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Livro- Biologia Citologia histologia - Unidade II

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Unidade II
Unidade II
5 TECIDOS – DEFINIÇÃO
Os tecidos são formados por células (embrioblastos) derivadas dos três folhetos embrionários: 
ectoderme, mesoderme e endoderme. Estas se agrupam e juntas compõem uma estrutura que 
desempenhará uma determinada função. Portanto, o conceito de tecido deve ser claro: não é um 
conjunto de células que exercem o mesmo papel.
Um tecido animal é uma estrutura constituída por células de mesma origem embrionária e que 
juntas desenvolvem uma função, ou seja, as células podem ser funcionalmente diferentes, mas em 
conjunto desempenham idêntico ofício.
Em algumas situações, poucas células migram de um folheto embrionário para outro, indo constituir 
o tecido. Os tecidos epiteliais são formados por células dos três folhetos embrionários, mas cada tecido 
epitelial tem a sua origem em um único folheto embrionário.
5.1 Tecido epitelial
O tecido epitelial é constituído por células poliédricas com polaridade basal e apical definidas, 
intimamente unidas, coesas, com pouca matriz extracelular (material externo às células) e avascular. 
Tem origem nos três folhetos embrionários (ecto, meso e endoderme).
Esse tecido cria os epitélios de revestimento, que protegem externa e internamente o organismo, 
formando as mucosas que também podem absorver os alimentos, e produz os epitélios de secreção 
ou glandular, o qual pode ser endócrino quando libera os seus produtos (hormônios) para os vasos 
sanguíneo e exócrino, ao secretar os seus produtos (enzimas, saliva, suor, leite etc.) para a superfície 
dos epitélios.
Existem glândulas mistas, endócrina e exócrina, tais como o pâncreas, que secreta a insulina para 
os vasos sanguíneos e enzimas para o duodeno. A classificação do tecido epitelial está demonstrada no 
organograma a seguir:
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Figura 40 – Classificação do tecido epitelial
A pele é um órgão formado por tecido epitelial estratificado pavimentoso queratinizado na epiderme 
e tecido conjuntivo frouxo e denso na derme. O atrito contínuo pode promover uma queratinização 
excessiva, que é vulgarmente chamada de calo.
De acordo com o número de camadas de células que possuem, os epitélios de revestimento são 
classificados em simples, estratificados e pseudoestratificados. Epitélios simples são formados por uma 
só camada celular, e, de acordo com a forma das células, ele pode ser classificado em: epitélio simples 
pavimentoso (o endotélio, epitélio que reveste internamente os vasos sanguíneos); epitélio simples cúbico 
(epitélio que recobre o ovário) e epitélio simples prismático (epitélio que forma as mucosas do estômago 
e do intestino). Os epitélios estratificados são constituídos por várias camadas de células e podem 
ser: pavimentosos (epiderme) e cúbicos (condutos glandulares). Já os epitélios pseudoestratificados 
são formados por uma só camada de células de tamanhos diferentes, dando a impressão de uma 
estratificação que, de fato, não existe, pois todas as células estão apoiadas no mesmo plano (traqueia). 
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Além desses, há os epitélios de transição, que são epitélios estratificados cujas células superficiais variam 
de forma, segundo a pressão que recebem. É o epitélio que reveste internamente a bexiga, no qual a 
variação de forma celular depende de o órgão estar vazio ou distendido pela urina.
Veja a seguir uma fotomicrografia da pele, na qual se observam na epiderme o tecido epitelial 
estratificado pavimentoso queratinizado – células epiteliais (A) e queratina (B) – e o início da derme em 
que se observa o tecido conjuntivo frouxo (C).
Figura 41 – Fotomicrografia da pele
6 TECIDO CONJUNTIVO
É o tecido de maior ocorrência no organismo, tendo a função de nutrir, unir e sustentar os demais 
tecidos. Assim, o tecido conjuntivo apresenta vasos do sistema circulatório e linfático que transportam 
alimentos e removem excretas por todo o organismo. Nesse mesmo tecido, aparecem elementos 
encarregados da defesa do organismo contra os agentes infecciosos. O tecido conjuntivo tem como 
característica a grande quantidade de matriz extracelular.
O termo conjuntivo não é aleatório: entende‑se por conjuntivo o grupo de estruturas conectadas às 
demais que exercem inúmeras funções. Dentre os principais papéis estão as de sustentação, nutrição, 
meio de comunicação e defesa dos outros tecidos, e os demais papéis são consequências destes.
Apesar da diversidade funcional, todas as células têm a mesma origem embrionária, a mesoderme. 
Essa grande variedade de tipos de conjuntivos pode ser verificada em sua classificação, conforme 
exposto no organograma a seguir:
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Figura 42
6.1 Matriz extracelular
A matriz extracelular do tecido conjuntivo é formada pelas fibras colágenas e elásticas e por uma 
porção gel, que é a substância fundamental.
As fibras colágenas são constituídas por uma proteína chamada colágeno e oferecem grande 
resistência às tensões. O colágeno é a proteína mais abundante do corpo humano. Existe uma série de 
tipos colágenos, as fibras reticulares (pequenas redes de sustentação celular), que são formadas por 
fibras colágenas do tipo 3.
As fibras elásticas são predominantemente organizadas por uma proteína, a elastina, e são 
responsáveis pela elasticidade de certos órgãos, como pulmões, vasos sanguíneos e pele.
A substância vital apresenta‑se no estado gel, transparente e homogênea, formada por proteoglicanas, 
glicosaminoglicanas (gags) e proteínas multiadesivas. As proteoglicanas criam um eixo central e as gags 
estão presas a elas como cerdas de escova, lembrando, então, uma escova para lavar tubos de ensaio. 
Entre as gags encontram‑se moléculas de água oclusas (presas molecularmente) denominadas água de 
oclusão e que conferem o estado gel a essa estrutura.
6.2 Células
As principais células do conjuntivo são: fibroblastos (que se transformam em fibrócitos, após oclusos 
na matriz extracelular), macrófagos, mastócitos, células adiposas, plasmócitos e células mesenquimais 
indiferenciadas.
• Fibroblastos são as células mais frequentes no tecido conjuntivo, sendo responsáveis pela formação 
das fibras e da substância fundamental. Modificam‑se quando se encontram presos na matriz 
extracelular, reduzindo o seu metabolismo e se tornando uma célula delgada com poucas organelas.
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• Macrófagos locomovem‑se por pseudópodes e caracterizam‑se pela capacidade de realizar 
fagocitose. Os macrófagos agem como elementos de defesa, digerindo e realizando a fagocitose de 
micro‑organismos. Podem formar células gigantes, multinucleadas, e também são apresentadores 
de antígenos, ativando as outras células de defesa.
• Mastócitos são células grandes e ovoides contendo grande quantidade de grânulos no citoplasma. Eles 
secretam a heparina e histamina, respectivamente, uma substância anticoagulante e outra vasodilatora.
• Células adiposas uniloculares exibem o hialoplasma reduzido a uma película periférica que 
envolve uma gota de gordura. São células especializadas no armazenamento de gorduras, usadas 
como reserva alimentar. Também ocorrem as células adiposas multiloculares, que possuem em seu 
citoplasma inúmeras gotículas lipídicas e são liberadoras de energia térmica.
• Plasmócitos são ovoides e menores do que os macrófagos, não apresentando grânulos no 
citoplasma. Atuam na defesa do organismo, produzindo as imunoglobulinas (anticorpos) que 
inativam os antígenos.
