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DIREITO PENAL - 6ºperíodo

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TÍTULO VII
DOS CRIMES CONTRA A FAMÍLIA
CAPÍTULO II
DOS CRIMES CONTRA O ESTADO DE FILIAÇÃO
1
Registro de nascimento inexistente
(art. 241, CP)
Registro de nascimento inexistente
Art. 241 - Promover no registro civil a inscrição de nascimento inexistente:
Pena - reclusão, de dois a seis anos.
2
Registro de nascimento inexistente
(art. 241, CP)
Exemplo de situação que caracteriza tal delito:
Maria, funcionária de cartório de registro civil, objetivando obter visto permanente de residência para seu namorado Alfred, estrangeiro residente no Brasil, promove o registro de um nascimento inexistente, de um pretenso filho que teria tido com ele, quando de fato, nunca esteve gestante.
3
Registro de nascimento inexistente
(art. 241, CP)
Este delito é uma forma especializada do crime de falso, haja vista que o agente fornece, FALSAMENTE, os dados exigidos pelo art. 54 da Lei de Registros Públicos, ao Cartório de Registro Civil, a fim de promover a inscrição de nascimento inexistente.
Ex: ocorre quando se diz nascido filho de mulher que não deu à luz, quer por não se achar grávida ou ainda por não ter ocorrido o momento do parto com o nascimento. Ou quando se declara o natimorto como tendo nascido vivo. O que importa é que em ambos os casos não houve nascimento.
4
Registro de nascimento inexistente
(art. 241, CP)
Jurisprudência: 
“Sendo o agente denunciado pela prática do crime tipificado no art. 304 do CP, tendo como violado o art. 297 que aquele remete, e sendo falso o elemento do art. 241 – crime de promover o registro de nascimento inexistente – fica aquele absorvido por este”. (TRF, 2ª Reg., SER, 930218613-0/RJ, Rel. Paulo Barata, DJ 14/2/1995.
5
Registro de nascimento inexistente (art. 241, CP)
JURISPRUDÊNCIA:
“Utilizando-se o réu de declaração ideologicamente falsa, fornecida pelo outro denunciado, e promovendo em cartório o registro de assentamento de nascimento inexistente, de filho que seria seu, visando obter visto permanente no Brasil, resta configurada a violação ao art. 241 do CP e ao art. 125, XIII, da Lei n. 6.815/1980”. (TRF, 1ª Reg., Acr. 19980100026402-5/AC, Rel. Juíza Ivani Silva da Luz. DJ 29/5/2003, p. 76)
6
Registro de nascimento inexistente (art. 241, CP)
ATENÇÃO: O ERRO EXCLUI O DOLO. 
“Foi absolvido o agente quando se apurou que a corré simulara gravidez e o convencera do nascimento de gêmeos, enviando-lhe fotografias dos supostos filhos, que teriam nascido durante sua ausência da cidade”. 
(MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de Direito Penal: parte especial. p. 20)
7
Parto suposto. Supressão ou alteração de direito inerente ao estado civil de recém-nascido (art. 242, CP)
Art. 242 - Dar parto alheio como próprio; registrar como seu o filho de outrem; ocultar recém-nascido ou substituí-lo, suprimindo ou alterando direito inerente ao estado civil:
Pena - reclusão, de dois a seis anos. 
Parágrafo único - Se o crime é praticado por motivo de reconhecida nobreza:
Pena - detenção, de um a dois anos, podendo o juiz deixar de aplicar a pena. 
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Parto suposto. Supressão ou alteração de direito inerente ao estado civil de recém-nascido (art. 242, CP)
“Apesar de ter sido comprovada a autoria e a materialidade do delito capitulado no art. 242 do CP, há que se reconhecer, em favor dos réus, o perdão judicial, após regular decreto condenatório, se estes agiram imbuídos de reconhecida nobreza, assim entendida a situação de apego sentimental ao recém-nascido, que junto deles vivia desde o nascimento, por ser filho legítimo da mulher e levando-se em conta, ainda, o fato de que o verdadeiro pai não efetuou o registro naquela ocasião, por se encontrar foragido da Polícia, em outro Estado”. (TJMG Processo 1.0000.00.173599-2/000, Rel. Reynaldo Ximenes Carneiro, pub. 28/4/2000)
9
Sonegação de estado de filiação (art. 243, CP)
Art. 243 - Deixar em asilo de expostos ou outra instituição de assistência filho próprio ou alheio, ocultando-lhe a filiação ou atribuindo-lhe outra, com o fim de prejudicar direito inerente ao estado civil:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.
