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PODER JUDICIÁRIO 1

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Estrutura do Poder Judiciário
* Esquema extraído: Pedro Lenza, Direito Constitucional Esquematizado, p. 722, 16ª edição
INSTITUCIONAIS
FUNCIONAIS OU DE ÓRGÃOS
AUTONOMIA ORGÂNICO-ADMINISTRATIVA
ART. 96
AUTONOMIA FINANCEIRA ART. 99
INDEPENDÊNCIA DOS ÓRGÃOS JUDICIÁRIOS ART. 95 I,II,III
VITALICIEDADE
INAMOVIBILIDADE
IRREDUTIBILIDADE DE SUBSÍDIOS
IMPARCIALIDADE DOS ÓRGÃOS JUDICIÁRIOSA RT. 95, PAR. ÚNICO ,I- IV
VEDAÇÕES
GARANTIAS DO JUDICIÁRIO
GARANTIAS INSTITUCIONAIS:
A)GARANTIA DE AUTONOMIA ADMINISTRATIVA(ART. 96, I CRFB):
 Art. 96. Compete privativamente:
I - aos tribunais:
a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das normas de processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos;
b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva;
c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de carreira da respectiva jurisdição;
d) propor a criação de novas varas judiciárias;
e) prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos, obedecido o disposto no art. 169, parágrafo único, os cargos necessários à administração da Justiça, exceto os de confiança assim definidos em lei;
 f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes e servidores que lhes forem imediatamente vinculados;
B)GARANTIA DE AUTONOMIA FINANCEIRA(ART. 99 E 168 CRFB):
Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira:
§ 1º Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias.
§ 2º O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados, compete:
I - no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, com a aprovação dos respectivos tribunais;
II - no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territórios, aos Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais.
§ 3º Se os órgãos referidos no § 2º não encaminharem as respectivas propostas orçamentárias dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 1º deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 4º Se as propostas orçamentárias de que trata este artigo forem encaminhadas em desacordo com os limites estipulados na forma do § 1º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 5º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
A)GARANTIA DE INDEPENDÊNCIA: 
 VITALICIEDADE
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:
I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado;
INAMOVIBILIDADE (ART. 95,II)
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII;
(art. 93, VIII : o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa)
IRREDUTIBILIDADE DE SUBSÍDIOS (ART. 95,III)
III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
GARANTIA DA IMPARCIALIDADE(ART. 95 PAR. ÚNICO)
Parágrafo único. Aos juízes é vedado:
I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério;
II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;
III - dedicar-se à atividade político-partidária.
IV receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
V exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
 CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA- CNJ:
 Criação: art. 103-B
 Foi criado com a Emenda Constitucional nº 45/04. Tem sede em Brasília, mas atua em todo o território nacional. 
 Composição: 15 membros
9 membros do Judiciário:
( 1 Presidente -STF , 1 ministro do STJ, 1 ministro do TST, 1 desembargador do Tribunal de Justiça, 1 juiz Estadual, 1 juiz de TRF, 1 juiz Federal , 1 juiz do TRT, 1 juiz do Trabalho)
2 membros advogados
2 membros do Ministério Público
2 membros cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada (sendo 1 indicado pela Câmara de Deputados e outro pelo Senado Federal).
Indicação e nomeação:
O presidente do STF é automaticamente o presidente do CNJ. Na suas ausências assume o vice presidente do STF. O presidente do CNJ não é indicado ou nomeado pelo simples fato de ele ser presidente do STF, pois é membro nato.
O ministro indicado pelo STJ é o corregedor do CNJ.
 Os membros advindos do TRT e da JT são indicados pelo TST, sendo que o TST indica o seu próprio membro. 
Os membros advindos do TJ e JD são indicados pelo STF. 
Os membros advindos do TRF e da JF são indicados pelo STJ, sendo que o STJ indica o seu próprio ministro.
Os dois advogados são indicados pelo Conselho Federal da OAB.
Os dois membros do Ministério Público - 1 membro do MPE escolhido pelo PGR dentre os indicados e 1 Membro do MPU indicado pelo PGR.
 Mandato: 2 anos, podendo haver uma recondução.
 Colaboradores: Colaboram com o CNJ o Procurador Geral da República – PGR e o Presidente do Conselho Federal da OAB.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES :
O CNJ e constitucional, já decidiu o STF.
O CNJ não controla o STF porque o próprio Supremo pode rever os atos do CNJ . 
O STF é competente para processar e julgar as ações contra o CNJ. 
Não há prerrogativa de foro para os membros pela prática de crime comum, apenas para o crime de responsabilidade que será julgado pelo Senado Federal.
 a criação de conselho estadual de justiça é inconstitucional.
 Súmula Vinculante: É uma criação da EC nº 45/04 , foi regulamentada pela lei 11.417/06.
 
 Competência: STF apenas.
 Objetivos: dar efetividade ao processo, celeridade , fazer com que o processo funcione.
 Objeto: A interpretação, validade ou eficácia de uma norma. Ela tem natureza declaratória apenas ,em tese, não cria nada novo.
3.4 Requisitos para criação de uma Súmula Vinculante:
Esses requisitos são cumulativos:
Decisão de 2/3 dos ministros do STF ( esse é o que difere da súmula comum). 
 OBS: Também para revisão ou cancelamento exige-se esse quórum de 2/3)
Controvérsia atual sobre determinado assunto.
Grave insegurança jurídica.
Relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica.
Reiteradas decisões do STF sobre matéria constitucional.
Publicação na imprensa oficial.
Destinatários da Súmula Vinculante:
São destinatários os órgãos do Poder Judiciário. 
 OBS: O STF (pleno) não se autovincula porque ele pode promover a revisão ou cancelamento da Súmula Vinculante.
A administração
pública direta e indireta, municipal, estadual e federal na sua função de administrar (Poder Executivo ou do Poder Legislativo). EX. Súmula Vinculante nº13 que veda o Nepotismo.
legitimados para propor uma Súmula Vinculante:
O próprio STF de ofício ou provocado.
Os mesmos legitimados para propor as ações de controle de Constitucionalidade Concentrado (art. 103 da CRFB):
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
I - o Presidente da República; II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
V o Governador de Estado ou do Distrito Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
 
 Segundo previsão da lei 11.417/06: 
O Defensor Público Geral da União; os Tribunais Superiores e de 2º grau e os Municípios.
Efeitos: cassação da decisão judicial que contrariar súmula vinculante e anulação do ato administrativo.
Descumprimento de Súmula Vinculante:
 É cabível Reclamação em caso de descumprimento (que é uma ação, não um recurso) direto no STF.

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