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Sexualidade e Puberdade

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Sexualidade
A sexualidade está relacionada à vida, sensações, sentimentos e emoções relacionados ao prazer. Como envolve diversas dimensões humanas, é um tema muitas vezes difícil de ser tratado e, por isso, permeado de dúvidas, preconceitos, estereótipos e tabus. 
Considerando esses fatos, a seção “Sexualidade” tem como objetivo informar questões inerentes a esse assunto, auxiliando também para que diversos delitos não sejam cometidos pela ignorância ou desinformação. Dentre eles, encontramos problemas sociais e de saúde pública, tais como intolerância e violência entre gêneros, principalmente entre aqueles que são historicamente subjugados, gravidez na adolescência, manifestação de doenças sexualmente transmissíveis e todas as suas consequências. 
Vale lembrar que, principalmente no que se diz respeito à adoção de métodos contraceptivos, não há ninguém melhor do que o seu médico para fornecer as devidas orientações, uma vez que seu sucesso dependerá de como foi utilizado; e as formas de uso, eficácia e contraindicações variam para cada um deles. 
Também é importante ressaltar que somente a abstinência sexual e a camisinha, masculina e feminina, são capazes de prevenir substancialmente as DSTs e gravidez não planejada.
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Puberdade
Chama-se de puberdade a fase vivida pelo ser humano entre a infância e a fase adulta, ou seja, na adolescência. Trata - se de um momento de transformações físicas e biológicas e de oscilações emocionais ocasionadas pelas alterações hormonais que o corpo sofre. O corpo está voltado nessa fase para a produção dos hormônios sexuais que são diferentes em cada sexo. Os meninos produzem, entre outros, a testosterona e as meninas o estrógeno.
Nessa fase o crescimento se acelera, os órgãos sexuais ganham definição e a fertilidade se inicia. É um processo difícil tanto para o adolescente, que vai viver essas transformações, como para os que o rodeiam que terão de se adaptar às alterações de humor e às crises existenciais vividas por ele. Apesar de tudo isso essas transformações são necessárias para a manutenção da espécie humana, pois todo esse alvoroço tem como objetivo dotar o homem de capacidade e condições para o processo de reprodução.
A puberdade nas meninas.
A puberdade nas meninas é caracterizada:
- pelo desenvolvimento dos seios e da genitália;
- pelo aparecimento de pêlos pubianos na genitália e nas axilas;
- pela definição das formas do corpo acarretada pelo acúmulo de gorduras em determinadas partes (quadris, coxas);
- pelo surgimento de erupções na pele (acne);
- e pelo aparecimento da menarca.
Menarca é o período da primeira menstruação. Chama-se menstruação o processo cíclico mensal de perda de sangue originário do útero. Este fenômeno ocorre normalmente a cada quatro semanas e sua duração é variável de uma mulher para outra sendo na maioria das vezes de 3 a 4 dias. Em relação à isso cabe ressaltar que, em geral as primeiras menstruações são muito irregulares podendo até mesmo ocorrer duas vezes no mês. Essa irregularidade é normal, mas não se deve esquecer que a primeira atitude a ser tomada após a primeira menstruação é a de procurar um médico especialista, neste caso um ginecologista. . 4 
A puberdade nos meninos
Nos meninos a puberdade se caracteriza:
 - pelo engrossamento do timbre da voz;
- pelo nascimento de pêlos no corpo (peito, pernas, axilas, genitália);
- pelo surgimento da barba;
- pelo desenvolvimento muscular;
- pelo aparecimento de acne;
- pelo desenvolvimento da genitália;
- e pela primeira ejaculação, que poderá ocorrer enquanto o garoto dorme ou ainda durante uma masturbação;
Embora não seja uma regra, alguns meninos podem apresentar desenvolvimento das glândulas mamárias. É o que se chama de ginecomastia. Esta tende a desaparecer durante a adolescência, porém, se não desaparecer ou se o crescimento for excessivo, trazendo transtornos para o adolescente um médico deve ser consultado a esse respeito.
Qual a idade certa para ocorrer a puberdade?
A idade para entrar na puberdade não é a mesma para meninos e meninas nem a mesma para todos os meninos ou todas as meninas. O ser humano é repleto de singularidades e cada um tem seu próprio ritmo de desenvolvimento, porém, há uma média que se pode ter como referência.
Nas meninas os primeiros indícios da puberdade podem ocorrer a partir dos nove anos e nos meninos a partir dos dez. Isso não significa dizer que todos vão entrar na puberdade nessa fase. É considerado normal o início da puberdade até os treze anos nas meninas e catorze nos meninos.
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A puberdade que ocorre fora desses períodos é considerada uma anormalidade que pode ser chamada de:
Puberdade precoce – quando ocorre antes dos oito anos em meninas e dos nove em meninos;
Puberdade retardada – quando até os 13 anos nos meninas e catorze nos meninos, não apareceu nenhum dos sinais devidos.
Nesses casos o médico deve ser consultado para dar as devidas orientações de procedimento e encaminhar para um tratamento se for necessário.
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Gravidez Precoce
Adolescente Grávida\Engravidar na adolescência é, na maioria dos casos, uma atitude não planejada, passível de conflitos externos (sociedade: escola, família) e internos (psicológicos: depressão, medo, insegurança). Os índices de gravidez na juventude aumentam constantemente, considerando pesquisas em variados países.
A menina que se encontra nessa fase da vida, marcada por mudanças físicas e mentais, não está suficientemente preparada para a gestação. Se ela não está disposta a encarar tal situação, muito menos estará o futuro pai, pois este também é responsável pela concepção e nascimento da criança.
A gravidez na adolescência pode ocorrer de diversas formas:
atividade sexual precoce e inconsequente;
violência sexual;
dificuldade no diálogo familiar, entre outros.
Para evitar esse possível transtorno, é necessário existir confiança mútua no ambiente familiar, informações mais detalhadas sobre métodos contraceptivos, redução da ideologia impregnada da desvalorização do conceito sexual exposta às crianças, desmistificação de algumas ideias repassadas entre amigos e, acima de tudo, respeito e limite ao seu próprio tempo quanto ao início da atividade sexual.
As etapas de qualquer gravidez, seja ela planejada ou não, exigem cuidados importantíssimos à saúde da mãe e bebê. Os riscos são maiores nas gestantes adolescentes, por isso, elas necessitam de assistência médica o quanto antes.
Pré-natal, acompanhamento terapêutico, apoio familiar e bem-estar pessoal são extremamente fundamentais nesse momento tão delicado na vida de uma jovem.
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O que é Adolescência?
Uma fase confusa, caracterizada por incertezas, modificações corporais e psicológicas intensas e maior exposição de ideias contrárias àquelas impostas pela sociedade, ou até mesmo pelos pais.
A busca pela liberdade e independência do autoritarismo familiar, rebeldia,conflitos na própria aceitação e no círculo de amigos, descobertas, criação de uma identidade ao se unir e se inserir à um grupo social, tudo isso contribui para o amadurecimento do ser humano. A adolescência compreende as seguintes faixas etárias: 15 a 24 de acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), 10 a 20 para a OMS (Organização Mundial da Saúde) e 11 aos 18 para o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).
A transição da infância para a fase adulta é desencadeada por meio de algumas transformações, inclusive as fisiológicas. O desenvolvimento desenfreado de hormônios, característico dessa etapa da vida, marca o início da puberdade.
A puberdade implica em alterações tanto no corpo feminino, quanto no masculino. Nos garotos, ocorre o crescimento de pelos pubianos e nas axilas. Aumento do pênis e testículos, alterações e engrossamento de voz e a primeira ejaculação. Nas meninas, o surgimento da menarca (1ª menstruação), desenvolvimento das glândulas mamárias, crescimento de pelos pubianos e nas axilas e aumento dos quadris.
Nos dois organismos, acontecem as primeiras etapas da fase de reprodução humana. Logo, inicia-se o amadurecimento do comportamento pessoal, a atratividade pelo sexo oposto e o contato com a sexualidade.
Entretanto, nesse momento de crescentes dúvidas, as informações duvidosas como mídia e amigos e à falta de cumplicidade e confiança entre pais e filhos, são fatores que influenciam na entrada de conceitos deturpados relacionados ao sexo.
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Métodos contraceptivos
Os métodos contraceptivos são métodos que evitam a gravidez indesejada e devem ser escolhidos com a ajuda de um profissional e em comum acordo entre o casal.
Os métodos contraceptivos são utilizados por pessoas que têm vida sexual ativa e querem evitar uma gravidez. Além disso, a camisinha, por exemplo, protege de doenças sexualmente transmissíveis (DST).
Há vários tipos de métodos contraceptivos disponíveis no mercado, como a camisinha masculina, camisinha feminina, o DIU (dispositivo intrauterino), contracepção hormonal injetável, contracepção hormonal oral (pílula anticoncepcional), implantes, espermicida, abstinência periódica, contracepção cirúrgica, contracepção de emergência, entre outros.
Entre tantos métodos disponíveis, torna-se necessário o auxílio de um médico para escolher qual método utilizar, pois ele levará em consideração a idade, a frequência em que mantém relações sexuais, necessidades reprodutivas, saúde etc.
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É muito importante ter consciência de que qualquer método escolhido só funcionará se for utilizado da maneira correta.
Entre os métodos contraceptivos, há os que são reversíveis e os que são irreversíveis. Os métodos reversíveis, também chamados de temporários, são aqueles que, ao interromper o uso, é possível engravidar. Os métodos irreversíveis, também conhecidos como definitivos, são aqueles que exigem uma intervenção cirúrgica, como vasectomia, para os homens; e laqueadura tubária, para as mulheres.
