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SP 2 2 - A Escola na UBS

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Unidade Curricular: Tutoria 
Módulo: Embriologia 
SP 2.2- A escola na UBS... 
 
OBJETIVOS DA TUTORIA – SP 2.2 
1) Descrever o processo de maturação do eixo hipotálamo-hipofisário-gonadal feminino. 
2) Caracterizar as mudanças físicas e psicológicas da puberdade feminina. 
3) Descrever os métodos clínicos utilizados para avaliação do desenvolvimento da puberdade feminina. 
4) Descrever o processo de gametogênese feminina e relacioná-lo com o eixo hipotálamo-hipofisário-
gonadal feminino. 
5) Descrever o ciclo menstrual e relacioná-lo com a maturação do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal. 
6) Relacionar a influência dos aspectos religiosos, legais e éticos com o início da prática sexual e os fatores 
causais associados à gravidez na adolescência e suas consequências para a adolescente. 
7) Descrever os métodos contraceptivos, identificando sua indicação e eficácia. 
8) Citar as principais ISTs. 
 
 
 
OBJETIVO 1 - DESCREVER O PROCESSO DE MATURAÇÃO DO EIXO HIPOTÁLAMO-
HIPOFISÁRIO-GONADAL FEMININO. 
 
EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE-OVARIANO 
 
- O eixo hipotálamo-hipófise-ovariano (HHO), funcionalmente, envolve neurônios do hipotálamo médio basal, 
gonadotropos hipofisários e células teca-granulosas da unidade folicular ovariana. 
 
- As gonadotrofinas sofrem variações qualitativas e quantitativas específicas em resposta às ações exercidas 
pelo hipotálamo, pela hipófise, pelos esteroides ovarianos e moduladores locais parácrinos, autócrinos e 
intrácrinos. 
 
- Numa visão unicista, as modificações endócrinas deste eixo podem resultar diretamente em alterações 
clínicas: insuficiência folicular, insuficiência lútea, anovulação, alterações menstruais, infertilidade e 
hiperandrogenismo. 
 
HIPOTÁLAMO 
- O hipotálamo é parte do diencéfalo, assoalho e parte das paredes laterais do terceiro ventrículo. 
 
- Limita-se anteriormente pelo quiasma óptico e lâmina terminalis, atrás pelos corpos mamilares, internamente 
pelo terceiro ventrículo, em cima pelo sulco hipotalâmico e externamente pelo subtálamo (Figura 1). 
 
- Estruturalmente, é organizado nas regiões anteriores, tuberal e posterior, sendo cada uma delas compostas das 
áreas medial e lateral (Tabela 1). 
 
- A área hipotalâmica lateral assegura a comunicação com o restante do cérebro. 
 
- As áreas medial e anterior tem comunicações com o hipotálamo e a hipófise, via diferentes núcleos neuronais. 
 
- Células neurais peptidérgicas hipotalâmicas sintetizam e secretam peptídeos neuro-hormonais. 
 
- Cerca de 800-3000 neurônios, capazes de sintetizar o hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH), estão 
distribuídos na área hipofisiotrópica, pré-ótica medial, núcleo intersticial da estria terminal do hipotálamo 
anterior, núcleo arqueado e núcleos adjacentes periventriculares do hipotálamo médio basal. 
 
- Estes neurônios constituem o pulso gerador de GnRH e são conectados entre si ou a outros neurônios dentro e 
fora do hipotálamo. 
 
- Receptores para os aminoácidos aspartato e ácidos gama aminobutírico A e B (GABA), kisspeptina e 
esteroides sexuais são expressos neste conjunto neuronal. 
 
- Todos estes elementos exercem funções autócrinas e parácrinas na secreção de GnRH. 
 
- A secreção pulsátil do GnRH está ainda associada à existência de atividade elétrica episódica espontânea no 
hipotálamo. 
 
- Após sua síntese, o GnRH é transportado, via axônio, até a porção terminal da eminência média e, daí, é 
secretado na rede venosa capilar do sistema porta que banha a hipófise anterior. 
 
- O sistema neural adrenérgico do tronco cerebral projeta-se diretamente aos neurônios GnRH e GABA, sendo 
que a noradrenalina tanto estimula o sistema GnRH quando atua diretamente, como inibe-o pela via neurônios 
GABA. 
 
- Os neurônios com receptores para a kisspeptina, localizados no núcleo arqueado, têm função atenuada pelos 
estrogênios (retroalimentação negativa) e aqueles localizados nos núcleos periventriculares anteroventral, têm 
função amplificada pelos estrogênios (retroalimentação positiva). 
 
- A dopamina, neurotransmissor dopaminérgico, inibe a síntese e/ou liberação do GnRH na eminência média e 
circulação porta hipofisária. 
 
- Noradrenalina, kisspeptina, acetilcolina e GABA, atuam como neurotransmissores excitatórios na modulação 
da liberação de GnRH. 
 
- Dopamina, serotonina, endorfinas e melatonina inibem a liberação deste peptídeo. 
 
- O sistema opiodérgico, cujos neurônios estão localizados nos núcleos supraótico e paraventricular inibe o 
sistema GnRH. 
 
- As ações dos esteroides sexuais nos neurônios-GnRH são intermediadas principalmente pelos neurônios 
GABA e kisspeptina, mas a identificação recente de receptores esteroides nos próprios neurônios-GnRH sugere 
possível ação direta. 
 
 
- No hipotálamo, a ação estrogênica depende da dose e tempo de ação. 
 
- Em qualquer concentração, inibe a liberação de GnRH, porém quando seus níveis ultrapassam a 200 pg/ml e 
serem mantidos neste patamar por um período mínimo de 50 horas podem exercer retroalimentação positiva. 
 
- A progesterona, em qualquer concentração, atua inibindo a secreção de GnRH, por alterar a sua pulsatilidade. 
 
- Os androgênios exercem ação negativa nos neuronais secretores de GnRH, sendo relevante a redução de 
testosterona em 5α-didrotestosterone. 
 
HIPÓFISE 
- A hipófise ou glândula pituitária está localizada na fossa hipofisária do osso esfenóide, a sela túrcica. 
 
- Comunica-se com o hipotálamo pela haste hipofisária. 
 
- Estruturalmente, é formada pela hipófise anterior ou adeno-hipófise, de estrutura glandular e posterior ou 
neuro-hipófise, com aspecto de tecido nervoso. 
 
- Topograficamente, a hipófise relaciona-se por cima com o quiasma óptico e por baixo com o seio 
intercavernoso e parte do teto do seio esfenoidal. 
 
- Lateralmente, faz contato com os seios cavernosos e os as estruturas neles contidas. 
 
- A neuro-hipófise contém fibras nervosas amielínicas e axônios de neurônios hipotalâmicos secretores que 
conduzem e promovem ali a secreção de ocitocina e vasopressina. 
 
- A adeno-hipófise libera seus produtos na corrente sanguínea através do sistema porta-hipofisário, sendo 
responsável pela produção das gonadotrofinas (FSH, LH), prolactina (PRL), hormônio estimulante da tireóide 
(TSH), hormônio de crescimento (GH) e hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), em resposta a moduladores 
hipotalâmicos específicos. 
 
- Os gonadotropos, localizados basicamente nas regiões laterais da glândula, sofrem modulação do GnRH via 
circulação porta-hipofisária. 
- Nesta célula, a molécula de GnRH liga-se a receptores específicos na membrana, induzindo a expressão de 
mRNA para a síntese das subunidades alfaglicoproteínas, ßLH e ßFSH. 
 
- Estes receptores para o GnRH são regulados por muitos agentes como o próprio GnRH, esteroides sexuais, 
inibina, ativina e peptídeos da família dos fatores transformadores do crescimento9. 
 
- A interação GnRH-receptor no gonadotropo altera o número dos receptores disponíveis e a própria 
sensibilidade do gonadotropo ao GnRH. 
 
- Enquanto a exposição contínua ao GnRH dessensibiliza o gonadotropo, a exposição pulsátil previne a 
dessensibilização e aumenta a sensibilidade. 
 
- Pulsos mais freqüentes de GnRH favorecem a secreção de LH e pulsos mais esparsos favorecem a secreção de 
FSH. 
 
- Flutuações cíclicas na amplitude e frequência dos pulsos de GnRH, combinadas com mudanças locais na 
capacidade secretora do gonadotropo e níveis variáveis de esteroides sexuais, respondem pelo perfil de secreção 
das gonadotrofinas. 
 
- Na hipófise, os esteroides gonadais modulam a resposta do gonadotropo ao GnRH. O estradiol estimula a 
síntese e o armazenamento das gonadotrofinas, mas impede a liberação destas glicoproteínas na circulação 
sistêmica, promovendo, então, o acúmulo destas moléculas no interior das células. 
 
- Atualmente, considera-se que o picodo LH na metade do ciclo menstrual possa constituir também uma 
resposta à ação direta do estradiol (retroalimentação positiva) sobre a hipófise anterior. 
 
- Embora o mecanismo dessa ação não seja totalmente conhecido, parece haver aumento na concentração dos 
receptores para o GnRH. 
 
- A progesterona imprime resposta bifásica, sendo capaz tanto de inibir como estimular a liberação de LH. – 
 
- Caso o gonadotropo tenha sido previamente exposto ao estradiol, e quando ainda em pequenas quantidades, 
favorece a síntese de FSH e LH. 
 
- Em níveis maiores que 0,8-1,0 ng/ml, o estrogênio inibe a atividade do gonadotropo, e, em conjunto com a 
inibição os pulsos de GnRH em nível hipotalâmico, diminui a frequência dos pulsos de LH e FSH. 
 
- A ação inibitória dos progestogênicos, marcante na secreção de LH, é mínima na síntese de FSH13. 
 
- Os androgênios na hipófise, de modo geral, inibem a síntese de gonadotrofinas. Em resumo, como a secreção 
de FSH e LH pelo gonadotropo obedece aos pulsos de GnRH modulados pelos esteroides sexuais, a 
concentração das gonadotrofinas sofre variação segundo a fase do ciclo menstrual. 
 
- Além da influência dos esteroides sexuais a secreção de FSH, mas não a de LH, sofre modulação dos 
peptídeos ovarianos ativina, inibina e folistatina14. 
 
OVÁRIOS / OOGÊNESE 
- Os folículos ovarianos são formados a partir da interação entre as células germinativas que alcançam a crista 
gonadal e as células somáticas da crista. 
 
- Pouco antes da 20ª semana de gestação encerra-se a formação de novos folículos, tendo início consumo 
gradual da população previamente formada. 
 
