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Cultura Afro Brasileira

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
 ALMEIDA, Ivânia A. Pereira de ¹
 DOMINSCHEK, Desiré Luciane ²
 O ENSINO AFRO BRASILEIRO NA ESCOLA COM ALUNOS NO FUNDAMENTAL
RESUMO 
Este artigo consiste na apresentação da Lei. 10.639, que, a partir de 2003, tornou obrigatório o ensino da história e da cultura afro-brasileira nas escolas públicas de educação básica, o que acabou alterando também, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). A implantação desta lei se deve a luta do movimento negro, que vem defendendo a importância da cultura africana como um dos pilares fundamentais para a formação da cultura brasileira. O objetivo da nossa pesquisa é esclarecer os motivos pelos quais a lei não está sendo cumprida na maioria das escolas e descobrir as melhores alternativas para que este problema seja corrigido. Inicialmente se abordará as falhas no processo da lei e a falta de vontade por parte de alguns educadores para aplicar nova grade curricular e até a falta de preparo dos mesmos Estimular os alunos o costume da leitura para compreender que se deve aprender sobre o Afro Brasileiro. Outro motivo relevante é que a lei não dispõe de recursos específicos para trabalhar com a temática e não prevê avaliação do processo. No decorrer da pesquisa encontramos projetos muito interessantes que incentivam a implantação da cultura afro-brasileira nas escolas, e livros que ajudam o professor a se familiarizar com o assunto, tendo assim, mais recursos para mostrar para os alunos, desde a educação da primeira infância, conteúdos sólidos para a formação e o conhecimento sobre a riqueza e as diversidades da história e da cultura africana e suas influências na cultura do povo brasileiro. E o projeto permitiu isso, por meio de suas metodologias e práticas educacionais em Artes, além de contribui para formação do alunos.
Palavras-chave: Cultura Afro-brasileira. Ambiente escolar. Currículo praticado.
INTRODUÇÃO 
Há praticamente dez anos o ensino da história e cultura afro-brasileira se tornou obrigatório matriz das escolas públicas de ensino fundamental e médio de todo o país. Alguns especialistas avaliam que essa exigência ampliou um pouco o conhecimento dos estudantes sobre a África e suas relações a África
____________________
¹Ivânia A. Pereira de Almeida do Curso de Licenciatura em História, no Centro Internacional de Curitiba – UNINTER. ²Professora orientadora, Desiré Luciane Dominschek – Formação em Pedagogia e História.
e suas relações com o Brasil, mas ainda falta qualificação aos professores e adequação à parte de material didático levado para a sala de aula. O objetivo da nossa pesquisa é esclarecer os motivos pelos quais a lei não está sendo cumprida na maioria das escolas e descobrir as melhores alternativas para que este problema seja corrigido. Inicialmente se abordará as falhas no processo da lei e a falta de vontade por parte de alguns educadores para aplicar nova grade curricular e até a falta de preparo dos mesmos.
Compreender o motivo relevante o por que a lei não dispõe de recursos específicos para trabalhar com a temática e não prevê avaliação do processo. Como trabalhar o respeito pela diversidade em todas as áreas do conhecimento, incluir a diversidade no currículo acadêmico e explorando a cultura afro brasileira devido as suas inúmeras possibilidades de enfoque.
Como é possível desenvolver uma proposta metodológica para o ensino da cultura afro – brasileira com os alunos do Ensino Fundamental possibilitando a realidade em relação ao preconceito étnico racial? Num segundo momento iremos analisar e relacionar alguns projetos que já estão andamento, com o objetivo de aprimorar o conhecimento dos educadores com relação ao tema a ser ensinado, de acordo com a Lei 10.639. 
A proposta desenvolvida nesta investigação consiste em buscar compreender como as variadas condições concretas vivenciadas pelos sujeitos sociais. Existem diversos aspectos importantes sobre as dificuldades do afro brasileiro, dentre os mais relevantes adquirirem uma visão mais abrangente, não sobre a desigualdade econômica social entre brancos e negros, mas ainda a ideologia que definia a diferença entre etnias e reservara ao negro uma posição de submissão. 
 É que a solidariedade assim como a sua incorporação ao mundo da produção ativa é importantes elementos mediadores nas transformações e suas condições de vida. Assim como, uma conscientização de que a cor da pele, não interfere na capacidade das pessoas e uma reforma educacional para conter a discriminação racial. 
