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80 Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 5/ 07 /1 6 Unidade II Unidade II 5 TECIDOS – DEFINIÇÃO Os tecidos são formados por células (embrioblastos) derivadas dos três folhetos embrionários: ectoderme, mesoderme e endoderme. Estas se agrupam e juntas compõem uma estrutura que desempenhará uma determinada função. Portanto, o conceito de tecido deve ser claro: não é um conjunto de células que exercem o mesmo papel. Um tecido animal é uma estrutura constituída por células de mesma origem embrionária e que juntas desenvolvem uma função, ou seja, as células podem ser funcionalmente diferentes, mas em conjunto desempenham idêntico ofício. Em algumas situações, poucas células migram de um folheto embrionário para outro, indo constituir o tecido. Os tecidos epiteliais são formados por células dos três folhetos embrionários, mas cada tecido epitelial tem a sua origem em um único folheto embrionário. 5.1 Tecido epitelial O tecido epitelial é constituído por células poliédricas com polaridade basal e apical definidas, intimamente unidas, coesas, com pouca matriz extracelular (material externo às células) e avascular. Tem origem nos três folhetos embrionários (ecto, meso e endoderme). Esse tecido cria os epitélios de revestimento, que protegem externa e internamente o organismo, formando as mucosas que também podem absorver os alimentos, e produz os epitélios de secreção ou glandular, o qual pode ser endócrino quando libera os seus produtos (hormônios) para os vasos sanguíneo e exócrino, ao secretar os seus produtos (enzimas, saliva, suor, leite etc.) para a superfície dos epitélios. Existem glândulas mistas, endócrina e exócrina, tais como o pâncreas, que secreta a insulina para os vasos sanguíneos e enzimas para o duodeno. A classificação do tecido epitelial está demonstrada no organograma a seguir: 81 Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 5/ 07 /1 6 BIOLOGIA (CITOLOGIA/HISTOLOGIA) Figura 40 – Classificação do tecido epitelial A pele é um órgão formado por tecido epitelial estratificado pavimentoso queratinizado na epiderme e tecido conjuntivo frouxo e denso na derme. O atrito contínuo pode promover uma queratinização excessiva, que é vulgarmente chamada de calo. De acordo com o número de camadas de células que possuem, os epitélios de revestimento são classificados em simples, estratificados e pseudoestratificados. Epitélios simples são formados por uma só camada celular, e, de acordo com a forma das células, ele pode ser classificado em: epitélio simples pavimentoso (o endotélio, epitélio que reveste internamente os vasos sanguíneos); epitélio simples cúbico (epitélio que recobre o ovário) e epitélio simples prismático (epitélio que forma as mucosas do estômago e do intestino). Os epitélios estratificados são constituídos por várias camadas de células e podem ser: pavimentosos (epiderme) e cúbicos (condutos glandulares). Já os epitélios pseudoestratificados são formados por uma só camada de células de tamanhos diferentes, dando a impressão de uma estratificação que, de fato, não existe, pois todas as células estão apoiadas no mesmo plano (traqueia). 82 Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 5/ 07 /1 6 Unidade II Além desses, há os epitélios de transição, que são epitélios estratificados cujas células superficiais variam de forma, segundo a pressão que recebem. É o epitélio que reveste internamente a bexiga, no qual a variação de forma celular depende de o órgão estar vazio ou distendido pela urina. Veja a seguir uma fotomicrografia da pele, na qual se observam na epiderme o tecido epitelial estratificado pavimentoso queratinizado – células epiteliais (A) e queratina (B) – e o início da derme em que se observa o tecido conjuntivo frouxo (C). Figura 41 – Fotomicrografia da pele 6 TECIDO CONJUNTIVO É o tecido de maior ocorrência no organismo, tendo a função de nutrir, unir e sustentar os demais tecidos. Assim, o tecido conjuntivo apresenta vasos do sistema circulatório e linfático que transportam alimentos e removem excretas por todo o organismo. Nesse mesmo tecido, aparecem elementos encarregados da defesa do organismo contra os agentes infecciosos. O tecido conjuntivo tem como característica a grande quantidade de matriz extracelular. O termo conjuntivo não é aleatório: entende‑se por conjuntivo o grupo de estruturas conectadas às demais que exercem inúmeras funções. Dentre os principais papéis estão as de sustentação, nutrição, meio de comunicação e defesa dos outros tecidos, e os demais papéis são consequências destes. Apesar da diversidade funcional, todas as células têm a mesma origem embrionária, a mesoderme. Essa grande variedade de tipos de conjuntivos pode ser verificada em sua classificação, conforme exposto no organograma a seguir: 83 Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 5/ 07 /1 6 BIOLOGIA (CITOLOGIA/HISTOLOGIA) Figura 42 6.1 Matriz extracelular A matriz extracelular do tecido conjuntivo é formada pelas fibras colágenas e elásticas e por uma porção gel, que é a substância fundamental. As fibras colágenas são constituídas por uma proteína chamada colágeno e oferecem grande resistência às tensões. O colágeno é a proteína mais abundante do corpo humano. Existe uma série de tipos colágenos, as fibras reticulares (pequenas redes de sustentação celular), que são formadas por fibras colágenas do tipo 3. As fibras elásticas são predominantemente organizadas por uma proteína, a elastina, e são responsáveis pela elasticidade de certos órgãos, como pulmões, vasos sanguíneos e pele. A substância vital apresenta‑se no estado gel, transparente e homogênea, formada por proteoglicanas, glicosaminoglicanas (gags) e proteínas multiadesivas. As proteoglicanas criam um eixo central e as gags estão presas a elas como cerdas de escova, lembrando, então, uma escova para lavar tubos de ensaio. Entre as gags encontram‑se moléculas de água oclusas (presas molecularmente) denominadas água de oclusão e que conferem o estado gel a essa estrutura. 6.2 Células As principais células do conjuntivo são: fibroblastos (que se transformam em fibrócitos, após oclusos na matriz extracelular), macrófagos, mastócitos, células adiposas, plasmócitos e células mesenquimais indiferenciadas. • Fibroblastos são as células mais frequentes no tecido conjuntivo, sendo responsáveis pela formação das fibras e da substância fundamental. Modificam‑se quando se encontram presos na matriz extracelular, reduzindo o seu metabolismo e se tornando uma célula delgada com poucas organelas. 