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1 
 
E-book licenciado para Anderson Ferreira da Silva andernick.af@gmail.com CPF: 07122876713
 
2 
 
Semana Administrativa 
1 Questões Com Comentário ....................................................................................................................... 4 
1.1 Conceitos Iniciais de Direito Administrativo ................................................................................................. 4 
1.2 Regime jurídico administrativo ..................................................................................................................... 9 
1.3 Organização da Administração Pública ...................................................................................................... 18 
1.4 Poderes Administrativos ............................................................................................................................. 39 
1.5 Atos Administrativos................................................................................................................................... 60 
1.6 Processo Administrativo Federal – Lei 9.784/99 ........................................................................................ 86 
1.7 Bens Públicos .............................................................................................................................................. 96 
1.8 Serviços Públicos....................................................................................................................................... 101 
1.9 Intervenção do Estado na Propriedade .................................................................................................... 114 
1.10 Responsabilidade Civil do Estado ............................................................................................................. 121 
1.11 Controle da Administração Pública .......................................................................................................... 129 
1.12 Improbidade Administrativa ..................................................................................................................... 133 
1.13 Lei 8.112/90 .............................................................................................................................................. 151 
1.14 Licitações .................................................................................................................................................. 167 
1.15 Contratos Administrativos ........................................................................................................................ 199 
2 Questões Sem Comentário ................................................................................................................... 224 
2.1 Conceitos Iniciais de Direito Administrativo ............................................................................................. 224 
2.2 Regime jurídico administrativo ................................................................................................................. 226 
2.3 Organização da Administração Pública .................................................................................................... 229 
2.4 Poderes Administrativos ........................................................................................................................... 234 
2.5 Atos Administrativos................................................................................................................................. 240 
2.6 Processo Administrativo Federal – Lei 9.784/99 ...................................................................................... 247 
2.7 Bens Públicos ............................................................................................................................................ 251 
2.8 Serviços Públicos....................................................................................................................................... 253 
2.9 Intervenção do Estado na Propriedade .................................................................................................... 257 
2.10 Responsabilidade Civil do Estado ............................................................................................................. 260 
2.11 Controle da Administração Pública .......................................................................................................... 263 
2.12 Improbidade Administrativa ..................................................................................................................... 265 
2.13 Lei 8.112/90 .............................................................................................................................................. 272 
2.14 Licitações .................................................................................................................................................. 277 
2.15 Contratos Administrativos ........................................................................................................................ 288 
E-book licenciado para Anderson Ferreira da Silva andernick.af@gmail.com CPF: 07122876713
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Semana Administrativa 
Temas Questões 
Conceitos Iniciais de Direito Administrativo 4 
Regime jurídico administrativo 16 
Organização da Administração Pública 25 
Poderes Administrativos 29 
Atos Administrativos 38 
Processo Administrativo Federal – Lei 
9.784/99 
15 
Bens Públicos 7 
Serviços Públicos 16 
Intervenção do Estado na Propriedade 8 
Responsabilidade Civil do Estado 11 
Controle da Administração Pública 6 
Improbidade Administrativa 26 
Lei 8.112/90 25 
Licitações - Lei 8.666/93 47 
Contratos Administrativos 33 
TOTAL 306 
 
E-book licenciado para Anderson Ferreira da Silva andernick.af@gmail.com CPF: 07122876713
 
4 
1 Questões Com Comentário 
1.1 Conceitos Iniciais de Direito Administrativo 
01) Assinale a alternativa correta acerca de conceito e fontes do Direito Administrativo. 
A) O sistema de direito administrativo anglo-americano teve origem na França e é focado, essencialmente, em reger 
as relações entre cidadãos e Administração, fixando prerrogativas e deveres à Administração. 
B) O sistema de direito administrativo europeu continental deixa para o âmbito do direito privado as relações entre 
Estado e cidadãos. A jurisdição é una, exercida exclusivamente pelo Poder Judiciário. 
C) Os costumes não constituem fonte do direito administrativo. 
D) O Direito Administrativo, dentre outros conceitos, pode ser definido como o ramo do direito Público que tem por 
objeto os órgãos, agentes e pessoas jurídicas administrativas que integram a Administração Pública, a atividade 
jurídica não contenciosa que exerce e os bens de que se utiliza para a consecução de seus fins, de natureza pública. 
E) O direito administrativo visa à regulação das relações jurídicas entre servidores e entre estes e os órgãos da 
administração, ao passo que o direito privado regula a relação entre os órgãos e a sociedade. 
Comentário: 
Letra A: Errada. 
O sistema de direito administrativo europeu-continental teve origem na França e é focado, essencialmente, em reger 
as relações entre cidadãos e Administração, fixando prerrogativas e deveres à Administração. 
Letra B: Errada. 
O sistema de direito administrativo anglo-americano deixa para o âmbito do direito privado as relações entre Estado 
e cidadãos. A jurisdição é una, exercida exclusivamente pelo Poder Judiciário. 
 
Letra C: Errada. 
Fontes do Direito Administrativo 
Lei 
Doutrina 
Jurisprudência 
Costumes 
Mnemônico: Lei Do JuCo. 
 
Letra D e E: Correta/Errada 
Direito Administrativo - Conceito 
- É um ramo do direito público que está relacionado à função administrativa do Estado com a finalidade de 
atingir o interesse da coletividade; 
- Conforme Hely Lopes Meireles, direito administrativo é o conjunto harmônico de princípios jurídicos queregem 
os órgãos, os agentes e as atividades públicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins 
desejados pelo Estado. 
- Di Pietro estabelece que direito administrativo é o ramo do direito público que tem por objeto os órgãos, agentes 
e pessoas jurídicas administrativas (Sentido Formal ou Subjetivo) que integram a Administração Pública, a 
atividade jurídica não contenciosa que exerce e os bens de que se utiliza para a consecução de seus fins 
(Sentido Material), de natureza pública; 
Gabarito: Letra D. 
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5 
02) Assinale a alternativa correta acerca de Estado, Governo e Administração Pública. 
A) Segundo a Constituição Federal, a tripartição de funções é absoluta no âmbito do aparelho do Estado. 
B) O estudo da administração pública, do ponto de vista subjetivo, abrange a maneira como o Estado participa das 
atividades econômicas privadas. 
C) O Estado constitui a nação politicamente organizada, enquanto a administração pública corresponde à atividade 
que estabelece objetivos do Estado, conduzindo politicamente os negócios públicos. 
D) Os conceitos de governo e administração não se equiparam; o primeiro refere-se a uma atividade essencialmente 
política, ao passo que o segundo, a uma atividade eminentemente técnica. 
E) Tradicionalmente, na Doutrina, os elementos apontados como constitutivos do Estado são: o povo, a uniformidade 
linguística e o governo. 
Comentário: 
Letra A: Errada. 
- O Estado é dividido em três poderes: 
* Legislativo; 
* Executivo; 
* Judiciário. 
OBS: Os poderes não se limitam ao exercício da função típica, podendo exercer funções atípicas, nos 
mandamentos da CF/88. 
- CF/88, Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o 
Judiciário. 
Letra B: Errada. 
- Di Pietro estabelece que direito administrativo é o ramo do direito público que tem por objeto os órgãos, agentes 
e pessoas jurídicas administrativas (Sentido Formal ou Subjetivo) que integram a Administração Pública, a 
atividade jurídica não contenciosa que exerce e os bens de que se utiliza para a consecução de seus fins 
(Sentido Material), de natureza pública; 
- A Administração Pública em Sentido Estrito, pode ser conceituada a partir de duas espécies: 
* Administração Pública em Sentido Formal, Orgânico ou Subjetivo: Conjunto de agentes, órgãos e pessoas 
jurídicas que executam as atividades administrativas do Estado; (Algumas BANCAS consideram que as atividades 
da Administração públicas são executadas apenas pela Administração Direta e Indireta); 
* Administração Pública em Sentido Material, Objetivo ou Funcional: Está relacionada às atividades exercidas 
pelas pessoas jurídicas, órgãos e agentes que possuem função administrativa do Estado; Tal sentido está 
relacionado à Administração Externa ou Extroversa, que é aquela que está relacionada na interação com a 
sociedade (administrados); 
- São consideradas atividades da Administração Pública: 
* Polícia Administrativa: Atividades de limitações ou condicionamentos aos direitos do particular com a 
finalidade no interesse coletivo; 
* Serviço Público: Atividades Administrativas executadas pelas entidades públicas ou por agentes delegados, 
sob o regime predominantemente público; 
* Fomento: procura incentivar as iniciativas privadas, de forma que estas se condicionem à utilidade pública 
por meio das atividades administrativas; 
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6 
* Intervenção: É a fiscalização e regulamentação da atividade das entidades de natureza privada e também a 
atuação direta do estado na ordem econômica, assim como nas propriedades privadas, através de 
desapropriação, servidão e tombamento. 
OBS: Ainda existe a Administração Pública em Sentido Operacional, que é o desempenho perene e sistemático, 
legal e técnico, dos serviços próprios do Estado ou por ele assumidos em benefício da coletividade; 
Letra C/D: Errada/Correta. 
Governo 
- Governo está relacionado à política de comando, de iniciativa, de fixação de objetivos do Estado e de 
manutenção da ordem jurídica vigente. 
- Enquanto a Administração Pública tem o papel de executar as políticas do governo, o governo tem o poder 
de comandar, coordenar, dirigir a maquina pública fixando diretrizes, objetivos e metas; 
Letra E: Errada 
- O Estado é formado por três elementos: 
* Povo; 
* Território; 
* Governo Soberano. 
Poderes do Estado Elementos do Estado 
Legislativo; 
Executivo; 
Judiciário. 
Povo; 
Território; 
Governo Soberano. 
 
