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BIOSSEGURANÇA NA ENFERMAGEM

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INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
BIOSSEGURANÇA 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BIOSSEGURANÇA NAS AÇÕES 
 
DE ENFERMAGEM 
 
 INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
BIOSSEGURANÇA 2 
 
BIOSSEGURANÇA NAS AÇÕES DE ENFERMAGEM 
 
 
 
1. Medidas Gerais de Prevenção e Controle de Infecção Hospitalar ....02 
 
2. Prevenção de Infecções em Profissionais da Área da Saúde ............ 05 
 
3. Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) ................................................. 07 
 
4. Precauções Padrão ................................................................................................................ 09 
 
5. Processamento de artigos hospitalares ............................................................... 12 
 
6. Esterilização ............................................................................................................................... 13 
 
7. Desinfecção, Anti-sepsia e Assepsia ....................................................................... 16 
 
8. Saúde e Segurança do trabalhador: Doenças ocupacionais ................ 16 
 
 INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
BIOSSEGURANÇA 3 
 
I – MEDIDAS GERAIS DE PREVENÇÃO E CONTROLE DE 
 
INFECÇÃO HOSPITALAR 
 
 
 
► INFECÇÃO HOSPITALAR 
 
A INFECÇÃO HOSPITALAR é uma síndrome infecciosa (infecção) que o indivíduo 
adquire após sua hospitalização ou realização de procedimento ambulatorial. Entre os 
exemplos de procedimentos ambulatoriais mais comuns estão: cateterismo cardíaco, 
exames radiológicos com utilização de contraste, retirada de pequenas lesões de pele e 
retirada de nódulos de mama, etc. 
 
Para ser considerada infecção hospitalar, o paciente precisa estar internado 
a pelo menos 72 horas. 
 
A manifestação da infecção hospitalar pode ocorrer após a alta, desde que esteja 
relacionada com algum procedimento realizado durante a internação. 
 
 FATORES PREDISPONENTES 
 
 Pacientes imunodeprimidos; 
 
 Lavagem incorreta das mãos, dos profissionais, acompanhantes e visitantes. 
 
 Esterilização deficiente de instrumental cirúrgico. 
 
 Técnicas incorretas e procedimentos invasivos. 
 
 Limpeza deficiente de ambientes, materiais e roupas. 
 
 Alimentos trazidos de fora do hospital. 
 
 Flores e objetos trazidos de fora do hospital. 
 
Baseando-se nesses fatores devem ser elaboradas ações preventivas, tais como: 
uso racional de antimicrobiano, controle de esterilização, desinfecção e limpeza, e 
bloqueio de transmissão pelos profissionais de saúde. 
 
► PRINCIPAIS MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE: 
 
 LAVAGEM DAS MÃOS 
 
Lavagem das mãos é a fricção manual vigorosa de toda a superfície das mãos 
e punhos, utilizando-se sabão/detergente, seguida de enxágue abundante em 
água corrente. 
 
A lavagem das mãos é, isoladamente, a ação mais importante para a prevenção e 
controle das infecções hospitalares. 
 
O uso de luvas não dispensa a lavagem das mãos antes e após contatos que 
 
envolvam mucosas, sangue ou fluidos corpóreos, secreções ou excreções. 
 
A lavagem das mãos deve ser realizada tantas vezes quanto necessária, durante a 
assistência a um único paciente, sempre que houver contato com diversos sítios 
corporais, e frente cada uma das atividades. 
 
 INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
BIOSSEGURANÇA 4 
 
A lavagem e antissepsia cirúrgica das mãos é realizada sempre antes dos 
procedimentos cirúrgicos. 
 
A decisão para a lavagem das mãos com uso de antisséptico deve considerar o tipo 
de contato, o grau de contaminação, as condições do paciente e o procedimento a 
ser realizado. 
 
A lavagem das mãos com antisséptico é recomendada em: realização de 
procedimentos invasivos, prestação de cuidados a pacientes críticos, contato direto 
com feridas e/ou dispositivos invasivos, tais como cateteres e drenos. 
 
Devem ser empregadas medidas e recursos com o objetivo de incorporar a prática 
 
da lavagem das mãos em todos os níveis da assistência hospitalar. 
 
A distribuição e a localização de unidades ou pias para lavagem das mãos, de 
forma a atender à necessidade nas diversas áreas hospitalares, além da presença 
dos produtos, é fundamental para a obrigatoriedade da prática. 
 
 PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO (ISC) 
 
 Tempo de internação abreviado. 
 
 Banho completo antes da cirurgia. 
 
 Tricotomia restrita ao local de incisão, quando necessário, imediatamente antes 
da cirurgia. 
 Fluxo adequado do Bloco Cirúrgico, com circulação mínima. 
 
 Equipe cirúrgica restrita. 
 
 Montagem correta das salas de cirurgia. 
 
 Paramentação completa (avental, gorro, luvas, máscara e propés) 
 
 Lavagem e antissepsia das mãos e ante braços da equipe cirurgica. 
 
 Secagem das mãos com toalhas estéreis. 
 
 Antissepsia do campo operatório. 
 
 Instrumental cirúrgico esterilizado. 
 
 PREVENÇÃO DE INFECÇÃO RESPIRATÓRIA 
 
- Educação do corpo clínico e vigilância das infecções. 
 
- Esterilização, desinfecção e manutenção de equipamentos e artigos. 
 
- Interrupção da transmissão pessoa para pessoa – precauções de barreira. 
 
- Lavagem das mãos. 
 
- Vacinação de pacientes de alto risco para complicações de infecções pneumocócicas. 
 
 PREVENÇÃO DE INFECÇÃO URINÁRIA EM PACIENTES CATETERIZADOS 
 
Evitar o uso de cateterismo vesical quando desnecessário. 
Lavar as mãos antes e depois de manipular o sistema. 
Empregar técnica asséptica e equipamento estéril. 
 
 INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
BIOSSEGURANÇA 5 
 
Utilizar cateter de calibre adequado. 
 
Fixar a sonda para evitar movimentação. 
Usar exclusivamente COLETOR FECHADO. 
Evitar desconexão do sistema fechado. 
 
Manter a bolsa coletora de urina em nível inferior à bexiga. 
 
Esvaziar a bolsa coletora a intervalos de oito horas, no máximo, ou quando 
preenchidos 2/3 da sua capacidade. 
 
Higienizar a região perineal, com água e sabão, três vezes ao dia, ou 
quando necessário. 
 
► PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DA CORRENTE SANGUINEA 
 
 CUIDADOS RELACIONADOS AOS CATETERES PERIFÉRICOS: 
 
2. Lavagem e antissepsia das mãos antes de colocar as luvas estéreis. 
 
3. Preferir veias de membros superiores. 
 
4. Usar técnica asséptica para fazer a punção. 
 
5. Fazer antissepsia do local a ser puncionado. 
 
6. Realizar troca de cateteres e mudar o sítio de inserção a cada 72 horas, ou 
intervalo menor se indicado. 
 CUIDADOS RELACIONADOS AOS CATETERES CENTRAIS: 
 
1. Selecionar o Cateter. 
 
2. Usar de preferência a subclávia. 
 
3. Usar técnica asséptica, incluindo avental, luvas e campos estéreis e máscara. 
 
4. Utilizar equipamentos com local próprio para infusão de medicamentos. 
 
5. Manter o sistema fechado durante a infusão. 
 
6. Usar o cateter para nutrição parenteral apenas para este fim. 
 
7. Trocar os curativos quando estiverem úmidos, sujos ou fora do local. 
 
8. Trocar o cateter apenas se houver suspeita de infecção relacionada ao cateter. 
 
9. Trocar todo o sistema em caso de flebite ou bacteremia. 
 
 E OUTRAS MEDIDAS GERAIS COMO: 
 
Avaliar bem os pacientes internados; 
 
Treinar a equipe do hospital, orientando sobre os fatores de risco que podem levar 
à uma infecção; 
 
Usar antibióticos , quando necessário; 
 
Comprar material de boa qualidade para a assistência médica; 
Esterilizar corretamente todos os materiais; 
 
Ter uma boa limpeza em todo hospital; 
 
 INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
BIOSSEGURANÇA 6 
 
Uso de equipamento de proteção individual(luvas, óculos protetor de óculos, 
protetor de face, avental e outros.) nos procedimentos. 
 
Uso de profilaxia antimicrobiana antes da cirurgia. 
 
II– PREVENÇÃO DE INFECÇÕES 
 
EM PROFISSIONAIS DA ÁREA DA SAÚDE 
 
 
O PROFISSIONAL DA ÁREA DA SAÚDE (PAS) pode adquirir ou transmitir 
infecções para os pacientes, para outros profissionais no ambiente de trabalho e para 
comunicantes domiciliares e da comunidade. 
 
Deste modo, os programas de controle de infecção hospitalar devem também 
contemplar ações de controle de infecção entre os PAS. 
 
AS AÇÕES DO SERVIÇO DE SAÚDE OCUPACIONAL, NO QUE DIZ RESPEITO AO 
 
CONTROLE DE INFECÇÃO, TÊM COMO OBJETIVOS: 
 
- Educar o PAS acerca dos princípios do controle de infecção, ressaltando 
a importância 
 
da participação individual neste controle; 
 
- Colaborar com a CCIH na monitorização e investigação de exposições a agentes 
infecciosos e surtos; 
 
- Dar assistência ao PAS em caso de exposições ou doenças relacionadas ao trabalho; 
 
- Identificar riscos e instituir medidas de prevenção; 
 
- Reduzir custos, através da prevenção de doenças infecciosas que resultem em faltas 
ao trabalho e incapacidade. 
 
► AÇÕES DO SERVIÇO DE SAÚDE OCUPACIONAL: 
 
Para atingir os objetivos descritos anteriormente é necessário que o serviço 
de saúde ocupacional atue nas seguintes áreas: 
 
● INTEGRAÇÃO COM OUTROS SERVIÇOS: 
 
As ações do serviço de saúde ocupacional devem ser coordenadas com o 
serviço de infecção hospitalar e outros departamentos que se façam necessários. 
● AVALIAÇÕES MÉDICAS: 
 
 Admissional, com histórico de saúde, estado vacinal, condições que possam 
predispor o profissional a adquirir ou transmitir infecções no ambiente de trabalho; 
 
 Exames periódicos para avaliação de problemas relacionados ao trabalho ou 
seguimento de exposição de risco (p. ex. triagem para tuberculose, exposição a fluidos 
biológicos). 
 
 INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
BIOSSEGURANÇA 7 
 
● ATIVIDADES EDUCATIVAS: 
 
A adesão a um programa de controle de infecção é facilitada pelo entendimento 
de suas bases. Todo pessoal precisa ser treinado acerca da política e procedimentos 
de controle de infecção da instituição. 
 
A elaboração de manuais para procedimentos garante uniformidade e eficiência. 
O material deve ser direcionado em linguagem e conteúdo para o nível educacional de 
cada categoria de profissional. Grande parte dos esforços deve estar dirigida para a 
conscientização sobre o uso do equipamento de proteção individual (EPI). 
 
● PROGRAMAS DE VACINAÇÃO: 
 
Garantir que o PAS esteja protegido contra as doenças preveníveis por vacinas é 
parte essencial do programa de saúde ocupacional. Os programas de vacinação devem 
incluir tanto os recém-contratados quanto os funcionários antigos. 
 
Os programas de vacinação obrigatória são mais efetivos que os voluntários. 
 
● MANEJO DE DOENÇAS E EXPOSIÇÕES RELACIONADAS AO TRABALHO: 
 
Fornecer profilaxia pós exposição apropriada nos casos aplicáveis (p. ex.: 
exposição ocupacional ao HIV), além de providenciar o diagnóstico e o tratamento 
adequados das doenças relacionadas ao trabalho. 
 
Estabelecer medidas para evitar a ocorrência da transmissão de infecção para 
outros profissionais, através do afastamento do profissional doente (p. ex.: pacientes 
com tuberculose bacilífera ou varicela). 
● ACONSELHAMENTO EM SAÚDE: 
 
Fornecer informação individualizada com relação a risco e prevenção de doenças 
adquiridas no ambiente hospitalar; riscos e benefícios de 
 
esquemas de profilaxia pós-exposição e conseqüências de doenças e exposições para 
o profissional, seus familiares e membros da comunidade. 
 
● MANUTENÇÃO DE REGISTRO, CONTROLE DE DADOS E SIGILO: 
 
A manutenção de registros de avaliações médicas, exames, imunizações e 
profilaxias é obrigatória e permite a monitorização do estado de saúde do PAS. 
 
Devem ser mantidos registros individuais, em condições que garantam a 
confidencialidade das informações, que não podem ser abertas ou divulgadas, exceto 
se requerido por lei. 
 
- INFECÇÃO CRUZADA: 
 
 a infecção ocasionada pela transmissão de um microrganismo de um 
paciente para outro, geralmente pelo pessoal, ambiente ou um instrumento 
contaminado. 
 
 INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
BIOSSEGURANÇA 8 
 
 INFECÇÃO ENDÓGENA: 
 
 um processo infeccioso decorrente da ação de microrganismos já 
existentes, naquela região ou tecido, de um paciente. Medidas terapêuticas que 
reduzem a resistência do indivíduo facilitam a multiplicação de bactéria em seu 
interior, por isso é muito importante, a antissepsia pré-cirúrgica. 
 
 INFECÇÃO EXÓGENA: 
 
 aquela causada por microrganismos estranhos a paciente. Para impedir 
essa infecção, que pode ser gravíssima, os instrumentos e demais elementos que 
são colocados na boca do paciente, devem estar estéreis. È importante, que 
barreiras sejam colocadas para impedir que instrumentos estéreis sejam 
contaminados, pois não basta um determinado instrumento ter sido esterilizado, é 
importante que em seu manuseio até o uso ele não se contamine. A infecção 
exógena significa um rompimento da cadeia asséptica, o que é muito grave, pois, 
dependendo da natureza dos microrganismos envolvidos, a infecção exógena pode 
ser fatal, como é o caso da AIDS, Hepatite B e C. 
 
PROCEDIMENTO CRÍTICO: É todo procedimento em que existe a presença de 
sangue, pus ou matéria contaminada pela perda de continuidade. 
 
PROCEDIMENTO SEMI-CRÍTICO: Todo procedimento em que existe a presença 
de secreção orgânica (saliva) sem perda de continuidade do tecido. 
 
PROCEDIMENTO NÃO-CRÍTICO: Todo procedimento onde não há presença de 
sangue, pus ou outra secreção orgânica (saliva). Em Odontologia não existe este 
tipo de procedimento. 
 
 – EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPIs) 
 
 
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL é todo dispositivo de uso individual, 
destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador. 
 
A seguir, uma relação de alguns dos equipamentos de proteção individual, mais 
usados em estabelecimentos de saúde, como por exemplo: 
 
1. PROTEÇÃO À CABEÇA : 
 
- Protetores faciais destinados à proteção dos olhos e da face contra lesões 
ocasionadas por partículas, respingos, vapores de produtos químicos e radiações 
luminosas intensas; 
 
- Óculos de segurança para trabalhos que possam causar ferimentos nos olhos, 
provenientes de impacto de partículas; 
 
 INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
BIOSSEGURANÇA 9 
 
- Óculos de segurança, contra respingos, para trabalhos que possam causar irritação 
nos olhos e outras lesões decorrentes da ação de líquidos agressivos; 
 
- Óculos de segurança para trabalhos que possam causar irritação nos olhos, 
provenientes de poeiras e 
 
- Óculos de segurança para trabalhos que possam causar irritação nos olhos e outras 
lesões decorrentes da ação de radiações perigosas. 
 
 
2. PROTEÇÃO PARA OS MEMBROS SUPERIORES: 
 
- Luvas e/ou mangas de proteção e/ou cremes protetores devem ser usados 
em trabalhos em que haja perigo de lesão provocada por: 
- Materiais ou objetos escoriantes, abrasivos, cortantes ou perfurantes; 
 
- Produtos químicos corrosivos, cáusticos, tóxicos, alergênicos, oleosos, graxos, 
solventes orgânicos e derivados de petróleo; 
- Materiais ou objetos aquecidos; 
 
- Choque elétrico; 
 
- Radiações perigosas; 
 
- Frio; 
 
- Agentes biológicos. 
 
 
3. PROTEÇÃO PARA OS MEMBROS INFERIORES: 
 
 Calçados impermeáveis para trabalhos realizados em lugares úmidos, lamacentos 
ou encharcados; 
 Calçados impermeáveis e resistentes a agentes químicos agressivos; 
 
 Calçados de proteção contra agentes biológicos agressivos e 
 
 Calçados de proteção contra riscos de origem elétrica. 
 
 
4. PROTEÇÃO DO TRONCO:Aventais, capas e outras vestimentas especiais de proteção para trabalhos em haja 
perigo de lesões provocadas por: 
 Riscos de origem radioativa; 
 
 Riscos de origem biológica e 
 
 Riscos de origem química. 
 
 
5. PROTEÇÃO DA PELE: 
 
♦ CREMES PROTETORES – só poderão ser postos à venda ou utilizados como EPI, 
mediante o Certificado de Aprovação (CA) do Ministério do Trabalho e Emprego. 
 
 INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
BIOSSEGURANÇA 10 
 
6. PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA: 
 
Para exposição a agentes ambientais em concentrações prejudiciais à saúde do 
 
trabalhador, de acordo com os limites estabelecidos na NR15: 
 
• Respiradores contra poeiras, para trabalhos que impliquem produção de poeiras; 
 
• Respiradores e máscaras de filtro químico para exposição a agentes químicos 
prejudiciais à saúde; 
 
• Aparelhos de isolamento (autônomo ou de adução de ar), para locais de trabalho 
onde o teor de oxigênio seja inferior a 18% em volume. 
 
IV – PRECAUÇÃO PADRÃO 
 
 
* CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
 
A partir da epidemia de HIV/AIDS, do aparecimento de cepas de bactérias 
multirresistentes (como o Staphylococcus aureus resistente à meticilina, bacilos Gram 
negativos não fermentadores, Enterococcus sp. resistente à vancomicina), do 
ressurgimento da tuberculose na população mundial e do risco aumentado para a 
aquisição de microrganismos de transmissão sanguínea (hepatite viral B e C, por 
exemplo) entre os profissionais de saúde, as normas de biossegurança e isolamento 
ganharam atenção especial. 
 
Para entender os mecanismos de disseminação de um microorganismo dentro de 
um hospital, é necessário que se conheça pelo menos três elementos: a fonte, o 
mecanismo de transmissão e o hospedeiro susceptível. 
 
● FONTE: 
 
As fontes ou reservatórios de microorganismos, geralmente, são os profissionais 
de saúde, pacientes, ocasionalmente visitantes, ou materiais e equipamentos 
infectados ou colonizados por microorganismos patogênicos. 
 
● TRANSMISSÃO: 
 
A transmissão de microorganismos em hospitais pode se dar por diferentes vias. 
 
OS PRINCIPAIS MECANISMOS DE TRANSMISSÃO SÃO: 
 
■ TRANSMISSÃO AÉREA POR GOTÍCULAS: Ocorre pela disseminação por gotículas 
maiores do que 5um. Podem ser geradas durante tosse, espirro, conversação ou 
realização de diversos procedimentos (broncoscopia, inalação, etc.). Por serem 
partículas pesadas e não permanecerem suspensas no ar, não são necessários 
sistemas especiais de circulação e purificação do ar. As precauções devem ser tomadas 
por aqueles que se aproximam a menos de 1 metro da fonte. 
 
■ TRANSMISSÃO AÉREA POR AEROSSOL: Quando ocorre pela disseminação de 
partículas, cujo tamanho é de 5um ou menos. Tais partículas permanecem suspensas 
 
 INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
BIOSSEGURANÇA 11 
 
no ar por longos períodos e podem ser dispersas a longas distâncias. Medidas especiais 
para se impedir a recirculação do ar contaminado e para se alcançar a sua 
descontaminação são desejáveis. Consistem em exemplos os agentes de varicela, 
sarampo e tuberculose. 
 
■ TRANSMISSÃO POR CONTATO: É o modo mais comum de transmissão de infecções 
hospitalares. Envolve o contato direto (pessoa-pessoa) ou indireto (objetos 
contaminados, superfícies ambientais, itens de uso do paciente, roupas, etc.) 
promovendo a transferência física de microorganismos epidemiologicamente 
importantes para um hospedeiro susceptível. 
 