84 Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 5/ 07 /1 6 Unidade II • Macrófagos locomovem‑se por pseudópodes e caracterizam‑se pela capacidade de realizar fagocitose. Os macrófagos agem como elementos de defesa, digerindo e realizando a fagocitose de micro‑organismos. Podem formar células gigantes, multinucleadas, e também são apresentadores de antígenos, ativando as outras células de defesa. • Mastócitos são células grandes e ovoides contendo grande quantidade de grânulos no citoplasma. Eles secretam a heparina e histamina, respectivamente, uma substância anticoagulante e outra vasodilatora. • Células adiposas uniloculares exibem o hialoplasma reduzido a uma película periférica que envolve uma gota de gordura. São células especializadas no armazenamento de gorduras, usadas como reserva alimentar. Também ocorrem as células adiposas multiloculares, que possuem em seu citoplasma inúmeras gotículas lipídicas e são liberadoras de energia térmica. • Plasmócitos são ovoides e menores do que os macrófagos, não apresentando grânulos no citoplasma. Atuam na defesa do organismo, produzindo as imunoglobulinas (anticorpos) que inativam os antígenos. • Células mesenquimais indiferenciadas são multipotentes. Elas conseguem se transformar em células do conjuntivo, produtoras de matriz extracelular.Saiba mais Para aprofundar seus conhecimentos, leia: MENDONCA, R. da S. C.; RODRIGUES, G. B. de O. As principais alterações dermatológicas em pacientes obesos. ABCD, São Paulo, v. 24, n. 1, p. 68‑ 73, Mar. 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S0102‑67202011000100015&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 5 jun. 2019. 6.3 Conjuntivo propriamente dito O conjuntivo propriamente dito está classificado de acordo com a sua quantidade de matriz em: frouxo, quando são poucas fibras, sendo encontrado na camada superficial da derme; denso não modelado, quando o tecido apresenta muitas fibras distribuídas aleatoriamente, situando‑se na camada profunda da derme; e denso modelado, quando as fibras estão organizadas e distribuídas paralelamente, sendo encontrado nos tendões e demais ligamentos. 6.4 Conjuntivo de propriedades especiais O tecido conjuntivo de propriedades especiais exibe a sua classificação de acordo com o tipo de matriz. Desse modo, está distribuído em: conjuntivo mucoso, com muita substância fundamental, localizando‑se no cordão umbilical; conjuntivo reticular, com fibras reticulares, sendo encontrado no 85 Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 5/ 07 /1 6 BIOLOGIA (CITOLOGIA/HISTOLOGIA) arcabouço dos órgãos, tais como a medula óssea; adiposo unilocular e multilocular, sendo o primeiro permanente no adulto e o segundo apenas em recém‑nascidos; e conjuntivo elástico, com muitas fibras elásticas, situando‑se nos terminais dos tendões, evitando‑se choques mecânicos e o rompimento desses ligamentos, e no interior das artérias que suportam muita pressão. 6.5 Tecidos cartilaginoso e ósseo O tecido conjuntivo de sustentação é formado pelos tecidos cartilaginoso e ósseo. O tecido cartilaginoso possui rede compacta de fibras colágenas e, em alguns casos, elásticas imersas em substância fundamental consistente e gelatinosa, na qual aparecem os condrócitos (células cartilaginosas). É um tecido avascular, não sendo percorrido por vasos sanguíneos. A nutrição é feita pelo tecido conjuntivo. As cartilagens possuem as funções estruturais: formam articulações, coxins, o externo e demais estruturas de sustentação e proteção e participam da criação dos ossos, atuando como um “molde”, denominado ossificação endocondral, que é a formação do tecido ósseo no interior de uma peça cartilaginosa. Não ocorre a transformação da cartilagem em osso, e sim a substituição do tecido cartilaginoso pelo tecido ósseo. Existem três tipos de cartilagem: hialina, elástica e fibrosa. A cartilagem hialina é a mais comum, de aspecto vítreo, constituída por condroblastos, condrócitos e fibras colágenas. Recobre as extremidades dos ossos e forma uma superfície lisa e lubrificada nas articulações. O condrócito fica no interior de uma cavidade chamada condroplasto (lacuna), e o condroblasto se situa no pericôndrio, tecido conjuntivo frouxo que reveste a matriz cartilaginosa. Além de participar das principais estruturas do organismo, a cartilagem hialina é responsável pela ossificação endocondral, na qual a cartilagem hialina é substituída pelo tecido ósseo. Lembrete A matriz cartilaginosa é avascular. Quando ocorrem lesões e rupturas, o processo de regeneração não acontece e há o preenchimento da região lesada por uma nova matriz cartilaginosa a partir do pericôndrio, mas sem a morfologia anterior, com consequente perda da função que a peça cartilaginosa exercia. Veja agora uma fotomicrografia da cartilagem hialina. Nesse aumento, não é possível identificar os condroblastos e condrócitos precisamente; porém, pode‑se inferir que a maior porcentagem de condroblastos com o núcleo mais claro está nas lacunas situadas na periferia da matriz, enquanto os condrócitos com o núcleo mais escuro situam‑se predominantemente no interior das lacunas localizadas no interstício da matriz cartilaginosa: 86 Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 5/ 07 /1 6 Unidade II Figura 43 – Fotomicrografia da cartilagem hialina A cartilagem elástica contém fibras elásticas e aparece no pavilhão da orelha externa e na epiglote. Já a cartilagem fibrosa apresenta grande quantidade de fibras colágenas do tipo I dispostas paralelamente. Entre as fibras, aparecem fileiras de condrócitos. Esse tipo de cartilagem, entre outras estruturas, forma os discos intervertebrais e o menisco e não exibe o pericôndrio (veja a figura a seguir). A cartilagem fibrosa é um tecido com características intermediárias entre o tecido conjuntivo denso e a cartilagem hialina. Os condrócitos frequentemente formam fileiras celulares e entre os condrócitos a existência da matriz da cartilagem fibrosa com grande quantidade de fibras colágenas é facilmente identificada no microscópio de luz. Os discos intervertebrais têm a função de absorver os impactos entre as vértebras e previnem o desgaste do tecido ósseo vertebral. Cada disco intervertebral é formado pelo anel fibroso e uma parte central, o núcleo pulposo. A ruptura do anel fibroso, conhecida como hérnia de disco, resulta na expulsão do núcleo pulposo e no achatamento concomitante do disco, causando dores fortes quando pressionada a medula espinhal. A seguir, uma fotomicrografia de um disco intervertebral. Em A, observa‑se o tecido ósseo recém‑formado de uma vértebra; em B, a cartilagem hialina, responsável pela ossificação endocondral; em C, a cartilagem fibrosa que forma o disco intervertebral; e em D, o núcleo pulposo, que é um resquício do desenvolvimento embrionário. 