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DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS (FGV)
P/ AUDITOR FISCAL − SEFAZ-RJ 
PROFESSOR: ANDERSON LUIZ
AULA 01 
Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 1
Assuntos: 
1. Administração Pública: conceito, estrutura legal dos Órgãos
Públicos; natureza e fins da Administração; agentes da
Administração. 2. Princípios básicos da Administração: legalidade,
moralidade, impessoalidade, finalidade, publicidade, eficiência. 3.
Papel das políticas públicas como elemento indutor do
desenvolvimento da sociedade. 4. Conceituação de ética e moral. 
11. Organização Administrativa: Administração direta e indireta;
Agências executivas e reguladoras. 
1. (FGV/TRE-PA/2011) A respeito das entidades da Administração
Pública Indireta, é correto afirmar que 
(A) as áreas de atuação das fundações de direito público são
determinadas via lei ordinária. 
(B) as empresas públicas são pessoas jurídicas de direito público
criadas com o registro de seus atos constitutivos. 
(C) somente por lei específica poderá ser criada autarquia e
autorizada a instituição de empresa pública, sociedade de economia
mista e fundação. 
(D) as autarquias possuem natureza jurídica de direito privado, sendo
criadas diretamente por lei, sem necessidade de registro. 
(E) com a entrada em vigor da lei instituidora de sociedade de
economia mista, dá-se o termo inicial de sua pessoa jurídica. 
 Comentários 
 A letra a está errada. As áreas de atuação das fundações
de direito público são determinadas via lei complementar. 
CF, art. 37, inc. XIX: 
Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada
a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e
de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso,
definir as áreas de sua atuação. 
 
 
 
 
 
 
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 A letra b está errada. A empresa pública é uma pessoas
jurídicas de direito privado, integrante da Administração
Indireta, instituída mediante autorização por lei específica, para
a exploração de atividade econômica ou para a prestação de
serviços públicos. 
A criação dessa entidade ocorre por decreto do Chefe do Poder
Executivo. Ela adquire personalidade jurídica de direito privado com
o registro de seus atos constitutivos perante órgão competente. 
 A letra c está certa. Somente por lei específica poderá ser
criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de
sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação
(CF, art. 37, XIX). 
CF, art. 37, inc. XIX: 
Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de
economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar,
neste último caso, definir as áreas de sua atuação. 
 A letra d está errada. As autarquias possuem natureza
jurídica de direito público, sendo criadas diretamente por lei, sem
necessidade de registro. 
Importante: 
Autarquia, que possui natureza jurídica de direito público, é criada
por lei específica. Por outro lado, fundação pública, empresa pública
e sociedade de economia mista, que possuem natureza jurídica de
direito privado, têm sua criação autorizada por lei específica. 
A criação dessas entidades de direito privado ocorre por decreto do
Chefe do Poder Executivo, sendo necessário o registro de seus atos
constitutivos perante órgão competente. 
 A letra e está errada. O termo inicial da pessoa jurídica da
sociedade de economia mista (e das demais entidades de direito 
 
 
 
 
 
 
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privado) dá-se com o registro dos seus atos constitutivos no
órgão competente. 
Importante: 
Com o registro de seus atos constitutivos perante órgão
competente, a empresa pública, a sociedade de economia
mista e as fundações públicas adquirem personalidade jurídica de
direito privado. 
Por outro lado, com a entrada em vigor da lei instituidora de 
autarquia, dá-se o termo inicial de sua pessoa jurídica. 
Portanto, a resposta desta questão é a letra c. 
2. (FGV/OAB/2011) É correto afirmar que a desconcentração
administrativa ocorre quando um ente político 
(A) cria, mediante lei, órgãos internos em sua própria estrutura para
organizar a gestão administrativa. 
(B) cria, por lei específica, uma nova pessoa jurídica de direito
público para auxiliar a administração pública direta. 
(C) autoriza a criação, por lei e por prazo indeterminado, de uma
nova pessoa jurídica de direito privado para auxiliar a administração
pública. 
(D) contrata, mediante concessão de serviço público, por prazo
determinado, uma pessoa jurídica de direito público ou privado para
desempenhar uma atividade típica da administração pública. 
 Comentários: 
Tradicionalmente, o Direito Administrativo Brasileiro adota uma
organização administrativa do Estado a partir da divisão entre
Administração Pública Direta e Administração Pública
Indireta, que se compõem, respectivamente, de: 
• Órgãos Públicos; e 
• Entidades Jurídicas, que podem ser: 
 
 
 
 
 
 
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9 De direito público: são as autarquias e as fundações
públicas de direito público; 
9 De direito privado: são as fundações públicas de
direito privado, as sociedades de economia mista e
as empresas públicas. 
 
Percebam, portanto, que a Administração Direta (ou
Centralizada) é composta de órgãos públicos
despersonalizados, enquanto a Administração Indireta (ou
Descentralizada) é integrada por entidades com personalidade
jurídica, algumas de direito público, outras de direito privado. 
Na organização de sua Administração, a função administrativa
pode ser realizada de forma centralizada ou descentralizada. Na
centralização, a função administrativa é realizada diretamente
pelos órgãos e agentes da própria Administração Direta. Por
outro lado, na descentralização, a função administrativa é realizada
através de outras pessoas jurídicas. Ou seja, a descentralização
pressupõe a existência de duas pessoas jurídicas distintas: o
Estado e a entidade que realizará o serviço. 
 A descentralização administrativa pode ser efetivada de
duas formas: por outorga e por delegação. 
• Descentralização por outorga: o Estado cria uma entidade e
a ela transfere, por lei, determinado serviço público. Por
exemplo: criação de entidades da Administração Indireta. 
• Descentralização por delegação: o Estado transfere, por
contrato ou ato unilateral, unicamente a execução de
determinado serviço público para que determinado ente o
preste em seu próprio nome e por sua conta e risco. Por
exemplo: concessão ou permissão de serviços públicos. 
Ressalto que essa descentralização administrativa não se
confunde com a descentralização política, que consiste na
repartição de competência político-constitucional, no Estado Federal,
entre os entes políticos que o compõem, realizada diretamente pela
própria Constituição (por exemplo, autorização para a criação de
municípios). 
 A descentralização administrativa pode ser: 
• Territorial: é criada uma entidade a partir da especificação de
uma área geográfica, dotando-a de personalidade jurídica de 
 
 
 
 
 
 
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jurídica de direito público e de competência administrativa.
Exemplo: criação de territórios (autarquias territoriais). 
• Por colaboração: mediante contrato administrativo de
concessão ou permissão de serviço público, ou ato unilateral de
autorização, o Estado transfere ou delega a prestação de
determinado serviço público, a ser realizada por conta e risco
do delegado. Exemplos: concessão, permissão e autorização de
serviços públicos. 
• Por serviço ou funcional: cria-se uma entidade
administrativa, com personalidade jurídica própria, para o
exercício de atividade específica. Exemplos: criação de
entidades da administração indireta. 
 
É importante esclarecer que na descentralização não há
hierarquia entre a Administração Direta e a Indireta. Esta
relação é caracterizada pela vinculação (e não pela subordinação).
Pois, a Administração Direta exerce sobre a Administração Indireta o
chamado controle finalístico, tutela administrativa ou
supervisão (também chamada, na esfera federal, de “supervisão
ministerial”). 
Por fim, para evitar possíveis equívocos conceituais, é prudente
mencionar a técnica da desconcentração administrativa, que é
utilizada tanto na Administração Direta, quanto na
Administração Indireta. 
 A desconcentração administrativa é a distribuição de
competências, no âmbito de uma mesma pessoa jurídica, com
vista a agilizar a prestação dos serviços. Em outras palavras, a
desconcentração administrativa nada mais é do que a criação de
órgãos públicos. Por exemplo: criação de Ministérios,
Departamentos, Secretarias etc. 
Importante: 
Desconcentração Criação de órgãos públicos 
≠ 
Descentralização Criação de entidades 
 
 
 
 
 
 
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Logo, a resposta desta questão é a letra a. 
3. (FGV/TRE-PA/2011) É considerado requisito para a qualificação
de autarquia ou fundação como agência executiva 
(A) ter celebrado contrato de prestação de serviços por, no mínimo,
um ano com o respectivo Ministério Supervisor. 
(B) ter celebrado contrato de permissão e/ou concessão com o
respectivo Ministério Supervisor. 
(C) ter plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento
institucional concluído há, no mínimo, seis meses. 
(D) ter celebrado contrato de gestão com o respectivo Ministério
Superior. 
(E) ter plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento
institucional concluído há, no mínimo, um ano. 
 Comentários: 
 A agência executiva é a qualificação dada à autarquia ou à
fundação pública que celebre contrato de gestão com o órgão da
Administração Direta a que se acha vinculada. 
Portanto, a agência executiva não é uma nova espécie de
entidade administrativa. Na verdade, trata-se de uma
qualificação dada à autarquia ou à fundação pública que celebre
um contrato de gestão com o órgão central da Administração Direta
ao qual está vinculada. 
Importante:
Autarquia ou Fundação Pública
(+) contrato de gestão 
_________________________ 
(=) Agência Executiva 
Assim, a resposta desta questão é a letra d. 
 