Gabarito: Letra D. 
03) Segundo Romeu Felipe Bacellar Filho, “à medida que é possível diferenciar Governo de Administração 
Pública pelas atribuições diversas a que se propõem, tais instituições assumem estruturas próprias, 
voltadas ao cumprimento de suas funções” (BACELLAR FILHO, 2008). Levando em consideração a posição 
do autor, assinale a alternativa correta. 
A) Para o autor, o critério que condiciona a distinção entre Governo e Administração possui natureza orgânica, 
também chamada de subjetiva ou formal. 
B) Governo pode ser definido como a instituição cuja atividade é voltada à tomada de decisões discricionárias. 
C) Administração pode ser definida como a instituição voltada à tomada de decisões vinculadas. 
D) No Brasil, ao contrário de outros países, o Poder Judiciário também compõe o Governo do ponto de vista 
constitucional, exercendo tais prerrogativas como sua função típica. 
E) A Administração Pública brasileira é composta de entes políticos e entes administrativos, que, por sua vez, são 
compostos por órgãos públicos. 
Comentário: 
Administração Pública 
- Existem dois conceitos em relação à Administração Pública: 
* Administração Pública em Sentido Estrito: É a administração que pratica atos de execução com poderes de 
decisão limitados a natureza executiva, sem ter atos de governo. 
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7 
* Administração Pública em Sentido Amplo: Abarca os atos de governo que são exercidos pelos órgãos com 
função política, assim como os órgãos que exercem função administrativa, ou seja, que executam os planos 
de governo. 
Gabarito: Letra E. 
04) O direito administrativo é o ramo do direito público que disciplina o exercício da função administrativa 
e a atividade das pessoas e órgãos que a desempenham. Com relação aos poderes de Estado e atribuição 
de funções, de acordo com a Constituição Federal de 1988 e conceitos advindos do direito administrativo, 
assinale a alternativa correta. 
A) A função jurisdicional é responsável por editar atos normativos primários e resolver conflitos entre os litigantes. 
B) O poder do Estado se divide por estruturas orgânicas especializadas, que desempenham com preponderância a 
sua função típica, mantendo a harmonia e o equilíbrio do sistema. 
C) No Brasil, pela tripartição dos poderes, adota-se o pressuposto de que cada um dos poderes é responsável pelo 
exercício de sua função típica, de maneira autônoma. 
D) Diferentemente do sistema francês, que segrega a função jurisdicional e administrativa, no Brasil considera-se o 
sistema inglês de tripartição dos poderes, com preponderância do sistema administrativo sobre os demais poderes. 
E) São poderes soberanos e independentes entre si a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. 
Comentário: 
Letra A: Errada. 
A função Legislativa é responsável por editar atos normativos primários. 
Letra B: Correta. 
- CF/88, Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o 
Judiciário. 
OBS: Os poderes não se limitam ao exercício da função típica, podendo exercer funções atípicas, nos 
mandamentos da CF/88. 
Letra C: Errada. 
- CF/88, Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, oLegislativo, o Executivo e o 
Judiciário. 
Letra D: Errada. 
Sistema Francês ou Contencioso Administrativo 
- O BR NÃO ADOTA; 
- Nesse sistema o poder judiciário não pode intervir nas funções administrativas do estado, estando essas 
funções apenas à jurisdição administrativa do Estado. 
- Os atos da Administração são anulados ou julgados dentro da própria, sem ser possível o Poder Judiciário 
julgar. 
- Com isso, é chamado também de Dualidade de Jurisdição em que existe a Jurisdição Administrativa, que julga 
apenas matérias administrativas, e Jurisdição Comum, que abrange o Poder Judiciário para julgar as demais 
matérias. 
 
 
 
 
 
 
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8 
Sistema Inglês ou Judiciário ou de Jurisdição Una 
- BR ADOTA; 
- Nesse sistema, o Poder Judiciário possui a palavra final em todas as matérias, com isso, apesar de a matéria 
administrativa ser julgada no âmbito administrativo, é possível o Poder Judiciário apreciar, caso seja provocado, 
possuindo a força de decisão final, fazendo a matéria transitar em julgado; 
- É expressamente previsto na CF/88. 
- CF/88, Art. 5º. XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; (Princípio 
da Inafastabilidade de Jurisdição) 
- Apesar de não existir decisão definitiva dos órgãos da Administração Pública, existem alguns casos em que será 
preciso utilizar primeiramente a via administrativa para depois acionar o Poder Judiciário, como no caso: 
* Da Justiça Desportiva; 
* De ato administrativo ou omissão da Administração Pública que contrarie Súmula Vinculante; 
* De Habeas Data; 
* De mandado de segurança; 
* De concessões de benefícios previdenciários. 
 
Letra E: Errada. 
- CF/88, Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o 
Judiciário. 
Gabarito: Letra B. 
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9 
1.2 Regime jurídico administrativo 
01) O princípio pelo qual a Administração Pública exerce controle sobre seus próprios atos, tendo a 
possibilidade de anular os ilegais e de revogar os inoportunos, denomina-se 
A) Princípio da Legalidade. 
B) Princípio da Autotutela. 
C) Princípio da Motivação dos Atos Administrativos. 
D) Princípio da Continuidade Administrativa. 
E) Princípio da Moralidade Administrativa. 
Comentário: 
Princípio da Legalidade 
- Previsto Expressamente na CF/88; 
- Aplicado aos entes da administração pública direta e indireta, de todos os poderes e esferas de governo; 
- Uma das principais garantias aos direitos individuais, tendo a função de estabelecer limites da atuação 
administrativa; 
- O princípio da legalidade possui dois sentidos: 
* Para os Administrados: Tudo o que não for proibido será permitido; 
CF/88, Art.5º, ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; 
* Para a administração pública: A administração pública só atuará quando existir previsão legal, ou seja, se 
limitará à lei; (Princípio da Estrita legalidade). 
OBS: A Administração pública não só deve obedecer aos atos normativos primários (leis,CF), como também, 
aos secundários, como as portarias, decretos, instruções. 
 
Princípio da Autotutela 
- O princípio da autotutela estabelece que a Administração Pública pode, de ofício, anular seus próprios atos, 
independente de provocação. Porém, o controle da Administração não afasta o controle do Poder Judiciário 
em relação à legalidade. 
 
Princípio da Motivação 
- Estabelece que o agente deve apresentar os fundamentos de fato e de direito de determinado posicionamento 
da Administração Pública; 
 
Princípio da Continuidade do Serviço Público 
- Estabelece que, em regra, os serviços públicos não podem ser interrompidos, sendo prestados de maneira 
continua, pois é através do serviço público que é garantido a estabilidade da coletividade. 
 
Princípio da Moralidade 
- Expresso na CF/88; 
- O agente público deve seguir uma conduta ética, devendo respeitar não só a legalidade, mas também a 
moralidade administrativa; 
 
Gabarito: Letra B. 
02) Assinale a alternativa correta acerca dos princípios do Direito Administrativo. 
A) O princípio administrativo do interesse público é um princípio implícito da administração pública. 
B) O princípio da legalidade no direito administrativo preconiza que o administrador público está sujeito às exigências 
do bem comum, e delas não se pode afastar ou desviar, sendo que o cidadão poderá fazer tudo o que a lei não 
proíba e o administrador público poderá fazer tão somente o que diz a lei. 
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10 
C) Os princípios do direito administrativo são apenas os da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, 
eficiência e supremacia do interesse público. 
D) O princípio da isonomia manifesta a imposição da administração em divulgar seus atos que são divulgados no 
diário oficial, seja da União, do Estado ou do município, na forma de obrigação constante na lei para garantir a 
transparência da administração. 
E) O princípio da eficiência não está implícito em outros princípios. 
Comentário: 
Letra A: Errada. 
É um princípio expresso na Lei 9.784. 
Lei 9.784. Art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, 
motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse 
público e eficiência. 
Letra B: Correta. 
Princípio da Legalidade 
- Previsto Expressamente na CF/88; 
- Aplicado aos entes da administração pública direta e indireta, de todos os poderes e esferas de governo; 
- Uma das principais garantias aos direitos individuais, tendo a função de estabelecer limites da atuação 
administrativa; 
- O princípio da legalidade possui dois sentidos: 
* Para os Administrados: Tudo o que não for proibido será permitido; 
CF/88, Art.5º, ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; 
* Para a administração pública: A administração pública só atuará quando existir previsão legal, ou seja, se 
limitará à lei; (Princípio da Estrita legalidade). 
OBS: A Administração pública não só deve obedecer aos atos normativos primários (leis,CF), como também, 
aos secundários, como as portarias, decretos, instruções. 
 
