Buscar

PCMAT para Demolição de Edifícios

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 84 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 84 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 84 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PCMAT
Programa de Controle e Meio Ambiente do Trabalho
Dados da Empresa:
Construtora JR Empreendimentos LTDA
Endereço: Av. Alcântara Machado, 751- Jd. Paulista – SP
CNPJ: 01.123.456/333-00
Inscrição Estadual: 123.456.789.234
CNAE: 4311-8/01- Demolição de Edifícios e outras Estruturas
 4391-6 - Obras e Fundações
 521-7- Edificações (residenciais, industriais, comerciais e de serviços)
Site: WWW.JREMPREENDIMENTOS.COM.BR
E-mail: JREMPREENDIMENTOS98@BOL.COM
Proprietário: Alberto Rostand Lanverly
Ramo de Atividade: Construção Civil 
Numero de Funcionários: 280
Expediente: Segunda à Sexta - 07h42 às 18h00
Dados do Cliente:
Empresa: Mirante do Tatuapé
Local da Obra: Al. Sabará, 388- Alto da Boa Vista - SP
CEP: 02878-000
Demolição
1. Demolição
1.1 Definição:
“Trabalhos efetuados para remover a estrutura existente de modo a viabilizar os trabalhos de reconstrução.”
Preparação, materiais e desenvolvimento de uma demolição
Plano de Demolição
Ao abrigo do Decreto-Lei nº 273/ /2003, de 29 de Outubro, as demolições são consideradas como trabalhos com riscos especiais, devendo ser executadas por empresas especializadas, mão-de-obra experiente e enquadradas por um técnico idóneo.
Para uma demolição é necessário um alvará que é concedido pela Subprefeitura em que o imóvel esta localizado.
O processo de demolição pode variar, dependendo do local, do tipo de material usado na construção e da maneira que alguns detritos serão descartados. Antes de se iniciar uma obra de demolição é preciso estudar e avaliar todos os fatores que poderão interferir no processo. Tais como:
 Tipo de estrutura e restantes materiais não estruturais;
 Localização do edifício (meio urbano ou rural);
Relatório de estabilidade do edifício a ser demolido e das edificações vizinhas que possam ser afetadas pelo processo em cada etapa de demolição;
Altura do edifício a demolir;
Tipo de terreno;
Prazo de execução;
Regulamentos municipais;
Localização das redes de infra- estruturas;
Limitação de custos;
Equipamento a serem utilizados , como ferramentas, EPI’S e EPC’S
Se a demolição contar com 20 operários ou mais, será necessário elaborar um Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho Indústria da Construção – PCMAT, conforme recomendações da NR-18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção.
É fundamental estar atento às normas e buscar a solução mais adequada para atendê-las, colhendo assim melhores resultados. A seguir alguns pontos da NR 18:
NR 18.5.8- A remoção dos entulhos, por gravidade, deve ser feita em calhas fechadas de material resistente, com inclinação máxima de 45º (quarenta e cinco graus), fixadas à edificação em todos os pavimentos.
NR 18.5.10- Durante a execução de serviços de demolição, devem ser instaladas, no máximo, a 2 pavimentos abaixo do que será demolido, plataformas de retenção de entulhos, com dimensão mínima de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros) e inclinação de 45º (quarenta e cinco graus), em todo o perímetro da obra.
NR 18.29.2- O entulho e quaisquer sobras de materiais devem ser regularmente coletados e removidos. Por ocasião de sua remoção, devem ser tomados cuidados especiais, de forma a evitar poeira excessiva e eventuais riscos.
NR 18.29.3- Quando houver diferença de nível, a remoção de entulhos ou sobras de materiais deve ser realizada por meio de equipamentos mecânicos ou calhas fechadas.
Pontos Importantes que Devem ser Seguidos na Demolição
Delimitar, através de vedações ou tapumes, a área circundante do edifício a demolir;
Selecionar local adequado para a remoção de entulhos;
Garantir a inoperacionalidade das redes eléctricas, de água, de gás, televisão;
Remover cablagens, condutas e componentes de redes técnicas do edifício a demolir;
Retirar do edifício a demolir os equipamentos fixos, as bancadas e os elementos frágeis como janelas, portas com painéis de vidro;
Desmantelar o gesso, estuque ou reboco utilizando processos de umidificação, com a finalidade de reduzir a libertação de poeiras;
Na demolição manual, colocar testemunhos em locais críticos e vigiar a sua evolução.
Riscos no Processo da Demolição
Quedas em altura ou quedas ao mesmo nível das pessoas;
Queda de materiais por desabamento ou desmoronamento;
Pancadas e cortes devido à utilização de equipamentos, ferramentas e veículos;
Riscos específicos, como explosões, incêndios ou vibrações na utilização de explosivos ou de lança térmica;
Riscos associados à poluição sonora (ruído);
Riscos associados à projeção de poeiras e partículas;
Riscos de projeção de elementos demolidos;
Riscos de entalamentos ou esmagamentos por/entre objetos;
Quedas ao mesmo nível ou por marcha/choque sobre objetos;
Contatos elétricos;
Inundações por ruptura das canalizações;
Destruição não controlada de toda ou parte da construção;
Danos causados nas estruturas vizinhas.
Principais Causas de Acidentes
Falta de preparação do trabalho, com prévia verificação das condições de estabilidade e solidez dos elementos construtivos de construções adjacentes;
Corte de infraestruturas;
Falta de planificação e desorganização do trabalho, como, por exemplo, execução simultânea de trabalhos a níveis de altura distintos, e/ou demolição de elementos suportantes antes de elementos suportados;
Sobrecarga de pisos com entulhos;
Falta de sinalização, de delimitação e de controlo de acessos ao estaleiro;
Trabalho em condições atmosféricas adversas;
Utilização de meios mecânicos de forma inadequada (por exemplo, puxar em vez de elevar elementos);
Utilização de andaimes mal ancorados ou escorados;
Não utilização dos equipamentos de proteção individual, nomeadamente para proteção de quedas em altura;
Ausência de informação e formação para os riscos associados às demolições.
Medidas de Segurança na Demolição
Sempre que o edifício a demolir fique em uma via pública ou confine com algum outro logradouro muito frequentado, deverão ser tomadas as seguintes medidas de segurança:
Balizar com fita sinalizadora as zonas condicionadas ao movimento de máquinas e equipamentos;
Dotar de sinais de aviso a área circundante do edifício a demolir, nomeadamente através da colocação de placas resistentes a choques e às intempéries e foto luminescente (os pictogramas autocolantes são desaconselháveis);
Vedar o passeio que confina com o edifício a demolir, através da construção de plataformas, vedação com corrimão, ou cobertos devidamente iluminados.
Delimitar, sinalizar e proteger as linhas aéreas, cabos e condutas existentes.
Equipamentos de proteção individual- EPI
Capacete;
Óculos de proteção;
Máscaras de proteção;
Botas de biqueira de aço;
Luvas de borracha 
Luva Proteção mecânica;
Protetores auriculares;
Cinturão Tipo Paraquedista e Talabarte;
Trava Queda.
 
Figura 1- Capacete (CA N° 8304) Figura 2- Óculos de proteção (CA N° 9722)
 
 Figura 3 Figura 4
 Máscara de Proteção (CA N° 14103) Botas de biqueira de aço (CA N° 28474)
 
 Figura 5 Figura 6
 Luva de Borracha (CA n° 31.944) Luva de Proteção Mecânica (CA N°3890)
 
Figura 8 Figura 9
 Protetor Auricular (CA N°3890) Cinturão Tipo Paraquedista e Talabarte
 Figura 10
 Trava Queda (CA N°32009)
Equipamento de Proteção Coletiva- EPC’S
Tapume de madeira;
Andaime;
Linha de vida;
Escada;
Guarda corpo;
Tela;
Cone;
Fita Zebrada;
Plataforma Elevatória;
Placas Sinalizadas;
Redes de Proteção;
Barreira;
Proteção Contra Incêndio; 
 
 Figura 1- Tapumede Madeira Figura 2- Andaime
 
 Figura 3- Linha de Vida Figura 4- Escada
 
 Figura 5- Guarda Corpo Figura 6- Tela 
 
 Figura 7- Cones Figura 8- Fita Zebrada 
 
Figura 9- Plataforma Elevatoria Figura 10- Sinalização de Segurança
 
 Figura 11- Rede de Proteção Figura 12- Barreira
 
 Figura 13- Proteção Contra Incêndio 
 
Tipo de Demolição
O método da demolição de uma edificação depende de diversos fatores para se iniciar. Além da preocupação com a segurança de todos os envolvidos, e os que se encontram nas imediações da obra, há uma grande preocupação com o descarte dos resíduos sólidos, pois, causam transtorno para o meio ambiente e para a população.
A reciclagem dos resíduos de construção civil e demolição tornam-se muito interessante no âmbito da destinação do resíduo gerado e geração de um produto de menor custo, agregando em benfeitorias ambientais (JHON, 2000).
O método de demolição a ser adotado depende de vários fatores:
Natureza, resistência e estabilidade dos diversos elementos da obra a demolir; Natureza, resistência e estabilidade dos diversos elementos da obra a demolir;
Interferências com vias e estruturas vizinhas;
Meios colocados à disposição na obra;
Medidas de segurança a observar;
Resultados a obter e custos a serem controlados.
Métodos de Demolição
Demolição tradicional ou manual;
Demolição Mecânica;
Demolição por expansão;
Demolição através de corte com lança térmica;
Demolição por implosão.
Demolição Tradicional ou Manual
É feita com o auxilio de ferramentas manuais e ferramentas mecânicas portáteis. Torna-se útil na recuperação de material reutilizável e reciclável. 
A demolição deve ser executada piso por piso, de cima para baixo e, os trabalhadores devem laborar todos no mesmo piso, As escadas devem ser os últimos elementos a demolir em cada piso, porque são necessárias à circulação dos trabalhadores. 
Ferramentas usadas na Demolição Manual:
Marreta;
Pá;
Picareta; 
Martelo- picador;
Martelo- perfurador;
 Serras de corte de concreto.
 