  Estudar o afro-brasileiro, na atualidade, requer estabelecer algumas comparações entre as etnias visar coletar dados significativos, que, de uma vez analisados, fornecerá elementos suficientes para argumentações procedentes sobre o tema. Para que o aluno possibilite uma visão profunda a ao mesmo tempo ampla, pode se fazer o uso da etnografia com a justificativa de apreender e retratar a situação viva do dia a dia e de sua dinâmica cultural. 
 Assim permitirão comparar as etnias em relação ao trabalho as escolas de mais e menos favorecidas. Assim sendo possibilitará a aproximação das pessoas com o objetivo de manter um contato direto, do qual verifique a finalidade do tema. 
 A escolha de uma faculdade permitirá estabelecer as diferenças entre as etnias, a política do branqueamento. E no momento fará uma medição entre a teoria e a experiência em relação a escassez do negro em uma instituição elitizada e fazer os ajustes necessários. Uma das ferramentas utilizadas poderá ser um questionário do qual facilitará e orientará para o uso de coletas de dados, constituído por uma série de perguntas ordenadas que será respondida por escrito, fornecerá suporte as interpretações que vão ser construídas com base nos dados obtidos, e em virtudes delas tomará um posicionamento sobre o tema. 
A cultura é essencial ao desenvolvimento do ser humano. A escola, enquanto
meio educacional deve oportunizar didáticas e metodologias que facilitam a
compreensão sobre a cultura afro-brasileira. A atuação do professor principalmente nas séries iniciais deverá ser planejada e coerente. Conforme Gallahue e Ozmun (2001) 
a escola, muitas vezes, é o espaço onde, pela primeira vez, as crianças vivem situações de grupo e não são mais os centros das atenções, sendo que as experiências vividas nesta fase darão para um desenvolvimento saudável durante o resto de sua vida. Gallahue e Ozmun (2001) 
 Durante a escravidão os negros não eram alfabetizados, para que não reivindicassem seus direitos. Na história podemos ver que houve leis que impediam os negros de ingressar em bancos escolares o verdadeiro desejo era de fazê-los ignorantes. 
[...] O decreto n°. 1331, de 17 de Fevereiro de 1854, estabelecia que nas escolas públicas do país não seriam admitidos escravos, e a previsão de instrução para adultos negros dependia da disponibilidade de professores. O Decreto n°. 7031-A, 6 de setembro de 1878, estabelecia que os negros só podiam estudar no período noturno e diversas estratégias foram montadas no sentido de impedir o acesso pleno dessa população aos baços escolares. (SEPPIR, 2004, p7). 
As leis ignorantes refletem até hoje na educação da população negra. A população negra precisasse inserida na sociedade, que corte pela raiz essa história de serem vistos como povo inferior. Acredita-se que é através da educação que se pode chegar a igualdade social. É de grande importância que os profissionais da educação mudem conceitos e posturas que foram constituídos há séculos na sociedade. 
Neste momento vivemos no mundo globalizado onde o conhecimento abrange em todo lugar, inclusive as diversas culturas. Com isso a cultura Afro brasileira está garantindo nos ensinamentos das escolas. Assim, se torna lei obrigatória para que cada aluno tenha o conhecimento,e o respeito pelo mesmo. Esta lei foi criada com o propósito de acabar com o racismo, para dar oportunidade as pessoas negras e também as pessoas brancas de conhecerem melhor a cultura afro brasileira e africana. Sabendo a importância da aplicação dessa lei para conhecermos a cultura em questão, que se fundiu a nossa. 
A probabilidade de que a lei seja um instrumento da construção de uma escola plural, democrática, de qualidade, que combata o preconceito o racismo e todas as formas de discriminação, respeitando e valorizando as diferenças que fazem a riqueza de nossa cultura e de nossa sociedade. 
Com a lei 10639 o afro brasileiro com o currículo os educadores precisaram se adaptar o contexto da cultura. O educador tem como buscar suporte na internet, livros didáticos, na própria instituição nas vivencias entre os grupos para sim o mesmo se desenvolver através desse recurso. O educador tem o direito de ensinar sobre o tema para os educados, garantindo um aprendizado de qualidade. 
