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TRABALHO JACK E MAYRA ESCOLA DE CHICAGO 2

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FACULDADE IDEAL – DEVRY BRASIL / FACI
CURSO DE DIREITO
 
CAMILLA VASCONCELOS SABINO DE OLIVEIRA
JAQUELINE LUNA LINO 
MAX VINÍCIUS MARIALVA RIBEIRO
MAYRA FEITOSA DE OLIVEIRA GOMES
TOMAZ MANESCHY SEGATTO
BELÉM – PA
2018
CAMILLA VASCONCELOS SABINO DE OLIVEIRA
JAQUELINE LUNA LINO 
MAX VINÍCIUS MARIALVA RIBEIRO
MAYRA FEITOSA DE OLIVEIRA GOMES
TOMAZ MANESCHY SEGATTO
ESCOLA DE CHICAGO E ECOLOGIA HUMANA
Trabalho Acadêmico apresentado à Faculdade Ideal – DeVry Brasil / FACI, como requisito parcial para obtenção de ponto para I Avaliação – Direito 10º semestre
Orientador Prof. Dr. Alisson Gomes Monteiro.
BELÉM – PA
2018
	A Escola de Chicago caracteriza-se por ter sido um conjunto de pesquisas e trabalhos sociológicos os quais ocorreram nos anos entre 1915 e 1940 por professores da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos.
No ano de 1892, quando do surgimento desta universidade, Chicago, Nova York e Filadélfia tornaram-se as três maiores cidades dos Estados Unidos em razão do significativo número de imigrantes alemães, russos, escandinavos, dentre outros, que integravam a população do referido lugar. A cidade de Chicago foi então se tornando uma cidade industrial, comerciária, próspera e de um capitalismo selvagem. 
O surgimento da Escola de Chicago está estritamente ligado à expansão urbana e o crescimento demográfico da cidade de Chicago. Como disposto anteriormente, a taxa de imigrantes cresceu significativamente no século XX e, com isso, surgiram inúmeros problemas sociais, a saber, o crescimento da criminalidade, o surgimento de gangues, guetos, desemprego e miséria social como um todo. 
Desse contexto histórico-social, emanaram as greves operárias, os embates contra o sistema capitalista e o surgimento da universidade fundada por um ex-pastor batista chamado William Harper e John D. Rockfeller.
O setor de antropologia e sociologia da universidade transformou-se logo em um dos principais centros de estudos da América, posto que Escola de Chicago produziu um vasto e variado conjunto de pesquisas direcionado à investigação dos fenômenos sociais que ocorriam mormente no meio urbano da grande metrópole norte-americana. Segundo Becker (1996) a Escola de Chicago é mais conhecida por seu nome do que pelo que efetivamente fez. 
Albion Small, fora um professor da Universidade e, voltado ao cristianismo protestante, incomodado com o cenário socioeconômico estadunidense juntou-se com um grupo de outros professores, os quais, além de ensinar sociologia na universidade, se dedicavam à pesquisa.
Conforme Becker (1996, p. 179):
A palavra escola gera muita confusão, porque é possível distinguir pelos menos dois tipos de escola [...] de um lado, temos as chamadas escolas de pensamento e, de outro, as escolas de atividade. Uma escola de pensamento [...] consiste em um grupo de pessoas que têm em comum o fato de que outras pessoas consideram seu pensamento semelhante; é possível que nunca tenham se encontrado [...] uma escola de atividade, por outro lado, consiste em um grupo de pessoas que trabalham em conjunto, não sendo necessário que os membros
da escola de atividade compartilhem a mesma teoria; eles apenas têm de estar dispostos a trabalhar juntos. [...] certas ideias vigentes na Universidade de Chicago, eram compartilhadas pela maioria das pessoas, mas não por todas; certamente não era preciso que todos concordassem com essas ideias para se engajarem nas atividades que realizavam. (grifo nosso).
	Para Gomes e Molina (2000):
Foi a partir da Escola de Chicago que nasceram, progressivamente, os diversos esquemas teóricos (teorias ecológicas, subculturais, da aprendizagem, da reação social ou do etiquetamento etc.). A denominada Escola de Chicago caracterizou-se, desde o princípio, por um particular “empirismo” e por sua finalidade pragmática, concentrando suas investigações nos “problemas sociais” do momento. (p.267).
	A Escola de Chicago é conhecida por seu particular empirismo e por sua finalidade pragmática concentrando suas pesquisas nos problemas sociais do momento vivido. É o berço da sociologia moderna americana caracterizada por uma finalidade bastante pragmática, ou seja, pela observância direta nas investigações, da observação dos fatos induzindo à formação de diversas teses. 
	Através deste pragmatismo e do empirismo, os pesquisadores chegavam a diagnósticos confiáveis acerca dos urgentes problemas sociais enfrentados pelos norte-americanos.
	Nesta senda, surgia assim as teorias da criminalidade, as quais tinham por escopo estudar o crime a partir da sociologia, filosofia e outros métodos explicativos dos fenômenos criminais. Segundo Gomes e Molina (2000, p. 268) “somente estas teorias partem da premissa de que o crime é um fenômeno social muito seletivo, estreitamente unido a certos processos, estruturas e conflitos sociais, e tratam de isolar suas variáveis.”.
	Uma das primeiras teorias da criminalidade, a qual surgiu mediante as pesquisas da Escola de Chicago teoria ecológica, se baseava nos estudos de áreas sociais e na teoria defensible space de Newman. 
Segundo a teoria ecológica o meio ambiente humano combina, assim, tanto os elementos naturais quanto os culturais que dão suporte à vida humana nos diversos ambientes em que ela se desenvolve e pode ser observado em diferentes escalas espaciais: do quintal de uma casa até o mundo exterior como um todo. Neste sentindo a teoria da ecologia humana é provavelmente uma das primeiras teorias da família e, no entanto, também contém muitos elementos novos e em evolução que emergiram, já que começamos a perceber como os ambientes naturais e humanos criados afetam nosso comportamento e como indivíduos e famílias em virar, influenciar esses ambientes. Na ecologia humana, a pessoa e o meio ambiente são vistos como interligados em um processo ativo de influência e mudança mútua.
Os pesquisadores dessa teoria vislumbravam a grande cidade como unidade ecológica. De acordo com o pensamento desses teóricos, dos quais são exemplos Mckenzie e Park, a criminalidade está diretamente ligada ao centro urbano, isto é, a cidade produz delinquência.
	Conforme as lições de Dias e Andrade (1997):
A desorganização social provoca a falta de controle dos adultos e dos valores convencionais sobre os jovens [...] esta tradição delinquente, que os mais velhos transmitem aos mais novos, assegura aos jovens delinquentes tanto o suporte moral e o apoio emotivo como os meios materiais e técnicos indispensáveis, bem como as gratificações duma carreira que dá prestígio e sucesso. (p. 277).
	