 Figura 1 – Marreta Figura 2- Pá
 
 Figura 3 – Picareta Figura 4 - Martelo Picador
 
Figura 5 - Martelo Perfurador Figura 6 - Serra de Corte de Concreto
Demolição Mecânica
Este processo consiste em desmontar por compressão, por tração ou através de força, a estrutura de um edifício, recorrendo ao auxilio de dispositivos mecânicos montados na extremidade do braço de diversas máquinas de estaleiro.
Ferramentas usadas na Demolição Mecânica:
Pá carregadora de rasto;
Trator de rasto;
Escavador carregadora; 
Grua
Escavadeiras;
 Martelos pneumáticos;
 Guindastes;
 Tesouras hidráulicas.
 
Figura 1 - Pá Carregadora de Rasto Figura 2 - Trator de rastro
 
 Figura 3 - Escavador Carregadora Figura 2 - Grua 
 
 Figura 4- Escavadeira Figura 6 – Escavadeira Hidráulica
 
 Figura 7- Guindastes Figura 8 - Tesoura Hidráulica
Demolição por Expansão
Neste processo é usado um material agente de demolição, é um tipo de cimento demolidor não explosivo e ecológico.
A esse cimento é adicionado uma porcentagem de água que ao serem misturados desenvolvem uma determinada pressão a volume constante, permitindo o fissuramento de qualquer estrutura.
Ao utilizar-se este tipo de produtos, torna-se necessário ter em consideração as seguintes medidas de precaução:
Conservar o produto demolidor em lugar seco e dentro da embalagem original;
Utilizar luvas de borracha e óculos de proteção, quando for fazer a manipulação dos produtos demolidores, pois estes são normalmente bastante alcalinos;
Não olhar diretamente para os orifícios durante, pelo menos, 6 horas; 
Em recintos fechados, aconselha-se a utilização de máscara anti pó;
 Em caso de contato com a pele ou vias respiratórias, lavar com água e consultar o médico, fazendo-se acompanhar pelo respectivo rótulo de produto demolidor.
Demolição através de corte com lança térmica
Este método permite desmantelar com rapidez e precisão diversos materiais resistentes, tais como betão armado, betão pré- esforçado e aço até uma espessura de 2 m.
O corte dos materiais é feito por fusão dos mesmos, utilizando-se um tubo contendo arames de aço, cuja combustão se efetua através de um jato de oxigénio.
Ferramentas usadas na Demolição com Lança Térmica:
Garrafa de Oxigênio;
Manômetro;
Mangueira Térmica;
Lança Térmica;
Tubos Flexíveis.
 
 
 Figura 9 - Garrafa de Oxigênio Figura 10- Manômetro
 
 
 Figura 11 – Mangueira Térmica Figura 12 - Lança Térmica
 Figura 13 - Tubos Flexíveis
Demolição por implosão
Implodir exige um projeto tão ou mais preciso do que construir, porque a implosão não pode dar errado. É necessário analisar todas as vigas, todos os pilares, todas as lajes, enfim, tudo o que tiver função estrutural.
Este processo é ideal para demolição de estruturas de grande porte, utiliza uma pequena quantidade de explosivos de forma a criar uma descontinuidade em certos pontos na estrutura (normalmente pilares), fazendo com que esta entre em ruína e que, através do seu próprio peso, se fragmente o mais possível ao atingir o solo durante a queda. O colapso da estrutura é provocado centralmente fazendo com que a estrutura ceda sobre si mesma, como se algo a puxasse na direção do seu centro.
O explosivo apenas é colocado em determinados pisos ao longo da altura da estrutura, esperando-se que a parte desta onde não foi colocado explosivo se fragmente apenas durante a queda e no impacto com o solo.
Para demolição por implosão é usado a carga moldada, darda hidráulica, bananas de dinamites, retardos e cordéis detonantes. O ativador da implosão também é importante. Ele pode ter uma iniciação elétrica, uma iniciação por estopim ou uma iniciação por brinel, que é um ativador espontâneo.
A utilização da darda hidráulica é feita através de furos no concreto para a colocação de cunhas interligadas por mangueiras. Por meio de pressão, o concreto é expandido até romper. O problema deste procedimento é que parte do equipamento se perde na demolição, o que torna seu custo muito alto. Mas há locais, como Londres, onde é proibido usar explosivo para fazer demolições, que essa técnica é muito usada.
Materiais para implosão:
Darda Hidráulica;
Bananas de Dinamites;
Cordéis Detonantes.
 