 A proposta seria saber como os educadores utilizam a lei 10639 nas salas de aula, se eles estão aptos a trabalhar com o tema abordado, e entender por que a lei foi criada. Dentro destas questões obtemos uma resposta para cada item perguntado. Vimos que os profissionais não receberam treinamento para trabalhar esta Lei 10639, mas possui uma consciência social, resultado da luta do povo negro por reconhecimento e igualdade social o que é trabalhado em sala de aula. 
Com a lei aprovada, se torna obrigatório o ensino da História dos afro-brasileiros e da África no ensino fundamental e médio, deu-se conta das dificuldades de sua implantação, em geral, os professores nunca tiveram, em suas graduações, contato com disciplinas específicas sobre a História da África, além do que a grande maioria dos livros didáticos de História utilizada nestes níveis de ensino não reserva para a África espaço adequado, os alunos passam a construir apenas estereótipos sobre a África e suas populações. 
Assim, é muito comum, que as pessoas, sejam elas estudantes ou não, tratem a África de forma preconceituosa, reproduzimos em nossas ideias as notícias que circulam pela mídia, e que revelam um continente marcado pela miséria, guerras étnicas, AIDS, como já foram citadas. As imagens e informações que dominam os meios de comunicação, os livros didáticos incorporando a tradição racista e preconceituosa sobre o continente e a discriminação à qual são submetidos os afros descendentes aqui dentro. 
2 . MOTIVOS PARA A CRIAÇÃO DA LEI 10.639 
A Lei 10.639, sancionada em 9 de janeiro de 2003 pelo Presidente Luís Inácio Lula da Silva, alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e incluiu a obrigatoriedade do ensino da História e Cultura Afro-Brasileira em todos os currículos escolares. Este advento criou a imperiosa necessidade de produção de material didático específico, adaptado aos vários graus e às diversas faixas etárias da população escolar brasileira. (ANA LÚCIA SILVA SOUZA [et al....], 2005, p05). 
Ensinar a história e a cultura da África aos alunos brasileiros é a única maneira de romper com a estrutura eurocêntrica que até hoje caracterizou a formação escolar brasileira.
No que tange à educação infantil, pesquisas realizadas de acordo com o escritor Nilam Nilo a partir da década de 1980 têm demonstrado a existência de comportamentos preconceituosos e de atitudes discriminatórias em relação às crianças pré-escolares e entre elas, além de apontar que o cuidado e a educação destinados às crianças pequenas são desiguais, sendo essas desigualdades relacionadas, em sua maioria, aos seus pertencimentos étnico-Raciais. Em se tratando de professores (as) que se ocupam da educação voltada a essa faixa etária, as posturas discriminatórias se evidenciam pela ausência de reconhecimento dasdiferenças de origem, pelos maus-tratos e principalmente pelo silêncio diante de situações de discriminação vivenciadas pelas crianças negras no espaço escolar. (NILMA LINO GOMES [et al...], 2014, p07)
2.1 DIFICULDADES NA APLICAÇÃO DA LEI
Mesmo com a lei tendo entrado em vigor à praticamente dez anos, a maioria das escolas não está adaptando a sua grade curricular para colocá-la em pratica.
A não adequação da Lei está relacionada, basicamente, a três fatores principais: despreparo e desconhecimento dos professores com relação à história e cultura da África; pouco material de estudo produzido sobre história e cultura dos afro-brasileiros; preconceitos de algumas instituições.
Com a lei sancionada, tornando obrigatório o ensino da História dos afro-brasileiros e da África no ensino fundamental e médio, deu-se conta das dificuldades de sua implantação, em geral, os professores nunca tiveram, em suas graduações, contato com disciplinas específicas sobre a História da África, além do que a grande maioria dos livros didáticos de História utilizada nestes níveis de ensino não reserva para a África espaço adequado, os alunos passam a construir apenas estereótipos sobre a África e suas populações. Sendo assim, é muito comum, que as pessoas, sejam elas estudantes ou não, tratem a África de forma preconceituosa, reproduzimos em nossas ideias as notícias quecirculam pela mídia, e que revelam um continente marcado pela miséria, guerras étnicas, AIDS, como já foram citadas. 
Há alguns fatores necessários para o sucesso da lei: a melhor capacitação dos educadores; a existência de material didático de qualidade sobre o tema abordado e a criação de equipes multidisciplinares para acompanhar esse trabalho. 
O melhor preparo dos educadores para suprir a falha de formação, os professores têm à disposição, além de cursos pagos, capacitações promovidas pela Secretaria de Estado de Educação (Seed). O Órgão promove oficinas sobre a história e a cultura afro-brasileira desde o ano dacriação da lei, em todos os núcleos regionais de Educação.