 
 
 
 
 
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4. (FGV/TRE-PA/2011) De acordo com a Constituição Federal de
1988, a Administração Pública obedecerá aos seguintes princípios: 
(A) legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. 
(B) legalidade, impessoalidade, moralidade, probidade e
externalidade. 
(C) legitimidade, impessoalidade, moralidade, probidade e
externalidade. 
(D) razoabilidade, proporcionalidade, improbidade e personalismo. 
(E) discricionariedade, ponderação, isenção e separação de poderes. 
 Comentários: 
 Os princípios administrativos são os valores, as diretrizes,
as idéias centrais que norteiam a atuação da Administração Pública,
regulando a validade de todos os atos por ela praticados. Por isso,
são de observância obrigatória por todos os agentes públicos. 
Os atos eventualmente praticados em desobediência aos
princípios administrativos são atos inválidos e podem ter sua
invalidade decretada pela própria Administração que o haja editado
ou pelo Poder Judiciário. 
É importante registrar que os princípios tanto podem ser
explícitos (o seu nome está taxativamente previsto em normas
jurídicas) como implícitos (a sua aplicação está prevista em normas
jurídicas). 
Os princípios que regem a Administração Pública são exemplos
de princípios explícitos no sistema constitucional pátrio, previstos no
art. 37 da Constituição Federal de 1988, nos seguintes termos: 
CF/88, art. 37:
“A administração pública direta e indireta de qualquer dos poderes
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência...” 
 
 
 
 
 
 
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Assim, percebemos que os princípios básicos da administração
pública estão consubstanciados em cinco regras de observância
permanente e obrigatória para o bom administrador: Legalidade,
Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência. Se você
não os conhecia, pode chamá-los de “LIMPE”. 
Princípios da 
Administração Pública 
(CF/88, art. 37) 
Legalidade
Impessoalidade
Moralidade
Publicidade 
Eficiência 
Atenção: 
Há questões de prova cujo enunciado cita apenas três ou quatro
desses princípios como sendo aplicáveis à administração pública. 
Por exemplo: a administração pública direta ou indireta de todas as
esferas de governo obedecerá aos princípios da legalidade, da 
impessoalidade e da moralidade. 
Se vocês se deparassem com essa afirmativa em uma prova,
marcariam V ou F? 
Tenho certeza que todos aqui marcariam VERDADEIRO. 
É isso mesmo! Parabéns! O item estaria corretíssimo! 
Não o seria, porém, se houvesse alguma palavra com significado
restritivo (somente, apenas, exclusivamente...). Ou seja, se a
nossa questão hipotética afirmasse que a administração pública
direta ou indireta de todas as esferas de governo obedecerá,
somente (apenas, exclusivamente), aos princípios da
legalidade, da impessoalidade e da moralidade, consideraríamos o
item como FALSO. 
 
 
 
 
 
 
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Importante: 
Os princípios enumerados no art. 37 da CF/88 (“LIMPE”) são de
observância obrigatória para os Poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário, quando no exercício de atividades administrativas, e em
todas as esferas da federação (U, E, DF e M), alcançando a
Administração Direta e a Indireta. 
Com efeito, a resposta desta questão é a letra a. 
5. (FGV/BADESC/2010) No direito brasileiro, existem duas
diferenças fundamentais entre as sociedades de economia mista e as
empresas públicas. Assinale a alternativa que explicita essas
diferenças. 
(A) composição do capital e forma jurídica. 
(B) personalidade jurídica e forma de extinção. 
(C) forma jurídica e controle estatal. 
(D) forma de criação e personalidade jurídica. 
(E) controle estatal e composição do capital. 
 Comentários: 
 
 As empresas públicas e as sociedades de economia mista
são pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da
Administração Indireta, instituídasmediante autorização por lei
específica, para a exploração de atividade econômica ou para a
prestação de serviços públicos. 
A despeito dessas semelhanças, são 3 as principais distinções
entre as empresas públicas e as sociedades de economia mista: 
• Forma jurídica: 
9 EP: podem revestir-se de qualquer das formas admitidas 
em Direito 
9 SEM: devem ter a forma de S/A 
• Composição do capital: 
9 EP: capital 100% público 
 
 
 
 
 
 
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9 SEM: capital público + capital privado (na esfera federal,
a maioria das ações com direito a voto deve pertencer à
União) 
• Foro processual (apenas para as entidades federais): 
9 EP federais: as causas serão processadas e julgadas na 
Justiça Federal (exceto as causas de falência, acidente
de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do
Trabalho) 
9 SEM federais: as causas serão processadas e julgadas
na Justiça Estadual (bem como as SEM estaduais e
municipais) 
Pelo exposto, a resposta desta questão é a letra a. 
 
6. (FGV/BADESC/2010) As pessoas jurídicas de direito público de
natureza meramente administrativa, criadas por lei específica, para a
realização de atividades descentralizadas da entidade que as criou,
são denominadas: 
(A) fundações. 
(B) autarquias. 
(C) entidades estatais. 
(D) entidades paraestatais. 
(E) organizações empresariais. 
 
 Comentários: 
De acordo com Hely Lopes de Meirelles, autarquias “são entes
administrativos autônomos, criados por lei específica, com
personalidade jurídica de Direito Público interno, patrimônio
próprio e atribuições estatais específicas”. 
Em outro momento, o autor define entidades autárquicas como
“pessoas jurídicas de Direito Público, de natureza meramente
administrativa, criadas por lei específica, para a realização de
atividades, obras ou serviços descentralizados da entidade
estatal que as criou”. 
 
 
 
 
 
 
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Para Maria Sylvia Di Pietro, autarquia é “a pessoa jurídica de
direito público, criada por lei, com capacidade de auto-
administração, para o desempenho de serviço público
descentralizado, mediante controle administrativo exercido
nos limites da lei.” 
Nos dizeres de Dirley da Cunha Jr, autarquias são as “pessoas
jurídicas de direto público, com capacidade exclusivamente
administrativa, criadas por lei específica para exercerem, em
caráter especializado e com prerrogativas públicas, atividades
típicas referentes à prestação de certos serviços públicos”. 
Importante: 
As pessoas jurídicas de direito público de natureza meramente
administrativa, criadas por lei específica, para a realização de
atividades descentralizadas da entidade que as criou, são
denominadas autarquias. 
Por isso, a resposta desta questão é a letra b. 
7. (FGV/Sefaz-RJ/2010) Com relação à organização
administrativa, analise as afirmativas a seguir. 
I. A criação de subsidiárias das empresas estatais depende de lei
específica, sendo, porém, dispensável para a participação delas em
empresas privadas. 
II. O contrato de gestão pode ser utilizado por empresas estatais
dependentes de recursos públicos para ampliação de sua autonomia
gerencial, orçamentária e financeira. 
III. Os bens das empresas estatais afetados à prestação de serviço
essencial, imprescindíveis à continuidade da prestação do serviço
público, não são penhoráveis. 
Assinale: 
(A) se somente a afirmativa I estiver correta. 
(B) se somente a afirmativa II estiver correta. 
(C) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
(D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
 
 
 
 
 
 
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(E) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
 Comentários: 
O item I está errado. A CF/88, em seu art. 37, inc. XX, dispõe
que depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação
de subsidiárias das autarquias, empresas públicas, fundações e
sociedades de economia mista, assim como a participação de
qualquer delas em empresa privada. 
A despeito dessa previsão constitucional, o STF afastou a
exigência de autorização legislativa específica para a instituição de
cada uma das subsidiárias de uma mesma entidade. 
A Suprema Corte entendeu ser suficiente para a criação de
subsidiárias de entidades da Administração Indireta a autorização
genérica estabelecida em lei. 
Ou seja, é dispensável a autorização legislativa para a criação
de subsidiárias, desde que haja previsão para esse fim na própria lei
que instituiu a entidade da administração indireta. Nesse caso, a lei
criadora é a própria medida autorizadora. 
CF, art. 37, inc. XX: 
Depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de
subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim
como a participação de qualquer delas em empresa privada. 
 O item II está certo. O contrato de gestão (ou acordo-
programa) é um ajuste que pode ser firmado entre a
Administração Direta e entidades da Administração Indireta ou
entre órgãos da própria Administração Direta. 
Conforme previsão constitucional, com a celebração desse
acordo, as entidades ou os órgãos ampliam sua autonomia gerencial,
financeira e orçamentária. Em troca, obrigam-se a cumprir
determinadas metas de desempenho. 
 