Os métodos contraceptivos são classificados em cinco grupos:
Métodos comportamentais
- Tabelinha;
- Temperatura basal;
- Muco cervical (método Billings);
- Coito interrompido.
Métodos de barreira
- Camisinha;
- Diafragma;
- Esponjas;
- Espermicidas;
- Dispositivo intrauterino (DIU)
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Contracepção hormonal
- Contraceptivos orais;
- Contraceptivos injetáveis;
- Implantes;
- Anel vaginal;
- Adesivos cutâneos;
- Contracepção de emergência (pílula do dia seguinte);
Contracepção cirúrgica
- Vasectomia
- Laqueadura.
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Tabelinha
É um método que se baseia na observação de vários ciclos menstruais para determinar o período fértil da mulher. A eficácia deste método depende de seu uso correto, que consiste em não ter relações sexuais no período fértil. A tabelinha requer disciplina, conhecimento do funcionamento do próprio corpo e observação atenta.
Temperatura Basal
Baseia-se nas alterações na temperatura corporal que os hormônios femininos provocam ao longo do ciclo menstrual. A eficácia depende da medida correta da temperatura em repouso e da abstinência de relações sexuais no período fértil.
Muco Cervical
Este método baseia-se na determinação do período fértil pela auto-observação das mudanças do muco cervical ao longo do ciclo menstrual. O muco cervical é uma secreção produzida no colo do útero pela ação dos hormônios femininos, podendo ser coletado por meio da introdução dos dedos na vagina. O casal que não deseja engravidar deve evitar as relações sexuais nos dias em que o muco cervical estiver parecido com a clara de ovo e até o quarto dia após esse período. Este método não é indicado após o parto ou durante a amamentação, ou quando a mulher apresentar febre ou corrimento vaginal.
Coito Interrompido
O homem retira seu pênis da vagina da parceira e ejacula fora dela, mantendo seu sêmen afastado dos genitais externos da mulher.
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Camisinha Masculina
Feita de látex, a camisinha é flexível, fina e resistente, e funciona como uma "capa" protetora entre o pênis e a vagina, impedindo o contato direto entre eles, e evitando também o contágio das DST’s (doenças sexualmente transmissíveis). Além disso, funciona formando uma barreira que mantém os espermatozoides fora da vagina, prevenindo a gravidez.
Camisinha Feminina
Feita de poliuretano, a camisinha feminina é flexível, fina e resistente, e funciona como uma "capa" protetora entre o pênis e vagina, impedindo o contato direto entre eles, e evitando também o contágio das DST’s (doenças sexualmente transmissíveis). Além disso, funciona formando uma barreira que mantém os espermatozoides fora da vagina, prevenindo a gravidez.
Diafragma
É uma cúpula feita de silicone ou látex, com bordas firmes e flexíveis, que mede entre 6 e 8 cm. O diafragma forma uma barreira no colo do útero, impedindo que os espermatozoides entrem no útero e encontrem o óvulo. É necessário consultar um médico para escolher o tamanho certo do diafragma e aprender a colocá-lo corretamente. Este método deve ser usado junto com o espermicida.
Esponja Contraceptiva
A esponja contraceptiva é um tipo de controle de natalidade de barreira semelhante ao diafragma, que impede a gravidez, mas não protege contra as doenças sexualmente transmissíveis. A esponja contraceptiva é um dispositivo macio, em forma de disco, feito de espuma de poliuretano e com uma alça para facilitar a sua remoção. A esponja contém espermicidas e deve ser molhada antes de ser inserida na vagina, onde irá cobrir o colo do útero, impedindo a passagem dos espermatozoides. 13
Espermicida
É uma substância introduzida profundamente na vagina, perto do colo uterino, antes da relação sexual. Funciona provocando a ruptura da membrana dos espermatozoides e impedindo que encontrem o óvulo. Requer o uso correto a cada ato sexual, e é considerado um dos métodos contraceptivos menos eficazes. O espermicida pode ser usado isoladamente ou em conjunto com o diafragma.
Dispositivo Intrauterino- DIU de Cobre
O dispositivo intrauterino (DIU) de cobre é uma pequena estrutura de plástico flexível, em forma de T, que contém fios de cobre. Ele é inserido pelo médico dentro do útero da usuária, podendo ser necessária a administração de anestesia para esse procedimento. O DIU de cobre funciona basicamente danificando os espermatozoides e evitando que cheguem até o óvulo.
Dispositivo Intrauterino - DIU Hormonal OU SIU (Sistema Intrauterino)
O dispositivo intrauterino (DIU) hormonal é um dispositivo plástico em forma de T que libera um tipo de hormônio, o progestagênio. Ele é inserido pelo médico dentro do útero da usuária, podendo ser necessária a administração de anestesia para esse procedimento. O DIU hormonal funciona basicamente suprimindo o crescimento da membrana que recobre a parede da cavidade uterina (endométrio).
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Pílula Anticoncepcional 
A pílula é um anticoncepcional utilizado pela via oral. As pílulas anticoncepcionais são divididasem duas categorias: a das combinadas, isto é, que contêm os hormônios estrogênio e progestagênio, e a das isoladas, que contêm apenas o progestagênio. Elas funcionam basicamente impedindo a liberação de óvulos pelos ovários, ou seja, inibindo a ovulação. Algumas pílulas que contêm somente progestagênio não bloqueiam totalmente a ovulação, mas impedem a gravidez através do espessamento do muco que existe no colo do útero, o que dificulta a entrada dos espermatozoides, e da alteração do tecido que reveste internamente o útero (endométrio). As pílulas somente com progestagênio podem ser utilizadas quando a mulher está amamentando. Ambos os tipos de pílulas requerem a sua utilização nos dias recomendados e no horário correto para que sejam efetivas.
Injeção
É uma forma injetável de anticoncepcional aplicada no músculo (na nádega ou no braço) que pode ser administrada mensalmente (combinação dos hormônios estrogênio + progestagênio) ou trimestralmente (somente o progestagênio). Após a injeção ser aplicada, o que deve ser feito por um profissional de saúde habilitado, os hormônios são liberados aos poucos, impedindo a ovulação.
Implante
É um pequeno bastão de 4 cm de comprimento, que libera um tipo de hormônio, o progestagênio, impedindo a ovulação durante os 3 anos de uso. É introduzido por um médico sob a pele do braço da usuária, sendo utilizada anestesia local nesse procedimento, que não requer internação hospitalar.
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Anel Anticoncepcional
É um pequeno anel feito de silicone, flexível e transparente, que contém dois tipos de hormônios: o estrogênio e o progestagênio. Quando introduzido na vagina pela própria mulher, uma vez ao mês, o anel libera pequenas doses dos hormônios que são absorvidas pelo organismo e impedem a ovulação, da mesma forma que as pílulas anticoncepcionais combinadas o fazem. Ele deve ser retirado pela própria mulher após 21 dias de uso.
Adesivo
É um adesivo fino de 4,5 x 4,5 cm, a ser aplicado sobre a pele, que contém dois tipos de hormônios, o estrogênio e o progestagênio. Quando está em contato com a pele, o adesivo libera os hormônios que, ao serem absorvidos pelo organismo, inibem a ovulação, da mesma forma que as pílulas anticoncepcionais combinadas o fazem. 
Pílula do Dia Seguinte (Anticoncepcional de emergência)
É um método anticoncepcional de emergência utilizado para evitar uma gravidez indesejada após uma relação sexual desprotegida. Este método pode retardar a ovulação ou evitar a implantação do óvulo fecundado.
Vasectomia
É uma cirurgia que pode ser feita em homens que não desejam mais ter filhos. É um método anticoncepcional considerado permanente ou irreversível, porque, depois de feita a cirurgia, é muito difícil recuperar a capacidade de engravidar a parceira.
Laqueadura
É um procedimento realizado por uma equipe médica, em ambiente hospitalar, nas mulheres que não desejam mais ter filhos. Este procedimento é também denominado anticoncepção permanente ou esterilização. Funciona pelo corte ou bloqueio das tubas uterinas, que evita o encontro dos espermatozoides com o óvulo. 16
DST’s
O que são DST?
As doenças sexualmente transmissíveis (DST) são doenças causadas por vírus, bactérias ou outros micróbios que se transmitem, principalmente, através das relações sexuais sem o uso de preservativo com uma pessoa que esteja infectada, e geralmente se manifestam por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas.
Algumas DST podem não apresentar sintomas, tanto no homem quanto na mulher. E isso requer que, se fizerem sexo sem camisinha, procurem o serviço de saúde para consultas com um profissional de saúde periodicamente. Essas doenças quando não diagnosticadas e tratadas a tempo, podem evoluir para complicações graves, como infertilidades, câncer e até a morte.
Usar preservativos em todas as relações sexuais (oral, anal e vaginal) é o método mais eficaz para a redução do risco de transmissão das DST, em especial do vírus da Aids, o HIV. Outra forma de infecção pode ocorrer pela transfusão de sangue contaminado ou pelo compartilhamento de seringas e agulhas, principalmente no uso de drogas injetáveis. A Aids e a sífilis também podem ser transmitidas da mãe infectada, sem tratamento, para o bebê durante a gravidez, o parto. E, no caso da Aids, também na amamentação.
O tratamento das DST melhora a qualidade de vida do paciente e interrompe a cadeia de transmissão dessas doenças.