- A velocidade de consumo folicular, modulada por mecanismos endócrinos, parácrinos e intrácrinos, não é a 
mesma nos diferentes períodos da vida. 
 
- A mulher nasce com um número determinado de folículos nos dois ovários, diminuindo gradualmente este 
número por atresia e/ou recrutamento para ovulação. 
 
- Dos cerca de 6-7 milhões de folículos existentes em cada ovário na 20ª semana de vida intra-uterina, o feto 
feminino nasce com 1 a 2 milhões; este período de vida intrauterino é marcado por uma perda rápida, na ordem 
de 50.000 folículos diariamente entre a 20ª semana e o nascimento. 
 
- Do nascimento à puberdade, a velocidade de consumo folicular é atenuada a 300-500 folículos/dia, permitindo 
que a mulher inicie sua vida reprodutiva com uma população de 300.000-500.000 folículos. 
 
- Nos anos reprodutivos, a mulher consome cerca de 1.000 folículos a cada ciclo ou 30 folículos diariamente. 
 
- De modo que numa mulher de 50 anos, com ciclos menstruais ainda regulares, cada ovário contém entre 
2.500-4.000 folículos residuais já insensíveis às gonadotrofinas. 
 
- A função ovariana basal é contínua e os ovários têm sua própria atividade e regulação local. 
 
- Nos anos reprodutivos, a resposta ovariana aos pulsos de LH e FSH ocorre de maneira variável em ciclos de 
aproximadamente 28 dias. 
 
- Essa ciclicidade sobrepõe-se à atividade basal gonadotrofina-independente. 
 
- Logo, hipotálamo e hipófise, via modificações nos níveis de LH e FSH, controlam e modulam apenas a etapa 
final do crescimento folicular. 
 
- À medida que diminui a reserva folicular, os níveis basais de FSH se elevam. 
 
- Os níveis basais de LH, relevantes na fase folicular tardia, permanecem mais estáveis e elevam-se tardiamente 
na vida reprodutiva, já no período pré-menopausa. 
 
- Após sua secreção o alvo para FSH é exclusivamente a célula da granulosa; já o LH, além das células da 
granulosa, têm múltiplos sítios-alvo, incluindo células da teça, estroma ovariano, células da granulosa do 
folículo periovulatório e vários tipos de células luteínicas. 
 
OBJETIVO 2 - CARACTERIZAR AS MUDANÇAS FÍSICAS E PSICOLÓGICAS DA 
PUBERDADE FEMININA. 
 
MUDANÇAS FISICAS NO CORPO FEMININO DURANTE A PUBERDADE 
 
A seguir faremos uma lista com as principais mudanças do corpo feminino durante essa fase da vida. 
1 – CRESCIMENTO ACELERADO 
O crescimento acentuado da estatura costuma estar entre os primeiros sinais de que a puberdade teve início. 
É normal que as garotas sintam uma certa estranheza em relação ao corpo e que suas proporções não pareçam 
adequadas ou harmônicas. 
As mãos e pés ficam maiores, seguidos dos ossos dos braços e das pernas. O corpo cresce, as roupas e sapatos 
de repente não servem mais. O ganho de peso também é comum, pois os ossos ficam maiores e mais densos. 
2 – DESENVOLVIMENTO DOS SEIOS 
O desenvolvimento das mamas acontecem por etapas. Primeiro surgem pequenos caroços sob os mamilos e aos 
poucos eles ficam maiores e mais cheios. É comum que em alguns casos eles fiquem doloridos. 
O desenvolvimento completo das mamas pode levar até 3 anos para acontecer e muitas vezes as meninas 
apresentam curiosidade e ansiedade para saber de que tamanho ficarão. 
Por isso, é importante explicar que cada seio é único e o tamanho deles dependem diretamente de fatores 
genéticos. 
É normal que um seio cresça mais que o outro no início da puberdade, entretanto essa diferença é compensada 
mais tarde. Mulheres adultas costumam ter seios assimétricos, porém a diferença costuma ser bem pequena. 
Caso perceba que há uma diferença muito grande no tamanho dos seios já durante a puberdade, é indispensável 
agendar uma consulta médica. 
3 – CURVAS PELO CORPO 
A pélvis cresce bastante nessa fase e o quadril começa a ficar mais largo enquanto a cintura diminui. 
Com o desenvolvimento concomitante dos seios, o corpo ganha certa forma e aquele desconforto do início do 
estirão puberal aos poucos vai passando. 
O aumento de peso fica ainda mais perceptível, porém não há motivo para alarme. Continue cuidando da 
alimentação e incentivando a prática de exercícios físicos ideais para a fase infanto-juvenil. Lembre-se: ganhar 
peso na puberdade é perfeitamente normal. 
4 – SURGIMENTO DOS PELOS 
No início da puberdade a região pubiana começa a apresentar pelos macios e pouco volumosos e, com o passar 
do tempo, eles ficam mais ondulados e compridos. É nessa fase que os pelos das axilas também começam a 
crescer. 
5 – SUANDO EM BICAS 
É provável que as meninas comecem a transpirar mais do que antes da puberdade. O desenvolvimento das 
glândulas sudoríparas faz parte do processo. Pode ser um momento propício para conversar sobre o possível 
início do uso de desodorantes. 
6 – DESENVOLVIMENTO DOS ÓRGÃOS GENITAIS 
Os órgãos genitais também crescem durante a puberdade. Os pequenos e grandes lábios, partes integrantes da 
vulva, se desenvolvem acompanhando as mudanças internas do comprimento do canal vaginal e aumento de 
tamanho do útero. 
7 – SECREÇÃO E MENSTRUAÇÃO 
Pode ser que as garotas estranhem o início das secreções vaginais. É importante explicar que são resultantes de 
processos naturais do corpo para proteger e limpar a vagina. 
O momento da menarca – a primeira menstruação – é um marco na vida de toda mulher e merece atenção 
especial. 
https://www.ayrozaribeiro.com.br/materias/higiene-da-regiao-intima-feminina/
Durante a puberdade é normal que as menstruações sejam imprevisíveis, com intervalos de até 6 meses entre 
um ciclo e outro. Os sangramentos também tendem a ser irregulares e a duração deles pode variar de 1 a 10 
dias. 
Inclusive, é possível que ocorram sangramentos entre os ciclos menstruais. Aos poucos o corpo vai se 
adaptando e a regularidade da menstruação surge gradativamente ao longo de um processo que pode levar 2 
anos para ser concluído. 
O importante é apoiar as meninas e garantir segurança e conforto. Estabelecer uma linha de diálogo franco e 
aberto também ajudar a transmitir confiança. 
A puberdade é um momento delicado em que dúvidas e inseguranças ocorrem, entretanto é passageiro. 
Caso tenha alguma dúvida, entre em contato com sua médica ginecologista de confiança e pergunte tudo que 
for necessário sobre o desenvolvimento de sua filha. 
 
MUDANÇAS PSICOSSOCIAISDURANTE A ADOLESCENCIA 
Em relação ao desenvolvimento psicossocial [...]. 
 
INICIO DA ADOLESCÊNCIA 
O início da adolescência é marcado por diminuição no interesse nas atividades dos pais, grande preocupação 
com as mudanças pubertárias, intenso relacionamento com amigos do mesmo sexo, aumento da necessidade de 
privacidade e falta de controle em relação aos impulsos, podendo ser confundido com o isolamento social de 
alguns distúrbios psiquiátricos de maior incidência nessa fase de vida. Aqui, a linguagem obscena costuma se 
intensificar, assim como a atividade masturbatória. 
 
FASE INTERMEDIÁRIA 
A fase intermediária é o momento de maior intensidade nos conflitos com os pais, quando a aceitação dos 
valores do grupo se torna mais importante. 
A necessidade de experimentações aumenta, as relações com o outro costumam ser fugazes e 
descompromissadas, engajando-se mais frequentemente em comportamentos de risco, requerendo 
intensificação das ações de prevenção. 
 
FASE FINAL 
Na fase final da adolescência, quando há maior estabilidade emocional, o envolvimento grupal é menos intenso, 
há maior aceitação dos valores parentais, busca de objeto amoroso único e habilidade de se comprometer de se 
impor limites. 
 
 
OBJETIVO 3 - DESCREVER OS MÉTODOS CLÍNICOS UTILIZADOS PARA AVALIAÇÃO DO 
DESENVOLVIMENTO DA PUBERDADE FEMININA. 
ESCALAS DE TURNER 
 
- A puberdade é um período de maturação biológica marcado por surgimento de caracteres sexuais secundários, 
estirão de crescimento e modificações da composição corpórea. 
 
- Com exceção do período fetal, não há nenhuma outra fase no desenvolvimento do ser humano em que o 
crescimento em altura e as mudanças na composição corpórea sejam tão intensos e rápidos como na puberdade. 
 
- O estirão puberal dura cerca de 3 a 4 anos e representa ganho de aproximadamente 20% da estatura e 50% do 
peso adultos do indivíduo 
 
- Na adolescência, a idade cronológica deixa de ser um parâmetro seguro para a caracterização biopsicossocial 
de um determinado indivíduo. 
 
- Adolescentes de mesma idade freqüentemente estão em fases distintas da puberdade, pois esta tem início e 
ritmo de progressão muito variáveis entre eles. 
 
- A maioria dos eventos puberais (velocidade máxima de crescimento, menarca, aquisição da estatura final, 
etc.) assim como muitas patologias associadas à puberdade (acne, escoliose, ginecomastia, etc.) e algumas 
dosagens laboratoriais (hemoglobina, fosfatase alcalina, dosagens hormonais, etc.) se correlacionam mais com 
determinadas fases da puberdade do que com a idade cronológica. 
 
- O estadiamento puberal permite ao médico compreender o momento maturacional do seu paciente 
adolescente, fazer correlações entre diversos fenômenos puberais, estimar a provável idade da menarca, a época 
do estirão de crescimento e a estatura final, oferecer ao jovem orientação antecipada sobre os próximos eventos 
da puberdade, aconselhar a escolha apropriada de modalidades esportivas, interpretar corretamente exames 
complementares e tratar patologias associadas à puberdade. 
 
- O estadiamento da puberdade se torna, assim, uma medida importante para a caracterização do grau de 
maturação do adolescente, facilitando a compreensão e o manejo de problemas clínicos mais comuns neste 
grupo etário. Este artigo oferece uma breve revisão sobre a prática do estadiamento puberal, propõe um novo 
modelo fotográfico dos estágios de maturação sexual e um novo método para a mensuração do volume 
testicular. 
 
