral 2. Angiografia torácica 3.
Angiocardiografia 
4. Angiografia abdominal
5. Angiografia periférica
6. Linfografia
As descrições de cada um desses procedimentos 
incluirão o segui te: 
 Objetivo
 Indicações patológicas
 Cateterização
 Contraste
 Imagem
ANGIOGRAFIA CEREBRAL 
Objetivo 
Angiografia cerebral é um estudo radiológico dos 
vasos sangüíneos do cérebro. O objetivo básico da 
angiografia cerebral é fornecer um "mapa" da 
vasculatura que facilitará, para os médicos, a 
localização e o diagnóstico depatologias ou outras 
anormalidades do cérebro e região do pescoço. 
Indicações Patológicas 
As indicações patológicas para a angiografia 
cerebral incluem as seguintes: 
 Estenose e oclusões vasculares
 Aneurismas
 Trauma
 Malformações arteriovenosas
 Doença neoplásica
Cateterizaçào 
A abordagem femoral é preferida para a inserção do 
cateter. O cateter é avançado até o arco aórtico e o 
vaso a ser estudado é selecionado. Vasos 
comumente selecionados para angiografia cerebral 
incluem as artérias carótidas comuns, as artérias 
carótidas internas, as artérias carótidas externas e 
as artérias vertebrais. 
Contraste 
A quantidade de contraste necessária depende do 
vaso a ser examinado, mas usualmente varia 
entre 5 a 10 ml. 
Imagem 
A seqüência de imagem selecionada deve incluir 
todas as fases da circulação: arterial, capilar e 
venosa; e tipicamente durará de 8 a 10 segundos. 
As incidências necessárias dependem dos vasos 
a serem examinados. A seguir estão vários 
exemplos. 
Arteriografia da Carótida Comum 
Arteriogramas carotídeos estão entre os 
angiogramas cerebrais mais freqüentemente 
realizados. 
Ocasionalmente, antes de um angiograma carotídeo 
de três vasos ou de quatro vasos, são feitas duas 
visões radiográficas do pescoço para visualizar cada 
artéria carótida comum (Figs. 21.47 e 21.48). A 
artéria carótida comum direita é demonstrada na 
incidência AP e a posição lateral 
examina essa artéria e sua bifurcação em artérias 
carótidas interna e externa. A área de bifurcação é 
cuidadosamente estudada em busca de doença 
oclusiva (ver setas). A artéria carótida comum 
esquerda é estudada de modo similar durante o 
exame. 
Arteriografia da Carótida Interna 
Um segundo arteriograma craniano comum 
demonstra as artérias carótidas internas. 
Radiografias representativas da fase arterial de um 
angiograma da carótida interna esquerda são 
mostradas nas radiografias das Figs. 21.49 e 21.50. 
Na radiografia axial AP, o assoalho da fossa 
anterior e as cristas petrosas estão superpostos. 
Isso permite a visualização da bifurcação da 
artéria carótida interna em artérias cerebrais 
anterior e média 
 ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
27 
hgyugubbrbfffftyftyfytgtyugyugughghggyy 
ANGIOGRAFIA TORÁCICA 
Objetivo 
A angiografia torácica demonstra o contorno e a 
integridade da vasculatura torácica. Aortografia 
torácica é um estudo angiográfico da aorta 
ascendente, do arco, da porção descendente da 
aorta torácica e dos ramos principais. 
Arteriografia pulmonar é um estudo angiográfico 
dos vasos pulmonares usualmente realizado para 
investigar em boi ia pulmonar. Como mencionado 
anteriormente, a angiografia pulmonar é realizada 
menos freqüentemente devido à disponibilidade 
de modalidades alternativas. 
Indicações Patológicas 
As indicações patológicas para angiografia 
torácica e pulmonar incluem as seguintes: 
 Aneurismas
 Anormalidades congênitas
 Estenose dos vasos
 Embolia
 Trauma
 Cateterização
O local de punção preferido para um aortograma 
torácico é a artéria femoral. 
O cateter é avançado até o local desejado na 
aorta torácica. Procedimentos seletivos podem ser 
realizados com o uso de cateteres especialmente 
feitos para o acesso do vaso de interesse. 
Devido à localização da artéria pulmonar, a veia 
femoral é o local preferido para inserção do 
cateter. Ele é avançado ao longo das estruturas 
venosas, para o interior da veia cava inferior, 
através do átrio direito do coração até o ventrículo 
direito e desse para a artéria pulmonar. Ambas as 
artérias pulmonares são usualmente examinadas. 
