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INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA 1 BIOSSEGURANÇA NAS AÇÕES DE ENFERMAGEM INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA 2 BIOSSEGURANÇA NAS AÇÕES DE ENFERMAGEM 1. Medidas Gerais de Prevenção e Controle de Infecção Hospitalar ....02 2. Prevenção de Infecções em Profissionais da Área da Saúde ............ 05 3. Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) ................................................. 07 4. Precauções Padrão ................................................................................................................ 09 5. Processamento de artigos hospitalares ............................................................... 12 6. Esterilização ............................................................................................................................... 13 7. Desinfecção, Anti-sepsia e Assepsia ....................................................................... 16 8. Saúde e Segurança do trabalhador: Doenças ocupacionais ................ 16 INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA 3 I – MEDIDAS GERAIS DE PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR ► INFECÇÃO HOSPITALAR A INFECÇÃO HOSPITALAR é uma síndrome infecciosa (infecção) que o indivíduo adquire após sua hospitalização ou realização de procedimento ambulatorial. Entre os exemplos de procedimentos ambulatoriais mais comuns estão: cateterismo cardíaco, exames radiológicos com utilização de contraste, retirada de pequenas lesões de pele e retirada de nódulos de mama, etc. Para ser considerada infecção hospitalar, o paciente precisa estar internado a pelo menos 72 horas. A manifestação da infecção hospitalar pode ocorrer após a alta, desde que esteja relacionada com algum procedimento realizado durante a internação. FATORES PREDISPONENTES Pacientes imunodeprimidos; Lavagem incorreta das mãos, dos profissionais, acompanhantes e visitantes. Esterilização deficiente de instrumental cirúrgico. Técnicas incorretas e procedimentos invasivos. Limpeza deficiente de ambientes, materiais e roupas. Alimentos trazidos de fora do hospital. Flores e objetos trazidos de fora do hospital. Baseando-se nesses fatores devem ser elaboradas ações preventivas, tais como: uso racional de antimicrobiano, controle de esterilização, desinfecção e limpeza, e bloqueio de transmissão pelos profissionais de saúde. ► PRINCIPAIS MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE: LAVAGEM DAS MÃOS Lavagem das mãos é a fricção manual vigorosa de toda a superfície das mãos e punhos, utilizando-se sabão/detergente, seguida de enxágue abundante em água corrente. A lavagem das mãos é, isoladamente, a ação mais importante para a prevenção e controle das infecções hospitalares. O uso de luvas não dispensa a lavagem das mãos antes e após contatos que envolvam mucosas, sangue ou fluidos corpóreos, secreções ou excreções. A lavagem das mãos deve ser realizada tantas vezes quanto necessária, durante a assistência a um único paciente, sempre que houver contato com diversos sítios corporais, e frente cada uma das atividades. INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA 4 A lavagem e antissepsia cirúrgica das mãos é realizada sempre antes dos procedimentos cirúrgicos. A decisão para a lavagem das mãos com uso de antisséptico deve considerar o tipo de contato, o grau de contaminação, as condições do paciente e o procedimento a ser realizado. A lavagem das mãos com antisséptico é recomendada em: realização de procedimentos invasivos, prestação de cuidados a pacientes críticos, contato direto com feridas e/ou dispositivos invasivos, tais como cateteres e drenos. Devem ser empregadas medidas e recursos com o objetivo de incorporar a prática da lavagem das mãos em todos os níveis da assistência hospitalar. A distribuição e a localização de unidades ou pias para lavagem das mãos, de forma a atender à necessidade nas diversas áreas hospitalares, além da presença dos produtos, é fundamental para a obrigatoriedade da prática. PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO (ISC) Tempo de internação abreviado. Banho completo antes da cirurgia. Tricotomia restrita ao local de incisão, quando necessário, imediatamente antes da cirurgia. Fluxo adequado do Bloco Cirúrgico, com circulação mínima. Equipe cirúrgica restrita. Montagem correta das salas de cirurgia. Paramentação completa (avental, gorro, luvas, máscara e propés) Lavagem e antissepsia das mãos e ante braços da equipe cirurgica. Secagem das mãos com toalhas estéreis. Antissepsia do campo operatório. Instrumental cirúrgico esterilizado. PREVENÇÃO DE INFECÇÃO RESPIRATÓRIA - Educação do corpo clínico e vigilância das infecções. - Esterilização, desinfecção e manutenção de equipamentos e artigos. - Interrupção da transmissão pessoa para pessoa – precauções de barreira. - Lavagem das mãos. - Vacinação de pacientes de alto risco para complicações de infecções pneumocócicas. PREVENÇÃO DE INFECÇÃO URINÁRIA EM PACIENTES CATETERIZADOS Evitar o uso de cateterismo vesical quando desnecessário. Lavar as mãos antes e depois de manipular o sistema. Empregar técnica asséptica e equipamento estéril. INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA 5 Utilizar cateter de calibre adequado. Fixar a sonda para evitar movimentação. Usar exclusivamente COLETOR FECHADO. Evitar desconexão do sistema fechado. Manter a bolsa coletora de urina em nível inferior à bexiga. Esvaziar a bolsa coletora a intervalos de oito horas, no máximo, ou quando preenchidos 2/3 da sua capacidade. Higienizar a região perineal, com água e sabão, três vezes ao dia, ou quando necessário. ► PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DA CORRENTE SANGUINEA CUIDADOS RELACIONADOS AOS CATETERES PERIFÉRICOS: 2. Lavagem e antissepsia das mãos antes de colocar as luvas estéreis. 3. Preferir veias de membros superiores. 4. Usar técnica asséptica para fazer a punção. 5. Fazer antissepsia do local a ser puncionado. 6. Realizar troca de cateteres e mudar o sítio de inserção a cada 72 horas, ou intervalo menor se indicado. CUIDADOS RELACIONADOS AOS CATETERES CENTRAIS: 1. Selecionar o Cateter. 2. Usar de preferência a subclávia. 3. Usar técnica asséptica, incluindo avental, luvas e campos estéreis e máscara. 4. Utilizar equipamentos com local próprio para infusão de medicamentos. 5. Manter o sistema fechado durante a infusão. 6. Usar o cateter para nutrição parenteral apenas para este fim. 7. Trocar os curativos quando estiverem úmidos, sujos ou fora do local. 8. Trocar o cateter apenas se houver suspeita de infecção relacionada ao cateter. 9. Trocar todo o sistema em caso de flebite ou bacteremia. E OUTRAS MEDIDAS GERAIS COMO: Avaliar bem os pacientes internados; Treinar a equipe do hospital, orientando sobre os fatores de risco que podem levar à uma infecção; Usar antibióticos , quando necessário; Comprar material de boa qualidade para a assistência médica; Esterilizar corretamente todos os materiais; Ter uma boa limpeza em todo hospital; INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA 6 Uso de equipamento de proteção individual(luvas, óculos protetor de óculos, protetor de face, avental e outros.) nos procedimentos. Uso de profilaxia antimicrobiana antes da cirurgia. II– PREVENÇÃO DE INFECÇÕES EM PROFISSIONAIS DA ÁREA DA SAÚDE O PROFISSIONAL DA ÁREA DA SAÚDE (PAS) pode adquirir ou transmitir infecções para os pacientes, para outros profissionais no ambiente de trabalho e para comunicantes domiciliares e da comunidade. Deste modo, os programas de controle de infecção hospitalar devem também contemplar ações de controle de infecção entre os PAS. AS AÇÕES DO SERVIÇO DE SAÚDE OCUPACIONAL, NO QUE DIZ RESPEITO AO CONTROLE DE INFECÇÃO, TÊM COMO OBJETIVOS: - Educar o PAS acerca dos princípios do controle de infecção, ressaltando a importância da participação individual neste controle; - Colaborar com a CCIH na monitorização e investigação de exposições a agentes infecciosos e surtos; - Dar assistência ao PAS em caso de exposições ou doenças relacionadas ao trabalho; - Identificar riscos e instituir medidas de prevenção; - Reduzir custos, através da prevenção de doenças infecciosas que resultem em faltas ao trabalho e incapacidade. ► AÇÕES DO SERVIÇO DE SAÚDE OCUPACIONAL: Para atingir os objetivos descritos anteriormente é necessário que o serviço de saúde ocupacional atue nas seguintes áreas: ● INTEGRAÇÃO COM OUTROS SERVIÇOS: As ações do serviço de saúde ocupacional devem ser coordenadas com o serviço de infecção hospitalar e outros departamentos que se façam necessários. ● AVALIAÇÕES MÉDICAS: Admissional, com histórico de saúde, estado vacinal, condições que possam predispor o profissional a adquirir ou transmitir infecções no ambiente de trabalho; Exames periódicos para avaliação de problemas relacionados ao trabalho ou seguimento de exposição de risco (p. ex. triagem para tuberculose, exposição a fluidos biológicos). INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA 7 ● ATIVIDADES EDUCATIVAS: A adesão a um programa de controle de infecção é facilitada pelo