• Células mesenquimais indiferenciadas são multipotentes. Elas conseguem se transformar em 
células do conjuntivo, produtoras de matriz extracelular.Saiba mais
Para aprofundar seus conhecimentos, leia:
MENDONCA, R. da S. C.; RODRIGUES, G. B. de O. As principais alterações 
dermatológicas em pacientes obesos. ABCD, São Paulo, v. 24, n. 1, p. 68‑
73, Mar. 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_
arttext&pid=S0102‑67202011000100015&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 
5 jun. 2019.
6.3 Conjuntivo propriamente dito
O conjuntivo propriamente dito está classificado de acordo com a sua quantidade de matriz em: 
frouxo, quando são poucas fibras, sendo encontrado na camada superficial da derme; denso não 
modelado, quando o tecido apresenta muitas fibras distribuídas aleatoriamente, situando‑se na camada 
profunda da derme; e denso modelado, quando as fibras estão organizadas e distribuídas paralelamente, 
sendo encontrado nos tendões e demais ligamentos.
6.4 Conjuntivo de propriedades especiais
O tecido conjuntivo de propriedades especiais exibe a sua classificação de acordo com o tipo de 
matriz. Desse modo, está distribuído em: conjuntivo mucoso, com muita substância fundamental, 
localizando‑se no cordão umbilical; conjuntivo reticular, com fibras reticulares, sendo encontrado no 
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arcabouço dos órgãos, tais como a medula óssea; adiposo unilocular e multilocular, sendo o primeiro 
permanente no adulto e o segundo apenas em recém‑nascidos; e conjuntivo elástico, com muitas fibras 
elásticas, situando‑se nos terminais dos tendões, evitando‑se choques mecânicos e o rompimento desses 
ligamentos, e no interior das artérias que suportam muita pressão.
6.5 Tecidos cartilaginoso e ósseo
O tecido conjuntivo de sustentação é formado pelos tecidos cartilaginoso e ósseo. O tecido 
cartilaginoso possui rede compacta de fibras colágenas e, em alguns casos, elásticas imersas em substância 
fundamental consistente e gelatinosa, na qual aparecem os condrócitos (células cartilaginosas). É um 
tecido avascular, não sendo percorrido por vasos sanguíneos. A nutrição é feita pelo tecido conjuntivo.
As cartilagens possuem as funções estruturais: formam articulações, coxins, o externo e demais estruturas 
de sustentação e proteção e participam da criação dos ossos, atuando como um “molde”, denominado 
ossificação endocondral, que é a formação do tecido ósseo no interior de uma peça cartilaginosa. Não ocorre 
a transformação da cartilagem em osso, e sim a substituição do tecido cartilaginoso pelo tecido ósseo.
Existem três tipos de cartilagem: hialina, elástica e fibrosa. A cartilagem hialina é a mais comum, de 
aspecto vítreo, constituída por condroblastos, condrócitos e fibras colágenas. Recobre as extremidades dos 
ossos e forma uma superfície lisa e lubrificada nas articulações. O condrócito fica no interior de uma cavidade 
chamada condroplasto (lacuna), e o condroblasto se situa no pericôndrio, tecido conjuntivo frouxo que 
reveste a matriz cartilaginosa. Além de participar das principais estruturas do organismo, a cartilagem hialina 
é responsável pela ossificação endocondral, na qual a cartilagem hialina é substituída pelo tecido ósseo.
 Lembrete
A matriz cartilaginosa é avascular. Quando ocorrem lesões e rupturas, 
o processo de regeneração não acontece e há o preenchimento da região 
lesada por uma nova matriz cartilaginosa a partir do pericôndrio, mas 
sem a morfologia anterior, com consequente perda da função que a peça 
cartilaginosa exercia.
Veja agora uma fotomicrografia da cartilagem hialina. Nesse aumento, não é possível identificar 
os condroblastos e condrócitos precisamente; porém, pode‑se inferir que a maior porcentagem de 
condroblastos com o núcleo mais claro está nas lacunas situadas na periferia da matriz, enquanto os 
condrócitos com o núcleo mais escuro situam‑se predominantemente no interior das lacunas localizadas 
no interstício da matriz cartilaginosa:
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Figura 43 – Fotomicrografia da cartilagem hialina
A cartilagem elástica contém fibras elásticas e aparece no pavilhão da orelha externa e na epiglote. Já 
a cartilagem fibrosa apresenta grande quantidade de fibras colágenas do tipo I dispostas paralelamente. 
Entre as fibras, aparecem fileiras de condrócitos. Esse tipo de cartilagem, entre outras estruturas, forma 
os discos intervertebrais e o menisco e não exibe o pericôndrio (veja a figura a seguir).
A cartilagem fibrosa é um tecido com características intermediárias entre o tecido conjuntivo denso 
e a cartilagem hialina. Os condrócitos frequentemente formam fileiras celulares e entre os condrócitos 
a existência da matriz da cartilagem fibrosa com grande quantidade de fibras colágenas é facilmente 
identificada no microscópio de luz.
Os discos intervertebrais têm a função de absorver os impactos entre as vértebras e previnem 
o desgaste do tecido ósseo vertebral. Cada disco intervertebral é formado pelo anel fibroso e uma 
parte central, o núcleo pulposo. A ruptura do anel fibroso, conhecida como hérnia de disco, resulta na 
expulsão do núcleo pulposo e no achatamento concomitante do disco, causando dores fortes quando 
pressionada a medula espinhal.
A seguir, uma fotomicrografia de um disco intervertebral. Em A, observa‑se o tecido ósseo 
recém‑formado de uma vértebra; em B, a cartilagem hialina, responsável pela ossificação endocondral; 
em C, a cartilagem fibrosa que forma o disco intervertebral; e em D, o núcleo pulposo, que é um 
resquício do desenvolvimento embrionário.
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Figura 44 – Fotomicrografia de um disco intervertebral (coloração de hematoxilina e eosina)
6.5.1 Tecido ósseo
O tecido ósseo é constituído por células denominadas osteoblastos, que se modificam em osteócitos 
após ficarem presas nas lacunas (osteoplastos) e diminuírem o metabolismo. Os osteoclastos são células 
fagocíticas multinucleadas (com até cinco núcleos) responsáveis pela remoção da matriz óssea e 
corresponsáveis pela remodelação óssea.
A matriz óssea é formada por duas partes: a orgânica e a inorgânica. Na substância orgânica, aparecem 
fibras colágenas e pequena quantidade de substância amorfa. A resistência e a rigidez do tecido ósseo 
são determinadas pela substância inorgânica calcificada formada por cristais de hidroxiapatita de cálcio. 
Como a calcificação óssea impermeabiliza a matriz, a nutrição dos osteócitos se faz por canalículos que 
unem os osteoplastos e permitem a comunicação entre os osteócitos.
Na matriz óssea secundária (madura), encontram‑se, longitudinalmente, uma série dos chamados 
canais de Havers (ou canal central), percorridos por capilares sanguíneos e fibras nervosas. Entre 
os canais de Havers, estão obliquamente dispostos os canais de Volkmann (ou canal transverso ou 
perfurante). Os osteócitos ordenam‑se concentricamente em torno de um canal de Havers, no limite 
entre lamelas circulares, formando um conjunto denominado sistema de Havers. O osso primário ou 
jovem não apresenta essas estruturas (veja a figura a seguir). As superfícies externas dos ossos são 
revestidas pelo periósteo e as internas, pelo endósteo, que são membranas do tecido conjuntivo frouxo 
nas quais se encontram os osteoblastos e os osteoclastos.
A seguir, veja um desenho da matriz óssea secundária (A) e uma fotomicrografia da porção 
mineralizada (osso desgastado) de uma matriz óssea secundária (B) na qual se observa o sistema de 
Havers. Em B, a letra A aponta para uma lacuna (osteoplasto); a letra B, para o canal de Havers; e a letra 
C, para um canalículo que permite a comunicação de osteócitos em lacunas próximas.
