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Trabalho de Responsabilidade Civil.

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FACULDADE ESPÍRITO SANTENSE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS
-------------------------------------------
TRABALHO DE RESPONSABILIDADE CIVIL
CARIACICA-ES
2017
-------------------------------------------------
TRABALHO DE RESPONSABILIDADE CIVIL
Trabalho apresentado ao curso de Direito da Faculdade Espírito Santense de Ciências Jurídicas - PIO XII como requisito da matéria de Responsabilidade Civil
Orientador: Prof. ----------------------------
CARIACICA-ES
2017
SÚMARIO
1 - INTRODUÇÃO	3
2 - conceitos e considerações	4
3 - PROCESSO ESCOLHIDO........	6
4 - EFICÁCIA DA RESPONSABILIDADE CIVIL	9
5 - CONTRATO DE ADESÃO	10
6 - ENTREVISTA COM MAGISTRADO	11
7 - ENTREVISTA COM ( )	13
8 - PUNITIVE DAMAGES	14
9 - PUNITIVE DAMAGES BRASIL	15
10 - CONCLUSÃO	16
11 -REFERÊNCIAS	18
1 - INTRODUÇÃO
O momento é de super aquecimento do mercado imobiliário. A televisão diariamente traz anúncios publicitários de novos imóveis. Ao sair às ruas, prédios e mais prédios sendo erguidos para onde se dirige o olhar. 
Com tanta demanda no mercado, muitas construtoras não conseguem concluir a obra no prazo previsto. É quando o sonho de muitos consumidores se transforma em pesadelo. Transtornos variados, frustração e prejuízos são o resultado dos atrasos das obras.
O Poder Judiciário há anos apresenta entendimento no sentido de que a incorporadora que atrasar a entrega do imóvel após o prazo previsto em Contrato, deve indenizar o comprador e isso independentemente de existir ou não alguma previsão de multa em benefício do comprador no contrato.
O nome dessa indenização é LUCROS CESSANTES ou ALUGUEL PELA RETENÇÃO DO IMÓVEL.
Dentro da construção civil um dos atos ilícitos mais recorrentes está no atraso na entrega, com base nessa informação, iremos saber o motivo de tal atos serem praticados, se há benefício, saber como magistrados e as construtoras estão tratando essas situações.
2. BREVE CONSIDERAÇÕES
Teoria do Dano 
Dano é a lesão ao bem protegido pelo ordenamento jurídico. Pode haver ato ilícito sem dano. O dano se divide em patrimonial e extrapatrimonial. 
Dano patrimonial (art. 402 do CC): é lesão a um interesse econômico, interesse pecuniário. Divide-se em dano emergente e lucro cessante.
Dano emergente (art. 402 do CC): são os prejuízos efetivamente sofridos pela vítima. É o decréscimo patrimonial.
Lucro cessante ou lucros frustrados (art. 402 do CC): é o que a vítima deixou de auferir razoavelmente (certamente). Tudo o que a vítima deixou de ganhar. Também chamado de lucro frustrado. 
Segundo o art. 947 CC, deve-se buscar primeiro a recomposição à situação primitiva. 
Quando há cláusula penal, não há necessidade de provar o dano, art. 402, 1ª parte CC, o prejuízo já foi pré-estimado. 
O lucro cessante somente será concedido se provar que se não houvesse ocorrido o dano, provavelmente haveria um ganho econômico. 
Não pode pedir lucros cessantes de atividade ilícita, como a atividade de camelô. Mas caso a barraca em que o ambulante trabalhava tenha sido destruída, ele poderá pedir dano emergente. 
Dano Moral ou Extrapatrimonial 
É uma lesão ao direito da personalidade da pessoa humana. Atinge a liberdade, igualdade, solidariedade ou psicofísica. Só existe dano moral quando a dignidade é atingida, art. 5º, V e X, CF. 
A reparação é gênero em que são espécies a indenização e a compensação. 
Dano patrimonial
Função de indenização;
Função ressarci tória ;
Função de equivalência (restitui ao “status quo”, art. 947 do CC). 
Dano Moral
é objeto de compensação;
função satisfatória – satisfaz a vítima e a família. 
Lucros Cessantes
A reparação de lucros cessantes se refere aos danos materiais efetivos sofridos por alguém, em função de culpa, omissão, negligência, dolo, imperícia de outrem.