entendimento de suas bases. Todo pessoal precisa ser treinado acerca da política e procedimentos de controle de infecção da instituição. A elaboração de manuais para procedimentos garante uniformidade e eficiência. O material deve ser direcionado em linguagem e conteúdo para o nível educacional de cada categoria de profissional. Grande parte dos esforços deve estar dirigida para a conscientização sobre o uso do equipamento de proteção individual (EPI). ● PROGRAMAS DE VACINAÇÃO: Garantir que o PAS esteja protegido contra as doenças preveníveis por vacinas é parte essencial do programa de saúde ocupacional. Os programas de vacinação devem incluir tanto os recém-contratados quanto os funcionários antigos. Os programas de vacinação obrigatória são mais efetivos que os voluntários. ● MANEJO DE DOENÇAS E EXPOSIÇÕES RELACIONADAS AO TRABALHO: Fornecer profilaxia pós exposição apropriada nos casos aplicáveis (p. ex.: exposição ocupacional ao HIV), além de providenciar o diagnóstico e o tratamento adequados das doenças relacionadas ao trabalho. Estabelecer medidas para evitar a ocorrência da transmissão de infecção para outros profissionais, através do afastamento do profissional doente (p. ex.: pacientes com tuberculose bacilífera ou varicela). ● ACONSELHAMENTO EM SAÚDE: Fornecer informação individualizada com relação a risco e prevenção de doenças adquiridas no ambiente hospitalar; riscos e benefícios de esquemas de profilaxia pós-exposição e conseqüências de doenças e exposições para o profissional, seus familiares e membros da comunidade. ● MANUTENÇÃO DE REGISTRO, CONTROLE DE DADOS E SIGILO: A manutenção de registros de avaliações médicas, exames, imunizações e profilaxias é obrigatória e permite a monitorização do estado de saúde do PAS. Devem ser mantidos registros individuais, em condições que garantam a confidencialidade das informações, que não podem ser abertas ou divulgadas, exceto se requerido por lei. - INFECÇÃO CRUZADA: a infecção ocasionada pela transmissão de um microrganismo de um paciente para outro, geralmente pelo pessoal, ambiente ou um instrumento contaminado. INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA 8 INFECÇÃO ENDÓGENA: um processo infeccioso decorrente da ação de microrganismos já existentes, naquela região ou tecido, de um paciente. Medidas terapêuticas que reduzem a resistência do indivíduo facilitam a multiplicação de bactéria em seu interior, por isso é muito importante, a antissepsia pré-cirúrgica. INFECÇÃO EXÓGENA: aquela causada por microrganismos estranhos a paciente. Para impedir essa infecção, que pode ser gravíssima, os instrumentos e demais elementos que são colocados na boca do paciente, devem estar estéreis. È importante, que barreiras sejam colocadas para impedir que instrumentos estéreis sejam contaminados, pois não basta um determinado instrumento ter sido esterilizado, é importante que em seu manuseio até o uso ele não se contamine. A infecção exógena significa um rompimento da cadeia asséptica, o que é muito grave, pois, dependendo da natureza dos microrganismos envolvidos, a infecção exógena pode ser fatal, como é o caso da AIDS, Hepatite B e C. PROCEDIMENTO CRÍTICO: É todo procedimento em que existe a presença de sangue, pus ou matéria contaminada pela perda de continuidade. PROCEDIMENTO SEMI-CRÍTICO: Todo procedimento em que existe a presença de secreção orgânica (saliva) sem perda de continuidade do tecido. PROCEDIMENTO NÃO-CRÍTICO: Todo procedimento onde não há presença de sangue, pus ou outra secreção orgânica (saliva). Em Odontologia não existe este tipo de procedimento. – EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPIs) EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL é todo dispositivo de uso individual, destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador. A seguir, uma relação de alguns dos equipamentos de proteção individual, mais usados em estabelecimentos de saúde, como por exemplo: 1. PROTEÇÃO À CABEÇA : - Protetores faciais destinados à proteção dos olhos e da face contra lesões ocasionadas por partículas, respingos, vapores de produtos químicos e radiações luminosas intensas; - Óculos de segurança para trabalhos que possam causar ferimentos nos olhos, provenientes de impacto de partículas; INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA 9 - Óculos de segurança, contra respingos, para trabalhos que possam causar irritação nos olhos e outras lesões decorrentes da ação de líquidos agressivos; - Óculos de segurança para trabalhos que possam causar irritação nos olhos, provenientes de poeiras e - Óculos de segurança para trabalhos que possam causar irritação nos olhos e outras lesões decorrentes da ação de radiações perigosas. 2. PROTEÇÃO PARA OS MEMBROS SUPERIORES: - Luvas e/ou mangas de proteção e/ou cremes protetores devem ser usados em trabalhos em que haja perigo de lesão provocada por: - Materiais ou objetos escoriantes, abrasivos, cortantes ou perfurantes; - Produtos químicos corrosivos, cáusticos, tóxicos, alergênicos, oleosos, graxos, solventes orgânicos e derivados de petróleo; - Materiais ou objetos aquecidos; - Choque elétrico; - Radiações perigosas; - Frio; - Agentes biológicos. 3. PROTEÇÃO PARA OS MEMBROS INFERIORES: Calçados impermeáveis para trabalhos realizados em lugares úmidos, lamacentos ou encharcados; Calçados impermeáveis e resistentes a agentes químicos agressivos; Calçados de proteção contra agentes biológicos agressivos e Calçados de proteção contra riscos de origem elétrica. 4. PROTEÇÃO DO TRONCO:Aventais, capas e outras vestimentas especiais de proteção para trabalhos em haja perigo de lesões provocadas por: Riscos de origem radioativa; Riscos de origem biológica e Riscos de origem química. 5. PROTEÇÃO DA PELE: ♦ CREMES PROTETORES – só poderão ser postos à venda ou utilizados como EPI, mediante o Certificado de Aprovação (CA) do Ministério do Trabalho e Emprego. INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA 10 6. PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA: Para exposição a agentes ambientais em concentrações prejudiciais à saúde do trabalhador, de acordo com os limites estabelecidos na NR15: • Respiradores contra poeiras, para trabalhos que impliquem produção de poeiras; • Respiradores e máscaras de filtro químico para exposição a agentes químicos prejudiciais à saúde; • Aparelhos de isolamento (autônomo ou de adução de ar), para locais de trabalho onde o teor de oxigênio seja inferior a 18% em volume. IV – PRECAUÇÃO PADRÃO * CONSIDERAÇÕES INICIAIS A partir da epidemia de HIV/AIDS, do aparecimento de cepas de bactérias multirresistentes (como o Staphylococcus aureus resistente à meticilina, bacilos Gram negativos não fermentadores, Enterococcus sp. resistente à vancomicina), do ressurgimento da tuberculose na população mundial e do risco aumentado para a aquisição de microrganismos de transmissão sanguínea (hepatite viral B e C, por exemplo) entre os profissionais de saúde, as normas de biossegurança e isolamento ganharam atenção especial. Para entender os mecanismos de disseminação de um microorganismo dentro de um hospital, é necessário que se conheça pelo menos três elementos: a fonte, o mecanismo de transmissão e o hospedeiro susceptível. ● FONTE: As fontes ou reservatórios de microorganismos, geralmente, são os profissionais de saúde, pacientes, ocasionalmente visitantes, ou materiais e equipamentos infectados ou colonizados por microorganismos patogênicos. ● TRANSMISSÃO: A transmissão de microorganismos em hospitais pode se dar por diferentes vias. OS PRINCIPAIS MECANISMOS DE TRANSMISSÃO SÃO: ■ TRANSMISSÃO AÉREA POR GOTÍCULAS: Ocorre pela disseminação por gotículas maiores do que 5um. Podem ser geradas durante tosse, espirro, conversação ou realização de diversos procedimentos (broncoscopia, inalação, etc.). Por serem partículas pesadas e não permanecerem suspensas no ar, não são necessários sistemas especiais de circulação e purificação do ar. As precauções devem ser tomadas por aqueles que se aproximam a menos de 1 metro da fonte. ■ TRANSMISSÃO AÉREA POR AEROSSOL: Quando ocorre pela disseminação de partículas, cujo tamanho é de 5um ou menos. Tais partículas permanecem suspensas INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA 11 no ar por longos períodos e podem ser dispersas a longas distâncias. Medidas especiais para se impedir a recirculação do ar contaminado e para se alcançar a sua descontaminação são desejáveis. Consistem em exemplos os agentes de varicela, sarampo e tuberculose. ■ TRANSMISSÃO POR CONTATO: É o modo mais comum de transmissão de infecções hospitalares. Envolve o contato direto (pessoa-pessoa) ou indireto (objetos contaminados, superfícies ambientais, itens de uso do paciente, roupas, etc.) promovendo a transferência física de microorganismos epidemiologicamente importantes para um hospedeiro susceptível. ● HOSPEDEIRO: Pacientes expostos a um mesmo agente patogênico podem desenvolver doença clínica ou simplesmente estabelecer uma relação comensal com o microorganismo,tornando-se pacientes colonizados. Fatores como idade, doença de base, uso de corticosteróides, antimicrobianos ou drogas