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Figura 45 – Desenho da matriz óssea secundária (A) e fotomicrografia da porção mineralizada 
(osso desgastado) de uma matriz óssea secundária(B) na qual se observa o sistema de Havers
O processo de ossificação acontece por dois modos. A ossificação intramembranosa ocorre a partir 
da deposição de matriz extracelular por osteoblastos situados nas membranas de revestimento, o 
periósteo e o endósteo. Essa ossificação ocorre ao longo da vida e, de um modo geral, pode‑se dizer que 
ela aumenta e alarga a espessura dos ossos. Já a ossificação endocondral, como citado anteriormente, 
ocorre a partir de uma peça formada por tecido cartilaginoso hialino e é responsável pela osteogênese 
do esqueleto, pois na vida embrionária o esqueleto inteiramente formado por tecido cartilaginoso 
foi gradativamente substituído por tecido ósseo. Assim, esse tipo de ossificação em geral promove o 
alongamento ósseo até a fase final da adolescência. É comum aos pediatras estimarem o crescimento 
a partir de radiografias do punho, para observação dos discos espifisários do rádio e ulna que estão 
situados nas extremidades ósseas, as epífises.
O disco epifisário apresenta cinco regiões. A zona de cartilagem em repouso é a inicial, a qual é 
semelhante a uma peça de cartilagem hialina com os condrócitos distribuídos individualmente em 
suas lacunas. Na sequência, ocorre a zona de cartilagem seriada, em que os condrócitos se multiplicam 
por sucessivas mitoses, chamadas de multiplicação clonal; estes aumentam o seu volume e morrem, 
formando grandes lacunas vazias, que determinam a zona de cartilagem hipertrófica. As finas paredes das 
lacunas criam estruturas denominadas trabéculas e sofrem calcificação, definindo a zona de cartilagem 
calcificada. Então, ocorre a migração de células osteogênicas para os espaços das grandes lacunas vazias, 
os osteoblastos depositam matriz óssea e os osteoclastos removem a matriz cartilaginosa calcificada, 
finalizando a última região, a zona de ossificação, conforme a figura a seguir, uma fotomicrografia de 
um disco epifisário, o qual é responsável pela ossificação endocondral.
Em A, adjacente à borda superior da fotomicrografia, observa‑se a zona de cartilagem em repouso, 
a qual é caracterizada por uma região do disco epifisário onde ocorre somente um condrócito por 
lacuna (setas). O número 1 está situado na zona de cartilagem seriada, na qual ocorre multiplicação 
clonal (sucessivas mitoses) dos condrócitos, formando pilhas de células, umas sobre as outras, lembrando 
moedas empilhadas. Esse processo alonga a matriz cartilaginosa, e posteriormente essa células sofrem 
um expressivo aumento de volume, criando condrócitos hipertróficos que entram em falência, deixando 
grandes lacunas vazias e delimitadas por delgadas paredes de matriz cartilaginosa (trabéculas). 
Representam a zona de cartilagem hipertrófica situada na região número 2. Essas trabéculas sofrem 
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calcificação, formando a zona de cartilagem calcificada, que está situada na região do número 3. 
Imediatamente, as células osteogênicas, os osteoblastos e osteoclastos invadem as lacunas delimitadas 
pelas paredes calcificadas e, respectivamente, produzem matriz óssea e removem a matriz cartilaginosa 
calcificada, determinando a zona de ossificação, identificada pela região do número 4. Na figura 
B, observa‑se parte da mesma estrutura em maior aumento, verificando‑se a morte dos condrócitos 
hipertróficos na região 2 e a migração de osteoblastos (seta pequena) e osteoclastos (seta grande) no 
interior da zona de cartilagem calcificada na região 3.
Figura 46 – Fotomicrografia de um disco epifisário (coloração de hematoxilina e eosina)
 Observação
Análogos hormonais da somatotrofina (GH) ou a própria, quando 
aplicada em adultos, além de aumentarem o volume muscular (hipertrofia), 
também estimulam o crescimento ósseo, mas apenas por ossificação 
intramembranosa. Uma vez que adultos não possuem mais os discos 
epifisários, torna‑se fácil suspeitar do uso dessas drogas por pessoas 
que, além de apresentarem músculos desenvolvidos, também possuem 
o rosto largo e os dentes separados, pois como só ocorre a ossificação 
intramembranosa, esses hormônios ou análogos promoverão, além do 
desenvolvimento muscular, o alargamento dos ossos.
7 TECIDOS NERVOSO E MUSCULAR
O tecido nervoso é de extrema importância para o corpo humano, sendo responsável pela troca de 
informações e comando das diversas partes do organismo. Esse tecido é composto pelas células nervosas, 
denominadas de neurônios, as quais são especializadas na condução dos impulsos elétricos. Um neurônio 
é dividido em três partes distintas: corpo celular, dendritos e axônio. O corpo celular é a parte onde 
encontramos o núcleo e várias organelas, tais como as mitocôndrias, responsáveis pela produção de energia 
para o correto funcionamento da célula. Os dendritos, por sua vez, são pequenas ramificações que partem 
do corpo celular, captando sinais elétricos e transmitindo‑os através do axônio (extensão do corpo celular).
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Já o tecido muscular é formado pelas fibras musculares (ou miócitos). Os músculos, graças às fibras 
que os constituem, apresentam a capacidade de contratilidade (contração) e estão presentes em várias 
partes do nosso corpo. As diferentes estruturas de uma célula muscular recebem nomes específicos: a 
membrana celular é chamada de sarcolema, o citoplasma é o sarcoplasma e o retículo endoplasmático 
liso é denominado de retículo sarcoplasmático.
7.1 Tecido nervoso
O tecido nervoso forma a interface do organismo com o meio. Ele é responsável por detectar, transmitir, 
analisar e utilizar as informações geradas pelos estímulos sensoriais calor, luz, energia mecânica e 
modificações químicas, para então organizar e coordenar, direta ou indiretamente, o funcionamento de 
todas as funções do organismo: motoras, viscerais, endócrinas e psíquicas.
O tecido nervoso apresenta dois componentes principais: os neurônios, que são as células excitáveis 
e unidades do sistema nervoso, e as células da glia ou neuroglia, que são acessórias aos neurônios, 
nutrindo, protegendo e os auxiliando em suas atividades. Os neurônios possuem uma morfologia 
extremamente complexa, porém a grande maioria apresenta os seguintes componentes:
• Dendritos: prolongamentos numerosos, ramificados e de diâmetro variável. Nas sinapses 
(transmissão do impulso nervoso) químicas, são especializados em receber estímulos.
• Corpo celular ou pericário ou Soma: é o centro trófico dos neurônios. Contém o núcleo e toda 
a maquinaria para a síntese proteica. Também é capaz de receber estímulos.
• Axônio: prolongamento único com poucas ramificações e diâmetro constante. É especializado na 
condução de impulsos que transmitem as informações do neurônio para outras células (neurônio, 
célula muscular ou glândula).
 Lembrete
Não esqueça que os neurônios:
• São células excitáveis: respondem a estímulos.
• São células especializadas: não realizam mitose.
• São células ramificadas: apresentam axônio e dendritos.
• Possuem citoplasma basófilo: contém muito ácido (RNA) no citoplasma.
• Possuem pouca heterocromatina: indicando atividade de transcrição.
• Possuem alto metabolismo: há elevado consumo de 02.