10
Sonegação de estado de filiação (art. 243, CP)
“A conduta criminosa se consubstancia em deixar (abandonar, desamparar) em asilo de expostos (abrigo de crianças abandonadas) ou outra instituição de assistência (pública ou particular) filho próprio ou alheio, ocultando-lhe a filiação ou atribuindo-lhe outra, com o fim de prejudicar direito inerente ao estado civil”. (SANCHES,Rogério. Código Penal. p. 421)
12
Sonegação de estado de filiação (art. 243, CP)
Como bem adverte Bento Faria: 
“O simples abandono, em tais lugares, não incide na sanção penal quando, conjuntamente a criança, foram deixadas declarações escritas suficientemente indicativas da sua verdadeira filiação, quando foram pregadas a sua roupa”.
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Sonegação de estado de filiação (art. 243, CP)
ATENÇÃO: 
“O abandono em outro local que não os mencionados no tipo penal não se ajusta ao art. 243, podendo configurar os crimes de abandono de incapaz ou exposição ou abandono de recém-nascido, artigos 133 e 134 do Código Penal, respectivamente”. 
(SANCHES, Rogério. Código Penal. p. 421)
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TÍTULO VII
DOS CRIMES CONTRA A FAMÍLIA
CAPÍTULO III
DOS CRIMES CONTRA A ASSISTÊNCIA FAMILIAR
15
Abandono material (art. 244, CP)
Art. 244. Deixar, sem justa causa, de prover a subsistência do cônjuge, ou de filho menor de 18 (dezoito) anos ou inapto para o trabalho, ou de ascendente inválido ou maior de 60 (sessenta) anos, não lhes proporcionando os recursos necessários ou faltando ao pagamento de pensão alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada; deixar, sem justa causa, de socorrer descendente ou ascendente, gravemente enfermo: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa, de uma a dez vezes o maior salário mínimo vigente no País. 
Parágrafo único - Nas mesmas penas incide quem, sendo solvente, frustra ou ilide, de qualquer modo, inclusive por abandono injustificado de emprego ou função, o pagamento de pensão alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada. 
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Abandono material (art. 244, CP)
1ª conduta: “Deixar, sem justa causa, de prover a subsistência do cônjuge, ou de filho menor de 18 (dezoito) anos ou inapto para o trabalho, ou de ascendente inválido ou maior de 60 (sessenta) anos, não lhes proporcionando os recursos necessários”.
 SEM JUSTA CAUSA (sem justificativa, sem motivo relevante);
 RECURSOS NECESSÁRIOS (“alimentação, vestuário, habitação, tratamento de saúde, etc. Compreende as necessidades fundamentais à manutenção da pessoa humana com dignidade”).
OBS: É desnecessária, para a caracterização do crime, o ajuizamento de prévia ação de alimentos.
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Abandono material (art. 244, CP)
2ª conduta: “[...] faltando ao pagamento de pensão alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada”.
 
 JUDICIALMENTE ACORDADA, FIXADA OU MAJORADA.
 SEM JUSTA CAUSA.
OBS: É necessária, nessa hipótese, a existência de sentença judicial alimentícia.
18
Abandono material (art. 244, CP)
3ª conduta: “[...] deixar, sem justa causa, de socorrer descendente ou ascendente, gravemente enfermo”.
 SEM JUSTA CAUSA
 DESCENDENTE OU ASCENDENTE
 GRAVE ENFERMIDADE (física ou mental)
Ex: medicamentos, acompanhamento médico, acomodação hospitalar, etc.
OBS: Se a vítima sofre de doença não grave, mas que a impossibilite para o trabalho, prejudicando sua subsistência, não se poderá falar em atipicidade, subsumindo-se a conduta do agente à primeira ação típica.
