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Livro Texto - Unidade I

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Autor: Prof. Leonardo Moraes Armesto
Colaboradores: Prof. Ricardo Scalão Tinoco
 Prof. José Carlos Morilla
Tecnologia da Construção 
(Sistemas Construtivos)
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Professor conteudista: Leonardo Moraes Armesto
Leonardo Moraes Armesto é professor na Universidade Paulista (UNIP), defendendo as grades de Projetos de 
Pesquisa e Trabalho de Curso, Tecnologias da Construção e Engenharia Geral.
Além disso, é docente na Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp), como professor das matérias de Estradas e 
Pavimentos das turmas de Engenharia Civil, e na Universidade Brasil (Uniesp), possuindo vínculo de docente/tutor 
para todas as turmas de Engenharia Civil, Engenharia de Produção, Engenharia Agronômica e Sistemas de Informação.
Docente, produtor de conteúdo e autor de vídeo-aulas na Universidade Santo Amaro (Unisa), Universidade Brás 
Cubas (UNIBC) e no Instituto da Construção (IC), para disciplinas de Teoria das Estruturas I e II, Métodos Construtivos, 
Gestão de Projetos, entre outras.
Formado em Engenharia Civil na Universidade Monte Serrat (2016), com licenciaturas em Física (2014) e em 
Matemática pela Universidade Cruzeiro do Sul (2018). Possui MBA em Gestão Estratégica de Negócios, especialização 
em Arquitetura, Construção e Gestão de Edifícios Sustentáveis, e especialização em Energias Renováveis pela Politécnica 
Universidade de Madrid.
É sócio de empresa de engenharia estrutural, atuando na eficácia de projetos e laudos de engenharia para 
construção civil nos campos patológicos e ambientais.
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
A728t Armesto, Leonardo Moraes.
Tecnologia da Construção (Sistemas Construtivos) / Leonardo 
Moraes Armesto. - São Paulo: Editora Sol, 2019.
140. p., il.
Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ano XXV, n. 2-064/19, ISSN 1517-9230.
1. Técnicas construtivas. 2. Sustentabilidade. 3. Industrialização 
I. na construção civil.
CDU 69
W501.36 – 19
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Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades Universitárias
Prof. Dr. Yugo Okida
Vice-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Unip Interativa – EaD
Profa. Elisabete Brihy 
Prof. Marcelo Souza
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli
 Material Didático – EaD
 Comissão editorial: 
 Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
 Dra. Divane Alves da Silva (UNIP)
 Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
 Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
 Dra. Valéria de Carvalho (UNIP)
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
 Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
 Revisão:
 Rose Castilho
 Lucas Ricardi
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Sumário
Tecnologia da Construção (Sistemas Construtivos)
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................7
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................8
Unidade I
1 TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ........................................................................................................................... 11
1.1 Movimentação de terras ................................................................................................................... 12
1.2 Edifícios e seus elementos estruturais em razão de sistemas estáveis .......................... 15
1.3 Síntese de materiais e equipamentos da construção ............................................................ 19
1.3.1 Máquinas e ferramentas elétrico-manuais .................................................................................. 21
1.3.2 Materiais de construção ...................................................................................................................... 27
1.4 Cronograma da obra ........................................................................................................................... 29
1.5 Canteiro de obras ................................................................................................................................. 33
2 EXECUÇÃO DE FUNDAÇÕES ....................................................................................................................... 37
2.1 Infraestruturas e superestruturas .................................................................................................. 37
2.1.1 Sondagens ................................................................................................................................................. 37
2.1.2 Fundações rasas ....................................................................................................................................... 46
2.1.3 Fundações profundas ............................................................................................................................ 49
2.1.4 Execução de superestruturas ............................................................................................................. 53
3 PAINÉIS DE VEDAÇÃO, VEDAÇÕES, PISOS E REVESTIMENTO ......................................................... 59
3.1 Vedações verticais de preenchimento e pré-fabricadas ....................................................... 59
3.2 Edifícios sem vigamento ................................................................................................................... 69
3.3 Sistema de pisos ................................................................................................................................... 72
3.4 Sistema de revestimentos ................................................................................................................. 74
3.5 Impermeabilização ............................................................................................................................. 75
3.6 Caixilharia ................................................................................................................................................ 77
3.7 Vidros ......................................................................................................................................................... 80
3.8 Pintura e acabamento ........................................................................................................................ 82
3.8.1 Revestimento de paredes .................................................................................................................... 82
4 SUSTENTABILIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL ....................................................................................... 87
4.1 Edifícios inteligentes ........................................................................................................................... 90
4.2 Algumas certificações existentes ................................................................................................... 92
4.3 Edifícios pré-moldados/fabricados................................................................................................ 93
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Unidade II
5 INDUSTRIALIZAÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL ......................................................................................98
5.1 Sistema de administração da produção (SAP)........................................................................100
5.2 Indicadores de qualidade ................................................................................................................104
6 RECICLAGEM E DESPERDÍCIO DE MATERIAIS ....................................................................................108
6.1 Patologia e recuperação de estruturas ......................................................................................113
6.2 Diagnóstico e reparo .........................................................................................................................116
7 MANUTENÇÃO ................................................................................................................................................117
8 RECUPERAÇÃO DE ESTRUTURAS E TÉCNICAS DE EXECUÇÃO ....................................................118
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APRESENTAÇÃO
Boníssimo aluno, é sempre um enorme prazer estar com você!
Bem-vindo ao estudo da disciplina de Tecnologia da Construção (Sistemas Construtivos).
Nesta disciplina abordaremos conceitos importantes para construção civil, diagnóstico, reparo e 
otimização de recursos em obras. Além disso, estabeleceremos correlação entre fundamentos teóricos 
e aplicação prática, para que, ao final deste curso, o aluno fortaleça seu arsenal de conhecimentos e 
esteja apto a escolher o método mais adequado na elaboração de seu projeto, bem como seja capaz 
de assumir um cargo de responsabilidade técnica no ramo da engenharia civil, capaz de estabelecer 
metas, técnicas construtivas e orçamentos dinâmicos e aplicáveis, com intuito de cumpri-los dentro 
do prazo estipulado.
Por definição, sistema deriva do grego systema e significa a combinação de elementos 
interdependentes que formam um todo direcionado, lógico e objetivo de forma organizada. As 
partes de um sistema podem interagir entre si e determinar o funcionamento do todo.
No setor da construção civil, podemos aplicar o conceito de sistema como sendo uma metodologia 
de execução instaurada por um conjunto de especificações e normas, constituindo-se um procedimento 
operacional padrão eficiente e que atenda ao projeto.
O plano de ensino desta disciplina requer que, em geral, os seguintes tópicos sejam aprofundados:
• Embasamento a respeito de construção pesada.
• Planejamento da construção de edifícios.
• Diagnósticos de reparo e técnicas de recuperação de estruturas.
• Canteiro de obras.
• Metodologias construtivas.
• Equipamentos e maquinaria.
• Cronograma e orçamento.
• Aplicação técnica: edifícios, pontes, metrôs, barragens e aeroportos.
Faça bom proveito!
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INTRODUÇÃO
O ato de construir está associado à paixão do ser humano pelo desejo de desenvolvimento de grandes 
projetos em função de suas razões mais pragmáticas. Projetos rudimentares fizeram parte do dia a dia 
do ser humano desde a mais remota época. Utilizando-se de tecnologias e materiais condizentes com 
seu tempo de execução, as primeiras construções observadas no decorrer da história da humanidade 
datam do século VII, no período de 220 a 206 a.C. Exemplos podem ser citados, como a grande muralha 
da China, cruzando o país no sentido Leste-Oeste, percorrendo 21.196 km de extensão, ultrapassando 
terrenos de trincheiras e barreiras naturais como montanhas e rios e que permanece erguida até os 
tempos atuais.
Certamente tal caso desperta algum tipo de curiosidade no homem contemporâneo, mais ainda por 
tratar-se de como o homem da antiguidade teria sido capaz de empreender tamanha estrutura, um 
tanto quanto sinuosa.
O estudo de engenharia conta com um repertório de grandes nomes que contribuíram na construção 
de todo o conhecimento existente na era moderna. Matemáticos, físicos, filósofos, astrônomos e 
“estudiosos experimentais” dão peso ao vasto mundo das ciências exatas. 
Figura 1 
A aplicação de conceitos com embasamento em matemática, física e geometria serve de respaldo 
para a elaboração de projetos de edifícios, pontes, barragens, pavimentos e uma diversidade ainda maior, 
muito relevante para o desenvolvimento da sociedade, sejam eles para viabilizar a mobilidade urbana ou 
enlaçamento das necessidades econômicas. 
Aprender a lidar com a tecnologia a serviço do desenvolvimento é de todo fundamental para 
qualquer empresa que prestes serviços de qualidade.
Englobada nos conceitos de gestão, construção, manutenção e elaboração de projetos com 
infraestrutura direcionada para o bem comum e interligado ao meio ambiente, a construção civil evolui 
através dos tempos junto ao ser humano e suas respectivas necessidades inerentes à época em que está 
inserida, fazendo parte do roteiro histórico da humanidade. 
