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Manejo de solo e planta aplicados às pastagens

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25/03/2018 4.3 - Manejo de solo e planta aplicados às pastagens
http://www.cnpgl.embrapa.br/sistemaproducao/book/export/html/23 1/21
4.3 - Manejo de solo e planta aplicados às
pastagens
4.3.1 - Introdução
O manejo correto do solo é um dos pontos principais para o sucesso na atividade agropecuária,
especialmente nos sistemas intensivos de produção de leite a pasto. Assim, a amostragem do solo, com o
objetivo de conhecer sua fertilidade natural, constitui-se no primeiro passo a ser seguido pelo produtor de
leite, para possibilitar que técnicos habilitados possam recomendar de forma racional a calagem e a adubação
a serem realizadas considerando a cultura forrageira que será estabelecida na área. Após a amostragem do
solo, o produtor deverá encaminhar a amostra a um laboratório credenciado, para que se determine a sua
fertilidade. O passo seguinte consiste do preparo do solo. Após essa prática, o produtor poderá realizar a
adubação de plantio, efetuar o plantio propriamente dito e usar a pastagem, manejando-a adequadamente. A
calagem deverá ser realizada antes do preparo do solo.
4.3.2 - Manejo do solo
4.3.2.1 - Escolha da área adaptada ao cultivo de
forrageiras
A escolha da área a ser cultivada em uma propriedade rural constitui um dos principais pontos no sucesso da
exploração agrossilvipastoril. Esta escolha é importante, pois permite selecionar forrageiras ou qualquer
outra espécie vegetal, adaptadas a cada um dos diferentes segmentos da paisagem da propriedade. A Figura 1
descreve a situação de cada um desses segmentos. Vale ressaltar que esta situação, embora sendo mais
característica da Região Sudeste, pode também ser encontrada nas demais regiões fisiográficas do País.
 Figura 1. Topossequência característica da Região Sudeste do Brasil (Adaptado de RESENDE, 1995).
A seguir, é descrito cada um desses segmentos, localizando alguns aspectos relacionados ao seu uso,
objetivando a exploração animal.
A - Leito Menor. Caracterizado pela presença de fontes de água da propriedade, normalmente
constituído por olhos d'água, minas d'água, córregos, riachos e rios, açudes etc.
B - Leito Maior. Este segmento é caracterizado por inundações periódicas, ora permanecendo
encoberto de água por períodos prolongados, ora inundados, porém com escoamento rápido do excesso
de água. Além disso, sobressai por um enriquecimento de sua fertilidade natural, mercê das constantes
inundações, que depositam grande quantidade de colóides na superfície do solo. Em decorrência
desses frequentes alagamentos, este segmento apresenta fortes limitações relativas à drenagem e à
25/03/2018 4.3 - Manejo de solo e planta aplicados às pastagens
http://www.cnpgl.embrapa.br/sistemaproducao/book/export/html/23 2/21
mecanização motorizada. Normalmente é utilizado com forrageiras resistentes ao encharcamento,
citando como exemplo: capim-angola, estrela africana, tangola, coast-cross e setária. Por ser o capim-
elefante uma planta que não se adapta a solos com problemas de drenagem, o leito maior não é
recomendado para o seu cultivo. Da mesma forma, este segmento não é recomendado para o cultivo de
forrageiras dos gêneros Panicum ou Brachiaria.
C - Terraço. É também um segmento plano da paisagem, porém mais elevado que o leito maior, não
sujeito às inundações. Caracteriza-se também por apresentar fertilidade natural bastante elevada, além
de não apresentar impedimento à moto-mecanização. Em geral, é utilizado com as culturas de milho,
sorgo, feijão, arroz de sequeiro etc. Se utilizado para pastagens, deverá ser cultivado com espécies que
apresentem alto potencial de produção de biomassa, destacando-se: capim-elefante, Panicum
maximum, estrela africana, coast-cross, milho, sorgo e cana-de-açúcar.
D – Meia-encosta. Sua forma côncava facilita a deposição de partículas de solo, removidas dos
segmentos (E) e (F) pelo processo de erosão, enriquecendo sua fertilidade natural. Em geral, pode ser
cultivado utilizando-se tração animal e/ou mecanizada. Por apresentar maior fertilidade natural e
possibilidade de mecanização, deverá ser cultivado com forrageiras que apresentem alto potencial de
produção de biomassa.
E - Morro (Área côncava e convexa). Caracterizado por solos de baixa fertilidade natural e forte
impedimento à mecanização motorizada.
Em razão desta baixa fertilidade natural e declive acentuado, é recomendado para cultivos com
forrageiras que apresentem características de tolerância a fatores de acidez de solo; adaptação à baixa
fertilidade natural; rapidez na cobertura do solo, após plantio; boa capacidade de produzir sementes,
dentre outras. As forrageiras mais indicadas para serem utilizadas neste segmento são: braquiárias
(especialmente B. ruziziensis e B. decumbens), Hyparhenia rufa (capim-jaraguá) e capim-gordura
(Melinis minutiflora), dentre outras. Salienta-se, ainda, que o cultivo desta área implica utilização de
práticas conservacionistas de manejo do solo.
F - Topo do Morro. Caracteriza-se por apresentar, geralmente, baixa fertilidade natural; entretanto
permite a utilização de mecanização por tração motorizada.
Neste segmento, poderão ser cultivadas forrageiras adaptadas a solos de baixa fertilidade e acidez elevada.
Poderá também ser cultivado com forrageiras que apresentem alta capacidade de produção de biomassa;
neste caso haverá necessidade de se elevarem os níveis de calagem e de adubação de plantio e de
manutenção.
O capim-elefante, assim como as cultivares do gênero Panicum, bem como as forrageiras milho, sorgo e
cana de açúcar, recursos forrageiros utilizados como suplementos volumosos para a época seca do ano, são
plantas extremamente sensíveis ao encharcamento do solo. Assim, as áreas da propriedade sujeitas a
inundações ou elevação do lençol freático, como é o caso do segmento B, apresentado na Figura 1, não são
indicadas para o cultivo dessas forrageiras. Além dessa limitação, áreas com declive acima de 25 a 30%
(segmento E) não devem também ser utilizadas. A não-recomendação das áreas de relevo mais acidentado
deve-se à dificuldade de mecanização, bem como às perdas de solo e água pela erosão, e pelas dificuldades
de adoção de práticas racionais de conservação de solo.
Assim, as áreas da propriedade mais indicadas ao cultivo destes recursos forrageiros são o terraço e a meia-
encosta (segmentos C e D), áreas estas não-sujeitas às inundações. Essas áreas, além de não apresentarem
impedimento à mecanização, são também as que apresentam os solos de fertilidade natural mais elevada.
 
4.3.2.2 - Amostragem de solo
A amostragem do solo, para fins de diagnóstico de sua fertilidade, constitui uma das práticas mais
importantes do processo produtivo, principalmente, quando se pensa na utilização intensiva e racional dos
solos. Pela amostragem do solo e posterior análise laboratorial para determinação dos conteúdos dos
nutrientes e outros elementos minerais, é possível fazer uma recomendação racional e econômica de adubos
e corretivos.
A importância de uma análise de solo depende da exatidão de cada uma das seguintes fases:
 a) coleta de amostra;
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b) extração e determinação dos nutrientes “disponíveis”;
 c) interpretação dos resultados das análises; e
 d) recomendação de adubos e corretivos.
Em cada uma destas fases poderão ocorrer erros, que afetarão o resultado da análise e, por conseguinte, a
recomendação de adubos e corretivos para mais ou menos do que o necessário. O erro, devido a uma
amostragem mal conduzida, é geralmente o mais significativo, porque não pode ser corrigido nas fases
subsequentes. Uma amostragem mal feita pode facilmente causar erros de 50% ou mais na avaliação da
fertilidade de um solo. Daí a importância da orientação técnica de um profissional habilitado.
A coleta de amostras representativasé essencial para a correta recomendação de adubos e corretivos e
possibilita a obtenção de rendimentos econômicos.
 A amostragem do solo é, pois, a fase mais crítica do programa de recomendações de adubação com base na
análise do solo, pelos seguintes motivos:
O solo é um corpo heterogêneo em propriedades químicas;
A heterogeneidade química do solo é acentuada pelas práticas de adubação, calagem e de manejo
cultural;
Insuficiência de conhecimento dos princípios de amostragem de solos por parte da pessoa que realiza
amostragem; e
Insuficiência de informações complementares para a interpretação de análise como: adubação,
calagem, rendimento de cultivos anteriores, topografia etc.
