Fichamento - José Afonso da Silva- Príncipios

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
 Ficha de Estudo
 	 “Princípios Fundamentais”
 (J. Silva)
A concepção de princípios, em princípios fundamentais do Título I da Constituição ilustra uma noção de “mandamento nuclear de um sistema”.
Normas: tutelam situações subjetivas, reconhecendo a pessoa ou entidade a faculdade de exercer algum interesse por ato próprio ou abstenção de outrem, ou, vinculam pessoas ou entidades à obrigação de submeter-se ás exigências impostas. 
Princípios: são “núcleos de condensações” dos quais irradiam valores e bens constitucionais; ordenações que irradiam e imantam o sistema de normas.
Princípios que funcionam como base para normas jurídicas, podem ser positivados, se tornando normas – princípios, sendo assim, preceito de organização constitucional.
Os princípios constitucionais se revestem de configurações e naturezas diferentes, segundo Gomes Canotilho, tais princípios são divididos basicamente em duas categorias: 
Princípios políticos-constitucionais: relacionados a decisões politicas fundamentais positivadas constitucionalmente; traduzem as opções e formas de existência política da nação. São normas-princípio e manifestam-se como princípios constitucionais fundamentais.
Princípios jurídico - constitucional: Elucidam a ordem jurídica nacional, são princípios constitucionais gerais, e decorrem de normas constitucionais ou constituem desdobramentos dos fundamentais, como o princípio da supremacia da constituição e os princípios-garantias.	
Os princípios constitucionais fundamentais, possuem natureza variada, tem por objeto definir e caracterizar a coletividade política e o Estado, e expor as opções político-constitucionais, funcionam como matriz de todas as outras normas, assim, seria mais adequado chama-las de normas fundamentais. O autor distingue os princípios fundamentais da seguinte maneira: Princípios relativos à existência, forma, estrutura e tipo de Estado (Art.1º); relativos à forma de governo e á organização dos poderes (Art. 1º e 2º); relativos à organização da sociedade; relacionado ao regime político (Art.3º, I); relativos á prestação positiva do Estado (Art. 3º, III e IV ); relativos á comunidade internacional (Art.4º)	
O autor salienta a importância de distinguir os princípios fundamentais e os gerais, sendo que, os primeiros integram o Direito Constitucional positivo, traduzindo-se em normas fundamentais, que elucida as decisões políticas da Constituição, e o segundo, constitui temas para uma teoria geral do Direito Constitucional, pois, abrange conceitos gerais, entre outros, que podem ser estudados pela dogmática jurídico- constitucional. Contudo, princípios gerais e fundamentais podem encontrar-se na medida que os gerais possam ser positivações dos fundamentais.
Os princípios fundamentais possuem a função ordenadora e ação imediata, enquanto diretamente aplicáveis ou diretamente capazes de conformarem relações político-constitucionais, assim, funcionam como critérios de interpretação e de integração, dando assim, coerência ao sistema.
Normas-síntese efetua a integração das normas de que são sumulas, ou que as desenvolvem, tem eficácia plena e aplicabilidade imediata 
 CONCLUSÃO
1. Princípios são “núcleos de condensações”, dos quais incidem valores e bens constitucionais.
2. Os princípios políticos – constitucionais são responsáveis pelas decisões políticas e a forma de existência política de uma nação, enquanto, os jurídicos – constitucionais, geralmente são desdobramentos dos princípios fundamentais e informam a ordem jurídica nacional.
3. Os princípios constitucionais fundamentais têm por objeto caracterizar a coletividade politica e demonstrar as opções político-constitucionais de um Estado.
Referência Bibliográfica: SILVA, José Afonso da. “Curso de Direito Constitucional”. São Paulo: Malheiros, 25ª Ed, 2005.p.91-96.