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Grandes empreendimentos constituem parte do fascínio do homem e do seu gosto por desafios, 
representando importantes marcos históricos. 
Figura 2 
Ao lidar com a elaboração de grandes empreendimentos, podem ser ressaltados estradas, portos 
e aeroportos, execuções industriais, obras de arte, usinas, entre outras. Independentemente de sua 
tipologia, seu sequencial respeita a cronologia geral, atuando desde a elaboração do esboço do projeto 
até a sua execução, passando por seleção de materiais e máquinas a serem empregados, sem perder de 
vista o prazo de entrega, bem como o conteúdo orçamentário. Tudo isso é parte da rotina do profissional 
responsável pelo desenvolvimento da obra. 
Um bom exemplo é a ampliação do Aeroporto Internacional de Viracopos, no município de Campinas 
(SP), que tem por objetivo se tornar o maior aeroporto da América Latina até 2038, sendo o único do 
Brasil, até o presente momento, a apresentar três pistas, estruturado com capacidade para transportar 
até 14 milhões de passageiros ao ano.
A respeito de pontes e viadutos, sua aplicabilidade nos dias atuais ocorre em razão da melhoria na 
mobilidade pública dentro dos grandes centros urbanos, mas também carregam consigo importantes 
laços de relações econômicas entre regiões, como é o caso da Ponte Rio Grand, no Canadá, que conecta 
as cidades de Kitchener e Cambridge: dois polos com grande potencial financeiro do país.
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TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO (SISTEMAS CONSTRUTIVOS)
Unidade I
1 TÉCNICAS CONSTRUTIVAS
A construção civil no Brasil passa por etapas bastante importantes. Qualquer empreendimento 
imobiliário requer planejamento, contendo definição, objetivo e escopo. Além disso, é importante 
definir o cronograma a ser seguido, evitando desconfortos e prejuízos incididos à empresa 
contratada e desserviço às financiadoras. 
Tem-se buscado explicações satisfatórias na ocorrência de um desvio de planejamento, visando a 
detecção e correção ainda no processo inicial de maneira preventiva e reduzindo os danos de processo. 
O estudo do projeto deve ser elencado, abordando cinco principais competências:
• Disposição do loteamento.
• Materiais utilizados.
• Empresas executoras a serem contratadas.
• Serviços ofertados.
• Metas a serem cumpridas.
Após delimitar o planejamento em comunhão ao recurso financeiro, é necessário realizar 
o levantamento da área delimitada para projeto, imbuindo a essa etapa a confirmação sobre: 
disponibilidade de loteamento; estado de topografia local; perímetro no sentido de edificações 
vizinhas, tanto quanto o nível socioeconômico daquele contexto local; proximidades a 
morros, encostas, declives, árvores ou grandes raízes; leitos e corpos de água próximos e/ou 
subterrâneos; zonas de alta tensão limitantes ou atuantes próximas ao lote; relações postes-
eletricidade; bueiros, valas, além de situação de drenagens.Em posse de tais informações locais, convenciona-se a verificação dos demais itens:
• Área de passagem da rede de água: pode ser compreendida como o conjunto de dutos com 
finalidade de distribuir água por toda sua continuidade. A NBR 12218/17 estabelece métodos 
para a implantação da rede de distribuição de água para abastecimento e conta ainda com apoio 
da NBR 12211/92 e 12217/94, que norteiam os estudos de concepção e os procedimentos para o 
abastecimento de água.
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Unidade I
• Área de passagem da rede de esgoto: norteada pela Lei nº 11.445/07, que, em seu art. 45, estabelece 
as ligações da rede de esgoto para saneamento básico.
• Número de pavimentos e qualidade de pavimento: podemos compreender “pavimento superior” 
como um andar acima do piso, sendo os prédios classificados de acordo com a quantidade 
de andares que apresentam, contando inicialmente do nível da rua, sendo a altura do andar 
compreendida entre a distância da base do piso até o teto; isso recebe o nome de pé direito 
do cômodo e secciona um pavimento do pavimento superior. O pavimento deve ser projetado de 
forma a resistir aos esforços verticais e horizontais que nele atuarem e distribuir, ao longo 
da estrutura, a carga recebida de maneira uniforme e segura.
• Área aproximada de construção em m2.
• Fiação ou cabeamento a ser usado.
• Localização do quadro de força.
 Saiba mais
Leia o artigo: 
SOUSA, F. B. R.; DINIZ, M. S. B.; SILVA, R. P. Conhecimentos matemáticos 
presentes na construção civil: um estudo com inspiração na etnomatemática. 
In: JORNADA DE ESTUDOS EM MATEMÁTICA, 1, 2015, Marabá. Anais... 
Marabá: Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, 2015. Disponível em: 
<https://jem.unifesspa.edu.br/images/Anais/v1_2015/CC_20151039002_
CONHECIMENTOS_MATEMTICOS_PRESENTES_NA_CONSTRUO_CIVIL.pdf>. 
Acesso em: 24 out. 2018.
1.1 Movimentação de terras
Faz-se necessária precisão em relação às dimensões obtidas do terreno em questão, buscando 
e acarretando correspondência ao descrito em escritura. Somado a esse, o distanciamento entre 
calçamento, relação com esquina e direcionamento Norte-Sul são relações importantes.
Tais informações são encontradas na topografia do lote, que caracterizam sua dimensão específica, 
de modo a validar e pactuar, quando necessárias, ações de terraplanagem. 
A partir disso, o levantamento planimétrico diz respeito às medidas feitas no sentido horizontal, já o 
levantamento altimétrico está relacionado com o relevo vertical. A finalidade de obtenção desses dados 
é a obtenção do perímetro da área a ser construída.
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TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO (SISTEMAS CONSTRUTIVOS)
 Observação
Corte: é realizado quando se deseja obter uma área mais nivelada ou 
preencher outra, retirando porções de terra de um lugar e depositando em outro.
Aterro: para que a base atinja determinado nível e permaneça estável, 
depositamos material de terra ou cascalho no terreno.
Adensamento: tem origem em processos que ocorrem por causas 
naturais, como o extravasamento de água do interstício resultando em 
diminuição do volume do solo.
Ao se fazer o corte do terreno deve-se optar por métodos que evitem ruptura, descompressão ou 
afundamento do solo. Isso é imprescindível ao fazer a terraplanagem, reservada ao conhecimento 
da relação de empolamento do solo, isto é, o aumento de volume do material quando removido do 
estado bruto sendo identificado como uma porcentagem de volume no corte. 
Em geral, empolamento é uma condição na qual, após escavar o solo, a terra fica solta, 
descompactando-se e acabando por ocupar maior espaço. 
Esse fenômeno interfere na produtividade da obra, percebendo-se a necessidade escolha certa 
em relação aos equipamentos utilizados, tanto quanto a plenitude do transporte. 
Por exemplo, se ao escavar 1 m3 de solo, este apresentar aumento de 0,2 m³, compreendendo 
por fim, 1,2 m3, considera-se que o empolamento é de 20%. 
Outra situação interessante de ser analisada é a aplicação convencional de caçambas, 
reservadoras de resíduos, que apresentam capacidade média de 5 m³. Com essa característica, 
desconsiderando a taxa de empolamento, seriam necessárias dez unidades no carregamento de 
350 m³. Contudo, na adoção dos princípios obtidos em mecânica de solos e aplicação de 
empolamento, serão necessárias, nesse caso, 12 caçambas. 
Quando adotadas práticas comuns executivas, ao não se conhecer o tipo de solo, é comum a 
consideração do empolamento entre 30% a 40%. Observe a imagem:
Empolamento (E)
Fator de conversão (ϕ)
Corte Solto
Vc
VSVc = ϕ VS
VS = (1 + E) Vc
Figura 3 
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Unidade I
Assim, analisando, têm-se:
Vs = Vc x (1+E)
Onde:
• Vs: volume de terra solta.
• Vc: volume de corte.
• E: empolamento.
Figura 4 
Segundo Mattos (2014), cada tipo de solo possui sua taxa comum de empolamento. Tais observações 
podem ser encontradas no quadro a seguir: 
Quadro 1 
Rocha detonada 50% E
Solo de argila 40% E
Terra comum 25% E
Solo arenoso seco 12% E
Adaptado de: Mattos (2014).
Ao trabalharmos com a contração do solo, é preciso estabelecer a diferença ocupada pelo terreno, no 
sistema métrico “volume”, tanto antes como depois de realizado o processo de compactação.
Assim, pensando em um terreno aterrado, adota-se um volume de solo que corresponde à área da 
seção pela altura média acrescido de 30%, ou seja, a contração do solo ao ser compactado. Com isso, 
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TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO (SISTEMAS CONSTRUTIVOS)
o volume final é inferior ao que a terra ocupava no corte inicial. Assim, se a redução volumétrica é de 
10%, então a contração será de 90% ou 0,9.
Dessa forma:
Vc = Va / C
Onde:
• Vc: volume de corte.
• Va: volume no aterro.
• C: contração.
Quanto à limpeza do terreno
A área deverá ser preparada com finalidade de locação e estabelecimento da construção. Algumas 
das práticas realizadas são:
• Carpimento: retirada de vegetação incidente no local.
