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Universidade Estácio de Sá 3º Relatório: Determinação do Limite de Liquidez e Limite de Plasticidade Disciplina: Mecânica dos Solos Professor: Mauro Carrión Pachás Alunos: João da Silva Monteiro - Matr.: 201102246832 João Rômulo Pereira Gomes – Matr.: 201201555426 Juliana Bezerra - Matr.: 201504589599 Isadora Marins - Matr.: 201602837694 Tamilis de Souza Melo – Matr.: 201504304781 Turma: 3031 NITERÓI – RJ 1 – INTRODUÇÃO A consistência do solo está entre as características mais importantes no estudo da engenharia. Ela determina o comportamento do solo antes determinadas tensões e deformações. Segundo SOUZA & RAFFUL,2000, grau de consistência do solo, exerce considerável influência sobre o regime de água no mesmo, afetando a condutividade hidráulica e permitindo fazer-se inferências sobre a curva de umidade. O fator de consistência também é determinante na resistência do solo à penetração e na compactação e seu conhecimento possibilita a determinação do momento adequado do uso de técnicas que favoreçam um bom manejo do solo, propiciando melhor conservação do mesmo, além de diminuir a demanda energética nas operações mecanizadas. Em 1911 foram definidos, pelo cientista sueco A. Atterberg, certos limites que delimitam o intervalo de consistência do solo, denominados limite de liquidez e de plasticidade, sendo líquidas, quando estiver submetida a muita umidade; plásticas; semi sólidas e sólidas na medida que o teor de umidade for reduzido. O método mais utilizado para determinação do teor de liquidez é o padronizado por por Arthur Casagrande, que utiliza o aparelho de sua própria autoria. Em estudos geotécnicos, a correlação entre o limite de liquidez e o limite de plasticidade, tem grande aplicação em avaliações de solo para uso em fundações, construções de estradas e estruturas para armazenamento e retenção de água (Mbagwu & Abeh apud SOUZA & RAFFUL,2000). 2 – OBJETIVO O relatório tem como objetivo, realizar o ensaio no laboratório para determinar o Limite de Liquidez, o Limite de Plasticidade, o Índice de Plasticidade e por fim classificar o solo com base na carta de plasticidade. – PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS 3.1 - MATERIAIS: Amostra de solo; Água; – EQUIPAMENTOS UTILIZADOS: Balança de precisão; Aparelho Casagrande; Estufa; Recipiente de alumínio pequeno; Recipiente de porcelana; Pincel (barra de aço); Escova; Peneira nº 40; Espátula; Cinzéis; Bacias Plásticas; Placa de vidro fosco. – MÉTODOS 3.3.1. Procedimentos utilizados na determinação do Limite de liquidez Primeiramente pegou-se a amostra de solo fino, a qual passou pela peneira de nº 0,40 mm, para garantir que a amostra é de solo fino. Pesou-se o recipiente pequeno, obtendo a massa de 5,05g, (como mostra a figura 1). Logo após, colocou-se essa amostra do solo em um recipiente de porcelana para não perder a umidade do solo natural, e adicionou-se água aos poucos, amassando e revolvendo continuamente com auxílio da espátula, obtendo uma pasta homogênea. Obtendo a consistência ideal para o ensaio, a amostra foi colocada na concha do aparelho, abrindo-se uma ranhura com auxílio do cinzel, devagar e tornando possível visualizar o fundo da concha, (como mostra a figura 2). Ligou-se o aparelho casagrande e realizou-se 27 golpes para fechar a ranhura, (como mostra a figura 3). Retirou-se uma pequena amostra do solo do aparelho e colocou-se no recipiente menor e determinou-se a massa úmida do solo, obtendo-se 8,84g, (como mostra a figura 4). Logo após, colocou-se essa amostra em estufa por 24h para determinar a massa do recipiente mais solo seco. Para o segundo ensaio, retirou-se a amostra do solo do aparelho casagrande e adicionou-se mais um pouco de água e assim sucessivamente para os demais ensaios. 