Letra C: Errada. 
Princípios Expressos na CF/88 
- CF/88, Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência. 
Princípios Expressos na Lei 8.666/93 
- LLC/93, Art. 3º A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a 
seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional 
sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da 
impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao 
instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos. 
Princípios Expressos na Lei 9.784/99 
- Lei 9.784/99, Art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, 
motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, 
interesse público e eficiência. 
 
Letra D: Errada. 
* Princípio da Igualdade ou Isonomia: A administração deve tratar todos de forma isonômica, sem 
discriminações, não podendo favorecer pessoas indevidamente; 
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11 
 
* Princípio da Vedação de Promoção Pessoal: É vedado a promoção pessoal do agentepúblico, pois estes 
atuam em nome do Estado. 
- CF/88, Art. 37, § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá 
ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou 
imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. 
Letra E: Errada. 
Princípios Expressos na CF/88 
- CF/88, Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência. 
 
Gabarito: Letra B. 
03) “Não são poucas nem simples as interpretações dadas ao princípio da moralidade, insculpido na 
Constituição da República de 1988 como um princípio geral de direito administrativo. As dificuldades 
interpretativas que circundam o tema decorrem, primariamente, da abertura semântica dos vocábulos 
envolvidos na expressão e, ainda, da ausência de vínculos juspositivos evidentes entre o princípio geral e 
seus mecanismos de densificação” (MARRARA, 2012). Levando em consideração a posição do autor, 
assinale a alternativa correta. 
A) Não é possível a concretização do princípio da moralidade no Brasil sem lei que o regulamente. 
B) Apesar das dificuldades hermenêuticas, resta indiscutível a vinculação da moralidade administrativa com o dever 
de probidade dos agentes públicos e também dos particulares em colaboração ou parceria com o Estado. 
C) Moralidade administrativa é um princípio expresso da Administração Pública na Constituição brasileira, ainda que 
não esteja previsto em outros diplomas legais infraconstitucionais que tratam da matéria. 
D) Moralidade administrativa não é um conceito jurídico, e sim um valor prático, que varia conforme a aspectos 
subjetivos do intérprete. 
E) Moralidade administrativa é o princípio constitucional de maior hierarquia no sistema constitucional vigente. 
Comentário: 
Princípio da Moralidade 
- Expresso na CF/88; 
- O agente público deve seguir uma conduta ética, devendo respeitar não só a legalidade, mas também a 
moralidade administrativa; 
- CF/88, Art. 37, § 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a 
perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação 
previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. 
- CF/88,Art. 14, § 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua 
cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada 
vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder 
econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. 
- CF/88, Art. 5º, LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo 
ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente 
e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus 
da sucumbência; 
- Mesmo que o ato praticado pelo agente esteja em conformidade com a lei, caso ofenda a moral, os princípios 
de justiça e de equidade, a ideia de honestidade, estará ocorrendo ofensa não só ao princípio da moralidade 
administrativa, como também ao da impessoalidade, igualdade e eficiência, devendo este ato ser anulado. 
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12 
- O STF entende que é vedado o nepotismo na administração pública vindo o fundamento diretamente da CF, 
sem necessidade de lei específica. 
- Nos cargos de natureza política, não existirá o nepotismo, quando o nomeado realmente possuir capacidade 
técnica para o cargo. Caso contrário, ou seja, a pessoa nomeada para o cargo de natureza política não possua 
capacidade técnica, demonstrando assim a troca de favores, não será possível a nomeação. 
- A doutrina entende que a imoralidade surge do conteúdo (objeto) do ato. Com isso, um ato pode ser 
considerado imoral, mesmo sem o agente ter a intenção de cometer a imoralidade. 
 
Gabarito: Letra B. 
04) “Moralidade, de um lado, é vocábulo que traz uma plurissignificação incontestável cuja causa se 
encontra no seu uso tanto frequente quanto amplíssimo em incontáveis campos das ciências sociais e 
humanas, inclusive na ciência jurídica. A essa plurissignificação se soma uma multiplicidade de modelos 
que pretendem explicar a relação entre direito e moral” (MARRARA, 2012). Sobre o tema, assinale a 
alternativa correta. 
A) A moral acaba por ser um subcampo do Direito, a partir do momento em que há a constitucionalização formal do 
princípio. 
B) No Brasil, as hipóteses de improbidade administrativa estão tipificadas como numerus clausus, mas não os 
demais vícios de imoralidade. 
C) A moralidade administrativa é um vocábulo de difícil concretização, mas já existem no ordenamento brasileiro 
mecanismos para a sua aplicação, como, por exemplo, a Súmula Vinculante 13 do STF, que trata do nepotismo. 
D) Um ato administrativo não pode ser imoral se for legal. 
E) O respeito à moralidade administrativa, atualmente, justifica a inversão do ônus da prova contra o acusado e em 
favor da persecução judicial das ações danosas ao interesse público, desde que autorizada pelo Poder Judiciário. 
Comentário: 
Princípio da Moralidade 
- Expresso na CF/88; 
- O agente público deve seguir uma conduta ética, devendo respeitar não só a legalidade, mas também a 
moralidade administrativa; 
- CF/88, Art. 37, § 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a 
perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação 
previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. 
- CF/88,Art. 14, § 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua 
cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada 
vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder 
econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. 
- CF/88, Art. 5º, LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo 
ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente 
e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus 
da sucumbência; 
- Mesmo que o ato praticado pelo agente esteja em conformidade com a lei, caso ofenda a moral, os princípios 
de justiça e de equidade, a ideia de honestidade, estará ocorrendo ofensa não só ao princípio da moralidade 
administrativa, como também ao da impessoalidade, igualdade e eficiência, devendo este ato ser anulado. 
- O STF entende que é vedado o nepotismo na administração pública vindo o fundamento diretamente da CF, 
sem necessidade de lei específica. 
- Nos cargos de natureza política, não existirá o nepotismo, quando o nomeado realmente possuir capacidade 
técnica para o cargo. Caso contrário, ou seja, a pessoa nomeada para o cargo de natureza política não possua 
capacidade técnica, demonstrando assim a troca de favores, não será possível a nomeação. 
E-book licenciado para Anderson Ferreira da Silva andernick.af@gmail.com CPF: 07122876713
 
13 
- A doutrina entende que a imoralidade surge do conteúdo (objeto) do ato. Com isso, um ato pode ser 
considerado imoral, mesmo sem o agente ter a intenção de cometer a imoralidade. 
 
Gabarito: Letra C. 
05) Julgue o item a seguir acerca dos princípios da Administração Pública. 
Em termos práticos, razoabilidade e proporcionalidade, no âmbitoda Administração, são consideradas 
como institutos jurídicos sinônimos. 
Comentário: 
Princípios da Razoabilidade e Proporcionalidade 
- Princípio da Razoabilidade: O agente público deve obedecer a critérios aceitáveis do ponto de vista racional. 
- Princípio da Proporcionalidade: determina que a adequação entre os meios e os fins, deve ser 
obrigatoriamente observada no processo administrativo, sendo vedada a imposição de obrigações, restrições e 
sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público. 
- Tais princípios têm como uma de suas finalidades, a limitação do poder discricionário da administração pública. 
- A administração Pública não pode aplicar sanções ou restrições de modo ilimitado, devendo existir limitações 
para atuar de modo razoável e proporcional. 
- Os atos realizados de maneira incoerente e que violarem a razoabilidade são considerados ilegais sendo passíveis 
de anulação por meio da provocação do Poder Judiciário. 
- São implícitos na CF/88, mas expressos na Lei de Processo Administrativo Federal. 
- O princípio da proporcionalidade possui três elementos que devem ser analisados no caso concreto: 
* Adequação: O meio aplicado deve ser coerente com o fim desejado; 
* Necessidade: o meio escolhido deve ser o que causa o menor prejuízo possível para os indivíduos; 
* Proporcionalidade em sentido estrito: As vantagens a serem conquistadas devem superar as desvantagens. 
 