 
 
 
 
 
 
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CF, art. 37, §8º: 
A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e
entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada
mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o
poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de
desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: 
I - o prazo de duração do contrato; 
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos,
obrigações e responsabilidade dos dirigentes; 
III - a remuneração do pessoal. 
 
 O item III está certo. Na jurisprudência do STJ, é pacífico o
entendimento que os bens afetados à prestação de serviço público,
mesmo pertencendo à pessoa jurídica de direito privado, são
impenhoráveis, ante o princípio maior do resguardo do interesse
público e da continuidade dos serviços. 
Portanto, a resposta desta questão é a letra c. 
8. (FGV/Sefaz-RJ/2010) As agências reguladoras integram o
aparelho burocrático do Estado como autarquias sob regime especial. 
 Comentários: 
Segundo Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, as agências
reguladoras são “entidades administrativas com alto grau de
especialização técnica, integrantes da estrutura formal da
Administração Pública, no mais das vezes instituídas sob a forma de
autarquias de regime especial, com a função de regular um setor
específico de atividade econômica, ou de intervir de forma geral sobre
relações jurídicas decorrentes destas atividades, que devem atuar
com a maior independência possível perante o Poder Executivo e com
imparcialidade em relação às partes interessadas (Estado, setores
reguladose sociedade).” 
Em suma, as agências reguladoras brasileiras não são novas
entidades jurídicas inseridas acrescentadas à estrutura formal da 
 
 
 
 
 
 
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Administração Pública. Até hoje, as leis que vêm instituindo as
agências reguladoras têm adotado a forma de autarquia, integrantes
da Administração Indireta. 
Ademais, o legislador tem atribuído a elas privilégios
específicos, que aumentam sua autonomia comparativamente com as
autarquias comuns. Por isso, a doutrina conceitua essas entidades 
como autarquia em regime especial. 
Importante: 
As agências reguladoras integram o aparelho burocrático do
Estado (Administração Pública Indireta) como autarquias sob
regime especial. 
Gabarito: Certo 
9. (FGV/BADESC/2010) A administração pública, em sentido
formal, é o conjunto de órgãos instituídos para a consecução dos
objetivos do governo. 
Comentário: 
Com facilidade, percebemos que a questão exige o
conhecimento do conceito de Administração Pública. Acerca deste
tema, é importante saber que a Administração Pública pode ser
conceituada em dois sentidos: 
 1) Sentido Formal, Orgânico ou Subjetivo (FOS), e 
 2) Sentido Material, Objetivo ou Funcional (MatObFun). 
 No sentido Formal, Orgânico ou Subjetivo, a Administração
Pública corresponde ao conjunto de pessoas ou entidades (PJ de
direito público ou de direito privado), de órgãos públicos e de
agentes públicos que exercem a função administrativa. 
Em outros termos, são os sujeitos que exercem a função
administrativa (“QUEM”). Portanto, nesse sentido, a expressão
“Administração Pública” compreende os agentes públicos, os 
 
 
 
 
 
 
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órgãos integrantes da Administração Direta e as entidades da
Administração Indireta (autarquias, fundações públicas, empresas
públicas e sociedades de economia mista). 
FOS = “QUEM” 
Formal,
Orgânico ou
Subjetivo 
Agentes públicos, 
órgãos da Administração Direta e
entidades da Administração Indireta 
Por outro lado, no sentido Material, Objetivo ou Funcional, a
expressão “administração pública” corresponde a um conjunto de
funções ou atividades administrativas executadas pelo Estado
por meio de seus órgãos e entidades (“QUE”). 
Nesse sentido, a administração pública consiste na atividade
administrativa propriamente dita, ou seja, abrange (FISP): 
• Fomento: incentivo à iniciativa privada de interesse público
(subvenções, incentivos fiscais, financiamentos públicos,
permissão gratuita de uso de bem público etc.). 
• Intervenção administrativa: compreende a atuação direta do
Estado no domínio econômico, por intermédio de das empresas
públicas e sociedades de economia mista; bem como a
regulamentação e a fiscalização da atividade econômica de
natureza econômica. 
• Serviço público: atividade exercida pela Administração, direta
ou indiretamente (concessionárias, permissionárias ou
autorizatárias), para satisfazer à necessidade pública
(transporte, telecomunicações etc.) 
• Polícia Administrativa: consiste na atividade de conter ou
restringir os exercícios das liberdades e o uso, gozo e
disposição da propriedade, a fim de adequá-las aos interesses
públicos (fiscalizações sanitárias, interdições, embargos,
concessões de licenças etc.). 
 
 
 
 
 
 
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MatObFun = “QUE” = FISP 
Material,
Objetivo ou
Funcional 
Fomento 
Intervenção administrativa
Serviço público 
Polícia Administrativa 
 
Gabarito: Certo 
10. (FGV/Sefaz-AP/2010) Em relação às entidades da
Administração Pública Indireta, é correto afirmar que: 
(A) as sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito
privado, criadas por autorização legal e se apresentam, dentre
outras, sob a forma de sociedade anônima. 
(B) os bens que integram o patrimônio de todas as empresas públicas
têm a qualificação de bens públicos. 
(C) as fundações públicas não se destinam às atividades relativas a
assistência social e atividades culturais. 
(D) os empregados de empresas públicas e sociedades de economia
mista podem acumular seus empregos com cargos ou funções
públicas da Administração Direta. 
(E) as autarquias podem celebrar contratos de natureza privada, que
serão regulados pelo direito privado. 
 Comentários: 
 A letra a está errada. De fato, as sociedades de economia
mista são pessoas jurídicas de direito privado, criadas por
autorização legal. No entanto, essas entidades administrativas
devem ter a forma de sociedade anônima, sendo regidas,
basicamente, pela Lei das Sociedades por Ações (Lei nº 6.404/76). 
A expressão “dentre outras” torna a assertiva errada. Pois, são
as empresas públicas que podem revestir-se de qualquer das
formas admitidas em direito (sociedade comercial, sociedade civil,
sociedade anônima, Ltda. etc.). 
 