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Quais são as DST?
Aids
Cancro mole
Clamídia e Gonorreia
Condiloma acuminado (HPV)
Doença Inflamatória Pélvica (DIP)
Donovanose
Hepatites virais
Herpes
Infecção pelo Vírus T-linfotrópico humano (HTLV)
Linfogranuloma venéreoSífilisTricomoníase
As DST são graves?
As doenças sexualmente transmissíveis (DST) são um grave problema de saúde pública porque:
· Facilitam a transmissão sexual do HIV (vírus da AIDS);
· Quando não diagnosticados e tratados a tempo, podem levar a pessoa portadora a ter complicações graves e até à morte;
· Algumas DST, quando acometem gestantes, podem provocar o abortamento ou o nascimento com graves malformações.
 
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Quais as consequências das DST?
Quando não tratadas adequadamente, as DST podem causar sérias complicações, além do risco de pegar outras DST, inclusive o vírus da AIDS. Essas complicações podem ser:
· Esterilidade no homem e na mulher (a pessoa não pode mais ter filho);
· Inflamação nos órgãos genitais do homem, podendo causar impotência;
· Inflamação no útero, nas trompas e ovários da mulher, podendo complicar para uma infecção em todo o corpo, o que pode causar a morte;
· Mais chances de ter câncer no colo do útero e no pênis;
· Nascimento do bebê antes do tempo ou com defeito no corpo ou até mesmo a sua morte na barriga da mãe ou depois do nascimento.
 
Como fazer o tratamento das DST?
Cada DST tem um tipo de tratamento e só o profissional de saúde poderá avaliar a fazer essa indicação corretamente. Fazer o tratamento certo é:
· Só tomar remédio indicado pelo serviço de saúde;
· Tomar o remédio na quantidade certa, nas horas certas e até o fim, mesmo que os sintomas e sinais tenham desaparecido;
· Evitar relação sexual nesse período e, se não der para evitar, só manter relações usando camisinha;
· Voltar ao serviço de saúde ao terminar o tratamento, para fazer a revisão (controle de cura). E as mulheres, para fazerem também o exame preventivo do câncer de colo do útero (o médico dirá se esse exame pode ser realizado);
·Levar o parceiro sexual para ser tratado também.
 
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Como fazer a prevenção das DST?
· A melhor forma de prevenir a transmissão das DST é usar sempre e corretamente a camisinha em todas as relações sexuais;
· Não compartilhar agulhas e seringas com outras pessoas;
· No caso de necessitar receber uma transfusão de sangue, exija que ele seja testado para todas as doenças que podem ser transmitidas pelo sangue.
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AIDS
O que é a AIDS?
A AIDS, sigla em inglês para a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Acquired Immunodeficiency Syndrome), é uma doença do sistema imunológico humano resultante da infecção pelo vírus HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana - da sigla em inglês).A AIDS se caracteriza pelo enfraquecimento do sistema imunológico do corpo, com o organismo mais vulnerável ao aparecimento de doenças oportunistas que vão de um simples resfriado a infecções mais graves como tuberculose ou câncer. O próprio tratamento dessas doenças fica prejudicado com a presença do vírus HIV no organismo.
O organismo humano reage diariamente aos ataques de bactérias, vírus e outros micróbios, por meio do sistema imunológico. Muito complexa, essa barreira é composta por milhões de células de diferentes tipos e com diferentes funções, responsáveis por garantir a defesa do organismo e por manter o corpo funcionando livre de doenças.
Entre as células de defesa do organismo humano estão os linfócitos T CD4+, principais alvos do HIV. São esses glóbulos brancos que organizame comandam a resposta diante de bactérias, vírus e outros micróbios agressores que entram no corpo humano.
O vírus HIV, dentro do corpo humano, começa a atacar o sistema imunológico ligando-se a um componente da membrana dessa célula, o CD4, penetrando no seu interior para se multiplicar. Com isso, o sistema de defesa vai pouco a pouco perdendo a capacidade de responder adequadamente, tornando o corpo mais vulnerável a doenças. Quando o organismo não tem mais forças para combater esses agentes externos, a pessoa começar a ficar doente mais facilmente e então se diz que tem AIDS. Esse momento geralmente marca o início do tratamento com os medicamentos antirretrovirais, que combatem a reprodução do vírus.
Há alguns anos, receber o diagnóstico de AIDS era uma sentença de morte. Mas, hoje em dia, é possível ser soropositivo e viver com qualidade de vida. Basta tomar os medicamentos indicados e seguir corretamente as recomendações médicas. Saber precocemente da doença é fundamental para aumentar ainda mais a sobrevida da pessoa. 21 21 
Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a AIDS. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas, ainda assim, podem transmitir o vírus a outras pessoas
Durante a infecção inicial, uma pessoa pode passar por um breve período doente, com sintomas semelhantes aos da gripe. Normalmente isto é seguido por um período prolongado sem qualquer outro sintoma. À medida que a doença progride, ela interfere mais e mais no sistema imunológico, tornando a pessoa muito mais propensa a ter outros tipos de doenças oportunistas, que geralmente não afetam as pessoas com um sistema imunológico saudável.
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Cancro Mole
O que é?
O cancro mole pode ser chamado de cancro venéreo, mas seu nome mais popular é "cavalo". Provocado pela bactéria Haemophilus ducreyi, é mais frequente nas regiões tropicais, como o Brasil.
Formas de contágio
A transmissão ocorre pela relação sexual com uma pessoa infectada, sendo o uso da camisinha a melhor forma de prevenção.
Sinais e sintomas
Os primeiros sintomas - dor de cabeça, febre e fraqueza - aparecem de dois a 15 dias após o contágio. Depois, surgem pequenas e dolorosas feridas com pus nos órgãos genitais, que aumentam progressivamente de tamanho e profundidade. A seguir, aparecem outras lesões em volta das primeiras.
Após duas semanas do início da doença, pode aparecer um caroço doloroso e avermelhado na virilha (íngua), que pode dificultar os movimentos da perna de andar. Esse caroço pode drenar uma secreção purulenta esverdeada ou misturada com sangue.
Nos homens, as feridas aparecem na cabeça do pênis (glande). Na mulher, ficam na vagina e/ou no ânus. Nem sempre, a ferida é visível, mas provoca dor na relação sexual e ao evacuar.
Tratamento
Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessa DST, é recomendado procurar um profissional de saúde, para o diagnóstico correto e indicação do tratamento com antibiótico adequado.
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Clamídia e Gonorreia
O que são?
Clamídia e gonorreia são infecções causadas por bactérias que podem atingir os órgãos genitais masculinos e femininos. A clamídia é muito comum entre os adolescentes e adultos jovens, podendo causar graves problemas à saúde. A gonorreia pode infectar o pênis, o colo do útero, o reto (canal anal), a garganta e os olhos. Quando não tratadas, essas doenças podem causar infertilidade (dificuldade para ter filhos), dor durante as relações sexuais, gravidez nas trompas, entre outros danos à saúde.
Sinais e sintomas
Nas mulheres, pode haver dor ao urinar ou no baixo ventre (pé da barriga), aumento de corrimento, sangramento fora da época da menstruação, dor ou sangramento durante a relação sexual. Entretanto, é muito comum estar doente e não ter sintoma algum. Por isso, é recomendável procurar um serviço de saúde periodicamente, em especial se houve sexo sem camisinha. Nos homens, normalmente há uma sensação de ardor e esquentamento ao urinar, podendo causar corrimento ou pus, além de dor nos testículos. É possível que não haja sintomas e o homem transmita a doença sem saber. Para evitar, é necessário o uso da camisinha em todas as relações sexuais.
Diagnóstico
Por meio da consulta com um profissional de saúde, exame clínico específico e coleta de secreções genitais.
Tratamento
Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessas DST, é recomendado procurar um profissional de saúde, para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado, com o uso de antibióticos específicos.
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Oftalmia Neonatal
É uma conjuntivite do recém-nascido após contaminação durante o nascimento, com secreções genitais da mãe infectada por clamídia e gonorreia, que não foram tratadas. Surge no primeiro mês de vida e pode levar à cegueira, se não prevenida ou tratada adequadamente.
Sinais e sintomas - Vermelhidão e inchaço das pálpebras e/ou presença de secreção (pus) nos olhos.
Prevenção - Deve ser feita a prevenção em todos os recém-nascidos com um colírio, aplicado na primeira hora após o nascimento ainda na maternidade.
Tratamento - Toda oftalmia neonatal deve receber tratamento imediato para as principais bactérias causadoras (gonococo, causador da gonorreia e clamídia), a fim de prevenir consequências graves, como a cegueira. A mãe e seu (s) parceiro (s) sexuais devem sempre ser avaliados e tratados.
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Condiloma acuminado (HPV)
O que é?
O condiloma acuminado, conhecido também como verruga genital, crista de galo, figueira ou cavalo de crista, é uma DST causada pelo Papiloma vírus humano (HPV). Atualmente, existem mais de 100 tipos de HPV - alguns deles podendo causar câncer, principalmente no colo do útero e no ânus. Entretanto, a infecção pelo HPV é muito comum e nem sempre resulta em câncer. O exame de prevenção do câncer ginecológico, o Papanicolau, pode detectar alterações precoces no colo do útero e deve ser feito de rotina por todas as mulheres.
Não se conhece o tempo em que o HPV pode permanecer sem sintomas e quais são os fatores responsáveis pelo desenvolvimento de lesões. Por esse motivo, é recomendável procurar serviços de saúde para consultas periodicamente.