Gabarito: Errado. 
06) O princípio da precaução privilegia medidas preventivas como forma de se evitarem danos irreversíveis 
ou de difícil reparação. 
Comentário: 
Conforme Amado (2019): 
Princípio da Prevenção - "trabalha com a certeza científica, sendo invocado quando a atividade humana a ser 
licenciada poderá trazer impactos ambientais já conhecidos pelas ciências ambientais em sua natureza e 
extensão..." 
Princípio da Precaução - "[...] se determinado empreendimento puder causar danos ambientais sérios ou 
irreversíveis, contudo inexiste certeza científica quanto aos efetivos danos e a sua extensão, mas há base científica 
razoável fundada em juízo de probabilidade não remoto da sua potencial ocorrência, o empreendedor deverá ser 
compelido a adotar medidas de precuação para elidir ou reduzir os riscos ambientais para a população" 
Prevenção - risco ambiental certo, comprovado. 
Precaução - não há certeza científica sobre o risco. 
Gabarito: Correto. 
07) O princípio da proteção da confiança abrange inclusive o poder normativo da Administração, 
resguardando os administrados contra a ruptura repentina da disciplina vigente. 
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14 
Comentário: 
O Princípio da Proteção a Confiança está correlato com o Princípio da Segurança Jurídica, e leva em conta a 
boa-fé do cidadão, que acredita e espera que os atos praticados pelo Poder Público sejam lícitos e, nessa 
qualidade, serão mantidos e respeitados pela própria Administração e por terceiros. 
Gabarito: Correto. 
08) O princípio da autotutela encerra verdadeiro poder‐dever, impondo à Administração que, constatando 
irregularidade, tome a iniciativa de restaurar a observância da legalidade. 
Comentário: 
Princípio da Autotutela 
- O princípio da autotutela estabelece que a Administração Pública pode, de ofício, anular seus próprios atos, 
independente de provocação. Porém, o controle da Administração não afasta o controle do Poder Judiciário 
em relação à legalidade. 
 
Gabarito: Correto. 
09) Os direitos fundamentais esvaziam o princípio da supremacia do interesse público sobre o particular na 
medida em que funcionam como limite contramajoritário. 
Comentário: 
Princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o Particular 
- É considerado um princípio implícito, sendo um princípio base do regime jurídico administrativo; 
- O princípio da supremacia estabelece que ocorrendo um conflito entre o interesse público e o particular, o 
primeiro leva vantagem, pois está voltado para o interesse da coletividade; 
- Di Pietro entende que o princípio da supremacia está presente tanto na elaboração da lei, quanto na execução 
em concreto. 
- O princípio da supremacia não pode ser utilizado com finalidade direcionada ao interesse privado; 
- São exemplos de aplicação do princípio da supremacia: 
* Presunção de Veracidade, legitimidade e imperatividade; 
* Cláusulas exorbitantes dos contratos administrativos; 
* No uso do poder de polícia administrativa, impondo restrições à atividade privada com finalidade do 
interesse coletivo; 
* Intervenção do Estado na propriedade privada; 
- O princípio da supremacia do interesse público sobre o particular não é aplicado quando o Estado possui uma 
relação de horizontalidade com o particular,como nos casos de exploração de atividade econômica, contratos 
de locação. Porém em certos casos a Administração Púbica continua possuindo alguns aspectos do direito 
público. 
 
Gabarito: Errado. 
10) Por força do princípio da autotutela e da autoexecutoriedade como característica dos atos 
administrativos, a anulação impõe‐se de imediato, resguardando‐se a possibilidade de contraditório e de 
ampla defesa ulterior aos possíveis atingidos. 
Comentário: 
Entendimento STF: 
E-book licenciado para Anderson Ferreira da Silva andernick.af@gmail.com CPF: 07122876713
 
15 
I - O entendimento da Corte é no sentido de que, embora a Administração esteja autorizada a anular seus próprios 
atos quando eivados de vícios que os tornem ilegais (Súmula 473 do STF), não prescinde do processo 
administrativo, com obediência aos princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório.. 
Gabarito: Errado. 
11) O aplicativo Whatsapp, comprado por Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, tem sido largamente 
utilizado nas organizações, como forma de comunicação mais ágil, se consolidando como forma poderosa 
de comunicação oficial, inclusive no Poder Judiciário, onde está sendo utilizado para realizar citações 
judiciais. Segundo a revista EXAME, publicada esta semana, o IBGE constatou que 95% dos brasileiros que 
têm celular já utilizam o Whatsapp, inclusive para comunicar assuntos do trabalho. 
 
Enunciado baseado na Revista EXAME – Janeiro de 2019 – disponível em https://exame.abril.com.br/negocios/como-suaempresa-pode-
prevenir-o-mau-uso-do-whatsapp/ 
 
Sobre o processo de comunicação no Whatsapp nas empresas públicas, considere a hipótese abaixo: 
Carlos captura um print tratando de questões internas e sigilosas, porém lícitas de seu setor, na instituição 
federal onde presta serviço, e envia para um cidadão que declaradamente é inimigo pessoal da autoridade 
máxima do órgão. Pode-se dizer que à luz dos princípios expressos no art. 37, da Constituição Federal, o 
ato de Carlos afronta: 
A) a eficiência, somente. 
B) a publicidade e a legalidade. 
C) a moralidade e a transparência. 
D) a probidade e a boa fé. 
E) a legalidade, a moralidade e a impessoalidade. 
Comentário: 
Sem rodeios, a questão pede os princípios EXPRESSOS DA CF/88. 
 
Princípios Expressos na CF/88 
- CF/88, Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência. 
 
Gabarito: Letra E. 
12) São princípios constitucionais da Administração Pública: legitimidade; pessoalidade; moralidade; e 
eficiência. 
Comentário: 
Princípios Expressos na CF/88 
- CF/88, Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência. 
 
Gabarito: Errado. 
13) É consequência do princípio da indisponibilidade do interesse público a realização de licitação para 
celebração de contratos administrativos. 
Comentário:E-book licenciado para Anderson Ferreira da Silva andernick.af@gmail.com CPF: 07122876713
https://exame.abril.com.br/negocios/como-suaempresa-pode-prevenir-o-mau-uso-do-whatsapp/
https://exame.abril.com.br/negocios/como-suaempresa-pode-prevenir-o-mau-uso-do-whatsapp/
 
16 
A impossibilidade da alienação de direitos relacionados aos interesses públicos reflete o princípio da 
indisponibilidade do interesse público, que possibilita apenas que a administração, em determinados casos, 
transfira aos particulares o exercício da atividade relativa a esses direitos. 
Consoante o princípio da indisponibilidade do interesse público, as empresas estatais, embora regidas pelo 
direito privado, devem submeter-se ao processo licitatório, uma vez que administram recursos total ou 
parcialmente públicos. 
Gabarito: Correto. 
14) O princípio da publicidade impõe a regra de que todo ato administrativo deve ser publicado, exceto 
quando o sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. 
Comentário: 
A administração está obrigada a divulgar informações a respeito dos seus atos administrativos, ressalvadas 
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado e à proteção da intimidade das 
pessoas. 
CF/88 - Art. 5º, XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou 
de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas 
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; 
Gabarito: Correto. 
15) O nome do princípio segundo o qual ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa 
senão em virtude de lei é o da(o) 
A) moralidade. 
B) legalidade. 
C) devido processo legal. 
D) cidadania. 
E) obediência civil. 
Comentário: 
Princípio da Moralidade 
- Expresso na CF/88; 
- O agente público deve seguir uma conduta ética, devendo respeitar não só a legalidade, mas também a 
moralidade administrativa; 
- CF/88, Art. 37, § 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a 
perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação 
previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. 
- CF/88,Art. 14, § 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua 
cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada 
vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder 
econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. 
- CF/88, Art. 5º, LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo 
ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente 
e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus 
da sucumbência; 
- Mesmo que o ato praticado pelo agente esteja em conformidade com a lei, caso ofenda a moral, os princípios 
de justiça e de equidade, a ideia de honestidade, estará ocorrendo ofensa não só ao princípio da moralidade 
administrativa, como também ao da impessoalidade, igualdade e eficiência, devendo este ato ser anulado. 
E-book licenciado para Anderson Ferreira da Silva andernick.af@gmail.com CPF: 07122876713
 
17 
- O STF entende que é vedado o nepotismo na administração pública vindo o fundamento diretamente da CF, 
sem necessidade de lei específica. 
- Nos cargos de natureza política, não existirá o nepotismo, quando o nomeado realmente possuir capacidade 
técnica para o cargo. Caso contrário, ou seja, a pessoa nomeada para o cargo de natureza política não possua 
capacidade técnica, demonstrando assim a troca de favores, não será possível a nomeação. 
- A doutrina entende que a imoralidade surge do conteúdo (objeto) do ato. Com isso, um ato pode ser 
considerado imoral, mesmo sem o agente ter a intenção de cometer a imoralidade. 
 