 É importante destacar que a amostra encaminhada ao laboratório para análise, deve ser representativa
da área a ser cultivada, já que não é possível analisar a área inteira a ser adubada ou a receber calagem.
Assim, a amostra deve ser coletada da melhor maneira possível, de forma a refletir com fidelidade as
condições de fertilidade da área específica.
 Devem-se salientar sete aspectos importantes na amostragem do solo:
4.3.2.2.1 - Seleção da área para cada amostragem
Cada área a ser amostrada deve ser a mais uniforme possível, considerando os seguintes aspectos: cor do
solo, posição na encosta, vegetação existente, textura do solo, drenagem, presença de pedras, pedregulhos e
cascalho e histórico da área. Ao se amostrar uma determinada área de solo, não se devem misturar amostras
de um solo de coloração acinzentada com amostra de solo de coloração avermelhada; amostra de solo de
uma baixada com amostra de solo de área amorreada. Em cada uma destas situações, deverão ser feitas
coletas individualizadas, permitindo assim, maior racionalidade nas recomendações de corretivos e adubos.
4.3.2.2.2 - Determinação da época de amostragem
A amostragem do solo deverá ser feita após o final da época chuvosa, sendo para a Região Sudeste os meses
de abril/maio os mais indicados. Até pouco tempo recomendava-se duas amostragens anuais, sendo uma no
final e outra no início da época chuvosa. Entretanto, como os resultados obtidos, quase sempre, apresentam
valores semelhantes, um grupo de técnicos pertencentes a diversas instituições de ensino, pesquisa e
extensão do Estado de Minas Gerais, que compõem a Comissão de Fertilidade de Solo do Estado de Minas
Gerais (CFSEMG, 1999), optou por recomendar a realização de uma única amostragem. Assim, a
amostragem feita no final da época chuvosa, além de permitir conhecer a fertilidade natural do solo, reduz o
custo de implantação da pastagem, por reduzir o número de amostragens a serem feitas. Vale a pena ressaltar
que a amostragem feita nesta época possibilita ao produtor adquirir corretivos e fertilizantes nos meses de
entressafra (junho/julho) quando, geralmente, o preço destes insumos é menor.
4.3.2.2.3 - Número de amostra simples
Para se proceder à amostragem do solo, percorre-se em zigue-zague a área que se deseja avaliar, coletando-
se de 20 a 30 amostras simples por gleba para formar uma amostra composta. Em áreas (glebas)
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homogêneas, pode ser considerada, para efeito de amostragem, uma área entre 10 e 20 hectares.
Conforme mencionado anteriormente é muito importante subdividir a área a ser amostrada, de modo que esta
seja a mais homogênea possível. Nesta subdivisão, deve-se levar em conta a vegetação, a posição topográfica
(topo de morro, meia-encosta, baixada etc.), as características perceptíveis do solo (cor, textura, condição de
drenagem, produtividade da cultura anterior, uso de fertilizantes e corretivos etc.). Portanto, os limites de
uma gleba de terra para amostragem não devem ser definidos exclusivamente pelo tamanho da área
(hectares), mas, sim, pelas características mencionadas, que determinam sua homogeneidade. Para maior
eficiência, não amostrar glebas superiores a dez hectares. Assim, áreas amorreadas não devem ser
misturadas com áreas de baixadas, da mesma forma que numa área amorreada, por exemplo, não se devem
misturar amostras que tenham cores muito diferentes. Estes cuidados são importantes, pois permitem obter
resultados mais representativos da fertilidade natural do solo.
Mesmo que a área a ser amostrada seja a mais uniforme possível, recomenda-se trabalhar, para cada amostra
composta, com área inferior a dez hectares. Assim, se existe uma área uniforme de 20 hectares a ser
amostrada, recomenda-se dividi-la em duas glebas, obtendo-se assim duas amostras compostas.
 
4.3.2.2.4 - Profundidade de amostragem
Na maioria das culturas, a profundidade de amostragem é de 0 a 20 cm. Dependendo da situação, é possível
que a amostragem deva ser feita em outras profundidades. Para pastagens já estabelecidas, por exemplo,
recomenda-se a amostragem na camada de 0 a 5 cm, ou até 0 a 7 cm. Quando necessário, pode-se retirar
outra amostra composta de 5 a 20 cm ou de 7 a 20 cm. Para áreas novas, principalmente quando se pretende
a implantação de culturas perenes, como é o caso das pastagens, recomenda-se coletar as amostras simples
nas profundidades de 0 a 20, 20 a 40 e 40 a 60 cm. As amostras simples das diferentes camadas devem ser
coletadas no mesmo ponto e em igual número, obtendo-se amostras compostas para cada camada. A
determinação da profundidade de amostragem deverá ser baseada nas sugestões de um técnico.
4.3.2.2.5 - Coleta, homogeneização e remessa da
amostra ao laboratório
Estas amostras retiradas são colocadas em um balde seco e limpo, colocadas para secar, destorroando em
seguida a massa de solo proveniente destas amostras. Depois de destorroada e homogeneizada esta massa de
solo, retira-se uma quantidade de 300 a 500 gramas, que são colocados em saco plástico limpo,
identificando-a (Figuras 2 e 3), para envio ao laboratório. É importante ressaltar que além da análise química
do solo, também deve ser solicitada a análise textural, uma vez que a recomendação da necessidade de
calagem e de fósforo depende da mesma.
 
 Figura 2. Ficha de identificação da amostra de material de solo.
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 Figura 3. Formulário de informações complementares a ser enviado ao laboratório.
Observações:
Existem outros tipos de formulários que também poderão ser utilizados quando do envio das amostras
aos laboratórios;
Não usar, em hipótese alguma, sacos de adubos, mesmo que bem lavados, para o acondicionamento
das amostras;
Tanto a etiqueta de identificação da amostra composta, quanto o formulário de informações
complementares, deverão acompanhar a amostra de solo enviada ao laboratório;
As amostras deverão ser encaminhadas a laboratórios de comprovada idoneidade
Cuidados especiais na amostragem
Não retirar amostras simples próximas a casas, brejos, voçorocas, árvores, sulcos de erosão,
formigueiros, caminho de pedestre etc.;
Nunca colocar as amostras compostas em embalagens usadas ou sujas, como latas de soda, saquinhos
de leite, sacos de adubos, de calcário, de cimento, embalagens de defensivos etc.;
Após a remessa da amostra a um laboratório credenciado, este irá processá-la visando à sua
determinação, conforme se segue.
 
4.3.2.2.6 - Análise do solo
Esta operação é desenvolvida em laboratórios credenciados, pelo uso de extratores químicos, e posterior
determinação quantitativa do elemento, na solução do solo. O extrator a ser usado deverá apresentar uma boa
correlação com a capacidade de extração (absorção) de nutrientes pelas plantas. Assim, um bom extrator
deve simular o que a planta é capaz de absorver dos elementos essenciais (nutrientes).
 
 Observação:
É de suma importância que o laboratório ao encaminhar o resultado de análise de soloao produtor
rural, informe qual extrator foi utilizado. Esta informação é importante, pois para cada extrator,
existem tabelas apropriadas para determinação dos níveis críticos dos principais nutrientes.
4.3.2.2.7 - Interpretação do resultado da análise do
solo
Esta é uma das fases mais difíceis e onerosas de um programa de análises de solo e recomendação de
corretivos e fertilizantes. Esta etapa deve ser desenvolvida por um técnico, baseada nos padrões de
interpretação de análise de solo disponíveis no País. Preparo do solo.
Antes de iniciar o preparo do solo, deve-se fazer uma amostragem para determinar a fertilidade e permitir
uma recomendação racional de corretivos e fertilizantes.
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http://www.cnpgl.embrapa.br/sistemaproducao/book/export/html/23 6/21
O preparo do solo é uma operação importante quando se pretende estabelecer uma pastagem. O bom preparo
do solo, a correção da acidez e a adubação racional garantem um ambiente adequado para a germinação das
sementes ou para a brotação de gemas de forrageiras que se propagam por mudas. O preparo do solo deve ser
feito com o objetivo de deixá-lo suficientemente destorroado, solto e uniforme. Desta forma, uma aração,
seguida de uma ou duas gradagens e da sulcagem (para forrageiras que se multiplicam por mudas)
constituem operações importantes para a garantia do estabelecimento da forrageira.
Quanto mais rápido for a germinação e o estabelecimento da forrageira, mais cedo o produtor poderá utilizar
a pastagem para a alimentação animal.