	Para a ecologia humana é dentro da grande cidade que se pode verificar a existência de zonas de conflito. O próprio pensamento da teoria ecológica explica o efeito criminógeno que está sobretudo nos grandes centros urbanos.
A forte desorganização enseja no descontrole social. A mitigação de valores primários como família, religião, relações interpessoais, individualismo – causado sobretudo pelo sistema capitalista – o expansionismo de comércios e industrias, a acumulação de riqueza nas mãos de poucos e a miséria social distribuída, infelizmente, à grande parte da população criam um meio criminógeno.
Destarte isso, constatou-se que a criminalidade surge nos confins da civilização e em zonas que se revelam carentes das condições mais elementares de vida. Com efeito, a teoria ecológica atentou para o impacto criminógeno do desenvolvimento urbano, este sendo o responsável pela deflagração de ações delituosas, tendo em vista o descontrole populacional. 
Tal análise social primava pela observação de três pilares, a saber, o nível social, a urbanização e a segregação. O fator espacial se caracteriza por explicitar que o crime é muito seletivo, ou seja, em determinados lugares são vistas maiorias incidências de ações delituosas. Podemos dizer, verbi gratia, que em bairros de classe média alta, onde se vislumbra maiores políticas públicas efetivadas, o índice de criminalidade é menor do que em bairroscarentes, conforme, inclusive, dispõe a teoria em análise. 
As investigações ecológicas parecem estar orientadas à prevenção do delito mediante o desenho arquitetônico do espaço urbano, buscando, ademais, uma correlação específica entre determinados lugares da cidade e intensas manifestações delitivas. (Gomes e Molina, 2000, p. 277).
	Por essa razão, pessoas como Newman criaram também a teoria defensible space, a qual preconiza a criação de ambientes que obstaculizem o delito, tal qual, uma fábrica social que se defende de si mesma. 
Dias e Andrade (1997) fazem observância, a nosso ver, de relevante importância acerca da existência de teorias sociais. Vejamos:
A teoria social pretende oferecer uma base para a técnica social e contribuir para a solução efectiva dos problemas sociais, é evidente que tem de incluir os dois tipos de dados que eles implicam: os elementos objetivos-culturais da vida social e as características subjectivas dos membros do grupo social. (p. 272-273).
À vista disso, foi possível compreender que a ecologia humana é a interação coletiva do homem com seu meio ambiente e neste quadro teórico, os aspectos biológicos, sociais e físicos do organismo são considerados dentro do contexto de seus ambientes os quais através dos estudos com a escola de Chicago foi possível delimitar o ambiente em que os jovens viviam e como o ambiente, seja ele familiar, social, ou religioso, exercia total influência nas escolhas desses jovens.
 Sendo assim, a população que habitava Chicago no crescimento demográfico vivido na formação da escola, os quais viviam em condições de pobreza e encontravam em seus pais ou os mais próximos subsídios necessários para formar seu caráter e sua escala de valores, justificava a criminalidade como algo justo e normal, pois fazia parte dos seus dias.
 Neste ponto, conforme o estudo teórico da escola de Chicago e a ecologia humana, a família e o meio social exerce influencia direta sobre as pessoas em formação e consequentemente sobre os reflexos na criminalidade que crescia em Chicago.
REFERÊNCIAS
BECKER, Howard. Conferência A Escola de Chicago. In: Mana – estudos de Antropologia Social, vol. 2, 1996.
DIAS, Jorge de Figueiredo; Andrade, Manuel da Costa. Criminologia: o homem delinquente e a sociedade criminógena. 2.ed. São Paulo: Coimbra, 1997.
GOMES, Luiz Flávio; MOLINA, de Antonio García-Pablos. Criminologia. 3.ed., rev., atual., ampli. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2000.

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