● HOSPEDEIRO: 
 
Pacientes expostos a um mesmo agente patogênico podem desenvolver doença 
clínica ou simplesmente estabelecer uma relação comensal com o 
microorganismo,tornando-se pacientes colonizados. 
 
Fatores como idade, doença de base, uso de corticosteróides, antimicrobianos 
ou drogas imunossupressoras e procedimentos cirúrgicos ou invasivos podem tornar os 
pacientes mais susceptíveis às infecções. 
 
► PRECAUÇÃO PADRÃO 
 
AS PRECAUÇÕES PADRÃO são um conjunto de medidas utilizadas para diminuir 
os riscos de transmissão de microorganismos nos hospitais e constituem-se 
basicamente em: 
 LAVAGEM DAS MÃOS: 
 
• Após realização de procedimentos que envolvem presença de sangue, fluidos 
corpóreos, secreções, excreções e itens contaminados. 
 
• Após a retirada das luvas. 
 
• Antes e após contato com paciente e entre um e outro procedimento ou em 
ocasiões onde existe risco de transferência de patógenos para pacientes ou ambiente. 
 
• Entre procedimentos no mesmo paciente quando houver risco de infecção cruzada 
 
de 
 
diferentes sítios anatômicos. 
 
* OBS: O uso de sabão comum líquido é suficiente para lavagem de rotina das mãos, 
exceto em situações especiais definidas pelas Comissões de Controle de Infecção 
Hospitalar - CCIH (como nos surtos ou em infecções hiperendêmicas). 
 
 LUVAS: 
 
• Usar luvas limpas, não estéreis, quando existir possibilidade de contato com sangue, 
fluidos corpóreos, secreções e excreções, membranas mucosas, pele não íntegra e 
qualquer item contaminado. 
• Mudar de luvas entre duas tarefas e entre procedimentos no mesmo paciente. 
 
 INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
BIOSSEGURANÇA 12 
 
♦ Retirar e descartar as luvas depois do uso, entre um paciente e outro e antes de 
tocar itens não contaminados e superfícies ambientais. A lavagem das mãos após a 
retiradadas luvas é obrigatória. 
 
3. MÁSCARA, PROTETOR DE OLHOS, PROTETOR DE FACE: 
 
- É necessário em situações nas quais possam ocorrer respingos e espirros de sangue 
ou secreções nos funcionários. 
 
 AVENTAL: 
 
• Usar avental limpo, não estéril, para proteger roupas e superfícies corporais sempre 
que houver possibilidade de ocorrer contaminação por líquidos corporais e sangue. 
 
• Escolher o avental apropriado para atividade e a quantidade de fluido ou sangue 
encontrado. 
 
• A retirada do avental deve ser feita o mais breve possível com posterior lavagem das 
mãos. 
 
 EQUIPAMENTOS DE CUIDADOS AO PACIENTE: 
 
B Devem ser manuseados com proteção se sujos de sangue ou fluidos corpóreos, 
secreções e excreções e sua reutilização em outros pacientes deve ser precedida de 
limpeza e ou desinfecção. 
C Assegurar-se que os itens de uso único sejam descartados em local apropriado. 
 
6. CONTROLE AMBIENTAL: 
 
Estabelecer e garantir procedimentos de rotina adequados para a limpeza e 
desinfecção das superfícies ambientais, camas, equipamentos de cabeceira e outras 
superfícies tocadas freqüentemente. 
 
 ROUPAS: 
 
E Manipular, transportar e processar as roupas usadas, sujas de sangue, fluidos 
corpóreos, secreções e excreções de forma a prevenir a exposição da pele e mucosa, e 
a contaminação de roupas pessoais, evitando a transferência de microorganismos para 
outros pacientes e para o ambiente. 
 
► SAÚDE OCUPACIONAL E PATÓGENOS VEICULADOS POR SANGUE: 
 
* PREVENÇÃO DE ACIDENTES PÉRFURO-CORTANTES: 
 
E Atenção com o uso, manipulação, limpeza e descarte de agulhas, bisturis e outros 
materiais pérfuro-cortantes. Não retirar agulhas usadas das seringas descartáveis, não 
dobrá-las e não reencapá-las. O descarte desses materiais deve ser feito em caixas 
apropriadas e de paredes resistentes. 
 
F Usar dispositivos bucais, conjunto de ressuscitação e outros dispositivos de ventilação 
quando houver necessidade de ressuscitação. 
 
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BIOSSEGURANÇA 13 
 
► LOCAL DE INTERNAÇÃO DO PACIENTE: 
 
A alocação do paciente é um componente importante da precaução de 
isolamento. 
 
Quando possível, pacientes com microorganismos altamente transmissíveis e/ou 
epidemiologicamente importantes devem ser colocados em quartos privativos com 
banheiro e pia próprios. 
 
* OBS: Quando umquarto privativo não estiver disponível, pacientes infectados 
devem ser alocados com companheiros de quarto infectados com o mesmo 
microorganismo e com possibilidade mínima de infecção. 
 
V - PROCESSAMENTO DE ARTIGOS HOSPITALARES 
 
 
► ARTIGOS 
 
A variedade de materiais utilizados nos estabelecimentos de saúde pode ser 
classificada segundo riscos potenciais de transmissão de infecções para os pacientes, 
em três categorias: críticos, semi-críticos e não críticos. 
 
● ARTIGOS CRÍTICOS 
 
Os artigos destinados aos procedimentos invasivos em pele e mucosas 
adjacentes, nos tecidos subepiteliais e no sistema vascular, bem como todos os que 
estejam diretamente conectados com este sistema, são classificados em artigos 
críticos. Estes requerem esterilização. Ex. agulhas, cateteres intravenosos, materiais 
de implante, etc. 
 
● ARTIGOS SEMI-CRÍTICOS 
 
Os artigos que entram em contato com a pele não íntegra, porém, restrito às 
camadas da pele ou com mucosas íntegras são chamados de artigos semi-críticos e 
requerem desinfecção de médio ou de alto nível ou esterilização. Ex. cânula 
endotraqueal, equipamento respiratório, espéculo vaginal, todos os tipos de sondas: 
sonda naso e orogástrica, vesicais, nasoenterica etc. 
 
● ARTIGOS NÃO CRÍTICOS 
 
Os artigos destinados ao contato com a pele íntegra e também os que não 
entram em contato direto com o paciente são chamados artigos não-críticos e 
requerem limpeza ou desinfecção de baixo ou médio nível, dependendo do uso a que 
se destinam ou do último uso realizado. Ex. termômetro, materiais usados em banho 
de leito como bacias, cuba rim, estetoscópio, roupas de cama do paciente,etc. 
 
7.1. LIMPEZA 
 
 o procedimento de remoção de sujidade e detritos para manter em estado de 
asseio os artigos, reduzindo a população microbiana. Constitui o núcleo de todas as 
ações referentes aos cuidados de higiene com os artigos hospitalares. 
 
 INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
BIOSSEGURANÇA 14 
 
A limpeza deve preceder os procedimentos de desinfecção ou de esterilização, 
pois reduz a carga microbiana através remoção da sujidade e da matéria orgânica 
presentes nos materiais. 
 
O excesso de matéria orgânica aumenta não só a duração do processo de 
esterilização, como altera os parâmetros para este processo. 
 
Assim, é correto afirmar que a limpeza rigorosa é condição básica para qualquer 
processo de desinfecção ou esterilização. 
 
“É possível limpar sem esterilizar, mas não é possível garantir a esterilização sem 
limpar” 
 
VI – ESTERILIZAÇÃO 
 
A ESTERILIZAÇÃO DE MATERIAIS é a total eliminação da vida microbiana destes 
materiais . Caracteriza-se por um processo de destruição por meio de agentes físicos 
ou químicos de todas as formas de vidas microscópica. Um objeto esterilizado, no 
sentido microbiológico, está, completamente livre de microrganismos viáveis. 
 
 A FLAMBAGEM: 
 
 a colocação de material sobre o fogo até que o metal fique vermelho 
* VANTAGEM: fácil execução 
 
* DESVANTAGEM: Não é seguro , pode não esterilizar alguns tipos de bactérias pelo 
baixo tempo de exposição. Estraga o material. 
 
2. CALOR SECO 
 
Penetra nas substancias de uma forma mais lenta que o calor úmido e por isso 
exige temperaturas mais elevadas e tempos mais longos , para que haja uma eficaz 
esterilização. 
 
São utilizadas as estufas . Conforme o calor gerado recomenda-se um certo tempo: 
a 170 graus Celsius, são necessários 60 minutos. A 120 Graus são necessários 12 
horas. 
 
 VANTAGENS: Não forma ferrugem , não danifica materiais . 
 
 DESVANTAGENS: O material deve ser resistente a variação da temperatura. Na 
esteriliza líquidos. 
 
 CALOR ÚMIDO 
 
7.1. AUTOCLAVE: 
 
 a exposição do material a vapor de água sob 
pressão, a 121ºC durante 15 min. É o processo mais usado e os 
materiais devem ser embalados de forma a permitirem o contato 
total do material com o vapor para permitir que a temperatura 
 
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não seja inferior à desejada, permitir a penetração do vapor nos poros dos corpos 
 
porosos e impedir a formação de uma camada inferior mais fria. Podem ser usados 
autoclaves de parede simples ou de parede dupla, que permitem melhor extração 
do ar e melhor secagem. 
É muito usado para o vidro seco e materiais que não oxidem com a água 
(os materiais termolábeis não podem ser esterilizado por esta técnica). É utilizada 
ainda para esterilizar tecidos. 
 
 INDICADORES QUÍMICOS: Mudam de cor consoante a temperatura. 
 
 INDICADORES BIOLÓGICOS: Tubo com suspensão de esporos de bactérias 
resistentes que morrem quando exposto por 12 min. Ou mais a uma temperatura de 
121ºC. Após um repouso de 14h, faz-se uma sementeira dos esporos , que deve dar 
negativa. 
 
VANTAGENS: Fácil uso, custo acessível para grandes hospitais 
 
 DESVANTAGENS: Não serve para esterilizar pós e líquidos. 
 