Em situações em que há necessidade de se fazer duas arações, recomenda-se que a primeira deva ser rasa,
para destruir os restos culturais, enquanto a segunda deverá ser feita numa profundidade de 15 a 30 cm
(RODRIGUES & REIS, 1993).
Havendo necessidade de calagem, esta deverá ser feita com antecedência mínima de 60 dias do plantio (com
o solo úmido), utilizando-se calcário dolomítico. Ela deverá ser feita a lanço, sobre toda a área, antes da
aração.
Outro ponto importante é o estabelecimento de pastagens de capim-elefante, ou cultivares dos gêneros
Panicum e Cynodon, em áreas anteriormente cultivadas com braquiárias.
Segundo observações feitas em fazendas particulares, o custo de manutenção dessas pastagens é bastante
aumentado, em decorrência das constantes capinas e/ou aplicações de herbicidas para controle de
braquiárias. Assim, recomenda-se trabalhar a área pelo menos por dois anos, utilizando-se culturas anuais,
visando reduzir a população de sementes de braquiária e, com isto, reduzir o custo de manutenção dessas
pastagens.
Também merece destaque o estabelecimento de pastagens de capim-elefante em áreas sujeitas à erosão.
Neste caso, o preparo do solo deverá ser precedido de práticas conservacionistas. Segundo Castilhos (1987),
em solos com declive de até 3%, o plantio deverá ser feito com os sulcos abertos em curva de nível; em
declividade entre 6 e 12%, deve-se proceder à abertura de terraços; e em solo com declividade de 12 a 15%,
recomendam-se terraços com faixa de retenção.
O manejo de solo em áreas de relevo acidentado constitui prática importante durante o estabelecimento de
forrageiras, uma vez que o manejo mal conduzido acarretará perdas apreciáveis de solo, aumentando ainda
mais sua degradação. Dependendo da espécie forrageira a ser implantada, há necessidade do estabelecimento
de práticas conservacionistas, tais como: terraços e cordões de contorno.
Para exemplificar, na Figura 4 são apresentados resultados de perda de solo por erosão, numa pastagem
degradada de capim-gordura, com aproximadamente 40% de declive em função dos tratamentos de manejo
de solo que consistiram de diferentes proporções de área preparada.
Esta é uma das fases mais difíceis e onerosas de um programa de análises de solo e recomendação de
corretivos e fertilizantes. Esta etapa deve ser desenvolvida por um técnico, baseada nos padrões de
interpretação de análise de solo disponíveis no País.
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http://www.cnpgl.embrapa.br/sistemaproducao/book/export/html/23 7/21
 Figura 4. Perdas relativas de solo por erosão, comparando-se sistemas de preparo do solo para a recuperação
de pastagens. 
Fonte: Saraiva (1981).
Verifica-se que no preparo A, onde o solo permaneceu durante todo o período de avaliação descoberto, a
perda relativa de solo foi de 100%, ao passo que nos outros dois tratamentos as perdas de solo sofreram
redução bastante expressiva.
No preparo B, onde o solo foi totalmente preparado (aração e gradagem, seguido de adubação e plantio a
lanço de capim-gordura), a perda de solo ao final do período experimental reduziu em 58%, em relação ao
tratamento A. Quando o solo foi preparado em faixas e em nível, adubado e seguido de semeadura da
forrageira (preparo C), cujas áreas preparadas corresponderam a um terço da área total, as perdas de solo
reduziram em média 93%. Esses resultados confirmam a importância da cobertura vegetal do solo, no
controle da erosão e, principalmente, a manutenção de faixas de retenção, durante as operações de preparo do
solo para a formação de pastagens em áreas declivosas.
A redução ocorrida no preparo de solo C é de extrema importância não só para a pastagem, pois evita que
haja perdas de nutrientes e água durante o processo erosivo, mas, principalmente, por manter-se quase que
inalterado, do ponto de vista de fertilidade natural, o solo, um recurso natural não-renovável.
Do ponto de vista prático, vale a pena destacar que as faixas devem ter largura média de dois metros. Caso a
declividade do solo seja menor, pode-se aumentar a largura da faixa a ser preparada. Essa largura facilita a
operação de gradagem do solo, uma vez que as grades de tração animal têm, em média, dois metros de
largura.
Além disso, convém ressaltar que, dependendo dos resultados da análise do solo, há necessidade de se fazer
recomendações de calagem e adubação nas faixas a serem preparadas.
Na Embrapa Gado de Leite, observou-se que, ao se utilizar no processo de recuperação uma forrageira com
grande capacidade de produzir sementes, como é o caso das braquiárias, as faixas não-preparadas tiveram
sua cobertura vegetal (em geral capim-gordura), totalmente substituída pela braquiária.
A Figura 5 apresenta com detalhes o processo de estabelecimento em faixas, em áreas declivosas.
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http://www.cnpgl.embrapa.br/sistemaproducao/book/export/html/23 8/21
 Figura 5. Plantio de forrageiras em áreas montanhosas, por meio de faixas (a) cultivadas em nível e
intercaladas por faixas de retenção (b), não-cultivadas.
 Fonte: Cóser & Cruz Filho, (1989).
Dependendo da espécie forrageira a ser implantada, especialmente se for uma forrageira “agressiva”, como é
o caso das braquiárias, as faixas poderão ser substituídas por sulcos em nível, alternados com áreas não-
preparadas. A escolha de faixas ou sulcos dependerá da declividade do terreno. Sugerem-se sulcos em
terrenos muito íngremes, onde o preparo das faixas é dificultado. O preparo de solo em áreas declivosas
utilizando sulcos em nível é também bastante usado para o estabelecimento de leguminosas forrageiras.
Observação:
 Em hipótese alguma se deve utilizar grade aradora acoplada a trator de esteira, no sentido morro abaixo,
morro acima. Utilizando esta estratégia o solo fica ainda mais exposto aos processos erosivos.
4.3.3 - Calagem e adubação de plantio
4.3.3.1 - Calagem
A calagem tem como principal objetivo neutralizar o alumínio tóxico presente na solução do solo,
responsável direto pela sua acidez.
É importante ressaltar que as forrageiras tropicais, utilizadas na maioria dos sistemas de produção de leite
e/ou carne do País, são medianamente tolerantes a fatores de acidez do solo e, portanto, não requerem
grandes quantidadesde calcário por ocasião do plantio, ou mesmo durante a fase de utilização da pastagem
pelos animais. O calcário é um insumo barato, mas se o produtor tiver que implantar ou reformar áreas
extensas, o investimento realizado na operação da calagem será alto, em função da quantidade total utilizada.
Entretanto, não se deve negligenciar esta importante característica que as forrageiras tropicais apresentam,
qual seja a de tolerância mediana a fatores de acidez.
De acordo com CFSEMG, 1999, o método mais indicado para a recomendação de calagem para o Estado de
Minas Gerais, e, por analogia, para toda a Região Sudeste e parte do Centro-Oeste deverá basear-se nos
teores de alumínio (Al3+) e de cálcio mais magnésio (Ca2+ + Mg2+), embora também possa ser usado o
método que se baseia na porcentagem de saturação de bases (V%).
No primeiro caso, a equação que determina a quantidade de calagem (NC) a ser utilizada, considerando-se o
PRNT de 100% é: NC = Y (Al3+)+ [X – (Ca2+ + Mg2+)]. No segundo caso, considerando-se a saturação de
bases (V%), o valor considerado para efeito de quantificar a necessidade de calagem é de no máximo 60%.
O valor Y é variável em função da capacidade tampão da acidez do solo e que pode ser definido de acordo
com a textura do solo. Assim, em solos arenosos, ele assume valores de 0 a 1; em solos de textura média,
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valores de 1 a 2; em solos argilosos valores de 2 a 3, e em solos muito argilosos, valores de 3 a 4. O valor X
é variável em função dos requerimentos nutricionais de cálcio e magnésio das culturas. Para obter estes
valores, consulte o manual da CFSEMG, 1999. O encaminhamento dos resultados da análise de solo a um
técnico da assistência técnica pública e/ou privada e extensão rural permitirá a recomendação racional de
calcário e fertilizantes.
Vale a pena salientar que ambas as opções relativas à recomendação de calcário são baseadas na capacidade
da planta em responder ao corretivo aplicado.
O calcário deverá ser aplicado a lanço sobre toda a área, com uma antecedência mínima de 60 dias do
plantio, seguido de uma aração ou de uma gradagem. Em sistemas irrigados a calagem poderá ser feita com
antecedência mínima de 15 dias da época do plantio.