- Embora alguns modelos de estadiamento puberal tenham sido propostos já nas décadas de 1940 e 1950, coube 
ao médico inglês J.M.Tanner padronizar um método de estadiamento da maturação sexual, que se difundiu a 
partir dos anos 1960, e é o mais utilizado até hoje. 
 
- O estadiamento da maturação sexual é feito pela avaliação das mamas e dos pêlos púbicos no sexo feminino, e 
dos genitais e pêlos púbicos no sexo masculino. 
 
- As mamas e os genitais masculinos são avaliados quanto ao tamanho, forma e características; e os pêlos 
púbicos por suas características, quantidade e distribuição (Tabela 1). 
 
- O estágio 1 corresponde sempre à fase infantil, impúbere, e o estágio 5 à fase pós-puberal, adulta. Portanto, 
são os estágios 2, 3 e 4 que caracterizam o período puberal. 
 
- Convencionou-se chamar esses estágios de estágios de maturação sexual ou estágios de Tanner. 
 
- Para cada sexo, o estadiamento é realizado em duas etapas: mamas (M) e pêlos (P) para as meninas, e genitais 
(G) e pêlos (P) para os meninos (Tabela 1). 
 
- É recomendável que estes dois componentes do estadiamento sejam sempre realizados separadamente (por 
exemplo, M3P3 em vez de ―estágio 3‖). 
 
- Alguns adolescentes poderão estar em fases diferentes para cada uma destas características (por exemplo, 
M4P5 ou G2P1), visto que a maturação das mesmas obedece a mecanismos hormonais e genéticos diferentes. 
 
- A correlação de alguns eventos pubertários é maior com um determinado componente do estadiamento do que 
com outro, por exemplo, a idade da menarca se correlaciona mais com o desenvolvimento mamário do que com 
os pêlos púbicos. 
 
- A maioria dos adolescentes não diverge entre os dois componentes do estadiamento mais do que em um 
estágio, mas situações como G1P3, G4P1 ou M3P1, embora raras, são vistas em adolescentes geralmente 
normais. 
 
- No entanto, diferenças importantes também podem ser sinal de patologia (supra-renal, testicular, etc.). 
 
- O diâmetro da papila e da aréola mamária aumentam durante a puberdade, em ambos os sexos, mas sobretudo 
no sexo feminino. 
 
- O diâmetro da papila feminina aumenta mais nos estágios M4 e M5, o que ajuda a diferenciar os estágios M3, 
M4 e M5 entre si. 
 
- O aparecimento do broto mamário (telarca, M2) pode ser observado inicialmente apenas em uma mama; a 
mama contralateral geralmente começará a crescer semanas a meses depois. 
 
- Assimetrias mamárias, no entanto, podem persistir por algum tempo, entre M2 e M4, ou ser permanentes em 
algumas mulheres. 
 
- O estágio M4 não é observado em todas as garotas; algumas parecem passar diretamente do estágio M3 para 
M5, ou então a duração do estágio M4 é tão fugaz que não chega a ser registrado em consultas sucessivas. Em 
outras moças, ao contrário, o desenvolvimento mamário cessa em M4. 
 
- O estágio 6 de pilificação é observado em cerca de 80% dos homens e 10% de mulheres, e em alguns 
indivíduos, só se completa anos após o fim da puberdade. 
 
OBJETIVO 5 - DESCREVER O CICLO MENSTRUAL E RELACIONÁ-LO COM A MATURAÇÃO 
DO EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE-GONADAL. 
CICLO MENSTRUAL 
- No inicio do ciclo menstrual, inicialmente temos a liberação de um hormônio fundamental para o crescimento 
dos folículos, o FSH. 
- O FSH vai estimular os folículos a crescerem, com os folículos primordiais passando a ser folículos primários 
a partir da ação desse hormônio. 
- O FSH vai estimular de 6 a 12 foliculos, porém somente um vai se tornar o folículo dominante. 
 - Com o crescimento do folículo dominante, ele (folículo dominante) começa a secretar um outro hormônio 
chamado estrógenio. 
- Com a elevação nas concentrações de estrogênio, o endométrio vai se tornar mais espesso. 
- Altas produções do estrogênio irão fazer com que ocorra a produção de um outro hormônio chamado LH 
(Hormonio Luteinizante), tendo seu pico no 14º dia. O pico do LH caracteriza a ocorrência da ovulação. Caso 
não tenha o pico do LH, não ocorre a ovulação. 
- Após a ovulação, o ovulo vai para a região da tuba uterina, aguardando ser fecundado pelo ovulo. 
- Após a ovulação, o folículo passa a ser chamado de corpo luteo. O corpo luteo irá fazer com que ocorra o 
crescimento de um outro hormônio chamado Progesterona. 
- A progesterona vai ser fundamental para que aja o crescimento do endométrio. 
- O estrogênio mantem se alto devido ao corpo luteo, que irá manter a produçãode estrogênio e progesterona 
altos. 
- O endométrio que estava espesso e rico em nutrientes sofre descamação e ocorre a menstruação. 
- Com a menstruação o ciclo menstrual tem seu fim, com o ciclo se iniciando novamente. 
- A primeira fase é chamada de fase folicular. A segunda fase é chamada de fase lutea. 
 
CICLO MENSTRUAL 
 O ciclo menstrual refere-se ao período entre o primeiro dia da menstruação e o primeiro da menstruação 
seguinte. 
Durante o período do ciclo menstrual, o corpo passa por mudanças que o preparam para uma possível gravidez. 
A primeira menstruação é chamada de menarca e nos dois ou três primeiros anos é normal que os ciclos sejam 
um pouco irregulares. Com o tempo, tornam-se mais regulares e tendem a estabilizar até chegar aos 40-45 anos. 
A partir desta idade, os ciclos tornam-se novamente irregulares até a fase da menopausa, quando a mulher deixa 
de menstruar. 
FASES DO CICLO MENSTRUAL 
Existem duas fases principais do ciclo menstrual que diferem entre si, a fase folicular e a fase lútea. Ainda 
pode-se reconhecer uma terceira fase, a ovulatória, caracterizada pelo momento da ovulação. 
A duração do ciclo menstrual é em torno de 28 dias, embora existam ciclos mais curtos de 21 dias e mais 
longos de até 35 dias, também considerados normais. 
1. FASE FOLICULAR 
A primeira fase é denominada fase folicular, que dura aproximadamente 14 dias, variando de 9 a 23 dias. Esta 
fase recebe este nome porque os folículos ovarianos estão em processo de desenvolvimento. 
Mas, o que são os folículos ovarianos? Eles são encontrados nos ovários e abrigam os óvulos imaturos que 
serão liberados gradativamente ao longo da vida reprodutiva da mulher. 
A fase folicular começa no primeiro dia de sangramento até a liberação do óvulo, a fase de ovulação. A 
menstruação, período de sangramento, dura em média 5 dias, embora possa oscilar entre 3 a 7 dias. 
Nos primeiros dias da fase folicular ocorre grande produção do hormônio FSH (folículo estimulante), 
responsável por estimular os ovários a produzir óvulos maduros. 
Com o amadurecimento dos folículos, também há alta produção do hormônio estrogênio, resultando no 
espessamento do endométrio e formação de vasos, condições que tornam o útero preparado para receber o 
óvulo fecundado e iniciar a gravidez. 
Ao final da fase, o principal folículo continua seu desenvolvimento e crescimento, secretando estrogênio cada 
vez mais rápido, levando ao pico de estradiol por volta do décimo dia. 
Em geral, o principal folículo continua seu desenvolvimento e aumenta de tamanho. A secreção de estrogênio 
continua elevada, garantindo que o óvulo está em condições de ser liberado. 
Outra característica é a mudança que ocorre no muco no colo uterino, o qual se torna fino e aquoso. Todas essas 
alterações consistem na preparação do útero para a possível chegada dos espermatozoides e consequente 
fecundação. 
2. FASE OVULATÓRIA 
A fase ovulatória consiste na liberação do óvulo maduro e em condições de ser fecundado, o qual segue para as 
trompas de Falópio ou tubas uterinas e se encaminha para o útero. Esse processo consiste na ovulação. 
O dia da ovulação varia conforme a duração do ciclo. Em muitos casos, ela ocorre no 14º dia do ciclo. Porém, 
isso não é uma regra e a maioria das mulheres ovulam em dias diferentes do ciclo. 
O óvulo possui um curto período de vida, em torno de 24 horas. Para que a gravidez ocorra é preciso manter 
relações sexuais no período fértil da mulher. Já os espermatozoides podem permanecer viáveis por até 5 dias no 
corpo feminino. 
Por esse motivo, deve-se considerar que relações sexuais sem o uso de métodos contraceptivos e até 5 dias 
antes da ovulação possam resultar em gravidez. 
3. FASE LÚTEA OU LUTEÍNICA 
A fase lútea começa com a formação do corpo lúteo, ela compreende o período desde a ovulação até ao 
primeiro dia da próxima menstruação. 
A formação do corpo lúteo ou corpo amarelo ocorre após a ovulação devido a transformação das paredes dos 
folículos ovarianos que se transformam em uma estrutura secretora do hormônio progesterona, o mais ativo 
nessa fase. 
A formação do corpo lúteo ou corpo amarelo ocorre após a ovulação devido a transformação das paredes dos 
folículos ovarianos que se transformam em uma estrutura secretora do hormônio progesterona, o mais ativo 
nessa fase. 
CALENDÁRIO MENSTRUAL 
O calendário menstrual ou tabelinha é um método utilizado para prever o dia provável da ovulação, ou seja, o 
período mais fértil da mulher. 
Por exemplo, se o ciclo menstrual for de 28 dias, a ovulação ocorre no 14º dia após o primeiro dia de 
sangramento. 
Porém, considerando o tempo de vida dos espermatozoides é necessário considerar alguns dias antes da 
ovulação como de alta probabilidade para o risco de gravidez. 
Deve-se evitar relações sexuais cinco dias antes e cinco dias depois do provável dia da ovulação. Nos demais 
dias do ciclo, as chances de engravidar são menores. 
Cabe ressaltar que esse método não é seguro para evitar uma gravidez indesejada e também não previne contra 
as Doenças Sexualmente Transmissíveis. 
 