 QUIMICO: 
 
 GÁS ÓXIDO DE ETILENO: 
 
O gás óxido de etileno é um produto altamente tóxico usado para esterilizar 
materiais . 
 
* VANTAGENS : Não danifica o material 
 
* DESVANTAGENS: Danos ao meio ambiente quando manipulado erroneamente , alto 
custo , tóxico para o manipulador,requer aeração de 48 horas. Demorado. 
 
● GLUTARALDEÍDO: 
 
Fornecido na forma de líquido a 25 ou 50% ,são pouco voláteis a frio e utilizados 
para a desinfecção de instrumentos médicos . Irritante das mucosas e tóxico , 
necessita de cuidados especiais . 
 
 VANTAGENS: Facilidade de uso 
 
 DESVANTAGENS: Esterilização é tempo dependente . Alérgeno , tóxico e irritante, 
Mycobactérias podem ser resistentes 
 
5. ESTERILIZAÇÃO POR PLASMA DE PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO 
 
O plasma é o quarto estado da matéria.É definido como uma nuvem de elétrons, 
partículas neutras, produzidas a partir da interação do peróxido de hidrogênio e um 
campo magnético.A esterilização com gás plasma combina peróxido de hidrogênio p/ 
gerar uma onda eletromagnética. 
 
O plasma de peróxido não oxida o material, não degrada o corte, pontas,sulcos de 
instrumentais cirúrgicos. Seu produto final não é tóxico, não polui o meio ambiente e 
nem apresenta toxicidade para o profissional e nem para o paciente. 
 
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♦ AGENTE ESTERILIZANTE: Ampolas contendo: 1,8ml de H2O2 (água oxigenada) na 
forma líquida numa concentração de 58%.Que durante a fase da injeção passará da 
forma líquida para gasosa. 
● STERRAD 
 
Esterilização a baixa temperatura 45ºC, é uma alternativa 
de esterilização para materias termosensíveis. 
 
- VANTAGENS: rapidez, ciclo de 50’, ausência de resíduos 
tóxicos,fácil instalação, segurança. 
 
- DESVANTAGENS: alto custo dos insumos, câmara pequena, 100 
litros. 
 
♦ FASES DO PROCESSO 
 
- VÁCUO: Nesta fase através da bomba de vácuo, é removido o ar de dentro da 
câmara de esterilização. 
 
- INJEÇÃO: Neste momento as agulhas perfuram as ampolas, fazendo com que 
passem de liquido p/ gás. 
 
- DIFUSÃO: O peróxido na forma gasosa se espalha por todo o material,é importante 
que todos os materiais estejam totalmente expostos para que o peróxido entre em 
contato com toda a superfície. 
 
- PLASMA: esterilização propriamente dita. 
 
- VENTILAÇÃO: Dura 1 minuto, o ar é filtrado p/ dentro da câmara do equipamento, 
igualando a pressão interna com a externa, possibilitando a abertura da porta. E os 
materiais estão prontos! 
 
♦ CONTROLE DE QUALIDADE 
 
- INDICADOR PARAMÉTRICO: Relatório emitido ao término de cada ciclo onde são 
apresentados parâmetros de controle de esterilização. 
 
- INDICADOR BIOLÓGICO: 
 
- BACILLUS STEAROTHERMOPHILUS(forma esporuladas mais resistente aos 
esterilizantes físicos químicos.) 
 
■ INDICADOR QUÍMICO: 
 
Marcador de concentração ótima do peróxido no interior da câmara. 
 
■ FITA INDICADORA: 
 
Utilizada no interior das embalagens com manta de polipropileno. 
 
■ FITA TESTE: 
 
Utilizada no fechamento das embalagens. 
 
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VII – DESINFECÇÃO, ANTI-SEPSIA E ASSEPSIA. 
 
 
► DESINFECÇÃO : 
 
Processo que consiste na destruição, remoção ou redução dos microrganismos 
presentes num material inanimado através do uso de agentes químicos . 
 
A desinfecção não implica na eliminação de todos os microrganismos viáveis, 
porém elimina a potencialidade infecciosa do objeto, superfície ou local tratado. 
 
O agente empregado na desinfecção é denominado de DESINFETANTE. 
 
► ANTI-SEPSIA: 
 
Consiste no mesmo termo usado à desinfecção, só que está relacionada com 
 
substancias aplicadas ao organismo humano, é a redução do número de 
microrganismos viáveis na pele pelo uso de uma substancia denominada de anti- 
séptico . 
 
► ASSEPSIA: 
 
Conjunto de meios usados para impedir a penetração de microrganismo, em 
local que não os tenha. 
 
SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHADOR 
 
VIII – DOENÇAS OCUPACIONAIS 
 
 
AS DOENÇAS OCUPACIONAIS são decorrentes da exposição do trabalhador aos 
riscos da atividade que desenvolve. Podem causar afastamentos temporários, 
repetitivos e até definitivos. 
 
A maior incidência destas doenças ocorre na faixa dos 30 aos 40 anos, 
prejudicando a produtividade do trabalhador e podendo interromper sua carreira e 
desestabilizar a sua vida. As doenças ocupacionais são causadas ou agravadas por 
determinadas atividades. 
 
A prevenção pode evitar que tanto os trabalhadores como os empresários se 
prejudiquem com as conseqüências das doenças ocupacionais. A recuperação pode ser 
demorada e cara. 
 
* AS POSSÍVEIS CAUSAS DO PROBLEMA 
 
♦ AGENTES FÍSICOS (ruído, temperatura, vibrações e radiações) 
 
♦ AGENTES QUÍMICOS (utilizados nas indústrias, podem causar danos à saúde). 
 
♦ AGENTES BIOLÓGICOS (microorganismos como bactérias, vírus e fungos). 
 
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* COMO DIAGNOSTICAR O PROBLEMA 
 
Exame físico, ocupacional e complementares, conforme critérios médicos. 
 
►AS DOENÇAS OCUPACIONAIS MAIS COMUNS 
 
1. DOENÇAS DAS VIAS AÉREAS: 
 
Alguns exemplos são as pneumoconioses causadas pela poeira da sílica 
(silicose) e do asbesto (asbestose), além da asma ocupacional. Substâncias 
agressivas inaladas no ambiente de trabalho se depositam nos pulmões, provocando 
falta de ar, tosse, chiadeira no peito, espirros e lacrimejamento. 
 
2. PERDA AUDITIVA RELACIONADA AOTRABALHO (PAIR) 
 
Diminuição gradual da audição decorrente da exposição contínua a 
níveis elevados de ruídos. Além da perda auditiva, outra alterações importantes 
podem prejudicar a qualidade de vida do trabalhador. 
 
3. INTOXICAÇÕES EXÓGENAS 
 
PODEM SER CAUSADAS POR: 
 
● AGROTÓXICOS: Os pesticidas (defensivos agrícolas) provocam grandes danos à 
saúde e ao meio ambiente. 
 
● CHUMBO (SATURNISMO): A exposição contínua ao chumbo, presente em fundições e 
refinarias, provoca, a longo prazo, um tipo de intoxicação que varia de intensidade de 
acordo com as condições do ambiente (umidade e ventilação), tempo de exposição e 
fatores individuais (idade e condições físicas). 
 
● MERCÚRIO (HIDRARGIRISMO): O contato com a substância se dá por meio da 
inalação, absorção cutânea ou via oral da substância; ocorre com trabalhadores que 
lidam com extração do mineral ou fabricação de tintas. 
 
● SOLVENTES ORGÂNICOS (BENZENISMO): Por serem tóxicos e agressivos, podem 
contaminar trabalhadores de refinarias de petróleo e indústrias de transformação. 
 
4. LER E DORT - LESÃO PPR ESFORÇO REPETITIVO / DISTÚRBIO 
 
OSTEOMUSCULAR RELACIONADO AO TRABALHO 
 
Conjunto de doenças que atingem principalmente os músculos, tendões e 
nervos. O problema é decorrente do trabalho com movimentos repetitivos, esforço 
excessivo, má postura e estresse, entre outros. 
 
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5. DERMATOSES OCUPACIONAIS 
 
Também conhecidas como dermatites de contato, são alterações da pele e das 
mucosas causadas, mantidas ou agravadas, direta ou indiretamente, por determinadas 
atividades profissionais. 
 
São provocadas por agentes químicos e podem ocasionar irritação ou até mesmo 
alergia. 
 
6. STRESSE 
 
O estresse e o excesso de trabalho podem variar desde mudanças no humor, 
ansiedade, irritabilidade e descontrole emocional até doenças psíquicas. 
 
Geralmente, o estresse é causado por sobrecarga de tarefas e ausência de 
pausas para descanso e exercícios físicos. Ativar os músculos com exercícios diários, 
mesmo os de relaxamento, é um bom começo para se livrar do estresse. 
 
Durante os exercícios, inspire o ar pelo nariz e solte pela boca, sentindo o 
oxigênio descer e o gás carbônico subir. 
 
► A AJUDA DA ERGONOMIA 
 
Ciência que estuda as relações entre o homem, seu trabalho, equipamentos e 
meio ambiente, a Ergonomia previne o surgimento de doenças ocupacionais durante o 
processo de produção de atividades. O objetivo é a adaptação do posto de trabalho, 
instrumentos, máquinas, horários e meio ambiente às exigências da função. 
 
Ela facilita o desenvolvimento e o rendimento das atividades de trabalho. Todos 
devem aprender a identificar os sinais do próprio corpo para perceber o 
 
início de qualquer desconforto, procurando, assim, adaptar as técnicas da 
ergonomia ao seu local de trabalho. 
 
* SINTOMAS MAIS COMUNS, E QUE REQUEREM A PROCURA POR UM MÉDICO: 
 
1. Cansaço excessivo 
 
2. Desconforto após a jornada de trabalho 
 
3. Inchaço 
 
4. Formigamento dos pés e das mãos 
 
5. Sensação de choque nas mãos 
 
6. Dor nas mãos 
 
7. Perda dos movimentos da mão 
 
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Cuide de sua qualidade de vida, procurando manter um melhor equilíbrio 
entre corpo e mente. Faça exercícios físicos pelo menos quatro vezes por 
semana, tenha uma dieta balanceada e saudável e procure formas de lazer 
alternativas, que amenizem o estresse do dia-a-dia. 
 
► COMO PREVENIR AS DOENÇAS OCUPACIONAIS 
 
● Conforto é essencial para a prevenção. 
 