A seguir é apresentado um exemplo sobre necessidade de calagem (NC) para se corrigir a camada de 0 – 20
cm.
1) Método do Al e Ca + Mg trocáveis
 A quantidade de calcário a ser aplicada é baseada nos teores de Al e Ca + Mg, obtidos mediante análise
química do solo.
NC = Y (Al3+)+ [X – (Ca2+ + Mg2+)]
O valor Y varia com a textura do solo, enquanto o valor X é variável em função da exigência da cultura.
Assim, Y e X podem admitir os seguintes valores.
Obs. Para as gramíneas tropicais, X assume o valor 2.
Exemplo: Al3+ = 1,1 cmolc/dm3 equivalente a meq/100 cm3
 Ca2+ + Mg2+= 0,6 cmolc/dm3 equivalente a meq/100 cm3
 Teor de argila = 36% (Nesse caso, Y admite valor 3)
 NC = [(3 x 1,1) + (2 - 0,6)] = 4,7 t/ha de calcário, com PRNT 100%
 Obs.: Se o calcário tiver o PRNT de 80%, a quantidade a ser aplicada é de:
vale ressaltar que se o solo apresentasse textura média (15 a 35% de argila), e com os mesmos teores de Al e
Ca + Mg, a quantidade de calcário a ser aplicada, com PRNT de 100%, reduziria para 3,6 t/ha, isto porque Y
admitiria o valor 2.
2) Método da saturação de bases
 Neste método, a calagem é calculada para elevar a saturação de bases (V%) da capacidade de troca de
cátions a pH 7,0, a valores desejados de acordo com a cultura de interesse, sendo a necessidade de calagem
calculada por:
NC = necessidade de calcário em toneladas/ha, considerando-se a camada de incorporação de 0-20 cm e
calcário com PRNT 100%.
T = capacidade de troca de cátions do solo a pH 7,00 = cmolc/dm3 de Ca2++ Mg2++ K++ H+ + Al3+.
 V2 = porcentagem de saturação de bases (%) desejada para a cultura em questão (obtida por dados de
pesquisa).
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onde
 SB = soma de bases = Ca2++ Mg2++ K+ (cmolc/dm3 de solo) 
Exemplo: T = 10,8 cmolc/dm3 
 V2 = 60%
 V1 = 20%
para uma incorporação a 20 cm de profundidade.
Obs.: Se o calcário tiver um PRNT de 80%, a quantidade a ser aplicada ao solo será de:
É importante destacar que as gramíneas tropicais apresentam tolerância moderada à saturação de alumínio;
portanto, recomendação de calagem, utilizando valores de V2 elevados, poderá redundar em aumentos
exagerados no custo de implantação da pastagem, além de promover alterações substanciais na
disponibilidade de alguns nutrientes.
Convém destacar que, dependendo da região fisiográfica e do Estado, existem outros métodos de
recomendação de calagem que também podem ser utilizados.
 
4.3.3.2 - Adubação de plantio
Com referência à adubação de plantio, a Embrapa Gado de Leite recomenda apenas a utilização do fósforo,
uma vez que o nitrogênio e o potássio, utilizados durante esta fase, podem ser supridos pela matéria orgânica
que será mineralizada, disponibilizando estes nutrientes para o crescimento inicial das plantas. A
recomendação da adubação fosfatada de plantio prende-se ao fato de ser o fósforo o nutriente mais
importante durante as fases de germinação e estabelecimento da forrageira. Resultados de pesquisa
conduzidos pela Embrapa Gado de Leite com capim-elefante cultivar Napier mostraram que a quantidade de
fósforo a ser aplicada por ocasião do plantio varia de 100 a 120 kg/ha de P2O5, correspondentes a 500 a 600
kg/ha de superfosfato simples, ou 222,22 a 266,67 kg/ha de superfosfato triplo, distribuídos no fundo do
sulco de plantio (Tabela 1). Essa recomendação de adubação fosfatada é para solos que apresentam nível
crítico de fósforo baixo, independente da classe de solo. Essas fontes poderão ser substituídas por outra,
desde que mantida a mesma quantidade de P2O5 recomendada. Esta sugestão também poderá ser
recomendada para os gêneros Cynodon, Panicum, o mesmo acontecendo com a espécie de Brachiaria
brizantha. Para as espécies de Brachiaria decumbens e Setaria sphacelata, esta sugestão poderá ser reduzida,
dependendo dos resultados de análise do solo.
As adubações com nitrogênio (N) e potássio (K2O) serão feitas em cobertura, 60 a 70 dias após o
estabelecimento da cultura. Caso a análise de solo indique baixas concentrações de potássio na solução do
solo, esse nutriente deverá ser aplicado.
Também merecem destaque o enxofre (S) e o zinco (Zn). O enxofre passa a assumir uma grande importância,
na medida em que fontes tradicionais de outros nutrientes que contêm S, como é o caso do sulfato de
amônio, superfosfato simples ou sulfato de potássio, estão sendo substituídas por outras fontes mais
concentradas ou por outras mais baratas, necessitando nestes casos, de ser suplementado.
Em geral, para solos com deficiência de enxofre, tem sido recomendada a aplicação de 20-40 kg/ha de
enxofre (CARVALHO, 1985).
As deficiências de zinco são mais comuns em áreas de cerrado (CARVALHO, 1985), havendo, pois,
necessidade de suplementação. Nesse caso, recomenda-se a aplicação de 2 kg/ha de Zn, equivalente a 10
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kg/ha de sulfato de zinco, juntamente com a adubação fosfatada por ocasião do plantio (WERNER, 1986).
A aplicação de micronutriente em forrageiras, de forma mais geral, tem sido aconselhada através do emprego
de FTE (Fritted Trace Elements) nas formulações BR-10 (com 2,5% de B; 0,1% de Co; 1,0% de Cu; 4,0% de
Fe; 4,0% de Mn; 0,1% de Mo; 7,0% de Zn) ou BR-16 (com 1,5% de B; 3,5% de Cu; 0,4% de Mo e 3,5% de
Zn) à base de 30 a 50 kg/ha, junto com a adubação fosfatada (MONTEIRO,1994).
 
Tabela 1. Recomendações de doses e épocas de aplicações de adubos e corretivo em pastagem de capim-
elefante.
Atividade Dose Época
Amostragem
do solo -
As amostras deverão ser
colhidas nos meses de
abril/maio (CFSEMG,
1999)
Calagem Calcário dolomítico - De acordo com recomendação de análise dosolo.
20 a 30 dias antes do
plantio; desde que o solo
esteja úmido.
Adubação
de plantio
Depende de análise de solo. Em geral, recomenda-se a aplicação de
100 a 120 kg/ha de P2O5 equivalentes a 500 a 600 kg/ha de
superfosfato simples (SS), ou 222,22 a 266,67 kg/ha de
superfosfato triplo (ST).
No fundo do sulco, por
ocasião do plantio.
Adubação
de
manutenção
No ano do plantio, recomenda-se fazer duas coberturas com
nitrogênio e potássio, usando 66,67 kg/ha de N e K2O,
respectivamente, em cada aplicação, equivalentes a 333,5 kg/ha de
sulfato de amônio (SA) e 111,17 kg/ha de cloreto de potássio (KCl).
Neste primeiro ano de condução da pastagem são aplicados 2/3 da
recomendação anual (200 kg/ha) de N e K20No segundo ano e nos
demais, aplicar 50 kg/ha de P2O5, correspondendo a 250 kg/ha de
SS e 200 kg/ha de N e K2O, correspondendo a 1.000 e 333,33
kg/ha de SA e KCl, respectivamente, fracionadas em três aplicações
iguais, no início, meio e final da época chuvosa. Se for usada a
irrigação, como mecanismo de aumentar a produção de biomassa,
recomenda-se a aplicação de 300 kg/ha de N, equivalentes à 1.500
kg/ha de SA.
60 a 70 dias após o
plantio e imediatamente
após o pastejo de
uniformização, com
distribuição a
lanço.Ambos os adubos
deverão ser aplicados a
lanço. O N e o K2O
devem ser parcelados em
três aplicações (início,
meio e fim da época
chuvosa) e o P2O5 em
uma única aplicação no
início da época chuvosa.
Adubação
orgânica Depende da disponibilidade de matéria orgânica na propriedade.
Tanto no plantio como em
cobertura na pastagem já
formada.