87 Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 5/ 07 /1 6 BIOLOGIA (CITOLOGIA/HISTOLOGIA) Figura 44 – Fotomicrografia de um disco intervertebral (coloração de hematoxilina e eosina) 6.5.1 Tecido ósseo O tecido ósseo é constituído por células denominadas osteoblastos, que se modificam em osteócitos após ficarem presas nas lacunas (osteoplastos) e diminuírem o metabolismo. Os osteoclastos são células fagocíticas multinucleadas (com até cinco núcleos) responsáveis pela remoção da matriz óssea e corresponsáveis pela remodelação óssea. A matriz óssea é formada por duas partes: a orgânica e a inorgânica. Na substância orgânica, aparecem fibras colágenas e pequena quantidade de substância amorfa. A resistência e a rigidez do tecido ósseo são determinadas pela substância inorgânica calcificada formada por cristais de hidroxiapatita de cálcio. Como a calcificação óssea impermeabiliza a matriz, a nutrição dos osteócitos se faz por canalículos que unem os osteoplastos e permitem a comunicação entre os osteócitos. Na matriz óssea secundária (madura), encontram‑se, longitudinalmente, uma série dos chamados canais de Havers (ou canal central), percorridos por capilares sanguíneos e fibras nervosas. Entre os canais de Havers, estão obliquamente dispostos os canais de Volkmann (ou canal transverso ou perfurante). Os osteócitos ordenam‑se concentricamente em torno de um canal de Havers, no limite entre lamelas circulares, formando um conjunto denominado sistema de Havers. O osso primário ou jovem não apresenta essas estruturas (veja a figura a seguir). As superfícies externas dos ossos são revestidas pelo periósteo e as internas, pelo endósteo, que são membranas do tecido conjuntivo frouxo nas quais se encontram os osteoblastos e os osteoclastos. A seguir, veja um desenho da matriz óssea secundária (A) e uma fotomicrografia da porção mineralizada (osso desgastado) de uma matriz óssea secundária (B) na qual se observa o sistema de Havers. Em B, a letra A aponta para uma lacuna (osteoplasto); a letra B, para o canal de Havers; e a letra C, para um canalículo que permite a comunicação de osteócitos em lacunas próximas. 88 Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 5/ 07 /1 6 Unidade II Figura 45 – Desenho da matriz óssea secundária (A) e fotomicrografia da porção mineralizada (osso desgastado) de uma matriz óssea secundária(B) na qual se observa o sistema de Havers O processo de ossificação acontece por dois modos. A ossificação intramembranosa ocorre a partir da deposição de matriz extracelular por osteoblastos situados nas membranas de revestimento, o periósteo e o endósteo. Essa ossificação ocorre ao longo da vida e, de um modo geral, pode‑se dizer que ela aumenta e alarga a espessura dos ossos. Já a ossificação endocondral, como citado anteriormente, ocorre a partir de uma peça formada por tecido cartilaginoso hialino e é responsável pela osteogênese do esqueleto, pois na vida embrionária o esqueleto inteiramente formado por tecido cartilaginoso foi gradativamente substituído por tecido ósseo. Assim, esse tipo de ossificação em geral promove o alongamento ósseo até a fase final da adolescência. É comum aos pediatras estimarem o crescimento a partir de radiografias do punho, para observação dos discos espifisários do rádio e ulna que estão situados nas extremidades ósseas, as epífises. O disco epifisário apresenta cinco regiões. A zona de cartilagem em repouso é a inicial, a qual é semelhante a uma peça de cartilagem hialina com os condrócitos distribuídos individualmente em suas lacunas. Na sequência, ocorre a zona de cartilagem seriada, em que os condrócitos se multiplicam por sucessivas mitoses, chamadas de multiplicação clonal; estes aumentam o seu volume e morrem, formando grandes lacunas vazias, que determinam a zona de cartilagem hipertrófica. As finas paredes das lacunas criam estruturas denominadas trabéculas e sofrem calcificação, definindo a zona de cartilagem calcificada. Então, ocorre a migração de células osteogênicas para os espaços das grandes lacunas vazias, os osteoblastos depositam matriz óssea e os osteoclastos removem a matriz cartilaginosa calcificada, finalizando a última região, a zona de ossificação, conforme a figura a seguir, uma fotomicrografia de um disco epifisário, o qual é responsável pela ossificação endocondral. Em A, adjacente à borda superior da fotomicrografia, observa‑se a zona de cartilagem em repouso, a qual é caracterizada por uma região do disco epifisário onde ocorre somente um condrócito por lacuna (setas). O número 1 está situado na zona de cartilagem seriada, na qual ocorre multiplicação clonal (sucessivas mitoses) dos condrócitos, formando pilhas de células, umas sobre as outras, lembrando moedas empilhadas. Esse processo alonga a matriz cartilaginosa, e posteriormente essa células sofrem um expressivo aumento de volume, criando condrócitos hipertróficos que entram em falência, deixando grandes lacunas vazias e delimitadas por delgadas paredes de matriz cartilaginosa (trabéculas). Representam a zona de cartilagem hipertrófica situada na região número 2. Essas trabéculas sofrem 89 Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 5/ 07 /1 6 BIOLOGIA (CITOLOGIA/HISTOLOGIA) calcificação, formando a zona de cartilagem calcificada, que está situada na região do número 3. Imediatamente, as células osteogênicas, os osteoblastos e osteoclastos invadem as lacunas delimitadas pelas paredes calcificadas e, respectivamente, produzem matriz óssea e removem a matriz cartilaginosa calcificada, determinando a zona de ossificação, identificada pela região do número 4. Na figura B, observa‑se parte da mesma estrutura em maior aumento, verificando‑se a morte dos condrócitos hipertróficos na região 2 e a migração de osteoblastos (seta pequena) e osteoclastos (seta grande) no interior da zona de cartilagem calcificada na região 3. Figura 46 – Fotomicrografia de um disco epifisário (coloração de hematoxilina e eosina) Observação Análogos hormonais da somatotrofina (GH) ou a própria, quando aplicada em adultos, além de aumentarem o volume muscular (hipertrofia), também estimulam o crescimento ósseo, mas apenas por ossificação intramembranosa. Uma vez que adultos não possuem mais os discos epifisários, torna‑se fácil suspeitar do uso dessas drogas por pessoas que, além de apresentarem músculos desenvolvidos, também possuem o rosto largo e os dentes separados, pois como só ocorre a ossificação intramembranosa, esses hormônios ou análogos promoverão, além do desenvolvimento muscular, o alargamento dos ossos. 7 TECIDOS NERVOSO E MUSCULAR O tecido nervoso é de extrema importância para o corpo humano, sendo responsável pela troca de informações e comando das diversas partes do organismo. Esse tecido é composto pelas células nervosas, denominadas de neurônios, as quais são especializadas na condução dos impulsos elétricos. Um neurônio é dividido em três partes distintas: corpo celular, dendritos e axônio. O corpo celular é a parte onde encontramos o núcleo e várias organelas, tais como as mitocôndrias, responsáveis pela produção de energia para o correto funcionamento da célula. Os dendritos, por sua vez, são pequenas ramificações que partem do corpo celular, captando sinais elétricos e transmitindo‑os através do axônio (extensão do corpo celular). 90 Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 5/ 07 /1 6 Unidade II Já o tecido muscular é formado pelas fibras musculares (ou miócitos). Os músculos, graças às fibras que os constituem, apresentam a capacidade de contratilidade (contração) e estão presentes em várias partes do nosso corpo. As diferentes estruturas de uma célula muscular recebem nomes específicos: a membrana celular é chamada de sarcolema, o citoplasma é o sarcoplasma e o retículo endoplasmático liso é denominado de retículo sarcoplasmático. 