OBJETIVO 6 - RELACIONAR A INFLUÊNCIA DOS ASPECTOS RELIGIOSOS, LEGAIS E ÉTICOS 
COM O INÍCIO DA PRÁTICA SEXUAL E OS FATORES CAUSAIS ASSOCIADOS À GRAVIDEZ 
NA ADOLESCÊNCIA E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA A ADOLESCENTE. 
IDENTIFICAR OS RISCOS E CONSEQUENCIAS DE UMA GRAVIDEZ PRECOCE 
 
A gravidez na adolescência pode resultar em diversas consequências tanto para a mulher quanto para o bebê, 
como depressão durante e após a gravidez, parto prematuro e aumento da pressão arterial. 
 
Segundo a Organização Mundial de Saúde, a gravidez é considerada precoce quando a menina engravida entre 
os 10 e os 19 anos. 
 
- A gravidez precoce geralmente se deve à cultura e à dificuldade de acesso a métodos contraceptivos, podendo 
causar consequências desagradáveis tanto para a saúde da gestante como do bebê. 
 
 
CONSEQUÊNCIAS DA GRAVIDEZ PRECOCE 
 
A gravidez precoce pode gerar consequências tanto para a mãe quanto para o beber, podendo ter impacto físico, 
psicológico e socioeconômico, por exemplo. 
 
1. CONSEQUÊNCIAS FÍSICAS 
- Devido ao fato da mulher não estar totalmente pronta fisicamente para uma gestação, há maior chance de 
parto prematuro, rompimento precoce da bolsa e aborto espontâneo, por exemplo. 
 
- Além disso, é possível que ocorra diminuição do peso, anemia e alterações no processo de formação dos vasos 
sanguíneos da placenta, podendo resultar em aumento da pressão arterial, cuja situação recebe o nome de pré-
eclâmpsia. 
 
2. CONSEQUÊNCIAS PSICOLÓGICAS 
- Normalmente as mulheres que se encontram em uma gestação precoce também não estão preparadas 
emocionalmente, por isso pode depressão pós-parto ou durante a gravidez, diminuição da autoestima e 
problemas afetivos entre a mãe o bebê. 
 
- Isso faz com que, muitas vezes, essas crianças sejam colocadas para adoção ou criadas pelos avós, sem que 
haja qualquer contato maternal. 
 
3. CONSEQUÊNCIAS SOCIOECONÔMICAS 
- É muito comum que durante e após a gravidez indesejada a mulher abandone os estudos ou o trabalho, pois 
acreditam que não é possível conciliar as duas coisas, além de sofrerem imensa pressão da sociedade e, muitas 
vezes, da própria família em relação ao casamento e ao fato de estar grávida ainda na adolescência. 
 
- Além disso, estar grávida é, muitas vezes, motivo para empresas não contratarem a mulher, pois pode 
representar mais gasto para a empresa, uma vez que dentro de alguns meses entrará em licença maternidade. 
 
4. CONSEQUÊNCIAS PARA O BEBÊ 
- O fato da mulher não estar preparada fisicamente e emocionalmente pode aumentar as chances de parto 
prematuro, do nascimento do bebê com baixo peso e, até mesmo, do risco de alterações no desenvolvimento da 
criança. 
 
- Devido a todas as implicações que a gravidez precoce pode provocar, este tipo de gestação é considerado uma 
gravidez de alto risco e deveser acompanhada por profissionais de saúde qualificados para evitar ou diminuir o 
impacto das consequências. 
 
CAUSAS DA GRAVIDEZ PRECOCE 
As principais causas da gravidez precoce devem-se a vários fatores diferentes, mas podem incluir: 
 
 
l; 
 
 
 
- A gravidez precoce pode acontecer em qualquer classe social, mas é mais frequente nas famílias de baixa 
renda, já que muitas vezes as jovens, devido a falta de objetivos ou incentivos da família em relação aos 
estudos, passa a acreditar que ter um filho representa um projeto de vida. 
O QUE FAZER EM CASO DE GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA 
- Em caso de gravidez precoce, o que a jovem pode fazer é marcar uma consulta médica para iniciar o pré-natal 
e contar a sua família para obter o apoio necessário. 
 
- Médicos psicólogos e obstetras, assim como enfermeiro e assistente social devem ser informados para que 
haja uma correta vigilância pré-natal para reduzir as complicações na mãe e no bebê. Este tipo de 
acompanhamento também ajuda a evitar uma nova gravidez na adolescência e a incentivar a jovem mãe a voltar 
à escola. 
 
- A gravidez na adolescência representa risco tanto para a mãe quanto para o bebê, uma vez que a adolescente 
não está completamente preparada fisicamente e psicologicamente para uma gestação. Dessa forma, toda 
gravidez em meninas entre 10 e 18 anos são consideradas de risco, pois há maior chance do bebê nascer com 
baixo peso, prematuro ou a mulher sofrer aborto espontâneo. 
 
- É importante que a família, a escola e o médico ginecologista orientem a menina assim que comece a ter vida 
sexual ativa, pois assim é possível evitar a gravidez indesejada e doenças sexualmente transmissíveis. 
 
RISCOS DA GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA 
 
- A gravidez na adolescência é sempre considerada uma gravidez de risco, já que a adolescente nem sempre 
está preparada fisicamente para a gestação, o que pode representar risco tanto para a menina quanto para o 
bebê. Os principais riscos da gravidez na adolescência são: 
 
-eclâmpsia e eclâmpsia; 
 
 
 
 
 
 
á formação fetal; 
 
 
- Além disso, a gravidez na adolescência aumenta o risco de óbito da gestante, além do risco de depressão pós-
parto e rejeição ao bebê. 
 
- Além da idade, o peso da adolescente também pode significar um risco, já que uma adolescente que pesa 
menos de 45 quilos apresenta maiores chances de gerar um bebê pequeno para a idade gestacional. 
 
- A obesidade também representa um risco, pois aumenta o risco de diabetes e de hipertensão arterial durante a 
gravidez. 
 
- Se a altura da adolescente for inferior a 1,60 cm, ocorre uma maior probabilidade de ter um quadril pequeno, o 
que aumenta as chances de trabalho de parto prematuro e de dar à luz a um bebê muito pequeno por atraso de 
crescimento intrauterino. 
 
- Durante a gravidez de alto risco, é importante seguir as recomendações do obstetra, como repouso e 
alimentação equilibrada, por exemplo, para que a gestação decorra sem complicações para mãe ou para o bebê. 
 
- É importante também que a mulher saiba identificar os sinais de trabalho de parto prematuro, como a presença 
de corrimento gelatinoso, que pode ou não conter vestígios de sangue, pois o risco de entrar em trabalho de 
parto antes do tempo é maior nestes casos. 
 
1. VISITAR O OBSTETRA REGULARMENTE 
- As gestantes de alto risco normalmente possuem mais consultas pré-natais para que o obstetra possa 
acompanhar o desenvolvimento da gravidez, identificar precocemente problemas e instituir o tratamento 
adequado o mais cedo possível, de forma a manter a saúde da mãe e do bebê. Por isso, é importante a gestante 
não faltar as consultas e seguir todas as recomendações propostas pelo obstetra. 
 
2. FAZER UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL 
- Durante a gravidez de alto risco é importante ter uma dieta saudável e equilibrada. A alimentação deve ser rica 
em frutas, vegetais, cereais integrais, peixe, carnes brancas, como frango e peru, e sementes, como gergelim ou 
sementes de girassol. 
 
- Por outro lado, a gestante deve evitar frituras, doces, embutidos, refrigerantes, café ou alimentos com 
adoçantes artificias, como os refrigerantes light. 
3. NÃO CONSUMIR BEBIDAS ALCOÓLICAS 
- O consumo de álcool durante a gravidez pode aumentar o risco de malformações no bebê, parto prematuro e 
aborto espontâneo, por exemplo. Por isso, é recomendado que a mulher não consuma bebidas alcoólicas durante 
a gestação. 
 
4. REPOUSAR 
- É importante que a grávida cumpra o repouso de acordo com a orientação do obstetra, já que o repouso é 
fundamental para evitar que alguma doença que a grávida tenha piore ou até mesmo para prevenir o 
internamento ou o aparecimento de futuros problemas. 
 
5. CONTROLAR O PESO 
- É recomendado que a grávida de alto risco não deve engordar mais do que o recomendado pelo obstetra, pois 
o excesso de peso aumenta o risco de complicações na mãe, como hipertensão e diabetes e malformações no 
bebê, como defeitos cardíacos.. 
 
6. NÃO FUMAR 
- É importante não fumar e evitar frequentar locais com fumaça do cigarro, uma vez que pode aumentar o risco 
de aborto, parto prematuro e malformações no bebê, além de aumentar o risco de complicações, como 
trombose. 
 
ADOLESCENTES SOFRM COM FALTA DE INFRAESTRUTURA 
- Ser mãe adolescente, sem nenhum tipo de planejamento nem apoio familiar, ocasiona diversos problemas 
na vida da gestante e perpetua um ciclo de pobreza e exclusão social difícil de ser quebrado. 
 
- Adolescentes pobres têm cinco vezes mais risco de engravidar que as mais ricas. Com filhos, dificilmente elas 
conseguirão conciliar os estudos, entrar no mercado de trabalho e ter independência financeira. 
 
- Muitas atrasam o pré-natal (momento extremamente importante para garantir a integridade física do bebê) 
porque não se sentem preparadas para contar para a família que estão grávidas. 
 
- Dessa maneira, a janela para identificar e resolver algum problema de saúde potencialmente grave, como 
sífilis, fica limitada, o que aumenta ainda mais o risco de instabilidade dali em diante. Ao mesmo tempo, elas 
ainda são muito jovens, então elas demonstram preocupações quase infantis. ―Elas chegam assustadas e com 
algumas dúvidas que não condizem com a situação. Perguntam ‗mas como esse bebê vai sair daqui?‘‘. O índice 
de mortalidade entre filhos de mães adolescentes é muito alto. Cerca de 20% da mortalidade infantil no Brasil 
decorrem do óbito precoce de bebês nascidos de mães entre os 15 e 19 anos. 
 
- A taxa de adolescentes com filhos mostra uma faceta conhecida dos brasileiros: a desigualdade social. 
 
- Os dados revelam que a maioria das mães adolescentes tem poucos anos de escolaridade, é negra e vive nas 
regiões menos economicamente desenvolvidas do país. 
 
- São vários os fatores que levam as meninas a engravidar em uma fase da vida em que deveriam se preocupar 
com os estudos e em aproveitar a juventude. 
 
- Muitas têm conhecimento acerca dos métodos contraceptivos, mas ignoram como utilizá-los corretamente. 
Assim, acabam usando o anticoncepcional de forma errada, o que torna sua eficácia reduzida. 
 