• Destocarmento: remoção de árvores e raízes, quando existentes, respaldos de laudo ambiental 
preventivo e atuante no determinado caso.
• Roçamento: retirada de arvoredos e arbustos.
 Lembrete
Para elucidação do projeto, é necessário estabelecer as metas que 
serão cumpridas e estipular prazos para cada etapa do projeto, além disso 
é necessário conhecer bem o terreno que será utilizado para construir e 
manter um bom relacionamento com a empresa que irá fornecer os serviços 
práticos da obra.
1.2 Edifícios e seus elementos estruturais em razão de sistemas estáveis
Quando relacionamos características gerais que compreendem embasamento e respaldo estrutural 
para múltiplas finalidades, basicamente, alguns elementos comuns devem ser relacionados. Observe:
• Colunas: segundo Leet, Uang e Gilbert (2009, p. 11), “estes elementos são projetados para 
transmitir a carga de compressão diretamente, devendo ser considerado a excentricidade da carga 
aplicada responsável por causar os momentos de flexão”. Isto é, apresenta em sua característica 
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Unidade I
o recebimento de cargas sobre ela, como as vigas, por exemplo. O cálculo para determinar a 
estrutura da coluna se baseia em sua esbeltez: ela pode ser esbelta, resvalando assim em falhas 
na incidência de determinadas tensões, ou compacta, com características baixas na atuação 
excessiva de cargas. Isto é, sua especificação está inteiramente relacionada com sua aplicação.
Figura 5 
• Vigas: são composições espaciais longilíneas que, por características gerais, podem expressar 
sinuosidade delgada. Podemos entender o comportamento da viga da seguinte forma: quandoo carregamento é recebido pela estrutura, a viga tende a se flexionar, e o ato de se flexionar no 
ponto central recebe o nome de momento. Esse movimento conduz uma força interna da peça 
que tende ao rompimento, porém ele não ocorre, uma vez que tais tensões são distribuídas em 
seu corpo longitudinal. 
Comprimento < L
Comprimento > L
(Compressão)
M
h
b
M
σmax
σmax (tração)
σx
εx
Figura 6 
• Treliças: ao se tratar de estruturas mais leves, é notório o aspecto de conexão precedido por 
articulações, com o intuito da não geração de atrito. Apresentam padrão triangular por determinar 
maior e melhor estabilidade.
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TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO (SISTEMAS CONSTRUTIVOS)
Apresentam comportamento semelhante ao da viga, no entanto, seu peso 
é menor, o que as tornam mais fáceis de posicionar verticalmente, o que 
confere caráter flexível à estrutura, gerando a necessidade de se estabilizar 
por contravento cruzado (LEET; UANG; GILBERT, 2009, p. 12).
• Arcos: apresentam grande capacidade curva, compreendendo sobre isso sua principal relação de 
suporte de compressões diretas, sendo, por decorrência, eficientes quando se trata da distribuição 
de incidências de tensões. 
Figura 7 
• Cabos: são formados por composições de alta flexibilidade e possuem característica delgada. 
Apresentam múltiplas funcionalidades, mas, em razão da construção civil, observam-se maiores 
aplicações quando utilizados em fios de ligas de aço para sustentação de grandes resistências. De 
maneira geral, sua capacidade tensora ocorre devido ao recebimento de tensão projetada pela 
estrutura que comporta o cabeamento projetando-se em forma de parábola. É largamente encontrada 
em ancoramentos por conduzir determinadas pontes e atuação em elementos protendidos.
Figura 8 
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• Pórticos: de forma sintética, a função estrutural dos pórticos está relacionada com o suporte de 
vigas e pilares simultaneamente.
Figura 9 
• Placas e lajes: são elementos constituídos de material com alto teor de resistência caracterizados 
por serem planos com aplicação prática em revestimento de pisos, paredes, construção de 
pavimentos e tetos de edifícios estruturais.
A partir das percepções dos principais elementos estruturais, mais convencionalmente utilizados na 
construção civil, podemos observar que os fundamentos de estruturação desses componentes devem 
ser projetados com excelência, seguindo as normas que orientam seu desenvolvimento.
Assim, o profissional encarregado de seu dimensionamento e determinação deverá fornecer e 
embasar criteriosamente seu poder analítico, minorando possibilidades de erros.
Ao analisar a estrutura como o “esqueleto” de uma edificação vertical, por exemplo, é importante ter 
conhecimento de seus princípios fundamentais de cargas aplicadas e em como afetam o equilíbrio da estrutura. 
Os fatores envolvidos na interferência dinâmica do processo estão inseridos no seguinte quadro:
Quadro 2 
Derivação de cargas
Mortas Elemento de força estático que corresponde à somatória do peso da própria estrutura aos acessórios e elementos construtivos de maneira fixa.
Recalque Caso uma parte do solo de sustentação sofra com desmoronamento, o valor de recalque diferencial originário de sua fundação irá desenvolver esse tipo de carga.
Térmicos é a capacidade do movimento de contração ou dilatação de determinado material que resulta em pequenas alterações estruturais, devendo sempre ser consideradas.
Pressão do solo é resultante da aplicação de força horizontal sobre uma estrutura vertical.
Pressão da água É a força resultante da pressão que as águas freáticas exercem sobre a estrutura verticalizada
Fonte: Ching (2010).
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Dessa maneira, compreender os intervenientes relacionados às cargas facilita a observação entre as 
constantes e variáveis consideradas como peso incidente.
Com isso, sumariamente, apenas para alusão, outra importante discussão sobre as cargas é válida: 
natureza estática ou dinâmica.
Analisando em geral, é possível definir carga estática como a soma de cargas levadas em consideração 
anteriormente, que efetua sua transferência para a estrutura de forma amplamente gradativa, fazendo 
com que essa estrutura “trabalhe” até que provenha seu “pico” máximo de deformação. Exemplos 
clássicos estão em relações cinéticas – movimento pouco a pouco – tanto quanto o acúmulo de água 
pluvial em determinado pavimento.
A carga dinâmica, segundo Ching (2010, p. 52), “pode ser entendida como aquela cuja estrutura 
desenvolve suas forças de inércia em relação à massa da estrutura. Neste ponto enquadram-se as cargas 
do vento e de terremotos, por exemplo”.
Quanto à análise estrutural das forças atuantes sobre a estrutura, é válido ter o conhecimento 
acerca de como elas atuam e de que modo pode-se direcioná-las ao solo para absorção do impacto.
 Saiba mais
Para saber mais sobre o tema, leia: 
MACHADO, D. S.; LOREDO-SOUZA, A. M. Aerodinâmica de cabos 
de pontes estaiadas sob a ação simultânea de chuva e vento: Parte I: 
Desprendimento de vórtices. Revista Ibracon de Estruturas e Materiais, São 
Paulo, v. 3, n. 2, p. 248-270, jun. 2010. Disponível em: <http://www.scielo.
br/pdf/riem/v3n2/08.pdf>. Acesso em: 23 out. 2018.
1.3 Síntese de materiais e equipamentos da construção
Do que são feitos os edifícios? E as casas? E as grandes obras, como usinas hidrelétricas, portos e 
aeroportos? Quais materiais, quando combinados, resultam nessas construções? E de que material é 
feito o piso, os azulejos? E como todo esse material chega ao depósito?
O espaço urbano é o grande consumidor de material de construção. Quanto maior o uso de matéria 
destinada à construção civil, maior é o desgaste dos recursos naturais e maior o impacto ambiental.
As areias utilizadas na construção civil provêm de duas formas: em menor parte de cavas e em 
maior parte do leito dos rios. A extração do leito dos rios contribui com a descaracterização do local, 
provocando assoreamento e desertificação da área e dos rios em seu entorno.
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Já o cimento é um material feito de mistura de gesso e calcário, através do processo físico-químico 
de calcinação que está diretamente associado ao lançamento de gases para a atmosfera, como o 
dióxido de carbono (CO2), e que, por consequência, aumentam o efeito estufa. Além disso, o gesso é 
extraído das jazidas de mineração que não só provocam alteração do local de origem, como também 
causam impacto ambiental.
Os tijolos são feitos de argila ou de uma mistura de água, cimento e concreto, e sua produção é 
feita por aquecimento em caldeiras industriais, que utilizam energia derivada de carvão mineral, o que 
também induz ao aumento da emissão de gases para a atmosfera e causa aumento do efeito estufa.
Temos também a extração de madeira de fazendas destinadas ao uso industrial. Árvores nativas 
de determinada região são retiradas e substituídas por outras árvores para uso mercantil, obviamente 
provendo o replantio das espécies nativas noutra porção de solo, mas, ainda assim, gerando impacto, 
quer seja visual, quer seja em seu balanço ambiental local.
Pensando nos processos que, direta ou indiretamente, fazem parte da construção civil, o Ministério 
do Meio Ambiente, através do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), estabeleceu algumas 
diretrizes que devem ser seguidas, com foco no gerenciamento de resíduos dessa categoria. O objetivo 
é minimizar os impactos ambientais das atividades do setor.