 Figura 1 - Darda Hidráulica
 
 Figura 2 – Banana de Dinamite Figura 3 - Cordéis Detonantes
Fundações
2. Fundações
2.1. Definição
Fundações são os elementos estruturais com função de transmitir as cargas da estrutura ao terreno onde ela se apoia (AZEREDO, 1988).
Sua função é suportar com segurança as cargas provenientes do edifício. Convencionalmente, o projetista estrutural repassa ao projetista defundação as cargas que serão transmitidas aos elementos de fundação. Confrontando essas informações com as características do solo onde será edificado, o projetista de fundações calcula o deslocamento desses elementos e compara com os recalques admissíveis da estrutura, ou seja, primeiro elabora-se o projeto estrutural e depois o projeto de fundação.
 2.2. Elaboração, Materiais e Tipos de Fundação
Plano de Fundações
São diversas as variáveis a serem consideradas para a escolha do tipo de fundação. Numa primeira etapa, é preciso analisar os critérios técnicos que condicionam a escolha por um tipo ou outro de fundação. Os principais itens a serem considerados são:
Topografias da área 
Dados sobre taludes e encostas no terreno, ou que possam atingir o terreno;
Necessidade de efetuar cortes e aterros dados sobre erosões, ocorrência de solos moles na superfície; 
Presença de obstáculos, como aterros com lixo ou matacões.
Características do maciço de solo
Variabilidade das camadas e a profundidade de cada uma delas; 
Existência de camadas resistentes ou adensáveis; 
Compressibilidade e resistência do solos; •
A posição do nível d’água.
Dados da estrutura 
A arquitetura, o tipo e o uso da estrutura, como por exemplo, se consiste em um edifício, torre ou ponte, se há subsolo e ainda as cargas atuantes. 
Realizado esse estudo, descartamos as fundações que oferecem limitações de emprego para a obra em que se está realizando a análise. Teremos, ainda assim, uma gama de soluções que poderão ser adotadas. Alguns projetistas de fundação elaboram projetos com diversas soluções, para que o construtor escolha o tipo mais adequado de acordo com o custo, disponibilidade financeira e o prazo desejado. Dessa forma, numa segunda etapa, consideram-se os seguintes fatores:
Dados sobre as construções vizinhas 
O tipo de estrutura e das fundações vizinhas; 
 Existência de subsolo; 
Possíveis consequências de escavações e vibrações provocadas pela nova obra; 
Danos já existentes.
Aspectos econômicos
Além do custo direto para a execução do serviço, deve-se considerar o prazo de execução. Há situações em que uma solução mais custosa oferece um prazo de execução menor, tornando-se mais atrativa. Podemos perceber que, para realizar a escolha adequada do tipo de fundação, é importante que a pessoa responsável pela contratação tenha o conhecimento dos tipos de fundação disponíveis no mercado e de suas características. Somente com esse conhecimento é que será possível escolher a solução que atenda às características técnicas e ao mesmo tempo se adeque à realidade da obra.
Procedimentos de Fundação Conforme NR 18
 18.6 Escavações, Fundações e Desmonte de Rochas
 18.6.1 A área de trabalho deve ser previamente limpa, devendo ser retirados ou escorados solidamente árvores, rochas, equipamentos, materiais e objetos de qualquer natureza, quando houver risco de comprometimento de sua estabilidade durante a execução de serviços.
 18.6.2 Muros, edificações vizinhas e todas as estruturas que possam ser afetadas pela escavação devem ser escorados.
18.6.3 Os serviços de escavação, fundação e desmonte de rochas devem ter responsável técnico legalmente habilitado.
18.6.4 Quando existir cabo subterrâneo de energia elétrica nas proximidades das escavações, as mesmas só poderão ser iniciadas quando o cabo estiver desligado.
18.6.4.1 Na impossibilidade de desligar o cabo, devem ser tomadas medidas especiais junto à concessionária.
18.6.5 Os taludes instáveis das escavações com profundidade superior a 1,25m (um metro e vinte e cinco centímetros) devem ter sua estabilidade garantida por meio de estruturas dimensionadas para este fim.
18.6.6 Para elaboração do projeto e execução das escavações a céu aberto, serão observadas as condições exigidas na NBR 9061/85 - Segurança de Escavação a Céu Aberto da ABNT.
18.6.7 As escavações com mais de 1,25m (um metro e vinte e cinco centímetros) de profundidade devem dispor de escadas ou rampas, colocadas próximas aos postos de trabalho, a fim de permitir, em caso de emergência, a saída rápida dos trabalhadores, independentemente do previsto no subitem 18.6.5.
18.6.8 Os materiais retirados da escavação devem ser depositados a uma distância superior à metade da profundidade, medida a partir da borda do talude.
18.6.9 Os taludes com altura superior a 1,75m (um metro e setenta e cinco centímetros) devem ter estabilidade garantida.
18.6.10 Quando houver possibilidade de infiltração ou vazamento de gás, o local deve ser devidamente ventilado e monitorado.
18.6.10.1 O monitoramento deve ser efetivado enquanto o trabalho estiver sendo realizado para, em caso de vazamento, ser acionado o sistema de alarme sonoro e visual.
18.6.11 As escavações realizadas em vias públicas ou canteiros de obras devem ter sinalização de advertência, inclusive noturna, e barreira de isolamento em todo o seu perímetro.
18.6.12 Os acessos de trabalhadores, veículos e equipamentos às áreas de escavação devem ter sinalização de advertência permanente.
18.6.13 É proibido o acesso de pessoas não-autorizadas às áreas de escavação e cravação de estacas.
18.6.14 O operador de bate-estacas deve ser qualificado e ter sua equipe treinada.
18.6.15 Os cabos de sustentação do pilão devem ter comprimento para que haja, em qualquer posição de trabalho, um mínimo de 6 (seis) voltas sobre o tambor.
18.6.16 Na execução de escavações e fundações sob ar comprimido, deve ser obedecido o disposto no Anexo n° 6 da NR 15 - Atividades e Operações Insalubres.
18.6.17 Na operação de desmonte de rocha a fogo, fogacho ou mista, deve haver um blaster, responsável pelo armazenamento, preparação das cargas, carregamento das minas, ordem de fogo, detonação e retirada das que não explodiram destinação adequada das sobras de explosivos e pelos dispositivos elétricos necessários às detonações.
18.6.18 A área de fogo deve ser protegida contra projeção de partículas, quando expuser a riscos trabalhadores e terceiros.
18.6.19 Nas detonações é obrigatória a existência de alarme sonoro.
18.6.20 Na execução de tubulões a céu aberto, aplicam-se as disposições constantes no item 18.20 – Locais confinados.
18.6.20.1 Toda escavação somente pode ser iniciada com a liberação e autorização do Engenheiro responsável pela execução da fundação, atendendo o disposto na NBR 6122:2010 ou alterações posteriores. (Incluído pela Portaria MTE n.º 644, de 9 de maio de 2013)
18.6.21 Os tubulões a céu aberto devem ser encamisados, exceto quando houver projeto elaborado por profissional legalmente habilitado que dispense o encamisamento, devendo atender os seguintes requisitos: (Alterado pela Portaria MTE n.º 644, de 9 de maio de 2013)
a) sondagem ou estudo geotécnico local, para profundidade superior a 3metros;
b) todas as medidas de proteção coletiva e individual exigidas para a atividade devem estar descritas no Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção - PCMAT, bem como plano de resgate e remoção em caso de acidente, modelo de check list a ser aplicado diariamente, modelo de programa de treinamento destinado aos envolvidos na atividade contendo as atividades operacionais, de resgate e noções de primeiros socorros, com carga horária mínima de 8 horas;
c) as ocorrências e as atividades sequenciais das escavações dos tubulões a céu aberto devem ser registradas diariamente em livro próprio pelo engenheiro responsável;
d) é proibido o trabalho simultâneo em bases alargadas em tubulões adjacentes, sejam estes trabalhos de escavação e/ou de concretagem;
e) é proibida a abertura simultânea de bases tangentes.
f) a escavação manual só pode ser executada acima do nível d'água ou abaixo dele nos casos em que o solo se mantenha estável, sem risco de desmoronamento, e seja possível controlar a água no interior do tubulão.
g) o diâmetro mínimo para escavação de tubulão a céu aberto é de 0,80m.
h) o diâmetro de 0,70m somente poderá ser utilizado com justificativa técnica do Engenheiro responsávelpela fundação.
18.6.22 O equipamento de descida e içamento de trabalhadores e materiais utilizado na execução de tubulões a céu aberto devem ser dotados de sistema de segurança com travamento, atendendo aos seguintes requisitos para a sua operação: (Alterado pela Portaria MTE n.º 644, de 9 de maio de 2013)
a) liberação de serviço em cada etapa (abertura de fuste e alargamento de base) registrado no livro de registro diário de escavação de tubulões a céu aberto;
b) dupla trava de segurança no sarilho, sendo uma de cada lado;
c) corda de cabo de fibra sintética que atenda as recomendações do item 18.16 da NR-18, tanto da corda de içamento do balde como do cabo-guia para o trabalhador;
d) corda de sustentação do balde deve ter comprimento para que haja, em qualquer posição de trabalho, no mínimo de 6 voltas sobre o tambor;
e) gancho com trava de segurança na extremidade da corda do balde;
f) sistema de ventilação por insuflação de ar por duto, captado em local isento de fontes de poluição, e em caso contrário, adotar processo de filtragem do ar;
g) sistema de sarilho fixado no terreno, fabricado em material resistente e com rodapé de 0,20 m em sua base, dimensionado conforme a carga e apoiado com no mínimo 0,50 m de afastamento em relação à borda do
tubulão;
h) depositar materiais afastados da borda do tubulão com distância determinada pelo estudo geotécnico;
i) cobertura translúcida tipo tenda, com película ultravioleta, sobre montantes fixados no solo;
j) possuir isolamento de área e placas de advertência;
k) isolar, sinalizar e fechar os poços nos intervalos e no término da jornada de trabalho;
l) impedir o trânsito de veículos nos locais de trabalho;
m) paralisação imediata das atividades de escavação dos tubulões no início de chuvas; utilização de iluminação blindada e a prova de explosão.
18.6.23 A escavação de tubulões a céu aberto, alargamento ou abertura manual de base e execução de taludes, deve ser precedida de sondagem ou de estudo geotécnico local.
18.6.23.1 Em caso específico de tubulões a céu aberto e abertura de base, o estudo geotécnico será obrigatório para profundidade superior a 3,00m (três metros).
Os riscos mais importantes na realização de trabalhos em escavações são:
Queda de pessoas ao mesmo nível.
Queda de pessoas ao interior da escavação.
Desabamento de materiais, terras, rochas.
Desmoronamento do terreno ou de edifícios adjacentes.
Entalamento.
Inundações.
Pancadas com objetos e ferramentas.
Colisões de veículos.
Capotamento de máquinas.
Atropelamento com veículos.
Ruído.
Outros riscos decorrentes da interferência com outras canalizações subterrâneas (eletricidade, gás, água, etc.).
Equipamentos de proteção individual- EPI
Capacete;
Óculos de proteção;
Máscaras de proteção;
Botas de biqueira de aço;
Luvas de borracha 
Luva Proteção mecânica;
Protetores auriculares;
Cinturão Tipo Paraquedista e Talabarte;
Trava Queda.
Equipamento de Proteção Coletiva- EPC’S
Tapume de madeira;
Andaime;
Escada;
Guarda corpo;
Tela;
Cone;
Fita Zebrada;
Placas Sinalizadas;
Redes de Proteção;
Barreira;
Proteção Contra Incêndio
 Medidas básicas a adotar em qualquer tipo de escavação
Conhecer previamente as características físicas e mecânicas do terreno (estratificação, fissuras, etc.).
Seguir estritamente as indicações e instruções da Direção da obra.
Se necessário, contar com Estudo Geológico e/ou Geotécnico prévio para determinar o método apropriado de proteção interior nas escavações.
No caso de não efetuar escoramento e resolver realizar taludes, deve-se conhecer:
- O grau sísmico do local do corte.
- Os planos e secções dos cortes provisórios do projeto.
- O tipo, localização, profundidade e dimensões de fundações próximas e vias de circulação que se encontrem a uma distância igual ou inferior a duas vezes a profundidade do corte provisório.
 - A avaliação da tensão de compressão transmitida para o terreno pelas fundações próximas, no mesmo plano ou mais profundo.
- O nível freático.
- A permeabilidade e desagregabilidade na água.
- O grau de dessecação.
- O peso específico aparente.
- A resistência à compressão simples de amostras inalteradas.
- As características de cortes do terreno garantidos por experiências anteriores no local das obras.
Caso não tenha sido estabelecida a obrigatoriedade de realizar um estudo geotécnico, quer pela falta de projeto de obra, quer por qualquer outro motivo, e tal estudo efetivamente não seja elaborado, devem ser adoptadas as medidas mais favoráveis do ponto de vista da prevenção em função da avaliação profissional.
Dispor da informação dos órgãos públicos e companhias fornecedoras que permita localizar as condutas e canalizações de água, gás, telefone, esgoto e eletricidade para determinar o método de escavação e os sistemas de proteção mais apropriados.
Prever as sobrecargas estáticas ou dinâmicas sobre o terreno que possa representar a proximidade de edifícios, equipamentos, armazenamento de materiais e estradas ou ruas.
Prever os apoios provisórios e escoramentos tendo em conta a proximidade de edifícios adjacentes, equipamentos, armazenamento de materiais e estradas ou ruas.
Ter sempre presente que pode ocorrer desabamento e deslizamento até mesmo em terrenos rochosos.
Verificar diariamente a escavação (independentemente do tipo: vala, poço ou esvaziamento), taludes e escoramentos; especialmente:
- Se houver interrupções prolongadas
- Situações de gelo e degelo, chuvas, etc.
Se, durante as operações de escavação, surgir qualquer anomalia não prevista, os trabalhos devem ser interrompidos e o facto será comunicado à Direção técnica.
Presença de um Delegado de Prevenção quando exista risco grave de soterramento ou afundamento.
Tipos de Fundações
Um dos critérios adotados para classificar os vários tipos de fundação é dividi-los em dois grandes grupos:
Figura 1 – Tipos de Fundações
 Fundações Diretas ou Rasas
São aquelas em que a carga estruturada é transmitida diretamente ao solo pela fundação. São executadas em valas rasas, com profundidade máxima de 3,0 metros, e caracteriza por blocos, alicerces, sapatas e radiers. Quando a camada resistente à carga da edificação, ou seja, onde a base da fundação está implantada, não excede a duas vezes a sua menor dimensão ou se encontre a menos de 3 metros de profundidade;
Fundações Indiretas ou Profundas
São aquelas que transferem a carga por efeito de atrito lateral do elemento com o solo e por meio de um fuste. Estas estruturas de transmissão podem ser estacadas ou tubulões. São aquelas cujas bases estão implantadas a mais de duas vezes as suas menor dimensão, e a mais de 3 metros de profundidade.
Sapata 
É um elemento de fundação de concreto armado, utilizando armadura para resistir a esforços de tração.
 