imunossupressoras e procedimentos cirúrgicos ou invasivos podem tornar os pacientes mais susceptíveis às infecções. ► PRECAUÇÃO PADRÃO AS PRECAUÇÕES PADRÃO são um conjunto de medidas utilizadas para diminuir os riscos de transmissão de microorganismos nos hospitais e constituem-se basicamente em: LAVAGEM DAS MÃOS: • Após realização de procedimentos que envolvem presença de sangue, fluidos corpóreos, secreções, excreções e itens contaminados. • Após a retirada das luvas. • Antes e após contato com paciente e entre um e outro procedimento ou em ocasiões onde existe risco de transferência de patógenos para pacientes ou ambiente. • Entre procedimentos no mesmo paciente quando houver risco de infecção cruzada de diferentes sítios anatômicos. * OBS: O uso de sabão comum líquido é suficiente para lavagem de rotina das mãos, exceto em situações especiais definidas pelas Comissões de Controle de Infecção Hospitalar - CCIH (como nos surtos ou em infecções hiperendêmicas). LUVAS: • Usar luvas limpas, não estéreis, quando existir possibilidade de contato com sangue, fluidos corpóreos, secreções e excreções, membranas mucosas, pele não íntegra e qualquer item contaminado. • Mudar de luvas entre duas tarefas e entre procedimentos no mesmo paciente. INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA 12 ♦ Retirar e descartar as luvas depois do uso, entre um paciente e outro e antes de tocar itens não contaminados e superfícies ambientais. A lavagem das mãos após a retiradadas luvas é obrigatória. 3. MÁSCARA, PROTETOR DE OLHOS, PROTETOR DE FACE: - É necessário em situações nas quais possam ocorrer respingos e espirros de sangue ou secreções nos funcionários. AVENTAL: • Usar avental limpo, não estéril, para proteger roupas e superfícies corporais sempre que houver possibilidade de ocorrer contaminação por líquidos corporais e sangue. • Escolher o avental apropriado para atividade e a quantidade de fluido ou sangue encontrado. • A retirada do avental deve ser feita o mais breve possível com posterior lavagem das mãos. EQUIPAMENTOS DE CUIDADOS AO PACIENTE: B Devem ser manuseados com proteção se sujos de sangue ou fluidos corpóreos, secreções e excreções e sua reutilização em outros pacientes deve ser precedida de limpeza e ou desinfecção. C Assegurar-se que os itens de uso único sejam descartados em local apropriado. 6. CONTROLE AMBIENTAL: Estabelecer e garantir procedimentos de rotina adequados para a limpeza e desinfecção das superfícies ambientais, camas, equipamentos de cabeceira e outras superfícies tocadas freqüentemente. ROUPAS: E Manipular, transportar e processar as roupas usadas, sujas de sangue, fluidos corpóreos, secreções e excreções de forma a prevenir a exposição da pele e mucosa, e a contaminação de roupas pessoais, evitando a transferência de microorganismos para outros pacientes e para o ambiente. ► SAÚDE OCUPACIONAL E PATÓGENOS VEICULADOS POR SANGUE: * PREVENÇÃO DE ACIDENTES PÉRFURO-CORTANTES: E Atenção com o uso, manipulação, limpeza e descarte de agulhas, bisturis e outros materiais pérfuro-cortantes. Não retirar agulhas usadas das seringas descartáveis, não dobrá-las e não reencapá-las. O descarte desses materiais deve ser feito em caixas apropriadas e de paredes resistentes. F Usar dispositivos bucais, conjunto de ressuscitação e outros dispositivos de ventilação quando houver necessidade de ressuscitação. INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA 13 ► LOCAL DE INTERNAÇÃO DO PACIENTE: A alocação do paciente é um componente importante da precaução de isolamento. Quando possível, pacientes com microorganismos altamente transmissíveis e/ou epidemiologicamente importantes devem ser colocados em quartos privativos com banheiro e pia próprios. * OBS: Quando umquarto privativo não estiver disponível, pacientes infectados devem ser alocados com companheiros de quarto infectados com o mesmo microorganismo e com possibilidade mínima de infecção. V - PROCESSAMENTO DE ARTIGOS HOSPITALARES ► ARTIGOS A variedade de materiais utilizados nos estabelecimentos de saúde pode ser classificada segundo riscos potenciais de transmissão de infecções para os pacientes, em três categorias: críticos, semi-críticos e não críticos. ● ARTIGOS CRÍTICOS Os artigos destinados aos procedimentos invasivos em pele e mucosas adjacentes, nos tecidos subepiteliais e no sistema vascular, bem como todos os que estejam diretamente conectados com este sistema, são classificados em artigos críticos. Estes requerem esterilização. Ex. agulhas, cateteres intravenosos, materiais de implante, etc. ● ARTIGOS SEMI-CRÍTICOS Os artigos que entram em contato com a pele não íntegra, porém, restrito às camadas da pele ou com mucosas íntegras são chamados de artigos semi-críticos e requerem desinfecção de médio ou de alto nível ou esterilização. Ex. cânula endotraqueal, equipamento respiratório, espéculo vaginal, todos os tipos de sondas: sonda naso e orogástrica, vesicais, nasoenterica etc. ● ARTIGOS NÃO CRÍTICOS Os artigos destinados ao contato com a pele íntegra e também os que não entram em contato direto com o paciente são chamados artigos não-críticos e requerem limpeza ou desinfecção de baixo ou médio nível, dependendo do uso a que se destinam ou do último uso realizado. Ex. termômetro, materiais usados em banho de leito como bacias, cuba rim, estetoscópio, roupas de cama do paciente,etc. 7.1. LIMPEZA o procedimento de remoção de sujidade e detritos para manter em estado de asseio os artigos, reduzindo a população microbiana. Constitui o núcleo de todas as ações referentes aos cuidados de higiene com os artigos hospitalares. INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA 14 A limpeza deve preceder os procedimentos de desinfecção ou de esterilização, pois reduz a carga microbiana através remoção da sujidade e da matéria orgânica presentes nos materiais. O excesso de matéria orgânica aumenta não só a duração do processo de esterilização, como altera os parâmetros para este processo. Assim, é correto afirmar que a limpeza rigorosa é condição básica para qualquer processo de desinfecção ou esterilização. “É possível limpar sem esterilizar, mas não é possível garantir a esterilização sem limpar” VI – ESTERILIZAÇÃO A ESTERILIZAÇÃO DE MATERIAIS é a total eliminação da vida microbiana destes materiais . Caracteriza-se por um processo de destruição por meio de agentes físicos ou químicos de todas as formas de vidas microscópica. Um objeto esterilizado, no sentido microbiológico, está, completamente livre de microrganismos viáveis. A FLAMBAGEM: a colocação de material sobre o fogo até que o metal fique vermelho * VANTAGEM: fácil execução * DESVANTAGEM: Não é seguro , pode não esterilizar alguns tipos de bactérias pelo baixo tempo de exposição. Estraga o material. 2. CALOR SECO Penetra nas substancias de uma forma mais lenta que o calor úmido e por isso exige temperaturas mais elevadas e tempos mais longos , para que haja uma eficaz esterilização. São utilizadas as estufas . Conforme o calor gerado recomenda-se um certo tempo: a 170 graus Celsius, são necessários 60 minutos. A 120 Graus são necessários 12 horas. VANTAGENS: Não forma ferrugem , não danifica materiais . DESVANTAGENS: O material deve ser resistente a variação da temperatura. Na esteriliza líquidos. CALOR ÚMIDO 7.1. AUTOCLAVE: a exposição do material a vapor de água sob pressão, a 121ºC durante 15 min. É o processo mais usado e os materiais devem ser embalados de forma a permitirem o contato total do material com o vapor para permitir que a temperatura INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA 15 não seja inferior à desejada, permitir a penetração do vapor nos poros dos corpos porosos e impedir a formação de uma camada inferior mais fria. Podem ser usados autoclaves de parede simples ou de parede dupla, que permitem melhor extração do ar e melhor secagem. É muito usado para o vidro seco e materiais que não oxidem com a água (os materiais termolábeis não podem ser esterilizado por esta técnica). É utilizada ainda para esterilizar tecidos. INDICADORES QUÍMICOS: Mudam de cor consoante a temperatura. INDICADORES BIOLÓGICOS: Tubo com suspensão de esporos de bactérias resistentes que morrem quando exposto por 12 min. Ou mais a uma temperatura de 121ºC. Após um repouso de 14h, faz-se uma sementeira dos esporos , que deve dar negativa. VANTAGENS: Fácil uso, custo acessível para grandes hospitais DESVANTAGENS: Não serve para esterilizar pós e líquidos. QUIMICO: GÁS ÓXIDO DE ETILENO: O gás óxido de etileno é um produto altamente tóxico usado para esterilizar materiais . * VANTAGENS : Não danifica o material * DESVANTAGENS: Danos ao meio ambiente quando manipulado erroneamente , alto custo , tóxico para o manipulador,requer aeração de 48 horas. Demorado. ● GLUTARALDEÍDO: Fornecido na forma de líquido a 25 ou 50% ,são pouco voláteis a frio e utilizados para a desinfecção de instrumentos médicos . Irritante das mucosas e tóxico , necessita de cuidados especiais . VANTAGENS: Facilidade de uso DESVANTAGENS: Esterilização é tempo dependente . Alérgeno , tóxico e irritante, Mycobactérias podem ser resistentes 5. ESTERILIZAÇÃO POR PLASMA DE PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO O plasma é o quarto estado da matéria.