Contraste 
A quantidade de contraste necessária variará de 
acordo com o procedimento; no entanto, uma 
quantidade média para angiografia torácica é de 
30 a 50 ml. 
Para angiografia pulmonar seletiva, a quantidade 
média é de 25 a 35 ml. 
Imagem 
Imagens seriadas para angiografiatorácica são 
obtidas em vários segundos. 
  ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
 Página 28 | 
A taxa e a seqüência de imagens dependem de 
muitos fatores, incluindo tamanho do vaso, história 
do paciente e preferência do médico. 
A respiração é suspensa durante a obtenção da 
imagem. 
Aortograma Torácico- Devido à estrutura da aorta 
proximal, uma incidência oblíqua é necessária para 
visualizar o arco aórtico. Uma AOE a 45° é preferida 
para evitar a sobreposição de estruturas e para 
visualizar qualquer anomalia (Figs. 21.51 e 21.52). 
Isso é feito através da manipulação do braço C, em 
vez do paciente, até o grau de obliqüidade desejado. 
Arteriograma Pulmonar A Fig. 21.53 demonstra 
a fase arterial de um angiograma pulmonar (DSA). 
A seqüência de imagem é usualmente ampliada 
durante esse procedimento para visualizar a fase 
venosa da circulação. 
ANGIOCARDIOGRAFIA 
Objetivo 
Angiocardiografia refere-se especificamente ao 
estudo radiológico do coração e estruturas 
associadas. Arteriografia coronariana é usual-
mente realizada ao mesmo tempo para visualizar 
as artérias coronárias. 
Cateterização cardíaca é um termo mais geral 
usado para descrever a colocação do cateter no 
coração, e inclui estudos adicionais aos estudos 
radiológicos, como obter amostras de sangue 
para medição da saturação de oxigênio 
(oximetria) e medição das pressões e gradientes 
hemodinâmicos. É necessário equipamento 
especializado para monetarização fisiológica para 
essas medições sensíveis. Para os fins deste 
texto, focalizaremos o estudo da cateterização 
cardíaca. 
Indicações Patológicas 
As indicações patológicas para angiocardiografia 
e arteriografia coronariana 
 ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
29 
incluem as seguintes: 
 Doença arterial coronariana e angina
 Infarto miocárdico
 Doença valvular
 Dor torácica atípica
 Anomalias cardíacas congênitas
 Outras patologias do coração e da aorta
Cateterização 
Como nos outros angiogramas, a artéria femoral é 
o local preferido para cateterização. O cateter é
avançado até a aorta e ao longo de sua extensão 
para o interior do ventrículo esquerdo para o 
ventriculograma esquerdo. 
Um cateter pígtoíl é usado, pois um grande 
volume de contraste será injetado. Para o 
arteriograma coronariano, o cateter é trocado e a 
artéria coronária é selecionada; as artérias 
coronárias direita e esquerda são examinadas 
rotineiramente. Cateteres com formatos especiais 
são projetados para caber em cada uma das 
artérias coronárias. 
Após a injeção do contraste nas artérias 
coronárias, o cateter é imediatamente removido 
para evitar oclusão do vaso. 
Acesso ao lado direito do coração seria obtido 
através da cateterização da veia femoral e avanço 
do cateter através das estruturas venosas até que 
o lado direito do coração seja alcançado.
Contraste 
Aproximadamente 40 a 50 ml de contraste iodado 
hidrossolúvel não iônico e de baixa osmolaridade 
são injetados para o ventriculograma. As artérias 
coronárias exigem tipicamente 7 a 10 ml de 
contraste por injeção. 
Imagem 
A taxa de imagem para angiocardiografia é muito 
rápida, na faixa de 15 a 30 quadros por segundo, 
e é mais alta em pacientes pediátricos. 
Se equipamento biplano estiver disponível para o 
ventriculograma esquerdo, imagens em incidência 
AOD e AOE serão obtidas. Se o equipamento é 
de plano único, uma imagem AOD a 30° será 
obtida rotineiramente (Fig. 21.54). 
Usando o ventriculograma, a fração de ejeção 
pode ser calculada. A fração de ejeção é expressa 
como uma porcentagem e fornece uma indicação 
da eficiência da bomba do ventrículo esquerdo 
(Fig. 21.56). 