Figura 2 – Sapata Corrida Simples
Figura 3 – Sapata Corrida Armada
Figura 4 - Sapata Isolada Simples
 
Figura 5 – Sapata Isolada Armada Figura 6 – Sapata Isolada Armada
Figura 7 – Sapata Isolada Armada
Radier
O radier é um sistema de fundação que reúne num só elemento de transmissão de carga, um conjunto de pilares. Consiste em uma placa contínua em toda a área da construção com o objetivo de distribuir a carga em toda superfície. Seu uso é indicado para solos fracos e cuja espessura da camada é profunda. Podem ser executados dois sistemas de radier: sistema constituído por laje de concreto (sistema flexível) e sistema de laje e vigas de concreto (sistema rígido).
Figura 8 - Radier
 
 Figura 9 – Radier Figura 10 – Radier
Estaca
Elemento de fundação executado com auxílio de ferramentas ou equipamentos, execução esta que pode ser por cravação a percussão, prensagem, vibração ou por escavação.
Os principais tipos de estaca são:
Estacas pré-moldadas
Caracterizam-se por serem cravadas no terreno, podendo-se utilizar os seguintes métodos:Percussão é o método de cravação mais empregado, o qual se utiliza pilões de queda livre ou automáticos. Um dos principais inconvenientes desse sistema é o barulho produzido.
 Prensagem empregada onde há a necessidade de evitar barulhos e vibrações, utiliza macacos hidráulicos que reagem contra uma plataforma com sobrecarga ou contra a própria estrutura.
 Vibração sistema que emprega um martelo dotado de garras (para fixar a estaca), com massas excêntricas que giram com alta rotação, produzindo uma vibração de alta frequência à estaca. Pode ser empregada tanto para cravação como para remoção de estacas, tendo o inconveniente de transmitir vibrações para os arredores. Podem ser fabricadas com diversos materiais, sendo as estacas de concreto e metálico as mais usuais.
Concreto
As estacas de concreto são comercializadas com diferentes formatos geométricos. A capacidade de carga é bastante abrangente, podendo ser simplesmente armadas, protendidas, produzidas por vibração ou centrifugação.
Figura 11 – Estaca de concreto Pré- Moldada
Estacas Raiz
Estacas escavadas com perfuratriz, executadas com equipamento de rotação ou roto percussão com circulação de água, lama bentonítica ou ar comprimido. É recomendado para obras com dificuldade de acesso para o equipamento de cravação, pois emprega equipamento com pequenas dimensões (altura de aproximadamente 2m). 
Pode atravessar terrenos de qualquer natureza, sendo indicado também quando o solo possui matacões e rocha, por exemplo. Pode ser executada de forma inclinada resistindo a esforços horizontais.
Figura 12 – Estaca Raiz
Estacas Mega
Também conhecida como estaca cravada à reação ou estaca prensada, a estaca mega é cravada em segmentos de concreto pré-moldado com o auxílio de um macaco hidráulico. São comumente utilizadas em reforço à fundação já existente ou para correção de patologias, como um recalque diferencial da estrutura. Tem como principal vantagem o fato de dispensar demolições durante a execução.
Figura 13- Estaca Mega
Estacas Broca (In Loco)
Usada em fundações de casas simples, em terrenos que suportam pouco peso e quando a perfuração do solo é feita manualmente, com o auxílio de um instrumento chamado trado. A estaca do tipo broca é cravada em pequena profundidade, no máximo até 4 metros, que serão preenchidos com concreto.
Figura 14 – Estaca Broca (In Loco)
Estaca Strauss
Elemento de fundação escavado mecanicamente, com o emprego de uma camisa metálica recuperável, que define o diâmetro das estacas. O equipamento utilizado é leve e de pequeno porte, facilitando a locomoção dentro da obra e possibilitando a montagem do equipamento em terrenos de pequenas dimensões. A perfuração é feita através da queda livre da piteira com a utilização de água. O furo geralmente é revestido. 
Atingida a profundidade de projeto, o furo é limpo e concretado. Durante a concretagem, o apiloamento do concreto e a retirada cuidadosa do revestimento devem ser observados, para que não haja interrupção do fuste.
Figura 15 - Estaca Strauss
Escala Franki
Estaca de concreto armado moldada in loco que emprega um tubo de revestimento com ponta fechada, de modo que não há limitação de profundidade devido à presença de água do subsolo. Para a cravação da estaca, lança-se areia e brita no interior do tubo, materiais esses que são compactados através de golpes de um pilão. Realizada a cravação, executasse o alargamento da base, a armação e, finalmente, a concretagem.
A cravação de estacas tipo Franki pode provocar o levantamento das estacas já instaladas devido ao empolamento do solo circundante que se desloca lateral e verticalmente. A estaca danificada pode ter sua capacidade de carga prejudicada ou perdida devido a uma ruptura do fuste ou pela perda de contato da base com o solo de apoio.
Quando a estaca Franki é moldada em espessas camadas submersas de turfa, argila orgânica e areias fofas podem ocorrer estrangulamento do fuste devido à invasão de água e/ou lama dentro do tubo e o encurtamento da armação ocasionado por insuficiência de seção de aço.
 
Figura 16 - Estaca Franki
Estaca de Madeira
As estacas de madeira são leves, de fácil transporte e, em alguns países, baratas. Podem ser agrupadas e reforçadas com pontas de cravação. As estacas de madeira estão sujeitas às decomposições e ao ataque por microorganismos marinho e geralmente são usadas somente abaixo do nível freático, mas podem ser impregnadas sob pressão, para protegê-las quando acima do lençol freático. Usualmente, são utilizadas como estacas funcionando por atrito lateral, mas, às vezes, trabalham por resistência de ponta.
Figura 17- Estaca de Madeira
Tubulões e suas modalidades
Tubulões são elementos de fundação cilíndricos de base alargada ou não que podem ser executados a céu aberto ou sob ar comprimido (pneumático) e com ou sem revestimento podendo este ser de aço ou concreto. Em sua etapa final de execução, é necessária a descida de um operário para completar a geometria ou fazer a limpeza da base. Devem-se evitar bases com alturas superiores a 2m de acordo com a NBR 6122/1996.
O projeto e a execução de tubulões devem seguir as seguintes normas da ABNT: NBR 6118:2004 - Projeto de Estruturas de Concreto - Procedimento, NBR 6122:1996 - Projeto e Execução de Fundações e NBR 7678:1983 - Segurança na Execução de Obras e Serviços de Construção.
A Céu Aberto;
Mecânico;
Pneumáticos (Ar Comprimido).
A Céu Aberto
É um elemento estrutural de fundação constituído concretando-se um poço aberto no terreno, geralmente dotado de uma base alargada. O tubulão a céu aberto trata-se de uma fundação profunda, escavada manual ou mecanicamente, em que, pelo menos na sua etapa final, há descida de pessoal para alargamento da base ou limpeza do fundo quando não há base.
Este tipo de fundação é empregado acima do lençol freático, ou mesmo abaixo dele, nos casos em que o solo se mantenha estável sem risco de desmoronamento. No caso de existir apenas carga vertical, o tubulão a céu aberto não é armado, colocando-se apenas uma ferragem de topo para ligação com o bloco de coroamento ou de capeamento.
Figura 17 - Execução de um tubulão a céu aberto.
Mecânico 
É chamado de mecânico quando o uso da camisa metálica para o escoramento se faz necessário, e então o solo é retirado.
Para a escavação mecânica de um tubulão é necessário, uma perfuratriz equipada com ferramenta de corte de grande diâmetro, como este equipamento tem a função restrita de executar fundações e por ser de grande custo só é empregado em obras de grande porte e quando o projeto de fundações apresentarem um grande número de tubulões.
 
