Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
O que são células satélites e como elas participam do reparo do tecido muscular esquelético após lesões? Na vida pós-natal, as células tronco miogênicas torna-se células satélites. Essas são células fusiformes, pequenas, mononucleadas, com cromatina densa e com pouco citoplasma. Elas são encontradas entre a membrana plasmática da fibra muscular e a sua lâmina externa. As células satélites são responsáveis pela regeneração do músculo esquelético. Inicialmente, são derivados de somitos que estão em latência, os mioblastos inativos, que são identificados pelo fator de transcrição Pax7, que após uma lesão ou outro estímulo (como algum exercício físico), elas se tornam ativas, se proliferam por divisão mitótica e se fundem umas às outras para formar novas fibras musculares esqueléticas. Entram novamente no ciclo celular e começam a coexpressar Pax7 com MyoD (um fator de transcrição para a diferenciação miogênica). Depois, as células precursoras miogênicas infrarregulam Pax7 e se diferenciam e dão origem a novos mioblastos. Enquanto a lâmina externa permanece intacta, os mioblastos se unem dentro da lâmina externa para formar miotubos que formam uma nova fibra muscular. Caso tenha ruptura da lâmina externa, são os fibroblastos que realizam o reparo do local lesado, com formação subsequente de tecido cicatricial. Somente a região danificada é remodelada. Além disso, quando o músculo é submetido a exercícios intensos, entram em mitose e se fundem com fibras musculares preexistentes, contribuindo para hipertrofia do músculo. Logo, as células satélite estão diretamente envolvidas nas respostas ao exercício ou lesão muscular que formam novos miócitos permitindo a regeneração do músculo.
Compartilhar