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BIOLOGIA (CITOLOGIA/HISTOLOGIA)
Figura 47 – Desenho da organização de um neurônio multipolar
Figura 48 – Desenho da organização de um pericário (corpo celular ou soma) de um neurônio multipolar
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Para que se possa mapear o sistema nervoso, os neurônios estão classificados de acordo com sua 
morfologia (multipolar, bipolar e pseudonipolar) e com sua função (sensitivo, interneurônio e motor).
• Quanto a sua morfologia:
— os neurônios multipolares apresentam mais de dois prolongamentos celulares, sendodesse 
tipo a grande maioria dos neurônios;
— os neurônios bipolares possuem dois prolongamentos celulares, um dendrito e um axônio, 
e estão representados pelos neurônios do nervo coclear e vestibular, da mucosa olfatória e 
da retina;
— e os neurônios pseudo‑unipolares exibem próximo ao corpo celular um prolongamento 
único, mas este logo se divide em dois, dirigindo‑se um ramo para a periferia (funciona como 
dendrito) e outro para o sistema nervoso central (funciona como axônio). Os neurônios dos 
gânglios espinhais possuem essa morfologia.
• Quanto a sua função:
— os neurônios motores são neurônios que controlam órgãos efetores, tais como glândulas e 
células musculares;
— os neurônios sensitivos são os que recebem estímulos sensoriais do meio ambiente e do organismo;
— e os interneurônios são os que estabelecem conexões entre outros neurônios, formando 
circuitos.
Figura 49 – Desenho dos tipos de neurônios em relação à morfologia
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7.1.1 Sinapses
Geralmente um neurônio transmite impulsos nervosos através do seu axônio. A transmissão 
do impulso nervoso de um neurônio para outro depende de estruturas altamente especializadas 
denominadas sinapses.
A sinapse é uma porção especializada de contato entre duas células. As membranas das duas células 
ficam separadas por um espaço de 20 a 30 nm, denominado fenda sináptica. No local da sinapse, as 
membranas são denominadas membrana pré‑sináptica (membrana do terminal axônico) e membrana 
pós‑sináptica (membrana do dendrito, pericário, axônio ou célula efetora). Na porção terminal do axônio, 
observam‑se numerosas vesículas sinápticas que contêm substâncias denominadas neurotransmissores, 
que são mediadores químicos responsáveis pela transmissão do impulso nervoso de um neurônio para 
outro. Os neurotransmissores são liberados da membrana pré‑sináptica na fenda sináptica e aderem 
a receptores localizados na membrana pós‑sináptica, promovendo a condução do impulso nervoso 
através do intervalo sináptico.
Figura 50 – Desenho da organização de um pericário (corpo celular ou soma) de um neurônio multipolar
A maioria das sinapses se estabelece entre axônio e dendrito, chamada axodendrítica. O axônio 
também pode estabelecer um contato sináptico com o corpo celular de outro neurônio, denominada 
axossomática, ou com outro axônio (axoaxômica). Embora os tipos de sinapse citados sejam os mais 
frequentes, deve‑se ressaltar que existem outras formas de contato sináptico.
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Atualmente, há uma tendência de se considerar também como sinapse a terminação axônica em 
uma célula efetora, como uma célula muscular ou glandular.
No tecido nervoso, ao lado dos neurônios, há vários tipos celulares, chamados coletivamente de 
células da glia ou neuroglia. Calcula‑se que há no sistema nervoso central cerca de 10 células da glia 
para cada neurônio, mas em virtude de seu menor tamanho, ocupam aproximadamente metade do 
volume desse tecido. Essas células não geram impulsos nervosos nem fazem sinapses. Ao contrário do 
neurônio, as células da glia são capazes de multiplicação mitótica, mesmo nos organismos adultos. 
São elas: astrócitos, oligodendrócitos, microglia e células ependimárias, presentes no sistema nervoso 
central. Consideramos também como células da glia as células de Schwann que estão localizadas no 
sistema nervoso periférico e estabelecem apenas contato com o axônio dos neurônios.
Os astrócitos são as maiores células da glia, possuindo muitos prolongamentos e núcleo esférico e 
central. Há dois tipos de astrócitos: os protoplasmáticos, presentes na substância cinzenta, e os fibrosos, 
encontrados na substância branca. Embora sejam descritas duas variedades, trata‑se de um único tipo celular, 
com variações morfológicas determinadas por sua localização. Essa célula participa da formação da barreira 
hematoencefálica. Os prolongamentos possuem uma dilatação na porção terminal denominada pé vascular. 
Os pés vasculares envolvem a parede dos vasos sanguíneos localizados no interior do sistema nervoso central.
Os oligodendrócitos possuem poucos prolongamentos. Sua principal função é formar a bainha de 
mielina nos axônios mielínicos no interior do sistema nervoso central.
O corpo celular das células da microglia é alongado e pequeno, com o núcleo denso e alongado. Seus 
prolongamentos são curtos e muito ramificados. As células da microglia possuem função de defesa e 
apresentam intensa atividade fagocitária.
As células ependimárias são células cilíndricas com base afilada e muitas vezes exibem ramificações. 
Embora sejam células de origem neural, arranjam‑se como um epitélio simples prismático, revestindo as 
superfícies do sistema nervoso central.
As células de Schwann são cilíndricas, com núcleo alongado no sentido do eixo celular, e estão 
localizadas no sistema nervoso periférico. Elas estabelecem apenas contato com o axônio dos neurônios, 
formando a bainha de mielina, e esta é um envoltório proteico.
 Saiba mais
Para aprofundar seus conhecimentos, leia:
GOMES, F. C. A.; TORTELLI, V. P.; DINIZ, L. Glia: dos velhos conceitos às 
novas funções de hoje e as que ainda virão. Estudos Avançados, São Paulo, 
v. 27, n. 77, p. 61‑84, 2013. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.
php?script=sci_arttext&pid=S0103‑40142013000100006&lng=en&nrm=
iso>. Acesso em: 5 jun. 2019.
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Os axônios de pequeno diâmetro são envolvidos por uma única dobra de membrana plasmática 
da célula de Schwann e constituem as fibras nervosas amielínicas. Nos axônios de maior diâmetro, 
a célula de Schwann forma dobras de membrana plasmática concêntricas em espiral em torno do 
axônio, a bainha de mielina. Quanto mais calibroso for o axônio, maior o número de envoltórios 
concêntricos provenientes das células de Schwann. A bainha de mielina é descontínua, pois se 
interrompe em intervalos regulares, formando os nódulos de Ranvier. O intervalo entre dois nódulos 
de Ranvier é denominado internódulo.
Figura 51 – Desenhos de células da glia, baseados em observações 
microscópicas de cortes preparados por impregnações metálicas
O tecido nervoso forma um complexo sistema denominado sistema nervoso. O sistema nervoso é 
dividido em sistema nervoso central (SNC), que é composto pelo encéfalo e pela medula espinhal, e 
sistema nervoso periférico (SNP), composto pelos nervos, gânglios e terminações nervosas livres.
No SNC distinguem‑se duas substâncias: cinzenta e branca. Na substância cinzenta, situam‑se 
os corpos celulares dos neurônios, também chamados de pericários, grande quantidade de fibras 
nervosas amielínicas, pequena quantidade de fibras nervosas mielínicas, oligodendrócitos, astrócitos 
protoplasmáticos e células da microglia. Na substância branca, há grande quantidade de fibras nervosas 
mielínicas, pequena quantidade de fibras nervosas amielínicas, oligodendrócitos, astrócitos fibrosos e 
células da microglia.