Princípio da Legalidade 
- Previsto Expressamente na CF/88; 
- Aplicado aos entes da administração pública direta e indireta, de todos os poderes e esferas de governo; 
- Uma das principais garantias aos direitos individuais, tendo a função de estabelecer limites da atuação 
administrativa; 
- O princípio da legalidade possui dois sentidos: 
* Para os Administrados: Tudo o que não for proibido será permitido; 
CF/88, Art.5º, ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; 
* Para a administração pública: A administração pública só atuará quando existir previsão legal, ou seja, se 
limitará à lei; (Princípio da Estrita legalidade). 
OBS: A Administração pública não só deve obedecer aos atos normativos primários (leis,CF), como também, 
aos secundários, como as portarias, decretos, instruções. 
 
Devido processo legal 
Chama-se devido processo legal o princípio que garante a todos o direito a um processo com todas as etapas 
previstas em lei, dotado de todas as garantias constitucionais. Caso não haja respeito por esse princípio, o 
processo se torna nulo. 
Gabarito: Letra B. 
16) A administração pública direta e indireta, de quaisquer dos Poderes da União, dos estados, do Distrito 
Federal e dos municípios, obedecerá a alguns princípios previstos na Constituição Federal, entre os quais 
é correto citar o princípio 
A) da soberania. 
B) da cidadania. 
C) dos valores sociais do trabalho. 
D) da independência nacional. 
E) da eficiência. 
Comentário: 
Princípios Expressos na CF/88 
- CF/88, Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência. 
 
Gabarito: Letra E. 
E-book licenciado para Anderson Ferreira da Silva andernick.af@gmail.com CPF: 07122876713
 
18 
1.3 Organização da Administração Pública 
01) Assinale a alternativa INCORRETA acerca do que preconiza o Direito Administrativo sobre a organização 
administrativa. 
A) Órgão Público pode ser definido como pessoa jurídica de natureza pública, com personalidade jurídica própria e 
com atribuições para atuar em prol do interesse público. 
B) As Secretarias de Estado são órgãos públicos que integram a administração direta. 
C) As áreas em que poderão atuar as fundações públicas são definidas e estabelecidas por lei complementar. 
D) As empresas públicas e as sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito privado. 
E) Um ministério criado no âmbito da União é órgão sem personalidade jurídica própria, sendo componente da 
administração direta. 
Comentário: 
Letra A/B/E: Errada/Correta/Correta. 
Conceito de Órgão 
Lei 9.784/99, Art. 1º, § 2º Para os fins desta Lei, consideram-se: 
I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração 
indireta; 
Características dos Órgãos 
- Não possuem personalidade jurídica própria; 
- Surgem da desconcentração; 
- Não possuem patrimônio próprio; 
- Sempre integram a estrutura de uma pessoa jurídica; 
- Não possuem capacidade processual, ou seja, não podem estar em juízo (REGRA)*; 
- Seus dirigentes podem firmar contrato de gestão nos termos do artigo 37, § 8º CF.; 
- Dependem de lei para a sua criação e extinção conforme o Art.49,XI, CF/88; 
- Conforme o STF, a iniciativa de lei para a criação ou extinção de órgão da administração pública é privativa do 
chefe do executivo em todos os entes federativos. 
* O M.P é um órgão que possui capacidade processual ativa podendo propor ações preventivas de acordo com 
o Art.129, CF/88. (Exceção) 
* Certos órgãos (independentes ou autônomos) podem ajuizar ações na defesa de sua competência quando 
violada por terceiro. Tal prerrogativa é denominada “CAPACIDADEPROCESSUAL EXCEPCIONAL”. (Exceção) 
FONTE: https://liafonseca.wordpress.com/2012/07/24/orgaos-publicos-direito-administrativo/ 
 
 “Um importante passo desta evolução ocorreu com a Teoria do Órgão, onde se entende que Estado é concebido 
como um organismo vivo, integrado por um conjunto de órgãos que realizam as suas funções. As vontades e 
as ações dos órgãos são do Estado e os agentes só executam, com isso a responsabilização do Estado por 
ato do agente foi ampliada, não mais exigindo a culpa do agente.” 
(FONTE: ÂMBITO JURÍDICO) 
Conceito de órgão públicos 
Segundo Helly Lopes Meirelles, os órgãos Públicos são centro de competências instituídos para desempenhar 
funções estatais, através de seus agentes, cuja atuação é destinada à pessoa jurídica a que pertencem. 
 
 
Quanto à Posição Estatal 
Órgãos Independentes 
E-book licenciado para Anderson Ferreira da Silva andernick.af@gmail.com CPF: 07122876713
https://liafonseca.wordpress.com/2012/07/24/orgaos-publicos-direito-administrativo/
 
19 
Representam os Poderes do Estado. Não são subordinados hierarquicamente e somente são controlados 
uns pelos outros. Ex.: Congresso Nacional, Câmara dos Deputados, Senado Federal, Chefias do Executivo, 
Tribunais e Juízes e Tribunais de Contas. 
Órgãos Autônomos 
São os subordinados diretamente à cúpula da Administração. Têm grande autonomia administrativa, 
financeira e técnica, caracterizando-se como órgãos diretivos, com funções de planejamento, supervisão, 
coordenação e controle das atividades que constituem sua área de competência. 
Seus dirigentes são, em geral, agentes políticos nomeados em comissão. São os Ministérios e Secretarias, 
bem como a AGU (Advocacia-Geral da União), Ministério Público, Defensoria Pública e as Procuradorias dos 
Estados e Municípios. 
Órgãos Superiores 
Possuem poder de direção, controle, decisão e comando dos assuntos de sua competência específica. 
Representam as primeiras divisões dos órgãos independentes e autônomos. Ex.: Gabinetes, Coordenadorias, 
Departamentos, Divisões, etc. 
Órgãos Subalternos 
São os que se destinam à execução dos trabalhos de rotina, cumprem ordens superiores. Ex.: portarias, seções 
de expediente, etc. 
Quanto à Composição do Órgão Público 
Órgãos simples 
Também conhecidos por unitários, são aqueles que possuem apenas um único centro de competência, sua 
característica fundamental é a ausência de outro órgão em sua estrutura, para auxiliá-lo no desempenho de suas 
funções. 
Órgãos compostos 
São aqueles que em sua estrutura possuem outros órgãos menores, seja com desempenho de função principal 
ou de auxilio nas atividades, as funções são distribuídas em vários centros de competência, sob a supervisão do 
órgão de chefia. 
Forma de Atuação Funcional 
Órgãos Singulares 
São aqueles que decidem e atuam por meio de um único agente, o chefe. Possuem agentes auxiliares, mas sua 
característica de singularidade é desenvolvida pela função de um único agente, em geral o titular. 
Órgãos Coletivos 
São aqueles que decidem pela manifestação de muitos membros, de forma conjunta e por maioria, sem 
manifestação de vontade de um único chefe. A vontade da maioria é imposta de forma legal, regimental ou 
estatutária. 
Fonte: www.gabarite.com.br 
 
Letra C/D: Correta/Correta. 
CF/88. Art.37. XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa 
pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir 
as áreas de sua atuação; 
* Empresas Públicas – Características * 
- Personalidade jurídica de direito privado; 
- Capital exclusivamente público; 
- Realização, em regra, de atividades econômicas; 
- Revestimento de qualquer forma admitido no Direito; 
- Derrogações (alterações parciais) do regime de direito privado; por normas de direito público; 
E-book licenciado para Anderson Ferreira da Silva andernick.af@gmail.com CPF: 07122876713
http://www.gabarite.com.br/
 
20 
- Criação por autorização legislativa específica. 
- Sujeita a supervisão ministerial. 
- Regime dos agentes públicos é o Celetista, sendo considerados empregados públicos; 
- Contratação por Concurso Público; 
- Ficam sujeitas ao regime licitatório para celebração de contratos; 
- Podem ser remuneradas pelos serviços públicos prestados por meio de tarifas cobradas ao usuário do 
serviço; 
 
* Sociedade de Economia Mista – Características * 
- Personalidade jurídica de direito privado; 
- Capital público e privado; 
- Realização, em regra, de atividades econômicas; 
- Revestimento de forma de sociedade anônima; 
- Derrogações (alterações parciais) do regime de direito privado; por normas de direito público; 
- Criação por autorização legislativa específica. 
- Detenção por parte do Poder Público de no mínimo a maioria das ações com direito a voto; 
- Sujeita a supervisão ministerial. 
- Regime dos agentes públicos é o Celetista, sendo considerados empregados públicos; 
- Contratação por Concurso Público; 
- Ficam sujeitas ao regime licitatório para celebração de contratos 
- Podem ser remuneradas pelos serviços públicos prestados por meio de tarifas cobradas ao usuário do serviço; 
 