Adubação
com micro-
nutrientes
Em regiões de comprovada deficiência de micronutrientes,
especialmente zinco, cobre e boro, sugerem-se as recomendações
feitas para a cultura do milho.
No plantio.
Fonte: Martins et al. (1995).
4.3.3.3 - Adubação de manutenção
Adubação de manutenção, também chamada de adubação para produção, aplicada durante a fase de
utilização da pastagem, tem como principal objetivo possibilitar que a cultura forrageira tenha o máximo de
produtividade e com o menor custo possível. Assim, nesta fase, o nitrogênio, o fósforo e o potássio são
recomendados. Entretanto, há necessidade de que o produtor continue analisando o seu solo, para que o
técnico, ao recomendar estes nutrientes, possa fazê-lo de forma racional. Em muitos solos e, em função dos
resultados de análise obtidos, nutrientes como o fósforo e o potássio não necessitarão de ser aplicados, por
encontrarem-se com seus teores na solução do solo, acima do que a planta é capaz de responder com a
adubação. Nesta fase, o nitrogênio é, sem dúvida alguma, um dos nutrientes mais importantes, por ser o
principal responsável pelo aumento na produção de matéria seca da pastagem.
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No ano do plantio, recomenda-se fazer duas coberturas com nitrogênio e potássio, usando de 66,67 kg/ha de
N e K2O, respectivamente, em cada aplicação, equivalentes a 333,5 kg/ha de sulfato de amônio (SA) e a
111,17 kg/ha de cloreto de potássio (KCl) (Tabela 1). Neste primeiro ano de condução da pastagem são
aplicados 2/3 da recomendação anual (200 kg/ha) de N e K20. A primeira aplicação destes nutrientes deverá
ser feita 60 a 70 dias após a fase de estabelecimento, após o pastejo de uniformização.
No segundo ano e nos demais, aplicar 50 kg/ha de P2O5, correspondendo a 250 kg/ha de SS e 200 kg/ha de
N e K2O, correspondendo a 1.000 e 333,33 kg/ha de SA e KCl, respectivamente, fracionadas em três
aplicações iguais, no início, meio e final da época chuvosa. Se for usada a irrigação, como mecanismo de
aumentar a produção de biomassa, recomenda-se a aplicação de 300 kg/ha de N, equivalentes a 1.500 kg/ha
de SA.
 O sulfato de amônio (SA) poderá ser substituído pela ureia. Neste caso, 200 kg/ha N, correspondem a 444,44
kg/ha de ureia e 300 kg/ha de N, correspondem a 666,67 kg/ha de ureia.
A recomendação de 200 kg/ha de N, 50 kg/ha de P2O5 e 200 kg/ha de K2O, poderá ser substituída por 1.000
kg/ha da fórmula 20:05:20 que, além de fornecer estas mesmas quantidades, tem um custo operacional
menor, por ser de menor custo e evitar que sejam feitas três aplicações de adubos.
Na Tabela 2, são apresentadas as recomendações de adubação de cobertura ou de manutenção, para as
principais gramíneas forrageiras tropicais e as respectivas taxas de lotação, para cada uma destas forrageiras.
Tabela 2. Sugestão para adubação de manutenção para as principais forrageiras utilizadas nos sistemas
intensivos de produção de leite a pasto, utilizando a fórmula 20-05-20 e considerando a taxa de lotação
esperada da pastagem.
Forrageira Adubação (kg/ha/ano) Taxa de lotação(UA***/ ha/ano)
Capim-elefante e Cynodon* 1000 4 a 7
Panicum** 800 4 a 5
Brachiaria brizantha 700 4 a 4,5
B. decumbens ou Setaria sp. 500 3 a 3,5
*O gênero Cynodon engloba as forrageiras: Coast-cross1, Tifton 85, Tifton 68, Estrela Africana, Florona,
Florico e Florakirk; 
 **O gênero Panicum engloba as forrageiras: Colonião, Tanzânia, Mombaça, Tobiatã, como sendo seus
principais representantes. 
 ***Uma UA corresponde a um animal de 400 a 450 kg de peso vivo. Obs.: O gênero Brachiaria tem hoje
como sinônimo o gênero Urochloa.
As quantidades de adubos recomendadas na Tabela 2 estão relacionadas a uma forma racional de adubação
de pastagens, sempre voltada para a resposta das forrageiras ao fertilizante aplicado, bem como baseada em
sua capacidade máxima de produção de biomassa. Assim é que, forrageiras do grupo do capim-elefante ou
do Cynodon recebem maiores quantidades de adubo se comparada à B. decumbens, por exemplo. No
primeiro caso, a pastagem é capaz de suportar de 4 a 7 vacas por hectare, enquanto na B. decumbens ela
suportaria no máximo três vacas por hectare, durante a época chuvosa do ano, quando os animais
permanecem o tempo todo nos piquetes.
Para sistemas de produção de leite a pasto não-irrigado, a adubação de cobertura ou de manutenção
recomendada nas Tabelas 1 e 2, deverá ser fracionada em três aplicações, no início, meio e final da época
chuvosa. Se a pastagem for irrigada, a quantidade de nitrogênio deverá ser aumentada e sua aplicação
fracionada em seis vezes durante o ano, distribuída após a irrigação. Assim, para capim-elefante, Cynodon e
Panicum, sugere-se acrescentar mais 100 kg/ha de N, enquanto nas braquiárias e na setária, recomendam-se
aplicações que variam de 50 a 70 kg/ha para B. decumbens ou Setaria e Brachiaria brizantha,
respectivamente.
Em sistemas intensivos de produção de leite em pastagens irrigadas, é necessário esclarecer que, sendo a
água um recurso natural não-renovável, caro e com disponibilidade reduzida, há que se ter o cuidado de
somente recomendá-la para forrageiras de elevado potencial de produção e em regiões onde não haja
impedimento de temperatura e luminosidade. Em regiões onde a média da temperatura mínima for inferior a
16/18 oC, não se recomenda irrigação durante todo o ano, pois as respostas da forrageira a este insumo é
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reduzida, especialmente nos meses de maio a julho. Neste caso, recomenda-se irrigação estratégica a partir
do mês de agosto, quando a temperatura do ar se eleva além de 18 oC.
4.3.3.4 - Considerações sobre algumas culturas
forrageiras de interesse econômico
4.3.3.4.1 - Cana-de-açúcar
Cultura tradicional no Brasil, alta produção porunidade de área (70 a 250 t/ha), cultura de implantação e
manejo simples, exigindo poucos tratos culturais, período de maturação e colheita coincidentes com o
período de escassez de pasto, pequena taxa de risco de perda da cultura, disponibilidade e qualidade
constantes se plantadas variedades de ciclos médio e tardio. É uma cultura perene, produzindo um corte a
cada doze meses, fonte rica de carboidratos, na forma de sacarose, bem consumida pelos animais e dispensa
a conservação como silagem ou feno. Isto porque a cana-de-açúcar é cortada e fornecida diretamente no
cocho. Vale salientar que sua utilização na forma de silagem, tem crescido nos últimos anos.
Suas limitações nutricionais para os bovinos estão relacionadas ao baixo teor de proteína bruta (2 a 3% na
matéria seca), a qual é corrigida através da associação com 1% da mistura de nove partes de ureia e uma
parte de sulfato de amônio, ou oito partes de ureia e duas partes de sulfato de cálcio, e a deficiência em
alguns minerais, principalmente fósforo, enxofre, zinco e manganês, exigindo para tanto o fornecimento de
uma boa mistura mineral aos animais suplementados com cana.
De modo geral, para culturas agronomicamente bem conduzidas, dois hectares de canavial são suficientes
para suplementar 50 bovinos adultos durante 150 dias. O manejo de corte e retirada da produção é fator
importante para a longevidade do canavial, devendo ser evitado o tráfego de veículos e máquinas sobre a
área plantada, daí, a necessidade de se preparar acessos e carreadores.
A escolha das variedades é fundamental e devem ser plantadas uma ou mais variedades industriais
melhoradas de cana de açúcar, adaptadas às condições locais, considerando-se o relevo, a fertilidade do solo
e o clima da região, além de apresentar características desejáveis como alta produtividade, alto teor de
açúcar, rebrotação vigorosa, ausência de tombamento e resistência a pragas e doenças.