É definido como uma nuvem de elétrons, partículas neutras, produzidas a partir da interação do peróxido de hidrogênio e um campo magnético.A esterilização com gás plasma combina peróxido de hidrogênio p/ gerar uma onda eletromagnética. O plasma de peróxido não oxida o material, não degrada o corte, pontas,sulcos de instrumentais cirúrgicos. Seu produto final não é tóxico, não polui o meio ambiente e nem apresenta toxicidade para o profissional e nem para o paciente. INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA 16 ♦ AGENTE ESTERILIZANTE: Ampolas contendo: 1,8ml de H2O2 (água oxigenada) na forma líquida numa concentração de 58%.Que durante a fase da injeção passará da forma líquida para gasosa. ● STERRAD Esterilização a baixa temperatura 45ºC, é uma alternativa de esterilização para materias termosensíveis. - VANTAGENS: rapidez, ciclo de 50’, ausência de resíduos tóxicos,fácil instalação, segurança. - DESVANTAGENS: alto custo dos insumos, câmara pequena, 100 litros. ♦ FASES DO PROCESSO - VÁCUO: Nesta fase através da bomba de vácuo, é removido o ar de dentro da câmara de esterilização. - INJEÇÃO: Neste momento as agulhas perfuram as ampolas, fazendo com que passem de liquido p/ gás. - DIFUSÃO: O peróxido na forma gasosa se espalha por todo o material,é importante que todos os materiais estejam totalmente expostos para que o peróxido entre em contato com toda a superfície. - PLASMA: esterilização propriamente dita. - VENTILAÇÃO: Dura 1 minuto, o ar é filtrado p/ dentro da câmara do equipamento, igualando a pressão interna com a externa, possibilitando a abertura da porta. E os materiais estão prontos! ♦ CONTROLE DE QUALIDADE - INDICADOR PARAMÉTRICO: Relatório emitido ao término de cada ciclo onde são apresentados parâmetros de controle de esterilização. - INDICADOR BIOLÓGICO: - BACILLUS STEAROTHERMOPHILUS(forma esporuladas mais resistente aos esterilizantes físicos químicos.) ■ INDICADOR QUÍMICO: Marcador de concentração ótima do peróxido no interior da câmara. ■ FITA INDICADORA: Utilizada no interior das embalagens com manta de polipropileno. ■ FITA TESTE: Utilizada no fechamento das embalagens. INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA 17 VII – DESINFECÇÃO, ANTI-SEPSIA E ASSEPSIA. ► DESINFECÇÃO : Processo que consiste na destruição, remoção ou redução dos microrganismos presentes num material inanimado através do uso de agentes químicos . A desinfecção não implica na eliminação de todos os microrganismos viáveis, porém elimina a potencialidade infecciosa do objeto, superfície ou local tratado. O agente empregado na desinfecção é denominado de DESINFETANTE. ► ANTI-SEPSIA: Consiste no mesmo termo usado à desinfecção, só que está relacionada com substancias aplicadas ao organismo humano, é a redução do número de microrganismos viáveis na pele pelo uso de uma substancia denominada de anti- séptico . ► ASSEPSIA: Conjunto de meios usados para impedir a penetração de microrganismo, em local que não os tenha. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHADOR VIII – DOENÇAS OCUPACIONAIS AS DOENÇAS OCUPACIONAIS são decorrentes da exposição do trabalhador aos riscos da atividade que desenvolve. Podem causar afastamentos temporários, repetitivos e até definitivos. A maior incidência destas doenças ocorre na faixa dos 30 aos 40 anos, prejudicando a produtividade do trabalhador e podendo interromper sua carreira e desestabilizar a sua vida. As doenças ocupacionais são causadas ou agravadas por determinadas atividades. A prevenção pode evitar que tanto os trabalhadores como os empresários se prejudiquem com as conseqüências das doenças ocupacionais. A recuperação pode ser demorada e cara. * AS POSSÍVEIS CAUSAS DO PROBLEMA ♦ AGENTES FÍSICOS (ruído, temperatura, vibrações e radiações) ♦ AGENTES QUÍMICOS (utilizados nas indústrias, podem causar danos à saúde). ♦ AGENTES BIOLÓGICOS (microorganismos como bactérias, vírus e fungos). INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA 18 * COMO DIAGNOSTICAR O PROBLEMA Exame físico, ocupacional e complementares, conforme critérios médicos. ►AS DOENÇAS OCUPACIONAIS MAIS COMUNS 1. DOENÇAS DAS VIAS AÉREAS: Alguns exemplos são as pneumoconioses causadas pela poeira da sílica (silicose) e do asbesto (asbestose), além da asma ocupacional. Substâncias agressivas inaladas no ambiente de trabalho se depositam nos pulmões, provocando falta de ar, tosse, chiadeira no peito, espirros e lacrimejamento. 2. PERDA AUDITIVA RELACIONADA AOTRABALHO (PAIR) Diminuição gradual da audição decorrente da exposição contínua a níveis elevados de ruídos. Além da perda auditiva, outra alterações importantes podem prejudicar a qualidade de vida do trabalhador. 3. INTOXICAÇÕES EXÓGENAS PODEM SER CAUSADAS POR: ● AGROTÓXICOS: Os pesticidas (defensivos agrícolas) provocam grandes danos à saúde e ao meio ambiente. ● CHUMBO (SATURNISMO): A exposição contínua ao chumbo, presente em fundições e refinarias, provoca, a longo prazo, um tipo de intoxicação que varia de intensidade de acordo com as condições do ambiente (umidade e ventilação), tempo de exposição e fatores individuais (idade e condições físicas). ● MERCÚRIO (HIDRARGIRISMO): O contato com a substância se dá por meio da inalação, absorção cutânea ou via oral da substância; ocorre com trabalhadores que lidam com extração do mineral ou fabricação de tintas. ● SOLVENTES ORGÂNICOS (BENZENISMO): Por serem tóxicos e agressivos, podem contaminar trabalhadores de refinarias de petróleo e indústrias de transformação. 4. LER E DORT - LESÃO PPR ESFORÇO REPETITIVO / DISTÚRBIO OSTEOMUSCULAR RELACIONADO AO TRABALHO Conjunto de doenças que atingem principalmente os músculos, tendões e nervos. O problema é decorrente do trabalho com movimentos repetitivos, esforço excessivo, má postura e estresse, entre outros. INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA 19 5. DERMATOSES OCUPACIONAIS Também conhecidas como dermatites de contato, são alterações da pele e das mucosas causadas, mantidas ou agravadas, direta ou indiretamente, por determinadas atividades profissionais. São provocadas por agentes químicos e podem ocasionar irritação ou até mesmo alergia. 6. STRESSE O estresse e o excesso de trabalho podem variar desde mudanças no humor, ansiedade, irritabilidade e descontrole emocional até doenças psíquicas. Geralmente, o estresse é causado por sobrecarga de tarefas e ausência de pausas para descanso e exercícios físicos. Ativar os músculos com exercícios diários, mesmo os de relaxamento, é um bom começo para se livrar do estresse. Durante os exercícios, inspire o ar pelo nariz e solte pela boca, sentindo o oxigênio descer e o gás carbônico subir. ► A AJUDA DA ERGONOMIA Ciência que estuda as relações entre o homem, seu trabalho, equipamentos e meio ambiente, a Ergonomia previne o surgimento de doenças ocupacionais durante o processo de produção de atividades. O objetivo é a adaptação do posto de trabalho, instrumentos, máquinas, horários e meio ambiente às exigências da função. Ela facilita o desenvolvimento e o rendimento das atividades de trabalho. Todos devem aprender a identificar os sinais do próprio corpo para perceber o início de qualquer desconforto, procurando, assim, adaptar as técnicas da ergonomia ao seu local de trabalho. * SINTOMAS MAIS COMUNS, E QUE REQUEREM A PROCURA POR UM MÉDICO: 1. Cansaço excessivo 2. Desconforto após a jornada de trabalho 3. Inchaço 4. Formigamento dos pés e das mãos 5. Sensação de choque nas mãos 6. Dor nas mãos 7. Perda dos movimentos da mão INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA 20 Cuide de sua qualidade de vida, procurando manter um melhor equilíbrio entre corpo e mente. Faça exercícios físicos pelo menos quatro vezes por semana, tenha uma dieta balanceada e saudável e procure formas de lazer alternativas, que amenizem o estresse do dia-a-dia. ► COMO PREVENIR AS DOENÇAS OCUPACIONAIS ● Conforto é essencial para a prevenção. ● As operações de trabalho devem estar ao alcance das mãos. ● As máquinas devem se posicionar de forma que a pessoa não tenha que se curvar ou torcer o tronco para pegar ou utilizar ferramentas com freqüência. ● A mesa deve estar posicionada de acordo com a altura de cada pessoa e ter espaço para a movimentação das pernas. ● As cadeiras devem ter altura para que haja apoio dos pés, formato anatômico para o quadril e encosto ajustável. ● Pausas durante a realização das tarefas permite um alívio para os músculos mais ativos. ● Durante estas pausas, se levante e caminhe um pouco. SE POSSÍVEL, FAÇA EXERCÍCIOS DE ALONGAMENTO. INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA 21 LEITURA COMPLEMENTAR . CUIDADOS COM BIOSSEGURANÇA • Lavagem das Mãos A lavagem rotineira das mãos com água e sabão, elimina além da sujidade (sujeira) visível ou não, todos os microrganismos que se aderem a pele durante o desenvolvimento de nossas atividade mesmo estando a mão enluvada. A lavagem das mãos é a principal medida de bloqueio da transmissão de germes. Devemos lavar as mãos sempre, antes de iniciarmos uma atividade e