- Há regiões em que o acesso a esses métodos é precário. Nem todo posto de saúde oferece contraceptivos, 
entre eles a pílula do dia seguinte. 
- Com acesso limitado, menos informações e a dificuldade comum às meninas muito novas em aderir a métodos 
que exigem regularidade de uso, a contracepção, muitas vezes, falha. 
- Essas adolescentes também têm baixa perspectiva em relação à escolaridade e à futura inserção no mercado de 
trabalho. 
- Em primeiro lugar, oferecemos às meninas mais ricas uma educação de melhor qualidade, que lhes permite 
criar expectativas em relação ao futuro. 
- Assim, sonhos e planos como viajar, entrar em uma faculdade, conhecer outras culturas e pessoas, aprender 
novas habilidades e montar a própria casa antecedem o desejo da maternidade.- Quando essas meninas entram em idade fértil, conversamos com elas sobre sexo e as levamos ao 
ginecologista, que passa a acompanhá-las e orientá-las na escolha do melhor método anticoncepcional, a que 
certamente terão acesso. 
 
- Se os métodos por acaso falharem, pagamos-lhes o aborto em clínicas onde elas podem contar com médicos 
que lhes garantam segurança. 
 
- Para as mulheres de classe social mais alta, a criminalização do aborto pode ser resolvida com dinheiro. Elas 
não se sentem socialmente pressionadas a engravidar; suas amigas não têm filhos e a elas estão destinados 
vários papéis sociais que não os de mãe. 
 
- Com um ou mais filhos nos braços, as meninas de classes sociais mais baixas que mal saíram da infância não 
conseguem dar seguimento aos estudos, tampouco melhorar as condições de vida da família. 
- Acabam destinadas ao serviço doméstico, sem que essa tenha sido necessariamente sua escolha. 
- Para as mulheres mais ricas, a maternidade é, na maioria das vezes, uma escolha e não um destino do qual não 
se pode fugir. Por que aceitamos condenar as mais pobres a uma realidade que evitamos para nossas filhas? 
Todos deveriam ter direito de exercer sua sexualidade e decidir quando e quantos filhos desejam ter, e contar 
com o acesso a métodos que lhe assegurassem esse direito. Uma sociedade que nega a garantia dos direitos 
reprodutivos a todas as mulheres em idade fértil, sem exceção, deveria no mínimo envergonhar-se. 
 
OBJETIVO 7 - DESCREVER OS MÉTODOS CONTRACEPTIVOS, IDENTIFICANDO SUA 
INDICAÇÃO E EFICÁCIA. 
MÉTODOS CONTRACPETIVOS 
 
Nos dias atuais, a uma série de métodos contraceptivos disponíveis para as mulheres se protegerem e evitarem 
uma gravidez não planejada. 
 
Independente de qual método você opte, é essencial que você consulte o seu médico e não comece a fazer uso 
por conta própria. Cada organismo reage de uma maneira e nem sempre o método da sua amiga vai ser o 
melhor método para você. A partir do histórico clínico e do exame físico geral e ginecológico da paciente, o 
médico pode orientar o método contraceptivo, incluindo os métodos hormonais. 
 
Os hormônios dos anticoncepcionais atuam principalmente inibindo a ovulação, o que é a base para impedir a 
gravidez. Os efeitos colaterais que podem ocorrer incluem inchaço, diminuição da libido, sangramento genital 
irregular e dor de cabeça, entre outros. 
 
Um dos métodos mais conhecidos é a pílula, mas há algumas doenças que tornam o seu uso restrito. Doenças 
graves do fígado, câncer de mama, endométrio e doenças tromboembólicas agudas (infarto do miocárdio, 
acidente vascular cerebral) assim como suspeita de gravidez ou atraso menstrual sem diagnóstico definitivo, são 
contraindicações absolutas para o uso da pílula anticoncepcional. Todos os métodos hormonais são incluídos 
nessas restrições, independente da via de administração (oral, injetável, transdérmico, anel vaginal). Os 
métodos contraceptivos não hormonais são liberados, como por exemplo, DIU de cobre e preservativos. 
 
Uma das doenças relacionadas ao uso de métodos contraceptivos hormonais é a trombose. 
 
Lembre-se. Os métodos contraceptivos não hormonais, como o DIU de cobre e os preservativos não têm 
relação com trombose. 
 
MAS AFINAL, QUAL A RELAÇÃO ENTRE MÉTODOS CONTRACEPTIVOS E A TROMBOSE? 
 
O uso de métodos anticoncepcionais combinados, compostos de estrogênio e progestagênio, realmente podem 
aumentar o risco de trombose venosa, mas esse é um evento bastante raro. Abaixo dos 30 anos, a trombose 
venosa ocorre em 1 a 2 em cada 10.000 mulheres não usuárias de métodos hormonais combinados e em cada 2 
a 4 mulheres usuárias desses métodos. Assim, é possível verificar que o uso desses métodos pode aumentar o 
risco, mas mesmos assim, o evento continua sendo bastante incomum de ocorrer. 
 
Outra modernidade dos tempos atuais e que inclusive muitas mulheres já são adeptas é a suspensão da 
menstruação. 
 
Todos os métodos hormonais podem ser utilizados para suspender a menstruação. Os métodos combinados 
(estrogênios e progestagênios) devem ser utilizados sem intervalo para terem esse efeito. Já os métodos 
somente com progestagênios já têm esse tipo de uso, sem intervalo, o que, em geral, provoca a suspensão do 
fluxo menstrual. Ambos os modelos são seguros, não havendo nenhum risco em não menstruar. 
Atenção! Não há qualquer problema em não menstruar. Mulheres que têm muita cólica menstrual, muito fluxo 
menstrual ou tensão pré-menstrual intensa podem se beneficiar bastante dessa opção. 
 
Não há qualquer estudo científico que demonstre prejuízo em não menstruar a curto ou longo prazo e também 
não há relação entre não menstruar e o risco de trombose. 
 
QUALQUER MULHER PODE SUSPENDER A MENSTRUAÇÃO? 
A restrição para uso dos métodos contraceptivos hormonais é a mesma, utilizando ou não a opção de suspender 
a menstruação. 
 
QUEM TEM MIOMA OU ENDOMETRIOSE PODE SE BENEFICIAR COM A SUSPENSÃO? 
Mulheres com endometriose, em geral, têm muita cólica menstrual e aquelas com mioma podem apresentar 
muito fluxo durante o período menstrual, levando até a quadros de anemia. Dessa forma, não menstruar é um 
benefício para aliviar a dor e para resolver a perda sanguínea dessas pacientes. 
 
HÁ RESTRIÇÃO DE IDADE? 
A idade não é uma restrição para uso de métodos contraceptivos hormonais. Apenas há preferência de 
prescrição de métodos com doses menores de estrogênios ou compostos exclusivos de progestagênios para 
mulheres acima dos 40 anos. 
 
Ablação do endométrio: Você conhece esse método? Ablação do endométrio é a retirada e cauterização do 
tecido endometrial, procedimento realizado por histeroscopia, onde coloca-
câmera de vídeo dentro do útero. Pode ser realizado em mulheres jovens, desde que não haja mais desejo de 
gravidez. 
 
MÉTODOS CONTRACEPTIVOS FEMININOS 
 
DISPOSITIVO INTRAUTERINO (DIU) 
 
1 – Como funciona? 
São pequenas peças de plástico no formato da letra ―T‖ ou do número ―7‖, com cerca de 2,5 a 3cm 
introduzidas no interior do útero. 
 
Podem ser utilizas com hormônio ou ter partes metálicas (cobre). 
 
Esse metal atua matando os espermatozoides e impedindo a fertilização. 
 
Já o DIU com hormônio libera pequenas quantidades de progesterona no interior do útero provocando 
alterações do endométrio (camada que reveste o útero) e do muco do colo uterino, dificultando a entrada dos 
espermatozoides e a sua sobrevivência. 
 
2 – Qual a sua eficácia? 
Se usado corretamente o risco de gravidez é de 0,3% para o DIU de cobre e de 0,1% para o DIU hormonal. 
 
3 – Como se utiliza? 
Ambos necessitam ser colocados pelo ginecologista e podem permanecer por alguns anos. 
 
4 – Qual é a sua vantagem? 
Ambos os DIU´s permanecem dentro do útero e garantem excelente eficácia contraceptiva. O DIU de hormônio 
tem como efeito colateral reduzir a menstruação, e pode ser útil para mulheres que possuem cólicas ou fluxo 
menstrual intenso. 
 
5 – Desvantagem? 
O DIU de cobre pode aumentar o fluxo menstrual, além de provocar cólicas. Estes efeitos não são observados 
para o DIU de hormônio. Porém, este pode provocar dor mamária, oleosidade da pele e cistos ovarianos. 
Ambos não previnem DST´s. 
 
DIAFRAGMA 
1 – Como funciona: 
Normalmente é de silicone, no formato de disco maleável, introduzido no interior da vagina de maneira a 
formar uma barreira na frente do colo uterino para não haver a entrada dos espermatozoides no útero. 
 
Deve ser introduzido no interior da vagina, previamente ao ato sexual, em conjunto com gel e creme 
espermicida, para melhorar sua eficácia e aplicação. 
 
2 – Qual a sua eficácia? 
Se usado corretamente, o risco de gravidez é de 15%. 
 
3 – Como se utiliza? 
A maleabilidade do disco permite que ele seja dobrado com os dedos e introduzido facilmente na vagina, á 
maneira de um absorvente interno, pela própria mulher. 
 
Entretanto, é necessáriaa orientação do ginecologista para o uso adequado e correto. 
 
4 – Qual a sua vantagem? 
Liberdade para a mulher controlar a contracepção, não aparece após a sua acomodação e não é percebido pelo 
parceiro, independe de contraindicação quando comparado com outros métodos. 
5 – Desvantagem? 
Deve ser retirado após 6 horas da última relação, apresenta eficácia inferior a outros métodos contraceptivos, 
pode causar infecção urinária, irritação local, alergia, necessidade de complementação do gel espermicida após 
cada relação, além de menor proteção para DST´s. 
 
CAMISINHA FEMININA 
1 – Como funciona? 
É uma bolsa de plástico leve e frouxa, que se adapta a vagina e protege o colo do útero (parte inferior do útero), 
as paredes vaginais e se exterioriza na vulva, ficando a camisinha aparente. 
A penetração do pênis se faz no interior deste dispositivo, contribuindo para a prevenção de doenças 
sexualmente transmissíveis. 
 
2 – Qual a sua eficácia? 
Se usada corretamente, o risco de gravidez é de apenas 5%. 
 