Adubações orgânicas e químicas devem ser usadas no plantio e manutenção do canavial. Plantio em sulcos
espaçados de 1,20 a 1,30 m com 0,30 m de profundidade, usando-se mudas retiradas de canaviais com 8 a 12
meses, vigorosos e sem infestação de pragas e doenças. Se gasta de 10 a 12 toneladas de mudas para
implantar um hectare, e duas são as épocas de plantio. Cana de ano, plantada em setembro/outubro e colhida
a partir de junho do ano seguinte e a cana de ano e meio, plantada de janeiro a março (dependente de chuvas)
e colhida a partir de junho do ano seguinte. No plantio são colocados dois colmos no sistema pé com ponta,
no fundo do sulco de plantio, após a adubação de plantio; Estes colmos são cortados em toletes de 50 a 70
cm, com o objetivo de aumentar a brotação das gemas e, consequentemente o número de touceiras e a
produtividade por área.
No estabelecimento e ao longo de sua utilização devem ser procedidos tratos culturais, tais como, controle de
ervas daninhas, formigas, lagartas, cigarrinha, cupins e outras pragas.
 
4.3.3.4.2 - Mandioca
De fácil adaptação, a mandioca é cultivada em todos os estados brasileiros, solteira e em cultivo associado,
exigindo solos bem drenados, não excessivamente argilosos, com boa profundidade efetiva e pH entre 5,0 e
6,0. O potencial máximo de produção é atingido com adubação adequada e dentre os macronutrientes, o
fósforo permite resposta mais acentuada em termos de produtividade. O plantio é normalmente feito no
início da estação chuvosa. Em Minas Gerais é plantada de outubro a dezembro nas áreas de Cerrado e de
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junho a setembro na Zona da Mata mineira. Selecionar uma cultivar para se conseguir boa uniformidade e
maior produtividade do mandiocal, escolher manivas maduras provenientes de plantas com 10 a 14 meses de
idade. Usar apenas o terço médio das manivas, eliminando a parte herbácea superior. Essas manivas devem
possuir um diâmetro em torno de 2,5 cm, sendo que a medula deve ocupar 50% ou menos disso.
O plantio é feito em sulcos de 10 cm de profundidade, e os melhores rendimentos têm sido obtidos com
espaçamentos de 1,00 m x 0,50 m e 1,00 m x 0,60 m, em fileiras simples e 2,00 x 0,60 m x 0,60 m, em
fileiras duplas. É necessário o controle de plantas daninhas, pragas comuns (mandarová, ácaros, percevejo de
renda, mosca branca, mosca do broto, broca do caule, cupins e formigas) e doenças (bacteriose, antracnose,
podridão das raízes e o superbrotamento).
Na alimentação animal, tanto a parte aérea quanto as raízes podem ser consumidas pelos animais na forma
fresca, seca ao sol sob a forma de raspa da raiz, feno de ramas e ensilada. O fornecimento da matéria fresca é
o modo mais simples de fornecer raízes e parte aérea da mandioca aos animais. Trituração ou picagem e
murcha em condições ambiente, por 24 horas, são necessárias para servir aos animais. Para ruminantes,
tratando-se apenas da parte aérea, misturá-la com 50% de outros volumosos. A introdução deste alimento na
alimentação animal deve ser feita de forma gradativa para adaptação, sendo a quantidade dependente da
espécie, idade e da produção do animal.
A qualidade da silagem ou feno da parte aérea da mandioca depende da rapidez da colheita, picagem e
acondicionamento do material a ser armazenado.
 
4.3.3.4.3 - Milho ou Sorgo
Em sistemas sem irrigação, o plantio do milho deve ser feito no início do período chuvoso. Pode-se fazer
dois plantios por ano em áreas irrigadas, nesse caso, usar cultivares precoces. Como o sorgo exige menos
quantidade de água para se desenvolver, o seu plantio pode ser feito tanto no início como no final do período
chuvoso. Culturas exigentes em solos com boa drenagem e férteis, podendo ser plantados em plantio
tradicional ou plantio direto.
 Recomenda-se o uso de herbicidas em pré-plantio ou pré-emegência, nesse caso, consulte um Engenheiro
Agrônomo e peça uma indicação e o receituário para aquisição do herbicida, use equipamentos de proteção e
siga as recomendações para uso dos produtos e o descarte das embalagens após o uso.
A cultivar de milho ou de sorgo deve ser aquela que mais se adapta à região e que seja boa produtora de
grãos, para assim, assegurar a produção de silagem de melhor qualidade.
 Cultivares normais (variedade ou híbrido) apresentam porte alto, atingindo o ponto de ensilagem cerca de
120 dias após o plantio de verão, estendendo-se em até 30 dias nos plantios tardios com colheita no inverno.
Cultivares precoces são de porte mais baixo, resistindo melhor ao tombamento e oferecem melhor relação
espiga:colmo, e o ponto de ensilagem pode ser antecipado em 20 dias, em relação às cultivares normais.
O espaçamento, a profundidade de semeadura e o número de sementes por metro linear (densidade de
plantio) dependem do tipo de solo, da disponibilidade de chuvas ou irrigação na área, da capacidade da
cultivar em aproveitar a luz e os nutrientes, e do porte da planta. Para cultivares de milho de porte e ciclo
normais, é recomendado o espaçamento de 0,90 a 1,00 m entre linhas, e para cultivares de porte mais baixo e
precoces o de 0,80 a 0,90m. A profundidade de plantio é de 4 cm para solos argilosos a 5 a 8 cm para solos
arenosos.
 A densidade de plantio, população ou número de plantas por hectare deve ficar entre 40.000 e 50.000
plantas/ha para cultivares de ciclo normal, e de 50.000 a 60.000 plantas/ha para cultivares precoces.
Entretanto, aumentos na densidade de plantio, pela redução no espaçamento entre linhas ou pelo aumento no
número de plantas, poderá ser feito em condições especiais de solo e de clima, promovendo, neste caso, uma
adubação adequada a esta nova realidade.
A quantidade (kg) de sementes necessária para cada hectare depende do tamanho da peneira, e deve ter um
acréscimo de 20% para compensar eventuais perdas no campo, gastando-se em média de 20 a 26 kg de
sementes/ha.25/03/2018 4.3 - Manejo de solo e planta aplicados às pastagens
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A população final para o sorgo deve ficar entre 150.000 e 200.000 plantas/ha, sendo gasto em média de 8 a
10 kg de sementes/ha, considerando sementes com valor cultural superior a 70% e um acréscimo de 30%
para compensar perdas diversas.
A adubação é feita em função da análise de solo e do histórico de uso da área. A adubação de cobertura para
o milho é realizada quando as plantas apresentarem 8 a 10 folhas bem desenvolvidas e, em sorgo, 30 a 35
dias após a emergência das plântulas. Doses de N acima de 100 kg/ha, como regra prática, recomenda-se que
sejam divididas em duas aplicações com a primeira cobertura aos 20 a 25 dias com metade da dose de N e o
restante aos 35 a 40 dias da emergência da plântula. O adubo deve ser colocado na superfície do solo
próximo à linha de plantio, podendo ser distribuído a lanço, com adubadeira manual e/ou cultivador-
adubadeira, ou ainda a tração mecânica.
Os tratos culturais necessários à condução da cultura são o controle mecânico ou químico de plantas
daninhas e combate a pragas (formigas, lagartas etc.).
 
4.3.3.4.4 - Girassol
É uma planta originária do continente norte-americano, pertencente à família Asteraceae, antigamente
chamada de Compositae, que foi utilizada como alimento, pelos índios americanos, em mistura com outros
vegetais. No século XVI, o girassol foi levado para a Europa e Ásia, onde era utilizado como uma planta
ornamental e como uma hortaliça.
 Possui raiz pivotante profunda, que atinge cerca de 2 metros ou mais de profundidade e ciclo vegetativo
médio de 120 a 130 dias.
É uma cultura alternativa ao milho na produção de silagem na safrinha, pois possui maior tolerância às
deficiências hídricas e ao frio, podendo atingir de 20 a 30 t/ha de matéria verde.
 Por isso é uma excelente opção para os agricultores que produzem silagem na segunda safra, quando as
condições climáticas são mais adversas. A silagem de girassol apresenta teor de proteína superior ao do
milho (aproximadamente 30%), sendo também, em média, 20 a 30 dias mais precoce. A cultura do girassol
para produção de silagem na safrinha não exige grandes investimentos em insumos, porém responde bem à
utilização destes, pois o girassol aproveita bem os resíduos da adubação da cultura anterior e tem boa
capacidade para suportar a competição com o mato.
A calagem é indispensável, pois a planta é sensível à acidez do solo. A quantidade de calcário é a
recomendada pela análise de solo para elevar o índice de saturação de bases (V2) para 70%.