 Figura 18 – Escavação Mecânica Figura 19 - Execução do Tubulão Mecânico
Pneumáticos (Ar Comprimido)
São fundações profundas, normalmente verticais, empregadas para transmitir cargas de médio e grande valor ao solo. Geralmente possuem seções transversais circulares, porém as mesmas podem ter outras formas, como por exemplo, ovais. 
O processo consiste na utilização de uma campânula para atingir o lençol freático, a partir desse ponto injeta-se ar comprimido com pressão suficiente para equilibrar as sob pressões da água, propiciando assim condições de escavação a seco. 
Essas fundações podem ser de concreto simples ou armado, variando conforme a necessidade de esforço. Já as bases dos tubulões podem ser alongadas para distribuírem a carga em pressões compatíveis com as tensões admissíveis dos solos na cota de assentamento.
Ao executar tubulões onde o solo esteja abaixo do nível d’água, torna-se inviável o processo de esgotamento (bombeamento), pois existe o risco de desmoronamento das paredes do fuste e/ou base. Nesse caso são utilizados tubulões pneumáticos, também conhecidos como ar comprimido.
A NR 15 em seu anexo N.º 6 Trabalho Sob Condições Hiperbáricas traz regulamentações importantes sobre o trabalho em condições hiperbáricas e devem ser consultadas até mesmo por seu altograu de detalhamento técnico.
Trabalhos sob ar comprimido são os efetuados em ambientes onde o trabalhador é obrigado a suportar pressões maiores que a atmosférica e onde se exige cuidadosa descompressão, de acordo com as tabelas anexas.
Para fins de aplicação deste item, define-se:
Câmara de Trabalho - É o espaço ou compartimento sob ar comprimido, no interior da qual o trabalho está sendo realizado;
 Câmara de Recompressão - É uma câmara que, independentemente da câmara de trabalho, é usada para tratamento de indivíduos que adquirem doença descompressiva ou embolia e é diretamente supervisionada por médico qualificado; 
Campânula - É uma câmara através da qual o trabalhador passa do ar livre para a câmara de trabalho do tubulão e vice-versa; 
Eclusa de Pessoal - É uma câmara através da qual o trabalhador passa do ar livre para a câmara de trabalho do túnel e vice-versa;
Encarregado de Ar Comprimido - É o profissional treinado e conhecedor das diversas técnicas empregadas nos trabalhos sob ar comprimido, designado pelo empregador como o responsável imediato pelos trabalhadores; 
Médico Qualificado - É o médico do trabalho com conhecimentos comprovados em Medicina Hiperbárica, responsável pela supervisão e pelo programa médico;
 Operador de Eclusa ou de Campânula - É o indivíduo previamente treinado nas manobras de compressão e descompressão das eclusas ou campânulas, responsável pelo controle da pressão no seu interior; 
Período de Trabalho - É o tempo durante o qual o trabalhador fica submetido a pressão maior que a do ar atmosférico excluindo-se o período de descompressão;
Pressão de Trabalho - É a maior pressão de ar à qual é submetido o trabalhador no tubulão ou túnel durante o período de trabalho; 
Túnel Pressurizado - É uma escavação, abaixo da superfície do solo, cujo maior eixo faz um ângulo não superior a 45º (quarenta e cinco graus) com a horizontal, fechado nas duas extremidades, em cujo interior haja pressão superior a uma atmosfera;
 Tubulão de Ar Comprimido - É uma estrutura vertical que se estende abaixo da superfície da água ou solo, através da qual os trabalhadores devem descer, entrando pela campânula, para uma pressão maior que atmosférica. A atmosfera pressurizada opõe-se à pressão da água e permite que os homens trabalhem em seu interior.
Durante o transcorrer dos trabalhos sob ar comprimido, nenhuma pessoa poderá ser exposta à pressão superior a 3,4 kgf/cm2, exceto em caso de emergência ou durante tratamento em câmara de recompressão, sob supervisão direta do médico responsável. 
 Após a descompressão, os trabalhadores serão obrigados a permanecer, no mínimo, por 2 (duas) horas, no canteiro de obra, cumprindo um período de observação médica.
 Para trabalhos sob ar comprimido, os empregados deverão satisfazer os seguintes requisitos:
Ter mais de 18 (dezoito) e menos de 45 (quarenta e cinco) anos de idade; 
Ser submetido a exame médico obrigatório, pré- admissional e periódico, exigido pelas características e peculiaridades próprias do trabalho; 
Ser portador de placa de identificação, de acordo com o modelo anexo (Quadro I), fornecida no ato da admissão, após a realização do exame médico.
É vedado o trabalho àqueles que se apresentem alcoolizados ou com sinais de ingestão de bebidas alcoólicas. 
É proibido ingerir bebidas gasosas e fumar dentro dos tubulões e túneis.
Para efeito de remuneração, deverão ser computados na jornada de trabalho o período de trabalho, o tempo de compressão, descompressão e o período de observação médica. 
Em relação à supervisão médica para o trabalho sob ar comprimido, deverão ser observadas as seguintes condições:
Nenhum empregado poderá trabalhar sob ar comprimido, antes de ser examinado por médico qualificado, que atestará, na ficha individual, estar essa pessoa apta para o trabalho; 
O candidato considerado inapto não poderá exercer a função, enquanto permanecer sua inaptidão para esse trabalho 
O atestado de aptidão terá validade por 6 meses; 
Em caso de ausência ao trabalho por mais de 10 (dez) dias ou afastamento por doença, o empregado, ao retornar, deverá ser submetido a novo exame médico.
Em relação à ventilação e à temperatura, serão observadas as seguintes condições: 
Durante a permanência dos trabalhadores na câmara de trabalho ou na campânula ou eclusa, a ventilação será contínua, à razão de, no mínimo, 30 pés cúbicos/min./homem. 
A temperatura, no interior da campânula ou eclusa, da câmara de trabalho, não excederá a 27ºC, o que poderá ser conseguido resfriando se o ar através de resfriadores, antes da entrada na câmara de trabalho, campânula ou eclusa, ou através de outras medidas de controle.
 A comunicação entre o interior dos ambientes sob pressão de ar comprimido e o exterior deverá ser feita por sistema de telefonia ou similar As atividades ou operações realizadas sob ar comprimido serão consideradas insalubres de grau máximo.
Figura 20 - Tubulão sob Ar Comprimido
Ferramentas usadas na Escavação Manual
Picareta;
Cavadeira Reta;
Cavadeira Articulada;
Cavadeira Manual;
Trado Manual.
 
 Figura 1- Picareta Figura 2- Cavadeira Reta
 
 Figura 3- Cavadeira Articulada Figura 4- Cavadeira Manual
 Figura 5- Trado Manual
Armação
 Armação
3.1. Definição
Conjunto de barras de aço, moldadas conforme sua utilização e parte integrante do concreto armado.
3.2. Organização e desenvolvimento da Armação
Transporte, Descarregamento e Estocagem dos Vergalhões
O trabalho com armação de ferro começa como descarregamento de vergalhões, que pode ser feito por meio de grua, guindaste, guincho ou mesmo manualmente. De qualquer forma a primeira providência é isolar e sinalizar a área de descarga.
A maneira correta de descarregar esse tipo de carga por meio de equipamento de elevação é fazer um estropo duplo ou eslinga em forma de triângulo com cabo de aço, a corda de fibra nunca deve ser usada pra esse trabalho. O cabo de aço deve ser inspecionado periodicamente e substituído se for constatado desfiamento ou quebra de fios, no descarregamento manual o cuidado na prevenção de acidentes deve ser redobrado, o caminhão deve estar o mais próximo do local de estocagem quando não for possível, e o descarregamento tiver de ser feito provisoriamente na calçada.
A área devera ser sinalizada a fim de indicar o caminho e ser percorrido pelos pedestres em por veículos, a calçada deve ser usada somente como estocagem provisória, e o transporte dos feixes ao local de estocagem da obra deve ser feito somente após o termino da descarga.
O trajeto a ser percorrido no transporte dos feixes da frente da obra ao local da estocagem deve ser previamente conhecido e determinado para se evitarem acidentes ao passar por buracos, degraus, valetas e por materiais deixados no caminho. Os feixes amarrados com cordas ou correias nas extremidades serão transportados com maior segurança, à maneira correta do transporte manual é no ombro.
O local de armazenagem dos vergalhões deve ficar distante das instalações elétricas em geral, de locais de circulação de trabalhadores, de equipamentos e de locais de estacionamento de veículos, porém, próximo das bancadas de armação. 
Os feixes devem ser armazenados sobre pontaletes ou viga sobre brita e separados por bitola, as escoras de travamento entre feixes evitam o rolamento dos vergalhões.
 
 Figura 1- Rua Sinalizada Figura 2- Calçada Sinaliza
 
Figura 3- Caminho dos Veículos Figura 4- Caminhos dos Pedestres
 
 Figura 5- Descarregamento por Grua Figura 6- Descarregamento por Grua
 
 Figura 7- Transporte Manual Figura 8- Transporte Manual
 
 Figura 9- Armazenamento dos Vergalhões Figura 10- Armazenamento dos VergalhõesPlano de Armação
A execução da armação envolve as seguintes atividades: corte, dobra, pré-montagem e montagem.
A dobragem e o corte de vergalhões de aço em obra devem ser feitos sobre bancadas ou plataformas apropriadas e estáveis, apoiadas sobre superfícies resistentes, niveladas e não escorregadias afastadas da área de circulação de trabalhadores. As armações de pilares, vigas e outras estruturas verticais devem ser apoiadas e escoradas para evitar tombamento e desmoronamento.
A área de trabalho onde está situada a bancada de armação deve ter cobertura resistente para proteção dos trabalhadores contra a queda de materiais e intempéries. As lâmpadas de iluminação da área de trabalho da armação de aço devem estar protegidas contra impactos provenientes da projeção de partículas ou de vergalhões. Durante a descarga de vergalhões de aço, a área deve ser isolada.
É obrigatória a colocação de pranchas de madeira firmemente apoiadas sobre as armações nas fôrmas, para a circulação de operários;
É proibida a existência de pontas verticais de vergalhões de aço desprotegidas.
O importante é que os equipamentos sejam adequados para cada classe e bitola de vergalhão que será cortado e dobrado.
O ideal é seguir as normas que regulamentam a prática de corte e dobra de aço em canteiros de obra, referencias como:
1. NBR 6.118:2007 - Projeto de Estruturas de Concreto - Procedimento, que apresenta uma tabela com os pinos de dobramento necessários para executar o serviço;
2. NBR 14.931:2004 - Execução de Estruturas de Concreto.
Corte
Antes de efetuar os cortes, faça um estudo para minimizar as sobras. Dessa forma, você poderá obter uma economia significativa no serviço. A execução do corte está intimamente ligada aos equipamentos de corte que serão empregados.
A escolha dos equipamentos e ferramentas de corte precisa levar em consideração os materiais definidos no projeto (aço em barras ou em telas soldadas) e o volume do serviço.
Manuais: arco de serra e tesoura de cortar ferro (tesourão). Utilizado quando o serviço é realizado em obras de pequeno porte.
 
