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Aula 8 HABEAS CORPUS

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR DA 2ª VICE-PRESIDENCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. 
REF. PROC. Nº ................................
Fulano, advogado regularmente inscrito na OAB/RJ sob o nº ..., com endereço profissionnal ..., vem respeitosamente à presença de Vossa Excelencia com fundamento no art. 5º, LXVIII, CRFB, e nos artigos 647 e seguintes do CPP, impetrar. 
HABEAS CORPUS COM PEDIDO DE LIMINAR 
em favor do paciente MICHEL DA SILVA, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, ora recolhido no estabelecimento penal ...,que está sofrendo constrangimento em sua liberdade de locomoção por ato ilegal do Excelentíssimo Juízo da 22ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DA CAPITAL, consoante os fatos e fundamentos, abaixo aduzidos. 
 
DOS FATOS 
MICHEL DA SILVA foi preso em flagrante no dia 01 de julho de 2010 pela prática do crime previsto no art. 16, § único, IV da Lei 10.826/03 e art. 28 da lei 11.343/06. No auto de prisão em flagrante constavam os depoimentos dos policiais que efetuaram a prisão. Michel fora preso em razão de uma notitia criminis realizada por sua mulher Angelina afirmando que o mesmo possuía armas dentro de casa com numeração raspada e isso a assustava. 
Diante da informação e com o consentimento de Angelina, os policiais se dirigiram a casa onde o casal residia e após uma intensa busca no imóvel, encontraram três revólveres calibre 38 com a numeração raspada, em um armário dentro do quarto. Em outro armário, os policiais encontraram 84 munições. Em seguida, encontraram uma pequena trouxinha de maconha. Perguntado sobre a posse do material encontrado, MICHEL afirmou que adquirira as armas em Angra dos Reis de um amigo, e quanto à maconha, disse que era para seu uso pessoal. O auto de prisão em flagrante foi devidamente lavrado e distribuído ao juízo da 22ª Vara Criminal da Capital, onde foi requerida a sua liberdade provisória, que foi negada pelo juiz ao argumento de que se tratava de crime grave, haja vista o preso possuir 03 revólveres com numeração raspada em sua residência e em razão do depoimento da sua esposa que afirmou ser ele um homem agressivo. Não há anotações na folha de antecedentes de MICHEL. 
 DOS FUNDAMENTOS 
 Cuida-se a hipótese de prisão ilegal uma vez que indeferido o pedido de liberdade provisória sem devida fundamentação.
 Fora mantida desnecessariamente a prisão em flagrante.
 Não estão presentes os requisitos do art. 312, do CPP.
 No caso em tela o magistrado manteve a prisão, em síntese, com um suposto fundamento de que se tratava de crime grave, além do acusado ter um corpatamento violento.
 Nenhum dos fundamentos são idoneos para sustentar o decreto prisional.
 Como sabido a prisão preventiva só poderá se decretada ou mantida para evitar a reeinteração do crime preservado a credibilidde da justiça, por conveniência da instrução ou assegurar a aplicação da lei penal.
 A gravidade do crime por si só não é suficiente para a manutenção da prisão, muito menos a mera alegação sem nenhuma prova do comportamento agressivo do acusado.
 A mera reprodução do texto da lei não pode justificar o decreto prisional.
DO PEDIDO 
Ante tais razões espera respeitossamente de Vossa Excelencia:
a) O recebimento da presente ordem de Habeas Corpus;
b) A concessão da ordem em carater de liminar com a restituição imediata da liberdade expedindo-se o alvará de soltura;
c) No mérito seja confirmada a liminar sendo concedido a ordem, restituindo em definitivo a liberdade.
Pede deferimento. 
Local e data. 
 
Advogado ...
OAB nº ...

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