● As operações de trabalho devem estar ao 
alcance das mãos. 
 
● As máquinas devem se posicionar de forma que a 
pessoa não tenha que se curvar ou torcer o tronco para 
pegar ou utilizar ferramentas com freqüência. 
 
● A mesa deve estar posicionada de acordo com a 
altura de cada pessoa e ter espaço para a 
movimentação das pernas. 
● As cadeiras devem ter altura para que haja apoio dos pés, formato anatômico 
para o quadril e encosto ajustável. 
 
● Pausas durante a realização das tarefas permite um alívio para os 
músculos mais ativos. 
● Durante estas pausas, se levante e caminhe um pouco. 
 
SE POSSÍVEL, FAÇA EXERCÍCIOS DE ALONGAMENTO. 
 
 
 
 
 
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LEITURA COMPLEMENTAR 
 
 
 
. CUIDADOS COM BIOSSEGURANÇA 
 
• Lavagem das Mãos 
 
A lavagem rotineira das mãos com água e sabão, elimina além da sujidade (sujeira) 
visível ou não, todos os microrganismos que se aderem a pele durante o 
desenvolvimento de nossas atividade mesmo estando a mão enluvada. A lavagem 
das mãos é a principal medida de bloqueio da transmissão de germes. 
Devemos lavar as mãos sempre, antes de iniciarmos uma atividade e logo após seu 
término,assim como fazemos em nosso dia a dia antes das refeições e após a ida 
ao banheiro. Mantenha suas unhas curtas e as mãos sem anéis para diminuir a 
retenção de germes. 
 
• Manipulação de Instrumentos e Materiais 
 
Os instrumentos e materiais sujos com sangue, fluidos corporais, secreções e 
excreções devem ser manuseados de modo a prevenir a contaminação da pele e 
mucosas (olhos, nariz e boca), roupas, e ainda, prevenir a transferência de 
microrganismos para outros pacientes e ambiente. Todos os instrumentos 
reutilizados tem rotina de reprocessamento. Verifique para que estes estejam limpos 
ou desinfetados/esterilizados adequadamente antes do uso em outro paciente ou 
profissional. Confira se os materiais descartáveis de uso único estão sendo 
realmente descartados e se em local apropriado. 
 
• Manipulação de Materiais Cortantes e de Punção 
 
Ao manusear, limpar, transportar ou descartar agulhas, lâminas de barbear, tesouras 
e outros instrumentos de corte tenha cuidado para não se acidentar. A estes 
materiais chamamos de instrumentos perfurocortantes. 
Eles devem ser descartados em caixas apropriadas, rígidas e impermeáveis que 
devem ser colocadas próximo a área em que os materiais são usados. Nunca 
recape agulhas após o uso. Não remova com as mãos agulhas usadas das seringas 
descartáveis e não as quebre ou entorte. Para a reutilização de seringa anestésica 
descartável ou carpule, recape a agulha introduzindo-a no interior da tampa e 
 
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BIOSSEGURANÇA 22 
 
pressionando a tampa ao encontro da parede da bandeja clínica de forma a não 
utilizar a mão neste procedimento. Seringas e agulhas reutilizáveis devem ser 
transportadas para a área de limpeza e esterilização em caixa de inox ou bandeja. 
 
 
Exemplo de caixa de descarte de materiais pérfuro-cortantes 
 
• Ambiente e Equipamentos 
 
Toda a unidade de saúde deve ter rotinas de limpeza e desinfecção de superfícies 
do ambiente e de equipamentos. Colabore na supervisão para conferir se estas 
medidas estão sendo seguidas. Verifique estas rotinas nos próximos capítulos. 
Proteja as superfícies do contato direto, como botões, alças de equipamentos, 
teclados, mouses e monitores com barreiras do tipo filme plástico (PVC), papel 
alumínio ou outros materiais próprios a este fim. Este procedimento impede a 
aderência da sujidade, requerendo apenas desinfecção na hora da troca de barreiras 
entre pacientes, dispensando a limpeza da superfície do equipamento. 
 
• Roupas e Campos de Uso no Paciente 
 
Manipule e transporte as roupas sujas com sangue, fluidos corporais, secreções e 
excreções com cuidado. Transporte-as em sacos plásticos. Os serviços de saúde 
que utilizam rouparia e campos reutilizáveis devem ter um sistema de lavanderia, 
própria ou terceirizada que garanta a desinfecção destas roupas. 
 
• Vacinação 
 
Todos os profissionais de saúde devem estar vacinados contra a hepatite B e o 
tétano. Estas vacinas estão disponíveis na rede pública municipal. Participe de todas 
as campanhas de vacinação que a Secretaria Municipal de Saúde promove. Vacina 
é proteção específica de doenças. 
 
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL 
 
 
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BIOSSEGURANÇA 23 
 
• Luvas 
 
As luvas protegem de sujidade grosseira. Elas devem ser usadas em procedimentos 
que envolvam sangue, fluidos corporais, secreções, excreções (exceto suor), 
membranas mucosas, pele não íntegra e durante a manipulação de artigos 
contaminados. As luvas devem ser trocadas após contato com material biológico, 
entre as tarefas e procedimentos num mesmo paciente, pois podem conter uma alta 
concentração de microrganismos. Remova as luvas logo após usá-las, antes de 
tocar em artigos e superfícies sem material biológico e antes de atender outro 
paciente, evitando a dispersão de microrganismos ou material biológico aderido nas 
luvas. Lave as mãos imediatamente após a retirada das luvas para evitar a 
transferência de microrganismos a outros pacientes e materiais, pois há repasse de 
germes para as mãos mesmo com o uso de luvas. As luvas estéreis estão indicadas 
para procedimentos invasivos e assépticos. Luvas grossas de borracha estão 
indicadas para limpeza de materiais e de ambiente. 
 
• Máscaras, Óculos de Proteção ou Escudo Facial 
 
A máscara cirúrgica e óculos de proteção ou escudo facial são utilizados em 
procedimentos e servem para proteger as mucosas dos olhos, nariz e boca de 
respingos (gotículas) gerados pela fala, tosse ou espirro de pacientes ou durante 
atividades de assistência e de apoio. Estas gotículas geradas por fonte humana tem 
diâmetro de até 5μ e se dispersam até um metro de distância quando se depositam 
nas 
superfícies. Elas podem ser de sangue, fluidos corporais, secreções e excreções ou 
líquidos contaminados como aquelas geradas durante a lavagem de materiais 
contaminados. Os procedimentos de maior risco e dispersão de respingos são: 
broncoscopia, aspiração oral, nasal ou endotraqueal, passagem de sonda gástrica, 
cirurgias, suturas, técnicas laboratoriais de bioquímica e microbiologia e atendimento 
odontológico. Outra indicação de uso destes equipamentos é durante a manipulação 
de produtos químicos como em farmácia hospitalar, áreas de expurgo ou de 
desinfecção de artigos onde existe o risco químico de contato. As máscaras 
cirúrgicas devem ter um filtro bacteriano de até 5 μ de diâmetro. São de uso único, 
mas durante procedimentos de longa duração, sua troca deverá ocorrer quando 
úmidas ou submetidas a respingos visíveis. 
 
• Protetor respiratório (respiradores) 
 
 
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BIOSSEGURANÇA 24 
 
Usado para proteger as vias respiratórias contra poeiras tóxicas e vapores orgânicos 
ou químicos. É indicado para entrar em quarto de isolamento de pacientes com 
tuberculose pulmonar, sarampo ou varicela, doenças que são transmitidas via aérea 
quando inalamos os núcleos de gotículas ressecadas suspensas no ar contendo os 
germes. Também é indicado no laboratório de microbiologia em técnicas de 
identificação do bacilo da tuberculose. Outra indicação para o uso do protetor 
respiratório, de um tipo específico, é no manuseio prolongado de glutaraldeído 2% 
usado para desinfecção de artigos em ambiente pouco arejado, desde que este 
protetor tenha uma camada de carvão ativado (máscara escura). 
Este protetor com carvão ativado filtra gases tóxicos e odores. Seu uso também está 
indicado para ambientes ou atividades com odor fétido e desagradável. 
É de uso individual, intransferível e reutilizável. Tem vida útil variável dependendo do 
tipo de contaminante, sua concentração, da freqüência respiratória do usuário e da 
umidade do ambiente. Deve ser trocado sempre que se encontrar saturado 
(entupido), perfurado, rasgado ou com elástico solto, ou quando o usuário perceber 
o cheiro ou gosto do contaminante. Não deve ser feito nenhum tipo de reparo. 
Manusear com as mãos limpas e guardar em local limpo. 
 
Instruções de uso do protetor respiratório: 
 
- Segure o respirador na mão e aproxime no rosto cobrindo a boca e o nariz. 
- Puxe o elástico de cima, passando-o pela cabeça e ajustando-o acima das orelhas. 
Depois faça o mesmo com o elástico inferior, ajustando-o na nuca. 
- Pressione o elemento metálico com os dedos de forma a moldá-lo ao formato do 
nariz. 
- Para verificar o ajuste, coloque as mãos na frente do respirador e assopre 
fortemente. O ar não deve vazar pelas laterais. 
- Para retirar, comece pelo elástico de baixo das orelhas e depois o outro. 
- Profissionais imunizados por sarampo e varicela nãonecessitam de proteção 
respiratória, devendo estes serem escalados para o atendimento de pacientes 
portadores destas doenças infecciosas. 
 
• Avental e gorro 
 
O avental (limpo, não estéril) serve para proteger a pele e prevenir sujidade na roupa 
durante procedimentos que tenham probabilidade de gerar respingos ou contato de 
sangue, fluidos corporais, secreções ou excreções. O avental será selecionado de 
 
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BIOSSEGURANÇA 25 
 
acordo com a atividade e quantidade de fluido encontrado (plástico ou tecido). O 
avental de plástico está indicado para lavagem de materiais em áreas de expurgo. O 
avental sujo será removido após o descarte das luvas e as mãos devem ser lavadas 
para evitar transferência de microrganismos para outros pacientes ou ambiente. 
O gorro estará indicado especificamente para profissionais que trabalham com 
procedimentos que envolvam dispersão de aerossóis, projeção de partículas e 
proteção de pacientes quando o atendimento envolver procedimentos cirúrgicos. É o 
caso da equipe odontológica e outras especialidades como oftalmologia, 
otorrinolaringologia, cirurgia geral, cirurgia vascular e outras especialidades 
cirúrgicas. 
Tanto o avental quanto o gorro podem ser de diferentes tecidos laváveis ou do tipo 
descartável de uso único. A lavagem domiciliar de aventais contaminados deve ser 
precedida de desinfecção, por 30 minutos em solução de hipoclorito de sódio a 
0,02% (10ml de alvejante comercial a 2 a 2,5% para cada litro de água). 
 