3 – Como se utiliza? 
A própria mulher introduz a camisinha no interior da vagina com auxílio dos dedos, á semelhança de introduzir 
um absorvente interno. 
 
Não deve ser usada ao mesmo tempo com preservativo masculino. 
 
Pode ser introduzida algumas horas antes do contato sexual, mas deve ser substituída após cada relação. 
 
4 – Qual é a sua vantagem? 
A própria mulher pode utilizá-la quando necessário, protege também contra doenças sexualmente 
transmissíveis (DST´s) e independe de contraindicação quando comparado com outros métodos. 
 
5 – Desvantagem? 
A presença do dispositivo vaginal pode inibir o contato sexual, além de ter eficácia inferior a outros métodos 
contraceptivos, pode causar irritação local e alergia. 
CONTRACEPTIVO HORMONAL – ORAL 
1 – COMO FUNCIONA? 
Os contraceptivos orais (ou pílulas anticoncepcionais), podem ser combinadas com os hormônios estrogênio e 
progesterona, ou apenas progesterona. 
 
A principal ação é por interferência na ovulação, mas também modificam o endométrio e o muco do colo do 
uterino no sentido de dificultar a entrada e a sobrevivência dos espermatozoides. 
 
2 – Qual a sua eficácia? 
Se usados corretamente, o risco de gravidez é de 0,3%. 
 
3 – Como se utiliza? 
Ingestão diária de comprimidos. 
Dependendo dos tipos e da combinação hormonal, cada marca de pílula apresentará diferentes intervalos entre 
as cartelas, desde sete dias até o uso contínuo. 
4 – Qual é a sua vantagem? 
Elevada eficácia contraceptiva, além de efeitos colaterais que podem ser desejáveis, como redução de fluxo 
menstrual e cólica, redução de acne e oleosidade da pele. 
 
5 – Desvantagem? 
Em algumas mulheres podem provocar dor mamária, tontura, dor de estômago, alterações de humor e libido, 
ganho de peso, trombose, derrame (efeitos raros). 
 
Não protegem contra DST´s. 
 
CONTRACEPTIVO HORMONAL – INJETAVÉL 
1 – Como funciona? 
Semelhante a pílula, isto é, com associação dos hormônios estrogênio e progesterona ou apenas progesterona. A 
diferença é que há um maior efeito sobre o endométrio e o muco do colo uterino. 
 
2 – Qual a sua eficácia? 
Se usado corretamente, o risco de gravidez é de 0,3% por ano de uso. 
 
3 – Como se utiliza? 
Mensal – Associação dos hormônios estrogênio e progesterona - é aplicada uma dose do contraceptivo por 
meio de injeção muscular mensal. Mantém fluxo menstrual nos intervalos das injeções. 
Trimestral – apenas progesterona - com aplicação de dose a cada três meses. Suspende a menstruação. 
 
4 – Qual a sua vantagem? 
Apresenta elevada eficácia e não necessita da ingestão diária de comprimidos. 
No caso do injetável trimestral, a suspenção da menstruação pode ser útil ás mulheres com cólicas e fluxos 
elevados. 
 
5 – Desvantagem? 
Ganho de peso, dor mamária, dor de cabeça, sangramento irregular. 
Não protege contra DST´s, não pode ser aplicados em mulheres que fazem uso de anticoagulantes pelo risco de 
formarem hematomas no local da injeção. 
 
CONTRACEPTIVO HORMONAL - IMPLANTES 
1 – Como funciona? 
Pequenos tubos (como palitos de fósforo) de 3 cm, que contém o hormônio progesterona e são inseridos na 
pele, especialmente na região do braço. 
 
Podem atuar por até três anos liberando o hormônio. A ação é por interferência na ovulação. 
 
A diferença é que há maior atuação no endométrio e no muco, dificultando a sobrevivência dos 
espermatozoides, bem como, a sua entrada. 
 
2 – Qual a sua eficácia? 
Se usado corretamente, o risco de gravidez é de 0,05%. 
 
3 – Como se utiliza? 
O médico faz uma pequena anestesia na pele por onde introduz uma agulha especial para inserção do implante. 
 
4 – Qual é a sua vantagem? 
Elevada eficácia sem a necessidade de lembrar-se de tomar comprimidos diariamente. Como suspende a 
menstruação também auxilia no controle da dor em mulheres que tenham problemas menstruais. 
 
5 – Desvantagem? Ganho de peso, dor mamária, dor de cabeça, sangramento irregular, queda de cabelo, 
diminuição de libido, depressão. Não protege contra DST´s. 
 
CONTRACEPTIVO HORMONAL – ANEL VAGINAL 
1 – Como funciona?: 
Anel de silicone maleável com cerca de 4 cm, que contém hormônio estrogênio e progesterona no seu interior. 
É introduzido na vagina onde se acomoda e mucosa vaginal para a circulação sanguínea. Os efeitos 
contraceptivos são os mesmos da pílula. 
 
2 – Qual a sua eficácia? 
Se usado corretamente, o risco de gravidez é de 0,5% por ano de uso. 
 
3 – Como se utiliza? 
A própria mulher introduz o anel no interior da vagina á semelhança do uso de um absorvente interno. 
 
4 – Qual é a sua vantagem? 
Tem os mesmos efeitos da pílula sem ter que se lembrar de tomar comprimidos diariamente. 
 
5 – Desvantagem? 
Pode provocar os mesmos efeitos colaterais da pílula, além de irritação vaginal e corrimento. Não protege 
contra DST´s. 
 
CONTRACEPTIVO HORMONAL – ADESIVO CUTÂNEO 
1 – COMO FUNCIONA? 
Pequenos selos adesivos, com cerca de 2 cm, que se colocam firmemente á pele, e liberam hormônios 
(estrogênio e progesterona) que são absorvidos e liberados na circulação sanguínea. Atuam como os 
contraceptivos hormonais orais. 
 
2 – Qual a sua eficácia? 
Se usado corretamente, o risco de gravidez é de 0,3%. 
 
3 – Como se utiliza? 
A própria paciente o selo, que é trocado a cada semana, sobre a pele de regiões de pouco atrito como nádegas, 
lombar, ombro. 
 
4 – Qual é a sua vantagem? 
Elevada eficácia com facilidade de uso, sem a necessidade de se lembrar de utilizar. 
 
5 – Desvantagem? 
Apresenta os mesmos riscos dos outros métodos hormonais, além de poder provocar irritação da pele. Não 
protege contra DST´s. 
 