Com base na análise de solos e do histórico da área, recomenda-se aplicar por ocasião do plantio 20 kg/ha de
nitrogênio, de 30 a 70 kg/ha de P2O5, dependendo da disponibilidade de P, e de 30 a 70 kg/ha de K2O,
também dependentes da disponibilidade de K nos solos. A adubação de cobertura deverá ser feita, utilizando-
se 40 kg/ha de N, fracionada em duas aplicações iguais aos 25 e 35 dias após a emergência das plântulas
(CFSEMG, 1999). Em áreas novas, recomenda-se também a aplicação de 20 kg/hectare de enxofre, que pode
estar sendo suprido se há uso constante de sulfatos. Esta aplicação de S também se faz necessária em solos
pobres em matéria orgânica, sendo recomendados, neste caso, de 20 a 30 kg/ha de S. O boro é um dos
micronutrientes de extrema importância para a cultura do girassol. Pode ser adicionado na adubação de
plantio ou junto com a adubação de cobertura.
 Também pode ser aplicado junto ao herbicida utilizado por ocasião da dessecação da cultura existente antes
semeadura do girassol. Tem sido comum o uso de glyphosate associado ao ácido bórico. A quantidade pode
chegar a 1, 2 kg/ha de B durante o ciclo. Em solos de comprovada deficiência de zinco este deverá ser
aplicado entre 2 a 4 kg/ha de Zn. Destaca-se que algumas formulações de adubos químicos utilizados por
ocasião do plantio, contêm o zinco em sua formulação. Em caso do uso de formulações contendo zinco, não
há necessidade de se proceder a esta adubação.
Vale salientar que a Embrapa Soja responde pela cultura do girassol a nível nacional. Para maiores
informações o site desta Unidade da Embrapa poderá ser consultado - www.cnpso.embrapa.br.
Se houver necessidade de uso de herbicidas, há dois registrados para a cultura: Trifluralin e Alachlor.
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Outro ponto interessante é a possibilidade de produção de até 20 a 30 kg de mel por hectare por meio da
introdução de colmeias nas culturas, o que indiretamente aumenta a produção de grãos pela melhor
polinização, já que a sua florada dura de 15 a 30 dias, o que deve ser levado em consideração caso haja
necessidade de uso de algum inseticida.
O período de plantio é muito amplo em todo o Brasil, e, na Região Sudeste, deve ser plantado no período de
safrinha, ou seja, de fevereiro a março. O plantio no período de safra normal (primavera-verão) é anti-
econômico, e pode ocasionar sérios problemas fitossanitários.
O espaçamento nas entrelinhas poderá variar de 0,70 a 0,90 m (0,7 m se usar plataforma para soja e 0,8 a 0,9
m se for usar plataforma de colheita para o milho), semeando-se de 5 a 7 sementes por metro linear,
dependendo da cultivar, procurando-se atingir 45 a 60 mil plantas por hectare. De acordo com o tamanho da
semente, gastam-se 4 a 5 kg de sementes por hectare. Mesmo plantado em épocas corretas pode sofrer ataque
de maritacas se estas não dispuserem de alternativas de alimentos na região, da mesma forma que para o
sorgo, fator esse agravado pela perda de áreas com florestas.
 
4.3.3.4.5 - Banco de proteína/Legumineira
Nos sistemas intensivos de produção de leite tem-se sugerido que a área de pastagem tenha somente a
gramínea forrageira, sendo as leguminosas cultivadas em área separada. Quando esta leguminosa é utilizada
para pastejo, recebe o nome de “Banco de Proteínas”, se utilizada para corte e fornecimento no cocho, recebe
a denominação de “Legumineira”. Normalmente, tanto no Banco de Proteínas quanto na Legumineira, a área
cultivada é de 20 a 30% em relação à área total da pastagem com gramínea tropical.
Quando a área da pastagem é usada para Banco de Proteínas, a área cultivada é dividida em piquetes e o
pastejo com os animais tem duração média de 2 horas/dia.
As leguminosas Guandu (Cajanus Cajan - arbustiva), Leucena (Leucaena leucocephala - arbórea), Soja
perene (Neonotonia wightii) e Estilosantes (Stylosanthes sp.) são as leguminosas mais utilizadas. Também
são utilizados como Banco de Proteínas ou Legumineira a Aveia (Avena bizantina) e o Azevém (Lolium
multiflorum), devido à sua elevada qualidade nutritiva. Os procedimentos para a implantação são os mesmos
recomendados para a formação de pastagens e capineiras.
 
4.3.3.5 - Manejo de pastagem
4.3.3.5.1 - Espaçamento e sistemas de plantio
O espaçamento empregado no estabelecimento de plantas forrageiras irá depender da espécie utilizada. Em
capim-elefante o espaçamento utilizado no estabelecimento é, em última análise, aquele que promove maior
densidade de touceiras, aliado a um bom preparo de solo, uma boa muda e uma boa adubação. O
espaçamento entre sulcos deverá ser de 50 a 70 cm (MOZZER, 1993; MARTINS & FONSECA, 1994).
Quanto menor o espaçamento, mais rápida será a cobertura do solo. Espaçamentos maiores facilitam o
aparecimento de plantas invasoras, devido à demora na cobertura do solo pela cultura.
Os sulcos deverão ter uma profundidade de 20-25 cm, com as mudas (colmos) sendo distribuídas no fundo
do sulco. Deverão ser colocadas duas mudas no sistema pé com ponta (a ponta de um colmo junto ao pé do
outro). Depois de distribuídos os colmos nos sulcos, deve-se cortá-los em toletes de aproximadamente 70
cm. Cobrir os colmos com mais ou menos 10 cm de solo.O plantio deverá ser feito no início do período
chuvoso, utilizando-se mudas com três a quatro meses de idade. O plantio poderá ser realizado em outra
época do ano, desde que para isto a irrigação seja utilizada.
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Esta operação possibilitará maior homogeneidade das brotações. O corte destes colmos poderá ser efetuado
com a própria enxada, ou com o uso de facão. O enchimento dos sulcos com enxada é aconselhável para o
estabelecimento em áreas menores, enquanto o enchimento feito com trator é recomendado para áreas
maiores. Nesse caso, o tombamento da leiva de terra, na abertura de um sulco, é utilizado no enchimento do
sulco anterior. É importante salientar, nesse caso, que, imediatamente após a abertura do sulco, deverão ser
distribuídos o adubo e os colmos, para que, na abertura do novo sulco, estes sejam cobertos. Esse processo
exige muita mão de obra para distribuição rápida do adubo, dos colmos no fundo do sulco e o seu corte em
toletes.
Os trabalhos de Carvalho (1981), Gomide (1994), Mozzer, (1990) e Rodrigues & Reis (1993) apresentam
uma revisão bastante detalhada sobre o assunto, podendo ser utilizados para consultas.
Poderão ser também adotados sistemas de plantio em covas, com as mudas sendo colocadas deitadas sobre o
adubo no fundo da cova, ou através de estacas enterradas, tomando-se o cuidado de deixar de duas a três
gemas desenterradas. Em ambos os sistemas de plantio, deve-se ter em mente que quanto menor o
espaçamento mais rápida será a cobertura do solo.
Após o estabelecimento da pastagem, recomenda-se fazer um pastejo de uniformização, seguindo de uma
roçada, a 20 cm de altura. Esta roçada tem como finalidade aumentar o perfilhamento e consequentemente o
diâmetro das touceiras, conferindo maior cobertura do solo pela cultura, além de promover o
desenvolvimento do sistema radicular. Apesar desta roçada retardar o início da utilização da pastagem, ela
tem como principal objetivo evitar que os animais arranquem as plantas, especialmente em solos mais
arenosos, quando a área for utilizada sob condições de pastejo pelos animais.
Esse pastejo de uniformização deverá ocorrer 60 a 70 dias após o estabelecimento, ou quando as plantas
atingirem 1,60 a 1,80 m de altura. Tanto este pastejo quanto a roçada não deverão ser feitos na mesma época
em toda a área. Assim, recomenda-se que a área seja dividida em três partes iguais, sendo a primeira
pastejada e roçada no primeiro dia, a segunda parte da área 10 dias depois, e a terceira, 20 dias após a
primeira. Este escalonamento permitirá que as plantas tenham crescimento diferenciado, facilitando o
manejo subsequente da pastagem. A adoção desta prática permitirá que o início do pastejo, em cada piquete,
ocorra com as plantas num estádio vegetativo semelhante, e com melhor valor nutritivo.