• Calçados 
 
Os calçados indicados para o ambiente com sujeira orgânica são aqueles fechados 
de preferência impermeáveis (couro ou sintético). Evita-se os de tecido que 
umedecem e retém a sujeira. Escolha os calçados cômodos e do tipo anti-
derrapante. Se o local tiver muita umidade, como em lavanderias, usar botas de 
borracha. 
 
 
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BIOSSEGURANÇA 26 
 
 
. MANUAL DE BIOSSEGURANÇA 
 
I. INTRODUÇÃO 
 
As atividades a serem desenvolvidas no PROGRAMA DE BIOSSEGURANÇA 
devem permitir o aprendizado e o crescimento do estudante na sua área profissional. 
Os líquidos biológicos e os sólidos, os quais manuseamos nos laboratórios, são, 
quase sempre, fontes de contaminação. Os cuidados que devemos ter para não 
haver contaminação cruzada dos materiais, não contaminar o pessoal do laboratório, 
da limpeza, os equipamentos, o meio ambiente através de aerossóis e os cuidados 
com o descarte destes materiais fazem parte das Boas Práticas em Laboratório 
Clínico (BPLC), seguindo as regras da Biossegurança. Para cada procedimento há 
uma regra já definida em Manuais, Resoluções, Normas ou Instruções Normativas. 
 
1. O local de trabalho deve ser mantido sempre em ordem. 
2. Aos chefes de grupo cabe a responsabilidade de orientar seu pessoal e exigir o 
cumprimento das regras, sendo os mesmos, responsáveis diretos por abusos e falta 
de capacitação profissional para utilizar os equipamentos, reagentes e infra-
estrutura. 
3. Antes de utilizar qualquer dependência que não seja a do laboratório em que se 
encontra trabalhando, o estagiário deverá pedir permissão ao responsável direto 
pelo mesmo. 
4. Para sua segurança, procure conhecer os perigos oferecidos pelos produtos 
químicos utilizados no seu trabalho. 
5. Procure inteirar-se das técnicas que você utiliza. Ciência não é mágica. O 
conhecimento dos porquês pode ser muito útil na solução de problemas técnicos. 
6. Na dúvida, pergunte. 
7. Ao perceber que um aparelho está quebrado, comunique imediatamente ao chefe 
do setor para que o reparo possa ser providenciado. 
8. Ao perceber algo fora do lugar, coloque-o no devido lugar. A iniciativa própria para 
manter a ordem é muito bem-vinda e antecipadamente agradecida. 
9. Planeje bem os seus protocolos e realize os procedimentos operacionais dos 
mesmos. 
 
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BIOSSEGURANÇA 27 
 
Idealmente, antes de começar um experimento, você deve saber exatamente o que 
será consumido, sobretudo no tocante ao uso de material importado. 
10. Trabalho com patógenos não deve ser realizado em local movimentado. O 
acesso ao laboratório deve ser restrito a pessoas que, realmente, manuseiem o 
material biológico. 
11. O trânsito pelos corredores com material patogênico deve ser evitado ao 
máximo. 
Quando necessário, utilize bandejas. 
Aquele que nunca trabalhou com patógenos, antes de começar a manuseá-los, 
deve: 
 
• Estar familiarizado com estas normas; 
• Ter recebido informações e um treinamento adequado em técnicas e conduta geral 
de trabalho em laboratório (pipetagem, necessidade de manter-se a área de trabalho 
sempre limpa, etc.) 
 
13. Ao iniciar o trabalho com patógenos, o estagiário deverá ficar sob a supervisão 
de um pesquisador experimentado, antes de estar completamente capacitado para o 
trabalho em questão. 
14. Saída da área de trabalho, mesmo que temporariamente, usando luvas (mesmo 
que o pesquisador tenha certeza de que não estão contaminadas), máscara ou 
avental, é estritamente proibida. Não se deve tocar com as luvas em maçanetas, 
interruptores, telefone, etc. (Só se deve tocar com as luvas o material estritamente 
necessário ao trabalho). 
15. Seja particularmente cuidadoso para não contaminar aparelhos dentro ou fora da 
sala (use aparelhos extras, apenas em caso de extrema necessidade). 
 
16. Em caso de acidente: 
 
• A área afetada deve ser lavada com água corrente em abundância; 
• Álcool iodado deve ser passado na área afetada (com exceção dos olhos, que 
devem 
ser lavados exaustivamente com água destilada); 
• Em caso de ferida, deve ser lavada com água corrente e comprimida de forma a 
sair 
 
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BIOSSEGURANÇA 28 
 
sangue (cuidado para não aumentar as dimensões da ferida deve ser tomado); 
• Os acidentes devem ser comunicados, imediatamente, ao responsável pelo setor e 
a direção do Instituto para discussão das medidas a serem adotadas; 
17. As normas de trabalho com material radioativo e com material patogênico devem 
ser lidas com atenção antes de se começar a trabalhar com os mesmos. 
18. Recomendação final para minimizar o risco de acidentes: não trabalhe sob 
tensão. 
 
II BIOSSEGURANÇA e RISCOS 
Biossegurança é um conjunto de procedimentos, ações, técnicas, metodologias, 
equipamentos e dispositivos capazes de eliminar ou minimizar riscos inerentes as 
atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação 
de serviços, que podem comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio 
ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos. 
 
TIPOS DE RISCO 
(Portaria do Ministério do Trabalho, MT no. 3214, de 08/06/78) 
 
1. Riscos de Acidentes 
2. Riscos Ergonômicos 
3. Riscos Físicos 
4. Riscos Químicos 
5. Riscos Biológicos 
 
1. RISCOS DE ACIDENTES 
 
Considera-se risco de acidente qualquer fator que coloque o trabalhador em situação 
de perigo e possa afetar sua integridade, bem estar físico e moral. São exemplos de 
risco de acidente: as máquinas e equipamentos sem proteção, probabilidade de 
incêndio e explosão, arranjo físico inadequado, armazenamento inadequado, etc. 
 
2. RISCOS ERGONÔMICOS 
 
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Considera-se risco ergonômico qualquer fator que possa interferir nas características 
psicofisiológicas do trabalhador causando desconforto ou afetando sua saúde. São 
exemplos de risco ergonômico: o levantamento e transporte manual de peso, o ritmo 
excessivo de trabalho, a monotonia, a repetitividade,a responsabilidade excessiva, a 
postura inadequada de trabalho, o trabalho em turnos, etc. 
 
3. RISCOS FÍSICOS 
 
Consideram-se agentes de risco físico as diversas formas de energia a que possam 
estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, 
temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, ultra-som, 
materiais cortantes e pontiagudos, etc. 
 
4. RISCOS QUÍMICOS 
 
Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostas ou produtos 
que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, 
fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de 
exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou 
por ingestão. 
5. RISCOS BIOLÓGICOS 
 
Consideram-se agentes de risco biológico as bactérias, fungos, parasitos, vírus, 
entre outros. 
 
Classificação de risco biológico: 
 
Os agentes de risco biológico podem ser distribuídos em quatro classes de 1 a 4 por 
ordem crescente de risco (anexo 1), classificados segundo os seguintes critérios: 
 
• Patogenicidade para o homem. 
• Virulência. 
• Modos de transmissão 
 
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• Disponibilidade de medidas profiláticas eficazes. 
• Disponibilidade de tratamento eficaz. 
• Endemicidade. 
 
MÉTODOS DE CONTROLE DE AGENTE DE RISCO 
 
Os elementos básicos para contenção de agentes de risco: 
 
A. - BOAS PRÁTICAS DE LABORATÓRIO - GLP 
 
• Observância de práticas e técnicas microbiológicas padronizadas. 
• Conhecimento prévio dos riscos. 
• Treinamento de segurança apropriado. 
• Manual de biossegurança (identificação dos riscos, especificação das práticas, 
procedimentos para eliminação de riscos). 
 
A.1. - RECOMENDAÇÕES GERAIS 
 
• Nunca pipete com a boca, nem mesmo água destilada. Use dispositivos de 
pipetagem mecânica. 
• Não coma, beba, fume, masque chiclete ou utilize cosméticos no laboratório. 
• Evite o hábito de levar as mãos à boca, nariz, olhos, rosto ou cabelo, no 
laboratório. 
• Lave as mãos antes de iniciar o trabalho e após a manipulação de agentes 
químicos, material infeccioso, mesmo que tenha usado luvas de proteção, bem como 
antes de deixar o laboratório. 
• Objetos de uso pessoal não devem ser guardados no laboratório. 
• Utilize jalecos ou outro tipo de uniforme protetor, de algodão, apenas dentro do 
laboratório. Não utilize essa roupa fora do laboratório. 
• Não devem ser utilizadas sandálias ou sapatos abertos no laboratório. 
• Utilize luvas quando manusear material infeccioso. 
 