Sinais e Sintomas
A infecção pelo HPV normalmente causa verrugas de tamanhos variáveis. No homem, é mais comum na cabeça do pênis (glande) e na região do ânus. Na mulher, os sintomas mais comuns surgem na vagina, vulva, região do ânus e colo do útero. As lesões também podem aparecer na boca e na garganta. Tanto o homem quanto a mulher podem estar infectados pelo vírus sem apresentar sintomas.
Formas de contágio
A principal forma de transmissão desse vírus é pela via sexual, que inclui o contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Portanto, a infecção pode ocorrer mesmo na ausência de penetração vaginal ou anal. Para a transmissão, a pessoa infectada não precisa apresentar sintomas, mas quando a verruga é visível, o risco de transmissão é muito maior. O uso da camisinha durante a relação sexual geralmente impede a transmissão do vírus, que também pode ser transmitido para o bebê durante o parto.
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Tratamento
Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessa DST, é recomendado procurar um profissional de saúde, para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado.
Vacina
Foram desenvolvidas duas vacinas contra os tipos de HPV mais presentes no câncer de colo do útero. Essa vacina, na verdade, previne contra a infecção por HPV. Mas o real impacto da vacinação contra o câncer de colo de útero só poderá ser observado após décadas. Uma dessas vacinas é quadrivalente, ou seja, previne contra quatro tipos de HPV: o 16 e 18, presentes em 70% dos casos de câncer de colo do útero, e o 6 e 11, presentes em 90% dos casos de verrugas genitais. A outra é bivalente, específica para os subtipos de HPV 16 e 18.
A vacina funciona estimulando aprodução de anticorpos específicos para cada tipo de HPV. A proteção contra a infecção vai depender da quantidade de anticorpos produzidos pelo indivíduo vacinado, a presença destes anticorpos no local da infecção e a sua persistência durante um longo período de tempo.
É fundamental deixar claro que a adoção da vacina não substituirá a realização regular do exame de citologia, Papanicolau (preventivo). Trata-se de mais uma estratégia possível para o enfrentamento do problema e um momento importante para avaliar se há existência de DST.
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Doença Inflamatória Pélvica (DIP)
O que é?
A doença inflamatória pélvica (DIP) pode ser causada por várias bactérias que atingem os órgãos sexuais internos da mulher, como útero, trompas e ovários, causando inflamações.
Formas de contágio
Essa infecção pode ocorrer por meio de contato com as bactérias após a relação sexual desprotegida. A maioria dos casos ocorre em mulheres que tem outra DST, principalmente gonorreia e clamídia não tratadas. Entretanto também pode ocorrer após algum procedimento médico local (inserção de DIU - Dispositivo Intra-Uterino, biópsia na parte interna do útero, curetagem).
Sinais e sintomas
A DIP manifesta-se por dor na parte baixa do abdômen (no "pé da barriga" ou baixo ventre). Também pode haver secreção vaginal (do colo do útero), dor durante a relação sexual, febre, desconforto abdominal, fadiga, dor nas costas e vômitos. Pode haver evolução para forma grave, com necessidade de internação hospitalar tratamento com antibióticos por via venosa.
Tratamento
Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessa DST, é recomendado procurar imediatamente um profissional de saúde, para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado.
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Donovanose
O que é?
É uma infecção causada pela bactéria Klebsiella granulomatis, que afeta a pele e mucosas das regiões da genitália, da virilha e do ânus. Causa úlceras e destrói a pele infectada. É mais frequente no Norte do Brasil e em pessoas com baixo nível socioeconômico e higiênico.
Sinais e sintomas
Os sintomas incluem caroços e feridas vermelhas e sangramento fácil. Após a infecção, surge uma lesão nos órgãos genitais que lentamente se transforma em úlcera ou caroço vermelho. Essa ferida pode atingir grandes áreas, danificar a pele em volta e facilitar a infecção por outras bactérias. Como as feridas não causam dor, a procura pelo tratamento pode ocorrer tardiamente, aumentando o risco de complicações.
Tratamento
O tratamento, com uso de antibióticos, deve ser prescrito pelo profissional de saúde após avaliação cuidadosa. Deve haver retorno após término do tratamento para avaliação de cura da infecção. É necessário evitar contato sexual até que os sintomas tenham desaparecidos e o tratamento finalizado.
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Hepatites Virais
O que são hepatites?
Grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo, a hepatite é a inflamação do fígado. Pode ser causada por vírus, uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. São doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas, mas quando aparecem podem ser cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
Tipos de hepatites:
Hepatite A
A hepatite A é uma doença contagiosa, causada pelo vírus A (VHA) e também conhecida como "hepatite infecciosa". Sua transmissão é fecal-oral, por contato entre indivíduos ou por meio de água ou alimentos contaminados pelo vírus. Geralmente, não apresenta sintomas. Porém, os mais frequentes são: cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Quando surgem, costumam aparecer de 15 a 50 dias após a infecção. Como as hepatites virais são doenças silenciosas, consulte regularmente um médico e faça o teste.
O diagnóstico da doença é realizado por exame de sangue, no qual se procura por anticorpos anti-HAV. Após a confirmação, o profissional de saúde indicará o tratamento mais adequado, de acordo com a saúde do paciente. A doença é totalmente curável quando o portador segue corretamente todas as recomendações médicas. Na maioria dos casos, a hepatite A é uma doença de caráter benigno. Causa insuficiência hepática aguda grave e pode ser fulminante em menos de 1% dos casos.
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Previna-se
A melhor forma de se evitar a doença é melhorando as condições de higiene e de saneamento básico, como por exemplo:
Lavar as mãos após ir ao banheiro, trocar fraldas e antes de comer ou preparar alimentos;
Lavar bem, com água tratada, clorada ou fervida, os alimentos que são consumidos crus, deixando-os de molho por 30 minutos;
Cozinhar bem os alimentos antes de consumi-los, principalmente mariscos, frutos do mar e carne de porco;
Lavar adequadamente pratos, copos, talheres e mamadeiras;
Não tomar banho ou brincar perto de valões, riachos, chafarizes, enchentes ou próximo de onde haja esgoto a céu aberto;
Evitar a construção de fossas próximas a poços e nascentes de rios, para não comprometer o lençol d'água que alimenta o poço. Deve-se respeitar, por medidas de segurança, a distância mínima de 15 metros entre o poço e a fossa do tipo seca e de 45 metros, para os demais focos de contaminação, como chiqueiros, estábulos, valões de esgoto, galerias de infiltração e outros;
Caso haja algum doente com hepatite A em casa, utilizar hipoclorito de sódio a 2,5% ou água sanitária ao lavar o banheiro;
No caso de creches, pré-escolas, lanchonetes, restaurantes e instituições fechadas, adotar medidas rigorosas de higiene, tal como a desinfecção de objetos, bancadas e chão utilizando hipoclorito de sódio a 2,5% ou água sanitária.
Para tratar a água, basta ferver ou colocar duas gotas de hipoclorito de sódio em um litro de água, 30 minutos antes de bebê-la, deixando o recipiente tampado para que o hipoclorito possa agir, tornando a água potável para o consumo. Na ausência de hipoclorito de sódio, pode-se preparar uma solução caseira com uma colher das de sopa de água sanitária a 2,5% (sem alvejante), diluída em um litro de água.
Atualmente, o Sistema Único de Saúde disponibiliza uma vacina específica contra o vírus causador da Hepatite A. Mas esta vacina só é recomendada em situações especiais, como em pessoas com outras doenças crônicas no fígado ou que fizeram transplante de medula óssea, por exemplo.
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Hepatite B
Causada pelo vírus B (HBV), a hepatite do tipo B é uma doença infecciosa também chamada de soro-homóloga. Como o VHB está presente no sangue, no esperma e no leite materno, a hepatite B é considerada uma doença sexualmente transmissível. Entre as causas de transmissão estão:
por relações sexuais sem camisinha com uma pessoa infectada,
da mãe infectada para o filho durante a gestação, o parto ou a amamentação,
ao compartilhar material para uso de drogas (seringas, agulhas, cachimbos), de higiene pessoal (lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam) ou de confecção de tatuagem e colocação de piercings,
por transfusão de sangue contaminado.
A maioria dos casos de hepatite B não apresenta sintomas. Mas, os mais frequentes são cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Esses sinais costumam aparecer de um a seis meses após a infecção. Como as hepatites virais são doenças silenciosas, consulte regularmente um médico e faça o teste.
A hepatite B pode se desenvolver de duas formas, aguda e crônica. A aguda é quando a infecção tem curta duração. Os profissionais de saúde consideram a forma crônica quando a doença dura mais de seis meses. O risco de a doença tornar-se crônica depende da idade na qual ocorre a infecção. As crianças são as mais afetadas. Naquelas com menos de um ano, esse risco chega a 90%; entre 1 e 5 anos, varia entre 20% e 50%. Em adultos, o índice cai para 5% a 10%.
O diagnóstico da hepatite B é feito por meio de exame desangue específico. Após o resultado positivo, o médico indicará o tratamento adequado. Além dos medicamentos (quando necessários), indica-se corte no consumo de bebidas alcoólicas pelo período mínimo de seis meses e remédios para aliviar sintomas como vômito e febre.
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Previna-se
Evitar a doença é muito fácil. Basta tomar as três doses da vacina, usar camisinha em todas as relações sexuais e não compartilhar objetos de uso pessoal, como lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, material de manicure e pedicure, equipamentos para uso de drogas, confecção de tatuagem e colocação de piercings. O preservativo está disponível na rede pública de saúde. Caso não saiba onde retirar a camisinha, ligue para o Disque Saúde (136).