 
 
 
 
 
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Importante: 
As principais distinções entre as empresas públicas e as sociedades
de economia mista: 
• Forma jurídica: 
9 EP: podem revestir-se de qualquer das formas admitidas
em Direito 
9 SEM: devem ter a forma de S/A 
• Composição do capital: 
9 EP: capital 100% público 
9 SEM: capital público + capital privado (na esfera federal,
a maioria das ações com direito a voto deve pertencer à 
União) 
• Foro processual (apenas para as entidades federais): 
9 EP federais: as causas serão processadas e julgadas na 
Justiça Federal (exceto as causas de falência, acidente
de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do
Trabalho) 
9 SEM federais: as causas serão processadas e julgadas
na Justiça Estadual (bem como as SEM estaduais e 
municipais) 
 A letra b está errada. Apenas os bens afetados à prestação de
serviço essencial, imprescindíveis à continuidade da prestação do
serviço público, têm a qualificação de bens públicos. 
 A letra c está errada. As fundações públicas se destinam às
atividades de caráter social, como assistência social, assistência
médica e hospitalar, educação e ensino, pesquisa, atividades culturais
etc. 
 A letra d está errada. De acordo com o art. 37, inc. XVI, da
CF/88, em regra, é vedada a acumulação remunerada de cargos
públicos. A proibição de acumular estende-se a empregos e
funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas,
sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades 
 
 
 
 
 
 
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controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público (CF, art. 37,
inc. XVII). 
No entanto, quando houver compatibilidade de horários, são
permitidas as seguintes cumulações: 
a) a de dois cargos de professor; 
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; 
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de
saúde, com profissões regulamentadas. 
CF, art. 37, XVI: 
“É vedada a acumulação remunerada de Cargos públicos, exceto,
quando houver compatibilidade de horários: 
a) a de dois cargos de professor; 
b) a de um cargo de professor com outro, técnico ou científico; 
c) a de dois cargos privativos de profissionais de saúde, com
profissões regulamentadas. 
CF, art. 37, XVI: 
A proibição de acumular estende-se a Empregose Funções e
abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades
de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas,
direta ou indiretamente, pelo poder público; 
Jurisprudência do STF: 
STF, Recurso Especial nº 399.475: “Ementa: (...) a vedação
constitucional da acumulação de cargos é direcionada à titularidade
de cargos, funções ou empregos públicos e não ao simples fato de o
servidor não perceber remuneração ou vantagem do aludido cargo. O
fato de os autores estarem em gozo de licença sem
vencimentos não descaracteriza a acumulação ilegal de cargos
(...). Esta Corte firmou entendimento no sentido de que ‘É a posse
que marca o início dos direitos e deveres funcionais, como, também,
gera as restrições, impedimentos e incompatibilidades para o
desempenho de outros cargos, funções ou mandatos’. (...) a
renúncia à remuneração por uma das fontes, mesmo se
possível, não teria o condão de afastar a proibição.” 
 
 
 
 
 
 
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 A letra e está certa. Alguns contratos de autarquias podem
ser de natureza privada e, como tais, regulados pelo direito privado.
Contudo, essa não é a regra. Os contratos das autarquias são como
regra, contratos administrativos, revestindo-se das peculiaridades
próprias do regime de direito público ao qual se sujeitam. 
Ou seja, quando a Administração Pública celebra contratos
regulados pelo direito privado, situa-se no mesmo plano jurídico da
outra parte. Assim, como regra, não lhe é concedida qualquer
vantagem especial que afaste as linhas do sistema contratual comum.
São exemplos de contratos de direito privado da Administração: a
locação, a doação, a permuta etc. 
Logo, a resposta desta questão é a letra e. 
11. (FGV/Angra dos Reis-RJ/2010) A respeito dos princípios
básicos da Administração Pública, considera-se que 
(A) o princípio da eficiência é o único critério limitador da
discricionariedade administrativa. 
(B) o princípio da legalidade não autoriza o gestor público a, no
exercício de suas atribuições, praticar todos os atos que não estejam
proibidos em lei. 
(C) o princípio da eficiência faculta a Administração Pública que
realize policiamento dos atos administrativos que pratica. 
(D) o princípio da eficiência não pode ser exigido enquanto não for
editada a lei federal que deve estabelecer os seus contornos. 
(E) a possibilidade de revogar os atos administrativos por razões de
conveniência e oportunidade é manifestação do princípio da
legalidade. 
 Comentários: 
A letra a está errada. Os princípios da razoabilidade e da
proporcionalidade são considerados as maiores limitações às
competências discricionárias da Administração Pública. Pois, exigem
que os atos discricionários praticados pela Administração sejam 
 
 
 
 
 
 
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necessários, adequados e proporcionais, a partir do critério do
homem médio (homem ponderado, comum, racional). 
Assim, a inobservância desses princípios acarreta a anulação
do ato (controle de legalidade, não de mérito), seja pela própria
Administração que o praticou, seja pelo Poder Judiciário. 
 A letra b está certa. O princípio da legalidade estabelece
que toda atividade administrativa só poderá ser exercida em
conformidade absoluta com a lei. Caso contrário, a atividade será
ilícita. 
Esse significado não é o mesmo quando o princípio se aplica
aos particulares. Pois, enquanto a Administração Pública só pode
fazer aquilo que a lei permite, o particular pode fazer tudo
aquilo que a lei não proíbe. Portanto, o princípio da legalidade tem
duas interpretações: uma relacionada à Administração e outra, aos
particulares. 
 Para os particulares, o princípio da legalidade está previsto no
art. 5º, II, da CF. Segundo o dispositivo constitucional, a eles é
permitido praticar quaisquer atos que não sejam
expressamente proibidos por lei. Nessa acepção, o princípio da
legalidade também é chamado de princípio da autonomia da
vontade. 
CF, art. 5º, II:
“Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa
senão em virtude de lei”. 
Por outro lado, para a Administração agir, não basta inexistir
norma proibitiva. Isto é, a Administração Pública só pode atuar
quando autorizada (nas competências discricionárias) ou
determinada (nas competências vinculadas) por lei. 
 Deste modo, a Administração Pública não pode, por
exemplo, conceder direitos, criar obrigações ou impor
proibições, por meio de ato administrativo. Para tanto, deve
haver previsão em lei. Aí, sim, um ato administrativo poderá
regulamentar essa lei. 
 
 
 
 
 
 
 
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Importante:
A Administração Pública não pode conceder direitos, criar obrigações
ou impor proibições, por meio de ato administrativo. 
Legalidade 
(2 interpretações) 
Para a Administração Pública 
Para o Particular 
Amigos(as), não se assustem quando encontrarem as
expressões “secundum legem”, “praeter legem” e “contra
lengem” referindo-se à aplicação do princípio da legalidade à
Administração Pública ou aos particulares. 
Saibam que há outra forma de dizer que a Administração não
poder atuar contra lei nem além da lei, mas somente conforme a lei.
Diz-se que a atividade administrativa não pode ser “contra legem”
nem “praeter legem”, mas apenas “secundum legem”. 
Em relação aos particulares, vimos que estes podem fazer tudo
aquilo que a lei não proíbe. Ou seja, os particulares não podem agir
“contra legem”, mas podem agir “secundum legem” e “praeter
legem”. 
Entenderam? Para facilitar, vejam a tabela abaixo: 
“secundum legem” Segundo, conforme, de acordo com a lei 
“praeter legem” Além da lei 
“contra legem” Contra a lei 
Estou falando de legalidade... previsão em lei... respeito à lei...
Mas não disse que lei é essa. Ou melhor, quando utilizo o vocábulo
“lei”, refiro-me à lei formal (sentido estrito) ou à lei material (sentido
amplo)? 
O princípio da legalidade se refere, de modo precípuo, às leis
em sentido formal, isto é, às leis em sentido estrito, aprovadas
pelo Poder Legislativo conforme o processo previsto nos artigos 59 a
69 da Constituição Federal. Além disso, refere-se, também, às leis
materiais, ou seja, às leis em sentido amplo, como decretos, 
 
 
 
 
 
 
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portarias e demais atos normativos administrativos, editados a
partir de leis formais. 
Logo, podemos concluir que a Administração atua de forma
inválida quando o resultado do ato praticado importa em violação de
lei, regulamento ou outro ato normativo. 
Importante: 
O princípio da legalidade se refere, de modo precípuo, às leis em
sentido formal, isto é, às leis em sentido estrito, elaboradas e
aprovadas pelo Poder Legislativo conforme o processo previsto na CF. 
Além disso, refere-se, também, às leis materiais, ou seja, às leis
em sentido amplo, como decretos, portarias e demais atos
normativos administrativos, editados a partir de leis formais. 
Assim, a Administração se sujeita não apenas às leis formais e aos
princípios jurídicos, mas também a seus próprios atos normativos,
expedidos para assegurar o fiel cumprimento das leis. 
Deste modo, na prática de um ato concreto,o agente público deve
observar não apenas a lei e os princípios, mas também os
decretos, as portarias, as instruções normativas, os pareceres
normativos etc. relativos àquela situação concreta. 
 As letras c e e estão erradas. Do princípio da autotutela
decorre o poder-dever que a Administração Pública possui de rever
seus próprios atos, anulando-os, quando eivado de vícios, ou
revogando-os, quando inconvenientes ou inoportunos. 
 Sendo, portanto, a autotutela um poder-dever, não é correto
dizer que ela é uma faculdade da Administração Pública. Com efeito,
o referido princípio exige que a Administração Pública realize
policiamento dos atos administrativos que pratica. 
Importante: 
• O princípio da autotutela determina que a Administração
Pública realize policiamento dos atos administrativos que
pratica. 
• A possibilidade de revogar os atos administrativos por razões
de conveniência e oportunidade é manifestação do princípio da
autotutela. 
 