Uma série de imagens oblíquas é obtida para 
visualização completa das coronárias. 
Rotineiramente, seis tomadas da coronária 
esquerda são obtidas, e duas tomadas da 
coronária direita são obtidas (mais tomadas são 
obtidas da coronária esquerda, pois na maioria 
das pessoas ela e seus ramos fornecem o 
suprimento sangüíneo para a maior parte do 
coração). 
O uso de equipamento biplano de imagem é 
vantajoso, pois reduz a quantidade de contraste 
necessária, já que duas incidências oblíquas 
podem ser obtidas simultaneamente. A respiração 
é suspensa para a aquisição da imagem. 
  ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
 Página 30 | 
As imagens são arquivadas em CD’s ou no PACS 
e, quando executadas, são vistas em modo de 
filme. 
ANGIOGRAFIA ABDOMINAL 
Objetivo 
Angiografia abdominal demonstra o contorno e a 
integridade da vasculatura abdominal. Isso significa 
que a disposição ou o deslocamento dos vasos 
abdominais que estão sendo estudados e possíveis 
obstruções ou roturas de vasos (por exemplo, 
abaulamento do aneurisma)serão demonstradas. 
Qualquer deslocamento dos vasos pode indicar uma 
lesão ocupando espaço. 
Aortografia refere-se ao estudo angiográfico da 
aorta, e estudos seletivos referem-se a cateterização 
de um vaso específico. Cavografia demonstra a veia 
cava superior e/ou inferior. 
Indicações Patológicas 
As indicações patológicas para angiografia 
abdominal incluem as seguintes: 
 Aneurismas
 Anormalidade congênita . Sangramento GI
 Estenose ou oclusão
 Trauma
Cateterização 
Para um aortograma, a aorta é tipicamente 
acessada pela artéria femoral. 
O tamanho e o tipo do cateter necessário dependem 
da estrutura, mas um cateter pigtoil é geralmente 
usado devido à grande quantidade de contraste a 
ser injetado conforme a necessidade para o 
aortograma(Fig. 21.57). 
Estudos angiográficos seletivos exigem o uso de 
cateteres especialmente configurados para 
acessar o vaso de interesse. Estudos seletivos 
comumente realizados incluem o tronco celíaco, 
as artérias renais (Fig.21.58) e as artérias 
mesentéricas inferior e superior, que são 
selecionadas durante a investigação de 
sangramento GI. 
Um estudo super seletivo envolve a seleção de 
um ramo do vaso. Um exemplo comum disso é a 
 ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
31 
seleção da artéria hepática ou esplênica, que são 
dois ramos do tronco celíaco.A cateterização para 
a cavografia é obtida através da punção da veia 
femoral. 
O cateter é então avançado até o nível desejado. 
Contraste 
Uma quantidade média de contraste para um 
aortograma e para um cavograma é de 30 a 40 
ml. A quantidade de contraste para estudos 
seletivos varia, dependendo do vaso a ser 
examinado. Como em outros procedimentos 
angiográficos, o contraste de escolha é iodado, 
hidrossolúvel e não-iônico, com baixa 
osmolaridade. 
Imagem 
As imagens são obtidas o paciente na posição 
supina; qualquer obliqüidade exigida é obtida 
através da manipulação do braço C. Imagens 
seriadas são obtidas tipicamente por vários 
segundos. A taxa e a seqüência de imagens 
dependem de muitos fatores, incluindo tamanho 
do vaso,história do paciente e preferência médica. 
Antes da realização de qualquer estudo arterial 
seletivo, um angiograma abdominal geralmente é 
obtido, preferivelmente incluindo desde de o 
diafragma até a bifurcação da aorta. Ramos 
associados da aorta, como as artérias renais 
direita e esquerda e as artérias mesentéricas 
superior e inferior, serão visualizados, como 
mostrado nas imagens daFig. 21.59. 
As seqüências de imagem para estudos seletivos 
são usualmenteestendidas para visualizar a fase 
venosa. A respiração é suspensa durante a 
obtenção da imagem. 
ANGIOGRAFIA PERIFÉRICA 
Objetivo 
Angiografia periférica é um exame radiológico da 
vasculatura periférica após a injeção de contraste. 
Angiografia periférica pode ser um arteriograma 
(Fig. 21.60), onde a injeção é feita através de um 
cateter em uma artéria, ou um venograma, onde a 
injeção é feita no interior de uma veia periférica.

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