Além disso, toda mulher grávida precisa fazer o pré-natal e os exames para detectar a hepatites, a aids e a sífilis. Esse cuidado é fundamental para evitar a transmissão de mãe para filho. Em caso positivo, é necessário seguir todas as recomendações médicas, inclusive sobre o tipo de parto e amamentação.
Vacina
Atualmente, o Sistema Único de Saúde disponibiliza gratuitamente vacina contra a hepatite B em qualquer posto de saúde. Mas, é necessário: 
ter até 49 anos, 11 meses e 29 dias;
pertencer ao grupo de maior vulnerabilidade (independentemente da idade) - gestantes, trabalhadores da saúde, bombeiros, policiais, manicures, populações indígenas, doadores de sangue, gays, lésbicas, travestis e transexuais, profissionais do sexo, usuários de drogas, portadores de DST.
A imunização só é efetiva quando se toma as três doses, com intervalo de um mês entre a primeira e a segunda dose e de seis meses entre a primeira e a terceira dose.
Biologia
O agente causador da doença é um vírus DNA de fita dupla da família Hepadnaviridae.
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Hepatite C
A hepatite C é causada pelo vírus C (HCV), já tendo sido chamada de "hepatite não A não B". O vírus C, assim como o vírus causador da hepatite B, está presente no sangue. Entre as causas de transmissão estão:
Transfusão de sangue;
Compartilhamento de material para uso de drogas (seringas, agulhas, cachimbos, entre outros), higiene pessoal (lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam) ou para confecção de tatuagem e colocação de piercings;
Da mãe infectada para o filho durante a gravidez (mais rara);
Sexo sem camisinha com uma pessoa infectada (mais rara).
 A transmissão sexual do HCV entre parceiros heterossexuais é muito pouco frequente, principalmente nos casais monogâmicos. Sendo assim, a hepatite C não é uma Doença Sexualmente Transmissível (DST); porém, entre homens que fazem sexo com homens (HSH) e na presença da infecção pelo HIV, a via sexual deve ser considerada para a transmissão do HCV.
O surgimento de sintomas em pessoas com hepatite C aguda é muito raro. Entretanto, os que mais aparecem são cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Por se tratar de uma doença silenciosa, é importante consultar-se com um médico regularmente e fazer os exames de rotina que detectam todas as formas de hepatite. O diagnóstico precoce da hepatite amplia a eficácia do tratamento. Existem centros de assistência do SUS em todos os estados do país que disponibilizam tratamento para a hepatite C.
Quando a infecção pelo HCV persiste por mais de seis meses, o que é comum em até 80% dos casos, caracteriza-se a evolução para a forma crônica. Cerca de 20% dos infectados cronicamente pelo HCV podem evoluir para cirrose hepática e cerca de 1% a 5% para câncer de fígado. O tratamento da hepatite C depende do tipo do vírus (genótipo) e do comprometimento do fígado (fibrose). Para isso, é necessária a realização de exames específicos, como biópsia hepática nos pacientes sem evidências clínicas de cirrose e exames de biologia molecular. 34
Previna-se
Não existe vacina contra a hepatite C, mas evitar a doença é muito fácil. Basta não compartilhar com outras pessoas nada que possa ter entrado em contato com sangue, como seringas, agulhas e objetos cortantes. Entre as vulnerabilidades individuais e sociais, devem ser considerados o uso de álcool e outras drogas e a falta de acesso à informação e aos insumos de prevenção como preservativos, cachimbos, seringas e agulhas descartáveis. Caso você não saiba onde ter acesso aos insumos de prevenção, ligue para o Disque Saúde (136).
Além disso, toda mulher grávida precisa fazer no pré-natal os exames para detectar as hepatites B e C, a aids e a sífilis. Esse cuidado é fundamental para evitar a transmissão de mãe para filho. Em caso de resultado positivo, é necessário seguir todas as recomendações médicas, inclusive sobre o tipo de parto e amamentação (fissuras no seio da mãe podem permitir a passagem de sangue).
Biologia
O vírus da hepatite C é constituído por RNA de fita simples e pertence à família Flaviviridae. Sua detecção se dá por meio de exames de biologia molecular (HCV-RNA) que também são capazes de identificar o seu tipo (genótipo) e quantidade no sangue (carga viral).
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Hepatite D
A hepatite D, também chamada de Delta, é causada pelo vírus D (VHD). Mas esse vírus depende da presença do vírus do tipo B para infectar uma pessoa. E sua transmissão, assim como a do vírus B, ocorre:
por relações sexuais sem camisinha com uma pessoa infectada;
da mãe infectada para o filho durante a gestação, o parto ou a amamentação;
compartilhamento de material para uso de drogas (seringas, agulhas, cachimbos, etc), de higiene pessoal (lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam) ou de confecção de tatuagem e colocação de piercings;
por transfusão de sangue infectado.
 Da mesma forma que as outras hepatites, a do tipo D pode não apresentar sintomas ou sinais discretos da doença. Os mais frequentes são cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Por isso, consulte regularmente um médico e faça o teste.
A gravidade da doença depende do momento da infecção pelo vírus D. Pode ocorrer ao mesmo tempo em que a contaminação pelo vírus B ou atacar portadores de hepatite B crônica (quando a infecção persiste por mais de seis meses).
Infecção simultânea dos vírus D e B
Na maioria das vezes, manifesta-se da mesma forma que hepatite aguda B. Não há tratamento específico e a recomendação médica consiste em repouso e alimentação leve e proibição do consumo de bebidas alcoólicas por um ano.
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Infecção pelo vírus D em portadores do vírus B
Nesses casos, o fígado pode sofrer danos severos, como cirrose ou até mesmo formas fulminantes de hepatite. Pelo caráter grave dessa forma de hepatite, o diagnóstico deve ser feito o mais rápido possível e o tratamento só pode ser indicado por médico especializado. É a principal causa de cirrose hepática em crianças e adultos jovens na região amazônica do Brasil.
Previna-se
Como a hepatite D depende da presença do vírus B para se reproduzir, as formas de evitá-la são as mesmas do tipo B da doença. As principais medidas de proteção são: vacinação contra a hepatite B, uso da camisinha em todas as relações sexuais, não compartilhar de objetos de uso pessoal, como lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, material de manicure e pedicure, equipamentos para uso de drogas, confecção de tatuagem e colocação de piercings. O preservativo está disponível na rede pública de saúde. Caso não saiba onde retirar a camisinha, ligue para o Disque Saúde (136).
Além disso, toda mulher grávida precisa fazer o pré-natal e os exames para detectar as hepatites, a aids e a sífilis. Esse cuidado é fundamental para evitar a transmissão de mãe para filho. Em caso positivo, é necessário seguir todas asrecomendações médicas, inclusive sobre o tipo de parto e amamentação.
Biologia
O vírus da hepatite D, o VHD, é incompleto e precisa do antígeno de superfície HBsAg para se replicar.
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Hepatite E
De ocorrência rara no Brasil e comum na Ásia e África, a hepatite do tipo E é uma doença infecciosa viral causada pelo vírus VHE. Sua transmissão é fecal-oral, por contato entre indivíduos ou por meio de água ou alimentos contaminados pelo vírus. Como as outras variações da doença, quase não apresenta sintomas. Porém, os mais frequentes são cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Esses sinais costumam aparecer de 15 a 60 dias após a infecção.
O diagnóstico é realizado por exame de sangue, no qual se procura por anticorpos anti-HEV. Na maioria dos casos, a doença não requer tratamento, sendo proibido o consumo de bebidas alcoólicas, recomendado repouso e dieta pobre em gorduras. A internação só é indicada em pacientes com quadro clínico mais grave, principalmente mulheres grávidas.
Previna-se
A melhor forma de se evitar a doença é melhorando as condições de higiene e de saneamento básico, como por exemplo:
Lavar as mãos após ir ao banheiro, trocar fraldas e antes de comer ou preparar alimentos;
Lavar bem, com água tratada, clorada ou fervida, os alimentos que são consumidos crus, deixando-os de molho por 30 minutos;
Cozinhar bem os alimentos antes de consumi-los, principalmente mariscos, frutos do mar e carne de porco;
Lavar adequadamente pratos, copos, talheres e mamadeiras;
Não tomar banho ou brincar perto de valões, riachos, chafarizes, enchentes ou próximo de onde haja esgoto a céu aberto;
Evitar a construção de fossas próximas a poços e nascentes de rios, para não comprometer o lençol d'água que alimenta o poço. Deve-se respeitar, por medidas de segurança, a distância mínima de 15 metros entre o poço e a fossa do tipo seca e de 45 metros, para os demais focos de contaminação, como chiqueiros, estábulos, valões de esgoto, galerias de infiltração e outros; 38
Caso haja algum doente com hepatite A em casa, utilizar hipoclorito de sódio a 2,5% ou água sanitária ao lavar o banheiro;
No caso de creches, pré-escolas, lanchonetes, restaurantes e instituições fechadas, adotar medidas rigorosas de higiene, tal como a desinfecção de objetos, bancadas e chão utilizando hipoclorito de sódio a 2,5% ou água sanitária.
Para tratar a água, basta ferver ou colocar duas gotas de hipoclorito de sódio em um litro de água, 30 minutos antes de bebê-la, deixando o recipiente tampado para que o hipoclorito possa agir, tornando a água potável para o consumo. Na ausência de hipoclorito de sódio, pode-se preparar uma solução caseira com uma colher das de sopa de água sanitária a 2,5% (sem alvejante), diluída em um litro de água.