Gabarito: Letra A. 
02) O Estado brasileiro pode transferir o exercício de certas atividades que lhe são próprias por meio da 
desconcentração administrativa. Sobre o assunto, assinale a alternativa correta. 
A) A desconcentração é um instrumento exclusivo previsto para ser utilizado por Estados e Municípios. 
B) A desconcentração também pode ser denominada de delegação. 
C) A desconcentração não implica a criação de um novo ente com personalidade jurídica. 
D) A transferência de atividades para o terceiro setor é um exemplo clássico de desconcentração administrativa. 
E) A transferência de atividades pela desconcentração administrativa se dá por meio de contratos públicos previstos 
na legislação de parcerias público-privadas. 
Comentário: 
Descentralização 
Consiste na Administração Direta deslocar, distribuir ou transferir a prestação do serviço para a Administração a 
Indireta ou para o particular. 
Não existe relação de hierarquia, mas vínculo. A Administração Direta atua com o controle finalístico ou de 
tutela administrativa. 
Desconcentração 
É a distribuição do serviço dentro da mesma Pessoa Jurídica, no mesmo núcleo, razão pela qual será uma 
transferência com hierarquia. 
Ocorre com criação de órgão público sem personalidade jurídica própria, que mantém a hierarquia em relação 
pessoa jurídica pública original. 
Ex: Ministérios, Secretarias, Diretorias; 
Fonte: https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/1126602/qual-a-diferenca-entre-descentralizacao-e-desconcentracao 
 
DESCENTRALIZAÇÃO VS CENTRALIZAÇÃO 
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https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/1126602/qual-a-diferenca-entre-descentralizacao-e-desconcentracao
 
21 
DESCENTRALIZAÇÃO POLÍTICA VS ADMINISTRATIVA 
 A Descentralização política ocorre quando os entes descentralizados desempenham atribuições 
próprias, envolvendo as competências dos estados e municípios que decorrem diretamente da Constituição 
Federal e não constituem delegação ou concessão do ente central, ou seja, as competências vêm diretamente da 
Constituição Federal e não da União. 
 A Descentralização Administrativa é aquela que entes políticos transferem a execução (e em alguns 
casos a titularidade) dos serviços para outros entes. Pode ocorrer por meio de lei, contrato ou ato 
administrativo. 
 Ex: A criação por lei de uma Agência Reguladora feita pela União (Descentralização por Outorga) 
 Ex: A concessão de um Serviço público feita pela União (Descentralização por Contrato) 
 OBS: A Descentralização sempre ocorre entre duas pessoas jurídicas. 
 A descentralização ocorre quando existe uma transferência de uma competência de uma entidade 
política para: 
- Umaentidade administrativa: Por meio da descentralização por outorga, por serviços, técnico ou 
funcional; (LEI) 
- Uma entidade Privada: Por descentralização por delegação ou por colaboração; (CONTRATO) 
- Um Território Federal: Por meio da descentralização geográfica ou territorial. 
A centralização é avocar as competências de prestação de um serviço, sendo prestado diretamente pela 
Entidade política. 
DESCONCENTRAÇÃO 
 É a distribuição interna de competência, tratando-se de técnica administrativa, dentro de uma única 
pessoa jurídica, ocorrendo à criação dos órgãos públicos. 
 Na desconcentração existe a presença de hierarquia, subordinação, ocorrendo o controle hierárquico. 
Vale lembrar que a hierarquia só ocorre nas funções administrativas, pois nas funções Legislativas e Judiciárias 
não existe. 
 A desconcentração pode ocorrer nas entidades políticas ou nas entidades administrativas. 
Ex: A criação de ministérios, divisão de uma autarquia em unidades regionais. 
A Desconcentração pode ocorrer por meio 
- Da razão da matéria ( Ex: Ministérios da Saúde, Educação) 
- Da hierarquia (Ex: Ministério, Superintendência, delegacia) 
- Territorial ou geográfica ( Ex: Superintendência do INSS no Norte) 
Fonte: Meus Resumos – PDFs Estratégia Concursos e Direção Concursos – Profs. Érike Alves e Herbert Almeida. 
 
Gabarito: Letra C. 
03) Segundo Romeu Felipe Bacellar Filho, “a Administração Pública indireta surge com o escopo de atender 
uma necessidade prática, verificada principalmente a partir do advento do Estado Social” (BACELLAR 
FILHO, 2008). Acerca do tema, assinale a alternativa correta. 
A) A Administração indireta equivale aos órgãos públicos integrantes das estruturas dos Poderes Executivo, 
Legislativo e Judiciário. 
B) A Administração direta do Poder Executivo é composta pelas Autarquias e Fundações Públicas, enquanto a 
indireta é composta pelas empresas públicas e sociedades de economia mista. 
C) Os consórcios públicos também são exemplos de entes que compõem a Administração indireta. 
D) Os serviços sociais autônomos são exemplos de entidades organicamente estatais, mas que compõem o terceiro 
setor. 
E) As organizações sociais são exemplos de entes que compõem a Administração indireta a partir do momento em 
que firmam o contrato de gestão. 
Comentário: 
E-book licenciado para Anderson Ferreira da Silva andernick.af@gmail.com CPF: 07122876713
 
22 
ADMINISTRAÇÃO DIRETA X ADMINISTRAÇÃO INDIRETA 
A administração direta é chamada de Administração Centralizada sendo aquela que é prestada 
diretamente pelos órgãos das pessoas políticas. 
A administração direta é composta pela estrutura administrativa da Presidência da República, pelos 
ministérios, secretarias dos estados e dos municípios e seus órgãos subordinados, além dos tribunais em geral 
e as estruturas administrativas das casas legislativas. 
A administração direta é constituída pelo conjunto de órgãos e entidades políticas e não administrativas 
submetidas ao regime de direito público para os quais foi atribuída a competência para o exercício. 
OBS: A ADMINISTRAÇÃO DIRETA NÃO POSSUI PESSOAS JURÍDICAS ADMINISTRATIVAS E SIM 
POLÍTICAS. 
OBS: UNIÃO/ESTADOS/D.F./MUNICÍPIOS – ENTIDADES POLÍTICAS; 
OBS: S.E.M./E.P/AUTARQUIAS/F.P – ENTIDADES ADMINISTRATIVAS. 
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA 
 Faz parte da administração descentralizada em que as pessoas jurídicas não possuem autonomia 
política, ou seja, não possuem capacidade para legislar e criar lei, fazendo parte dela as seguintes Entidades 
Administrativas: 
 - S.E.M 
 - E.P 
 - Fundações Públicas 
 - Autarquias 
OBS: PARTE DA DOUTRINA CONSIDERA OS CONSÓRCIOS PÚBLICOS DE DIREITO PÚBLICO PARTE DA 
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA. 
OBS: A ADMINISTRAÇÃO INDIRETA PODE ESTAR PRESENTE TANTO NA UNIÃO, QUANTO NOS ESTADOS, 
D.F. E MUNICÍPIOS, TENDO CADA UM DESSES ENTES POLÍTICOS CAPACIDADE DE CRIAÇÃO DESSAS 
ENTIDADES ADMINISTRATIVAS. 
 As entidades da administração indireta possuem personalidade jurídica própria, pois respondem por 
seus atos, possuem patrimônio e receita próprios e autonomia técnica, administrativa e financeira. 
 As entidades são criadas e extintas por lei que cria ou autoriza a sua criação. Cada uma das entidades 
da administração indireta possui uma finalidade específica, definida pela lei de criação (Princípio da 
Especialidade); 
 As entidades administrativas não estão subordinadas à Administração Direta, mas estão sujeitas a controle 
(tutela, controle finalístico, Supervisão Ministerial). Submetem-se ao controle do Tribunal de Contas, do 
Judiciário e do Ministério Público. Em regra as entidades administrativas se submentem às licitações. 
Fonte: Meus Resumos – PDFs Estratégia Concursos e Direção Concursos – Profs. Érike Alves e Herbert Almeida. 
 