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Abandono material (art. 244, CP)
Conduta do parágrafo único – “Nas mesmas penas incide quem, sendo solvente, frustra ou ilide, de qualquer modo, inclusive por abandono injustificado de emprego ou função, o pagamento de pensão alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada”.
 SEM JUSTA CAUSA
 SENDO SOLVENTE
 FRUSTRA OU ILIDE
PAGAMENTO DE PENSÃO ALIMENTÍCIA
JUDICIALMENTE ACORDADA, FIXADA OU MAJORADA
ATENÇÃO: “A intenção do legislador era a de evitar, tão somente, que o agente deixasse o emprego para alegar justa causa ao não pagamento dos alimentos, pois quem o frustra ou ilide de qualquer outro modo, já está faltando com a prestação, e incide na figura prevista no caput”. (SANCHES, Rogério. Código Penal. P. 423)
20
terça-feira, 20 de julho de 2010
DNA comprova que pescador é pai 
de oito filhos-neto 
Um exame de DNA comprovou que não
era história de pescador: o maranhense 
José Agostinho Bispo Pereira é realmente pai de seus sete netos. Ele é acusado de estupro de vulnerável, abandono material (os filhos-netos estavam cheios de piolho e com sinais de desnutrição), abandono intelectual, maus tratos e outros crimes. Sua filha, atualmente com 28 anos, era mantida em cárcere privado na cidade de Pinheiro há 18.
A investigação descobriu também que ele é pai do filho de sua filha mais velha e suspeita que ele teria estuprado também uma das suas filhas-netas, de 5 anos, que teve ruptura parcial do hímen. Ao todo, com os abusos, ele teve oito filhos-netos.
Entrega de filho menor a pessoa inidônea (art. 245, CP)
Art. 245 - Entregar filho menor de 18 (dezoito) anos a pessoa em cuja companhia saiba ou deva saber que o menor fica moral ou materialmente em perigo: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos. 
§ 1º - A pena é de 1 (um) a 4 (quatro) anos de reclusão, se o agente pratica delito para obter lucro, ou se o menor é enviado para o exterior. 
§ 2º - Incorre, também, na pena do parágrafo anterior quem, embora excluído o perigo moral ou material, auxilia a efetivação de ato destinado ao envio de menor para o exterior, com o fito de obter lucro. 
23
Entrega de filho menor a pessoa inidônea (art. 245, CP)
Análise do tipo penal:
O núcleo “entregar” = deixar sob os cuidados de outra pessoa.
Tem que ser filho menor de 18 anos.
SAIBA = dolo direito / DEVA SABER = dolo eventual 
moral ou materialmente em perigo
Modalidades qualificadas:
§ 1º - a) fim econômico, obtenção de lucro.
 b) deve ocorrer a saída do menor do País. Se esta não ocorrer, responderá o agente pelo caput.
§ 2º - Revogado tacitamente pelo art. 239 da Lei 8.069/90, a qual prevê pena de 4 a 6 anos e multa.
 
24
Abandono intelectual (art. 246 e 247, CP)
Art. 246 - Deixar, sem justa causa, de prover à instrução primária de filho em idade escolar:
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
Art. 247 - Permitir alguém que menor de dezoito anos, sujeito a seu poder ou confiado à sua guarda ou vigilância:
I - frequente casa de jogo ou mal-afamada, ou conviva com pessoa viciosa ou de má vida;
II - frequente espetáculo capaz de pervertê-lo ou de ofender-lhe o pudor, ou participe de representação de igual natureza;
III - resida ou trabalhe em casa de prostituição;
IV - mendigue ou sirva a mendigo para excitar a comiseração pública:
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.
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Abandono intelectual (art. 246 e 247, CP)
Art. 246 - Deixar, sem justa causa, de prover à instrução primária de filho em idade escolar:
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
§ 2º do art. 211 da CRFB/1988.
 Art. 210 da CRFB/1988.
 Lei 9.394/1996 (estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional)
Atenção: Lei 9.394/1996 com as novas redações dadas pela Lei 11.114/2005, diminuiu de sete para seis anos o início da idade escolar.