 Figura 11- Arco de Serra Figura 12- Tesoura de Cortar Ferro
Elétricas: policorte. Em obras de pequeno, médio e grande porte que realizam o corte do aço no canteiro.
 
 Figura 13- Policorte
Hidráulico: utilizada em centrais de corte e dobra de aço e em canteiros de grandes obras, devido ao seu alto custo.
 
 Figura 14- Cortador de Vergalhão Hidráulico
 Dobra
Quando a dobra é realizada no canteiro, utiliza-se a chave de dobra. Possui um baixo custo e a dobra da barra de aço é feita uma de cada vez.
 Figura 15- Chave de Dobra
Para realizar a dobra do aço, preste atenção na montagem da bancada, para que o diâmetro do pino de dobramento seja compatível com o aço a ser dobrado. A falta de cuidado nesse item pode fazer com que as barras de aço, quando dobradas, sofram um esforço demasiado, ocorrendo a sua ruptura.
 Figura 16- Dobra do Aço
Pré – Montagem
A área de montagem deve ser coberta proporcionando proteção aos trabalhadores, protegendo contra a queda de materiais e intempéries (NR 18 - item 18.8.3).
Procedimentos de Armações de aço Conforme NR 18
• 18.8.1. A dobragem e o corte de vergalhões de aço em obra devem ser feitos sobre bancadas ou plataformas apropriadas e estáveis, apoiadas sobre superfícies resistentes, niveladas e não escorregadias afastadas da área de circulação de trabalhadores.
• 18.8.2. As armações de pilares, vigas e outras estruturas verticais devem ser apoiadas e escoradas para evitar tombamento e desmoronamento.
• 18.8.3. A área de trabalho onde está situada a bancada de armação deve ter cobertura resistente para proteção dos trabalhadores contra a queda de materiais e intempéries.
• 18.8.3.1. As lâmpadas de iluminação da área de trabalho da armação de aço devem estar protegidas contra impactos provenientes da projeção de partículas ou de vergalhões.
• 18.8.4. É obrigatória a colocação de pranchas de madeira firmemente apoiadas sobre as armações nas fôrmas, para a circulação de operários.
• 18.8.5. É proibida a existência de pontas verticais de vergalhões de aço desprotegidas.
• 18.8.6. Durante a descarga de vergalhões de aço, a área deve ser isolada.
Após o corte e a dobra do aço, ocorre a etapa de montagem das armaduras.
 Instrumentos para montagem: torquês e bancada 
 
 Figura 17- Conforme NR 18.8.3 Figura 18- Alicate Torquês
 
 Figura 19- Conforme NR 18.8.4 Figura 20- Conforme NR 18.8.5
 
Montagem
Durante o planejamento, definir as peças que serão montadas na central de armação e aquelas que serão montadas na própria fôrma.
 Considere: dimensões das peças, sistema de transporte e facilidade de execução.
Montagem e posicionamento de armadura efetuada conforme
NBR 14931 (item 8.1.5.5).
NBR 14931 - 8.1.5.5 Montagem e posicionamento da armadura
A armadura deve ser posicionada e fixada no interior das fôrmas de acordo com as especificações de projeto, com as tolerâncias estabelecidas em 9.2.4, caso o projeto da estrutura, em virtude de circunstâncias especiais, não as exija mais rigorosas, de modo que durante o lançamento do concreto se mantenha na posição estabelecida, conservando-se inalteradas as distâncias das barras entre si e com relação às faces internas das fôrmas.
A montagem da armadura deve ser feita por amarração, utilizando arames. No caso de aços soldáveis, a montagem pode ser feita por pontos de solda. A distância entre pontos de amarração das barras das lajes deve ter afastamento máximo de 35 cm.
O cobrimento especificado para a armadura no projeto deve ser mantido por dispositivos adequados ou espaçadores e sempre se refere à armadura mais exposta. É permitido o uso de espaçadores de concreto ou argamassa, desde que apresente relação água/cimento menor ou igual a 0,5, e espaçadores plásticos, ou metálicos com as partes em contato com a fôrma revestidas com material plástico ou outro material similar.
Não devem ser utilizados calços de aço cujo cobrimento, depois de lançado o concreto, tenha espessura menor do que o especificado no projeto.
Podem ser utilizados outros tipos de espaçadores não descritos nesta Norma, desde que não tenham partes metálicas expostas.
NOTAS
1. O posicionamento das armaduras negativas deve ser objeto de cuidados especiais em relação à posição vertical.
Para tanto, devem ser utilizados suportes rígidos e suficientemente espaçados para garantir o seu posicionamento.
Colocar espaçadores em quantidade suficiente, para garantir o posicionamento da armadura no elemento final a ser concretado.
 Verificar a escolha e o uso do espaçador, para que a estrutura tenha o cobrimento adequado às condições de exposição da estrutura, protegendo a armadura contra a corrosão.
Figura 21- Armação com Espaçador
 