Biologia
O vírus causador da hepatite E, o VHE, é do tipo RNA e pertence à família Caliciviridae.
No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Existem, ainda, os vírus D e E, esse último mais frequente na África e na Ásia. Milhões de pessoas no Brasil são portadoras do vírus B ou C e não sabem. Elas correm o risco de as doenças evoluírem (tornarem-se crônicas) e causarem danos mais graves ao fígado como cirrose e câncer. Por isso, é importante ir ao médico regularmente e fazer os exames de rotina que detectam a hepatite. Para saber se há a necessidade de realizar exames que detectem as hepatites observe se você já se expôs a algumas dessas situações:
Contágio fecal-oral: condições precárias de saneamento básico e água, de higiene pessoal e dos alimentos (vírus A e E);
Transmissão sanguínea: praticou sexo desprotegido, compartilhou seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos que furam ou cortam (vírus B, C e D);
Transmissão sanguínea: da mãe para o filho durante a gravidez, o parto e a amamentação (vírus B, C e D)
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No caso das hepatites B e C é preciso um intervalo de 60 dias para que os anticorpos sejam detectados no exame de sangue.
A evolução das hepatites varia conforme o tipo de vírus. Os vírus A e E apresentam apenas formas agudas de hepatite (não possuindo potencial para formas crônicas). Isto quer dizer que, após uma hepatite A ou E, o indivíduo pode se recuperar completamente, eliminando o vírus de seu organismo. Por outro lado, as hepatites causadas pelos vírus B, C e D podem apresentar tanto formas agudas, quanto crônicas de infecção, quando a doença persiste no organismo por mais de seis meses.
As hepatites virais são doenças de notificação compulsória, ou seja, cada ocorrência deve ser notificada por um profissional de saúde. Esse registro é importante para mapear os casos de hepatites no país e ajuda a traçar diretrizes de políticas públicas no setor.
Sintomas
Em grande parte dos casos, as hepatites virais são doenças silenciosas, o que reforça a necessidade de ir ao médico regularmente e fazer os exames de rotina que detectam os vários tipos de hepatites. Geralmente, quando os sintomas aparecem a doença já está em estágio mais avançado. E os mais comuns são:
. Febre;
. Fraqueza;
. Mal-estar;
. Dor abdominal;
. Enjoo/náuseas;
. Vômitos;
. Perda de apetite;
. Urina escura (cor de café);
. Icterícia (olhos e pele amarelados);
. Fezes esbranquiçadas (como massa de vidraceiro). 40
Herpes
O que é?
É uma doença causada por um vírus que, apesar de não ter cura, tem tratamento. Seus sintomas são geralmente pequenas bolhas agrupadas que se rompem e se transformam em feridas. Depois que a pessoa teve contato com o vírus, os sintomas podem reaparecer dependendo de fatores como estresse, cansaço, esforço exagerado, febre, exposição ao sol, traumatismo, uso prolongado de antibióticos e menstruação. Em homens e mulheres, os sintomas geralmente aparecem na região genital (pênis, ânus, vagina, colo do útero).
Formas de contágio
O herpes genital é transmitido por meio de relação sexual (oral, anal ou vaginal) sem camisinha com uma pessoa infectada. Em mulheres, durante o parto, o vírus pode ser transmitido para o bebê se a gestante apresentar lesões por herpes. Por ser muito contagiosa, a primeira orientação dada a quem tem herpes é uma maior atenção aos cuidados de higiene: lavar bem as mãos, evitar contato direto das bolhas e feridas com outras pessoas e não furar as bolhas.
Sinais e sintomas
Essa doença é caracterizada pelo surgimento de pequenas bolhas na região genital, que se rompem formando feridas e desaparecem espontaneamente. Antes do surgimento das bolhas, pode haver sintomas como formigamento, ardor e coceira no local, além de febre e mal-estar. As bolhas se localizam principalmente na parte externa da vagina e na ponta do pênis. Após algum tempo, porém, o herpes pode reaparecer no mesmo local, com os mesmos sintomas.
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Tratamento
Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessa DST, é recomendado procurar um profissional de saúde, para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado. Não furar as bolhas e não aplicar pomadas no local sem recomendação profissional.
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Infecção pelo Vírus T-linfotrópico humano (HTLV)
O que é?
A doença é causada pelo vírus T-linfotrópico humano (HTLV), que infecta as células de defesa do organismo, os linfócitos T. O HTLV foi o primeiro retrovírus humano isolado (no início da década de 1980) e é classificado em dois grupos: HTLV-I e HTLV-II.
Formas de contágio
A transmissão desse vírus se dá pelo sexo sem camisinha com uma pessoa infectada, compartilhamento de seringas e agulhas durante o uso de drogas e da mãe infectada para o recém-nascido (também chamado de transmissão vertical), principalmente pelo aleitamento materno. Evitar a doença não é difícil. Basta usar camisinha em todas as relações sexuais e não compartilhar seringa, agulha e outro objeto cortante com ninguém. O preservativo está disponívelgratuitamente na rede pública de saúde. Caso não saiba onde retirar a camisinha, ligue para o Disque Saúde (136).
Sinais e sintomas
A maioria dos indivíduos infectados pelo HTLV não apresentam sintomas durante toda a vida. Mas um pequeno grupo dos infectados pode desenvolver manifestações clínicas graves, como alguns tipos de câncer, além de problemas musculares (polimiosite), nas articulações (artropatias), nos pulmões (pneumonite linfocítica), na pele (dermatites diversas), na região ocular (uveíte), além da síndrome de Sjögren, doença autoimune que destrói as glandulas que produzem lágrima e saliva.
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Tratamento
Como o risco do desenvolvimento da doença associado ao HTLV é muito baixo, não há tratamento específico para a infecção. O paciente deve ser acompanhado em serviço de saúde especializado, para diagnosticar e tratar precocemente doenças que podem estar associadas.
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Linfogranuloma Venéreo
O que é?
É uma infecção crônica causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, que atinge os genitais e os gânglios da virilha.
Formas de contágio
A transmissão do linfogranuloma venéreo ocorre pelo sexo desprotegido com uma pessoa infectada. Por isso, é preciso usar camisinha sempre e cuidar da higiene íntima após a relação sexual.
Sinais e sintomas
Os primeiros sintomas aparecem de 7 a 30 dias após a exposição à bactéria. Primeiro, surge uma ferida ou caroço muito pequeno na pele dos locais que estiveram em contato com essa bactéria (pênis, vagina, boca, colo do útero e ânus) que dura, em média, de três a cinco dias. É preciso estar atento às mudanças do corpo, pois essa lesão, além de passageira, não é facilmente identificada. Entre duas a seis semanas após a ferida, surge um inchaço doloroso dos gânglios da virilha. Se esse inchaço não for tratado rápido, pode piorar e formar feridas com saída de secreção purulenta, além de deformidade local. Podem haver, também, sintomas gerais como dor nas articulações, febre e mal-estar.
Tratamento
Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessa DST, é recomendado procurar um profissional de saúde, para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado, que consiste em uso de antibióticos por tempo determinado.
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Sífilis e Sífilis congênita
O que é a Sífilis?
É uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum. Podem se manifestar em três estágios. Os maiores sintomas ocorrem nas duas primeiras fases, período em que a doença é mais contagiosa. O terceiro estágio pode não apresentar sintoma e, por isso, dá a falsa impressão de cura da doença.
Todas as pessoas sexualmente ativas devem realizar o teste para diagnosticar a sífilis, principalmente as gestantes, pois a sífilis congênita pode causar aborto, má formação do feto e/ou morte ao nascer. O teste deve ser feito na 1ª consulta do pré-natal, no 3º trimestre da gestação e no momento do parto (independentemente de exames anteriores). O cuidado também deve ser especial durante o parto para evitar sequelas no bebê, como cegueira, surdez e deficiência mental.
Formas de contágio
A sífilis pode ser transmitida de uma pessoa para outra durante o sexo sem camisinha com alguém infectado, por transfusão de sangue contaminado ou da mãe infectada para o bebê durante a gestação ou o parto. O uso da camisinha em todas as relações sexuais e o correto acompanhamento durante a gravidez são meios simples, confiáveis e baratos de prevenir-se contra a sífilis.
Sinais e sintomas
Os primeiros sintomas da doença são pequenas feridas nos órgãos sexuais e caroços nas virilhas (ínguas), que surgem entre a 7 e 20 dias após o sexo desprotegido com alguém infectado. A ferida e as ínguas não doem, não coçam, não ardem e não apresentam pus. Mesmo sem tratamento, essas feridas podem desaparecer sem deixar cicatriz. Mas a pessoa continua doente e a doença se desenvolve. Ao alcançar um certo estágio, podem surgir manchas em várias partes do corpo (inclusive mãos e pés). 
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Após algum tempo, que varia de pessoa para pessoa, as manchas também desaparecem, dando a ideia de melhora. A doença pode ficar estacionada por meses ou anos, até o momento em que surgem complicações graves como cegueira, paralisia, doença cerebral e problemas cardíacos, podendo, inclusive, levar à morte.
Diagnóstico
Quando não há evidencia de sinais e ou sintomas, é necessário fazer um teste laboratorial. Mas, como o exame busca por anticorpos contra a bactéria, só pode ser feito trinta dias após o contágio.