A localização das substâncias no SNC varia conforme a parte que é analisada. Por exemplo, na 
medula espinhal, a substância cinzenta é central e a substância é branca periférica, conforme o 
esquema a seguir:
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Figura 52 – Desenho da medula nervosa, na qual se pode observar as substâncias branca e cinzenta
O SNP é composto basicamente pelos nervos e gânglios nervosos. As fibras nervosas agrupam‑se em 
feixes, formando um nervo. O nervo é revestido por um tecido conjuntivo de sustentação denominado 
epineuro. Cada feixe nervoso é envolto por um grupo de células conjuntivas achatadas chamado de 
perineuro, e os axônios com as células de Schwann são envoltos por um tecido conjuntivo rico em fibras 
reticularesdenominado endoneuro.
Os gânglios nervosos são aglomerados de corpos de neurônios localizados fora do SNC. Os gânglios 
podem ser de três tipos: gânglios sensitivos (por exemplo, gânglios espinhais), gânglios parassimpáticos 
(por exemplo, gânglios intramurais) e gânglios simpáticos (por exemplo, gânglios paravertebrais).
A seguir, veja o desenho do arco reflexo mais simples. A fibra sensorial parte da pele, realiza 
sinapse com um interneurônio e ativa um neurônio motor, que tem seu axônio inervando um músculo 
estriado esquelético. Note as capas de conjuntivo que envolvem o nervo, análogas às que envolvem 
um fascículo muscular.
Figura 53 – Desenho do arco reflexo mais simples
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7.2 Tecido muscular
O tecido muscular é o responsável pelos movimentos corporais, sendo formado por células excitáveis 
e contráteis que contêm grande quantidade de filamentos citoplasmáticos. Neste tópico serão 
demonstradas apenas as características morfológicas desse tecido, pois o mecanismo de contração será 
descrito no tópico referente ao citoesqueleto.
Os componentes das células musculares recebem nomes especiais. A membrana é chamada de 
sarcolema; o citoplasma, de sarcoplasma; e o retículo endoplasmático liso, de retículo sarcoplasmático.
De acordo com as características morfológicas e funcionais, podem‑se distinguir três tipos de tecidos 
musculares: o estriado esquelético, o estriado cardíaco e o liso.
O músculo estriado esquelético é formado por feixes de células denominadas fibras musculares, 
cilíndricas, muito longas, multinucleadas, com predominância dos núcleos na periferia celular. Elas 
apresentam estrias transversais e longitudinais em decorrência, respectivamente, da sobreposição 
dos miofilamentos (proteínas filamentosas) que compõem as unidades funcionais chamadas de 
sarcômeros e do alinhamento desses filamentos em disposição paralela. As células possuem contrações 
rápidas, vigorosas e sujeitas ao controle voluntário. Têm pouca capacidade de regeneração, pois são 
formadas pela fusão de células periféricas (satélites) que são, na maioria das vezes, utilizadas no 
desenvolvimento até o fim da adolescência. Isso significa que uma lesão muscular pode ser irreversível, 
isto é, com redução das fibras musculares, o músculo nunca apresentará a força e o desempenho que 
antes possuía. Como veremos adiante, para que ocorra a contração, é necessária a presença do cálcio. 
Assim, o armazenamento do cálcio ocorre em três pequenas vesículas, denominadas sistema T tríade; 
o aumento do volume celular, hipertrofia; o aumento do número de células ou de fibras musculares, 
hiperplasia. Esse tipo muscular está associado ao esqueleto e ligamentos, promovendo o movimento 
e a sustentação corpórea.
O músculo estriado cardíaco é formado por células cilíndricas ramificadas e pouco alongado, que 
se unem por intermédio dos discos intercalares, constituídos por desmossomos (estrutura proteica 
que liga duas células adjacentes por ligações aos citoesqueletos) e junções comunicantes, que 
são hexamêros proteicos que formam diafragmas e modulam a passagem de pequenas moléculas 
entre células vizinhas. Também contém estrias transversais e longitudinais pelo mesmo motivo 
do estriado esquelético e possui um ou dois núcleos em posição central. Apresenta contrações 
involuntárias, rápidas e vigorosas, não se regenera e armazena o cálcio em duas pequenas vesículas, 
denominadas sistema T díade. O músculo cardíaco ocorre apenas no coração e não está presente 
na parede dos vasos sanguíneos.
O músculo liso é formado por células fusiformes que não possuem estrias transversais. Os 
miofilamentos estão distribuídos em disposição aparentemente aleatória e não possuem o sarcômero. 
Apresenta apenas um núcleo em posição central e se regeneram facilmente. Seu processo de contração 
é lento e involuntário. Estão presentes nas vísceras, na parede dos vasos sanguíneos, no tubo digestório, 
nas tubas uterinas e útero etc.
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Existem membranas que são os envoltórios de tecido conjuntivo. O tecido muscular está organizado 
em grupos de feixes cobertos por tecido conjuntivo chamado de epimísio, do qual partem septos muito 
finos de tecido conjuntivo para o interior do músculo, separando os feixes. Esses septos são denominados 
perimísios. O perimísio contorna cada feixe de fibras musculares. Cada fibra muscular é envolvida por 
uma fina camada de fibras reticulares (endomísio). O tecido conjuntivo mantém as fibras musculares 
unidas, permitindo que a força de contração gerada por cada fibra individualmente atue sobre o músculo 
inteiro. Os vasos sanguíneos penetram nos músculos através dos septos de tecido conjuntivo e formam 
uma rica rede de capilares que correm entre as fibras musculares.
O tecido muscular está organizado em grupos de feixes envolvidos por tecido conjuntivo 
denominado epimísio, do qual partem septos muito finos de tecido conjuntivo para o interior 
do músculo, separando os feixes, septos esses chamados de perimísio. O perimísio contorna 
cada feixe de fibras musculares, e cada fibra muscular é coberta por uma fina camada de fibras 
reticulares (endomísio).
O tecido conjuntivo mantém as fibras musculares unidas, permitindo que a força de contração 
gerada por cada fibra individualmente atue sobre o músculo inteiro.
Os vasos sanguíneos penetram nos músculos através dos septos de tecido conjuntivo e formam uma 
rica rede de capilares que correm entre as fibras musculares.
O citoplasma da fibra muscular apresenta fibrilas paralelas, as miofibrilas.
Na figura a seguir, em A, observa‑se o desenho da organização em grupos de feixes envolvidos por 
tecido conjuntivo. O epimísio reveste externamente o fascículo muscular do qual partem septos para o 
interior, separando os feixes (perimísio), que, por sua vez, cobre cada feixe de fibras musculares, e cada 
fibra muscular é envolvida por uma fina camada de fibras reticulares (endomísio). Em B, observa‑se 
parte de uma célula estriada esquelética. Note a nomenclatura própria.
Figura 54 – Em A, observa‑se o desenho da organização em grupos de feixes envolvidos 
por tecido conjuntivo. Em B, observa‑se parte de uma célula estriada esquelética
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A figura a seguir é uma fotomicrografia dos três tipos musculares. Em A, observa‑se o músculo 
estriado esquelético; em B, o músculo estriado cardíaco; e em C, o músculo liso. As setas grandes 
apontam as estriações transversais, e a pequena, o disco intercalar.