 
 
 
 
 
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 A letra d está errada. Segundo entendimento do STF, os
princípios previstos no caput do art. 37 da CF/88 são auto-aplicáveis,
por trazerem em si carga de normatividade apta a produzir efeitos
jurídicos. Por isso, podem ser exigidos independentemente da
edição de lei formal que estabeleçam os seus contornos. 
Jurisprudência do STF:
As restrições impostas à atuação do administrador público
pelo princípio da moralidade e demais postulados do art. 37
da CF são auto-aplicáveis, por trazerem em si carga de
normatividade apta a produzir efeitos jurídicos, permitindo, em
conseqüência, ao Judiciário exercer o controle dos atos que
transgridam os valores fundantes do texto constitucional. RE
579951/RN, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 20.8.2008. (RE-
579951) 
Assim, a resposta desta questão é a letra b. 
12. (FGV/PC-AP/2010) A transferência da execução de serviço
público comum à pessoa jurídica de direito privado já existente,
mediante contrato administrativo, conservando o Poder Público a
titularidade do serviço, é caso de: 
(A) desconcentração administrativa por outorga. 
(B) desconcentração funcional por colaboração. 
(C) descentralização administrativa por delegação legal. 
(D) descentralização administrativa por colaboração. 
(E) concentração funcional por delegação negocial. 
 Comentários: 
 A descentralização administrativa pode ser: 
• Territorial: é criada uma entidade a partir da especificação de
uma área geográfica, dotando-a de personalidade jurídica de 
 
 
 
 
 
 
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jurídica de direito público e de competência administrativa.
Exemplo: criação de territórios (autarquias territoriais). 
• Por colaboração: mediante contrato administrativo de
concessão ou permissão de serviço público, ou ato
unilateral de autorização, o Estado transfere ou delega
unicamente a execução de determinado serviço público, a
ser realizada por conta e risco do delegado. Exemplos:
concessão, permissão e autorização de serviços públicos. 
• Por serviço ou funcional: cria-se uma entidade
administrativa, com personalidade jurídica própria, para o
exercício de atividade específica. Exemplos: criação de
entidades da administração indireta. 
 Já a desconcentração administrativa é a distribuição de
competências, no âmbito de uma mesma pessoa jurídica, com
vista a agilizar a prestação dos serviços. Em outras palavras, a
desconcentração administrativa nada mais é do que a criação de
órgãos públicos. Por exemplo: criação de Ministérios,
Departamentos, Secretarias etc. 
Importante: 
Desconcentração Criação de órgãos públicos 
≠ 
Descentralização Criação de entidades 
Portanto, a resposta desta questão é a letra d. 
13. (FGV/Sefaz-AP/2010) Levando em consideração a doutrina
da administração pública no Brasil e a Constituição Federal de 1988,
o princípio da administração pública que impõe a prática de atos
voltados para o interesse público é: 
(A) o princípio da moralidade. 
(B) o princípio da finalidade. 
 
 
 
 
 
 
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(C) o princípio da impessoabilidade. 
(D) o princípio da continuidade. 
(E) o princípio da publicidade. 
 Comentários: 
Em uma de suas interpretações, o princípio da
impessoalidade relaciona-se com o princípio da finalidade. A
violação de um deles resulta na inobservância do outro. Nesse
sentido, tais princípios exigem que a atividade administrativa seja
exercida em atendimento aos interesses da coletividade. Assim, a
finalidade de toda atuação da Administração é a defesa do interesse
público. 
Importante:
O princípio da impessoalidade, quando relacionado com
princípio da finalidade, exige que a atividade administrativa seja
exercida em atendimento aos interesses da coletividade. A
finalidade de toda atuação da Administração é a defesa do
interesse público. 
Com efeito, todo ato da Administração deve ser praticado com
o propósito de satisfazer o interesse público. Qualquer ato
praticado em desacordo com o interesse da coletividade será inválido
por desvio da finalidade. 
Então, se um ato for produzido visando a satisfazer interesse
particular ele será inválido por desvio de finalidade? Esse
questionamento poderá ser feito em provas, com a intenção de
confundir o candidato. Sei que não será o caso de vocês, pois já
estarão “vacinados”! Todos aqui responderão: NÃO! 
A lógica é a seguinte: desde que a produção desses atos
também tenha satisfeito o interesse público, não há que se falar
em invalidade por desvio de finalidade. Logo, tais atos serão válidos. 
Seriam inválidos apenas se fossem produzidos visando
exclusivamente a satisfazer o interesse particular. Em suma: o ato
praticado pela Administração a fim de satisfazer algum
interesse particular será válido, desde que também satisfaça o
interesse público. Tranquilo, né? 
 
 
 
 
 
 
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Importante: 
O ato praticado pela Administração a fim de satisfazer algum
interesse particular será válido, desde que também satisfaça o
interesse público. 
Atenção: 
Em concursos mais antigos (realizados há 10 ou 15 anos) era
comum o examinador criar uma “historinha” de um servidor
removido de ofício como forma de punição. Nesse contexto, não
era difícil perceber que a questão tratava de desvio de finalidade. 
Como ninguém mais caía na tal “história”, o “mente brilhante”
resolveu inovar. Para isso, acrescentou àquele velho e manjado
enredo algo mais ou menos neste sentido: “... contudo, havia uma
enorme carência de pessoal na repartição para onde o
servidor foi removido...”. Após, fez aquela tradicional pergunta: o
ato de remoção afronta o princípio da finalidade? 
Diante desse novo cenário, alguns candidatos, provavelmente
solidários com a dificuldade passada pela repartição que carecia de
servidores, respondiam que não. Coitados... eram enganados pelo
examinador. 
Amigos, onde quero chegar com essa minha narrativa? Quero,
simplesmente, alertá-los para o fato de que a remoção de ofício só
pode ser praticada com o objetivo de suprir carência de pessoal.
Assim, independentemente das justificativas apresentadas, a
remoção de ofício deservidor realizada com propósito diverso desse
ofenderá o princípio da finalidade. 
 
Logo, a resposta desta questão é a letra b. 
14. (FGV/Sefaz-AP/2010) Com relação às entidades da
Administração Pública Indireta, é correto afirmar que: 
(A) as autarquias quanto ao nível federativo podem ser federais,
estaduais, distritais e municipais e quanto ao objeto podem
classificar-se, entre outras, em culturais, corporativas e
previdenciárias. 
 
 
 
 
 
 
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(B) as fundações públicas podem desempenhar atividades relativas à
assistência médica e hospitalar e não estão submetidas à Lei Federal
8666/93. 
(C) as empresas públicas e as sociedades de economia mista podem
revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito, de acordo
com o Decreto-Lei 200/67. 
(D) as empresas públicas e as sociedades de economia mista têm
personalidade jurídica de direito privado, desempenham atividades de
caráter econômico e seus empregados concursados podem acumular
seus empregos com cargos ou funções públicas, desde que haja
compatibilidade de horário. 
(E) as empresas públicas e as sociedades de economia mista que
explorem atividade econômica estão sujeitas ao regime próprio das
empresas privadas, no entanto, os litígios entre os empregados e as
entidades decorrentes das relações de trabalho, não se submetem à
Justiça do Trabalho. 
 Comentários: 
 A letra a está certa. José dos Santos Carvalho Filho aponta
três fatores que demarcam diferenças entre as autarquias, quais
sejam: 
• O nível federativo; 
• O objeto; e 
• A natureza (regime jurídico). 
 A classificação quanto ao nível federativo considera o círculo
federativo responsável pela criação da autarquia. Nesse sentido, as
autarquias podem ser federais, estaduais, distritais e
municipais, conforme constituídas pela União, pelos Estados, pelo
Distrito Federal e pelos Municípios, respectivamente. 
Quanto ao objeto, as autarquias classificam-se em: 
• Autarquias assistenciais: aqueles que visam a dispensar
auxílio a regiões menos desenvolvidas ou a categorias sociais
específicas, para o fim de minorar as desigualdades regionais e
sociais. Exemplo: SUDENE, SUDAM, INCRA etc. 
• Autarquias previdenciárias: voltadas para a atividade de
previdência social oficial. Exemplo: INSS. 
 