Tratamento
Recomenda-se procurar um profissional de saúde, pois só ele pode fazer o diagnóstico correto e indicar o tratamento mais adequado, dependendo de cada estágio. É importante seguir as orientações médicas para curar a doença.
Sífilis congênita
É a transmissão da doença de mãe para filho. A infecção é grave e pode causar má-formação do feto, aborto ou morte do bebê, quando este nasce gravemente doente. Por isso, é importante fazer o teste para detectar a sífilis durante o pré-natal e, quando o resultado é positivo, tratar corretamente a mulher e seu parceiro. Só assim se consegue evitar a transmissão da doença.
Sinais e sintomas
A sífilis congênita pode se manifestar logo após o nascimento, durante ou após os primeiros dois anos de vida da criança. Na maioria dos casos, os sinais e sintomas estão presentes já nos primeiros meses de vida. Ao nascer, a criança pode ter pneumonia, feridas no corpo, cegueira, dentes deformados, problemas ósseos, surdez ou deficiência mental. Em alguns casos, a sífilis pode ser fatal.
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O diagnóstico se dá por meio do exame de sangue e deve ser pedido no primeiro trimestre da gravidez. O recomendado é refazer o teste no 3º trimestre da gestação e repeti-lo logo antes do parto, já na maternidade. Quem não fez pré-natal, deve realizar o teste antes do parto. O maior problema da sífilis é que, na maioria das vezes, as mulheres não sentem nada e só vão descobrir a doença após o exame.
Tratamento
Quando a sífilis é detectada, o tratamento deve ser indicado por um profissional da saúde e iniciado o mais rápido possível. Os parceiros também precisam fazer o teste e ser tratados, para evitar uma nova infecção da mulher. No caso das gestantes, é muito importante que o tratamento seja feito com a penicilina, pois é o único medicamento capaz de tratar a mãe e o bebê. Com qualquer outro remédio, o bebê não estará sendo tratado. Se ele tiver sífilis congênita, necessita ficar internado para tratamento por 10 dias. O parceiro também deverá receber tratamento para evitar a reinfecção da gestante e a internação do bebê.
Cuidados com o recém-nascido
Todos os bebês devem realizar exame para sífilis independentemente dos exames da mãe. Os bebês que tiverem suspeita de sífilis congênita precisam fazer uma série de exames antes de receber alta.
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Tricomoníase
O que é?
É uma infecção causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis. Nas mulheres, ataca o colo do útero, a vagina e a uretra, e nos homens, o pênis.
Formas de contágio
A doença pode ser transmitida pelo sexo sem camisinha com uma pessoa infectada. Para evitá-la, é necessário usar camisinha em todas as relações sexuais (vaginais, orais ou anais). É a forma mais simples e eficaz de evitar uma doença sexualmente transmissível.
Sinais e sintomas
Os sintomas mais comuns são dor durante a relação sexual, ardência e dificuldade para urinar, coceira nos órgãos sexuais, porém a maioria das pessoas infectadas não sente alterações no organismo.
Tratamento
Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessa DST, é recomendado procurar um profissional de saúde, para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado. Os parceiros também precisam de tratamento, para que não haja nova contaminação da doença.
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Estupro
Estupro, coito forçado ou violação é um tipo deagressão sexual geralmente envolvendo relação sexual ou outras formas de atos libidinosos realizado contra uma pessoa sem o seu consentimento. O ato pode ser realizado por força física, coerção, abuso de autoridade ou contra uma pessoa incapaz de oferecer um consentimento válido, tal como quem está inconsciente, incapacitado, tem uma deficiência mental ou está abaixo da idade de consentimento. O termo "estupro" é usado às vezes indistintamente do termo "agressão sexual".
A taxa de denúncia, processo e condenação por estupro varia entre as jurisdições. Internacionalmente, a incidência de estupros registrados pela polícia em 2008 variou, por 100.000 pessoas, de 0,2 no Azerbaijão a 92,9 em Botsuana, com 6,3 na Lituânia como média. O estupro por estranhos é geralmente menos comum do que o estupro por pessoas que a vítima conhece, o estupro carcerário de homem contra homem e mulher contra mulher são comuns e podem ser as formas menos relatadas de estupro.
As pessoas que foram estupradas podem ter trauma psicológico e desenvolver Transtorno de estresse pós-traumático. Lesões graves podem resultar juntamente com o risco de gravidez e de doenças sexualmente transmissíveis. Uma pessoa pode enfrentar a violência ou ameaças do estuprador e, em algumas culturas, da família e parentes da vítima.
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Aborto
O aborto é a interrupção de uma gravidez.
É a expulsão de um embrião ou de um feto antes do final do seu desenvolvimento e viabilidade em condições extrauterinas.
O aborto pode ser espontâneo ou induzido. São várias as causas e os motivos que podem levar a que uma gravidez seja interrompida, quer espontaneamente, quer por indução.
O aborto pode ser induzido medicamente com o recurso a um agente farmacológico, ou realizado por técnicas cirúrgicas, como a aspiração, dilatação e curetagem.
Quando realizado precocemente por médicos experientes e com as condições necessárias, o aborto induzido apresenta elevados índices de segurança
Tipos de Aborto
Aborto Espontâneo
Aborto Induzido
Aborto Espontâneo
Surge quando a gravidez é interrompida sem que seja por vontade da mulher. Pode acontecer por vários fatores biológicos, psicológicos e sociais que contribuem para que esta situação se verifique.
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Aborto Induzido
O aborto induzido é um procedimento usado para interromper uma gravidez.
Pode acontecer quando existem malformações congénitas, quando a gravidez resulta de um crime contra a liberdade e autodeterminação sexual, quando a gravidez coloca em perigo a vida e a saúde física e/ou psíquica da mulher ou simplesmente por opção da mulher.
É legal quando a interrupção da gravidez é realizada de acordo com a legislação em vigor (ver legislação).
Quando feito precocemente por médicos experientes e em condições adequadas apresenta um elevadíssimo nível de segurança. 
Aborto Ilegal
O aborto ilegal é a interrupção duma gravidez quando os motivos apresentados não se encontram enquadrados na legislação em vigor ou quando é feito em locais que não estão oficialmente reconhecidos para o efeito.
O aborto ilegal e inseguro constitui uma importante causa de mortalidade e de morbilidade maternas. O aborto clandestino é um problema de saúde pública.
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Complicações do aborto
Embora o aborto, realizado adequadamente, não implique risco para a saúde até às 10 semanas, o perigo aumenta progressivamente para além desse tempo. Quanto mais cedo for realizado, menores são os riscos existentes.
Entre as complicações do aborto destacam-se as hemorragias, as infecções e evacuações incompletas, e, no caso de aborto cirúrgico, as lacerações cervicais e perfurações uterinas. Estas complicações, muito raras no aborto precoce, surgem com maior frequência no aborto mais tardio.
Se nos dias seguintes à intervenção a mulher tiver febre, com temperatura superior a 38ºC, perdas importantes de sangue, fortes dores abdominais ou mal-estar geral acentuado,deve contatar rapidamente o estabelecimento de saúde onde decorreu a intervenção.
Todos os estabelecimentos que prestam este serviço têm de estar equipados de forma a reconhecer as complicações do aborto, com pessoal treinado quer para lidar com elas, quer para referenciar adequadamente as mulheres para cuidados imediatos.
Não há evidência de que um aborto sem complicações tenha implicações na fertilidade da mulher, provoque resultados adversos em gravidezes subsequentes ou afecte a sua saúde mental. 
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A diferença entre sexo, identidade de gênero e orientação sexual
O humanismo trouxe diferentes formas de enxergar o ser humano. As essências passaram a ser mais valorizadas e o ser humano virou objeto de pesquisa na busca pelo autoconhecimento. Sexo, gênero e orientação sexual fizeram mais sentido nesse contexto de identidade cultural e condição humana.
Mas foi só com o movimento de liberdade sexual, iniciado no século XX, que as mulheres passaram a ter direitos sobre o próprio corpo, como se descobrir física e mentalmente. Novas naturezas passaram a ser discutidas, como a homossexualidade, a bissexualidade e a transexualidade. E, apesar de existir um movimento pela aceitação, ainda é necessário muito debate e esclarecimento.
Sexo é diferente de identidade de gênero, que diverge da noção de orientação sexual. Não devem ser usados como sinônimos e devem ser entendidos em sua complexidade e singularidade na formação de cada ser humano. Por esse motivo, o blog da Florence explica os conceitos de sexo, identidade de gênero e orientação sexual:
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 Sexo
Em traços simples, o sexo biológico de um ser humano é definido pela combinação dos seus cromossomos com a sua genitália. Em um primeiro momento, isso infere se você nasceu macho, fêmea ou intersexual. No caso dos intersexuais, a mudança se caracteriza pela indeterminação do sexo biológico, se pensado no binarismo “macho” e “fêmea”.
A intersexualidade pode se manifestar de formas diferentes, seja por conta de as gônadas apresentarem características intermediárias entre os dois sexos, ou o aparelho genital não condizer com o tipo cromossômico.
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Identidade de gênero
 
As últimas discussões no parlamento, que suplantaram as referências ao gênero nas escolas, mostraram a falta de preparo e conhecimento dos políticos no debate sobre o assunto. Constantemente, essas pessoas não sabiam diferenciar suas referências à identidade sexual, orientação sexual e gênero. Principalmente, não acreditam na existência de categorias de gênero.