 De acordo com a C.F., no seu art. 37, inciso XIX, somente por lei específica poderá ser criada autarquia e 
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação pública, cabendo à lei 
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação. 
Conforme a Lei 11.107/05, 
 
Art. 6 O consórcio público adquirirá personalidade jurídica: 
 I – de direito público, no caso de constituir associação pública, mediante a vigência das leis de ratificação do 
protocolo de intenções; 
 II – de direito privado, mediante o atendimento dos requisitos da legislação civil. 
 § 1 O consórcio público com personalidade jurídica de direito público integra a administração indireta 
de todos os entes da Federação consorciados. 
 § 2º O consórcio público, com personalidade jurídica de direito público ou privado, observará as normas de 
direito público no que concerne à realização de licitação, à celebração de contratos, à prestação de contas e 
à admissão de pessoal, que será regido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-
Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. (Redação dada pela Lei nº 13.822, de 2019) 
E-book licenciado para Anderson Ferreira da Silva andernick.af@gmail.com CPF: 07122876713
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13822.htm#art1
 
23 
 
Os serviços sociais autônomos e as organizações sociais são exemplos de entidades paraestatais ou 
entidades do terceiro setor. Essas entidades não integram a administração pública e não são pessoas estatais. 
elas auxiliam o estado, mediante parceria, na consecução do interesse público. 
Fonte: Pedro Ivo – Qconcursos. 
Gabarito: Letra C. 
04) Não apenas as autarquias, mas também as fundações, podem ser qualificadas como agências 
executivas. 
Comentário: 
Agência executiva é uma qualificação dada à autarquia ou fundação que celebre contrato de gestão com o 
órgão a que se ache vinculada, para a melhoria da eficiência e redução de custos. “São, na realidade, 
autarquias ou fundações que, em decorrência dessa qualificação, passam a submeter-se a regime jurídico 
especial” (DI PIETRO, 2001, p. 401).. 
Gabarito: Correto. 
05) Uma autarquia, uma vez convertida em agência executiva, modifica sua natureza jurídica, passando a 
apresentar características inerentes à sua nova condição. 
Comentário: 
Agências Executivas 
1. Denominação atribuída a autarquias, fundações públicas ou órgãos públicos, no correr de suas existências; 
2. Traço característico: contrato de gestão temporária com a administração direta, isto é, agencia executiva 
enquanto durar o contrato de gestão; 
3. Pode haver desqualificação: a autarquia ou fundação pública pode deixar de ser agência executiva; 
4. Contrato de gestão é obrigatório à qualificação como agência executiva; 
5. Qualquer autarquia (inclusive aquelas classificadas como agência reguladora) ou fundação de apoio pode optar 
por ser qualificada como agência executiva, órgãos públicos (entes despersonalizados) também podem fazê-lo. 
AgênciasReguladoras 
1. Denominação atribuída a uma autarquia de natureza especial, quando da sua instituição e criação por lei; 
2. Traço característico: exercício do poder regulador típico do Estado; 
3. Não existe desqualificação, uma vez agência reguladora, sempre agência reguladora, enquanto em vigor a lei 
que a instituiu; 
4. O contrato de gestão é opcional, serve apenas se a agência reguladora desejar qualificação de agência 
executiva, e não influencia no exercício do poder regulador; 
5. Uma agência reguladora é uma autarquia assim instituída por lei — nenhuma autarquia e muito menos fundação 
pública tem a opção de querer ser agência reguladora. 
Fonte: https://camiloprado.com/2017/08/30/5-diferencas-entre-agencias-executivas-e-agencias-reguladoras/. 
 
Gabarito: Errado. 
06) As agências executivas são consideradas como autarquias de regime especial, muito embora sua 
natureza jurídica, prerrogativas e deveres destoem bastante das autarquias em geral. 
Comentário: 
AGÊNCIAS EXECUTIVAS 
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https://camiloprado.com/2017/08/30/5-diferencas-entre-agencias-executivas-e-agencias-reguladoras/
 
24 
As Agências Executivas são Autarquias ou Fundações Públicas que recebem qualificação especial. 
Tais entidades devem possuir: 
- Plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional em andamento; 
- Contrato de gestão com o respectivo Ministério supervisor; 
 A qualificação das agências executivas ocorre por meio de decreto do Presidente da República por meio 
de uma decisão discricionária. Além disso, a periodicidade do contrato de gestão deve ter prazo mínimo de 1 
ano. São exemplos de prerrogativas das Agências Executivas: 
 - O limite em dobro para dispensa de licitação por baixo valor (Lei 8666. Art24,Parágrafo 1º). 
Fonte: Meus Resumos – PDFs Estratégia Concursos e Direção Concursos – Profs. Érike Alves e Herbert Almeida. 
Gabarito: Correto. 
07) As agências executivas distinguem‐se das agências reguladoras por não possuírem como tarefa 
precípua o controle sobre prestadores de serviços públicos, mas sim a busca por mais desenvoltura na 
prestação de atividade estatal. 
Comentário: 
Agências Executivas 
1. Denominação atribuída a autarquias, fundações públicas ou órgãos públicos, no correr de suas existências; 
2. Traço característico: contrato de gestão temporária com a administração direta, isto é, agencia executiva 
enquanto durar o contrato de gestão; 
3. Pode haver desqualificação: a autarquia ou fundação pública pode deixar de ser agência executiva; 
4. Contrato de gestão é obrigatório à qualificação como agência executiva; 
5. Qualquer autarquia (inclusive aquelas classificadas como agência reguladora) ou fundação de apoio pode optar 
por ser qualificada como agência executiva, órgãos públicos (entes despersonalizados) também podem fazê-lo. 
Agências Reguladoras 
1. Denominação atribuída a uma autarquia de natureza especial, quando da sua instituição e criação por lei; 
2. Traço característico: exercício do poder regulador típico do Estado; 
3. Não existe desqualificação, uma vez agência reguladora, sempre agência reguladora, enquanto em vigor a lei 
que a instituiu; 
4. O contrato de gestão é opcional, serve apenas se a agência reguladora desejar qualificação de agência 
executiva, e não influencia no exercício do poder regulador; 
5. Uma agência reguladora é uma autarquia assim instituída por lei — nenhuma autarquia e muito menos fundação 
pública tem a opção de querer ser agência reguladora. 
Fonte: https://camiloprado.com/2017/08/30/5-diferencas-entre-agencias-executivas-e-agencias-reguladoras/. 
 
AGÊNCIAS EXECUTIVAS 
As Agências Executivas são Autarquias ou Fundações Públicas que recebem qualificação especial. 
Tais entidades devem possuir: 
- Plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional em andamento; 
- Contrato de gestão com o respectivo Ministério supervisor; 
 A qualificação das agências executivas ocorre por meio de decreto do Presidente da República por meio 
de uma decisão discricionária. Além disso, a periodicidade do contrato de gestão deve ter prazo mínimo de 1 
ano. São exemplos de prerrogativas das Agências Executivas: 
 - O limite em dobro para dispensa de licitação por baixo valor (Lei 8666. Art24,Parágrafo 1º). 
Fonte: Meus Resumos – PDFs Estratégia Concursos e Direção Concursos – Profs. Érike Alves e Herbert Almeida. 
 
Gabarito: Correto. 
E-book licenciado para Anderson Ferreira da Silva andernick.af@gmail.com CPF: 07122876713
https://camiloprado.com/2017/08/30/5-diferencas-entre-agencias-executivas-e-agencias-reguladoras/
 
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08) Após autorização legislativa, foi firmado um acordo de vontades entre entes públicos, criando-se um 
novo sujeito de direito, dotado de uma estrutura de bens e pessoal com permanência e estabilidade. 
Nessa situação hipotética, o pacto firmado consiste em um 
A) contrato administrativo, devendo uma das partes signatárias ser uma autarquia. 
B) convênio, podendo uma das partes signatárias ser uma fundação. 
C) contrato de gestão, podendo uma das partes signatárias ser uma autarquia, que, por força desse contrato, 
passará a ser uma agência executiva. 
D) contrato de consórcio público, que deve ser firmado exclusivamente por entes da administração direta. 
Comentário: 
"Os convênios administrativos são ajustes formalizados entre entidades administrativas ou entre a 
Administração Pública e as entidades privadas sem fins lucrativos que têm por objetivo a consecução de 
objetivos comuns e o atendimento do interesse público" 
Fonte: (Fonte: Curso de Direito Administrativo, 2018. Rafael Carvalho Rezende Oliveira). 
Decreto 6017/2007. 
Art. 2 Para os fins deste Decreto, consideram-se: 
I - consórcio público: pessoa jurídica formada exclusivamente por entes da Federação, na forma da Lei nº 
11.107, de 2005, para estabelecer relações de cooperação federativa, inclusive a realização de objetivos de 
interesse comum, constituída como associação pública, com personalidade jurídica de direito público e 
natureza autárquica, ou como pessoa jurídica de direito privado sem fins econômicos; 
Contrato administrativo é todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da Administração Pública e 
particulares, em que há um acordo de vontade para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações 
recíprocas. 
O contrato administrativo tem as seguintes características: formal, oneroso, comutativo e intuitu personae. É 
formal porque deve ser formulado por escrito e nos termos previstos em lei. Oneroso porque há remuneração 
relativa contraprestação do objeto do contrato. Comutativo porque são as partes do contrato compensadas 
reciprocamente. Intuitu personae consiste na exigência para execução do objeto pelo próprio contratado. 
Fonte: http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=1828 
Gabarito: Letra D. 
09) As pessoas jurídicas de direito privado que compõem a administração pública são 
A) investidas de poderes de autoridade e encarregadas de realizar funções de interesse público, a partir da 
descentralização de poderes. 
B) passíveis de integrar tanto a administração pública direta quanto a indireta. 
C) criadas por atos de direito privado, mas a sua instituição depende de autorização legislativa. 
D) instituídas para fins de desconcentração de poderes e de competências administrativas. 
Comentário: 
Letra A: Errada. 
As pessoas jurídicas de direito privado que compõe a Administração Pública não são investidas de poderes de 
autoridade, bem como não realizam, necessariamente, funções de interesse público, embora devam perseguir, em 
qualquer caso, uma finalidade pública específica definida na lei que autorizou a sua criação. Vide decisão 
paradigmática do STJ acerca do exercício de poder de polícia por pessoas jurídicas de direito privado da 
Administração Pública (REspnº 817.534/MG, j. em 04/08/2009). 
Letra B: Errada. 
E-book licenciado para Anderson Ferreira da Silva andernick.af@gmail.com CPF: 07122876713
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=1828
 