Figura 55 – Fotomicrografia dos três tipos musculares (coloração de hematoxilina e eosina)
Quadro 5 – Diferenças histofisiológicas dos três tipos musculares
Músculo estriado 
esquelético Músculo estriado cardíaco Músculo liso
Contração Voluntária Involuntária Involuntária
Distribuição Associada ao esqueleto e visceral Apenas no coração
Visceral e vasos 
sanguíneos
Morfologia celular Cilíndrica Cilíndrica ramificada Fusiforme
Comprimento celular Longo Relativamente longo Curto
Número de núcleos Vários Um a dois Um
Posição do núcleo Periférica Central Central
Disposição dos miofilamentos Em feixes paralelos Em feixes paralelos Desorganizados
Estriações no citoplasma Transversais e longitudinais Transversais e longitudinais Ausente
Aporte de cálcio Sistema T tríade Sistema T díade Pinocitose
Unidade funcional Sarcômero Sarcômero A própria célula
Capacidade de regeneração Apenas na infância Não possui Fácil
Adesão celular Glicocálix Glicocálix e discos intercalares Glicocálix
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 Observação
O músculo do coração é formado por células estriadas alongadas que se 
anastomosam irregularmente. As células cardíacaspossuem de um a dois 
núcleos centralmente localizados. Elas são revestidas por delicada bainha 
de tecido conjuntivo, equivalente ao endomísio do músculo esquelético, 
que contém abundante rede de capilares. Uma característica das células 
cardíacas são as linhas transversais fortemente coradas que aparecem em 
intervalos irregulares – os discos intercalares. Estes representam complexos 
juncionais formados por desmossomos e junções comunicantes (gap) 
encontrados na interface de células musculares adjacentes.
8 TECIDOS SANGUÍNEO E HEMATOPOIÉTICO
O sangue é um tipo de tecido conjuntivo especial que pode ser dividido em duas partes: o plasma, 
que é a parte líquida, e as células sanguíneas ou elementos figurados do sangue. O plasma é um líquido 
de concentração isotônica em relação às células que ali estão mergulhadas e sua composição química 
básica formada por água, sais minerais e proteínas. Em relação às células desse tecido, observamos 
basicamente três tipos: eritrócitos (hemácias), leucócitos e plaquetas.
O plasma corresponde a 55% do volume do sangue e as células sanguíneas correspondem a 45%. 
O sangue possui algumas funções importantes, tais como: transporte de gás oxigênio e nutrientes para 
todas as células do corpo, transporte de gás carbônico e excreções produzidos pelas células, transporte 
de hormônios produzidos pelas glândulas endócrinas até os locais específicos onde devem atuar e 
proteção (defesa) do organismo contra agentes infecciosos.
O plasma sanguíneo é composto de água (90%), íons (como sódio, potássio, cálcio, magnésio, cloro 
e bicarbonato) e proteínas (como albumina, fibrinogênio e imunoglobulinas). Transporta substâncias 
importantes como glicose, aminoácidos, lipídios, vitaminas e hormônios; assim como, amônia, ureia e 
gases respiratórios – gás oxigênio e gás carbônico. Os elementos figurados também possuem funções 
essenciais: as hemácias transportam o oxigênio, os leucócitos são responsáveis por nossa imunidade e 
defesa, e as plaquetas participam do processo de coagulação sanguínea. Os leucócitos se diferenciam 
em granulócitos ou agranulócitos.
As plaquetas ou trombócitos são pequenos corpúsculos que resultam da fragmentação de células 
especiais produzidas pela medula óssea. Elas detêm as hemorragias, pois desencadeiam o processo de 
coagulação do sangue, o qual é controlado por inúmeros fatores, incluindo‑se fatores genéticos.
O tecido hematopoiético é o tecido onde são produzidas as células sanguíneas e está localizado no 
interior de certos ossos e constitui a medula óssea vermelha. A medula óssea vermelha é um tecido 
conjuntivo muito rico em fibras reticulares e em células‑tronco medulares. Células‑tronco medulares 
são pluripotentes (multipotentes), ou seja, são capazes de originar diversos tipos de células sanguíneas. 
Tais células são descendentes das células‑tronco embrionárias, que são totipotentes, isto é, capazes 
de originar qualquer tipo de célula do corpo. A hemocitopoese é o processo de formação, maturação 
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BIOLOGIA (CITOLOGIA/HISTOLOGIA)
e liberação na corrente sanguínea das células que o compõem. Nos embriões, os principais locais de 
formação de células do sangue são o fígado e o baço. Já no recém‑nascido, toda medula óssea possui 
atividade hematopoiética. Porém, com o avanço da idade, a maior parte da medula óssea perde tal 
função e, com isso, nos adultos a medula está presente principalmente nos ossos pélvicos; no osso 
esterno; nas costelas; na clavícula; e nas extremidades dos ossos longos.
 Resumo
Um tecido animal é uma estrutura constituída por células de mesma 
origem embrionária e que juntas desenvolvem uma função. O tecido 
epitelial é formado por células poliédricas com polaridade basal e apical 
definidas, intimamente unidas, coesas, com pouca matriz extracelular 
(material externo às células) e avascular.
O tecido conjuntivo é o tecido de maior ocorrência no organismo. 
Sua função é nutrir, unir e sustentar os demais tecidos. Assim, o tecido 
conjuntivo apresenta vasos do sistema circulatório e linfático que 
transportam alimentos e removem excretas por todo o organismo. Nesse 
mesmo tecido, aparecem elementos encarregados da defesa do organismo 
contra os agentes infecciosos. O tecido conjuntivo tem como característica 
a grande quantidade de matriz extracelular. A matriz extracelular do tecido 
conjuntivo é formada pelas fibras colágenas e elásticas e por uma porção 
gel, que é a substância fundamental. As fibras colágenas são compostas de 
uma proteína chamada colágeno e oferecem grande resistência às tensões. 
O colágeno é a proteína mais abundante do corpo humano. Há uma série 
de tipos colágenos: as fibras reticulares (pequenas redes de sustentação 
celular) são formadas por fibras colágenas do tipo 3; já as fibras elásticas 
são predominantemente constituídas por uma proteína, a elastina, e são 
responsáveis pela elasticidade de certos órgãos, como pulmões, vasos 
sanguíneos e pele.
As principais células do conjuntivo são: fibroblastos (que se transformam 
em fibrócitos, após oclusos na matriz extracelular), macrófagos, mastócitos, 
células adiposas, plasmócitos e células mesenquimais indiferenciadas. 
O tecido cartilaginoso possui rede compacta de fibras colágenas e, em 
alguns casos, elásticas imersas em substância fundamental consistente e 
gelatinosa, na qual aparecem os condrócitos (células cartilaginosas). É um 
tecido avascular, não sendo percorrido por vasos sanguíneos. A nutrição é 
feita pelo tecido conjuntivo. As cartilagens possuem as funções estruturais, 
quando formam articulações, coxins, o externo e demais estruturas de 
sustentação e proteção, e participam da criação dos ossos, atuando como 
um “molde”, denominado ossificação endocondral, que é a composição 
do tecido ósseo no interior de uma peça cartilaginosa. Não ocorre a 
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transformação da cartilagem em osso, e sim a substituição do tecido 
cartilaginoso pelo tecido ósseo. Existem três tipos de cartilagem: hialina, 
elástica e fibrosa.
O tecido ósseo é constituído por células denominadas osteoblastos, 
que se modificam em osteócitos após ficarem presos nas lacunas 
(osteoplastos) e diminuírem o metabolismo. Os osteoclastos são células 
fagocíticas multinucleadas (com até cinco núcleos) responsáveis pela 
remoção da matriz óssea e corresponsáveis pela remodelação óssea. 
A matriz óssea é formada por duas partes: orgânica e inorgânica. Na 
substância orgânica, aparecem fibras colágenas e pequena quantidade 
de substância amorfa. A resistência e a rigidez do tecido ósseo são 
determinadas pela substância inorgânica calcificada formada por cristais 
de hidroxiapatita de cálcio.
O tecido muscular é o responsável pelos movimentos corporais, 
sendo organizado por células excitáveis e contráteis que contêm grande 
quantidade de filamentos citoplasmáticos. Os componentes das células 
musculares recebem nomes especiais. A membrana é chamada de 
sarcolema; o citoplasma, de sarcoplasma; e o retículo endoplasmático liso, 
de retículo sarcoplasmático. De acordo com as características morfológicas 
e funcionais, podem‑se distinguir três tipos de tecidos musculares: o 
músculo estriado esquelético, o músculo estriado cardíaco e o músculo liso.