7.1 Tecido nervoso O tecido nervoso forma a interface do organismo com o meio. Ele é responsável por detectar, transmitir, analisar e utilizar as informações geradas pelos estímulos sensoriais calor, luz, energia mecânica e modificações químicas, para então organizar e coordenar, direta ou indiretamente, o funcionamento de todas as funções do organismo: motoras, viscerais, endócrinas e psíquicas. O tecido nervoso apresenta dois componentes principais: os neurônios, que são as células excitáveis e unidades do sistema nervoso, e as células da glia ou neuroglia, que são acessórias aos neurônios, nutrindo, protegendo e os auxiliando em suas atividades. Os neurônios possuem uma morfologia extremamente complexa, porém a grande maioria apresenta os seguintes componentes: • Dendritos: prolongamentos numerosos, ramificados e de diâmetro variável. Nas sinapses (transmissão do impulso nervoso) químicas, são especializados em receber estímulos. • Corpo celular ou pericário ou Soma: é o centro trófico dos neurônios. Contém o núcleo e toda a maquinaria para a síntese proteica. Também é capaz de receber estímulos. • Axônio: prolongamento único com poucas ramificações e diâmetro constante. É especializado na condução de impulsos que transmitem as informações do neurônio para outras células (neurônio, célula muscular ou glândula). Lembrete Não esqueça que os neurônios: • São células excitáveis: respondem a estímulos. • São células especializadas: não realizam mitose. • São células ramificadas: apresentam axônio e dendritos. • Possuem citoplasma basófilo: contém muito ácido (RNA) no citoplasma. • Possuem pouca heterocromatina: indicando atividade de transcrição. • Possuem alto metabolismo: há elevado consumo de 02. 91 Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 5/ 07 /1 6 BIOLOGIA (CITOLOGIA/HISTOLOGIA) Figura 47 – Desenho da organização de um neurônio multipolar Figura 48 – Desenho da organização de um pericário (corpo celular ou soma) de um neurônio multipolar 92 Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 5/ 07 /1 6 Unidade II Para que se possa mapear o sistema nervoso, os neurônios estão classificados de acordo com sua morfologia (multipolar, bipolar e pseudonipolar) e com sua função (sensitivo, interneurônio e motor). • Quanto a sua morfologia: — os neurônios multipolares apresentam mais de dois prolongamentos celulares, sendodesse tipo a grande maioria dos neurônios; — os neurônios bipolares possuem dois prolongamentos celulares, um dendrito e um axônio, e estão representados pelos neurônios do nervo coclear e vestibular, da mucosa olfatória e da retina; — e os neurônios pseudo‑unipolares exibem próximo ao corpo celular um prolongamento único, mas este logo se divide em dois, dirigindo‑se um ramo para a periferia (funciona como dendrito) e outro para o sistema nervoso central (funciona como axônio). Os neurônios dos gânglios espinhais possuem essa morfologia. • Quanto a sua função: — os neurônios motores são neurônios que controlam órgãos efetores, tais como glândulas e células musculares; — os neurônios sensitivos são os que recebem estímulos sensoriais do meio ambiente e do organismo; — e os interneurônios são os que estabelecem conexões entre outros neurônios, formando circuitos. Figura 49 – Desenho dos tipos de neurônios em relação à morfologia 93 Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 5/ 07 /1 6 BIOLOGIA (CITOLOGIA/HISTOLOGIA) 7.1.1 Sinapses Geralmente um neurônio transmite impulsos nervosos através do seu axônio. A transmissão do impulso nervoso de um neurônio para outro depende de estruturas altamente especializadas denominadas sinapses. A sinapse é uma porção especializada de contato entre duas células. As membranas das duas células ficam separadas por um espaço de 20 a 30 nm, denominado fenda sináptica. No local da sinapse, as membranas são denominadas membrana pré‑sináptica (membrana do terminal axônico) e membrana pós‑sináptica (membrana do dendrito, pericário, axônio ou célula efetora). Na porção terminal do axônio, observam‑se numerosas vesículas sinápticas que contêm substâncias denominadas neurotransmissores, que são mediadores químicos responsáveis pela transmissão do impulso nervoso de um neurônio para outro. Os neurotransmissores são liberados da membrana pré‑sináptica na fenda sináptica e aderem a receptores localizados na membrana pós‑sináptica, promovendo a condução do impulso nervoso através do intervalo sináptico. Figura 50 – Desenho da organização de um pericário (corpo celular ou soma) de um neurônio multipolar A maioria das sinapses se estabelece entre axônio e dendrito, chamada axodendrítica. O axônio também pode estabelecer um contato sináptico com o corpo celular de outro neurônio, denominada axossomática, ou com outro axônio (axoaxômica). Embora os tipos de sinapse citados sejam os mais frequentes, deve‑se ressaltar que existem outras formas de contato sináptico. 94 Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 5/ 07 /1 6 Unidade II Atualmente, há uma tendência de se considerar também como sinapse a terminação axônica em uma célula efetora, como uma célula muscular ou glandular. No tecido nervoso, ao lado dos neurônios, há vários tipos celulares, chamados coletivamente de células da glia ou neuroglia. Calcula‑se que há no sistema nervoso central cerca de 10 células da glia para cada neurônio, mas em virtude de seu menor tamanho, ocupam aproximadamente metade do volume desse tecido. Essas células não geram impulsos nervosos nem fazem sinapses. Ao contrário do neurônio, as células da glia são capazes de multiplicação mitótica, mesmo nos organismos adultos. São elas: astrócitos, oligodendrócitos, microglia e células ependimárias, presentes no sistema nervoso central. Consideramos também como células da glia as células de Schwann que estão localizadas no sistema nervoso periférico e estabelecem apenas contato com o axônio dos neurônios. Os astrócitos são as maiores células da glia, possuindo muitos prolongamentos e núcleo esférico e central. Há dois tipos de astrócitos: os protoplasmáticos, presentes na substância cinzenta, e os fibrosos, encontrados na substância branca. Embora sejam descritas duas variedades, trata‑se de um único tipo celular, com variações morfológicas determinadas por sua localização. Essa célula participa da formação da barreira hematoencefálica. Os prolongamentos possuem uma dilatação na porção terminal denominada pé vascular. Os pés vasculares envolvem a parede dos vasos sanguíneos localizados no interior do sistema nervoso central. Os oligodendrócitos possuem poucos prolongamentos. Sua principal função é formar a bainha de mielina nos axônios mielínicos no interior do sistema nervoso central. O corpo celular das células da microglia é alongado e pequeno, com o núcleo denso e alongado. Seus prolongamentos são curtos e muito ramificados. As células da microglia possuem função de defesa e apresentam intensa atividade fagocitária. As células ependimárias são células cilíndricas com base afilada e muitas vezes exibem ramificações. Embora sejam células de origem neural, arranjam‑se como um epitélio simples prismático, revestindo as superfícies do sistema nervoso central. As células de Schwann são cilíndricas, com núcleo alongado no sentido do eixo celular, e estão localizadas no sistema nervoso periférico. Elas estabelecem apenas contato com o axônio dos neurônios, formando a bainha de mielina, e esta é um envoltório proteico. Saiba mais Para aprofundar seus conhecimentos, leia: GOMES, F. C. A.; TORTELLI, V. P.; DINIZ, L. Glia: dos velhos conceitos às novas funções de hoje e as que ainda virão. Estudos Avançados, São Paulo, v. 27, n. 77, p. 61‑84, 2013. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S0103‑40142013000100006&lng=en&nrm= iso>. Acesso em: 5 jun. 2019. 95 Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 5/ 07 /1 6 BIOLOGIA (CITOLOGIA/HISTOLOGIA) Os axônios de pequeno diâmetro são envolvidos por uma única dobra de membrana plasmática da célula de Schwann e constituem as fibras nervosas amielínicas. Nos axônios de maior diâmetro, a célula de Schwann forma dobras de membrana plasmática concêntricas em espiral em torno do axônio, a bainha de mielina. Quanto mais calibroso for o axônio, maior o número de envoltórios concêntricos provenientes das células de Schwann. A bainha de mielina é descontínua, pois se interrompe em intervalos regulares, formando os nódulos de Ranvier. O intervalo entre dois nódulos de Ranvier é denominado internódulo. Figura 51 – Desenhos de células da glia, baseados em observações microscópicas de cortes preparados por impregnações metálicas O tecido nervoso forma um complexo sistema denominado sistema nervoso. O sistema nervoso é dividido em sistema nervoso central (SNC), que é composto pelo encéfalo e pela medula espinhal, e sistema nervoso periférico (SNP), composto pelos nervos, gânglios e terminações nervosas livres. No SNC distinguem‑se duas substâncias: cinzenta e branca. Na substância cinzenta, situam‑se os corpos celulares dos neurônios, também chamados de pericários, grande quantidade de fibras nervosas amielínicas, pequena quantidade de fibras nervosas mielínicas, oligodendrócitos, astrócitos protoplasmáticos e células da microglia. Na substância branca, há grande quantidade de fibras nervosas mielínicas, pequena quantidade de fibras nervosas amielínicas, oligodendrócitos, astrócitos fibrosos e células da microglia. A localização das substâncias no SNC varia conforme a parte que é analisada. Por exemplo, na medula espinhal, a substância cinzenta é central e a substância é branca periférica, conforme o esquema a seguir: 96 Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 5/ 07 /1 6 Unidade II Figura 52 – Desenho da medula nervosa, na qual se pode observar as substâncias branca e cinzenta O SNP é composto basicamente pelos nervos e gânglios nervosos. As fibras nervosas agrupam‑se em feixes, formando um nervo. O nervo é revestido por um tecido conjuntivo de sustentação denominado epineuro. Cada feixe nervoso é envolto por um grupo de células conjuntivas achatadas chamado de perineuro, e os axônios com as células de Schwann são envoltos por um tecido conjuntivo rico em fibras reticularesdenominado endoneuro. Os gânglios nervosos são aglomerados de corpos de neurônios localizados fora do SNC. Os gânglios podem ser de três tipos: gânglios sensitivos (por exemplo, gânglios espinhais), gânglios parassimpáticos (por exemplo, gânglios intramurais) e gânglios simpáticos (por exemplo, gânglios paravertebrais). A seguir, veja o desenho do arco reflexo mais simples. A fibra sensorial parte da pele, realiza sinapse com um interneurônio e ativa um neurônio motor, que tem seu axônio inervando um músculo estriado esquelético. Note as capas de conjuntivo que envolvem o nervo, análogas às que envolvem um fascículo muscular. Figura 53 – Desenho do arco reflexo mais simples 97 Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 5/ 07 /1 6 BIOLOGIA (CITOLOGIA/HISTOLOGIA) 7.2 Tecido muscular O tecido muscular é o responsável pelos movimentos corporais, sendo formado por células excitáveis e contráteis que contêm grande quantidade de filamentos citoplasmáticos. Neste tópico serão demonstradas apenas as características morfológicas desse tecido, pois o mecanismo de contração será descrito no tópico referente ao citoesqueleto. Os componentes das células musculares recebem nomes especiais. A membrana é chamada de sarcolema; o citoplasma, de sarcoplasma; e o retículo endoplasmático liso, de retículo sarcoplasmático. De acordo com as características morfológicas e funcionais, podem‑se distinguir três tipos de tecidos musculares: o estriado esquelético, o estriado cardíaco e o liso. O músculo estriado esquelético é formado por feixes de células denominadas fibras musculares, cilíndricas, muito longas, multinucleadas, com predominância dos núcleos na periferia celular. Elas apresentam estrias transversais e longitudinais em decorrência, respectivamente, da sobreposição dos miofilamentos (proteínas filamentosas) que compõem as unidades funcionais chamadas de sarcômeros e do alinhamento desses filamentos em disposição paralela. As células possuem contrações rápidas, vigorosas e sujeitas ao controle voluntário. Têm pouca capacidade de regeneração, pois são formadas pela fusão de células periféricas (satélites) que são, na maioria das vezes, utilizadas no desenvolvimento até o fim da adolescência. Isso significa que uma lesão muscular pode ser irreversível, isto é, com redução das fibras musculares, o músculo nunca apresentará a força e o desempenho que antes possuía. Como veremos adiante, para que ocorra a contração, é necessária a presença do cálcio. Assim, o armazenamento do cálcio ocorre em três pequenas vesículas, denominadas sistema T tríade; o aumento do volume celular, hipertrofia; o aumento do número de células ou de fibras musculares, hiperplasia. Esse tipo muscular está associado ao esqueleto e ligamentos, promovendo o movimento e a sustentação corpórea. O músculo estriado cardíaco é formado por células cilíndricas ramificadas e pouco alongado, que se unem por intermédio dos discos intercalares, constituídos por desmossomos (estrutura proteica que liga duas células adjacentes por ligações aos citoesqueletos) e junções comunicantes, que são hexamêros proteicos que formam diafragmas e modulam a passagem de pequenas moléculas entre células vizinhas. Também contém estrias transversais e longitudinais pelo mesmo motivo do estriado esquelético e possui um ou dois núcleos em posição central. Apresenta contrações involuntárias, rápidas e vigorosas, não se regenera e armazena o cálcio em duas pequenas vesículas, denominadas sistema T díade. O músculo cardíaco ocorre apenas no coração e não está presente na parede dos vasos sanguíneos. O músculo liso é formado por células fusiformes que não possuem estrias transversais. Os miofilamentos estão distribuídos em disposição aparentemente aleatória e não possuem o sarcômero. Apresenta apenas um núcleo em posição central e se regeneram facilmente. Seu processo de contração é lento e involuntário. Estão presentes nas vísceras, na parede dos vasos sanguíneos, no tubo digestório, nas tubas uterinas e útero etc. 98 Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 5/ 07 /1 6 Unidade II Existem membranas que são os envoltórios de tecido conjuntivo. O tecido muscular está organizado em grupos de feixes cobertos por tecido conjuntivo chamado de epimísio, do qual partem septos muito finos de tecido conjuntivo para o interior do músculo, separando os feixes. Esses septos são denominados perimísios. O perimísio contorna cada feixe de fibras musculares. Cada fibra muscular é envolvida por uma fina camada de