 
 
 
 
 
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• Autarquias culturais: dirigidas à educação e ao ensino.
Exemplo: UFRJ, UnB etc. 
• Autarquias profissionais (ou corporativas): incumbidas da
inscrição de certos profissionais e de fiscalizar sua atividade.
Exemplo: OAB, CRM, CREA etc. 
• Autarquias administrativas: que formam a categoria
residual, ou seja, daquelas entidades que se destinam às várias
atividades administrativas, inclusive de fiscalização, quando
essa atribuição for da pessoa federativa a que estejam
vinculadas. Exemplo: INMETRO, IBAMA etc. 
• Autarquias de controle: encontram-se nessa categoria as
agências reguladoras, cuja função primordial consiste em
exercer controle sobre as entidades que prestam serviços
públicos ou atuam na área econômica por força de concessões
e permissões de serviços públicos. Exemplos: ANEEL, ANATEL,
ANP, ANA etc. 
• Autarquias associativas: são as denominadas “associações
públicas”, ou seja, aquelas que resultam da associação com fins
de mútua cooperação entre entidades públicas, formalizada
pela instituição de consórcios públicos. 
 Por fim, quanto à natureza ou ao regime jurídico, as
autarquias classificam-se em: comuns e especiais. A diferença
entre ambas é que o legislador tem atribuído a estas privilégios
específicos, que aumentam sua autonomia comparativamente com
aquelas. 
 A letra b está errada. As fundações públicas, que se destinam
às atividades de caráter social, como assistência social, assistência
médica e hospitalar, educação e ensino, pesquisa, atividades
culturais, estão submetidas à Lei Federal nº 8.666/93. 
 A letra c está errada. As sociedades de economia mista
devem ter a forma de sociedade anônima, sendo regidas,
basicamente, pela Lei das Sociedades por Ações (Lei nº 6.404/76). 
 Já as empresas públicas podem revestir-se de qualquer das
formas admitidas em direito (sociedade comercial, sociedade civil,
sociedade anônima, Ltda. etc.). 
 
 
 
 
 
 
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Importante: 
As principais distinções entre as empresas públicas e as sociedades
de economia mista: 
• Forma jurídica: 
9 EP: podem revestir-se de qualquer das formas admitidas
em Direito 
9 SEM: devem ter a forma de S/A 
• Composição do capital: 
9 EP: capital 100% público 
9 SEM: capital público + capital privado (na esfera federal,
a maioria das ações com direito a voto deve pertencer à 
União) 
• Foro processual (apenas para as entidades federais): 
9 EP federais: as causas serão processadas e julgadas na 
Justiça Federal (exceto as causas de falência, acidente
de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do
Trabalho) 
9 SEM federais: as causas serão processadas e julgadas
na Justiça Estadual (bem como as SEM estaduais e
municipais) 
 A letra d está errada. As empresas públicas e as
sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito
privado, integrantes da Administração Indireta, instituídas
mediante autorização por lei específica, para a exploração de
atividade econômica ou para a prestação de serviços públicos. 
No entanto, seus empregados concursados não podem
acumular seus empregos com cargos ou funções públicas, ainda que
haja compatibilidade de horário. 
 A letra e está errada. As sociedades de economia mista e
as empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado,
integrantes da Administração Pública Indireta, são de regime
híbrido, sujeitando-se ao direito privado e, em muitos aspectos, ao
direito público. 
 
 
 
 
 
 
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 Ademais, os litígios entre os empregados e as entidades
decorrentes das relações de trabalho, se submetem à Justiça do
Trabalho, com estabelece o art. 114 da CF/88. 
Assim, a resposta desta questão é a letra a. 
15. (FGV/SAD-PE/2009) De acordo com o princípio da finalidade
pública, os interesses públicos: 
(A) devem estar indicados como fundamentos dos atos da
Administração Pública. 
(B) são legítimos se estiverem em patamar de igualdade com os
interesse individuais. 
(C) têm supremacia sobre os interesses individuais. 
(D) precisam estar vinculados aos interesses individuais. 
(E) implicam a não ofensa aos comportamentos da moral comum. 
 
 Comentários: 
Importante:
O princípio da impessoalidade, quando relacionado com
princípio da finalidade, exige que a atividade administrativa seja
exercida em atendimento aos interesses da coletividade. A
finalidade de toda atuação da Administração é a defesa do
interesse público. 
A resposta desta questão, portanto, é a letra a. 
16. (FGV/SAD-PE/2009) Analise o fragmento a seguir: 
"O princípio da legalidade denota essa relação: só é legitima a 
atividade do administrador público se estiver condizente com o
disposto na lei." 
 
 
 
 
 
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Com base nos modelos de administração, é correto afirmar que o
fragmento acima apresenta uma característica intrínseca do modelo: 
(A) administrativista. 
(B) gerencial. 
(C) burocrático. 
(D) comportamental. 
(E) estruturalista. 
Comentários: 
Os princípios da legalidade e da moralidade vinculam-se ao
conceito de administração burocrática. Por outro lado, o princípio
da eficiência está vinculado noção à administração gerencial. 
Por isso, a resposta desta questão é a letra c. 
17. (FGV/MEC/2009) A Constituição da República Federativa do
Brasil, ao dispor sobre a Administração Pública, estabeleceu o
respeito a determinados princípios. 
Assinale a alternativa que apresenta todos os princípios mencionados
no art. 37, da Constituição. 
(A) Legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade. 
(B) Moralidade, disponibilidade da ação penal pública e legalidade. 
(C) Impessoalidade, eficiência, legalidade, publicidade e moralidade. 
(D) Liberdade, igualdade e fraternidade. 
(E) Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência,
alternatividade e irretroatividade. 
 Comentários: 
CF/88, art. 37:
“A administração pública direta e indireta de qualquer dos poderes
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de Legalidade, Impessoalidade,
Moralidade, Publicidade e Eficiência....” 
 
 
 
 
 
 
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Princípios da 
Administração Pública 
(CF/88, art. 37) 
Legalidade
Impessoalidade
Moralidade
Publicidade 
Eficiência 
Dessa forma, a resposta desta questão é a letra c. 
18. (FGV/PC-RJ/2009) Não é uma característica comum às
entidades da Administração Indireta: 
(A) criação e extinção por lei. 
(B) controle interno pelo Poder Executivo. 
(C) desempenho de atividade de natureza econômica. 
(D) contratação de obras e serviços mediante licitação pública. 
(E) exigência de prévio concurso público para ingresso de pessoal
efetivo. 
 Comentários: 
 A letra a está certa. Na lição de José dos Santos Carvalho
Filho, a vigente Constituição decidiu estabelecer para a criação das
pessoas da Administração Indireta o princípio da reserva legal. Por
conseguinte, as autarquias, as fundações públicas, as sociedades de
economia mista e as empresas públicas devem ser criadas por lei. 
Por oportuno, friso que, a rigor, as fundações públicas, as
sociedades de economia mista e as empresas públicas têm a sua
criação autorizada por lei. No entanto, a FGV desconsiderou esse
detalhe e entendeu que a assertiva está certa. 
 