O tecido nervoso forma a interface do organismo com o meio, sendo 
ele o responsável por detectar, transmitir, analisar e utilizar as informações 
geradas pelos estímulos sensoriais calor, luz, energia mecânica e 
modificações químicas, para então organizar e coordenar, direta ou 
indiretamente, a operação de todas as funções do organismo: motoras, 
viscerais, endócrinas e psíquicas.
O tecido nervoso apresenta dois componentes principais: os 
neurônios, que são as células excitáveis e unidades do sistema nervoso, 
e as células da glia ou neuroglia, que são acessórias aos neurônios, 
nutrem, protegem e os auxiliamem suas atividades. Nos mamíferos, as 
células principalmente a glicose, gradativamente vão sendo “quebradas” 
e liberando energia para formação de unidade energética, adenosina 
trifosfato (ATP). Resumidamente, o ATP é uma molécula de alta energia 
terminal quando é hidrolisado, ficando na forma de ADP, mas pode voltar 
a ser ATP por ação dos produtores de energia, localizados na membrana 
interna da mitocôndria. Essa volta, essa reconstrução/regeneração de 
ADP em ATP, efetua‑se pela degradação da glicose e de ácidos graxos. Os 
ATPs se difundem por toda a célula. 
O sangue é um tipo de tecido conjuntivo especial que pode ser 
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dividido em duas partes: o plasma, que é a parte líquida, e as células 
sanguíneas ou elementos figurados do sangue. Em relação às células 
desse tecido, observamos basicamente três tipos: eritrócitos (hemácias), 
leucócitos e plaquetas.
O plasma corresponde a 55% do volume do sangue e as células 
sanguíneas correspondem a 45%. O sangue possui algumas funções 
importantes, tais como: transporte de gás oxigênio e nutrientes para todas 
as células do corpo, transporte de gás carbônico e excreções produzidas 
pelas células, transporte de hormônios produzidos pelas glândulas 
endócrinas até os locais específicos onde devem atuar e proteção (defesa) 
do organismo contra agentes infecciosos.
O plasma sanguíneo é composto principalmente de água (90%). Os 
elementos figurados também possuem funções essenciais: as hemácias 
transportam o oxigênio, os leucócitos são responsáveis por nossa imunidade 
e defesa, e as plaquetas participam do processo de coagulação sanguínea.
O tecido hematopoiético é o tecido onde são produzidas as células 
sanguíneas e está localizado no interior de certos ossos – constitui a medula 
óssea vermelha. A hemocitopoese é o processo de formação, maturação e 
liberação na corrente sanguínea das células que o compõem.
 Exercícios
Questão 1. (UECE 2018) Considerando as células do sangue, associe corretamente os tipos celulares 
com suas respectivas características, numerando a Coluna II de acordo com a Coluna I.
Quadro
Coluna I Coluna II
1. Hemácias ( ) Estruturas anucleadas, com grande quantidade de hemoglobina, que transportam o oxigênio.
2. Neutrófilos ( ) Células, com núcleo esférico, que participam dos processos de defesa produzindo e regulando a produção de anticorpos.
3. Plaquetas ( ) Granulócitos que desempenham papel crucial na defesa do organismo fagocitando e digerindo microrganismos.
4. Linfócitos ( ) Estruturas anucleadas que participam dos processos de coagulação sanguínea.
A sequência correta, de cima para baixo, é:
A) 2, 1, 4, 3.
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Unidade II
B) 1, 4, 2, 3.
C) 4, 3, 2, 1.
D) 3, 2, 1, 4.
E) 1, 2, 3, 4.
Resposta correta: alternativa B.
Resolução da questão
1 – Hemácias: também conhecidas como eritrócitos ou glóbulos vermelhos, as hemácias são 
anucleadas, estão presentes no sangue e são responsáveis pelo transporte de oxigênio às células.
2 – Neutrófilos: por possuírem capacidade de fagocitose eles acabam sendo os principais responsáveis 
na defesa primária contra bactérias e fungos, constituindo cerca de 60 a 70% dos leucócitos circulantes. 
Os neutrófilos possuem vida média de 6 a 7 horas, podendo viver até 4 dias no tecido conjuntivo, onde, 
após desempenharem sua função de defesa, morrem por um processo chamado apoptose.
3 – Plaquetas: também conhecidas como trombócitos, são fragmentos citoplasmáticos anucleados 
presentes no sangue e têm como função principal participar do processo de coagulação do sangue, ou 
seja, a formação de coágulos. São derivadas de fragmentos do citoplasma dos megacariócitos.
4 – Linfócitos: os linfócitos são um tipo específico de glóbulo branco e estão relacionados com a 
proteção do nosso organismo. Podemos classificá‑los em linfócito T, B e células NK.
Questão 2. (UFPR, adaptada) As células especializadas dos animais superiores estão organizadas, ao 
nível microscópico, em conjuntos cooperativos denominados tecidos; por sua vez, diferentes variedades 
de tecidos combinam‑se formando unidades funcionais maiores denominadas órgãos. Sobre os tecidos 
é correto afirmar que:
I – As glândulas e a epiderme são variedades de tecido epitelial.
II – As expressões fisionômicas são causadas por contrações dos músculos lisos.
III – Os neurônios, células especializadas do tecido nervoso, apresentam prolongamentos que os 
tornam aptos à sua função de condução de impulso nervoso.
IV – O tecido ósseo é o único dos tecidos animais que não é constituído por células vivas, mas sim 
por restos celulares e material mineralizado.
V – O conceito de “tecido”, além de outras características, exige que as células estejam justapostas 
e bem unidas.
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BIOLOGIA (CITOLOGIA/HISTOLOGIA)
VI – O tecido epitelial de revestimento, para melhor desempenhar sua função de revestir e 
proteger superfícies corporais, apresenta suas células firmemente ligadas umas às outras, por meio de 
desmossomos.
Assinale a alternativa que contenha apenas as afirmativas corretas:
A) I, II e III estão corretas.
B) I, III e V estão corretas.
C) Apenas a VI está correta.
D) II, V e VI estão corretas.
E) I, III e VI estão corretas.
Resolução desta questão na plataforma.
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FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
Figura 1
A) KUCHINSKI, F. B. Citologia. São Paulo: Editora Sol, 2014. p. 9.
B) KUCHINSKI, F. B. Citologia. São Paulo: Editora Sol, 2014. p. 14.
Figura 3
BIOLOGIA: Ecologia. v. 3. São Paulo: Editora Sol, 2016. p. 9.
Figura 5
ALBERTS, B. et al. Fundamentos da Biologia Celular. Artmed: Porto Alegre, 2006. p. 367.
Figura 6
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara‑Koogan, 2004. p. 24.
Figura 7
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara‑Koogan, 2004. p. 27.
Figura 8
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara‑Koogan, 2004. p. 29.
Figura 9
LODISH, H. et al. Molecular Cell Biology. 4. ed. Nova York: W. H. Freeman, 2003. p. 15.
Figura 11
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara‑Koogan, 2004. p. 27.
Figura 13
KARP, G. Biologia celular e molecular. 3. ed. Barueri: Manole, 2005. p. 374.
Figura 14
BIOLOGIA: Biologia Animal. v. 2. São Paulo: Editora Sol, 2016. p. 19.
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Figura 15
BIOLOGIA: Biologia Animal. v. 2. São Paulo: Editora Sol, 2016. p. 19.