Pensadoras como Simone de Beauvoir e Luce Irigaray teorizaram o papel e a figura da mulher na sociedade. Com isso, abriram portas para novas discussões sobre gênero – discussões essas que continuam exaltadas, dando um caráter indefinido para o conceito de gênero. 56
No cerne das teorias feministas e da teoria Queer, atualmente, o gênero é tido como categorias que são historicamente, socialmente e culturalmente construídos, e são assumidos individualmente através de papeis, gostos, costumes, comportamentos e representações. Judith Butler, pensadora sobre o assunto, ressalta que o gênero precisa ser assumido pela pessoa, mas isso não acontece num processo de escolha, e sim de construção e de disputas de poder, porque, afinal, o sistema de gêneros é hierárquico e conta com relações de poder.
As identidades de gênero abrangem a complexidade humana e, como Butler propõe, devem fugir do binarismo “homem” e “mulher”. Existem pessoas com mais de um gênero, as transgêneros, as com gênero fluído, com as drag queens, e o genderqueer, que abre a perspectivas para novas formas de ser.
Orientação sexual
A orientação sexual, e não opção sexual, diz respeito à inclinação da pessoa no sentido afetivo, amoroso e sexual. Ou seja, ela sente atração por qual gênero/sexo? Confira algumas orientações sexuais abaixo e lembre-se: todo ser humano merece nada menos do que respeito.
Homossexuais: é a atração afetiva e sexualpor pessoas do mesmo gênero/sexo. As lésbicas, nesse contexto, são mulheres que gostam de mulheres, e os gays são homens que gostam de homens, também sendo o termo usado para mulheres.
Heterossexuais: é a atração afetiva e sexual por pessoas do gênero/sexo oposto.
Bissexuais: seria a atração afetiva e sexual por qualquer pessoa do binarismo de gênero: “homens” ou “mulheres”.
Assexuais: a assexualidade diz respeito às pessoas que não sentem atração por nenhum gênero. Mas vale ressaltar que ainda é uma “sexualidade” em construção.
Pansexuais: é a atração afetiva ou sexual que não depende de gênero ou sexo.
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Parafílias
Mais do que esquisito, descobrir o “mundo das parafilias” é uma experiência surpreendente e, na maior parte das vezes, grotesca. O significado dessa palavra abre espaço para muitos conceitos e interpretações, mas, basicamente, parafilia diz respeito a transtornos sexuais, perversões, anseios, fantasias, comportamentos sexuais intensos e variantes do erotismo. Em outras palavras, são meios pelos quais algumas pessoas têm que passar para que consigam ficar excitadas e/ou chegarem ao orgasmo.
As noções de desvio e desempenho sexual variam entre as diferentes culturas, por isso, algumas vezes, parafilia pode querer dizer “disfunção sexual”. No entanto, isso só acontece quando a atitude parafílica causa dano a alguém, sendo excessiva ou inadequada. O importante é perceber a relação entre o sujeito parafílico e seus estímulos, saber avaliar se essa pessoa é capaz de ter relações sexuais sem tais estímulos e fantasias, determinando seu grau de dependência.
Na maior parte das vezes, a parafilia acontece com os homens. Uma das explicações é que o homem é criado sob um grau de exigência mais rígido, não podendo colocar sua identidade sob suspeita, além de ter sempre que tomar decisões importantes. Isso acabaria gerando um espaço para que a parafilia surgisse, ficando no lugar do subterfúgio.
Listamos abaixo as principais parafilias, tentando juntar as que mais se parecem em “sub-grupos”. Entretanto essa não é uma classificação médica ou psicológica, mas sim uma forma de visualizar como algumas preferências sexuais podem ser algo motivante, no bom sentido, e como podem ser fruto de uma perversão, principalmente quando se torna a principal atividade sexual na vida de alguém. 58
Confira algumas parafilias:
SER O OUTRO
Travestismo: são pessoas que só conseguem ter prazer se tratados como o sexo oposto. Na maioria das vezes, homens que se vestem como mulheres. Observação: não são homossexuais.
Andromimetofilia: o homem que sofre de andromimetofilia prefere transar com mulheres que representem e se relacionem sexualmente como se fossem homens.
Ginemimetofilia: parecido com a andromimetofilia. Mas nesse caso, a preferência é por homens que se relacionem eroticamente como mulheres.
Autonepiofilia: a pessoa se excita ao fingir que é um bebê de fraldas e seu parceiro precisa trata-la como tal. Já quando a pessoa finge que é uma criança, o caso é de infatilismo parafílico, e quando é uma adolescente, estamos falando de juvenilismo parafílico.
IMAGENS
Voyeurismo: são pessoas que gostam de observar pessoas nuas ou tendo relações sexuais, sem o consentimento destes. É um risco, e é isso que provoca a excitação no voyeuristas. Enquanto assistem, eles se masturbam.
Agalmatofilia: nesse caso, a excitação não é com pessoas, mas com a observação de uma estátua ou modelo representativo de pessoa nua. Quando acontece da pessoa não apenas observar, mas também usar a estátua, chamamos de pigmalionismo.
Pictofilia: excitação obtida através da visualização de fotografias, imagens ou vídeos de atividades pornográficas ou obscenas, na presença do parceiro.
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 O OUTRO
Exibicionista: Sabe aqueles homens nojentos que às vezes, seja na praia ou em um canto da rua, mostram seus órgãos genitais e começam a se masturbar? Pois é, esse é o chamado exibicionista, e geralmente são homens tímidos que têm medo de contato sexual e, para sentir prazer, precisam chocar mulheres desconhecidas. Algumas vezes, essas pessoas têm a fantasia de que o observador ficará sexualmente excitado, o que só aumenta sua própria excitação.
Biastofilia: o indivíduo se excita quando, ao atacar uma pessoa desconhecida, esta aparenta estar aterrorizada.
Frotteurismo: pessoas que tocam e se esfregam em uma pessoa sem seu consentimento, geralmente em locais de grande movimento. Ele esfrega seus genitais contra as coxas e nádegas ou acaricia com as mãos a genitália ou os seios da pessoa, fantasiando um relacionamento exclusivo e/ou carinhos com essa.
Escatofilia: é quando a pessoa precisa ter conversas íntimas com pessoas conhecidas ou desconhecidas, com um linguajar vulgar. Também conhecida como telefonescaptofilia.
Somnofilia: o indivíduo só consegue se excitar quando acorda um desconhecido fazendo-lhe carícias eróticas, até mesmo o sexo oral, mas sem que seja preciso o emprego da força ou violência.
Narratofilia: A pessoa só obtem excitação se contar histórias eróticas ao parceiro, principalmente aquelas consideradas sujas, pornográficas ou obcenas.
 IDADE
Pedofilia: Pedófilos são aqueles que se excitam com crianças ou pré-adolescentes, geralmente menos de 13 anos. Essa excitação pode ter natureza homossexual ou heterossexual e, geralmente, são homens tímidos que não se satisfazem com mulheres adultas, mas com crianças eles se sentem no controle da situação. A pedofilia pode se limitar a atividade de despir e observar a criança, ou tocá-la e afagá-la, ou mesmo exibir-se e masturbar-se na presença dela.
Efebofilia: atração por parceiros púberes ou adolescentes. 60
Gerontofilia: atração sexual por parceiros muito mais velhos (com a idade de seus pais ou avós, por exemplo).
ANIMAIS
Zoofilia: praticar sexo com animais ou assistir momentos de cópula é o que dá prazer ao praticante da zoofilia. Pode parecer estranho, mas isso acontece em regiões rurais. Normalmente, a prática desaparece quando a pessoa inicia um relacionamento com humanos.
Formicofilia: consiste na excitação através do contato com pequenos animais, tais como caracóis, rãs, formigas e outros insetos que deslizam, arrastam-se ou mordam os genitais, a região do períneo e os mamilos.
OBJETOS
Fetichismo: o fetichismo é um tipo de parafilia bastante comum, e nem sempre é prejudicial. Os meios que despertam o interesse sexual costumam ser calcinhas, soutiens, meias, sapatos, botas ou outras peças do vestuário feminino. O fetichista normalmente pede para que o parceiro use o objeto em durante as relações, ou pode ter uma relação especial com tal objeto, como se masturbar enquanto o segura, esfrega-lo ou cheira-lo. Algumas vezes, o objeto de fetiche pode ser partes do corpo – com tanto que não sejam diretamente ligadas ao sexo. Ou seja, mãos e pés podem ser um objeto de fetiche, mas não os seios ou a vagina.
Hifefilia: é quando a pessoa fica excitada por meio do toque ou roçar na pele de materiais que sejam utilizados nas áreas eróticas do corpo, tais como pelo, couro e tecido.
Misofilia: cheirar, mastigar ou realizar outra ação com roupas sujas, suadas ou com artigos de higiene menstrual é o que deixa o misófilo excitado.
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 CHEIROS E EXCREÇÕES
Olfatofilia: é a excitação a partir de odores das diferentes partes do corpo, principalmente os órgãos genitais.
Coprofilia: Outra doidera da parafilia são as pessoas que gostam de um sexo com fezes, urina ou vômito. O indivíduo excita-se e obtém prazer através do contato com excrementos ou inalação de seu cheiro. Quando a estimulação erótica se dá através do cheiro da urina, pode ser chamada de renifleurismo; se a urina for ingerida, chama-se urofilia.
MORTE E DOR
Necrofilia: pessoas que tem preferência por ter relações sexuais com cadáveres. São considerados psicóticos.
Acrotomofilia: preferência por pessoas que tenham alguma parte de seus corpos amputada, pois a excitação é proporcionada justamente pela falta

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