OBJETIVO 8 - CITAR AS PRINCIPAIS ISTS. 
Infecções Sexualmente Transmissíveis 
As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. 
Elas são transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de camisinha masculina 
ou feminina, com uma pessoa que esteja infectada. A transmissão de uma IST pode acontecer, ainda, da mãe para a 
criança durante a gestação, o parto ou a amamentação. De maneira menos comum, as IST também podem ser transmitidas 
por meio não sexual, pelo contato de mucosas ou pele não íntegra com secreções corporais contaminadas. 
O tratamento das pessoas com IST melhora a qualidade de vida e interrompe a cadeia de transmissão dessas infecções. O 
atendimento, o diagnóstico e o tratamento são gratuitos nos serviços de saúde do SUS. 
A terminologia Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) passou a ser adotada em substituição à expressão Doenças 
Sexualmente Transmissíveis (DST), porque destaca a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção, mesmo 
sem sinais e sintomas. 
Sintomas das IST 
Como se manifestam as IST? 
As IST podem se manifestar por meio de feridas, corrimentose verrugas anogenitais, entre outros possíveis sintomas, 
como dor pélvica, ardência ao urinar, lesões de pele e aumento de ínguas. São alguns exemplos de IST: herpes 
genital, sífilis, gonorreia, tricomoníase, infecção pelo HIV, infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV), hepatites 
virais B e C. 
As IST aparecem, principalmente, no órgão genital, mas pode surgir também em outras partes do corpo (ex.: palma das 
mãos, olhos, língua). 
O corpo deve ser observado durante a higiene pessoal, o que pode ajudar a identificar uma IST no estágio inicial. Sempre 
que se perceber algum sinal ou algum sintoma, deve-se procurar o serviço de saúde, independentemente de quando foi a 
última relação sexual. E, quando indicado, avisar a parceria sexual. 
São três as principais manifestações clínicas das IST: corrimentos, feridas e verrugas anogenitais. 
Corrimentos 
 Aparecem no pênis, vagina ou ânus. 
 Podem ser esbranquiçados, esverdeados ou amarelados, dependendo da IST. 
 Podem ter cheiro forte e/ou causar coceira. 
 Provocam dor ao urinar ou durante a relação sexual. 
 Nas mulheres, quando é pouco, o corrimento só é visto em exames ginecológicos. 
 Podem se manifestar na gonorreia, clamídia e tricomoníase. 
Importante! 
O corrimento vaginal é um sintoma muito comum e existem várias causas de corrimento que não são consideradas IST, 
como a vaginose bacteriana e a candidíase vaginal. 
Feridas 
 Aparecem nos órgãos genitais ou em qualquer parte do corpo, com ou sem dor. 
 Os tipos de feridas são muito variados e podem se apresentar como vesículas, úlceras, manchas, entre outros. 
 Podem ser manifestações da sífilis, herpes genital, cancroide (cancro mole), donovanose e linfogranuloma 
venéreo. 
Verrugas anogenitais 
 São causadas pelo Papilomavírus Humano (HPV) e podem aparecer em forma de couve-flor, quando a infecção 
está em estágio avançado. 
 Em geral, não doem, mas pode ocorrer irritação ou coceira. 
HIV/aids e hepatites virais B e C 
 Além das IST que causam corrimentos, feridas e verrugas anogenitais, existem as infecções pelo HIV, HTLV e 
pelas hepatites virais B e C, causadas por vírus, com sinais e sintomas específicos. 
Doença Inflamatória Pélvica (DIP) 
 É outra forma de manifestação clínica das IST. 
 Decorre de gonorreia e clamídia não tratadas. 
 Atinge os órgãos genitais internos da mulher (útero, trompas e ovários), causando inflamações. 
Algumas IST podem não apresentar sinais e sintomas, e se não forem diagnosticadas e tratadas, podem levar a graves 
complicações, como infertilidade, câncer ou até morte. Por isso, é importante fazer exames laboratoriais para verificar se 
houve contato com alguma pessoa que tenha IST, após ter relação sexual desprotegida – sem camisinha masculina ou 
feminina. 
Como é feito o diagnóstico de infecções sexualmente transmissíveis? 
As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) caracterizam-se por infecções causadas por mais de 30 agentes 
etiológicos diferentes (bactérias, vírus, fungos e protozoários), sendo transmitidas de maneira prioritária por contato 
sexual. Eventualmente, também podem ser transmitidas por contato sanguíneo, e da mãe para a criança durante a 
gestação, o parto ou a amamentação. 
As IST ocorrem com alta frequência na população e têm múltiplas apresentações clínicas. No que diz respeito ao 
diagnóstico das IST, a anamnese, a identificação das diferentes vulnerabilidades e o exame físico constituem-se como 
elementos essenciais. Durante o exame físico, deve-se proceder, quando indicado, à coleta de material biológico para a 
realização de testes laboratoriais ou rápidos. 
A abordagem sindrômica, que se baseia nos aspectos clínicos para classificar os principais agentes etiológicos e definir o 
tratamento sem o apoio de testes laboratoriais ou rápidos, não possui cobertura completa nos diferentes aspectos das IST. 
Dessa forma, sempre que possível, os testes laboratoriais ou rápidos devem ser utilizados para auxiliar na definição do 
diagnóstico. Além disso, sempre que disponíveis no serviço, devem ser realizados exames para triagem de gonorreia, 
clamídia, sífilis, HIV e hepatites B e C. 
É importante ressaltar que, mesmo que não haja sinais e sintomas, as IST podem estar presentes e ser, inclusive, 
transmissíveis. Ultimamente, o manejo das infecções assintomáticas está se beneficiando de novas tecnologias 
diagnósticas — algumas já em uso, como os testes rápidos para sífilis e para o HIV, além de outras menos acessíveis até o 
momento, mas que contam com a possibilidade de implantação, como os testes para gonorreia e clamídia. 
Atualmente, o Ministério da Saúde vem incentivando a realização do teste rápido como importante estratégia de saúde 
pública na ampliação do diagnóstico. 
De maneira particular, os testes rápidos são testes nos quais a execução, leitura e interpretação do resultado ocorrem em, 
no máximo, 30 minutos, sem a necessidade de estrutura laboratorial. Podem ser realizados com amostras de sangue total 
obtidas por punção digital ou punção venosa, e também com amostras de soro, plasma e fluido oral. 
Hoje, o Ministério da Saúde distribui aos serviços de saúde do SUS os testes rápidos para HIV, sífilis e hepatites B e C. 
Esses testes podem ser realizados por qualquer profissional, desde que devidamente capacitado, presencialmente ou a 
distância. O TELELAB consiste em uma plataforma de capacitação a distância do Ministério da Saúde, on-line, de livre 
acesso e gratuita, composta por cursos de diagnóstico das IST, incluindo aulas sobre os testes rápidos. Para mais 
informações, acesse: http://telelab.aids.gov.br. 
Além disso, o Ministério da Saúde também oferece aos profissionais a Avaliação Externa de Qualidade para Testes 
Rápidos (AEQ-TR), que consiste em uma importante ferramenta de gestão para garantir a qualidade dos resultados 
gerados na testagem rápida. A avaliação é individual, espontânea e pode ser realizada por qualquer profissional que 
executa teste rápido. No site http://qualitr.paginas.ufsc.br/(link is external) poderão ser localizados o vídeo e o manual 
com informações detalhadas sobre a AEQ-TR. 
Por fim, o atendimento imediato das pessoas com IST e de suas parcerias, além de ter uma finalidade curativa, também 
visa a interrupção da cadeia de transmissão e a prevenção de outras IST e complicações decorrentes dessas infecções. A 
sinergia entre o diagnóstico precoce e o tratamento adequado e oportuno do HIV, da sífilis e das hepatites virais durante a 
gravidez leva à prevenção da transmissão vertical, devendo ser valorizada em todos os níveis de atenção. 
Nesse sentido, o DCCI estabelece e apoia estratégias para redução das IST, em conjunto com estados, municípios, 
organizações não governamentais, entidades de classe e demais instituições envolvidas com o tema. 
Como é a prevenção das IST 
O uso da camisinha (masculina ou feminina) em todas as relações sexuais (orais, anais e vaginais) é o método mais eficaz 
para evitar a transmissão das IST, do HIV/aids e das hepatites virais B e C. Serve também para evitar a gravidez. 
Importante ressaltar que existem vários métodos para evitar a gravidez; no entanto, o único método com eficácia para 
prevenção de IST é a camisinha (masculina ou feminina). Orienta-se, sempre que possível, realizar dupla proteção: uso da 
camisinha e outro método anticonceptivo de escolha. 
A camisinha masculina ou feminina pode ser retirada gratuitamente nas unidades de saúde. 
Quem tem relação sexual desprotegida pode contrair uma IST. Não importa idade, estado civil, classe social, identidade 
de gênero, orientação sexual, credo ou religião. A pessoa pode estar aparentemente saudável, mas pode estar infectada por 
uma IST. 
A prevenção combinada abrange o uso da camisinha masculina ou feminina, ações de prevenção, diagnóstico e 
tratamento das IST, testagem para HIV, sífilis e hepatites virais B e C, profilaxia pós-exposição ao HIV, imunização para 
HPV e hepatite B, prevençãoda transmissão vertical de HIV, sífilis e hepatite B, tratamento antirretroviral para todas as 
PVHIV, redução de danos, entre outros. 
Por que alertar as parcerias sexuais 
O controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) não ocorre somente com o tratamento de quem busca ajuda 
nos serviços de saúde. Para interromper a transmissão dessas infecções e evitar a reinfecção, é fundamental que as 
parcerias também sejam testadas e tratadas, com orientação de um profissional de saúde. 
As parcerias sexuais devem ser alertadas sempre que uma IST for diagnosticada. É importante a informação sobre as 
formas de contágio, o risco de infecção, a necessidade de atendimento em uma unidade de saúde, as medidas de 
prevenção e tratamento (ex.: relação sexual com uso de camisinha masculina ou feminina até que a parceria seja tratada e 
orientada). 
Cancro mole (cancroide) 
É causado pela bactéria Haemophilus ducreyi, sendo mais frequente em países tropicais. 
Formas de contágio 
http://telelab.aids.gov.br/
http://qualitr.paginas.ufsc.br/
Transmite-se pela relação sexual com uma pessoa infectada sem o uso da camisinha masculina ou feminina. 
Sinais e sintomas 
 Feridas múltiplas e dolorosas de tamanho pequeno com presença de pus, que aparecem com frequência nos 
órgãos genitais (ex.: pênis, ânus e vulva). 
 Podem aparecer nódulos (caroços ou ínguas) na virilha. 
Diagnóstico e tratamento 
Ao se observar qualquer sinal e sintoma de cancro mole, a recomendação é procurar um serviço de saúde. O tratamento 
deverá ser prescrito pelo profissional de saúde. 
Gonorreia e infecção por clamídia 
São IST causadas por bactérias (Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis, respectivamente). Na maioria das vezes 
estão associadas, causando a infecção que atinge os órgãos genitais, a garganta e os olhos. Os sintomas causados por essas 
bactérias também podem ser provocados por outras bactérias menos frequentes, como Ureaplasmas e Mycoplasmas. 
Os sintomas mais frequentes causados por essas infecções são, na mulher, corrimento vaginal com dor no baixo ventre na 
mulher, e nos homens, corrimento no pênis e dor ao urinar. No entanto, é muito comum que as infecções causadas por 
essas bactérias sejam assintomáticas na maioria dos casos. A falta de sintomas leva as mulheres a não procurarem 
tratamento para essas infecções, as quais podem se agravar quando não tratadas, causando Doença Inflamatória Pélvica 
(DIP), infertilidade (dificuldade para ter filhos), dor durante as relações sexuais, gravidez nas trompas, entre outros danos 
à saúde. 
Formas de contágio 
A transmissão é sexual e o uso da camisinha masculina ou feminina é a melhor forma de prevenção. 
Sinais e sintomas 
 Dor ao urinar ou no baixo ventre (pé da barriga), corrimento amarelado ou claro, fora da época da menstruação, 
dor ou sangramento durante a relação sexual. 
 A maioria das mulheres infectadas não apresentam sinais e sintomas. 
 Os homens podem apresentar ardor e esquentamento ao urinar, podendo haver corrimento ou pus, além de dor 
nos testículos. 
Diagnóstico e tratamento 
Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessas IST, recomenda-se procurar um serviço de saúde para o diagnóstico 
correto e indicação do tratamento com antibiótico adequado. 
As parcerias sexuais devem ser tratadas, ainda que não apresentem sinais e sintomas. 