Figura 16
BIOLOGIA: Biologia Animal. v. 2. São Paulo: Editora Sol, 2016. p. 19.
Figura 18
KARP, G. Biologia celular e molecular. 3. ed. Barueri: Manole, 2005. p. 376.
Figura 19
KARP, G. Biologia celular e molecular. 3. ed. Barueri: Manole, 2005. p. 376.
Figura 20
KUCHINSKI, F. B. Citologia. São Paulo: Editora Sol, 2014. p. 14.
Figura 22
A) JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Biologia celular e molecular. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara‑Koogan, 
2004. p. 66.
B) JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Biologia celular e molecular. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara‑Koogan, 
2004. p. 69.
C) JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Biologia celular e molecular. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara‑Koogan, 
2004. p. 71.
Figura 23
HAYASHI, Y.; UEDA, K. The shape of mitochondria and the number of mitochondrial nucleoids during 
the cell cycle of Euglena gracilis. Journal of Cell Science, 1989, 93. p. 565.
Figura 26
KUCHINSKI, F. B. Citologia. São Paulo: Editora Sol, 2014. p. 109.
Figura 27
KUCHINSKI, F. B. Citologia. São Paulo: Editora Sol, 2014. p. 110.
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6Figura 28
KUCHINSKI, F. B. Citologia. São Paulo: Editora Sol, 2014. p. 109.
Figura 29
KUCHINSKI, F. B. Citologia. São Paulo: Editora Sol, 2014. p. 110.
Figura 30
KUCHINSKI, F. B. Citologia. São Paulo: Editora Sol, 2014. p. 110.
Figura 31
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Biologia celular e molecular. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara‑Koogan, 
2004. p. 160.
Figura 32
MITOSIS. [s.d.]. Disponível em: <http://es.slideshare.net/Eiramlig02/mitosis‑12944540>. Acesso em: 17 jun. 2016.
Figura 33
KUCHINSKI, F. B. Citologia. São Paulo: Editora Sol, 2014. p. 109.
Figura 34
MANTZOURANIS, L.; BAGATTINI, R. Biologia molecular. São Paulo: Editora Sol, 2016. p. 87.
Figura 35
MANTZOURANIS, L.; BAGATTINI, R. Biologia molecular. São Paulo: Editora Sol, 2016. p. 87.
Figura 36
MANTZOURANIS, L.; BAGATTINI, R. Biologia molecular. São Paulo: Editora Sol, 2016. p. 10.
Figura 37
MANTZOURANIS, L.; BAGATTINI, R. Biologia molecular. São Paulo: Editora Sol, 2016. p. 11.
Figura 38
MANTZOURANIS, L.; BAGATTINI, R. Biologia molecular. São Paulo: Editora Sol, 2016. p. 12.
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Figura 39
MANTZOURANIS, L.; BAGATTINI, R. Biologia molecular. São Paulo: Editora Sol, 2016. p. 20.
Figura 47
BIOLOGIA: Citologia e Genética. v. 1. São Paulo: Editora Sol, 2016. p. 9.
Figura 48
BIOLOGIA: Citologia e Genética. v. 1. São Paulo: Editora Sol, 2016. p. 9.
Figura 50
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara‑Koogan, 2004. p. 160.
Figura 51
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara‑Koogan, 2004. p. 163.
Figura 52
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara‑Koogan, 2004. p. 168.
Figura 53
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara‑Koogan, 2004. p. 160.
Figura 54
BIOLOGIA: Citologia e Genética. v. 1. São Paulo: Editora Sol, 2016. p. 9.
REFERÊNCIAS
Textuais
ALBERTS, B. et al. Biologia molecular da célula. 3. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
___. Fundamentos da Biologia Celular. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.
ARAÚJO‑JORGE, T. C. de. Evolução do conceito de célula: lições da história da ciência. In: ESTEVES, F. 
(Org.). Grandes temas em Biologia. Rio de Janeiro: Fundação Cecierj, 2010.
BIOLOGIA: Biologia Animal. v. 2. São Paulo: Editora Sol, 2016. p. 19.
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CALSA JR., T.; BENEDITO; V. A.; FIGUEIRA; A. V. de O. Análise serial da expressão genérica. Revista 
Biotecnologia – Ciência & Desenvolvimento, ed. 33, jul./dez. 2004. Disponível em: <http://www.
biotecnologia.com.br/revista/bio33/analise.pdf>. Acesso em: 11 jul. 2016.
CARVALHO, H. F.; RECCO‑PIMENTEL, S. M. A célula. 2. ed. Barueri: Manole, 2007.
DE ROBERTIS JUNIOR, E. M. F.; HIB, J.; PONZIO, R. Biologia celular e molecular. 14. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara‑Koogan, 2003.
GENÉTICA e atividade física. Revista EF, ano X, n. 45, p. 104‑18, set. 2012. Disponível em: <http://www.
confef.org.br/extra/revistaef/arquivos/2012/N45_SETEMBRO/08_GENETICA_E_ATIVIDADE_FISICA.pdf>. 
Acesso em: 5 jul. 2016.
GILBERT, S. F. Biologia do desenvolvimento. Ribeirão Preto: Sociedade Brasileira de Genética, 1994.
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Biologia celular e molecular. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara‑Koogan, 2004.
___. Histologia básica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara‑Koogan, 2004.
KARP, G. Biologia celular e molecular. 3. ed. Barueri: Manole, 2005.
KUCHINSKI, F. B. Citologia. São Paulo: Editora Sol, 2014.
MANTZOURANIS, L.; BAGATTINI, R. Biologia molecular. São Paulo: Editora Sol, 2016. p. 87.
MITOSIS. [s.d.]. Disponível em: <http://es.slideshare.net/Eiramlig02/mitosis‑12944540>. Acesso em: 
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OLIVEIRA, M. M. de C. et al. Aspectos genéticos da atividade física: um estudo multimodal em gêmeos 
monozigóticos e dizigóticos. Revista Paulista de Educação Física, São Paulo, 17(2), p. 104‑18, jul./dez. 
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Acesso em: 5 jul. 2016.
PENNISI, E. The birth of the nucleus, Science, 305, p. 766‑77, 2004.
POLLARD, T. D.; EARNSHAW, W. C. Biologia celular. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.
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UNIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO (UFPE). O controle da expressão gênica. [s.d.]. Disponível em: 
<https://www.ufpe.br/biolmol/aula4_controle.htm>. Acesso em: 11 jul. 2016.
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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE (UFF). Fisiologia. [s.d.]a. Disponível em: <http://www.uff.br/
WebQuest/index2.htm>. Acesso em: 8 jul. 2016.
___. Homeostase – Definições. [s.d.]b. Disponível em: <http://www.uff.br/WebQuest/pdf/homeostase.
htm>. Acesso em: 8 jul. 2016.
Sites
<http://www.aulete.com.br/>
<http://michaelis.uol.com.br/>
<http://cbme.usp.br/>
Exercícios
Unidade I – Questão 1: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA (UFSC). Vestibular 2016: 
Biologia. Questão 38. Disponível em: <https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/ 
157152/2016‑1‑marrom.pdf>. Acesso em: 18 jun. 2019.
Unidade I – Questão 2: INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA. Comissão de 
Processos Seletivos (Copese) – Prova de Graduação 2016. Questão 28. Disponível em: <https://
copese.ifsudestemg.edu.br/sites/default/files/prova_graduacao_5.pdf>. Acesso em: 18 jun. 2019.
Unidade II – Questão 1: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ (UECE). Vestibular 2018 – Redação 
e Biologia. Questão 3.
Unidade II – Questão 2: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR). Vestibular.
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Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000

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