logo após seu término,assim como fazemos em nosso dia a dia antes das refeições e após a ida ao banheiro. Mantenha suas unhas curtas e as mãos sem anéis para diminuir a retenção de germes. • Manipulação de Instrumentos e Materiais Os instrumentos e materiais sujos com sangue, fluidos corporais, secreções e excreções devem ser manuseados de modo a prevenir a contaminação da pele e mucosas (olhos, nariz e boca), roupas, e ainda, prevenir a transferência de microrganismos para outros pacientes e ambiente. Todos os instrumentos reutilizados tem rotina de reprocessamento. Verifique para que estes estejam limpos ou desinfetados/esterilizados adequadamente antes do uso em outro paciente ou profissional. Confira se os materiais descartáveis de uso único estão sendo realmente descartados e se em local apropriado. • Manipulação de Materiais Cortantes e de Punção Ao manusear, limpar, transportar ou descartar agulhas, lâminas de barbear, tesouras e outros instrumentos de corte tenha cuidado para não se acidentar. A estes materiais chamamos de instrumentos perfurocortantes. Eles devem ser descartados em caixas apropriadas, rígidas e impermeáveis que devem ser colocadas próximo a área em que os materiais são usados. Nunca recape agulhas após o uso. Não remova com as mãos agulhas usadas das seringas descartáveis e não as quebre ou entorte. Para a reutilização de seringa anestésica descartável ou carpule, recape a agulha introduzindo-a no interior da tampa e INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA 22 pressionando a tampa ao encontro da parede da bandeja clínica de forma a não utilizar a mão neste procedimento. Seringas e agulhas reutilizáveis devem ser transportadas para a área de limpeza e esterilização em caixa de inox ou bandeja. Exemplo de caixa de descarte de materiais pérfuro-cortantes • Ambiente e Equipamentos Toda a unidade de saúde deve ter rotinas de limpeza e desinfecção de superfícies do ambiente e de equipamentos. Colabore na supervisão para conferir se estas medidas estão sendo seguidas. Verifique estas rotinas nos próximos capítulos. Proteja as superfícies do contato direto, como botões, alças de equipamentos, teclados, mouses e monitores com barreiras do tipo filme plástico (PVC), papel alumínio ou outros materiais próprios a este fim. Este procedimento impede a aderência da sujidade, requerendo apenas desinfecção na hora da troca de barreiras entre pacientes, dispensando a limpeza da superfície do equipamento. • Roupas e Campos de Uso no Paciente Manipule e transporte as roupas sujas com sangue, fluidos corporais, secreções e excreções com cuidado. Transporte-as em sacos plásticos. Os serviços de saúde que utilizam rouparia e campos reutilizáveis devem ter um sistema de lavanderia, própria ou terceirizada que garanta a desinfecção destas roupas. • Vacinação Todos os profissionais de saúde devem estar vacinados contra a hepatite B e o tétano. Estas vacinas estão disponíveis na rede pública municipal. Participe de todas as campanhas de vacinação que a Secretaria Municipal de Saúde promove. Vacina é proteção específica de doenças. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA 23 • Luvas As luvas protegem de sujidade grosseira. Elas devem ser usadas em procedimentos que envolvam sangue, fluidos corporais, secreções, excreções (exceto suor), membranas mucosas, pele não íntegra e durante a manipulação de artigos contaminados. As luvas devem ser trocadas após contato com material biológico, entre as tarefas e procedimentos num mesmo paciente, pois podem conter uma alta concentração de microrganismos. Remova as luvas logo após usá-las, antes de tocar em artigos e superfícies sem material biológico e antes de atender outro paciente, evitando a dispersão de microrganismos ou material biológico aderido nas luvas. Lave as mãos imediatamente após a retirada das luvas para evitar a transferência de microrganismos a outros pacientes e materiais, pois há repasse de germes para as mãos mesmo com o uso de luvas. As luvas estéreis estão indicadas para procedimentos invasivos e assépticos. Luvas grossas de borracha estão indicadas para limpeza de materiais e de ambiente. • Máscaras, Óculos de Proteção ou Escudo Facial A máscara cirúrgica e óculos de proteção ou escudo facial são utilizados em procedimentos e servem para proteger as mucosas dos olhos, nariz e boca de respingos (gotículas) gerados pela fala, tosse ou espirro de pacientes ou durante atividades de assistência e de apoio. Estas gotículas geradas por fonte humana tem diâmetro de até 5μ e se dispersam até um metro de distância quando se depositam nas superfícies. Elas podem ser de sangue, fluidos corporais, secreções e excreções ou líquidos contaminados como aquelas geradas durante a lavagem de materiais contaminados. Os procedimentos de maior risco e dispersão de respingos são: broncoscopia, aspiração oral, nasal ou endotraqueal, passagem de sonda gástrica, cirurgias, suturas, técnicas laboratoriais de bioquímica e microbiologia e atendimento odontológico. Outra indicação de uso destes equipamentos é durante a manipulação de produtos químicos como em farmácia hospitalar, áreas de expurgo ou de desinfecção de artigos onde existe o risco químico de contato. As máscaras cirúrgicas devem ter um filtro bacteriano de até 5 μ de diâmetro. São de uso único, mas durante procedimentos de longa duração, sua troca deverá ocorrer quando úmidas ou submetidas a respingos visíveis. • Protetor respiratório (respiradores) INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA 24 Usado para proteger as vias respiratórias contra poeiras tóxicas e vapores orgânicos ou químicos. É indicado para entrar em quarto de isolamento de pacientes com tuberculose pulmonar, sarampo ou varicela, doenças que são transmitidas via aérea quando inalamos os núcleos de gotículas ressecadas suspensas no ar contendo os germes. Também é indicado no laboratório de microbiologia em técnicas de identificação do bacilo da tuberculose. Outra indicação para o uso do protetor respiratório, de um tipo específico, é no manuseio prolongado de glutaraldeído 2% usado para desinfecção de artigos em ambiente pouco arejado, desde que este protetor tenha uma camada de carvão ativado (máscara escura). Este protetor com carvão ativado filtra gases tóxicos e odores. Seu uso também está indicado para ambientes ou atividades com odor fétido e desagradável. É de uso individual, intransferível e reutilizável. Tem vida útil variável dependendo do tipo de contaminante, sua concentração, da freqüência respiratória do usuário e da umidade do ambiente. Deve ser trocado sempre que se encontrar saturado (entupido), perfurado, rasgado ou com elástico solto, ou quando o usuário perceber o cheiro ou gosto do contaminante. Não deve ser feito nenhum tipo de reparo. Manusear com as mãos limpas e guardar em local limpo. Instruções de uso do protetor respiratório: - Segure o respirador na mão e aproxime no rosto cobrindo a boca e o nariz. - Puxe o elástico de cima, passando-o pela cabeça e ajustando-o acima das orelhas. Depois faça o mesmo com o elástico inferior, ajustando-o na nuca. - Pressione o elemento metálico com os dedos de forma a moldá-lo ao formato do nariz. - Para verificar o ajuste, coloque as mãos na frente do respirador e assopre fortemente. O ar não deve vazar pelas laterais. - Para retirar, comece pelo elástico de baixo das orelhas e depois o outro. - Profissionais imunizados por sarampo e varicela nãonecessitam de proteção respiratória, devendo estes serem escalados para o atendimento de pacientes portadores destas doenças infecciosas. • Avental e gorro O avental (limpo, não estéril) serve para proteger a pele e prevenir sujidade na roupa durante procedimentos que tenham probabilidade de gerar respingos ou contato de sangue, fluidos corporais, secreções ou excreções. O avental será selecionado de INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA 25 acordo com a atividade e quantidade de fluido encontrado (plástico ou tecido). O avental de plástico está indicado para lavagem de materiais em áreas de expurgo. O avental sujo será removido após o descarte das luvas e as mãos devem ser lavadas para evitar transferência de microrganismos para outros pacientes ou ambiente. O gorro estará indicado especificamente para profissionais que trabalham com procedimentos que envolvam dispersão de aerossóis, projeção de partículas e proteção de pacientes quando o atendimento envolver procedimentos cirúrgicos. É o caso da equipe odontológica e outras especialidades como oftalmologia, otorrinolaringologia, cirurgia geral, cirurgia vascular e outras especialidades cirúrgicas. Tanto o avental quanto o gorro podem ser de diferentes tecidos laváveis ou do tipo descartável de uso único. A lavagem domiciliar de aventais contaminados deve ser precedida de desinfecção, por 30 minutos em solução de hipoclorito de sódio a 0,02% (10ml de alvejante comercial a 2 a 2,5% para cada litro de água). • Calçados Os calçados indicados para o ambiente com sujeira orgânica são aqueles fechados de preferência impermeáveis (couro ou sintético). Evita-se os de tecido que umedecem e retém a sujeira. Escolha os calçados cômodos e do tipo anti- derrapante. Se o local tiver muita umidade, como em lavanderias, usar botas de borracha. INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA 26 . MANUAL DE BIOSSEGURANÇA I. INTRODUÇÃO As atividades a serem desenvolvidas no PROGRAMA DE BIOSSEGURANÇA devem permitir o aprendizado e o crescimento do estudante na sua área profissional. Os líquidos biológicos e os sólidos, os quais manuseamos nos laboratórios, são, quase sempre, fontes de contaminação. Os cuidados que devemos ter para não haver contaminação cruzada dos materiais, não contaminar o pessoal do laboratório, da limpeza, os equipamentos, o meio ambiente através de aerossóis e os cuidados com o descarte destes materiais fazem parte das Boas Práticas em Laboratório Clínico (BPLC), seguindo as regras da Biossegurança. Para cada procedimento há uma regra já definida em Manuais, Resoluções, Normas ou Instruções Normativas. 