A Resolução nº 448/2012, bem como as resoluções nº 469/2015, 431/2011 e 348/2004, com base na Resolução 
nº 307/2002, prevê, por parte dosmunicípios, o estabelecimento de um “plano integrado de gerenciamento de 
resíduos para a construção civil” como meio de preservar o meio ambiente, resguardando assim a Lei nº 12.305 
de 2010 que regulamenta e institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. 
Essa resolução atua por dois pontos diferentes em uma mesma reta, consolidando, no primeiro, 
a determinação do que fazer com os materiais inservíveis na construção, bem como seu descarte. O 
segundo ponto problematiza a redução da extração de recursos naturais de forma direta.
 Saiba mais
Para ter acesso à Lei nº 12.305, de 2010, na íntegra, acesse: 
BRASIL. Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional 
de Resíduos Sólidos; altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá 
outras providências. Brasília, 2010. Disponível em: <http://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12305.htm>. Acesso em: 5 dez. 2018.
Além da leitura da legislação, indicamos também:
MARCHI, C. M. D. F. Gestão de resíduos sólidos: conceitos e perspectivas 
de atuação. Curitiba: Appris, 2018.
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FERREIRA, H. S. Utilização de diversos resíduos na construção civil: uma 
coletânea. Riga (Letônia): Novas Edições Acadêmicas, 2017.
NAGALLI, A. Gerenciamento de resíduos sólidos na construção civil. São 
Paulo: Oficina de Textos, 2014.
1.3.1 Máquinas e ferramentas elétrico-manuais
Para um bom planejamento de obra, é necessário realizar previamente a seleção de ferramentas, 
peças e máquinas que serão empregados para cada etapa do trabalho. A falta de qualquer um dos itens 
e o planejamento inadequado tornam o processo custoso e desgastante, além de culminar em atrasos. 
Ainda se faz necessário calcular o rendimento médio de cada equipamento para que, em caso de falhas, 
seja possível reverter possíveis atrasos. Entender seus custos e escolher a melhor tomada de decisão irá 
exercer total influência no escopo do projeto. 
Dentre os equipamentos e máquinas existentes no mercado, é possível desenvolver o trabalho 
através de compra ou aluguel desses equipamentos. Em certos casos, algumas empresas preferem 
contratar empresas terceirizadas, que serão exclusivamente destinadas a trabalhar com a manutenção 
e custeio do maquinário. Para que seja possível a construção de casas, edifícios e empreendimentos, 
de modo geral, na área da engenharia civil, faz-se necessária a aplicação prática de conhecimentos a 
respeito de maquinários e ferramentas. É importante ampliar nosso vocabulário através da aquisição de 
conhecimento pertinente a cada máquina e sua finalidade:
• Máquinas de preparo de material:
— betoneira;
— britadeiras;
— moinhos;
— máquina de lavagem de areia/brita;
— pá de arrasto para alimentação da betoneira;
— silos e crivos para aglomerados e inertes;
— balança para pesagem;
— vibradores para betoneira.
• Para transporte/elevação:
— ponte-rolante;
— pórticos;
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— gruas;
— correias transportadoras;
— locomotivas;
— empilhadeiras;
— elevadores;
— caminhões;
— máquinas de tração.
• Máquinas escavadoras e de compactação:
— escavadoras;
— cilindro de compactação;
— bate-estaca;
— exit lines e scrapers.
• Máquinas de ar comprimido e para construção de túneis:
— compressores;
— reservatório de ar comprimido;
— martelos perfuradores.
• Máquinas para construção de estradas:
— máquinas para o preparo de betume;
— máquinas para construção de pavimentos;
— máquinas para construção de pavimento por aspersão betuminosa.
• Máquinas para construção de poços e para bombeamento de água:
— guindaste de perfuração;
— brocas;
— tubos de perfuração;
— bomba centrífuga;
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— bomba de pistão;
— bomba de membrana;
— bomba de vácuo;
— canalizações e reservatório para água.
• Máquinas para drenagem de água:
— dragas;
— aspirador e ducto de escoamento;
— escoadores;
— instalações flutuantes de descarga.
• Máquinas para produção de energia:
— motor elétrico;
— unidade de distribuição de corrente;
— geradores;
— transformadores.
Além das máquinas, também existem ferramentas que apresentam vasta aplicabilidade nas obras. 
Observe algumas das mais usuais e necessárias: 
Colher de pedreiro: fabricada em diferentes materiais e tamanhos, é útil para aplicação de reboco, 
azulejos e outros acabamentos. Trata-se de uma espátula forjada em aço de forma triangular ligada a 
um cabo de madeira para que possa ser manuseada.
Figura 10 – Colher de pedreiro
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Desempenadeira: existem as de dente, dente raio, lisas e emborrachadas. Cada qual é escolhida 
de acordo com a sua necessidade, sendo comumente empregadas para assentar revestimentos, dar 
acabamento e aplicar argamassa.
Esquadro: utilizado para averiguar o ângulo existente entre as paredes. O material de alumínio é o 
mais convencional, pois facilita a mobilidade e destreza no manuseio da ferramenta.
Nível: tem a função de exemplificar e assegurar que determinado elemento construtivo se mantém 
dentro dos padrões de nivelamento. Sua funcionalidade se dá pelo nível de precisão de alinhamento 
de paredes e pavimentos. Trata-se de um cilindro com um líquido em seu interior e uma bolha de ar, 
calibrado milimetricamente para medição em obras.
Figura 11 – Utilização do nível
Prumo: deve estar alinhado com a parede de forma tangencial. Isso promove um alinhamento 
exato da parede para que não haja desvios para nenhum dos lados. Ao medir o alinhamento, a peça de 
madeira deverá permanecer afastada em até 1 cm da parede, de modo que se permita descer o pêndulo 
metálico tangente ao espaço, deslizando na vertical, sem encostar em nenhuma parte da parede. Esse 
procedimento irá indicar quaisquer alterações de inclinação existentes na parede. 
Escantilhão: trata-se de uma régua-tripé utilizada para medir a largura das paredes construídas, 
mas, mais do que isso, auxiliar a erguer a alvenaria através do controle do prumo e do nível da parede.
Figura 12 
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Talhadeira: utilizada para desbastamento de superfícies, com múltiplas finalidades. Constituída 
de material bastante resistente e aplicada geralmente com uso de martelo. Sua ponta recebe uma 
série de modelos, servindo de ponteira (para cravação e fixação) e até pode apresentar formatos de 
cunha (própria para desbastes).
Raspador de rejunte: para remover o rejunte entre azulejos e pastilhas.
Rolo: existem os de espuma sintética e os de lã, que apresenta cerdas mais curtas e aplicabilidade 
em uma área maior, indicado para tintas com boa espalhabilidade. O rolo de espuma rígida é indicado 
para criar texturas nas paredes e conferir um acabamento diferenciado.
Figura 13 
 Observação
Veja na figura anterior os diversos modelos de raspador de rejunte, rolo, 
trincha e broxa. Cada item corresponde a uma necessidade de trabalho 
diferente. Por exemplo, para aplicação de verniz em superfície de madeira, 
a trincha é mais indicada que o rolo.
Trincha: popularmente conhecida como pincel, apresenta cerdas achatadas e varia pelas 
características das cerdas que a compõem, podendo ser mais indicada para aplicação de verniz e esmaltes 
sintéticos, tintas látex ou a base de água, ou ainda para a aplicação de resinas. Ela não deve soltar as 
cerdas com facilidade, pois compromete o acabamento da pintura e deixa marcas.
Broxa: são pinceis maiores que as trinchas em largura e comprimento de cerdas, indicado para 
aplicação com cal e tinta com baixa viscosidade.Muito usual na aplicação de chapisco.
Arco de serra ou serrote: convencionalmente utiliza-se o regulável e o fixo. São utilizados para 
serrar madeira, aço, plástico e outros materiais.
Martelos: existem vários modelos, cada qual com uma finalidade diferenciada, seja para pequenos 
reparos ou golpear estacas, entre outros serviços.
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Martelo de faces macias (borracha): indicado para uso em superfícies mais delicadas, que não 
podem sofrer nenhum tipo de dano.
Picaretas: existem os modelos de picareta estreita, alvião ou chibanca, utilizado em escavação 
de terrenos.
Pás, enxadas e exadões: para o trado com terra, carregar areia e brita, abrir valetas.
Figura 14 
Furadeira e parafusadeira: existem as de bancada, no modo “parafusar”, e as de impacto. Cada 
qual é escolhida de acordo com a necessidade.
Broca: material cilíndrico utilizado na furadeira. Convencionalmente, encontram-se três pontas: 
ponta chata, indicada para madeira; widia, para concreto; e aço para metais, também conhecida como 
ferro de pua.
Figura 15 
Lixadeira: para dar acabamento em concretos, desmanchar rebarbas, prestar polimento, entre 
outros. Encontra-se em uso também em serviços de carpintaria e requadro de esquadrias de madeira, 
como portas e acabamento em batentes. 
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Serra: existe no modelo circular, de esquadria, de fita, de sabre e de tico-tico.
Disco de corte: utilizado para cortar aço e cerâmica.
Figura 16 
Betoneira: função de misturar concreto. Seu funcionamento pode ser por eletricidade, manual ou 
com uso de diesel.