fibras reticulares (endomísio). O tecido conjuntivo mantém as fibras musculares unidas, permitindo que a força de contração gerada por cada fibra individualmente atue sobre o músculo inteiro. Os vasos sanguíneos penetram nos músculos através dos septos de tecido conjuntivo e formam uma rica rede de capilares que correm entre as fibras musculares. O tecido muscular está organizado em grupos de feixes envolvidos por tecido conjuntivo denominado epimísio, do qual partem septos muito finos de tecido conjuntivo para o interior do músculo, separando os feixes, septos esses chamados de perimísio. O perimísio contorna cada feixe de fibras musculares, e cada fibra muscular é coberta por uma fina camada de fibras reticulares (endomísio). O tecido conjuntivo mantém as fibras musculares unidas, permitindo que a força de contração gerada por cada fibra individualmente atue sobre o músculo inteiro. Os vasos sanguíneos penetram nos músculos através dos septos de tecido conjuntivo e formam uma rica rede de capilares que correm entre as fibras musculares. O citoplasma da fibra muscular apresenta fibrilas paralelas, as miofibrilas. Na figura a seguir, em A, observa‑se o desenho da organização em grupos de feixes envolvidos por tecido conjuntivo. O epimísio reveste externamente o fascículo muscular do qual partem septos para o interior, separando os feixes (perimísio), que, por sua vez, cobre cada feixe de fibras musculares, e cada fibra muscular é envolvida por uma fina camada de fibras reticulares (endomísio). Em B, observa‑se parte de uma célula estriada esquelética. Note a nomenclatura própria. Figura 54 – Em A, observa‑se o desenho da organização em grupos de feixes envolvidos por tecido conjuntivo. Em B, observa‑se parte de uma célula estriada esquelética 99 Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 5/ 07 /1 6 BIOLOGIA (CITOLOGIA/HISTOLOGIA) A figura a seguir é uma fotomicrografia dos três tipos musculares. Em A, observa‑se o músculo estriado esquelético; em B, o músculo estriado cardíaco; e em C, o músculo liso. As setas grandes apontam as estriações transversais, e a pequena, o disco intercalar. Figura 55 – Fotomicrografia dos três tipos musculares (coloração de hematoxilina e eosina) Quadro 5 – Diferenças histofisiológicas dos três tipos musculares Músculo estriado esquelético Músculo estriado cardíaco Músculo liso Contração Voluntária Involuntária Involuntária Distribuição Associada ao esqueleto e visceral Apenas no coração Visceral e vasos sanguíneos Morfologia celular Cilíndrica Cilíndrica ramificada Fusiforme Comprimento celular Longo Relativamente longo Curto Número de núcleos Vários Um a dois Um Posição do núcleo Periférica Central Central Disposição dos miofilamentos Em feixes paralelos Em feixes paralelos Desorganizados Estriações no citoplasma Transversais e longitudinais Transversais e longitudinais Ausente Aporte de cálcio Sistema T tríade Sistema T díade Pinocitose Unidade funcional Sarcômero Sarcômero A própria célula Capacidade de regeneração Apenas na infância Não possui Fácil Adesão celular Glicocálix Glicocálix e discos intercalares Glicocálix 100 Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 5/ 07 /1 6 Unidade II Observação O músculo do coração é formado por células estriadas alongadas que se anastomosam irregularmente. As células cardíacaspossuem de um a dois núcleos centralmente localizados. Elas são revestidas por delicada bainha de tecido conjuntivo, equivalente ao endomísio do músculo esquelético, que contém abundante rede de capilares. Uma característica das células cardíacas são as linhas transversais fortemente coradas que aparecem em intervalos irregulares – os discos intercalares. Estes representam complexos juncionais formados por desmossomos e junções comunicantes (gap) encontrados na interface de células musculares adjacentes. 8 TECIDOS SANGUÍNEO E HEMATOPOIÉTICO O sangue é um tipo de tecido conjuntivo especial que pode ser dividido em duas partes: o plasma, que é a parte líquida, e as células sanguíneas ou elementos figurados do sangue. O plasma é um líquido de concentração isotônica em relação às células que ali estão mergulhadas e sua composição química básica formada por água, sais minerais e proteínas. Em relação às células desse tecido, observamos basicamente três tipos: eritrócitos (hemácias), leucócitos e plaquetas. O plasma corresponde a 55% do volume do sangue e as células sanguíneas correspondem a 45%. O sangue possui algumas funções importantes, tais como: transporte de gás oxigênio e nutrientes para todas as células do corpo, transporte de gás carbônico e excreções produzidos pelas células, transporte de hormônios produzidos pelas glândulas endócrinas até os locais específicos onde devem atuar e proteção (defesa) do organismo contra agentes infecciosos. O plasma sanguíneo é composto de água (90%), íons (como sódio, potássio, cálcio, magnésio, cloro e bicarbonato) e proteínas (como albumina, fibrinogênio e imunoglobulinas). Transporta substâncias importantes como glicose, aminoácidos, lipídios, vitaminas e hormônios; assim como, amônia, ureia e gases respiratórios – gás oxigênio e gás carbônico. Os elementos figurados também possuem funções essenciais: as hemácias transportam o oxigênio, os leucócitos são responsáveis por nossa imunidade e defesa, e as plaquetas participam do processo de coagulação sanguínea. Os leucócitos se diferenciam em granulócitos ou agranulócitos. As plaquetas ou trombócitos são pequenos corpúsculos que resultam da fragmentação de células especiais produzidas pela medula óssea. Elas detêm as hemorragias, pois desencadeiam o processo de coagulação do sangue, o qual é controlado por inúmeros fatores, incluindo‑se fatores genéticos. O tecido hematopoiético é o tecido onde são produzidas as células sanguíneas e está localizado no interior de certos ossos e constitui a medula óssea vermelha. A medula óssea vermelha é um tecido conjuntivo muito rico em fibras reticulares e em células‑tronco medulares. Células‑tronco medulares são pluripotentes (multipotentes), ou seja, são capazes de originar diversos tipos de células sanguíneas. Tais células são descendentes das células‑tronco embrionárias, que são totipotentes, isto é, capazes de originar qualquer tipo de célula do corpo. A hemocitopoese é o processo de formação, maturação 101 Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 5/ 07 /1 6 BIOLOGIA (CITOLOGIA/HISTOLOGIA) e liberação na corrente sanguínea das células que o compõem. Nos embriões, os principais locais de formação de células do sangue são o fígado e o baço. Já no recém‑nascido, toda medula óssea possui atividade hematopoiética. Porém, com o avanço da idade, a maior parte da medula óssea perde tal função e, com isso, nos adultos a medula está presente principalmente nos ossos pélvicos; no osso esterno; nas costelas; na clavícula; e nas extremidades dos ossos longos. Resumo Um tecido animal é uma estrutura constituída por células de mesma origem embrionária e que juntas desenvolvem uma função. O tecido epitelial é formado por células poliédricas com polaridade basal e apical definidas, intimamente unidas, coesas, com pouca matriz extracelular (material externo às