 
 
 
 
 
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 A letra b está certa. Na descentralização não há
hierarquia entre a Administração Direta e a Indireta. Esta
relação é caracterizada pela vinculação (e não pela subordinação).
Pois, a Administração Direta exerce sobre a Administração Indireta o
chamado controle finalístico, tutela administrativa ou
supervisão (também chamada, na esfera federal, de “supervisão
ministerial”). Há, portanto, o controle interno pelo Poder Executivo. 
 A letra c está errada. As autarquias e as fundações públicas
não desempenham atividade de natureza econômica. Tal atividade
pode ser desempenhada apenas pelas empresas públicas e as
sociedades de economia mista. 
 A letra d está certa. As entidades da Administração Indireta
submetem-se aos ditames da Lei nº 8.666/93. Assim, a contratação
de obras e serviços dar-se-á mediante licitação pública. 
 A letra e está certa. A CF/88, em seu art. 37, inc. II, exige
prévia aprovação em concurso público para ingresso de pessoal
efetivo das entidades da Administração Indireta. 
Logo, a resposta desta questão é a letra c. 
19. (FGV/Sefaz-RJ/2009) São assegurados o contraditório e a
ampla defesa: 
(A) apenas aos litigantes em processos judiciais. 
(B) aos acusados em geral e aos litigantes, tanto em processos
judiciais como em administrativos. 
(C) apenas aos acusados em processos criminais. 
(D) aos litigantes e acusados apenas em processos judiciais. 
(E) aos acusados em processos judiciais e administrativos, quando
demonstrarem necessidade financeira. 
 Comentários: 
 
 
 
 
 
 
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 Os princípios do contraditório e da ampla defesa são
decorrências da garantia constitucional prevista no art. 5º, LV da
Constituição Federal. 
CF, art. 5º, LV: 
“Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos
acusados em geral são assegurados o contraditório e a ampla
defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.” 
Daí, as partes do processo podem fazer uso de todos os
meios lícitos para demonstrarem sua pretensão (ampla defesa),
bem como podem se contrapor às provas produzidas pela outra
parte (contraditório). 
 
Jurisprudência do STF: 
"A garantia do direito de defesa contempla, no seu âmbito de
proteção, todos os processos judiciais ou administrativos." (RE
426.147-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 28-3-06, 2ª
Turma, DJ de 5-5-06) 
“A falta de defesa técnica por advogado no processo
administrativo disciplinar não ofende a Constituição.” (RE
434.059, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 7-5-08, Plenário,
DJE de 12-9-08) 
“O entendimento da Corte é no sentido de que, embora a
Administração esteja autorizada a anular seus próprios atos quando
eivados de vícios que os tornem ilegais (Súmula 473 do STF), não
prescinde do processo administrativo, com obediência aos
princípios constitucionais da ampla defesa e do
contraditório.” (AI 710.085-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski,
julgamento em 3-2-09, 1ª Turma, DJE de 6-3-09) 
“Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-
se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder
resultar anulação ou revogação de ato administrativo que
beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade
do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e
pensão.” (Súmula Vinculante nº 3) 
 
 
 
 
 
 
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Cabe-me destacar que, no âmbito do processo administrativo,
os princípios do contraditório e da ampla defesa impedem a
exigência de garantia como condição para a interposição de
recurso. Contudo, não impedem a fixação de prazos para a
apresentação de provas e recursos. Acerca dessa distinção, vejam o
entendimento da Corte Suprema. 
Jurisprudência do STF: 
"A garantia constitucional da ampla defesa afasta a exigência
do depósito como pressuposto de admissibilidade de recurso
administrativo." (RE 388.359, Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento
em 28-3-07, Plenário, DJ de 22-6-07). 
"A exigência de depósito ou arrolamento prévio de bens e
direitos como condição de admissibilidade de recurso
administrativo constitui obstáculo sério (e intransponível, para
consideráveis parcelas da população) ao exercício do direito de
petição (CF, art. 5º, XXXIV), além de caracterizar ofensa ao
princípio do contraditório (CF, art. 5º, LV). A exigência de
depósito ou arrolamento prévio de bens e direitos pode converter-se,
na prática, em determinadas situações,em supressão do direito de
recorrer, constituindo-se, assim, em nítida violação ao princípio da
proporcionalidade. Ação direta julgada procedente para declarar a
inconstitucionalidade do art. 32 da MP 1699-41 – posteriormente
convertida na lei 10.522/2002 –, que deu nova redação ao art. 33, §
2º, do Decreto 70.235/72." (ADI 1.976, Rel. Min. Joaquim Barbosa,
julgamento em 28-3-07, Plenário, DJ de 18-5-07) 
“Não há ofensa à garantia do contraditório e da ampla defesa,
inerente ao devido processo legal, quando, em procedimento
administrativo, o interessado, notificado, deixa, sem justa causa, de
apresentar defesa no prazo legal.” (RMS 26.027-AgR, Rel. Min.
Cezar Peluso, julgamento em 2-6-09, 2ª Turma, DJE de 7-8-09) 
“É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento
prévio de dinheiro ou bens para a admissibilidade de recurso
administrativo”. (Súmula Vinculante nº 21) 
 
 
 
 
 
 
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 Ademais, a recusa, pela autoridade competente, de atos
meramente protelatórios (apresentação de provas irrelevantes,
solicitação de perícias desnecessárias, interposição de sucessivos
recursos etc.) não viola os princípios do contraditório e da
ampla defesa. Sobre o tema, o Supremo Tribunal Federal possui o
seguinte entendimento: 
Jurisprudência do STF: 
"A garantia constitucional da ampla defesa tem, por força direta da
Constituição, um conteúdo mínimo, que independe da interpretação
da lei ordinária que a discipline (RE 255.397, 1ª T., Pertence, DJ 7-
5-04). (...) Não há afronta à garantia da ampla defesa no
indeferimento de prova desnecessária ou irrelevante." (RE
345.580, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 17-8-04, 1ª
Turma, DJ de 10-9-04) 
Assim, a resposta desta questão é a letra b. 
20. (FGV/Senado Federal/2008) Assinale a afirmativa incorreta. 
(A) O princípio da supremacia do interesse público prevalece, como
regra, sobre direitos individuais, e isso porque leva em consideração
os interesses da coletividade; 
(B) O tratamento isonômico por parte de administradores públicos, a
que fazem jus os indivíduos, decorre basicamente dos princípios da
impessoalidade e da moralidade. 
(C) O princípio da razoabilidade visa a impedir que administradores
públicos se conduzam com abuso de poder, sobretudo nas atividades
discricionárias. 
(D) Constitui fundamento do princípio da eficiência o sentimento de
probidade que deve nortear a conduta dos administradores públicos. 
(E) Malgrado o princípio da indisponibilidade da coisa pública, bens
públicos, ainda que imóveis, são alienáveis, desde que observadas
certas condições legais. 
 Comentários: 
 
 
 
 
 
 
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 A letra a está certa. Em regra, o princípio da supremacia do
interesse público prevalece sobre os direitos individuais. 
 A letra b está certa. Em uma de suas interpretações, o princípio
da impessoalidade refere-se ao princípio da isonomia, ao exigir
tratamento isonômico para todos os administrados, de modo que
sejam tratados com base nos mesmos critérios. 
Pode-se afirmar, ainda, que o tratamento isonômico decorre do
princípio da moralidade, pois é evidente que tratar os iguais de modo
desigual é imoral. 
 A letra c está certa. Os princípios da razoabilidade e da
proporcionalidade são considerados as maiores limitações às
competências discricionárias da Administração Pública. Pois, exigem
que os atos discricionários praticados pela Administração sejam
necessários, adequados e proporcionais. 
Assim, a inobservância desses princípios acarreta a anulação
do ato (controle de legalidade, não de mérito), seja pela própria
Administração que o praticou, seja pelo Poder Judiciário. 
 A letra d está errada. O princípio da moralidade admite
três interpretações: 
• Impõe ao agente público o dever de atuação ética (princípio
da probidade); 
• Exige a aplicação das leis pelos agentes de modo a alcançar os
valores nelas consagrados; e 
• Admite os costumes administrativos (moral administrativa)
como fonte de Direito. 
Por outro lado, o princípio da eficiência, que integra o caput
do art. 37 da Constituição Federal por força da Emenda
Constitucional nº 19/98, possui três interpretações: 
• Dirigido à Administração: exige que o modo de
estruturação, organização e disciplina seja racional, com o
objetivo de alcançar os melhores resultados no desempenho da
atividade administrativa. 
 