Concretagem
Concretagem
4.1 Definição
É o ato de preparar/pedir (o concreto), receber, transportar, lançar, adensar, fazer o acabamento e cura da peça estrutural.
4.2. Procedimentos Preliminares a Execução das concretagens
Na concretagem primeiramente deve-se ter alguns cuidados: 
Reservar um espaço nas bandejas de proteção para que o caminhão, ao estacionar, chegue mais próximo da edificação e se conecte com a girafa que bombeia o concreto para os pavimentos superiores;
Os pilares tem que ser concretados após a colocação prévia das armaduras e fôrmas; 
As escadas devem ser concretadas juntamente com os pilares para possibilitara sua utilização para transporte dos materiais até os pavimentos superiores;
Garantir a existência de fontes de água e de tomadas de energia para ligação dos adensadores, réguas e iluminação; 
Garantir que os moldes estejam limpos e preparados; 
.Requisitar a presença de equipes de carpinteiros, armadores e eletricistas para estarem de prontidão durante a concretagem para eventuais serviços de reparos e reforços nas fôrmas, armaduras e instalações; 
 Acercar-se das condições de segurança interna e externamente à obra, verificando as proteções de taludes, valas, trânsito de veículos próximos;
Planejar e acompanhar a sequência de concretagem anotando o local onde foram lançados o material de cada caminhão e terminar a concretagem sempre no ponto de saída da laje. 
 Solicitação de concreto usinado
Para a escolha do fornecedor de concreto dosado em central, além dos critérios comerciais para a seleção (preço, prazo de pagamento, entrega, credibilidade etc.) deve-se verificar se o fornecedor está atendendo às prescrições das normas técnicas pertinentes e se recolhem junto ao CREA as devidas anotações de responsabilidade técnica pelo serviço executado.
Definidos os lotes de concreto, em função do tipo de estrutura, solicitação (compressão ou flexão) e quantidade, o contratante deve exigir que na nota fiscal que venham registradas as seguintes informações:
Especificação do concreto (tipo de cimento, traço. teor de argamassa etc.);
Resistências características (no mínimo aos 28 dias);
Módulo de elasticidade;
Consistência;
Dimensão máxima do agregado graúdo;
Consumo mínimo de cimento;
Fator água-cimento;
Aditivos;
Volume;
Preço unitário e total;
Horário da saída do caminhão da central.
Transporte
O transporte do concreto é um item importante da concretagem, pois interfere diretamente nas definições das características do concreto, trabalhabilidade desejada, na produtividade do serviço e na elaboração de um projeto para produção. 
O sistema de transporte deve ser tal que permita o lançamento direto nas fôrmas, evitando-se depósitos intermediários ou transferência de equipamentos. 
O tempo de duração do transporte deve ser o menor possível, para minimizar os efeitos relativos à redução da trabalhabilidade com o passar do tempo. Sistema de transportes:
.Carrinho de mão: A sua capacidade é menos de 80 litros, seu uso é improdutivo, pois há a dificuldade de equilíbrio em apenas uma roda.
Bombas de concreto: Capacidade de 35 a 45 m3/hora, Permite a continuidade no fluxo do material. Reduz a quantidade de mão de obra.
Grua e caçamba: Capacidade de 15 m³/h, Realiza a movimentação horizontal e vertical com um único equipamento. Apresenta um abastecimento do concreto descontinuado. Libera o elevador de cargas.
Para a escolha e o dimensionamento do sistema de transporte do concreto, consideramos O volume a ser concretado, a velocidade de aplicação, a distância - horizontal e vertical - entre o recebimento e a utilização e o arranjo físico do canteiro.
Na maioria dos casos, para as obras urbanas, a mistura é feita no próprio caminhão, durante o trajeto entre a central de concreto e a obra. Nas obras de grande porte, como barragens e estradas, as centrais podem fazer a mistura e o material é transportado por gruas e caçambas. Dentre as vantagens do uso de concreto pronto (usinado) pode-se destacar:
. Economia de materiais, menor perda de areia, brita e cimento;
Maior controle tecnológico dos materiais, dosagem, resistência e consistência, com melhoria da qualidade;
Racionalização do número de ajudantes na obra, com a consequente Melhor produtividade da equipe;
Redução no controle de suprimentos e eliminação de áreas de estoque no canteiro;
Redução do custo da obra. 
Transporte convencional
O transporte do concreto do local de produção ou descarga na obra até o local de lançamento (fôrmas) pode ser feito, convencionalmente, com a utilização dos seguintes equipamentos:
Carrinhos e jericas: o uso dos carrinhos e jericas implicam no planejamento do caminho de percurso a fim de evitar contratempos provocados por esperas e por danos nas armaduras. Alguns cuidados são essenciais para sua durabilidade, tais como:
Devem ser mantidas sempre limpas, livres de argamassas endurecidas;
Devem ser molhados antes do início da concretagem;
Ter os eixos engraxados semanalmente;
Não receber sobrecarga (peso acima do permitido);
Guinchos: além da rigorosa manutenção dos componentes do guincho (roldanas, eixos, cabos, torre, freio, trilhos etc.), os seguintes cuidados são necessários:
Travar os carrinhos e jericas na cabine do guincho;
Proibir o transporte de pessoas no guincho (NR-18);
A operação deve ser feita por pessoa habilitada;
Prever corrente, cadeado e chave para impedir o uso por pessoa sem habilitação e/ou em horários inadequados ou acionamento acidental;
Gruas e caçambas: a área de atuação da grua deve ser delimitada e devidamente sinalizada, a fim de impedir a circulação de pessoas sob as cargas suspensas. Além da rigorosa manutenção por firma especializada (em geral, a própria fornecedora da grua), os seguintes cuidados operacionais devem ser levados em conta:
Manter limpa a caçamba, livre de material endurecido (lavar sempre depois do uso);
Carregar sempre dentro do limite de carga estabelecido;
Operar usando rádios comunicadores;
Calhas e correias transportadoras – são indicadas para obras de maior porte, com exigência de fluxo contínuo de concreto em grande quantidade.
Transporte por bombeamento
O transporte é feito por equipamento chamado bomba que empurra o concreto por meio de uma tubulação metálica, podendo vencer grandes alturas e/ou distâncias horizontais. A grande vantagem da bomba é a capacidade de transportar volumes maiores de concreto em comparação com os sistemas usuais (carrinhos, jericas e caçambas), podendo atingir de 35 a 45 m3 por hora, enquanto que outros meios atingem de 4 a 7 m3. As outras vantagens são obtidas com a maior produtividade, menor gasto com mão-de-obra e menor energia de vibração (concreto mais plástico). Em conjunto com a bomba pode- se usar lanças (caminhão-lança) que facilitam atingir todos os pontos de concretagem. Os seguintes cuidados são importantes na operação com bomba e lança:
O diâmetro interno da tubulação deve ser maior que o triplo do diâmetro máximo do agregado graúdo;
Lubrificar a tubulação com nata de cimento, antes da utilização;
Reforçar as curvas com escoras e travamento para suportar o golpe de aríete provocado pelo bombeamento;
Designar, no mínimo, dois operários para segurar a extremidade do mangote de lançamento;
Operar usando rádios comunicadores e controle remoto da lança;
Verificar se a movimentação da lança não provoca danos nas instalações elétricas, telefônicas e vizinhas;
Manter a continuidade da concretagem, com um caminhão sempre na espera.
Lançamento do Concreto
Antes
O acesso para o caminhão-betoneira deve permitir manobras do caminhão seguinte, de forma que a continuidade não seja prejudicada. Prever local próximo do canteiro para estacionar o caminhão que estará esperando para descarregar. É necessário sinalizar as manobras dos caminhões com a colocação de cones refletivos, fitas e luzes de sinalização, quando for o caso. Quando utilizar concreto bombeado, prever os acessos e local de estacionamento para os caminhões e a bomba. O estacionamento para dois caminhões betoneira, próximo à bomba, a fim de manter o fluxo contínuo de bombeamento.
O prédio no qual irá ser realizado a concretagem apresenta fácil acesso, no entanto apresenta um tráfego bastante movimentado, portanto de preferência a concretagem deverá ser realizada de noite e /ou madrugada para que não ocorra atrasos ou imprevistos tanto para a obra , quanto para os moradores das proximidades, com relação ao espaço, não possui problemas para a movimentação dos caminhões-betoneiras.
Antes da descarga do caminhão é necessário fazer uma avaliação da quantidade de água do concreto, verificando se a consistênciaestá de acordo com o que foi especificado na nota fiscal (pedido). A falta de água torna o concreto menos trabalhável, podendo criar ninhos de concretagem (bicheiras) e água em excesso reduz a resistência do concreto. A consistência é avaliada pelo ensaio slump test, que tem como objetivos de determinar da trabalhabilidade e controlar a quantidade de água adicionada no concreto fresco.
Durante
Fazer com que o concreto seja lançado logo após o batimento, limitando em 2 horas e meia o tempo entre a saída do caminhão da concreteira e a aplicação na obra;
Limitar em 1 hora o tempo de fim da mistura no caminhão e o lançamento, o mesmo valendo para concretagem sobre camada já adensada e se for o caso, utilizar retardadores de pega, nas obras com maior dificuldade no lançamento;
Lançar o mais próximo da sua posição final;
Evitar o acúmulo de concreto em determinados pontos da fôrma, distribuindo a massa sobre a fôrma;
Lançar em camadas horizontais de 15 a 30 cm, a partir das extremidades para o centro das fôrmas;
Lançar nova camada antes do início de pega da camada inferior;
Tomar cuidados especiais quando da concretagem com temperatura ambiente inferior a 10ºC e superior a 35ºC;
A altura de lançamento não deve ultrapassar 2,5 metros e, se for o caso, utilizar trombas, calhas, funis etc. para alturas de lançamento superiores a 2,5 metros;
Limitar o transporte interno do concreto com carrinhos a 60 metros para evitar a segregação e perda de consistência (utilizar carrinhos ou jericas com pneus);
Preparar rampas e caminhos de acesso às fôrmas (prever antiderrapantes);
Iniciar a concretagem pela parte mais distante do local de recebimento do concreto;
Molhar abundantemente as fôrmas antes de iniciar o lançamento do concreto;
Eliminar e/ou isolar pontos de contaminação por barro, entulho e outros materiais indesejados;
Manter uma equipe de carpinteiros, armadores e eletricistas, sendo que um carpinteiro fique sob as fôrmas verificando o preenchimento com um martelo de borracha;
Lançar nos pés dos pilares, antes do concreto, uma camada de argamassa com traço 1:3 (cimento e areia média);
Interromper a concretagem no caso de chuva, protegendo o trecho já concretado com lonas plásticas;
Dar especial atenção às armaduras negativas, verificando sua integridade;
Providenciar pontos de iluminação no caso da concretagem se estender para a noite.
Adensamento 
O objetivo do adensamento do concreto lançado é torná-lo mais compacto, retirando o ar do material, incorporado nas fases de mistura, transporte e lançamento. O adensamento exige certa energia mecânica. O concreto deve ser adensado imediatamente após seu lançamento nas fôrmas, levando em conta que tanto a falta de vibração como o excesso pode causar sérios problemas para o concreto. Os seguintes cuidados são importantes nesta fase da execução do concreto:
Providenciar os equipamentos necessários: vibradores de imersão (agulha), vibradores de superfície (réguas ou placas vibratórias, acabadoras de superfície), vibradores externos (vibradores de fôrma, mesas vibratórias e rolos compactadores vibratórios);
Determinar a altura das camadas em função do equipamento utilizado, o vibrador de imersão deve penetrar cerca de 5 cm na camada inferior;
Iniciar o adensamento logo após o lançamento; evite o adensamento a menos de 10 cm da parede da fôrma devido ao aparecimento de bolhas de ar e perda de argamassa;
Prever reforço das fôrmas e escoramento, em função de adensamento enérgico;
Evitar o transporte do concreto com o equipamento de adensamento.
Cura 
A cura do concreto é uma etapa importante da concretagem, pois evita a evaporação prematura da água e fissuras no concreto. Após o início do endurecimento, o concreto continua a ganhar resistência, mas para que isso ocorra de forma satisfatória, devem-se tomar alguns cuidados:
Iniciar a cura tão logo a superfície concretada tenha resistência à ação da água (algumas horas) e estenda por, no mínimo, 7 dias;
Manter o concreto saturado até que os espaços ocupados pela água sejam então ocupados; pelos produtos da hidratação do cimento.
Deixar o concreto nas fôrmas, mantendo-as molhadas;
Mantenha um procedimento contínuo de cura.
Tipos de cura
A cura da obra pode ser realizada por:
Molhagem das fôrmas, no caso de pilares.
Irrigação periódica das superfícies.
Recobrimento com material para manter a estrutura sempre úmida, podendo ser areia, sacos de aniagem, papel impermeável ou mantas.
Películas de cura.
Submersão.
Cura a vapor
Podemos concluir que, quanto mais perfeita e demorada for à cura do concreto, tanto melhores serão suas características finais.
 