células) e avascular. O tecido conjuntivo é o tecido de maior ocorrência no organismo. Sua função é nutrir, unir e sustentar os demais tecidos. Assim, o tecido conjuntivo apresenta vasos do sistema circulatório e linfático que transportam alimentos e removem excretas por todo o organismo. Nesse mesmo tecido, aparecem elementos encarregados da defesa do organismo contra os agentes infecciosos. O tecido conjuntivo tem como característica a grande quantidade de matriz extracelular. A matriz extracelular do tecido conjuntivo é formada pelas fibras colágenas e elásticas e por uma porção gel, que é a substância fundamental. As fibras colágenas são compostas de uma proteína chamada colágeno e oferecem grande resistência às tensões. O colágeno é a proteína mais abundante do corpo humano. Há uma série de tipos colágenos: as fibras reticulares (pequenas redes de sustentação celular) são formadas por fibras colágenas do tipo 3; já as fibras elásticas são predominantemente constituídas por uma proteína, a elastina, e são responsáveis pela elasticidade de certos órgãos, como pulmões, vasos sanguíneos e pele. As principais células do conjuntivo são: fibroblastos (que se transformam em fibrócitos, após oclusos na matriz extracelular), macrófagos, mastócitos, células adiposas, plasmócitos e células mesenquimais indiferenciadas. O tecido cartilaginoso possui rede compacta de fibras colágenas e, em alguns casos, elásticas imersas em substância fundamental consistente e gelatinosa, na qual aparecem os condrócitos (células cartilaginosas). É um tecido avascular, não sendo percorrido por vasos sanguíneos. A nutrição é feita pelo tecido conjuntivo. As cartilagens possuem as funções estruturais, quando formam articulações, coxins, o externo e demais estruturas de sustentação e proteção, e participam da criação dos ossos, atuando como um “molde”, denominado ossificação endocondral, que é a composição do tecido ósseo no interior de uma peça cartilaginosa. Não ocorre a 102 Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 5/ 07 /1 6 Unidade II transformação da cartilagem em osso, e sim a substituição do tecido cartilaginoso pelo tecido ósseo. Existem três tipos de cartilagem: hialina, elástica e fibrosa. O tecido ósseo é constituído por células denominadas osteoblastos, que se modificam em osteócitos após ficarem presos nas lacunas (osteoplastos) e diminuírem o metabolismo. Os osteoclastos são células fagocíticas multinucleadas (com até cinco núcleos) responsáveis pela remoção da matriz óssea e corresponsáveis pela remodelação óssea. A matriz óssea é formada por duas partes: orgânica e inorgânica. Na substância orgânica, aparecem fibras colágenas e pequena quantidade de substância amorfa. A resistência e a rigidez do tecido ósseo são determinadas pela substância inorgânica calcificada formada por cristais de hidroxiapatita de cálcio. O tecido muscular é o responsável pelos movimentos corporais, sendo organizado por células excitáveis e contráteis que contêm grande quantidade de filamentos citoplasmáticos. Os componentes das células musculares recebem nomes especiais. A membrana é chamada de sarcolema; o citoplasma, de sarcoplasma; e o retículo endoplasmático liso, de retículo sarcoplasmático. De acordo com as características morfológicas e funcionais, podem‑se distinguir três tipos de tecidos musculares: o músculo estriado esquelético, o músculo estriado cardíaco e o músculo liso. O tecido nervoso forma a interface do organismo com o meio, sendo ele o responsável por detectar, transmitir, analisar e utilizar as informações geradas pelos estímulos sensoriais calor, luz, energia mecânica e modificações químicas, para então organizar e coordenar, direta ou indiretamente, a operação de todas as funções do organismo: motoras, viscerais, endócrinas e psíquicas. O tecido nervoso apresenta dois componentes principais: os neurônios, que são as células excitáveis e unidades do sistema nervoso, e as células da glia ou neuroglia, que são acessórias aos neurônios, nutrem, protegem e os auxiliamem suas atividades. Nos mamíferos, as células principalmente a glicose, gradativamente vão sendo “quebradas” e liberando energia para formação de unidade energética, adenosina trifosfato (ATP). Resumidamente, o ATP é uma molécula de alta energia terminal quando é hidrolisado, ficando na forma de ADP, mas pode voltar a ser ATP por ação dos produtores de energia, localizados na membrana interna da mitocôndria. Essa volta, essa reconstrução/regeneração de ADP em ATP, efetua‑se pela degradação da glicose e de ácidos graxos. Os ATPs se difundem por toda a célula. O sangue é um tipo de tecido conjuntivo especial que pode ser 103 Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 5/ 07 /1 6 BIOLOGIA (CITOLOGIA/HISTOLOGIA) dividido em duas partes: o plasma, que é a parte líquida, e as células sanguíneas ou elementos figurados do sangue. Em relação às células desse tecido, observamos basicamente três tipos: eritrócitos (hemácias), leucócitos e plaquetas. O plasma corresponde a 55% do volume do sangue e as células sanguíneas correspondem a 45%. O sangue possui algumas funções importantes, tais como: transporte de gás oxigênio e nutrientes para todas as células do corpo, transporte de gás carbônico e excreções produzidas pelas células, transporte de hormônios produzidos pelas glândulas endócrinas até os locais específicos onde devem atuar e proteção (defesa) do organismo contra agentes infecciosos. O plasma sanguíneo é composto principalmente de água (90%). Os elementos figurados também possuem funções essenciais: as hemácias transportam o oxigênio, os leucócitos são responsáveis por nossa imunidade e defesa, e as plaquetas participam do processo de coagulação sanguínea. O tecido hematopoiético é o tecido onde são produzidas as células sanguíneas e está localizado no interior de certos ossos – constitui a medula óssea vermelha. A hemocitopoese é o processo de formação, maturação e liberação na corrente sanguínea das células que o compõem. Exercícios Questão 1. (UECE 2018) Considerando as células do sangue, associe corretamente os tipos celulares com suas respectivas características, numerando a Coluna II de acordo com a Coluna I. Quadro Coluna I Coluna II 1. Hemácias ( ) Estruturas anucleadas, com grande quantidade de hemoglobina, que transportam o oxigênio. 2. Neutrófilos ( ) Células, com núcleo esférico, que participam dos processos de defesa produzindo e regulando a produção de anticorpos. 3. Plaquetas ( ) Granulócitos que desempenham papel crucial na defesa do organismo fagocitando e digerindo microrganismos. 4. Linfócitos ( ) Estruturas anucleadas que participam dos processos de coagulação sanguínea. A sequência correta, de cima para baixo, é: A) 2, 1, 4, 3. 104 Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 5/ 07 /1 6 Unidade II B) 1, 4, 2, 3. C) 4, 3, 2, 1. D) 3, 2, 1, 4. E) 1, 2, 3, 4. Resposta correta: alternativa B. Resolução da questão 1 – Hemácias: também conhecidas como eritrócitos ou glóbulos vermelhos, as hemácias são anucleadas, estão presentes no sangue e são responsáveis pelo transporte de oxigênio às células. 