3.3.2. Procedimentos utilizados na determinação do limite de plasticidade O material estudado no ensaio de determinação do limite de liquidez foi reutilizado neste ensaio, desta forma, não houve a necessidade de realizar os preparos já realizados anteriormente. Tomada cerca de 10g da amostra preparada, a qual foi rolada sobre a placa de vidro fosco, com pressão suficiente da palma da mão, com auxílio da barra de aço, até que comece a fissurar com o diâmetro de 3 mm. (como mostra a figura 5). – RESULTADOS E DISCUSSÕES Nesta seção serão demonstrados os resultados obtidos com os dois procedimentos experimentais. 4.1. Resultados da determinação do limite de liquidez Com o ensaio realizado em laboratório foi possível obter: a Massa do Recipiente, a Massa do Solo Úmido + Recipiente, a Massa do Solo Seco + Recipiente, o Teor de Umidade, o Número de Golpes aplicados, o Limite de Liquidez, e por fim, a Média do Limite de Liquidez sobre todas estas, conforme apresentado na tabela 1. Tabela 1: Limite de Liquidez do solo LIMITE DE LIQUIDEZ Determinação 1 2 3 Número de Golpes 27 Massa do Recipiente (g) 5,05 Massa (Recipiente + solo úmido) (g) 8,84 Massa (Recipiente + solo seco) (g) Teor de Umidade (%) Limite de Liquidez (%) Média Limite de Liquidez (%) Devido à obtenção dos dados mencionados anteriormente, foi possível construir a tabela 2 “Número de Golpes X Teor de Umidade (%) ”.No qual também foi aplicado um ajuste linear através de uma reta pelos pontos obtidos, com o intuito de abstrair o teor de umidade a golpes, que é a média do limite de liquidez já demonstrada na tabela 1. Tabela 2–Número de Golpes X Teor de Umidade (%) 4.2. Resultados da determinação do Limite de plasticidade e do índice de plasticidade Com o ensaio realizado em laboratório foi possível obter para cada uma das operações realizadas: a Massa do Recipiente; a Massa do Solo Úmido + Recipiente, a Massa do Solo Seco + Recipiente, o Teor de Umidade, o Limite de Plasticidade, e por fim, a Média do Limite de Plasticidade sobre todas estas, conforme apresentado na tabela 1. Ao conseguir o Limite de Liquidez e o de Plasticidade, foi possível chegar ao Índice de Plasticidade, o qual neste ensaio se resultou em %. Tabela 3 - Limite de Plasticidade LIMITE DE PLASTICIDADE Determinação 1 2 3 Massa do Recipiente (g) 5,05 Massa (Recipiente + solo úmido) (g) Massa (Recipiente + solo seco) (g) Teor de Umidade (%) Limite de Plasticidade (%) Média Limite de Plasticidade (%) 4.3. Cálculos Para determinar os resultados dos supracitados procedimentos é necessário utilizar algumas fórmulas, as quais serão abordadas nesta seção aplicando nelas os resultados obtidos. 4.3.1. Cálculo da determinação do limite de liquidez Para determinar o teor de umidade em relação à massa do solo seco, foi necessário aplicar a fórmula a seguir: h= x 100% onde: h – teor de umidade em relação à massa de água contida no solo e a massa do solo seco, em percentagem; Mw – massa de água; e Ms – massa de solo seco. Ensaio 1: Mw = (Massa do Recipiente + Solo úmido) – (Massa do Recipiente + Solo seco) Mw = 8,84g – Ms = (Massa do Recipiente + Solo seco) – (Massa do Recipiente) Ms = - 5,05g = = x 100% ; = Ensaio 2: Mw = (Massa do Recipiente + Solo úmido) – (Massa do Recipiente + Solo seco) Ms = (Massa do Recipiente + Solo seco) – (Massa do Recipiente) = ; = Ensaio 3: Mw = (Massa do Recipiente + Solo úmido) – (Massa do Recipiente + Solo seco) Ms = (Massa do Recipiente + Solo seco) – (Massa do Recipiente) = x 100% ; = Por meio desta fórmula foi possível obter o teor de umidade, em percentagem, das amostras estudadas nos ensaios de limites de liquidez. Dando continuidade, para determinar o limite de liquidez para cadaamostra foi necessário aplicar a fórmula a seguir: LL = % onde: LL – limite de liquidez; h – teor de umidade em relação à massa de água contida no solo e a massa do solo seco em percentagem; e n – número de golpes aplicados para fechar o