Para caracterização do pleito, há necessidade de efetiva comprovação dos lucros cessantes – não basta argumentar que existiram, deve-se prová-los. 
O Código Civil Brasileiro assim dispõe sobre a reparação de danos:
Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.
Art. 403. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos só incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato, sem prejuízo do disposto na lei processual.
Caso fortuito e força maior
Não obstante ilustres doutrinadores contribuírem com diversos conceitos Sílvio Venosa simplifica ao dizer que não há interesse público na distinção dos conceitos, até porque o Código Civil Brasileiro não fez essa distinção conforme a redação abaixo transcrita:
Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado.
Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos efeitos não era possível evitar ou impedir.
Nos casos em comento o STJ também não se preocupou em distinguir caso fortuito de força maior, mas sim em verificar a presença deles em cada processo, e para isso levou em consideração as particularidades de cada caso, com a ressalva de que a imprevisibilidade é comum a todos eles.
3 - PROCESSO ESCOLHIDO
Processo
REsp 1536354 / DF. RECURSO ESPECIAL 2015/0133040-3
Relator(a)
Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA (1147)
Órgão Julgador
T3 - TERCEIRA TURMA
Data do Julgamento
07/06/2016
Data da Publicação/Fonte
DJe 20/06/2016
EMENTA
RECURSOS ESPECIAIS. CONTRATO DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEIS NA PLANTA.ENTREGA DA OBRA. ATRASO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. PROPRIETÁRIO PERMUTANTE. LEGITIMIDADE. CLÁUSULA PENAL. RECIPROCIDADE. LUCROS CESSANTES. CUMULAÇÃO. POSSIBILIDADE. EXCEÇÃO DE CONTRATO NÃO CUMPRIDO. PROVA. ÔNUS. RÉU. EXCESSO DE CHUVAS. ESCASSEZ DE MÃO DE OBRA. CASO FORTUITO. FORÇA MAIOR. NÃO CONFIGURAÇÃO. LUCROS CESSANTES. TERMO FINAL. REEXAME DE PROVAS. INVIABILIDADE. SÚMULA Nº 7/STJ. INADIMPLEMENTO CONTRATUAL. DANOS MORAIS.
1. Os recursos especiais têm origem em ação de indenização perdas e danos decorrentes de atraso na conclusão de obra objeto de contrato de compromisso de compra e venda para fins de aquisição de unidades imobiliárias em empreendimento comercial.
2. O proprietário permutante do terreno não responde pelos atos de incorporação quando se limita à mera alienação do terreno para a incorporadora sem participar de nenhum ato tendente à comercialização ou construção do empreendimento.
3. Na espécie, as instâncias de cognição plena, à luz da prova dos autos, e analisando os contratos celebrados entre as partes, concluíram que a alienante permutante do terreno figurou nos contratos de promessa de compra e venda ora na condição de "vendedora" ora na condição de credora hipotecária, transmitindo para o adquirente/consumidor a ideia de solidariedade na efetivação do empreendimento, de forma que não pode ser reconhecida a sua ilegitimidade passiva.
4. A cláusula penal inserta em contratos bilaterais, onerosos e comutativos deve voltar-se aos contratantes indistintamente, ainda que redigida apenas em favor de uma das partes.
5. É possível cumular a cláusula penal decorrente da mora com indenização por lucros cessantes pela não fruição do imóvel, pois aquela tem natureza moratória, enquanto esta tem natureza compensatória.
6. A alegação de exceção de contrato não cumprido arguida em defesa deve ser comprovada pelo réu, pois é seu o ônus de demonstrar o fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, nos termos no artigo 333, inciso II, do CPC/1973.
7. Essa Corte já se pronunciou em inúmeras oportunidades no sentido de que a inversão das conclusões da Corte local para afirmar, por exemplo, que o excesso de chuvas e a escassez de mão de obra configuram fatos extraordinários e imprevisíveis,enquadrando-se como hipóteses de caso fortuito ou força maior, demandaria o reexame do conjunto fático-probatório dos autos.
8. A conclusão da Corte local para fixar a data da expedição da carta de habite-se como termo final do pagamento dos lucros cessantes resultou da análise das circunstâncias fáticas, bem como da interpretação de cláusulas contratuais.