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Abandono intelectual (art. 246 e 247, CP)
Art. 246 – JURISPRUDÊNCIA:
“Resta provado, ante o conjunto da prova ter a ré praticado o delito denunciado, de abandono intelectual, omitindo-se no seu dever legal em manter seu filho estudando, tendo a vítima deixado de frequentar a escola na segunda série do ensino fundamental, exatamente no período em que preponderava a vontade dos pais”. (TRCrim./RS 71001667039, Rel. Des. Angela Maria Silveira, DJ 10/7/2008)
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Abandono intelectual (art. 246 e 247, CP)
Art. 247 - Permitir alguém que menor de dezoito anos, sujeito a seu poder ou confiado à sua guarda ou vigilância:
I - frequente casa de jogo ou mal-afamada, ou conviva com pessoa viciosa ou de má vida;
II - frequente espetáculo capaz de pervertê-lo ou de ofender-lhe o pudor, ou participe de representação de igual natureza;
III - resida ou trabalhe em casa de prostituição;
IV - mendigue ou sirva a mendigo para excitar a comiseração pública:
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.
29
Abandono intelectual (art. 246 e 247, CP)
Art. 247 – DOUTRINA:
“O núcleo permitir dá margem a uma dupla interpretação, seja no sentido de afirmar pela prática de uma conduta positiva por parte do agente, seja se omitindo, dolosamente, quando deveria agir para evitar que o menor praticasse um dos comportamentos que se quer evitar com a incriminação do abandono moral. O permitir, portanto, pode ser interpretado tanto no sentido de fazer ou deixar de fazer alguma coisa”.
(GRECO, Rogério. Código Penal Comentado. p. 774)
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Abandono intelectual (art. 246 e 247, CP)
Art. 247 – JURISPRUDÊNCIA:
“Ré que permite que seu filho, com dez anos de idade, pratique mendicância, saindo de casa de manhã e retornando somente ao final do dia, incorre nas sanções do art. 247,IV, do CP. O dolo da conduta ficou comprovado pela omissão e descaso em relação às orientações emanadas do Conselho Tutelar e assistente social que acompanhava a criança e a família. A gravidade da situação resultou inclusive na perda do poder familiar da ré sobre a criança”. (TJRS, RCr.71002312239, Rel. Des. Cristina Pereira Gonzales, DJERS 7/12/2009, p. 121)
31
TÍTULO VII
DOS CRIMES CONTRA A FAMÍLIA
CAPÍTULO IV
DOS CRIMES CONTRA O
PÁTRIO PODER, TUTELA, CURATELA
32
Induzimento a fuga, entrega arbitrária ou sonegação de incapazes (art. 248, CP)
Art. 248 - Induzir menor de dezoito anos, ou interdito, a fugir do lugar em que se acha por determinação de quem sobre ele exerce autoridade, em virtude de lei ou de ordem judicial; confiar a outrem sem ordem do pai, do tutor ou do curador algum menor de dezoito anos ou interdito, ou deixar, sem justa causa, de entregá-lo a quem legitimamente o reclame:
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.
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Induzimento a fuga, entrega arbitrária ou sonegação de incapazes (art. 248, CP)
PÁTRIO PODER é “o conjunto de direitos e deveres atribuídos aos pais, em relação à pessoa e aos bens dos filhos não emancipados, tendo em vista a proteção deles”. Nos termos do Código Civil o pátrio poder é agora denominado poder familiar (arts. 1.630 a 1.638). 
(MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de Direito Penal: parte especial. p. 45)
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TUTELA é “o instituto que substitui o pátrio poder por terem os pais falecido ou por terem sido suspensos ou destituídos do poder familiar (arts. 1.728, incisos I e II, ss do CC)”.
CURATELA “é o encargo público, conferido, por lei, a alguém, para dirigir a pessoa e administrar os bens de maiores, que por si não possam fazê-lo (arts. 1.767, I a V, ss do CC)”. 
(MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de Direito Penal: parte especial. p. 45)
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Induzimento a fuga, entrega arbitrária ou sonegação de incapazes (art. 248, CP)
Nélson Hungria: “A entrega arbitrária concretiza-se no fato do agente (diretor de colégio, de asilo, de casa de saúde etc.) que entrega o menor ou o interdito a outrem, sem autorização verbal ou por escrito do sujeito passivo. Em tal caso, o terceiro que recebe o incapaz será coautor, se conhecer do arbítrio da entrega; se desconhecia tal circunstância, mas se recusa a restituir o incapaz, incorrerá no crime de sonegação (terceira modalidade do art. 248). Se o terceiro obtém a entrega mediante engano, ou violência material ou moral contra este, cometerá o crime de subtração (art. 249). A terceira modalidade, isto é, sonegação, consiste na recusa de entrega (retenção), sem justa causa, do incapaz a quem legitimamente o reclame”. (Comentários ao Código Penal. p. 478)
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Induzimento a fuga, entrega arbitrária ou
sonegação de incapazes (art. 248, CP)
ATENÇÃO: “A ordem do pai, do tutor ou do curador e a justa causa são considerados elementos normativos do tipo que, se presentes , farão com que o fato seja considerado atípico”.
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SUBTRAÇÃO DE INCAPAZES (art. 249, CP)
Art. 249 - Subtrair menor de dezoito anos ou interdito ao poder de quem o tem sob sua guarda em virtude de lei ou de ordem judicial:
Pena - detenção, de dois meses a dois anos, se o fato não constitui elemento de outro crime.
§ 1º - O fato de ser o agente pai ou tutor do menor ou curador do interdito não o exime de pena, se destituído ou temporariamente privado do pátrio poder, tutela, curatela ou guarda.
§ 2º - No caso de restituição do menor ou do interdito, se este não sofreu maus-tratos ou privações, o juiz pode deixar de aplicar pena.
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SUBTRAÇÃO DE INCAPAZES (art. 249, CP)
JURISPRUDÊNCIA:
“Os pais só podem ser sujeito ativo do crime definido no art. 249 do CP quando destituídos ou temporariamente privados do pátrio poder”. (TACrim./SP, Rel. Valentim Silva, 22/189)
“Embora o § 1º faça referência somente ao pai, a jurisprudência é profusa no sentido de abranger a mãe (não há razão para excluí-la), não cogitando analogia em malam partem”. (RT 630/315)
39
ATENÇÃO: Trata-se de delito subsidiário, que ficará absorvido se a subtração for praticada com a finalidade que ultrapasse a simples retirada do incapaz, como na hipótese em que o agente visa praticar extorsão mediante sequestro (art. 159, CP).
“No induzimento a ação se acha ligada à ideia de fazer o menor sair do lugar em que se encontrava colocado pelo responsável (lar, asilo, colégio etc.), na subtração, o menor é tirado do poder de quem o tem sob sua guarda em virtude de lei ou de ordem judicial”. (MIRABETE, p. 50)
40
04/07/2014 09h18 
Recém-nascida foi levada de casa, em Santa Maria, 
e depois encontrada. Segundo a mãe, bebê foi examinada por 
um pediatra e passa bem.
A pequena Helena Vitória, recém-nascida que foi levada de dentro 
de casa em Santa Maria na última quarta-feira (2), está em casa 
e passa bem. De acordo com a mãe da bebê, Maria Keliane Brito da Costa, a menina (agora com seis dias de vida) foi examinada por um pediatra logo depois de ter sido encontrada. "O médico disse que ela estava bem e que eu podia ficar tranquila", disse Keliane.
Ela disse ainda que a filha está mamando e dormindo bem e que o único problema encontrado na criança é que ela está com uma parte dos cabelos raspados. "Eu amamentei a Vitória logo depois que a reencontrei. Ela está bem, só está sem o cabelinho porque rasparam uma parte da cabeça dela", disse a mãe.
A menina foi levada de dentro de casa na manhã da quarta-feira e encontrada no início da tarde do mesmo dia. A agricultora Maria Eliane Souza das Chagas, de 24 anos, confessou que levou a menina porque queria criá-la como filha. De acordo com a mãe da bebê, Maria Eliane era uma amiga de infância. "Ela foi criada lá em casa desde pequena. Eu nunca imaginei que ela pudesse fazer isso”, disse.
http://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2014/07/estamos-bem-apos-o-susto-diz-mae-de-bebe-levada-de-dentro-de-casa.html

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