Figura 1- Cura por MOLHAGEM Figura 2- Cura por Irrigação
 
Figura 3- Cura coberta com Manta Figura 4- Cura com Película Química
Riscos na Concretagem
A etapa de concretagem envolve os seguintes riscos específicos:
Queda de pessoas e/ou objetos;
Queda de fôrmas;
Ruptura de fôrmas;
Ferimentos nos pés, por objetos pontiagudos;
Acidentes derivados de trabalho sobre os solos úmidos e molhados;
Contato com o concreto (dermatites);
Falha no cimbramento;
Deslizamento de terra;
Acidentes motivados pela execução de trabalhos sob condições meteorológicas adversas:
Vibrações pelo manuseio de vibradores;
Ruído ambiental;
Eletrocussão;
Acidentes motivados por falta do uso de equipamentos de proteção individual (EPI) etc.
Betoneira
As betoneiras geralmente oferecem riscos aos trabalhadores e devem apresentar proteção nas suas partes móveis, transmissões de força e partes perigosas.
Atenção a cabos e extensões que não devem passar em locais alagados ou com umidade;
Ter dispositivos de “bloqueio/parada de emergência” e acionamento, localizado de modo que seja acionado ou desligado pelo operador na sua posição de trabalho; e que não se localize na zona perigosa da máquina e que possa ser desligado em caso de emergência por outra pessoa que não seja o operador;
Que não possa ser acionado ou desligado involuntariamente, pelo operador ou por qualquer outra forma acidental e que não acarrete riscos adicionais;
Ter instalações, carcaças, invólucros, blindagens ou partes condutoras das máquinas eletricamente aterrada e dispor na área de serviço o quadro com foto do trabalhador autorizado a operar a máquina.
Procedimentos de Estruturas de Concreto NR 18.09
18.9 Estruturas de Concreto.
18.9.1 As fôrmas devem ser projetadas e construídas de modo que resistam às cargas máximas de serviço.
18.9.2 O uso de fôrmas deslizantes deve ser supervisionado por profissional legalmente habilitado.
18.9.3 Os suportes e escoras de fôrmas devem ser inspecionados antes e durante a concretagem por trabalhador qualificado.
18.9.4 Durante a desforma devem ser viabilizados meios que impeçam a queda livre de seções de fôrmas e escoramentos, sendo obrigatórios a amarração das peças e o isolamento e sinalização ao nível do terreno.
18.9.5 As armações de pilares devem ser estaiadas ou escoradas antes do cimbramento.
18.9.6 Durante as operações de protensão de cabos de aço, é proibida a permanência de trabalhadores atrás dos macacos ou sobre estes, ou outros dispositivos de protensão, devendo a área ser isolada e sinalizada.
18.9.7 Os dispositivos e equipamentos usados em protensão devem ser inspecionados por profissional legalmente habilitado antes de serem iniciados os trabalhos e durante os mesmos.
18.9.8 As conexões dos dutos transportadores de concreto devem possuir dispositivos de segurança para impedir a separação das partes, quando o sistema estiver sob pressão.
18.9.9 As peças e máquinas do sistema transportador de concreto devem ser inspecionadas por trabalhador qualificado, antes do início dos trabalhos.
18.9.10 No local onde se executa a concretagem, somente deve permanecer a equipe indispensável para a execução dessa tarefa.
18.9.11 Os vibradores de imersão e de placas devem ter dupla isolação e os cabos de ligação ser protegidos contra choques mecânicose cortes pela ferragem, devendo ser inspecionados antes e durante a utilização.
18.9.12 As caçambas transportadoras de concreto devem ter dispositivos de segurança que impeçam o seu descarregamento acidental.
EPI’S Usados na Concretagem
Bota de Borracha;
Luvas de Raspa de Couro;
Óculos de Segurança;
Capacete;
Cinto de Segurança;
Mascara com Filtro;
Luva impermeável.
EPC’S Usados na Concretagem
Tapume de madeira;
Andaime;
Escada;
Guarda corpo;
Tela;
Cone;
Fita Zebrada;
Placas Sinalizadas;
Redes de Proteção;
Barreira;
Proteção Contra Incêndio
Equipamentos usados na Concretagem
Carrinho de mão;
Jerica;
Bombas de concreto;
Grua e caçamba;
Sarrafo;
Rolo assentador;
Rodo Float;
Helicóptero Alisador;
Betoneira;
Caminhão Betoneira;
Vibradora Para Concreto;
Motovibradora;
Mangote;
Politriz Para Concreto.
 
Figura 5- Carrinho de Mão Figura 6- Jerica
 
 Figura 7- Bomba de concreto Figura 8- Mini Grua com Caçamba
 
 Figura 9- Sarrafo Figura 10- Rolo Assentador
 
 Figura 11- Rodo Float Figura 12- Helicóptero Alisador
 
 Figura 13- Betoneira Figura 14- Caminhão Betoneira
 
 Figura 15- Vibradora Para Concreto Figura 16- Motovibrador
 
 Figura 17- Mangote Figura 18- Politriz Para Concreto
Trabalho em Altura
Trabalho em Altura
5.1 Definição
Defini- se trabalho em altura aqueles que são executados a altura superiores a 2 metros (andaimes, plataformas, escadas e etc.) assim como aqueles que são realizados em profundidade (poços, escavações e etc.).
5.2. Introdução
No setor da construção civil é necessário o recurso a trabalhos em altura em diversas atividades. A execução de trabalhos em altura expõe os trabalhadores a riscos elevados, particularmente quedas, frequentemente com consequências graves para os sinistrados e que representam uma percentagem elevada de acidentes de trabalho.
O Trabalho em Altura é regulamentado pela NR 18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, a qual estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento de organização, que objetivem a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na indústria da construção civil. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 200 inciso I da CLT.
A NR 35 estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade. 
Organização de desenvolvimento do trabalho em altura
Planejamento do Trabalho
Todo trabalho em altura deverá ser planejado, organizado e executado por trabalhador capacitado e autorizado.
Procedimentos para atividades rotineiras;
Procedimentos para atividades não rotineiras.
No planejamento do trabalho devem ser adotadas as seguintes medidas:
Medidas para evitar o trabalho em altura, sempre que existir meio alternativo de execução; 
Medidas que eliminem o risco de queda dos trabalhadores, na impossibilidade de execução do trabalho de outra forma; 
Medidas que minimizem as consequências da queda, quando o risco de queda não puder ser eliminado.
Análise de Risco
 Todo trabalho em altura deve ser precedido de Análise de Risco.
A Análise de Risco deve além dos riscos inerentes ao trabalho em altura, considerar: 
O local em que os serviços serão executados e seu entorno; 
O isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho; 
A autorização dos envolvidos; 
O estabelecimento dos pontos de ancoragem; 
As condições meteorológicas adversas;
A seleção, inspeção, forma de utilização e limitação de uso dos equipamentos de proteção coletiva e individual, atendendo às normas técnicas vigentes, às orientações dos fabricantes e aos princípios da redução do impacto e dos fatores de queda; 
O risco de queda de materiais e ferramentas; 
Os trabalhos simultâneos que apresentem riscos específicos;
O atendimento a requisitos de segurança e saúde contidos nas demais normas regulamentadoras; 
Os riscos adicionais; 
As condições impeditivas; 
As situações de emergência e o planejamento do resgate e primeiros socorros, de forma a reduzir o tempo da suspensão inerte do trabalhador; 
A necessidade de sistema de comunicação.
Principais Causas de Acidentes 
Perda de equilíbrio do trabalhador à beira do espaço, sem proteção (Escorregão, passo em falso etc.) Falta de proteção (Equipamento de Proteção Individual – EPI e/ou Equipamento de Proteção coletiva – EPC);
Falha de uma instalação ou de um dispositivo de proteção (Quebra de suporte ou ruptura de cabo de aço) Método impróprio de Trabalho;
Contato acidental com condutor ou massa sob tensão elétrica; 
Trabalhador não apto ao trabalho em altura (problemas de saúde e/ou falta de treinamento).
Capacitação e Treinamento
 Considera-se trabalhador capacitado para trabalho em altura aquele que foi submetido e aprovado em treinamento da NR 35, teórico e prático, com carga horária mínima de oito horas.
Análise de Risco e condições impeditivas;
Riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de prevenção e controle;
Sistemas, equipamentos e procedimentos de proteção coletiva;
Equipamentos de Proteção Individual para trabalho em altura: seleção, inspeção, conservação e limitação de uso;
Acidentes típicos em trabalhos em altura;
Condutas em situações de emergência, incluindo noções de técnicas de resgate e de primeiros socorros.
O empregador deve realizar treinamento periódico bienal e sempre que ocorrer quaisquer das situações:
Mudanças nos procedimentos, condições ou operações de trabalho;
Retorno de afastamento ao trabalho por período superior a 90 dias;
Evento que indique a necessidade de novo treinamento;
Mudança de Empresa.
Medidas de Controle 
Exame médico; 
Condições físicas; 
Condições técnicas; 
Condições ambientais; 
Alimentação.
Exames médicos necessários para o trabalho em altura
ASO 
Eletrocardiograma 
Eletroencefalograma 
Glicose 
Hemograma completo 
Acuidade Visual
Permissão de Trabalho (PT) 
 Permissão de Trabalho é um documento destinado à liberação de trabalhos que envolvam riscos para os executantes e para a empresa. Este documento é uma ferramenta de prevenção, que visa identificar e avaliar previamente os riscos dos trabalhos a serem executados com potencial risco de provocar danos as pessoas e/ou a propriedade.
A permissão de Trabalho em altura deve: 
Ser emitida em três vias, respectivamente 
Disponível no local de trabalho; 
Entregue ao responsável pela autorização da permissão;
Arquivada;
Conter os requisitos mínimos a serem atendidos para a execução dos trabalhos e as disposições e medidas estabelecidas na Análise de Risco; 
Conter a relação de todos os envolvidos e suas autorizações; 
Ser assinada pelo responsável pela autorização da permissão; 
Ter validade limitada à duração da atividade, restrita ao turno de trabalho, podendo ser revalidada pelo responsável pela autorização nas situações em que não ocorra mudanças nas condições estabelecidas ou na equipe de trabalho; 
Encerrada após o término da atividade e organizada de forma a permitir sua rastreabilidade.
Equipamentos de Proteção Individual e Coletiva, Acessórios e Sistemas de Ancoragem
Conforme solicita o item 35.5.2 da norma, devem ser efetuadas inspeções nos equipamentos que compõem o sistema

Continue navegando