9. O simples inadimplemento contratual não é capaz, por si só, de gerar dano moral indenizável, devendo haver consequências fáticas que repercutam na esfera de dignidade da vítima, o que não se constatou no caso concreto.
4. EFICÁCIA DA RESPONSABILIDADE CIVIL
Culpa: “lato sensu” abrange culpa e dolo. Dolo é conduta intencional. Culpa “stricto sensu”: o autor da conduta não quer o resultado, mas pela falta de cuidado pratica a conduta.
Para a fixação do quantum a ser indenizado, o juiz não olha a culpa, mas sim a extensão do dano, art. 927 CC e 944, § único CC, sendo que para este último artigo haverá possibilidade de reduzir a indenização utilizando uma cláusula geral da equidade. Assim, onde houver desproporção entre o dano e o grau de culpa, o juiz poderá, utilizando da equidade, reduzir a indenização. Esse artigo tem de ser interpretado restritivamente, só será aplicado para reduzir a indenização, não para fixação da mesma. En 46 CJF. 
O art. 944, § único, excepciona o princípio da reparação, pois, segundo este princípio, ao causar uma lesão deve haver a reparação do dano por inteiro.
Hoje, a noção de culpa é normativa e não psicológica. Deve olhar padrão objetivo de conduta conforme os “Standards”. Há ilícitos em que não há culpa, art. 927 CC.
Abuso de direito: exerce o direito subjetivo ou o potestativo de modo desproporcional, fere a boa-fé objetiva, o direito é exercido de forma distorcida a ponto de violar a finalidade para a qual este direito fora concedido pelo ordenamento, En 37 CJF. Não olha o elemento psicológico, não é conduta ilegal. A ilicitude ocorrerá devido à falta de legitimidade, o ofensor viola materialmente os limites éticos do ordenamento jurídico ( é ilícito na finalidade, mas lícito na origem).No abuso do direito, o juiz é quem diz o que é ilícito, tem cláusula geral que deve ser preenchida pela jurisprudência, Resp. 466.667/SP. 
O ilícito culposo é contrário à lei, art. 186 do CC. Ele é dito pela lei. 
5. CONTRATO DE ADESÃO
O contrato de adesão é aquele onde um dos pactuantes predetermina (ou seja, impõe) as cláusulas do negócio jurídico ao outro contratante.
O vigente CDC (Lei 8.078/90) em seu art. 54, traz previsão específica que pode ser invocada também por analogia para as demais relações civis. Com o crescimento da sociedade de consumo que teve início marcante no começo do século XX, surgiu a necessidade de contratação em massa, por meio de formulários com cláusulas preestabelecidas, de sorte a agilizar o comércio. Não havendo nem lugar e nem tempo para as tratativas contratuais quando se discutia o teor do contrato.
A denominação de contrato de adesão surgiu com Saleilles, quando elaborou estudo sobre a parte geral do Código Civil alemão (BGB). Ganhou rápida aceitação aqui e no exterior, não obstante os críticos sobre a denominação do contrato. Pois a expressão contrato de adesão seria restrita ao Poder Público não englobando as estipulações particulares, que deveriam receber a denominação de contrato por adesão.
O contrato de adesão é fenômeno típico das sociedades de consumo e da necessidade de contratação em massa. E o culto professor Pablo Stolze destaca in verbis: “O homem contratante acabou, no final do século passado e início do presente, por se deparar com uma situação inusitada, qual seja a da despersonalização das relações contratuais em função de uma preponderante manifestação voltada ao escoamento em larga escala do que se produzia nas recém-criadas indústrias”.
6- ENTREVISTA COM MAGISTRADO
Quais são os casos existentes e/ou mais recorrentes que geram responsabilidade civil no ramo de construção civil?
- “no ramo de Construção Civil temos como mais comuns: - O atraso de obra e vícios na qualidade da obra, este se subdividindo em vício oculto, que seria mais escondido, descoberto com o passar do tempo, e o vício aparente, que seria aquele descoberto até mesmo antes da entrega, de forma realmente aparente.”
E como a construtora poderá responder nesses casos?