1. O local de trabalho deve ser mantido sempre em ordem. 2. Aos chefes de grupo cabe a responsabilidade de orientar seu pessoal e exigir o cumprimento das regras, sendo os mesmos, responsáveis diretos por abusos e falta de capacitação profissional para utilizar os equipamentos, reagentes e infra- estrutura. 3. Antes de utilizar qualquer dependência que não seja a do laboratório em que se encontra trabalhando, o estagiário deverá pedir permissão ao responsável direto pelo mesmo. 4. Para sua segurança, procure conhecer os perigos oferecidos pelos produtos químicos utilizados no seu trabalho. 5. Procure inteirar-se das técnicas que você utiliza. Ciência não é mágica. O conhecimento dos porquês pode ser muito útil na solução de problemas técnicos. 6. Na dúvida, pergunte. 7. Ao perceber que um aparelho está quebrado, comunique imediatamente ao chefe do setor para que o reparo possa ser providenciado. 8. Ao perceber algo fora do lugar, coloque-o no devido lugar. A iniciativa própria para manter a ordem é muito bem-vinda e antecipadamente agradecida. 9. Planeje bem os seus protocolos e realize os procedimentos operacionais dos mesmos. INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA 27 Idealmente, antes de começar um experimento, você deve saber exatamente o que será consumido, sobretudo no tocante ao uso de material importado. 10. Trabalho com patógenos não deve ser realizado em local movimentado. O acesso ao laboratório deve ser restrito a pessoas que, realmente, manuseiem o material biológico. 11. O trânsito pelos corredores com material patogênico deve ser evitado ao máximo. Quando necessário, utilize bandejas. Aquele que nunca trabalhou com patógenos, antes de começar a manuseá-los, deve: • Estar familiarizado com estas normas; • Ter recebido informações e um treinamento adequado em técnicas e conduta geral de trabalho em laboratório (pipetagem, necessidade de manter-se a área de trabalho sempre limpa, etc.) 13. Ao iniciar o trabalho com patógenos, o estagiário deverá ficar sob a supervisão de um pesquisador experimentado, antes de estar completamente capacitado para o trabalho em questão. 14. Saída da área de trabalho, mesmo que temporariamente, usando luvas (mesmo que o pesquisador tenha certeza de que não estão contaminadas), máscara ou avental, é estritamente proibida. Não se deve tocar com as luvas em maçanetas, interruptores, telefone, etc. (Só se deve tocar com as luvas o material estritamente necessário ao trabalho). 15. Seja particularmente cuidadoso para não contaminar aparelhos dentro ou fora da sala (use aparelhos extras, apenas em caso de extrema necessidade). 16. Em caso de acidente: • A área afetada deve ser lavada com água corrente em abundância; • Álcool iodado deve ser passado na área afetada (com exceção dos olhos, que devem ser lavados exaustivamente com água destilada); • Em caso de ferida, deve ser lavada com água corrente e comprimida de forma a sair INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA 28 sangue (cuidado para não aumentar as dimensões da ferida deve ser tomado); • Os acidentes devem ser comunicados, imediatamente, ao responsável pelo setor e a direção do Instituto para discussão das medidas a serem adotadas; 17. As normas de trabalho com material radioativo e com material patogênico devem ser lidas com atenção antes de se começar a trabalhar com os mesmos. 18. Recomendação final para minimizar o risco de acidentes: não trabalhe sob tensão. II BIOSSEGURANÇA e RISCOS Biossegurança é um conjunto de procedimentos, ações, técnicas, metodologias, equipamentos e dispositivos capazes de eliminar ou minimizar riscos inerentes as atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, que podem comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos. TIPOS DE RISCO (Portaria do Ministério do Trabalho, MT no. 3214, de 08/06/78) 1. Riscos de Acidentes 2. Riscos Ergonômicos 3. Riscos Físicos 4. Riscos Químicos 5. Riscos Biológicos 1. RISCOS DE ACIDENTES Considera-se risco de acidente qualquer fator que coloque o trabalhador em situação de perigo e possa afetar sua integridade, bem estar físico e moral. São exemplos de risco de acidente: as máquinas e equipamentos sem proteção, probabilidade de incêndio e explosão, arranjo físico inadequado, armazenamento inadequado, etc. 2. RISCOS ERGONÔMICOS INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA 29 Considera-se risco ergonômico qualquer fator que possa interferir nas características psicofisiológicas do trabalhador causando desconforto ou afetando sua saúde. São exemplos de risco ergonômico: o levantamento e transporte manual de peso, o ritmo excessivo de trabalho, a monotonia, a repetitividade,a responsabilidade excessiva, a postura inadequada de trabalho, o trabalho em turnos, etc. 3. RISCOS FÍSICOS Consideram-se agentes de risco físico as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, ultra-som, materiais cortantes e pontiagudos, etc. 4. RISCOS QUÍMICOS Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostas ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão. 5. RISCOS BIOLÓGICOS Consideram-se agentes de risco biológico as bactérias, fungos, parasitos, vírus, entre outros. Classificação de risco biológico: Os agentes de risco biológico podem ser distribuídos em quatro classes de 1 a 4 por ordem crescente de risco (anexo 1), classificados segundo os seguintes critérios: • Patogenicidade para o homem. • Virulência. • Modos de transmissão INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA 30 • Disponibilidade de medidas profiláticas eficazes. • Disponibilidade de tratamento eficaz. • Endemicidade. MÉTODOS DE CONTROLE DE AGENTE DE RISCO Os elementos básicos para contenção de agentes de risco: A. - BOAS PRÁTICAS DE LABORATÓRIO - GLP • Observância de práticas e técnicas microbiológicas padronizadas. • Conhecimento prévio dos riscos. • Treinamento de segurança apropriado. • Manual de biossegurança (identificação dos riscos, especificação das práticas, procedimentos para eliminação de riscos). A.1. - RECOMENDAÇÕES GERAIS • Nunca pipete com a boca, nem mesmo água destilada. Use dispositivos de pipetagem mecânica. • Não coma, beba, fume, masque chiclete ou utilize cosméticos no laboratório. • Evite o hábito de levar as mãos à boca, nariz, olhos, rosto ou cabelo, no laboratório. • Lave as mãos antes de iniciar o trabalho e após a manipulação de agentes químicos, material infeccioso, mesmo que tenha usado luvas de proteção, bem como antes de deixar o laboratório. • Objetos de uso pessoal não devem ser guardados no laboratório. • Utilize jalecos ou outro tipo de uniforme protetor, de algodão, apenas dentro do laboratório. Não utilize essa roupa fora do laboratório. • Não devem ser utilizadas sandálias ou sapatos abertos no laboratório. • Utilize luvas quando manusear material infeccioso. INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA 31 • Não devem ser usados jóias ou outros adornos nas mãos, porque podem impedir uma boa limpeza das mesmas. • Mantenha a porta do laboratório fechada. Restrinja e controle o acesso do mesmo. • Não mantenha plantas, bolsas, roupas ou qualquer outro objeto não relacionado com o trabalho dentro do laboratório. • Use cabine de segurança biológica para manusear material infeccioso ou materiais que necessitem de proteção contra contaminação. • Utilize dispositivos de contenção ou minimize as atividades produtoras de aerossóis, tais como operações com grandes volumes de culturas ou soluções concentradas. Essas atividades incluem: centrifugação (utilize sempre copos de segurança), misturadores tipo Vortex (use tubos com tampa), homogeneizadores (use homogeneizadores de segurança com copo metálico), sonicagem, trituração, recipientes abertos de material infeccioso, frascos contendo culturas, inoculação de animais, culturas de material infeccioso e manejo de animais. • Qualquer pessoa com corte recente, com lesão na pele ou com ferida aberta (mesmo uma extração de dente), devem abster-se de trabalhar com patógenos humanos. • Coloque as cabines de segurança biológica em áreas de pouco trânsito no laboratório, minimize as atividades que provoquem turbulência de ar dentro ou nas proximidades da cabine. • As