No ano de 2014 foi lançado o livro Lançado pelo Ministério da Educação (MEC), a Representação da UNESCO no Brasil e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) “O Livro do professor: História e Cultura Africana e Afro-brasileira na Educação Infantil”, que tem sido uma ferramenta fundamental para os educadores, para ajudar aqueles que tem um compromisso com a educação e prezam por um país justo e igualitário. Por meios de projetos pedagógicos presentes na publicação os educadores poderão construir atividades e desenvolver práticas pedagógicas promotoras da igualdade étnico-racial.
Nesse sentido, para as instituições parceiras, o livro ora apresentado se configura como uma ferramenta fundamental, porque disponibiliza tanto para os(as) professores(as) responsáveis e compromissados(as) com a educação da primeira infância, quanto para os interessados de modo geral em uma educação e em um país justo e igualitário, conteúdos sólidos para a formação e o conhecimento sobre a riqueza, as diferenças e a diversidade da história e da cultura africana e suas influências na história e na cultura do povo brasileiro, em especial, da população afro-brasileira.
Por meio dos projetos pedagógicos presentes na publicação, a educação infantil, os(as) professores(as), a comunidade e os demais profissionais envolvidos com a história, a vida e a educação das crianças, poderão construir atividades e desenvolver práticas pedagógicas promotoras da igualdade étnico-racial. Essas atividades contribuirão com a institucionalização das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana, e também com o desenvolvimento do Plano Nacional de Implementação dessas Diretrizes, que defendem que o papel da educação infantil é significativo para o desenvolvimento humano, para a formação dapersonalidade e aprendizagem. 
Nos primeiros anos de vida, os espaços coletivos educacionais que a criança pequena frequenta são privilegiados para promover a eliminação de toda e qualquer forma de preconceito, discriminação e racismo. As crianças deverão ser estimuladas desde muito pequenasa se envolverem em atividades que conheçam, reconheçam e valorizem a importância dos diferentes grupos étnico-raciais na construção da história e da cultura brasileiras. (NILMA LINO GOMES [et al...], 2014, p08).
METODOLOGIA
 A metodologia será fundamentada no estudo através de temática Cultura Afro - Brasileira, para desenvolver atividades relacionadas à leitura e escrita no Ensino Fundamental I. 
O desenvolvimento das atividades a desenvolver será a leitura e a discussão de textos para o seu entendimento, o debate de ideias e a produção final de outros textos utilizando linguagens variadas, incorporando novas ideias e valores étnicos, bem como a utilização correta dos códigos linguísticos. 
O estudo da literatura afro-brasileira, da religiosidade, da história do neocolonialismo na África e da luta de seu povo permearão as pesquisas realizadas, procurando mostrar aos alunos a Inter-relação entre os conteúdos e a realidade, para que possam compreender a relevância do despertar de consciência cultural, reafirmando a exaltação dos aspectos étnicos, sociais e culturais como agentes formadores da cultura brasileira. A principal forma para conter a discriminação racial, será a reforma educacional. Uma conscientização de que a cor da pele, não interfere na capacidade das pessoas.  
Passar informações e conhecimentos estratégicos para a compreensão da importância da cultura negra e o combate ao preconceito e a discriminação racial nas relações pedagógicas e educacionais das escolas, mas para isso, se faz necessário boa vontade dos professores e uma formação completa sobre o tema para que se tenha resultado.
O projeto desenvolveu um processo metodológico de ensino em duas escolas públicas de Ensino Médio da cidade de Governador Valadares – (Escola Estadual Nacle Miguel). Inicialmente buscamos análises e reflexões de textos acerca do processo de formação das instituições de ensino, a partir de bibliografia que trata de aspectos históricos relacionados ao tema. A 1ª Mostra PIBID ARTES aconteceu dia 12 de Novembro de 2010 com principal objetivo de esclarecer as atividades realizadas pelo Projeto. A Prof.ª Viviane Rocha realizou uma palestra acercar das “Conquistas e influências dos afros brasileiros para obras de artes, ressaltando as obras do Mestre Didi”. A primeira mesa redonda proporcionou o tema “Vivência e Inclusão Social” com Mediação do Prof. Acildo (Coordenador Geral do PIBID), participação do José Carlos Pinheiro (cineasta) e Zumbi Bahia. Logo após, a exibição do Filme “O Povo Brasileiro” de Darcy Ribeiro. A segunda mesa redonda contou com a participação do Dr. Edimilson Alves e a Me. Luisa Maria Pereira que tratou do tema “Brasil versus África, Caminhos Cruzados”. A Exposição foi feita por cinco painéis. 