Figura 17 
1.3.2 Materiais de construção
Pode-se compreender como material de construção todo componente aplicado nas fases de 
construção de edificações, casas, prédios, pontes, túneis. Essas fases contemplam desde a fase inicial de 
suporte estrutural do projeto até o acabamento da obra em sua totalidade.
A classificação dos materiais varia conforme suas propriedades físico-químicas e características 
intrínsecas e únicas que compõem cada tipo de material:
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• Artificiais: é todo material que não está disponível livremente na natureza, sendo necessário 
aprimorar suas qualidades em processos de fabricação para que se obtenha o resultado desejado. 
Como exemplo podemos citar cal, cimento, tinta, cola, entre outros.
• Naturais: são materiais que estão prontos para o uso disponível no ambiente natural, como areia, 
mármore, brita, que são extraídos e não precisam necessariamente passar por um processo industrial.
• Combinados: são elementos derivados da mistura de material combinado e natural, como é o caso 
da argamassa e do concreto.
• De proteção: são materiais com aplicabilidade na proteção de edificações, como manta asfáltica, 
que é um tipo de impermeabilizante.
• Estrutural: são materiais que têm por finalidade suportar e distribuir as cargas advindas do 
ambiente, como é o caso do aço e alguns tipos de alvenarias estruturais.
• De vedação: são elementos que separam ambientes e cômodos. Têm por função isolar partes de 
um local que se deseja. Um exemplo que podemos citar é a alvenaria de vedação (apenas).
• Para acabamento: aqui estão selecionados os elementos que irão dar o toque final ao projeto, 
como tinta, revestimento, pisos e tudo o que estiver relacionado com a finalização da obra.
• Básicos: são aqueles aplicados no início de toda obra, como o tijolo, a areia, a brita, a cal, o 
cimento e diversos outros com a mesma função.
Todo material, equipamento e ferramenta utilizados devem ser especificados de acordo com as 
normativas técnicas que preveem documentação que regulamenta, norteia e fornece direcionamento 
para a fabricação, manuseio, testes de qualidade e especificações dos materiais de construção. Essas 
normas podem ser encontradas na Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), órgão nacional 
composto por diversos especialistas com expertise em montar e elaborar laudos e relatórios de qualidade 
suficiente para serem seguidos. 
Toda edificação deve estar de acordo com as normas técnicas previstas no Brasil para que haja 
um respaldo sobre possíveis desatinos que possam vir a ocorrer ao longo do projeto de trabalho. As 
normas técnicas são responsáveis por criar regras de cálculos e métodos de execução de trabalhos. 
Estabelecem dimensões e padronização de materiais, produtos e ensaios, além de criarem terminologias 
técnicas capazes de serem identificadas em qualquer território. As entidades relacionadas à qualidade 
de materiais são:
• Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
• Instituto Português de Qualidade (IPQ).
• American Society for Testing Material (ASTM).
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• American Concrete Institute (ACI).
• British Standards Institution (BS).
• Associação Francesa de Normalização (AFNOR).
• Organização Internacional de Normalização (ISO).
• Comissão Europeia de Normalização (CEN).
• Asociación Mercosur de Normalización (AMN).
Com relação às variações e propriedades físico-químicas, cada material empregado na obra irá 
apresentar diferenças em suas características, o que confere diferentes propriedades de uso a cada um 
dos elementos. É muito importante que o profissional conheça as propriedades dos materiais para que 
faça escolhas adequadas ao tipo de projeto que deseja executar. 
1.4 Cronograma da obra
O instrumento mais valioso na questão do planejamento de projetos é o cronograma. Através de 
sua elaboração é que irá se determinar de que forma o tempo será usado, o planejamento de gastos e 
de compras dos materiais bem como a execução de cada atividade específica. Ele irá nortear de forma 
sequencial o caminho desde o início do projeto até a sua finalização e quanto tempo cada etapa terá 
estimada para a realização das tarefas. 
 Lembrete
É importante retomar os conhecimentos adquiridos anteriormente 
sobre a diferenciação entre ferramentas elétricas e manuais e os diversos 
materiais de construção aplicados na obra, pois a partir de tal conhecimento 
é que será possível planejar seus custos e direcionar seu uso de maneira 
racional e eficiente:
Materiais básicos → areia, brita, cal, tijolo.
Materiais de acabamento → revestimentos em geral, tintas e verniz.
Materiais de vedação → promovem o isolamento do ambiente.
Materiais de proteção → aumentam o tempo de resistência da estrutura.
Materiais de estruturas → auxiliam o suporte e distribuição de cargas 
da obra.
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Sua elaboração, quando feita de modo adequado, permite que os prazos sejam cumpridos e a 
edificação seja entregue ao cliente em tempo hábil, além de prover a plenitude do contrato e a eficácia 
no processo de negociações entre os stakeholders, nomenclatura atribuída a todos os envolvidos nesse 
processo, quer sejam executores da obra, clientes, fornecedores, entre outros.
Em concordância a isso, é possível evitar a interferência de uma atividade no processo de execução 
na outra, evitando conflitos e gerando atrasos no desenvolvimento projeto. Por esse motivo, necessita-se 
do estudo prévio, de maneira que figura-se dele a representação do melhor desempenho atuante. 
De maneira generalista, o processo baseia-se em sequenciar os passos, iniciando pela elaboração 
de um termo de abertura de projeto (TAP), elencando sumariamente as atividades, necessidades de 
atendimentos e processos gerais a serem realizados ao longo do projeto.
Esse estudo é endossado e encorpado quando progressivamente se abre cada elemento salientado 
anteriormente emuma observação mais “microscópica” e aprofundada de cada um, gerando subitens 
de grande valia. Tal processo consiste de um estudo analítico de projeto (EAP), ou determina-se por nível 
“folha de árvore”.
Tais fulgurações iniciais gerarão um escopo de projeto. No entanto, cada relação e/ou setor em uma 
obra gera seu próprio escopo. Sua união pactual provê o gerenciamento de projetos como um todo.
Figura 18 
Junto ao projeto estrutural devem estar contidos, sequencialmente, os projetos: de dimensionamento 
elétrico, que descreve as características necessárias às instalações de energia; hidráulico-hidrossanitário, 
o qual orienta na acomodação de estruturas relacionadas a encanamentos e direcionamento da 
passagem de água; e arquitetônico, pelo qual é possível checar se as necessidades do cliente estão 
sendo cumpridas conforme o esperado. Esses respondem pelo bom planejamento da obra e prezam pela 
execução de qualidade, conforme suas especificidades. 
Os processos pelo qual cada etapa do projeto passa são chamados de processos executivos, ou seja, 
que está sendo executado no momento. Cada passo de execução da obra é dado por uma tarefa que 
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antecede ou que precede aquela tarefa realizada no presente. Isso significa que existem tarefas que 
são sucessoras e tarefas que são predecessoras. Cada qual pode ser compatível ou incompatível com a 
tarefa realizada no presente. O planejamento de cada tarefa é realizado a fim de prever possíveis atrasos 
ao longo da produção da obra, isso auxilia o engenheiro a elaborar um planejamento e contar com 
possíveis saídas para futuros problemas que possam ocorrer em meio ao projeto.
Tal planejamento possibilita estimar custos e organizar os recursos destinados para cada 
atividade, respeitando seu tempo de duração e possibilitando que, mesmo com a existência de 
intercorrências ao longo do projeto, as etapas sejam cumpridas dentro do prazo estipulado. A 
figura a seguir representa o diagrama que toma como base a orientação da ordem de execução 
das tarefas ao longo do projeto.
Término/Início
(finish-to-start)
Início/Início
(start-to-start)
Término/Término 
(finish-to-start)
Início/Término 
(start-to-finish)
Predecessora
Predecessora
Predecessora
Predecessora
Sucessora
Sucessora
Sucessora
Sucessora
Figura 19 
No processo de desenvolvimento do cronograma, é recomendável que seja feito o uso de softwares 
que possibilitem a transposição gráfica das atividades em andamento. 
O próprio Microsoft Excel® ou Project® podem ser utilizados nesses casos, pois são boas ferramentas 
para o desenvolvimento e controle do cronograma.
Existem diversos tipos de cronogramas, mas os mais utilizados são o físico-financeiro e o gráfico 
de Gantt. Neste último, é possível segmentar as tarefas e fornecer detalhes do que deverá ser feito, 
acompanhando e mobilizando relações entre planejado-executado, além de prover auxílio na distribuição 
de cada setor, bem como de que forma será envolvida em cada atividade. 
É importante manter toda a equipe informada a respeito das atribuições de cada um para que todos 
estejam cientes das suas devidas responsabilidades. 
Como se trata de uma ferramenta capaz de ilustrar o desenvolvimento do projeto é notório seu 
poder de facilitação no intuito de acompanhamento e evolução. 
Com isso, ao finalizar as elaborações do cronograma, provisiona-se seu monitoramento, a fim de 
sanar imprevisibilidades naturais do processo de execução. 
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Essa monitoria busca efetivar a gestão prévia de mudanças que se façam necessárias, antes que 
gerem impactos na transcorrência das atividades, dadas por atrasos, insuficiência de recursos ou ainda 
diversas falhas provenientes da cadeia produtiva. 