Conjuntivite neonatal 
Há possibilidade de transmissão dessas infecções no parto vaginal e a criança pode nascer com conjuntivite, que pode 
levar à cegueira se não for prevenida ou tratada adequadamente. 
Deve-se aplicar colírio nos olhos do recém-nascido na primeira hora após o nascimento (ainda na maternidade) para 
prevenir a conjuntivite (oftalmia) neonatal. 
Além da conjuntivite, a infecção no recém-nascido pode atingir órgãos internos, com aumento a gravidade da infecção, 
por vezes necessitando de internação hospitalar para tratamento. 
Condiloma acuminado (Papilomavírus Humano - HPV) 
O HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano) é um vírus que infecta a pele ou mucosas (oral, genital ou anal) das 
pessoas, provocando verrugas anogenitais (na região genital e ânus) e câncer, a depender do tipo de vírus. A infecção pelo 
HPV é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST). 
FORMAS DE TRANSMISSÃO 
A transmissão do HPV se dá por contato direto com a pele ou mucosa infectada. A principal forma de transmissão é pela 
via sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Portanto, o contágio com o HPV 
pode ocorrer mesmo na ausência de penetração vaginal ou anal. Também pode haver transmissão durante o parto. 
Como muitas pessoas infectadas pelo HPV não apresentam sinais ou sintomas, elas não sabem que têm o vírus, mas 
podem transmiti-lo. 
SINAIS E SINTOMAS 
A infecção pelo HPV não apresenta sintomas na maioria das pessoas. Em alguns casos, o HPV pode ficar latente de 
meses a anos, sem manifestar sinais (visíveis a olho nu), ou apresentar manifestações subclínicas (não visíveis a olho nu). 
A diminuição da resistência do organismo pode desencadear a multiplicação do HPV e, consequentemente, provocar o 
aparecimento de lesões. A maioria das infecções em mulheres (sobretudo em adolescentes) tem resolução espontânea, 
pelo próprio organismo, em um período aproximado de até 24 meses. 
As primeiras manifestações da infecção pelo HPV surgem, aproximadamente, entre dois e oito meses, mas pode demorar 
até 20 anos para aparecer algum sinal da infecção. As manifestações costumam ser mais comuns em gestantes e em 
pessoas com imunidade baixa. 
Lesões clínicas – apresentam-se como verrugas na região genital e no ânus (denominadas tecnicamente condilomas 
acuminados e popularmente conhecidas como "crista de galo", "figueira" ou "cavalo de crista"). Podem ser únicas ou 
múltiplas, de tamanho variável, achatadas ou papulosas (elevadas e sólidas). Em geral, são assintomáticas, mas pode 
haver coceira no local. Essas verrugas, normalmente, são causadas por tipos de HPV não cancerígenos. 
Lesões subclínicas (não visíveis ao olho nu) – podem ser encontradas nos mesmos locais das lesões clínicas e não 
apresentam sinais/sintomas. As lesões subclínicas podem ser causadas por tipos de HPV de baixo e de alto risco para o 
desenvolvimento de câncer. 
Podem acometer vulva, vagina, colo do útero, região perianal, ânus, pênis (geralmente na glande), bolsa escrotal e/ou 
região pubiana. Menos frequentemente, podem estar presentes em áreas extragenitais, como conjuntivas e mucosas nasal, 
oral e laríngea. 
Mais raramente, crianças que foram infectadas no momento do parto podem desenvolver lesões verrucosas nas cordas 
vocais e laringe (Papilomatose Respiratória Recorrente). 
PREVENÇÃO 
Vacinar-se contra o HPV é a medida mais eficaz para se prevenir contra a infecção. A vacina é distribuída gratuitamente 
pelo SUS e é indicada para: 
Meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos; 
Pessoas que vivem HIV na faixa etária de 9 a 26 anos; 
Pessoas transplantadas na faixa etária de 9 a 26 anos; 
Ressalta-se, porém, que a vacina não é um tratamento e não apresenta eficácia contra infecções ou lesões por HPV já 
existentes. A vacina não previne infecções por todos os tipos de HPV, mas é focada para os tipos mais frequentes: 6, 11, 
16 e 18. 
Exame preventivo do câncer de colo de útero: câncer do colo do útero é causado principalmente pela infecção 
persistente por alguns tipos do vírus HPV. O exame preventivo, também chamado de colpocitologia oncótica cervical ou 
Papanicolau, é o exame ginecológico preventivo mais comum para identificar lesões precursoras de câncer do colo do 
útero. Esse exame ajuda a detectar células anormais no revestimento do colo do útero, que podem ser tratadas antes de se 
tornarem câncer. O exame não é capaz de diagnosticar a presença do HPV; no entanto, é considerado o melhor método 
para detectar o câncer do colo do útero e suas lesões precursoras. 
Quando essas alterações queantecedem o câncer são identificadas e tratadas, é possível prevenir 100% dos casos. Por 
isso, é muito importante que as mulheres façam o exame de Papanicolau regularmente, mesmo que estejam vacinadas 
contra HPV. 
Preservativo: o uso de preservativo (camisinha) nas relações sexuais é outra importante forma de prevenção do HPV. 
Contudo, o seu uso, apesar de prevenir a maioria das IST, não impede totalmente a infecção pelo HPV, pois muitas vezes 
as lesões estão presentes em áreas não protegidas pela camisinha (vulva, região pubiana, períneo ou bolsa escrotal). A 
camisinha feminina, que cobre também a vulva, é mais eficaz para evitar a infecção, se utilizada desde o início da relação 
sexual. 
Parceria sexual: é fundamental que as parcerias sexuais sejam aconselhadas e examinadas. Pode acontecer de a infecção 
inicial ter ocorrido na parceria sexual que não apresente qualquer sinal ou sintoma. Dessa forma, faz-se necessária a 
realização de consulta para o casal. 
DIAGNÓSTICO 
 O diagnóstico do HPV é atualmente realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais, dependendo do tipo 
das lesões (clínicas ou subclínicas). 
 Lesões clínicas – podem ser diagnosticadas por meio do exame clínico urológico (pênis), ginecológico 
(vulva/vagina/colo uterino), anal (ânus e região perianal) e dermatológico (pele). 
 Lesões subclínicas – podem ser diagnosticadas por exames laboratoriais, como o exame preventivo Papanicolau 
(citopatologia), colposcopia, peniscopia e anuscopia, e também por meio de biopsias e histopatologia, a fim de 
distinguir as lesões benignas das malignas. 
TRATAMENTO 
O objetivo do tratamento das verrugas anogenitais (região genital e ânus) é a destruição das lesões. Independentemente da 
realização do tratamento, as lesões podem desaparecer, permanecer inalteradas ou aumentar em número e/ou volume. 
Sobre o tratamento: 
 Deve ser individualizado, considerando características (extensão, quantidade e localização) das lesões, 
disponibilidade de recursos e efeitos adversos. 
 Os tipos de tratamento são químicos, cirúrgicos e estimuladores da imunidade. 
 Podem ser domiciliares (autoaplicados: imiquimode, podofilotoxina) ou ambulatoriais (aplicados no serviço de 
saúde: ácido tricloroacético – ATA, podofilina, eletrocauterização, exérese cirúrgica e crioterapia), conforme 
indicação profissional para cada caso. 
 Podofilina e imiquimode não devem ser usadas na gestação. 
 O tratamento das verrugas anogenitais não elimina o vírus e, por isso, as lesões podem reaparecer. As pessoas 
infectadas e suas parcerias devem retornar ao serviço, caso se identifiquem novas lesões. 
 Além do tratamento de lesões visíveis, é necessário que os profissionais de saúde realizem exame clínico 
anogenital completo, pois pode haver lesões dentro de vagina e ânus não identificadas pela própria pessoa 
afetada. 
Pessoas com imunodeficiência – as recomendações de tratamento do HPV são as mesmas para pessoas com 
imunodeficiência (ex.: pessoas vivendo com HIV, transplantadas). Porém, nesse caso, o paciente requer acompanhamento 
mais atento, já que pessoas com imunodeficiência tendem a apresentar pior resposta ao tratamento. 
Doença Inflamatória Pélvica (DIP) 
É uma síndrome clínica causada por vários microrganismos, que ocorre devido à entrada de agentes infecciosos pela 
vagina em direção aos órgãos sexuais internos, atingindo útero, trompas e ovários, causando inflamações. Esse quadro 
acontece principalmente quando a gonorreia e a infecção por clamídia não são tratadas. 
Formas de contágio 
Essa infecção pode ocorrer por meio de contato com as bactérias após a relação sexual desprotegida. A maioria dos casos 
se dá em mulheres que têm outra IST, principalmente gonorreia e infecção por clamídia não tratadas. 
Entretanto, também pode ocorrer após algum procedimento médico local – como inserção de Dispositivo Intrauterino 
(DIU), biópsia na parte interna do útero ou curetagem. 
O uso da camisinha masculina ou feminina é a melhor forma de prevenção. 
Sinais e sintomas 
 Dor na parte baixa do abdômen (no “pé da barriga” ou baixo ventre) e/ou durante a relação sexual. 
 Dor abdominal e nas costas. 
 Febre, fadiga e vômitos. 
 Corrimento vaginal, sangramento vaginal, dor ao urinar. 
Diagnóstico e tratamento 
Na presença de qualquer sinal ou sintoma de DIP, recomenda-se procurar imediatamente um profissional de saúde para o 
diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado. 
Em casos mais graves, é necessária a internação hospitalar para uso de antibiótico por via venosa. 
Donovanose 
É uma IST crônica progressiva, causada pela bactéria Klebsiella granulomatis. Acomete preferencialmente a pele e 
mucosas das regiões da genitália, da virilha e do ânus. Causa úlceras e destrói a pele infectada. É pouco frequente, 
ocorrendo na maioria das vezes em climas tropicais e subtropicais. 
Formas de contágio 
A transmissão ocorre pelo sexo desprotegido com uma pessoa infectada. Por isso, recomenda-se sempre o uso da 
camisinha masculina ou feminina. 
Sinais e sintomas 
 Após o contágio, aparece uma lesão que se transforma em ferida ou caroço vermelho. 
 Não dói e não tem íngua. 
 A ferida vermelha sangra fácil, pode atingir grandes áreas e comprometer a pele ao redor, facilitando a infecção 
por outras bactérias. 
Diagnóstico e tratamento 
Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessas IST, recomenda-se procurar um serviço de saúde para o diagnóstico 
correto e indicação do tratamento com antibiótico adequado. 
Ao término do tratamento, é necessário retorno à consulta, para avaliação de cura da infecção. 
Deve-se evitar contato sexual até que os sinais e sintomas tenham desaparecido e o tratamento seja finalizado. 
Linfogranuloma venéreo (LGV) 
O linfogranuloma venéreo (LGV) é uma infecção crônica causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, que atinge os 
órgãos genitais e os gânglios da virilha. É popularmente conhecida como “mula”. 
Formas de contágio 
A transmissão ocorre pelo sexo desprotegido com uma pessoa infectada. Por isso, recomenda-se sempre o uso 
da camisinha masculina ou feminina e o cuidado com a higiene íntima após a relação sexual. 
Sinais e sintomas 
 Feridas nos órgãos genitais e outros (pênis, vagina, colo do útero, ânus e boca), as quais, muitas vezes, não são 
percebidas e desaparecem sem tratamento. 
 Entre uma a seis semanas após a ferida inicial, surge um inchaço doloroso (caroço ou íngua) na virilha, que, se 
não for tratado, rompe-se, com a saída de pus. 
 Pode haver sintomas por todo o corpo, como dores nas articulações, febre e mal-estar. 
 Quando não tratada adequadamente, a infecção pode agravar-se, causando elefantíase (acúmulo de linfa no pênis, 
escroto e vulva). 
Diagnóstico e tratamento 
Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessa IST, recomenda-se procurar um serviço de saúde para o diagnóstico 
correto e indicação do tratamento com antibiótico adequado. 
As parcerias sexuais também precisam ser tratadas. 
Sífilis 
É uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável e exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema 
pallidum. Pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e 
terciária). Nos estágios primário e secundário da infecção, a possibilidade de transmissão é maior. 
Formas de transmissão 
A sífilis pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada, ou ser transmitida para a 
criança durante a gestação ou parto. 
Sinais e sintomas 
Sífilis primária 
 Ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros 
locais da pele), que aparece entre 10 e 90 dias após o contágio. Essa lesão é rica em bactérias. 
 Normalmente não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na 
virilha. 
 Essa ferida desaparece sozinha, independentemente de tratamento.

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