2 – Neutrófilos: por possuírem capacidade de fagocitose eles acabam sendo os principais responsáveis na defesa primária contra bactérias e fungos, constituindo cerca de 60 a 70% dos leucócitos circulantes. Os neutrófilos possuem vida média de 6 a 7 horas, podendo viver até 4 dias no tecido conjuntivo, onde, após desempenharem sua função de defesa, morrem por um processo chamado apoptose. 3 – Plaquetas: também conhecidas como trombócitos, são fragmentos citoplasmáticos anucleados presentes no sangue e têm como função principal participar do processo de coagulação do sangue, ou seja, a formação de coágulos. São derivadas de fragmentos do citoplasma dos megacariócitos. 4 – Linfócitos: os linfócitos são um tipo específico de glóbulo branco e estão relacionados com a proteção do nosso organismo. Podemos classificá‑los em linfócito T, B e células NK. Questão 2. (UFPR, adaptada) As células especializadas dos animais superiores estão organizadas, ao nível microscópico, em conjuntos cooperativos denominados tecidos; por sua vez, diferentes variedades de tecidos combinam‑se formando unidades funcionais maiores denominadas órgãos. Sobre os tecidos é correto afirmar que: I – As glândulas e a epiderme são variedades de tecido epitelial. II – As expressões fisionômicas são causadas por contrações dos músculos lisos. III – Os neurônios, células especializadas do tecido nervoso, apresentam prolongamentos que os tornam aptos à sua função de condução de impulso nervoso. IV – O tecido ósseo é o único dos tecidos animais que não é constituído por células vivas, mas sim por restos celulares e material mineralizado. V – O conceito de “tecido”, além de outras características, exige que as células estejam justapostas e bem unidas. 105 Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 5/ 07 /1 6 BIOLOGIA (CITOLOGIA/HISTOLOGIA) VI – O tecido epitelial de revestimento, para melhor desempenhar sua função de revestir e proteger superfícies corporais, apresenta suas células firmemente ligadas umas às outras, por meio de desmossomos. Assinale a alternativa que contenha apenas as afirmativas corretas: A) I, II e III estão corretas. B) I, III e V estão corretas. C) Apenas a VI está correta. D) II, V e VI estão corretas. E) I, III e VI estão corretas. Resolução desta questão na plataforma. 106 Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 5/ 07 /1 6 FIGURAS E ILUSTRAÇÕES Figura 1 A) KUCHINSKI, F. B. Citologia. São Paulo: Editora Sol, 2014. p. 9. B) KUCHINSKI, F. B. Citologia. São Paulo: Editora Sol, 2014. p. 14. Figura 3 BIOLOGIA: Ecologia. v. 3. São Paulo: Editora Sol, 2016. p. 9. Figura 5 ALBERTS, B. et al. Fundamentos da Biologia Celular. Artmed: Porto Alegre, 2006. p. 367. Figura 6 JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara‑Koogan, 2004. p. 24. Figura 7 JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara‑Koogan, 2004. p. 27. Figura 8 JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara‑Koogan, 2004. p. 29. Figura 9 LODISH, H. et al. Molecular Cell Biology. 4. ed. Nova York: W. H. Freeman, 2003. p. 15. Figura 11 JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara‑Koogan, 2004. p. 27. Figura 13 KARP, G. Biologia celular e molecular. 3. ed. Barueri: Manole, 2005. p. 374. Figura 14 BIOLOGIA: Biologia Animal. v. 2. São Paulo: Editora Sol, 2016. p. 19. 107 Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 5/ 07 /1 6 Figura 15 BIOLOGIA: Biologia Animal. v. 2. São Paulo: Editora Sol, 2016. p. 19. Figura 16 BIOLOGIA: Biologia Animal. v. 2. São Paulo: Editora Sol, 2016. p. 19. Figura 18 KARP, G. Biologia celular e molecular. 3. ed. Barueri: Manole, 2005. p. 376. Figura 19 KARP, G. Biologia celular e molecular. 3. ed. Barueri: Manole, 2005. p. 376. Figura 20 KUCHINSKI, F. B. Citologia. São Paulo: Editora Sol, 2014. p. 14. Figura 22 A) JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Biologia celular e molecular. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara‑Koogan, 2004. p. 66. B) JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Biologia celular e molecular. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara‑Koogan, 2004. p. 69. C) JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Biologia celular e molecular. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara‑Koogan, 2004. p. 71. Figura 23 HAYASHI, Y.; UEDA, K. The shape of mitochondria and the number of mitochondrial nucleoids during the cell cycle of Euglena gracilis. Journal of Cell Science, 1989, 93. p. 565. Figura 26 KUCHINSKI, F. B. Citologia. São Paulo: Editora Sol, 2014. p. 109. Figura 27 KUCHINSKI, F. B. Citologia. São Paulo: Editora Sol, 2014. p. 110. 108 Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 5/ 07 /1 6Figura 28 KUCHINSKI, F. B. Citologia. São Paulo: Editora Sol, 2014. p. 109. Figura 29 KUCHINSKI, F. B. Citologia. São Paulo: Editora Sol, 2014. p. 110. Figura 30 KUCHINSKI, F. B. Citologia. São Paulo: Editora Sol, 2014. p. 110. Figura 31 JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Biologia celular e molecular. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara‑Koogan, 2004. p. 160. Figura 32 MITOSIS. [s.d.]. Disponível em: <http://es.slideshare.net/Eiramlig02/mitosis‑12944540>. Acesso em: 17 jun. 2016. Figura 33 KUCHINSKI, F. B. Citologia. São Paulo: Editora Sol, 2014. p. 109. Figura 34 MANTZOURANIS, L.; BAGATTINI, R. Biologia molecular. São Paulo: Editora Sol, 2016. p. 87. Figura 35 MANTZOURANIS, L.; BAGATTINI, R. Biologia molecular. São Paulo: Editora Sol, 2016. p. 87. Figura 36 MANTZOURANIS, L.; BAGATTINI, R. Biologia molecular. São Paulo: Editora Sol, 2016. p. 10. Figura 37 MANTZOURANIS, L.; BAGATTINI, R. Biologia molecular. São Paulo: Editora Sol, 2016. p. 11. Figura 38 MANTZOURANIS, L.; BAGATTINI, R. Biologia molecular. São Paulo: Editora Sol, 2016. p. 12. 109 Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 5/ 07 /1 6 Figura 39 MANTZOURANIS, L.; BAGATTINI, R. Biologia molecular. São Paulo: Editora Sol, 2016. p. 20. Figura 47 BIOLOGIA: Citologia e Genética. v. 1. São Paulo: Editora Sol, 2016. p. 9. Figura 48 BIOLOGIA: Citologia e Genética. v. 1. São Paulo: Editora Sol, 2016. p. 9. Figura 50 JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara‑Koogan, 2004. p. 160. Figura 51 JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara‑Koogan, 2004. p. 163. Figura 52 JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara‑Koogan, 2004. p. 168. Figura 53 JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara‑Koogan, 2004. p. 160. Figura 54 BIOLOGIA: Citologia e Genética. v. 1. São Paulo: Editora Sol, 2016. p. 9. REFERÊNCIAS Textuais ALBERTS, B. et al. Biologia molecular da célula. 3. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. ___. Fundamentos da Biologia Celular. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. ARAÚJO‑JORGE, T. C. de. Evolução do conceito de célula: lições da história da ciência. In: ESTEVES, F. (Org.). Grandes temas em Biologia. Rio de Janeiro: Fundação Cecierj, 2010. BIOLOGIA: Biologia Animal. v. 2. São Paulo: Editora Sol, 2016. p. 19. 110 Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 5/ 07 /1 6 CALSA JR., T.; BENEDITO; V. A.; FIGUEIRA; A. V. de O. Análise serial da expressão genérica. 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