O evento encerrou com apresentações musicais e o Grupo de Capoeira da Cidade. As observações foram realizadas durante um mês, com objetivo de conhecer o contexto escolar e o comportamento dos alunos. O Cronograma estabeleceu datas e horários das aulas, com seus perspectivos conteúdos, metodologias e recursos. Orientados pelo coordenador os bolsistas prepararam o Plano de Aula com objetivo de exercer experiências metodológicas e práticas docentes de caráter inovador que direciona para a superação de problemas identificados no processo ensino aprendizagem. 
Os planos de aulas elaborados visaram conteúdos, recursos, atividades didáticas e avaliações que direcionassem o olhar dos alunos para uma compreensão do processo de evolução histórica da África, diferenciando-o e relacionando a cultura Afro-brasileira. Os objetivos das aulas foram pensados como um mecanismo de criação de conceitos, tendo em vista o ambiente de sala de aula como uma “zona de debate”, possibilitando ao estudante o confronto entre o senso comum e as ideias abalizadas por diversos pensadores. Os conteúdos sempre eram permeados com frases interrogativas, no intuito de apresentar o questionamento para o estudante, não somente lhe demonstrando os conteúdos, mas oferecendo a chance de construção de conceitos. 
No conteúdo programático incluímos estudos sobre Cultura, Identidade Cultural, a Lei 10.639/2003, o percurso da cultura africana na formação cultural do Brasil, envolvendo religiosidade, vocabulário, música, culinária, arte, vestimenta, variantes que determinam muito dos nossos hábitos e costumes. Os importantes exemplares da presença negra ao longo de toda a evolução das artes no Brasil, sobretudo as obras de arte executadas por artistas negros e mulatos, também abarca peças que possuam o universo negro como tema. É perceptível e bem documentada a forte presença de artistas negros durante o período colonial, que acabaria por marcar de forma definitiva a arte brasileira. 
No inventário de preciosidades do museu, conservam-se esculturas de Aleijadinho e Mestre Valentim. Picasso mesmo nunca tendo ido à África, produzia obras com máscaras e estátuas que ele tinha enquanto trabalhava, porém, não estava sendo o primeiro a descobrir a escultura negra, já haviam chegado os fauves e os expressionistas, seguindo os rastros do exotismo e primitivismo de Gauguin. O que chamamos de arte afro brasileira está diretamente ligada à vida da comunidade e do cotidiano das culturas que as produzem. Sua ligação com o sagrado é inegável. 
Essa arte também apresenta características funcionais complexas que só é possível entender conhecendo a cultura de cada povo que a produziu. Sabemos que a África não era uma página em branco antes da invasão colonial, havia produzido conhecimentos e técnicas, além de obras de grande valor nos campos da arquitetura, escultura, música, dança, poesia e literatura oral. Com isso realizamos estudos sobre Máscaras e Esculturas Africanas.
 Os recursos didáticos foram diversos documentários, o filme “Navio Negreiro”, imagens de pinturas, fotografias, obras de arte, e artistas. Os materiais para produção artística foram usados nas aulas práticas e oficinas (Argila, mesa, jornal, pano de limpeza, papel canson, tinta guache, pincéis, godet de plástico, Tecidos, Data show, notebook, quadro, DVD e TV.). O jogo da “batata quente” serviu para incentivar o debate, sempre buscando “quebrar o gelo” e possibilitar a construção de novos conceitos. Nas avaliações de aprendizado utilizamos atividades complementares, pesquisas, questionários, participação nos debates. 
E foram executadas como tentativas de fazerem os estudantes levarem para casa os debates, disseminando os conteúdos aprendidos em sala de aula. No dia 12 de Novembro de 2017 foi realizado na Escola Oficinas com as seguintes temáticas: “Fotografia Etnográfica no Maranhão”; “Culinária afrodescendente”; “Desenho anatômico”; “A Construção da imagem a parti das danças maranhenses” e“ Escultura em argila”. Elas foram orientadas pela Supervisora Estela.