cabines de segurança biológica não devem ser usadas em experimentos que envolvam produtos tóxicos ou compostos carcinogênicos. Neste caso utilizam-se capelas químicas. • Descontamine todas as superfícies de trabalho diariamente e quando houver respingos ou derramamentos. Observe o processo de desinfecção específico para escolha e utilização do agente desinfetante adequado. • Coloque todo o material com contaminação biológica em recipientes com tampa e a prova de vazamento, antes de removê-los do laboratório para autoclavação. • Descontamine por autoclavação ou por desinfecção química, todo o material com contaminação biológica, como: vidraria, caixas de animais, equipamentos de laboratório, etc..., seguindo as recomendações para descarte desses materiais. • Descontamine todo equipamento antes de qualquer serviço de manutenção. • Cuidados especiais devem ser tomados com agulhas e seringas. Use-as somente quando não houver métodos alternativos. INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA 32 • Seringas com agulhas ao serem descartadas devem ser depositadas em recipientes rígidos, a prova de vazamento e embalados como lixo patológico. • Vidraria quebrada e pipetas descartáveis, após descontaminação, devem ser colocadas em caixa com paredes rígidas rotulada “vidro quebrado” e descartada como lixo geral. • Saiba a localização do mais próximo lava olhos, chuveiro de segurança e extintor de incêndio. Saiba como usá-los. • Mantenha preso em local seguro todos os cilindros de gás, fora da área do laboratório e longe do fogo. • Zele pela limpeza e manutenção de seu laboratório, cumprindo o programa de limpeza e manutenção estabelecido para cada área, equipamento e superfície. • Todo novo funcionário ou estagiário deve ter treinamento e orientação específica sobre BOAS PRÁTICAS LABORATORIAIS e PRINCÍPIOS DE BIOSSEGURANÇA aplicados ao trabalho que irá desenvolver. • Qualquer acidente deve ser imediatamente comunicado à chefia do laboratório, registrado em formulário específico e encaminhado para acompanhamento junto a Comissão de Biossegurança da Instituição. • Fique atento à qualquer alteração no seu quadro de saúde e dos funcionários sob sua responsabilidade, tais como: gripes, alergias, diarréias, dores de cabeça, enxaquecas, tonturas, mal estar em geral, etc... e notifique imediatamente à chefia do laboratório. B. - BARREIRAS B.1. - BARREIRAS PRIMÁRIAS B.1.1. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI São empregados para proteger o pessoal da área de saúde do contato com agentes infecciosos, tóxicos ou corrosivos, calor excessivo, fogo e outros perigos. A roupa e o equipamento servem também para evitar a contaminação do material em experimento ou em produção. São exemplos: � LUVAS As luvas são usadas como barreira de proteção prevenindo contra contaminação das mãos ao manipular material contaminado, reduzindo a probabilidade de que microrganismos presentes nas mãos sejam transmitidos durante procedimentos. INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA 33 O uso de luvas não substitui a necessidade da LAVAGEM DAS MÃOS porque elas podem ter pequenos orifícios inaparentes ou danificar-se durante o uso, podendo contaminar as mãos quando removidas. _ Usar luvas de látex SEMPRE que houver CHANCE DE CONTATO com sangue, fluídos do corpo, dejetos, trabalho com microrganismos e animais de laboratório. _ Usar luvas de PVC para manuseio de citostáticos (mais resistentes, porém menos sensibilidade). _ Lavar instrumentos, roupas,superfícies de trabalho SEMPRE usando luvas. _ NÃO usar luvas fora da área de trabalho, NÃO abrir portas, NÃO atender telefone. _ Luvas (de borracha) usadas para limpeza devem permanecer 12 horas em solução e Hipoclorito de Sódio a 0,1% (1g/l de cloro livre = 1000 ppm). Verificar a integridade das luvas após a desinfecção. _ NUNCA reutilizar as luvas, DESCARTÁ-LAS de forma segura. JALECO Os vários tipos de jalecos são usados para fornecer uma barreira de proteção e reduzir a oportunidade de transmissão de microrganismos. Previnem a contaminação das roupas do pessoal, protegendo a pele da exposição a sangue e fluidos corpóreos, salpicos e derramamentos de material infectado. _ São de uso constante nos laboratórios e constituem uma proteção para o profissional. _ Devem sempre ser de mangas longas, confeccionados em algodão ou fibra sintética (não inflamável). _ Os descartáveis devem ser resistentes e impermeáveis. _ Uso de jaleco é PERMITIDO somente nas ÁREAS DE TRABALHO. NUNCA EM REFEITÓRIOS, ESCRITÓRIOS, BIBLIOTECAS, ÔNIBUS, ETC. _ Jalecos NUNCA devem ser colocados no armário onde são guardados objetos pessoais. _ Devem ser descontaminados antes de serem lavados. OUTROS EQUIPAMENTOS INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA 34 _ Óculos de Proteção e Protetor Facial (protege contra salpicos, borrifos, gotas, mpacto). _ Máscara (tecido, fibra sintética descartável, com filtro HEPA, filtros para gases, ó, etc.). _ Avental impermeável. _ Uniforme de algodão, composto de calça e blusa. _ Luvas de borracha, amianto, couro, algodão e descartáveis. _ Dispositivos de pipetagem (borracha peras, pipetadores automáticos, etc.). B.1.2. - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC) São equipamentos que possibilitam a proteção do pessoal do laboratório, do meio ambiente e da pesquisa desenvolvida. São exemplos: CABINES DE SEGURANÇA As Cabines de Segurança Biológica constituem o principal meio de contensão e são usadas como barreiras primárias para evitar a fuga de aerossóis para o ambiente. Há três tipos de cabines de segurança biológica: Classe I Classe II – A, B1, B2, B3. Classe III Procedimento correto para uso da Cabine de Segurança Biológica encontra-se no nexo 2. FLUXO LAMINAR DE AR Massa de ar dentro de uma área confinada movendo-se com velocidade uniforme ao longo de linhas paralelas. INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA 35 CAPELA QUÍMICA NB Cabine construída de forma aerodinâmica cujo fluxo de ar ambiental não causa turbulências e correntes, assim reduzindo o perigo de inalação e contaminação do operador ambiente. CHUVEIRO DE EMERGÊNCIA Chuveiro de aproximadamente 30 cm de diâmetro, acionado por alavancas de mão, otovelos ou joelhos. Deve estar localizado em local de fácil acesso. LAVA OLHOS Dispositivo formado por dois pequenos chuveiros de média pressão, acoplados a ma bacia metálica, cujo ângulo permite direcionamento correto do jato de água. Pode azer parte do chuveiro de emergência ou ser do tipo frasco de lavagem ocular. MANTA OU COBERTOR Confeccionado em lã ou algodão grosso, não podendo ter fibras sintéticas. Utilizado ara abafar ou envolver vítima de incêndio. VASO DE AREIA Também chamado de balde de areia, é utilizado sobre derramamento de álcalis para eutralizá-lo. EXTINTOR DE INCÊNDIO A BASE DE ÁGUA Utiliza o CO2 como propulsor. É usado em papel, tecido e madeira. Não usar em letricidade, líquidos inflamáveis, metais em ignição. INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA 36 EXTINTOR DE INCÊNDIO DE CO2 EM PÓ Utiliza o CO2 em pó como base. A força de seu jato é capaz de disseminar os ateriais incendiados. É usado em líquidos e gases inflamáveis, fogo de origem elétrica. Não usar em metais alcalinos e papel. EXTINTOR DE INCÊNDIO DE PÓ SECO Usado em líquidos e gases inflamáveis, metais do grupo dos álcalis, fogo de origem létrica. EXTINTOR DE INCÊNDIO DE ESPUMA Usado para líquidos inflamáveis. Não usar para fogo causado por eletricidade. EXTINTOR DE INCÊNDIO DE BCF Utiliza o bromoclorodifluorometano. É usado em líquidos inflamáveis, incêndio de rigem elétrica. O ambiente precisa ser cuidadosamente ventilado após seu uso. MANGUEIRA DE INCÊNDIO Modelo padrão, comprimento e localização são fornecidos pelo Corpo de BOMEIROS. PROCEDIMENTOS PARA DESCARTE DOS RESÍDUOS GERADOS EM LABORATÓRIO 1 - RESÍDUOS INFECTANTES INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA 37 Estes resíduos podem ser divididos em quatro grupos a saber: MATERIAL PROVENIENTE DE ÁREAS DE ISOLAMENTO Incluem-se aqui, sangue e secreções de pacientes que apresentam doenças transmissíveis. MATERIAL BIOLÓGICO Composto por culturas ou estoques de microrganismos provenientes de laboratórios línicos ou de pesquisa, meios de cultura, placas de Petri, instrumentos usados para anipular, misturar ou inocular microrganismos, vacinas vencidas ou inutilizadas, filtros e ases aspiradas de áreas contaminadas. SANGUE HUMANO E HEMODERIVADOS Composto por bolsas de sangue com prazo de utilização vencida, inutilizada ou com orologia positiva, amostras de sangue para análise, soro, plasma, e outros subprodutos. PROCEDIMENTOS RECOMENDADOS PARA O DESCARTE _ As disposições inadequadas dos resíduos gerados em laboratório poderão constituir ocos de doenças infecto-contagiosas se, não forem observados os procedimentos para seu tratamento. _ Lixo contaminado deve ser embalado em sacos plásticos para o lixo tipo 1, de capacidade máxima de 100 litros, indicados pela NBR 9190 da ABNT. _ Os sacos devem ser totalmente fechados, de forma a não permitir o derramamento de seu conteúdo, mesmo se virados para baixo. Uma vez fechados, precisam