“Em casos como estes que acima, em que há um descumprimento do contrato, a construtora responderá por Juros, que são penalidades por tal descumprimento, perdas e danos por atraso de obra, onde o contratante pode pedir, por exemplo, pagamento de aluguel, visto que ainda não está com o imóvel, pagamento do condomínio, pois este é cobrado a partir da data prevista para entrega e, se há atraso, ele é cobrado da mesma maneira.”
Quais os critérios utilizados para que o magistrado chegue a uma decisão, ou seja, como se fundamenta essa decisão?
- “Para que o magistrado chegue a uma decisão justa deve se analisar vários critérios: o contrato em si, ou seja, as cláusulas contratuais, a boa fé contratual, autonomia da vontade das partes, deveres anexos do contrato, que são deveres que, apesar de não estarem expostos nas cláusulas do contrato, devem ser seguidos como deveres naturais, como por exemplo, o dever de informação, lealdade. Muito importante também, temos o equilíbrio contratual que deve existir, visto que muitas vezes o contrato pode beneficiar mais a um que a outro, um exemplo disto quando as cláusulas trazem múltiplas penalidades ao contratante, caso haja descumprimento e, caso este seja por parte do contratado, não responde ou as penalidades são mínimas. Deve-se analisar, ainda, qual o direito aplicável (CDC, CC, lei específica) e os precedentes, que seriam a jurisprudência. Para aplicação do dano moral observamos o caso concreto, condição econômica das partes, a extensão do dano, proporcionalidade do valor e os parâmetros da jurisprudência.”
Qual a importância da análise desses precedentes (jurisprudência, súmula) para se fundamentar a decisão do magistrado?
- “Hoje se tem uma tendência muito grande em seguir o que a Jurisprudência, ou seja, o STF, STJ e outros tribunais decidem. Isto porque eles formam um colegiado, e o magistrado decide sozinho, logo presume-se que um colegiado decide de melhor forma que um magistrado sozinho, servindo também para garantir a segurança jurídica, a igualdade e isonomia. Qualquer eventual discordância deve ser fundamentada de acordo com o caso concreto.”
7. PUNITIVE DAMAGES
 Somente no século XVIII, nas cortes do Reino Unido, ressurgiu tal instituto, também chamado de exemplary damages, como justificativa para indenização nos casos em que não existia um prejuízo real, ou seja, quando o dano causado era essencialmente extrapatrimonial. Com a evolução do Direito os prejuízos extrapatrimoniais foram acoplados a outros institutos, restando aos exemplary damages apenas a finalidade de punir a conduta lesiva e prevenir sua reincidência.Atualmente o instituto dos punitive damages é adotado em diversos países, em especial nos anglo-saxônicos, sendo importante destacar a ampla aplicabilidade e severidade deste instituto no Direito norte-americano.
Algumas áreas de aplicação de punitive damages abordadas a responsabilidade pelo fato do produto, denominada deproduct liability; difamação, denominada de defamation; erro médico, denominado de medical malpractice; acidentes de trânsito, denominado de transportation injuries.
Na responsabilidade pelo fato do produto trata-se do produto em que há um risco à segurança ou quando o produto apresenta componentes nocivos à saúde. O punitive damages seria aplicado como fator preventivo da ocorrência de danos à saúde ou segurança. Não trata apenas do que conhecemos como vício do produto em que o problema não causa dano à saúde, mas apenas ao perfeito funcionamento da coisa, no caso do fato do produto está necessariamente atrelado um risco à segurança.
9. PUNITIVE DAMAGES DIREITO BRASILEIROO dano moral no ordenamento jurídico brasileiro já se encontra devidamente positivado, chegando ao ponto de obter o reconhecimento constitucional. Desta forma o instituto ora em questão, merece ser analisado com bastante consideração, tendo em vista, a consequência de sua aplicabilidade, uma vez que tal instituto busca possibilitar a vitima da lesão moral, a restauração de seu bem-estar psicológico.
Já vimos que o Dano moral trata-se de uma lesão ao psicológico da vitima, e tal lesão surge em decorrência de um ato lesivo ocasionado por certo individuo, abalando a dignidade de outrem, a ponto de causar transtornos, ao bem-estar social da vitima.