O uso do software é capaz de armazenar dados do primeiro cronograma que foi alimentado no sistema. 
Este recebe o nome de baseline, funcionando como a referência de rumo do projeto. Sucessivamente, 
conforme as atividades forem se desenvolvendo, deverá ser feito o acompanhamento do tempo previsto 
com o que de fato é executado. 
Figura 20 
Através do baseline será possível garantir o prazo de entrega de cada atividade, pois em caso de 
alteração é preciso conhecer quais etapas não irão interferir no prazo final caso atrasem e quais etapas 
são primordiais na entrega do projeto sem que atrapalhe o tempo programado. 
O controle do cronograma deverá ser feito de tempos em tempos, com periodicidade, comparando 
resultados físicos obtidos em relação ao previsto, traçando novas metas, a partir de uma gestão de mudanças. 
Apesar de os softwares alimentarem o sistema de base de dados que demonstrará o rumo do cronograma, 
ainda não se tem o conhecimento de um programa que permita facilitar a formação de metodologias para 
os engenheiros de planejamento. Portanto, o profissional deverá se atentar para as possíveis ocorrências que 
podem levar ao atraso durante a execução física do processo de construção, para que mudanças possam ser 
previstas com antecedência e atitudes corretivas possam ser tomadas com agilidade.
 Saiba mais
Assista ao filme a seguir:
APOLLO 13: do desastre ao triunfo. Dir. Ron Howard. EUA: Universal 
Pictures, 1995. 140 minutos.
O filme narra a missão que levou a astronave Apollo 13 da Terra até a 
Lua. Durante a viagem, um imprevisto põe em risco a vida dos tripulantes, 
saindo do cronograma estipulado pela missão da Nasa, a agência espacial 
norte-americana.
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1.5 Canteiro de obras
O canteiro de obras deve ser fixado em um local que não atrapalhe a circulação dos trabalhadores, 
sendo preparado de acordo com a necessidade e direcionamento de cada tipo de processo construtivo.
É o local onde ficarão guardados materiais, ferramentas e demais infraestruturas utilitárias a bem 
servir o processo construtivo. Junto ao canteiro de obras, é convencionado determinar a construtiva 
de um espaço provisório, provido de canalização de água, disponível tanto para a higienização dos 
trabalhadores quanto para o preparo de matérias-primas, além de escritório, banheiro e local para 
refeição dos funcionários. 
Também é imprescindível a delimitação das instalações elétricas, de maneira a reservarem um local 
condicionado para a ligação de máquinas e iluminação do local. 
Não obstante, é advertida a permanência de trabalhadores nos canteiros de obras que estejam 
incompatíveis com a fase da construção ou ainda em más condições de uso. 
A NR 18 estabelece as diretrizes que devem ser seguidas nos processos e sistemas de implementação 
e controle nas condições de ambiente de trabalho na indústria da construção. Para a construção do 
canteiro de obras pode-se optar pela construção de um barracão de madeira ou chapas de alumínio ou 
até mesmo um container.
Figura 21 
No caso da opção pela utilização e estabelecimento de container no canteiro de obras, este deve 
estar em acordo com as normas vigentes de especificações e boas condições para uso do trabalhador, 
reservando-se a laudamento técnico de adequação para uso relativo à ausência de riscos químicos, 
físicos e biológicos, contendo a identificação da empresa responsável pelo projeto e especificações 
determinantes para uso. 
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Unidade I
Segundo NR 12.284/91, de forma geral, são aplicadas as seguintes disposições nos canteiros 
de obras:
• Instalações sanitárias para necessidades fisiológicas e higienização dos trabalhadores.
• Vestiário.
• Alojamento.
• Copa para refeições.
• Lavanderia.
• Área de convivência.
• Ambulatório, no caso de o empreendimento contar com mais de 50 colaboradores.Além disso, cada módulo deve possuir proteção contra choques elétricos, condições de conforto 
térmico e de higiene, e pé direito mínimo de 2,40 m. Os locais de trabalho devem estar sinalizados com 
placas indicativas.
No estabelecimento do canteiro, são utilitárias as aplicações com relação às instalações 
elétricas provisórias:
• Os quadros devem ficar fechados para que os colaboradores não encostem em nenhuma 
parte energizada. Devem ficar em local visível, de fácil acesso e bem sinalizado, mas longe de 
pessoas, materiais e equipamentos.
• Os cabos de energia devem estar posicionados de forma a não atrapalhar a circulação dos 
trabalhadores. Devem ser fixados e isolados, de forma que nenhuma parte fique descoberta 
do isolamento.
De acordo com as especificações da NR 18, os vestiários devem estar localizados próximos ao 
alojamento ou ao local de entrada da obra. Deve ser feito em paredes de alvenaria, madeira ou material 
equivalente, possuir piso cimentado, de madeira, concreto ou qualquer outro material similar, além de 
possuir cobertura que proteja contra as intempéries, área de ventilação correspondente a 1/10 da área 
do piso e iluminação natural ou artificial. 
O pé direito deve estar de acordo com os termos do Código de Obras do Município ou ter, no 
mínimo, 2,50 m. Deve contar com um número de bancos suficiente para atender os colaboradores, 
com largura mínima de 30 cm, os quais devem ser mantidos em estado de conservação, higiene 
e limpeza.
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TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO (SISTEMAS CONSTRUTIVOS)
O fornecimento de água potável filtrada e fresca no alojamento é obrigatório por parte da empresa 
na proporção de 1 bebedouro para cada 25 funcionários.
Em relação ao alojamento, este não deve estar disposto em subsolo e/ou porões das edificações.
Na ocorrência de cozinha no canteiro de obra, esta deve ter ventilação e iluminação naturais ou 
artificiais, que permitam boa exaustão, cobertura de material resistente ao fogo e pia para lavagem de 
alimentos e utensílios. 
Deve possuir instalações sanitárias que não se comuniquem com a cozinha, de uso exclusivo dos 
encarregados de manipular gêneros alimentícios, refeições e utensílios, não devendo ser ligadas à 
caixa de gordura. Deve dispor de recipiente, com tampa para coleta de lixo e possuir equipamento de 
refrigeração para preservação dos alimentos. 
Já a área destinada à lavanderia deve ter tanques individuais ou coletivos em número suficiente para 
atender os colaboradores da obra e possuir local coberto com ventilação natural e iluminação. A área de 
recreação dos trabalhadores é chamada de área de convivência ou área de lazer, podendo ser utilizado 
para esta finalidade o local de refeições. 
No que diz respeito à demolição, ela deverá ser programada e dirigida pelo profissional 
responsável e legalmente habilitado. Adverte-se a permanência de pessoas nas áreas de demolição. 
Antes de iniciar o trabalho, é necessária a verificação da presença de substâncias toxicas, líquidos 
ou gases inflamáveis. As redes de água, esgoto e eletricidade devem ser desligadas. Devem ser 
feitos exames prévios e periódicos nas construções vizinhas para que, no momento da demolição, 
seja preservada sua integridade física. 
Nessa continuidade, um dos fatores sumários é a compreensão e boa logística quando se diz respeito 
à acomodação dos insumos de obra.
Materiais perecíveis, como o cal, gesso e cimento, devem estar isolados de umidade e calor, ficando 
armazenados em depósito específico e arejado e empilhados sobre estrado ou tablado de madeira de 
forma a não ter contato direto com o solo. Em construções de grande porte são armazenados em 
silos ou utilizadas as práticas de estoque inteligente, fato que reduz consideravelmente os estoques 
do canteiro de obras, efetivando um processo bastante controlado de recebimento e rápida aplicação 
desses insumos, renovando esse processo quase que diariamente.
Materiais especiais, como azulejos, tintas, ferragens, madeira e fiação, devem ser alocados em 
depósito específico. Pedra e areia devem permanecer em local de difícil evasão, preferencialmente 
próximo às betoneiras e ao local de preparo da argamassa. 
Os tijolos e blocos de concreto devem ser empilhados e amarrados em área de 0,25 m2 por unidade 
e 1,65 m de altura. As barras de aço devem ficar alocadas em área de 15 m x 0,50 m por tonelada. 
A madeira para telhado e formas deve permanecer em área de 6 m x 1 m para cada m3 de madeira.
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Unidade I
É interessante que haja o estabelecimento das centrais de produção, como central de argamassa, 
central de concreto, central de produção de formas, central de produção de pré-moldados, oficina de 
montagem e instalação.
Observe a figura a seguir, que representa o fluxograma geral do recebimento de materiais na obra:
Recebimento e 
identificação
Avaliação 
de qualidade
Aceite ou devolução 
ao fornecedor
Armazenagem Inventário
Separação de 
requisição Distribuição
Descarga
Figura 22 – Fluxograma geral
Um modelo correto de adoção de uso, caso haja a opção pelo condicionamento material em obra, é a 
aplicação do sistema first in, first out (Fifo), ou seja, o primeiro a entrar é o primeiro a sair. Isso evita que um 
lote de saco de cimento fique estocado por mais tempo que o recomendado em especificações do produto.
