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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ CAMPUS AMÍLCAR FERREIRA SOBRAL – Floriano (PI) ENFERMAGEM NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE FACILITADORA: IZABEL CRISTINA FALCÃO JUVENAL BARBOSA CLAUDIA MARTINS BARBOSA DOS SANTOS POLÍTICAS PÚBLICAS NO BRASIL FLORIANO-PI 2018 ATIVIDADE DIRIGIDA Identificar e caracterizar os modelos de assistência à saúde no Brasil no decorrer dos períodos da História das Políticas Públicas. Observando a transição do país por um período de grande envolvimento com a valorização positivista, economicamente cafeeiro, adotando polítcas coronelistas e epidemias graves até a atualidade que se assemlha a descasos vividos há 100 anos, nota-se que decisões tomadas no passado inibem melhorias futuras e limita a capacidade dos governos, juntos aos seus atores sociais, desenvolverem rotas de melhorias a saúde. O filme “Políticas De Saúde No Brasil: Um Século De Luta Pelo Direito Á Saúde” retrata, em épocas históricas, os movimentos sociais que influenciaram a saúde brasileira: 1900(1889)-1930: O governo, vivido por grandes cafeicultores, tinham sede de progresso, que gradativamente incluía as práticas médicas visando o crescimento das cidades para aumentar lucros, no entanto, as epidemias das doenças tropicais (malária, lepra, tuberculose, etc.) assombravam os imigrantes que estavam a desembarcar nos portos brasileiros e afugentava a mão de obra barata. Os ricos possuíam médicos individual e atendimentos em suas casas, enquanto, a classe média e empobrecida utilizavam meios filantrópicos através das Casas de Misericórdia e mulheres de cunho religioso. Oswaldo Cruz, diretor do DNSP, organizou a implementação de vacinas obrigatórias para a população, ocasionando murmurinhos e revoltas. Ressalta-se que grande parte das catástrofes por doenças era entendida pela população como castigo de Deus, e os enfermos deveriam estar isolados. As greves geradas por descontentamento populacional resultou, visando diminuir as tensões, na criação, em 1923, das Caixas de Aposentadoria e Pensões (CAP) como acordo entre empresas, trabalhadores e a União. Paulo Sousa deu início as obras dos centros de saúde, contrapondo a higiene obsoleta, com médicos e educadores sanitaristas substituindo os guardas de praça. 1930 - 1945: Getúlio Vargas no poder, crescimento industrial, e população com acesso a hospitais através da implementação das estruturas de saúde. Os CAP’s foram substituídos por IAP’s e foi administrada por pessoas de confiança do atual presidente. Entre 1937 G.V. decretou estado de sítio, impedindo a população de saber a real situação da saúde, no entanto, foi criada a SESP para combater a malária e outras epidemias em meio a interiorização. O DNSP foi reestruturado e dinamizado, articulando e centralizando as atividades sanitárias de todo o país. A insatisfação com o governo fez com que G.V. fosse deposto em 1945. 1945 - 1964: O Ministério da Saúde, em 1953, é criado para fortalecer a Medicina Preventiva, mesmo em meio à corrupção e crise política que resultou no suicido de Getulio Vargas. Juscelino Kubitschek visionário, e industrialista investiu nas tecnológicas estrangeiras o que facilitou a criação de hospitais pelas IAPs, utilizando a medicina de grupo assistencialista. 1964 - 1980: Após o fracassado governo de João Goulart, o êxodo rural ocorrendo nas grandes cidades, decadência na saúde, o militar Castelo Branco empossa o cargo de Presidente do país, dando início a Ditadura Militar. Houve a unificação das INPS criando o SINSAS e INAMPS, tornando o governo acionista totalitário, além de um maior incentivo nos hospitais particulares. O estado de sítio e redução das verbas destinadas à saúde gerou o crescimento da mortalidade e da morbidade, com epidemias de poliomielite e de meningite. O modelo hospitalocêntrico, assistencialista, individual- profissionais com carteira assinada, especializado e curativo gerou a descentralização da saúde para os estados e cidades e se fazia desvinculado da realidade sanitária da população, voltado para a especialização e a sofisticação tecnológica e dependente das indústrias farmacêuticas. 1968 – 1975: O IAPs através dos INAMPs estava falido, o que gerou aumento nos impostos e declínio na saúde pública. Medicina comunitária passou a ser difundida pela OPAS e OMS e propunha técnicas de medicina simplificada, a utilização dos agentes de saúde e a participação da comunidade. 1986 – 1900: 8ª Conferencia Nacional de Saúde, aberta a população de movimentos sociais que visavam um atendimento único de saúde, publico e de qualidade, baseado na equidade, que principiou o SUS onde a saúde surge como direito e não com favor ou caridade, para gerenciar criou-se os Conselhos de Saúde. Após o Impeachment de Collor e aumento na crise da Previdência Social criou-se a Saúde da Família, baseado na atenção individual. FHC- LULA: Possível implantação de reforma na previdência e possível terceirização do SUS geraram autonomia para hospitais públicos. Lula aderiu o projeto da reforma, e facilitou a desvinculação do SUS da hegemonia médica. BOM TRABALHO!!!!
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