Sabido o tanto que o dano moral pode afetar o convívio social da vítima, é necessário adentrar na forma de restauração do estado psicológico da vítima antes do dano, ou seja, a reparação deste dano. Assim é de suma importância do estudo acerca da reparabilidade. Conforme já vimos, a reparação do dano moral encontra-se reconhecida no ordenamento jurídico brasileiro, conforme o artigo 5º, incisos V e X, senão vejamos:
 V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;
X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente da sua violação;
Fica evidente o reconhecimento do dano moral, restando como ponto a ser discutido, qual a melhor forma de proporcionar a reparação, também já foi visto, que a indenização em nossa legislação tem caráter meramente compensatório, nos termos do Código Civil de 2002, mais precisamente no artigo1060:
10. CONCLUSÃO
Portanto, a complexidade das relações humanas e o dinamismo do mundo contemporâneo por diversas vezes exige do Direito uma resposta rápida e atual, o que muitas vezes não condiz com o ordenamento jurídico positivado. As indenizações punitivas em razão de dano social surgem do ímpeto de consecução do equilíbrio do sistema, concretizando critérios de justiça e conformidade do Direito com a realidade social. Apesar de ainda não estarem expressas em lei, têm sido identificadas tanto em sede de doutrina como de jurisprudência, em cujas decisões se tem aplicado os postulados teóricos em condenações que visam moldar o instituto do dano punitivo à realidade brasileira por intermédio da categoria do dano social.
 Tendo em vista as divergências doutrinárias apresentadas, a Doutrina do Punitive Damages enseja um estudo bastante minucioso, pois os argumentos de ambas as partes possuem fundamentações bastante interessantes, merecendo desta forma, enorme respeito para suas ideias. Assim evidencia-se que o ordenamento jurídico brasileiro não prevê a reparação do dano moral como um caráter punitivo, conforme reza a doutrina do Punitive Damages, a legislação pátria contempla a reparação de caráter exclusivamente compensatório, porém os tribunais cíveis brasileiros apresentam uma tendência para a aplicabilidade da indenização punitiva, foi visto que já existem decisões destes tribunais para adotarem um caráter compensatório para a reparação.
A inclusão dos critérios punitivos nos tribunais brasileiros, tendem a crescer com o passar do tempo, pois o caráter compensatório se tornou insuficiente para determinados casos.Tais critérios baseiam –se em princípios expressos em nossa Constituição, que zelam pelos direitos da personalidade e da dignidade humana.
Há certamente interesse em se tutelar direitos além do aspecto material. Quando a lesão ocorre a um bem jurídico que compõe o patrimônio jurídico mas não se constitui em bem tangível, ou seja, quando a lesão ocorre contra direito ligado à pessoa do ofendido e a sua individualidade, o dano moral se faz configurado.
Portanto, para que haja transparência e coerência é preciso, por parte do julgador, um procedimento claro, que exponha justificativas fundamentadas, para que de fato a indenização punitiva proporcione resultados satisfatórios.
11. REFERENCIAS
MORAES, M. C. B.; Punitive damages em sistemas civilistas: problemas e perspectivas. Revista Trimestral de Direito Civil, ano 5, vol. 18, abr-jun/2004.
GAGLIANO, Pablo Stolze et Rodolfo Pamplona Filho. Novo curso de direito civil, volume IV, 2005, São Paulo, Saraiva.
DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro, volume 3, 21ª edição, revista e atualizada, 2005, São Paulo, Saraiva.
GOMES, Luiz Roldão de Freitas. Ricardo Pereira Lira (coordenador), Curso de Direito Civil, 1999, Rio de Janeiro, Renovar.
PELLEGRINI, Grinover A. (et al.) Código Brasileiro de defesa do consumidor comentado pelos autores do anteprojeto, 8ªedição, 2004, Rio de Janeiro, Forense Universitária.
SITES : STF PROCESSOS REsp 215832 1999;0045285-2, REsp 1172331 2009/0247419-2 REsp 1536354 / DF 2015/0133040-3
RUSSO, Rafael dos Santos Ramos. Aplicação Efetiva Dos Punitive Damages No Atual Ordenamento Jurídico Brasileiro. Artigo Científico (Pós-Graduação). Rio de Janeiro, 2009.
SEBOK, Anthony J. The difference punitive damages make. Disponível em: <http://edition.cnn.com/2001/LAW/06/columns/fl.sebok.punitive.damages.06.14/

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