Neste Projeto aprendemos que, muito do que planejamos acaba escapando a experiência em sala de aula. É preciso ter uma boa flexibilidade para a aplicação do planejamento, devido aos imprevistos que por ventura ocorrem (a falta de material, ambiente inadequado, o tempo insuficiente, etc.). Sendo que o grande propósito dos planejamentos de aulas foram a da construção de conceitos, pensando num estudante ativo no processo de ensino-aprendizado.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir desta pesquisa concluímos que apesar de todas as dificuldades encontradas para a implantação da Lei 10.639, e mesmo ela sendo aplicada de forma lenta, com certeza tem como objetivo principal em oferecer informações e conhecimentos estratégicos para a compreensão da importância da cultura negra e o combate ao preconceito e a discriminação racial nas relações pedagógicas e educacionais das escolas, mas para isso, é necessário boa vontade dos professores e uma formação completa sobre o tema. Também é importante que os gestores de ensino nas escolas incentivem pais e professores a discutir as bases curriculares dos projetos oferecidos, levando em conta as temáticas previstas pela lei.
O desenvolvimento das atividades que foram desenvolvidasfoi a leitura e a discussão de textos para o seu entendimento, o debate de ideias e a produção final de outros textos utilizando linguagens variadas, incorporando novas ideias e valores étnicos, bem como a utilização correta dos códigos linguísticos. 
Os planos que foram elaborados visaram alguns conteúdos, recursos, atividades didáticas e avaliações que direcionassem o olhar dos alunos para uma compreensão do processo de evolução histórica da África, diferenciando-o e relacionando a cultura Afro-brasileira. Os objetivos das aulas propostas foram pensados como uma construção de criação de conceitos, tendo em vista o ambiente de sala de aula como uma grande ferramenta que é o debate, possibilitando ao estudante o confronto entre o senso comum e as ideias abalizadas por diversos pensadores. Os conteúdos sempre eram permeados com frases interrogativas, no intuito de apresentar o questionamento para o estudante, não somente lhe demonstrando os conteúdos, mas oferecendo a chance de construção de conceitos. 
Respeitar a lei é um comprometimento de toda à sociedade e não apenas da Escola. Acreditamos que este trabalho deve ser considerado um dos mais importantes mecanismos acionados para reduzir as desigualdades sócias, raciais e educacionais. A lei n°10639/2003 é uma questão de garantia de direito à população negra, além de ser um passo inicial rumo à reparação humanitária do povo negro brasileiro, pois abre caminhos para a nação adotar medidas para corrigir os danos matérias, físicos e psicológicos resultantes do racismo existentes no país. Portanto, com o cumprimento da lei estamos reconhecendo a existência do afro brasileiro e seus ancestrais (africanos) na condição de sujeito ativo na construção da história da sociedade. 
E o projeto permitiu isso, por meio de suas metodologias e práticas educacionais em Artes, além de contribui para formação de vinte bolsistas, possibilitando o contato com ambiente escolar e refletindo sobre a busca de melhorias no processo de ensino-aprendizagem.
REFERÊNCIAS
ALBERTO, Luiz. Caminhando com Coerência. Jornal Informativo do Gabinete, 1988. 
A LEI 10.639/03 E a importância de sua implementação na educação básica/ JocéliDomanski Gomes dos Santos, 2012
BORGES, Edson. Racismo, Preconceito e Intolerância, 2003. 
BACELAR, Jeferson. A Hierarquia das Raças 2003. 
GORENDER, Jacob. Brasil em preto e branco: o passado entrevista o que não passou. São Paulo: SENAC, 2000 
GALLAHUEL, D. L. & OZMUN, J. C. Compreendendo o Desenvolvimento Motor.
Bebês, crianças, adolescentes e adultos. São Paulo: Phorte, 1 ed., 2001.
MARQUES, J. B. de Azevedo. Democracia Violência e Direitos Humanos. 4ª edição, São Paulo. 
PAIXÃO, Marcelo. Manifesto antirracismos: ideias em prol de uma utopia chamada Brasil. DP&A: Rio de Janeiro, 2006. 
SEPPIR. A igualdade social pode começar pela educação. (folder do 3° Fórum Mundial de Educação) Brasília, DF. 2004. 
SIVERA, Tereza Cristina Melo. A cor da gente. Um projeto de ensino de artes desencadeando estudos sobre as relações étnico-raciais. 1° Edição Ícone 2010.

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