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• Não devem ser usados jóias ou outros adornos nas mãos, porque podem impedir 
uma boa limpeza das mesmas. 
• Mantenha a porta do laboratório fechada. Restrinja e controle o acesso do mesmo. 
• Não mantenha plantas, bolsas, roupas ou qualquer outro objeto não relacionado 
com o trabalho dentro do laboratório. 
• Use cabine de segurança biológica para manusear material infeccioso ou materiais 
que necessitem de proteção contra contaminação. 
• Utilize dispositivos de contenção ou minimize as atividades produtoras de 
aerossóis, tais como operações com grandes volumes de culturas ou soluções 
concentradas. 
Essas atividades incluem: centrifugação (utilize sempre copos de segurança), 
misturadores tipo Vortex (use tubos com tampa), homogeneizadores (use 
homogeneizadores de segurança com copo metálico), sonicagem, trituração, 
recipientes abertos de material infeccioso, frascos contendo culturas, inoculação de 
animais, culturas de material infeccioso e manejo de animais. 
• Qualquer pessoa com corte recente, com lesão na pele ou com ferida aberta 
(mesmo 
uma extração de dente), devem abster-se de trabalhar com patógenos humanos. 
• Coloque as cabines de segurança biológica em áreas de pouco trânsito no 
laboratório, minimize as atividades que provoquem turbulência de ar dentro ou nas 
proximidades da cabine. 
• As cabines de segurança biológica não devem ser usadas em experimentos que 
envolvam produtos tóxicos ou compostos carcinogênicos. Neste caso utilizam-se 
capelas químicas. 
• Descontamine todas as superfícies de trabalho diariamente e quando houver 
respingos ou derramamentos. Observe o processo de desinfecção específico para 
escolha e utilização do agente desinfetante adequado. 
• Coloque todo o material com contaminação biológica em recipientes com tampa e 
a 
prova de vazamento, antes de removê-los do laboratório para autoclavação. 
• Descontamine por autoclavação ou por desinfecção química, todo o material com 
contaminação biológica, como: vidraria, caixas de animais, equipamentos de 
laboratório, etc..., seguindo as recomendações para descarte desses materiais. 
• Descontamine todo equipamento antes de qualquer serviço de manutenção. 
• Cuidados especiais devem ser tomados com agulhas e seringas. Use-as somente 
quando não houver métodos alternativos. 
 
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• Seringas com agulhas ao serem descartadas devem ser depositadas em 
recipientes rígidos, a prova de vazamento e embalados como lixo patológico. 
• Vidraria quebrada e pipetas descartáveis, após descontaminação, devem ser 
colocadas em caixa com paredes rígidas rotulada “vidro quebrado” e descartada 
como lixo geral. 
• Saiba a localização do mais próximo lava olhos, chuveiro de segurança e extintor 
de incêndio. Saiba como usá-los. 
• Mantenha preso em local seguro todos os cilindros de gás, fora da área do 
laboratório e longe do fogo. 
• Zele pela limpeza e manutenção de seu laboratório, cumprindo o programa de 
limpeza e manutenção estabelecido para cada área, equipamento e superfície. 
• Todo novo funcionário ou estagiário deve ter treinamento e orientação específica 
sobre BOAS PRÁTICAS LABORATORIAIS e PRINCÍPIOS DE BIOSSEGURANÇA 
aplicados ao trabalho que irá desenvolver. 
• Qualquer acidente deve ser imediatamente comunicado à chefia do laboratório, 
registrado em formulário específico e encaminhado para acompanhamento junto a 
Comissão de Biossegurança da Instituição. 
• Fique atento à qualquer alteração no seu quadro de saúde e dos funcionários sob 
sua responsabilidade, tais como: gripes, alergias, diarréias, dores de cabeça, 
enxaquecas, tonturas, mal estar em geral, etc... e notifique imediatamente à chefia 
do laboratório. 
 
B. - BARREIRAS 
B.1. - BARREIRAS PRIMÁRIAS 
B.1.1. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI 
 
São empregados para proteger o pessoal da área de saúde do contato com agentes 
infecciosos, tóxicos ou corrosivos, calor excessivo, fogo e outros perigos. A roupa e 
o equipamento servem também para evitar a contaminação do material em 
experimento ou em produção. São exemplos: 
 
� LUVAS 
As luvas são usadas como barreira de proteção prevenindo contra contaminação 
das mãos ao manipular material contaminado, reduzindo a probabilidade de que 
microrganismos presentes nas mãos sejam transmitidos durante procedimentos. 
 
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O uso de luvas não substitui a necessidade da LAVAGEM DAS MÃOS porque elas 
podem ter pequenos orifícios inaparentes ou danificar-se durante o uso, podendo 
contaminar as mãos quando removidas. 
_ Usar luvas de látex SEMPRE que houver CHANCE DE CONTATO com sangue, 
fluídos do corpo, dejetos, trabalho com microrganismos e animais de laboratório. 
_ Usar luvas de PVC para manuseio de citostáticos (mais resistentes, porém menos 
sensibilidade). 
_ Lavar instrumentos, roupas,superfícies de trabalho SEMPRE usando luvas. 
_ NÃO usar luvas fora da área de trabalho, NÃO abrir portas, NÃO atender telefone. 
_ Luvas (de borracha) usadas para limpeza devem permanecer 12 horas em solução 
e 
Hipoclorito de Sódio a 0,1% (1g/l de cloro livre = 1000 ppm). Verificar a integridade 
das luvas após a desinfecção. 
_ NUNCA reutilizar as luvas, DESCARTÁ-LAS de forma segura. 
 
 JALECO 
 
Os vários tipos de jalecos são usados para fornecer uma barreira de proteção e 
reduzir a oportunidade de transmissão de microrganismos. Previnem a 
contaminação das roupas do pessoal, protegendo a pele da exposição a sangue e 
fluidos corpóreos, salpicos e derramamentos de material infectado. 
_ São de uso constante nos laboratórios e constituem uma proteção para o 
profissional. 
_ Devem sempre ser de mangas longas, confeccionados em algodão ou fibra 
sintética (não inflamável). 
_ Os descartáveis devem ser resistentes e impermeáveis. 
_ Uso de jaleco é PERMITIDO somente nas ÁREAS DE TRABALHO. NUNCA EM 
REFEITÓRIOS, ESCRITÓRIOS, BIBLIOTECAS, ÔNIBUS, 
ETC. 
_ Jalecos NUNCA devem ser colocados no armário onde são guardados objetos 
pessoais. 
_ Devem ser descontaminados antes de serem lavados. 
 
OUTROS EQUIPAMENTOS 
 
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_ Óculos de Proteção e Protetor Facial (protege contra salpicos, borrifos, gotas, 
mpacto). 
_ Máscara (tecido, fibra sintética descartável, com filtro HEPA, filtros para gases, ó, 
etc.). 
_ Avental impermeável. 
_ Uniforme de algodão, composto de calça e blusa. 
_ Luvas de borracha, amianto, couro, algodão e descartáveis. 
_ Dispositivos de pipetagem (borracha peras, pipetadores automáticos, etc.). 
 
B.1.2. - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC) 
 
São equipamentos que possibilitam a proteção do pessoal do laboratório, do meio 
ambiente e da pesquisa desenvolvida. São exemplos: 
 
CABINES DE SEGURANÇA 
 
As Cabines de Segurança Biológica constituem o principal meio de contensão e são 
usadas como barreiras primárias para evitar a fuga de aerossóis para o ambiente. 
Há três tipos de cabines de segurança biológica: 
Classe I 
Classe II – A, B1, B2, B3. 
Classe III 
Procedimento correto para uso da Cabine de Segurança Biológica encontra-se no 
nexo 2. 
 
FLUXO LAMINAR DE AR 
 
Massa de ar dentro de uma área confinada movendo-se com velocidade uniforme ao 
longo de linhas paralelas. 
 
 
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CAPELA QUÍMICA NB 
 
Cabine construída de forma aerodinâmica cujo fluxo de ar ambiental não causa 
turbulências e correntes, assim reduzindo o perigo de inalação e contaminação do 
operador ambiente. 
 
CHUVEIRO DE EMERGÊNCIA 
 
Chuveiro de aproximadamente 30 cm de diâmetro, acionado por alavancas de mão, 
otovelos ou joelhos. Deve estar localizado em local de fácil acesso. 
 
LAVA OLHOS 
 
Dispositivo formado por dois pequenos chuveiros de média pressão, acoplados a ma 
bacia metálica, cujo ângulo permite direcionamento correto do jato de água. Pode 
azer parte do chuveiro de emergência ou ser do tipo frasco de lavagem ocular. 
 
MANTA OU COBERTOR 
 
Confeccionado em lã ou algodão grosso, não podendo ter fibras sintéticas. Utilizado 
ara abafar ou envolver vítima de incêndio. 
 
VASO DE AREIA 
 
Também chamado de balde de areia, é utilizado sobre derramamento de álcalis para 
eutralizá-lo. 
 
 
EXTINTOR DE INCÊNDIO A BASE DE ÁGUA 
 
Utiliza o CO2 como propulsor. É usado em papel, tecido e madeira. Não usar em 
letricidade, líquidos inflamáveis, metais em ignição. 
 
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EXTINTOR DE INCÊNDIO DE CO2 EM PÓ 
 
Utiliza o CO2 em pó como base. A força de seu jato é capaz de disseminar os 
ateriais incendiados. É usado em líquidos e gases inflamáveis, fogo de origem 
elétrica. 
Não usar em metais alcalinos e papel. 
 
EXTINTOR DE INCÊNDIO DE PÓ SECO 
 
Usado em líquidos e gases inflamáveis, metais do grupo dos álcalis, fogo de origem 
létrica. 
 
EXTINTOR DE INCÊNDIO DE ESPUMA 
 
Usado para líquidos inflamáveis. Não usar para fogo causado por eletricidade. 
 
EXTINTOR DE INCÊNDIO DE BCF 
 
Utiliza o bromoclorodifluorometano. É usado em líquidos inflamáveis, incêndio de 
rigem elétrica. O ambiente precisa ser cuidadosamente ventilado após seu uso. 
 
MANGUEIRA DE INCÊNDIO 
 
Modelo padrão, comprimento e localização são fornecidos pelo Corpo de 
BOMEIROS. 
 
PROCEDIMENTOS PARA DESCARTE DOS RESÍDUOS GERADOS EM 
LABORATÓRIO 
1 - RESÍDUOS INFECTANTES 
 
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Estes resíduos podem ser divididos em quatro grupos a saber: 
 
MATERIAL PROVENIENTE DE ÁREAS DE ISOLAMENTO 
 
Incluem-se aqui, sangue e secreções de pacientes que apresentam doenças 
transmissíveis. 
 
MATERIAL BIOLÓGICO 
 
Composto por culturas ou estoques de microrganismos provenientes de laboratórios 
línicos ou de pesquisa, meios de cultura, placas de Petri, instrumentos usados para 
anipular, misturar ou inocular microrganismos, vacinas vencidas ou inutilizadas, 
filtros e ases aspiradas de áreas contaminadas. 
 