 
 
 
 
 
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• Dirigido aos agentes públicos: exige uma atuação que
resulte no melhor desempenho possível de suas atribuições, a
fim de obter os melhores resultados. 
• Relativo ao princípio da economicidade: impõe à
Administração uma atuação sob uma adequada relação
custo/benefício, com vistas a obter o máximo de benefícios
com o mínimo de despesas. 
Ou seja, constitui fundamento do princípio da moralidade o
sentimento de probidade que deve nortear a conduta dos
administradores públicos. 
 A letra e está certa. De acordo com o art. 98 do Código Civil,
“são públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas
jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares,
seja qual for a pessoa a que pertencerem”. 
Na Administração Pública, portanto, há duas espécies de bens:
os bens públicos e os bens privados. 
• Bens públicos: são aqueles que compõem o patrimônio das
pessoas jurídicas de direito público (União, Estados, Distrito
Federal, Municípios, suas autarquias e fundações públicas de
direito público). 
• Bens privados: são aqueles que integram o patrimônio das
entidades administrativas de direito privado (empresas
públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas
de direito privado). 
 
Percebam que um bem é considerado público em função da
pessoa a que pertença, independentemente de sua utilização ser livre
ou restrita. Por exemplo, uma viatura da Polícia Federal é um bem
público, visto que pertence à União. Entretanto, não pode ser
utilizada livremente pelo público em geral. 
Quanto à destinação, os bens públicos classificam-se em: bens
de uso comum do povo, bens de uso especial e bens dominiais
(ou dominicais). 
• Bens de uso comum do povo: destinam-se à utilização geral
pelos indivíduos, ou seja, podem ser utilizados por todos em
igualdade de condições, independentemente de autorização 
 
 
 
 
 
 
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individual por parte da Administração Pública. Exemplos: ruas,
praças, estradas, mares, praias, rios etc. 
• Bens de uso especial: destinam-se à execução dos serviços
administrativos e dos serviços públicos em geral. Segundo
Maria Sylvia Zanella Di Pietro, bens de uso especial “são todas
as coisas, móveis ou imóveis, corpóreas ou incorpóreas,
utilizadas pela Administração Pública para realização de suas
atividades e consecução de seus fins”. Exemplos: os imóveis
onde se situam as repartições públicas; as universidades;
bibliotecas e os museus; os quartéis; os hospitais públicos etc. 
• Bens dominiais (ou dominicais): não têm destinação pública
definida. Podem ser utilizados pela Administração Pública como
fonte de recursos. Exemplos: prédios públicos desativados,
terras devolutas e todas as terras quenão possuam destinação
específica, terrenos de marinha etc. 
Os bens de uso comum do povo e os especiais são
inalienáveis (enquanto afetados à sua destinação específica não
podem ser alienados) e imprescritíveis (não podem ser adquiridos
mediante usucapião). Já os bens dominiais não podem ser
adquiridos por usucapião, mas são alienáveis. 
Bens Imprescritibilidade Inalienabilidade 
Uso comum do povo Sim Sim 
Uso especial Sim Sim 
Dominiais (ou dominicais) Sim Não 
Código Civil: 
Art. 98: São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às
pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são
particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. 
Art. 99: São bens públicos: 
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas,
ruas e praças; 
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a 
 
 
 
 
 
 
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serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, 
territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; 
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas
jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real,
de cada uma dessas entidades. 
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se
dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito
público a que se tenha dado estrutura de direito privado. 
Art. 100: Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso
especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua
qualificação, na forma que a lei determinar. 
Art. 101: Os bens públicos dominicais podem ser alienados,
observadas as exigências da lei. 
Art. 102: Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. 
Art. 103: O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou
retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a
cuja administração pertencerem. 
Os bens públicos dominicais podem ser alienados,
observadas as exigências da lei (CC, art. 100). Nesse contexto, o art.
17 da Lei nº 8.666/93 estabelece que a alienação de imóveis
públicos obedecerá os seguintes requisitos: interesse público
justificado, avaliação prévia, autorização legislativa específica e
licitação. 
Por outro lado, para a alienação de bens públicos móveis, a Lei
exige apenas interesse público justificado, avaliação prévia e
licitação. Ou seja, para a alienação de bens públicos móveis não
se exige autorização legislativa específica. 
Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso
especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua
qualificação, na forma que a lei determinar. 
Isso significa que a lei poderá retirar a finalidade pública
específica dos bens públicos de uso comum do povo e os de uso
especial (desafetação), transformando-os em bens dominicais. Daí
esses bens poderão ser alienados. Notem que a autorização para a
alienação de bens públicos deve ser feita por lei, e não por decreto
executivo. 
 
 
 
 
 
 
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Assim, a resposta desta questão é a letra d. 
21. (FGV/Senado Federal/2008) Em relação aos órgãos públicos
é correto afirmar que: 
(A) são repartições internas das pessoas de direito público, às quais a
ordem jurídica atribui personalidade jurídica. 
(B) não têm capacidade de ser parte em processos judiciais em
virtude da ausência de personalidade jurídica. 
(C) de natureza colegiada só produzem externamente a sua vontade
com os votos da totalidade de seus membros. 
(D) só podem conter, em seus respectivos quadros, servidores
estatutários, dotados ou não de estabilidade. 
(E) são compartimentos internos das pessoas de direito público
destituídos de personalidade jurídica, mas dotados de competência
específica. 
Comentários: 
Na inteligência de Hely Lopes Meirelles, órgãos públicos “são
centros de competência instituídos por lei para o desempenho
de funções estatais, através de seus agentes, cuja atuação é
imputada à pessoa jurídica a que pertencem”. 
Para Celso Antônio Bandeira de Mello, órgãos públicos “são
unidades abstratas que sintetizam os vários círculos de
atribuições do Estado.” 
Tendo em vista os conceitos acima, de acordo com Vicente
Paulo e Marcelo Alexandrino, são características dos órgãos públicos: 
• Integram a estrutura de uma pessoa jurídica; 
• Não possuem personalidade jurídica; 
• São resultados da desconcentração; 
• Podem firmar contrato de gestão com outros órgãos (CF,
art. 37, §8º); 
• Alguns (os órgãos que assinam contrato de gestão) possuem
autonomia gerencial, orçamentária e financeira; 
 
 
 
 
 
 
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• Não têm capacidade para representar em juízo a pessoa
jurídica que integram; 
• Alguns (os órgãos autônomos e os independentes) têm
capacidade processual para defesa em juízo de suas
prerrogativas funcionais; 
• Não possuem patrimônio próprio. 
Logo, a resposta desta questão é a letra e. 
 
22. (FGV/Senado Federal/2008) Analise as afirmativas abaixo: 
I. As sociedades de economia mista têm personalidade jurídica de
direito privado, mas as empresas públicas poderão ter personalidade
de direito público se forem públicos os entes participantes de seu
capital social. 
II. As agências reguladoras são qualificadas como autarquias de
regime especial em virtude de sua criação por lei específica e têm a
função, entre outras, de celebrar contratos de concessão com
particulares prestadores de serviço público por delegação. 
III. Tendo em vista a necessidade do controle finalístico da
instituição, as fundações governamentais de direito público
submetem-se ao velamento por parte do Ministério Público, como o
exige o Código Civil. 
Assinale: 
(A) se apenas as afirmativas I e III forem verdadeiras. 
(B) se apenas as afirmativas I e II forem verdadeiras. 
(C) se todas as afirmativas forem verdadeiras. 
(D) se apenas a afirmativa I for verdadeira. 
(E) se nenhuma afirmativa for verdadeira. 
Comentários: 
 O item I está errado. As empresas públicas e as
sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito
privado, integrantes da Administração Indireta, instituídas 
 
 
 
 
 
 
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mediante autorização por lei específica, para a exploração de
atividade econômica ou para a prestação de serviços públicos. 
 O item II está errado. As agências reguladoras brasileiras
não são novas entidades jurídicas inseridas acrescentadas à
estrutura formal da Administração Pública. Até hoje, as leis que vêm
instituindo as agências reguladoras têm adotado a forma de
autarquia, integrantes da Administração Indireta. 
Ademais, o legislador tem atribuído a elas privilégios
específicos, que aumentam sua autonomia comparativamente com as
autarquias comuns, regidas pelo Decreto-Lei 200/67. Por isso, a
doutrina conceitua essas entidades como autarquia em regime
especial. 
São características comuns à maioria das agências reguladoras: 
• Exercício de função regulatória sobre determinado setor da
atividade econômica. 
• Maior autonomia em relação ao ente que as criou; 
• Poder normativo em relação às áreas de sua competência; 
• Sujeitam-se aos controles judicial e parlamentar. 
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