26 
As pessoas jurídicas de direito privado não integram a Administração Direta. 
Letra C: Correta. 
CONCEITOS 
 De acordo com a Lei 13.303/16, Empresa Pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de 
direito privado, com criação autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente 
detido pela União, pelos Estados, pelo D.F. ou pelos Municípios. 
 Já a Sociedade de Economia Mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de Direito Privado, 
com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam 
em sua maioria à União, aos Estados, ao D.F., aos Municípios ou a entidade da Administração Indireta. 
 
CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS E.P E S.E.M 
- Criação e extinção autorizadas por lei; 
- A Efetiva criação ocorre com o registro do respectivo ato; 
- Personalidade Jurídica de Direito Privado; 
- Sujeição ao controle estatal (Supervisão Ministerial, Controle do TCU); 
- Ausência de subordinação com o ente central; 
- Derrogação parcial do regime de direito privado por normas de direito público; 
- Vinculação aos fins definidos na lei instituidora; (Princípio da Especialidade) 
- Desempenho de atividade de natureza econômica, envolvendo a prestação de serviços públicos e a 
exploração de atividade econômica. 
 
Letra D: Errada. 
DESCENTRALIZAÇÃO POLÍTICA VS ADMINISTRATIVA 
 A Descentralização política ocorre quando os entes descentralizados desempenham atribuições 
próprias, envolvendo as competências dos estados e municípios que decorrem diretamente da Constituição 
Federal e não constituem delegação ou concessão do ente central, ou seja, as competências vêm diretamente da 
Constituição Federal e não da União. 
 A Descentralização Administrativa é aquela que entes políticos transferem a execução (e em alguns 
casos a titularidade) dos serviços para outros entes. Pode ocorrer por meio de lei, contrato ou ato 
administrativo. 
 Ex: A criação por lei de uma Agência Reguladora feita pela União (Descentralização por Outorga) 
 Ex: A concessão de um Serviço público feita pela União (Descentralização por Contrato) 
 OBS: A Descentralização sempre ocorre entre duas pessoas jurídicas. 
 A descentralização ocorre quando existe uma transferência de uma competência de uma entidade 
política para: 
- Uma entidade administrativa: Por meio da descentralização por outorga, por serviços, técnico ou 
funcional; (LEI) 
- Uma entidade Privada: Por descentralização por delegação ou por colaboração; (CONTRATO) 
- Um Território Federal: Por meio da descentralização geográfica ou territorial. 
A centralização é avocar as competências de prestação de um serviço, sendo prestado diretamente pela 
Entidade política. 
 
Gabarito: Letra C. 
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27 
10) Na descentralização, o Estado distribui algumas de suas atribuições para outras pessoas, físicas ou 
jurídicas. A descentralização administrativa pode ocorrer por serviços ou por colaboração. A respeito da 
delegação por colaboração, é correto afirmar: 
A) Transfere a titularidade e execução do serviço por prazo .indeterminado e possui controle finalístico. 
B) O controle é rígido e amplo e transfere a titularidade e execução do serviço. 
C) Transfere a titularidade e execução do serviço por lei e por prazo indeterminado. 
D) Transfere apenas a execução do serviço por contrato por tempo determinado e por ato unilateral por tempo 
indeterminado. 
E) O controle se dá por tutela ou supervisão e transfere apenas a execução do serviço por contrato por tempo 
indeterminado. 
Comentário: 
A descentralização administrativa ocorre mediante duas formas: outorga ou delegação. 
 
Outorga 
 
Utilizada para efetivar a descentralização administrativa para uma entidade da Administração Indireta. 
(autarquia e empresa pública). 
 
O Estado cria o ente da administração indireta e, por meio de lei, institui a entidade, outorgando a ela titularidade 
e a execução do serviço. 
 
Delegação 
 
Por meio da delegação é feita a descentralização administrativa que transfere apenas a execução do serviço. 
 
Aos particulares a delegação é feita por meio de contrato administrativo (Tempo Determinado) (ex: concessão 
de serviço público de telefonia) ou por ato administrativo unilateral (Tempo indeterminado) exarado pela 
administração pública (ex: autorização de exploração de serviço público de táxi, despachante, entre outros). 
 
Às pessoas jurídicas da Administração Indireta de direito privado (empresas públicas, sociedade de economia mista 
e fundações públicas de direito privado), esse tipo de delegação ocorrer por meio de lei. 
 
Fonte: https://gersonaragao.jusbrasil.com.br/artigos/216401139/quais-sao-as-formas-de-descentralizacao-
administrativa 
 
Descentralização Administrativa 
É a circunstância na qual um ente central empresta atribuições a órgãos periféricos ou locais dotados de 
personalidade jurídica. Tais atribuições não decorrem da Constituição, mas do poder central que as defere por 
outorga (lei) ou por delegação (contrato). 
Classifica-se em: 
(1) descentralização territorial ou geográfica; e 
(2) descentralização por serviços, funcional ou técnica; e 
(3) descentralização por colaboração. 
 
Descentralização Territorial 
É própria de países que adotam a forma unitária de Estado, como Bélgica, França e Portugal, que se dividem em 
departamentos, províncias e regiões. 
Descentralização por Serviços ou Outorga 
E-book licenciado para Anderson Ferreira da Silva andernick.af@gmail.com CPF: 07122876713
https://gersonaragao.jusbrasil.com.br/artigos/216401139/quais-sao-as-formas-de-descentralizacao-administrativa
https://gersonaragao.jusbrasil.com.br/artigos/216401139/quais-sao-as-formas-de-descentralizacao-administrativa
 
28 
Assim se denomina a descentralização administrativa em que o Poder Público cria uma pessoa jurídica e atribui 
a titularidade e a execução de serviço público, como exemplos clássicos há a criação de entes da Administração 
Indireta, isto é, autarquias, fundações, sociedades de economia mista e empresas públicas. 
Descentralização por Colaboração ou Delegação 
É feita por concessão ou permissão de serviço, sendo que o Poder Público conserva a titularidade do serviço 
público, cujo exercício é repassado ao particular. Note-se que é mais comum encontrar na literatura do Direito 
Administrativo brasileiro alusão genérica à descentralização como sendo a por serviços, muito embora a doutrina 
também faça referência às demais hipóteses mencionadas. Geralmente, o propósito é diferenciar a descentralização 
do fenômeno da desconcentração, pois nesta última não há a presença de mais de uma pessoa jurídica. 
Fonte: https://direitoadm.com.br/166-descentralizacao/ 
 
Gabarito: Letra D. 
11) No que tange as fundações públicas regidas pelo direito público, é INCORRETO afirmar que: 
A) também são denominadas autarquias fundacionais. 
B) gozam de prazos dilatados para manifestação em juízo. 
C) seus contratos administrativos devem decorrer de procedimento licitatório, na forma da lei. 
D) seus atos administrativos gozam de presunção de legitimidade. 
E) seus atos constitutivos devem ser inscritos junto ao Registro Civil das Pessoas Jurídicas. 
Comentário: 
Características das Fundações 
* Criação e Extinção: Diretamente por Lei (Se for de Direito Público); Autorizada por lei, seus atos constitutivos 
devem ser inscritos junto ao Registro Civil das Pessoas Jurídicas (Se for de Direito Privado); 
* Objeto: Atividades que beneficiam a coletividade, sem fins lucrativos. (Patrimônio Personalizado) 
* Regime Jurídico: Direito Público ou Privado; 
* Prerrogativas:

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