ser mantidos íntegros até o processamento ou destinação final do resíduo. Caso ocorram rompimentos freqüentes dos sacos, deverão ser verificados, a qualidade do produto ou os métodos de transporte utilizados. Não se admite abertura ou rompimento de saco contendo resíduo infectante sem tratamento prévio. INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA 38 _ Havendo derramamento do conteúdo, cobrir o material derramado com uma solução desinfetante (por exemplo, hipoclorito de sódio a 10.000 ppm), recolhendo- se em seguida. Proceder, depois, a lavagem do local. Usar os equipamentos de proteção necessários. _ Todos os utensílios que entrarem em contato direto com o material deverão passar por desinfecção posterior. _ Os sacos plásticos deverão ser identificados com o nome do laboratório de origem, sala, técnica responsável e data do descarte. _ Autoclavar a 121 C (125F), pressão de 1 atmosfera (101kPa, 151 lb/in acima da pressão atmosférica) durante pelo menos 20 minutos. _ As lixeiras para resíduos desse tipo devem ser providas de tampas. _ Estas lixeiras devem ser lavadas, pelo menos uma vez por semana, ou sempre que houver vazamento do saco. 2 - RESÍDUOS PERFUROCORTANTES Os resíduos perfurocortantes constituem a principal fonte potencial de riscos, tanto de acidentes físicos como de doenças infecciosas. São compostos por: agulhas, ampolas, pipetas, lâminas de bisturi, lâminas de barbear e qualquer vidraria quebrada ou que se quebre facilmente. PROCEDIMENTOS RECOMENDADOS PARA O DESCARTE • Os resíduos perfurocortantes devemser descartados em recipientes de paredes rígidas, com tampa e resistentes à autoclavação. Estes recipientes devem estar localizados tão próximo quanto possíveis da área de uso dos materiais. • Os recipientes devem ser identificados com etiquetas autocolantes, contendo informações sobre o laboratório de origem, técnico responsável pelo descarte e data do descarte. • Embalar os recipientes, após tratamento para descontaminação, em sacos adequados para descarte identificados como material perfurocortantes e descartar como lixo comum, caso não sejam incinerados. INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA 39 • A agulha não deve ser retirada da seringa após o uso. • No caso de seringa de vidro, levá-la juntamente com a agulha para efetuar o processo de descontaminação. • Não quebrar, entortar ou recapear as agulhas. 3 - RESÍDUOS RADIOATIVOS Compostos por materiais radioativos ou contaminados com radionuclídeos com baixa atividade provenientes de laboratórios de pesquisa em química e biologia, laboratórios de análises clínicas e serviços de Medicina Nuclear. São normalmente, sólidos ou líquidos (seringas, papel absorvente, frascos, líquidos derramados, urina, fezes, etc.). Resíduos radioativos, com atividade superior às recomendadas pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), deverão ser acondicionados em depósitos de decaimento (até que suas atividades se encontrem dentro do limite permitido para sua eliminação). PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS PARA O DESCARTE • Não misturar rejeitos radioativos líquidos com sólidos. • Preveja o uso de recipientes especiais, etiquetados e apropriados à natureza do produto radioativo em questão. • Coletar materiais como agulhas, ponteiras de pipetas e outros objetos afiados, contaminados por radiação, em recipientes específicos, com sinalização de radioatividade. • Os containers devem ser identificados com: Isótopo presente, tipo de produto químico e concentração, volume do conteúdo, laboratório de origem, técnico responsável pelo descarte e a data do descarte. • Os rejeitos não devem ser armazenados no laboratório, mas sim em um local previamente adaptado para isto, aguardando o recolhimento. • Considerar como de dez meias vidas o tempo necessário para obter um decréscimo quase total para a atividade dos materiais (fontes não seladas) empregadas na área biomédica. INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA 40 • Pessoal responsável pela coleta de resíduos radioativos devem utilizar vestimentas protetoras e luvas descartáveis. Estas serão eliminadas após o uso, também, como resíduo radioativo. • Em caso de derramamento de líquidos radioativos, poderão ser usados papéis absorventes ou areia, dependendo da quantidade derramada. Isto impedirá seu espalhamento. Estes deverão ser eliminados juntos com outros resíduos radioativos. OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: Os Procedimentos estabelecidos para a eliminação de rejeitos radioativos foram padronizados pela Norma CNEN-NE-6.05 (CNEN, 1985). O pessoal envolvido na manipulação desses rejeitos devem receber treinamento específico para realização dessa atividade, além de uma regular vigilância médico sanitária. 4 - RESÍDUOS QUÍMICOS Os resíduos químicos apresentam riscos potenciais de acidentes inerentes às suas propriedades específicas. Devem ser consideradas todas as etapas de seu descarte com a finalidade, de minimizar, não só acidentes decorrentes dos efeitos agressivos imediatos (corrosivos e toxicológicos), como os riscos cujos efeitos venham a se manifestar a mais longo prazo, tais como os teratogênicos, carcinogênicos e mutagênicos. São compostos por resíduos orgânicos ou inorgânicos tóxicos, corrosivos, inflamáveis, explosivos, teratogênicos, etc. Para a realização dos procedimentos adequados de descarte, é importante a observância do grau de toxicidade e do procedimento de não mistura de resíduos de diferentes naturezas e composições. Com isto, é evitado o risco de combinação química e combustão, além de danos ao ambiente de trabalho e ao meio ambiente. Para tanto, é necessário que a coleta desses tipos de resíduos seja periódica. Os resíduos químicos devem ser tratados antes de descartados. Os que não puderem ser recuperados, devem ser armazenados em recipientes próprios para posterior descarte. No armazenamento de resíduos químicos devem ser considerados a compatibilidade dos produtos envolvidos, a natureza do mesmo e o volume. PROCEDIMENTOS GERAIS DE DESCARTE INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA 41 _ Cada uma das categorias de resíduos orgânicos ou inorgânicos relacionados deve ser separada, acondicionada, de acordo com procedimentos e formas específicas e adequadas a cada categoria. Na fonte produtora do rejeito e em sua embalagem deverão existir os símbolos internacionais estabelecidos pela Organização Internacional de Normalização (ISO) e pelo Comitê de Especialistas em Transporte de Produtos Perigosos, ambos da Organização das Nações Unidas, adequados a cada caso. _ Além do símbolo identificador da substância, na embalagem contendo esses resíduos deve ser afixada uma etiqueta autoadesiva, preenchida em grafite contendo as seguintes informações: Laboratório de origem, conteúdo qualitativo, classificação quanto à natureza e advertências. _ Os rejeitos orgânicos ou inorgânicos sem possibilidade de descarte imediato devem ser armazenados em condições adequadas específicas. _ Os resíduos orgânicos ou inorgânicos deverão ser desativados com o intuito de transformar pequenas quantidades de produtos químicos reativos em produtos derivados inócuos, permitindo sua eliminação sem riscos. Este trabalho deve ser executado com cuidado, por pessoas especializadas. _ Os resíduos que serão armazenados para posterior recolhimento e descarte/incineração, devem ser recolhidos separadamente em recipientes coletores impermeáveis a líquidos, resistentes, com tampas rosqueadas para evitar derramamentos e fechados para evitar evaporação de gases. _ Resíduos inorgânicos tóxicos e suas soluções aquosas – Sais inorgânicos de metais tóxicos e suas soluções aquosas devem ser previamente diluídos a níveis de concentração que permitam o descarte direto na pia em água corrente. Concentrações máximas permitidas ao descarte direto na pia para cada metal: Cádmio - no máximo 1 mg/L Chumbo- no máximo 10 mg/L Zinco- no máximo 5 mg/L Cobre- no máximo 5 mg/L Cromo- no máximo 10 mg/L Prata- no máximo 1 mg/L _ Resíduos inorgânicos ácidos e suas soluções aquosas – Diluir com água, neutralizar INSTITUTO PHILUM- TÉCNICO EM ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA 42 com bases diluídas e, descartar na pia em água corrente. _ Resíduos inorgânicos básicos e suas soluções aquosas – Diluir com água, neutralizar com ácidos diluídos e descartar na pia em água corrente. _ Resíduos inorgânicos neutros e suas soluções aquosas – Diluir com água e descartar na pia em água corrente. _ Resíduos inorgânicos insolúveis em água: _ Com risco de contaminação ao meio ambiente – armazenar em frascos etiquetados e de conteúdo similar, para posterior recolhimento. _ Sem risco de contaminação ao meio ambiente – coletar em saco plástico e descartar como lixo comum. _ Resíduos orgânicos e suas soluções aquosas tóxicas – coletar em frascos etiquetados e de conteúdo similar para posterior recolhimento. _ Resíduos orgânicos ácidos e suas soluções aquosas – diluir com água, neutralizar com ácidos diluídos e descartar na pia em água corrente. _ Resíduos
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