 Saiba mais
Leia o artigo e reflita a respeito do assunto: 
NETTO, J. T. et al. Estudo comparativo entre as práticas empresariais 
e a teoria de gerenciamento por valor agregado: o caso da construção 
civil. Ambiente Construído, Porto Alegre, v. 15, n. 3, p. 145-160, jul./set. 
2015. Disponível no link: <http://www.scielo.br/pdf/ac/v15n3/1678-8621-
ac-15-03-00145.pdf>. Acesso em: 26 out. 2018.
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2 EXECUÇÃO DE FUNDAÇÕES 
2.1 Infraestruturas e superestruturas
2.1.1 Sondagens
Para iniciarmos o projeto, é importante realizar a sondagem do terreno a ser construído de forma a 
determinar os seguintes aspectos:
• Quais tipos de solo compõem o subsolo até a profundidade do projeto.
• Quais são as condições de consistência e compacidade que ocorrem nos diferentes solos.
• Qual a espessura das camadas do subsolo e os planos que as separam.
• Obtenção de informações completas sobre a quantidade de água no subsolo.
Figura 23 
Há uma série de ensaios possíveis de serem aplicados, os quais estão relacionados basicamente 
àquilo que se pretende construir e às características do solo que está se estudando. 
Observe na figura a seguir que existem cinco ensaios para desenvolver os testes de penetração. Da 
esquerda para a direita, temos:
• Standard Penetration Test (SPT): teste de penetração padrão.
• Cone Penetration Test (CPT): teste de penetração em cone.
• Flat Plate Dilatometer Test (DMT): teste com dilatômetro de placa plana.
• Prebored Pressuremeter Test (PMT): teste com pressurímetro pré-furado.
• Vane Shear Test (VST): teste em forma de palheta.
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Unidade I
Neste material, vamos enfatizar os dois mais convencionados métodos de teste: SPT e CPT. 
Standard
Penetration 
Test
Cone
Penetration 
Test
Flat Plate
Dilatometer 
Test
Prebored
Pressuremeter 
Test
Vane
Shear Test
SPT CPT DMT PMT VST
Figura 24 
Cone Penetration Test (CPT)
Com o CPT é possível conhecer a compressibilidade do solo, bem como sua resistência, mas não é 
utilizado para fazer amostragem do solo.
CPT - Teste de Cone de Penetração
Leitura feita a cada 1 ou 5 cm
Dispositivo de inclinação
fs = Fator de resistência
u2 = Pressão dos poros de água
Alargamento
q1 = Resistência na ponta do cone
Dispositivo de 
penetração eletrônico
Procedimento de testede campo
– Adicione a haste vertical 
em 1 m
– Impulso contínuo em 20 mm/s
fs
u2
q1
Figura 25 – Teste de Cone de Penetração
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Esse processo é feito com o intuito de reconhecer o subsolo do terreno da construção, definindo 
assim o tipo de fundação que mais se adeque, provendo um auxílio maior no custeio, tornando o projeto 
mais econômico. 
Assim, a execução do processo de sondagem consiste em realizar a abertura do furo – cerca de 
55 cm de comprimento –, executar o ensaio de penetração com 45 cm e determinar a amostragem a 
cada metro do solo. 
Os trechos de ensaio e amostragem são realizados ao mesmo tempo com o auxílio de um tripé, uma 
haste, um amostrador e um martelo.
Em determinadas situações, o solo pode vir a apresentar resistência à penetração. A este fenômeno 
chamamos de Índice de Resistência à Penetração. Ele é estabelecido através da contagem do número de 
golpes necessários a cada penetração de 15 cm.
Para determinar a execução da sondagem, é necessário avaliar o mínimo de furos necessários que dê 
a compreensão exata e que inclua todas as camadas do subsolo que possam interferir no comportamento 
da fundação. 
Estes devem estar distribuídos na planta de modo a contemplar toda a área do projeto. De acordo 
com a NBR 8036/83, o número mínimo de pontos em função da área construída pode ser descrito no 
quadro a seguir.
Quadro 3 
Área construída Número de sondagens
200 m2 a 1.200 m2 1:200 m2
1.200 m2 a 2.400 m2 1:400 m2
Acima de 2.400 m2 De acordo com o plano de construção
Adaptado de: ABNT (1983).
Conforme podemos observar no quadro, a NBR 8036/83 orienta quanto à adoção de medidas 
técnicas para o planejamento de sondagens durante as etapas de planejamento do projeto de obra. 
Esse número irá variar conforme as características específicas do solo e do subsolo, podendo mudar de 
acordo com as condições ambientais do local em que será construído o projeto. Além disso, devem ser 
considerados os fatores de compressibilidade do solo e resistência ao cisalhamento, pois tais condições 
repercutem na estrutura. A distância entre os pontos de sondagem deve ser de, no máximo, 100 metros 
entre eles, considerando no mínimo três execuções.
De forma geral, o Cone Penetration Test (CPT) é o mais utilizado para realizar ações de 
sondagem do solo. O equipamento utilizado é capaz de estimar a qualidade do solo no que diz 
respeito à resistência de ponta e atrito lateral, necessária para a penetração no solo em fundações 
de estrutura de obras da terra. 
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Unidade I
Para se obter os componentes de resistência de ponta e de atrito lateral utiliza-se um cone com uma 
ponteira específica, capaz de cravar no solo de maneira contínua e a uma velocidade estipulada padrão. 
Mede-se, com isso, sua reação de maneira uniforme. 
As ponteiras podem ser mecânicas ou elétricas, havendo diferenças na forma geométrica entre elas, 
bem como no método de cravação. Quando a ponteira não estiver dentro dos conformes de regularidade, 
ela não deverá ser utilizada no teste.
Quanto à aparelhagem, faz-se o uso do cone, da luva de atrito, tubos externos e hastes internas. 
Estes últimos devem ser feitos de aço ou liga de metal especial, de modo que a resistência do 
esforço seja suportada. O equipamento de cravação deve ser movimentado por sistema mecânico 
ou hidráulico, de forma a ser capaz de permitir o avanço contínuo das hastes internas e tubo 
externo no momento da cravação.
Para compor a resistência, fazemos uso de conceitos que auxiliam na compreensão do ensaio.
Resistência total é a resistência à penetração total do conjunto dos tubos externos e da ponteira, ou 
seja, equivale à força vertical aplicada sobre todo o conjunto e pode ser expressa em kN.
A resistência do cone pode ser compreendida como equivalente à resistência do componente da 
força vertical aplicada sobre o cone pela sua área horizontalmente projetada e pode ser expressa 
em MPa.
Já a resistência de atrito lateral local equivale ao componente de força em sentido vertical aplicado 
à luva pela área da superfície lateral e pode ser expressa em kPa.
P
T
X
QR
QV
RP
RT
RX
P
T
X
QR
QV
RP
RT
RX
0
4
8
12
16
20
24
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0
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20
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20
24
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De
pt
h 
(m
et
er
s)
fs
ub
qt
Resistência da ponta
qt (MPa)
Atrito lateral
fs (kPa)
0 0 0500 200 200 400 600 800500020 40 60
Pressão neutra
ub (kPa)
Figura 26 
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TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO (SISTEMAS CONSTRUTIVOS)
A razão de atrito é expressa em porcentagem e representa a razão entre a resistência de atrito lateral 
e a resistência de ponta referente à mesma profundidade.
A modo de executar o ensaio, deve ser aferido o sistema de medição de esforços, sendo recomendado 
realizá-lo no mínimo uma vez ao ano. Ele é conduzido de forma a garantir a legitimidade dos valores 
aferidos e com pelo menos três faixas de valor. É recomendado que se faça o registro do valor de cada 
componente de resistência à medida que a ponteira avança 20 cm; além disso, a profundidade deve ser 
verificada toda vez que for adicionado um novo tubo externo ao longo do segmento.
@
@
Hastes
Hastes
Luva de atrito
Espaço entre 
hastes e luvas
Espaço entre luva 
e ponta cônica 
Vedação
Cabo elétrico
Célula de atrito
Conector 
haste-cone
Inclinômetro
Luva
Vedação
Filtro
Cone
Medidor de pressão
Célula de medição 
da ponteira
Pórtico
Ancoragem
Penetrômetro
(cone)
A) B)
qc
τc τc
Ponta cônica
Figura 27 
Na superfície da ponteira cone estão localizados sensores elétricos, que são os responsáveis por 
transmitir ao sistema de registro os dados coletados, através dos cabos elétricos que ficam posicionados 
no interior dos tubos externos. Esses sensores são montados de maneira que permaneçam protegidos da 
umidade e de partículas que possam gerar uma possível contaminação e, consequentemente, alteração 
no sistema de fornecimento de dados. 
A velocidade de cravação da ponteira cone deve ser de 20+5 mm/s e, ao atingir a profundidade de 
interesse, o ensaio deve ser interrompido. Considere que uma pausa por mais de 10 minutos durante 
a execução do ensaio é categorizada como interrupção. A cessação da sondagem é determinada de 
acordo com o tipo de obra que está sendo executada, de acordo com a necessidade das fundações e das 
características do subsolo.