SANGUE HUMANO E HEMODERIVADOS 
 
Composto por bolsas de sangue com prazo de utilização vencida, inutilizada ou com 
orologia positiva, amostras de sangue para análise, soro, plasma, e outros 
subprodutos. 
 
PROCEDIMENTOS RECOMENDADOS PARA O DESCARTE 
 
_ As disposições inadequadas dos resíduos gerados em laboratório poderão 
constituir ocos de doenças infecto-contagiosas se, não forem observados os 
procedimentos para seu tratamento. 
_ Lixo contaminado deve ser embalado em sacos plásticos para o lixo tipo 1, de 
capacidade máxima de 100 litros, indicados pela NBR 9190 da ABNT. 
_ Os sacos devem ser totalmente fechados, de forma a não permitir o derramamento 
de seu conteúdo, mesmo se virados para baixo. Uma vez fechados, precisam ser 
mantidos íntegros até o processamento ou destinação final do resíduo. Caso 
ocorram rompimentos freqüentes dos sacos, deverão ser verificados, a qualidade do 
produto ou os métodos de transporte utilizados. Não se admite abertura ou 
rompimento de saco contendo resíduo infectante sem tratamento prévio. 
 
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_ Havendo derramamento do conteúdo, cobrir o material derramado com uma 
solução desinfetante (por exemplo, hipoclorito de sódio a 10.000 ppm), recolhendo-
se em seguida. Proceder, depois, a lavagem do local. Usar os equipamentos de 
proteção 
necessários. 
_ Todos os utensílios que entrarem em contato direto com o material deverão passar 
por desinfecção posterior. 
_ Os sacos plásticos deverão ser identificados com o nome do laboratório de origem, 
sala, técnica responsável e data do descarte. 
_ Autoclavar a 121 C (125F), pressão de 1 atmosfera (101kPa, 151 lb/in acima da 
pressão atmosférica) durante pelo menos 20 minutos. 
_ As lixeiras para resíduos desse tipo devem ser providas de tampas. 
_ Estas lixeiras devem ser lavadas, pelo menos uma vez por semana, ou sempre 
que houver vazamento do saco. 
 
 
2 - RESÍDUOS PERFUROCORTANTES 
 
Os resíduos perfurocortantes constituem a principal fonte potencial de riscos, tanto 
de acidentes físicos como de doenças infecciosas. São compostos por: agulhas, 
ampolas, pipetas, lâminas de bisturi, lâminas de barbear e qualquer vidraria 
quebrada ou que se 
quebre facilmente. 
 
PROCEDIMENTOS RECOMENDADOS PARA O DESCARTE 
 
• Os resíduos perfurocortantes devemser descartados em recipientes de paredes 
rígidas, com tampa e resistentes à autoclavação. Estes recipientes devem estar 
localizados tão próximo quanto possíveis da área de uso dos materiais. 
• Os recipientes devem ser identificados com etiquetas autocolantes, contendo 
informações sobre o laboratório de origem, técnico responsável pelo descarte e data 
do descarte. 
• Embalar os recipientes, após tratamento para descontaminação, em sacos 
adequados para descarte identificados como material perfurocortantes e descartar 
como lixo comum, caso não sejam incinerados. 
 
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• A agulha não deve ser retirada da seringa após o uso. 
• No caso de seringa de vidro, levá-la juntamente com a agulha para efetuar o 
processo de descontaminação. 
• Não quebrar, entortar ou recapear as agulhas. 
 
3 - RESÍDUOS RADIOATIVOS 
 
Compostos por materiais radioativos ou contaminados com radionuclídeos com 
baixa atividade provenientes de laboratórios de pesquisa em química e biologia, 
laboratórios de análises clínicas e serviços de Medicina Nuclear. São normalmente, 
sólidos ou líquidos (seringas, papel absorvente, frascos, líquidos derramados, urina, 
fezes, etc.). 
Resíduos radioativos, com atividade superior às recomendadas pela Comissão 
Nacional de Energia Nuclear (CNEN), deverão ser acondicionados em depósitos de 
decaimento (até que suas atividades se encontrem dentro do limite permitido para 
sua eliminação). 
 
PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS PARA O DESCARTE 
 
• Não misturar rejeitos radioativos líquidos com sólidos. 
• Preveja o uso de recipientes especiais, etiquetados e apropriados à natureza do 
produto radioativo em questão. 
• Coletar materiais como agulhas, ponteiras de pipetas e outros objetos afiados, 
contaminados por radiação, em recipientes específicos, com sinalização de 
radioatividade. 
• Os containers devem ser identificados com: Isótopo presente, tipo de produto 
químico e concentração, volume do conteúdo, laboratório de origem, técnico 
responsável pelo descarte e a data do descarte. 
• Os rejeitos não devem ser armazenados no laboratório, mas sim em um local 
previamente adaptado para isto, aguardando o recolhimento. 
• Considerar como de dez meias vidas o tempo necessário para obter um 
decréscimo quase total para a atividade dos materiais (fontes não seladas) 
empregadas na área biomédica. 
 
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• Pessoal responsável pela coleta de resíduos radioativos devem utilizar 
vestimentas protetoras e luvas descartáveis. Estas serão eliminadas após o uso, 
também, como resíduo radioativo. 
• Em caso de derramamento de líquidos radioativos, poderão ser usados papéis 
absorventes ou areia, dependendo da quantidade derramada. Isto impedirá seu 
espalhamento. Estes deverão ser eliminados juntos com outros resíduos radioativos. 
 
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: 
 
Os Procedimentos estabelecidos para a eliminação de rejeitos radioativos foram 
padronizados pela Norma CNEN-NE-6.05 (CNEN, 1985). 
O pessoal envolvido na manipulação desses rejeitos devem receber treinamento 
específico para realização dessa atividade, além de uma regular vigilância médico 
sanitária. 
 
4 - RESÍDUOS QUÍMICOS 
 
Os resíduos químicos apresentam riscos potenciais de acidentes inerentes às suas 
propriedades específicas. Devem ser consideradas todas as etapas de seu descarte 
com a finalidade, de minimizar, não só acidentes decorrentes dos efeitos agressivos 
imediatos (corrosivos e toxicológicos), como os riscos cujos efeitos venham a se 
manifestar a mais longo prazo, tais como os teratogênicos, carcinogênicos e 
mutagênicos. São compostos por resíduos orgânicos ou inorgânicos tóxicos, 
corrosivos, inflamáveis, explosivos, teratogênicos, etc. 
Para a realização dos procedimentos adequados de descarte, é importante a 
observância do grau de toxicidade e do procedimento de não mistura de resíduos de 
diferentes naturezas e composições. Com isto, é evitado o risco de combinação 
química e combustão, além de danos ao ambiente de trabalho e ao meio ambiente. 
Para tanto, é necessário que a coleta desses tipos de resíduos seja periódica. 
Os resíduos químicos devem ser tratados antes de descartados. Os que não 
puderem ser recuperados, devem ser armazenados em recipientes próprios para 
posterior descarte. 
No armazenamento de resíduos químicos devem ser considerados a compatibilidade 
dos produtos envolvidos, a natureza do mesmo e o volume. 
 
PROCEDIMENTOS GERAIS DE DESCARTE 
 
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_ Cada uma das categorias de resíduos orgânicos ou inorgânicos relacionados deve 
ser separada, acondicionada, de acordo com procedimentos e formas específicas e 
adequadas a cada categoria. Na fonte produtora do rejeito e em sua embalagem 
deverão existir os símbolos internacionais estabelecidos pela Organização 
Internacional de Normalização (ISO) e pelo Comitê de Especialistas em Transporte 
de Produtos Perigosos, ambos da Organização das Nações Unidas, adequados a 
cada caso. 
_ Além do símbolo identificador da substância, na embalagem contendo esses 
resíduos deve ser afixada uma etiqueta autoadesiva, preenchida em grafite contendo 
as seguintes informações: Laboratório de origem, conteúdo qualitativo, classificação 
quanto à natureza e advertências. 
_ Os rejeitos orgânicos ou inorgânicos sem possibilidade de descarte imediato 
devem ser armazenados em condições adequadas específicas. 
_ Os resíduos orgânicos ou inorgânicos deverão ser desativados com o intuito de 
transformar pequenas quantidades de produtos químicos reativos em produtos 
derivados inócuos, permitindo sua eliminação sem riscos. Este trabalho deve ser 
executado com cuidado, por pessoas especializadas. 
_ Os resíduos que serão armazenados para posterior recolhimento e 
descarte/incineração, devem ser recolhidos separadamente em recipientes coletores 
impermeáveis a líquidos, resistentes, com tampas rosqueadas para evitar 
derramamentos e fechados para evitar evaporação de gases. 
_ Resíduos inorgânicos tóxicos e suas soluções aquosas – Sais inorgânicos de 
metais tóxicos e suas soluções aquosas devem ser previamente diluídos a níveis de 
concentração que permitam o descarte direto na pia em água corrente. 
 
Concentrações máximas permitidas ao descarte direto na pia para cada metal: 
Cádmio - no máximo 1 mg/L 
Chumbo- no máximo 10 mg/L 
Zinco- no máximo 5 mg/L 
Cobre- no máximo 5 mg/L 
Cromo- no máximo 10 mg/L 
Prata- no máximo 1 mg/L 
 
_ Resíduos inorgânicos ácidos e suas soluções aquosas – Diluir com água, 
neutralizar 
 
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com bases diluídas e, descartar na pia em água corrente. 
_ Resíduos inorgânicos básicos e suas soluções aquosas – Diluir com água, 
neutralizar com ácidos diluídos e descartar na pia em água corrente. 
_ Resíduos inorgânicos neutros e suas soluções aquosas – Diluir com água e 
descartar 
na pia em água corrente. 
_ Resíduos inorgânicos insolúveis em água: 
_ Com risco de contaminação ao meio ambiente – armazenar em frascos 
etiquetados e de conteúdo similar, para posterior recolhimento. 
_ Sem risco de contaminação ao meio ambiente – coletar em saco plástico e 
descartar 
como lixo comum. 
_ Resíduos orgânicos e suas soluções aquosas tóxicas – coletar em frascos 
etiquetados e de conteúdo similar para posterior recolhimento. 
_ Resíduos orgânicos ácidos e suas soluções aquosas – diluir com água, neutralizar 
com ácidos diluídos e descartar na pia em água corrente. 
_ Resíduos

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