sulco no aparelho de Casagrande. Sendo assim, a seguir são apresentados os resultados do limite de liquidez das amostras estudadas. = % = % = % 4.3.2. Cálculo da determinação do limite de plasticidade e do índice de plasticidade Quanto à determinação do limite de plasticidade, este é a própria determinação da umidade definida pela primeira fórmula apresenta da na seção anterior. Ensaio 1: Mw = (Massa do Recipiente + Solo úmido) – (Massa do Recipiente + Solo seco) Ms = (Massa do Recipiente + Solo seco) – (Massa do Recipiente) = x100% ; = Ensaio 2: Mw = (Massa do Recipiente + Solo úmido) – (Massa do Recipiente + Solo seco) Ms = (Massa do Recipiente + Solo seco) – (Massa do Recipiente) = x 100% ; = Ensaio 3: Mw = (Massa do Recipiente + Solo úmido) – (Massa do Recipiente + Solo seco) Ms = (Massa do Recipiente + Solo seco) – (Massa do Recipiente) = ; = Uma vez conhecidos os limites de consistência de um solo, pode-se definir o Índice de Plasticidade como a diferença numérica entre os valores do Limite de Liquidez e do Limite de Plasticidade. IP = LL - LP onde: LL – Limite de Liquidez; LP – Limite de Plasticidade. Contendo os resultados dos limites foi possível conseguir o Índice de Plasticidade, conforme resolução a seguir: IP = – CONCLUSÃO Com o decorrer da perda de água, o solo coesivo endurece, e com um certo teor de umidade – no caso, o Limite de Liquidez (LL) – perde a capacidade d e fluir, contudo pode ser moldado facilmente e ter a forma conservada. Nesta situação o solo está em “Estado Plástico”. E se continuar com a perda de umidade, a capacidade de moldagem diminui , até o momento em que atingi um teor de umidade – no caso, o Limite de Plasticidade ( LP), acarretando em uma fratura da amostra ao tentar moldá-la. Quando se atinge, este patamar, então se encontra no “Estado Semissólido”, no qual o solo tem aparência sólida, porém reduz o seu volume ao continuar a secagem. Com a continuação da secagem, ocorre a passagem para o “Estado Sólido”, onde há pouca variação no volume devido a grande perda de umidade. O limite entre os estado sólidos e semissólidos é definido como Limite de Contração (LC), porém este trabalho em questão não o abordará, pois é sugerido utilizá-lo quando o Índice de Plasticidade (IP) for “Altamente Plástico”. Para o trabalho em questão, o Índice de Plasticidade (IP) classificou a amostra estudada como “Medianamente Plástico”, ou seja, o (IC) informou a faixa de plasticidade na qual esta amostra se caracteriza, o que resultou na classificação do solo. O Índice de Consistência (IC) indica a consistência aproximada de um solo, sendo um indicativo da capacidade de resistência a esforços de compressão. Porém, neste trabalho não foi possível determiná-lo, pois ao chegar ao laboratório não foi obtido o teor de umidade do solo, o que indicaria a umidade presente do solo em campo. E pelo fato do solo ter sido seco ao ar dentro do laboratório, então o teor de umidade nesta situação diminuiu e descaracterizou este indicador. Determinado o IC, sendo 0,70, caracterizado então com Consistência Média; se fosse menor do que 0 era caracterizado como “Muito Mole”; se fosse maior do que 0 e menor do que 0,5, então seria “Consistência Mol e”; se fosse maior do que 0,5 e menor do que 0,75, então seria “Consistência Média”, s e fosse maio r do que 0,75 e menor do que 1, então seria “Consistência Rija”; e por fim, se fosse maior do que 1, então seria “Consistência Dura”. 6 – BIBLIOGRAFIA Tudo Engenharia Civil “Ensaios de Limite de Liquidez e Plasticidade” Disponível em: <www.tudoengcivil.com.br/2015/04/ensaio-de-limite-de-liquidez-e.html> Acesso em 28 de outubro de 2017. “Relatório de Limite de Liquidez e Plasticidade” Disponível em: <www.ebah.com.br/content/.../relatorio-limite-plasticidade-limite-liquidez> Acesso em 29 de outubro de 2017.
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