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Unidade I
No relatório final deverão estar descritos os dados coletados em campo, contendo todas as informações 
obtidas durante o ensaio e a descrição dos trabalhos realizados contendo o local, o nome da empresa 
que executou o serviço e o contratante, descrição do tipo de ponteira utilizada, dimensões dos tubos e 
hastes e qual o procedimento adotado, além do sistema de reação, dados planaltimétricos do terreno 
com a planta de locação minuciosamente detalhada e o local dos pontos de ensaio, além dos gráficos 
de valores dos componentes de resistência em escala apropriada. Pode conter ainda, junto ao relatório 
final, gráficos que representem a razão de atrito e a resistência total em função da profundidade.
Standart Penetration Test (SPT)
A NBR 6484/01 orienta a aplicação de sondagem com especificação SPT, onde é possível retirar 
amostras do solo e determinar o índice de resistência à penetração. 
A sondagem com especificação SPT tem por objetivo determinar a profundidade do solo, bem como 
suas respectivas características, além do índice de resistência à penetração a cada metro e da posição 
do nível de água. 
A composição do equipamento de SPT é um pouco mais complexa que a CPT. No caso, faz-se 
necessária uma torre com guincho para ajudarnas manobras com hastes, tubos de revestimento em 
aço, hastes de aço composto, trado concha, trado helicoidal, trépano feito em aço e o amostrador 
padrão, composto por cabeça, corpo e sapata/bico feito da aço temperado e isento de alterações que 
possam comprometer os resultados.
1- Conjunto motor-bomba
2- Reservatório de água
3- Tripé tubos metálicos
4- Roldana
5- Tubo-guia 50 mm
6- Engate
7- Guincho
8- Peso padrão 60 kg
9- Cabeça de cravação
4
3 8
9 7
5
6
1 2
Figura 28 
Além disso, ainda deve ter a cabeça de bater, que irá receber o impacto diretamente do martelo, 
o martelo padronizado maciço ou vazado e a haste-guia do martelo, como pode ser observado na 
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TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO (SISTEMAS CONSTRUTIVOS)
figura anterior. O trado concha dá início ao processo de sondagem, atingindo profundidade de 1 m. Em 
seguida, o trado helicoidal prossegue com a perfuração até alcançar o nível do lençol freático. Quando, 
após 10 minutos de operação, o trado helicoidal deixar de avançar pelo menos 50 mm, substituímos o 
método SPT por perfuração com circulação de água.
c
840
Aterro argiloso
Solo residual
Enrocamento
existente
Argila orgânica 
muito mole
Silte argiloso SPT=3
SPT=4
=9.72m
SPT= 41/23
SPT= P/60
SPT= P/58
SPT= P/57
SPT= P/54
SPT= P/54
SPT= 15
SPT= 55/23
= 7,83m
???
370
5
-5
-15 5 10 150-5-10
0
370 100
Canteiro central
Figura 29 
Esta operação é feita com elevação em cerca de 30 cm do fundo do furo na sua queda, 
acompanhada de movimentos de rotação alternados que são aplicados pelo manejador do 
equipamento. Essa altura deve ser reduzida progressivamente ao passo que a medida se aproxima 
da cota do ensaio e da amostragem. No momento em que a cota de ensaio e da amostragem 
forem alcançadas, a perfuração deve ser interrompida a uma altura de 20 cm do fundo do furo, 
devendo a circulação de água ser mantida por tempo ideal até que os detritos da perfuração 
sejam removidos do interior do furo. 
O máximo erro permitido na medição é de 10 mm a cada vez que for feita nova medida com um novo 
segmento tubular instalado. Não é permitido descer o tubo até a profundidade além do comprimento 
perfurado. Apenas em casos de fluência do solo para o interior do furo é admitido que o tubo de 
revestimento esteja na mesma profundidade do fundo do furo.
Durante a perfuração, os dados a respeito das profundidades das transições do subsolo, das 
mudanças de cor e dos materiais trazidos à superfície pelo trato helicoidal e pela água devem ser 
anotados no relatório. 
Em situações de solos instáveis, no caso de perfurações mais profundas, em que a descida dos 
tubos ou sua posterior remoção seja dificultosa, fica autorizado a empregar lamas de estabilização 
no lugar do tubo de revestimento. Contudo, isso somente deve ser aplicado em casos de garantia 
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Unidade I
da ausência de infiltrações na sondagem. Em caso da presença de lençol freático intercalado ou 
independente, deve ser feito o manejo adequado do revestimento e do processo de perfuração.
O amostrador-padrão deve coletar as amostras a partir de 1 m de profundidade após a perfuração, 
descendo livremente no furo até ser apoiado no fundo de forma branda, fazendo-se necessário tomar 
nota da profundidade atingida e comparar com os dados anteriores.
Tensão resistente de projeto
Ao desenvolver um projeto de edificação, deve-se levar em consideração a característica da resistência 
do solo no qual se deseja construir: a capacidade de sobrecarga do terreno, o modelo geomecânico do 
subsolo, a influência do lençol freático, a capacidade do solo de expandir ou colapsar e as características 
dos elementos da obra. Observe as características gerais no quadro a seguir para aplicação de projeto:
Quadro 4 
Tipo de fundação Cargas envolvidas Resistência do solo
Baldrame Casas térreas Solo firme e seco
Sapata
Casas térreas Solo pouco firme
Sobrados Solo firme e seco
Estacas
Broca Sobrados e prédios baixos Solo firme
Strauss Prédios baixos Solo pouco firme
Pré-moldada Prédios altos, pontes e viadutos
Solo pouco firme ou com 
presença de água
Franki Prédios altos, pontes e viadutos Solo pouco firme
Tubulão
Céu aberto Prédios altos, pontes e grandes viadutos
Quando o lençol freático é 
profundo
Ar comprimido Prédios altos, pontes e grandes viadutos
Quando o lençol freático é raso 
ou quando a obra é dentro do 
rio, lagoa ou mar
Alguns procedimentos são considerados no momento de determinar a tensão resistente 
do solo, esses procedimentos estão descritos na NBR 6122/2009. Métodos como o CPT e o 
SPT são classificados como semiempíricos. Já os métodos teóricos contemplam a teoria da 
capacidade de carga do subsolo. A tensão resistente do projeto representa a quantidade de 
tensão que se admite ao máximo, contemplando a deformação estrutural. 
No caso de solos com tendência a entrar em colapso devido ao vazamento de tubulações de 
água ou a elevação do lençol freático, convém evitar fundações superficiais. Nas situações em 
que o solo expandir, deve ser considerado na metodologia da obra. No caso da fixação em rochas, 
devem ser levadas em conta falhas e fraturas que podem vir a ocorrer e as descontinuidades devem 
ser tratadas.
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TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO (SISTEMAS CONSTRUTIVOS)
Dimensionamento geométrico
É preciso recordar no dimensionamento que o solo não é resistente à tração. A dimensão 
estrutural da fundação em seu centro deve ser tal que as tensões transmitidas ao subsolo sejam 
uniformemente distribuídas de forma a serem menores ou iguais à tensão de resistência do projeto. 
Já para as cargas excêntricas, deve-se garantir que a tensão máxima de borda seja menor ou igual 
à tensão de resistência. 
Para cargas horizontais, deve ser feito o cálculo do empuxo passivo reduzido a um valor de 
coeficiente mínimo de 2, eliminando as chances de ocorrer deformidades no subsolo.
Pilar
Sapata
Colarinho
Argamassa de 
solidarização
Figura 30 
Em uma fundação que esteja em contato direto com o solo, deve ser construído o lastro de concreto não 
estrutural com 5 cm de espessura mínima. A profundidade da fundação não deve ter menos que 1,5 m e deve 
garantir que o solo suporte variações climáticas, como mudanças de estação e alteração de umidade.
Prova de carga
A NBR 12131/2006 estipula que a prova de carga deve ser feita com base na Engenharia Geotécnica, 
calculando-se a curva carga-recalque para avaliar qual a carga de ruptura. Nesse sentido, a carga de 
ruptura pode ser calculada com base no valor do deslocamento multiplicado pela curva de carga. É 
comum que a prova de carga calculada em situações que exijam a garantia de que o atrito lateral 
seja sempre positivo ao longo da vida útil da estaca. Um exemplo de curva de carga pode ser visto na 
figura a seguir.
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Unidade I
(a) Recalque uniforme (b) Distorção (c) Recalque não uniforme
δ
Figura 31 
2.1.2 Fundações rasas
De acordo com a NBR 6122/2010, as fundações rasas transmitem ao terreno a carga a ser suportada 
através de pressões distribuídas sobre a base da fundação. Não é necessária uma complexidade grande 
de aparelhos para sua implantação, pois pode ser feita com simples escavação.
Bloco
Viga de 
fundação
vista lateral
Seção tipo
bloco
Seção tipo
sapata
Grelha
Sapata
Radier
Figura 32 
Sapatas: são feitas em concreto armado, trabalham a flexão e têm a base na forma retangular, de 
trapézio, quadrada, poligonal, octogonal, corrida, entre demais. Sua estruturação é bastante versátil e 
dependerá das especificações necessárias do projeto.
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TECNOLOGIA

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