Terminada a roçada, inicia-se a divisão da área em piquetes. Deverão ser feitos 11 piquetes de igual área,
sendo cada um deles pastejado por três dias, o que permite um período de descanso de 30 dias entre um
pastejo e outro. Esta recomendação de 30 dias de descanso é feita para cultivares do tipo Napier, Mineiro,
Taiwan e Pioneiro, ou cultivares que tenham hábito de crescimento semelhante a estes.
O formato da pastagem é importante, por reduzir seu custo de implantação, bem como facilitar o manejo
animal. Assim, recomenda-se que a pastagem de capim-elefante tenha forma quadrangular, devendo sempre
que possível estar próxima ao estábulo.
Vale ressaltar, também, que a pastagem, além de apresentar uma boa cobertura de plantas, deverá também ter
água, sombra e cocho para sal mineral disponíveis, se possível localizados no corredor. A Figura 6 ilustra
duas alternativas, dentre outras, que poderão ser utilizadas no manejo de capim-elefante cv. Napier sob
pastejo.
Para o estabelecimento de cultivares do gênero Cynodon, que também se multiplicam por mudas, o método
de plantio mais recomendado é o da distribuição das mudas sobre o solo já preparado de forma conveniente,
após ter recebido a calagem e a adubação. Após esta distribuição e, com o solo úmido, promover uma
gradagem da área. Durante esta gradagem, o operador da máquina deverá ter o cuidado de manter os discos
da grade bem abertos, de forma a promover um menor aprofundamento das mudas (gradagem leve). Também
poderá ser utilizado o plantio por sulcos para cultivares do gênero Cynodon. Estes deverão ser espaçados de
aproximadamente 30 a 50 cm. Com referência ao custo de implantação de cultivares do gênero Cynodon,
este será maior no plantio por sulcos, quando comparado com o método da distribuição das mudas sobre o
solo, seguido de uma gradagem leve.
Para as forrageiras utilizadas em sistemas intensivos de exploração de leite a pasto, que multiplicam-se por
sementes e após o preparo do solo, da aplicação de calagem e da adubação, proceder à distribuição das
sementes a lanço sobre a área.
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 Figura 6. Croquis de uma área de pastagem de capim-elefante, utilizando duas alternativas.
 Fonte: Martins et al. (1995).
O tamanho de cada piquete é função do número de vacas em lactação na propriedade. Assim, se o produtor
tiver 30 vacas em lactação e, considerando-se uma taxa de lotação de 5 vacas/ha/ano, serão necessários 6 ha
de capim-elefante, divididos em 11 piquetes de 5.454 m2 cada um.
As cercas periféricas deverão ser fixas, utilizando-se arame farpado ou liso e mourões de madeira. As cercas
internas, dividindo os piquetes, poderão ser fixas ou eletrificadas, dependendo do seu custo de implantação e
manutenção.
Durante a estação das chuvas, os animais podem permanecer o tempo todo nos piquetes, saindo, apenas, nos
horários correspondentes às ordenhas. Neste período, os animais podem receber mistura mineral e
concentrado, dependendo da produção de leite de cada animal. Animais com produção média diária de 10 kg
de leite não necessitam receber concentrado. Acima desta produção, os animais poderão receber 1 kg de
concentrado (com 20% de proteína bruta e 70% de NDT), para cada 2 kg de leite produzido. Uma vaca com
produção média de 14 kg de leite por dia poderá receber, diariamente, 2 kg de concentrado, sendo 1 kg na
ordenha da manhã e 1 kg na ordenha da tarde.
Durante a época seca do ano, as vacas devem permanecer no curral, no período entre a ordenha da manhã e a
ordenha da tarde, recebendo, no cocho, cana de açúcar picada, com 1% de ureia, ou outra fonte de
suplementação volumosa, como silagem, feno, forrageira de inverno, etc. Estas retornarão aos piquetes, após
a segunda ordenha, ali permanecendo até à ordenha da manhã, obedecendo ao mesmo manejo de utilização e
descanso dos piquetes.
A quantidade de cana-de-açúcar mais ureia ingerida varia entre 25 a 30 kg/animal/dia, dependendo da
contribuição da pastagem, do estádio de maturação da cana-de-açúcar e da quantidade de concentrado
fornecida.
A ureia a ser aplicada deverá ser enriquecida com uma fonte de enxofre. Esta poderá ser o sulfato de amônio
ou sulfato de cálcio (gesso agrícola), nas proporções de nove partes de ureia para uma parte de sulfato de
amônio ou oito de ureia para duas de sulfato de cálcio. Se forem preparados 100 kg desta mistura, devem ser
colocados 90 kg de ureia e 10 kg de sulfato de amônio ou 80 kg de ureia com 20 kg de sulfato de cálcio. Esta
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mistura deverá ser diluída em água, na relação de 1 kg para cada cinco litros de água, e aplicada com regador
sobre a cana de açúcar picada que, depois de bem misturada, será fornecida aos animais.
Também à época seca do ano, os animaisdevem receber concentrado de acordo com a produção de leite.
Assim, a partir de 6 kg de leite/animal/dia, os animais devem receber 1 kg de concentrado (com 18% de
proteína bruta e 70% de NDT), para cada 2 kg de leite produzido. O fornecimento deste concentrado será
semelhante ao fornecimento à época chuvosa.
Independente do período do ano, os animais deverão ter acesso à suplementação mineral, colocada à
vontade. Essa poderá ser colocada no próprio corredor de acesso aos piquetes, conforme é apresentado na
Figura 6.
Na Tabela 3, é apresentado um resumo do manejo da pastagem de capim-elefante e da ração utilizada.
Tabela 3. Resumo do manejo da pastagem e da alimentação.
Atividade Recomendação Época
Pastejo de
uniformização
e roçada.
Recomenda-se que a área seja dividida em três partes iguais, sendo a
primeira pastejada e roçada no primeiro dia, a segunda parte da área,
10 dias depois, e a terceira, 20 dias após a primeira.
60 a 70 dias após o
estabelecimento, ou
quando as plantas
atingirem 1,40 a 1,60
m de altura.
Divisão da
área em
piquetes.
Recomenda-se fazer 11 piquetes de igual tamanho. O tamanho de
cada piquete é função do número de vacas em lactação da
propriedade. Se o produtor tiver 30 vacas em lactação, considerando
uma taxa de lotação de 5 vacas/ha/ano, serão necessários 6 ha de
capim-elefante, divididos em 11 piquetes de 5.454 m2 cada um.
Cada piquete será
pastejado por um
período de três dias,
com um período de
descanso de 30 dias
entre um pastejo e
outro.
Cercas
periféricas e
internas.
As cercas periféricas deverão ser fixas, usando-se arame farpado ou
liso. As cercas internas, dividindo os piquetes, poderão ser fixas ou
eletrificadas, dependendo do seu custo de implantação e
manutenção.
-
Pastejo
propriamente
dito.
Durante a estação chuvosa, os animais podem permanecer o tempo
todo nos piquetes de capim-elefante, saindo, apenas, nos horários
correspondentes às ordenhas.Durante a estação da seca, as vacas
devem permanecer no curral, no período entre a ordenha da manhã e
da tarde, recebendo cana picada com 1% de ureia enriquecida com
uma fonte de enxofre. Após a ordenha da tarde, os animais retornam
aos piquetes de capim-elefante.Tanto no período das águas quanto no
da seca, os animais deverão receber uma mistura mineral à vontade.
O pastejo inicia-se 50
a 60 dias após a roçada
dos piquetes, ou
quando as plantas
atingirem uma altura
de 1,60 a 1,80 m.
Fornecimento
de ração.
O fornecimento de ração depende da produção de leite do animal e
da época do ano. No período chuvoso, animais com produção média
diária de 10 kg de leite não necessitam receber ração. Acima desta
produção, os animais receberão 1 kg de concentrado para cada 2 kg
de leite produzido.No período seco do ano, animais com produção
acima de 6 kg de leite/dia receberão 1 kg de concentrado para cada 2
kg de leite produzido.Este concentrado deverá ter 18% de PB e 70 de
NDT.
A quantidade de
concentrado a ser
fornecida para cada
animal deverá ser
dividida em duas
partes iguais, sendo
uma parte oferecida na
ordenha da manhã e a
outra na ordenha da
tarde.
Fonte: MARTINS et al. (1995).
4.3.4 - Referências
25/03/2018 4.3 - Manejo de solo e planta aplicados às pastagens
http://www.cnpgl.embrapa.br/sistemaproducao/book/export/html/23 20/21
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