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Engenharia de metodos atividade 3 escrito

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ - UNESA
 Campus Cabo Frio - RJ
Tatiana Rosário Rodrigues
ENGENHARIA DE MÉTODOS
Atividade 3
	
Cabo Frio
2017
INTRODUÇÃO
Valores históricos ou estimados de tempo de execução das operações envolvidas em um fluxo de processo devem ficar para segundo plano, pois os estudos de tempos e métodos fornecem meios para obtenção de dados reais, e somente assim podem-se obter indicadores confiáveis, TAKASHINA (1999) afirma “os indicadores são essenciais ao planejamento e controle dos processos das organizações”. Neste contexto a cronoanálise é base para controle das diversas etapas do processo produtivo fornecendo o parâmetro base, que é o tempo padrão, para análises e indicadores da produtividade e qualidade, JURAN (1991) cita a importância do controle de processo para prevenção de mudanças indesejáveis e adversas.
O tempo padrão determina um tempo de produção, onde o analista o utilizará na determinação de parâmetros relativos à produtividade e consequentemente da qualidade.
O tempo padrão por si só de nada vale, como sabemos é ato mecânico, onde o cronometrista, seguindo uma norma de ação, determina um tempo de produção em uma folha de papel que, sendo apenas arquivado, nenhum benefício terá (TOLEDO, 2004).
Definir o uso do Estudo de Tempos
É o estudo dos sistemas de trabalho que possui o objetivo de desenvolver e padronizar o método de trabalho mais adequado e determinar o seu tempo padrão.  Essa metodologia é utilizada na Análise de Produtividade e Capacidade de Processos Produtivos e Administrativos.
O Estudo de Tempos e Métodos divide-se em três etapas principais
ETAPA 1 – Mapeamento do Processo: inicialmente, é necessário mapear o processo que será alvo do Estudo de Tempos e Métodos. Nesta etapa, podem ser utilizadas ferramentas de mapeamento, como VSM e Fluxograma.
ETAPA 2 – Filmagem do processo: nesta etapa, o processo deve ser filmado para sua posterior análise e cronometragem dos tempos. Antes de iniciar a filmagem, é importante que seja realizada uma conversa com os funcionários presentes visando explicar o motivo da gravação e orientar para que a análise não seja comprometida. Caso seja necessário, a análise pode ser realizada sem a filmagem, apenas com o auxílio de um cronômetro e uma folha de registros.
ETAPA 3 – Cálculo do Tempo Padrão, Capacidade, Produtividade e Análise Crítica: nesta etapa, os vídeos são analisados com a ajuda de um cronômetro e de uma Folha de Estudo de Tempos. O processo deve ser dividido em elementos de trabalho, que são a menor parte de uma tarefa possível de ser cronometrada, e os tempos devem ser registrados na Folha de Estudo de Tempos. Em seguida, deve ser calculado o Tempo Médio de cada elemento de trabalho registrado durante a análise. Neste momento, é importante considerar se o elemento de trabalho é realizado para uma única peça, chamado Dentro do Ciclo, ou se ele é realizado para mais de uma peça, denominado Fora do Ciclo. Para elementos Fora do Ciclo, o Tempo Médio deve ser dividido pelo número de peças processado. O próximo passo é calcular o Tempo Normal, que é o tempo de operação corrigido pelo Fator de Eficiência do operador analisado.
Finalidade do estudo de tempo:
O estudo de tempo não tem apenas a finalidade de estabelecer a melhor forma de trabalho. O estudo de tempo procura encontrar um padrão de referencia que servirá para:
Determinação da capacidade produtiva da empresa
Elaboração dos programas de produção
Determinação do valor da mão de obra direta (MOD) no calculo do custo do produto vendido (CPV).
Estimativa de custo de um novo produto durante seu projeto e criação.
Balanceamento das linhas de produção e montagem
Equipamento para estudo de tempo
Cronômetro de Hora centesimal:
A cronometragem do tempo de execução de determinada tarefa pode ser realizada com a utilização de um cronometro normal facilmente encontrado no mercado.
Filmadora:
A utilização de filmadora tem a vantagem de registrar fielmente todos os movimentos executados pelo operador, e, se bem utilizada, pode eliminar a tensão psicológica que o operador sente quando esta sendo observado diretamente por um cronoanilista.
Prancha para observação: 
Na Maioria das Vezes, exceto quando a mensuração é feita por filmes, a tomada de tempo é feita no local onde ocorra a operação. Desta forma. E comum o uso de uma prancheta para apoio do cronometro e da folha de observações, de forma a permitir que o cronoanalista possa anotar sua tomada de tempo em pé.
Folha de Observação:
Trata-se de um documento em que registrados os tempos e demais observações relativas à operação cronometrada. È comum que cada empresa desenvolva sua folha de observação.
Execução do Estudo de tempo
Obtenha e registre informações sobre a operação e o operador em estudo;
Divida a operação em elemento e registre uma descrição completa do método;
Observe e registre o tempo gasto pelo operador;
Avalie o ritmo do Operador;
Verifique se foi cronometrado um numero suficiente de ciclo;
Determine as tolerâncias;
Determine o tempo- padrão para a operação;
Método de Avaliação de ritmo
O tempo básico de uma operação é o tempo necessário para um operador normal, de habilidade média e que trabalhe num ritmo normal, por todo o turno sem fadiga indevida ou cansaço excessivo. Devido a diferenças (habilidade e esforço) individuais, existem variações de ritmo de trabalho de um homem para outro. A avaliação correta do ritmo determina se a fixação do tempo padrão irá ser superdimensionada (com prejuízo para a empresa) ou subdimensionada (com prejuízo para o operador).
O “esforço” pode ser definido como a quantidade de trabalho que o operador pode ou que dar. É influenciado por diversos fatores como: disposição física, entusiasmo do operador, cansaço em diferentes momentos do dia e outros. E esforço varia no dia a dia.
	 A “habilidade” é o que o operador traz para o trabalho como potencial próprio. Depende de fatores como: destreza manual, experiência, inteligência, poucas interrupções e hesitações durante o trabalho. A habilidade não varia no dia a dia. 
É o processo no qual o analista de estudo de tempos compara o ritmo do operador o seu próprio conceito de ritmo normal.
O fator de ritmo é aplicado ao tempo selecionado para fornecer o tempo normal.
Ex: Para montar um interruptor o operar levou 0,80 de min, no tempo selecionado total. Se aplicarmos um fator de ritmo de 110% para demostrar que ele estava 10% mais rápido que o normal, o calculo do tempo normal seria:
TN=TS*RP ( tempo normal= tempo selecionado* ritmo porcentual=)
 0,80*110%-0,88 min
Ou seja o operador qualificado e treinado trabalhando num ritmo normal gasta 0,88 de min para executar esta tarefa
Determinar o Fator e Avaliação de Ritmo;
Um fator para cada elemento da operação. É um método mais refinado, pois requer que o analista avalie o ritmo de cada elemento no instante que o mesmo é cronometrado. Este método é recomendado quando o ritmo de execução das tarefas varia muito e o tempo da mesma é longo, permitindo as avaliações individuais de ritmo e tempo.
Métodos dos sistemas para Avaliação de Ritmo;
Slack, Chambers e Johnston (2002) definem a avaliação do ritmo dos tempos como um processo de análise da velocidade de trabalho realizada pelo operador, considerando um desempenho padrão. O observador leva em consideração um ou mais fatores considerados importantes na realização da tarefa, como a velocidade de movimento, esforço, destreza e consistência.
Há vários sistemas que podem ser empregados para avaliar o ritmo. Abaixo será citado 6 deles. 
Avaliação do ritmo através da habilidade e do esforço (sistema BEDAUX):
Este Sistema Baseia em estudo de tempos. Com seus padrões expressos em ponto ou “B. Um ponto ou B é, na verdade outra denominação do que se conhece hoje como “ minuto-padrão”. Em outra palavras, um operador trabalhando em ritmo normal deveria produzir 60Bpor hora. Esperava-se que com esse sistema de incentivo os operadores trabalhassem de forma que a execução media se situasse 70 e 80B.
Sistema Westinghouse:
É um sistema para estimar a eficiência do operador considerando quatro fatores:
 
Habilidade: Competência ara seguir um método.
Esforço: Associado à um ritmo constante durante uma operação
Condições: do Ambiente, das maquinas, ferramentas, etc.
Consistência: Nos movimentos 
Neste Sistema a avaliação pode ser feita por elemento ou por ciclos:
Para cada avaliação os fatores devem ser somados e total adicionado ao tempo médio, obtendo-se assim o tempo Normal.
Avaliação por padrões sintéticos 
A Avaliação é feita através da comparação dos valores obtidos por observação direta com os valores sintéticos (obtidos pelo método MTM) para os elementos correspondentes, considerados os valores sintéticos como normais. A equação para calculo é: 
Sendo: 
R= Fator Ritmo
P= tempo sintético padrão
A= tempo médio cronometrado
Avaliação objetiva por Elemento
A Avaliação é feita através de 2 fatores: Ritmo e dificuldade de trabalho. E em duas etapas:
1ª Avaliação do ritmo em comparação com o ritmo padrão, não considerando a dificuldade de trabalho.
2ª Uso de Ajuste numérico em porcentagens, correspondentes aos fatores que influem na dificuldade do trabalho: 
Quantidade do corpo utilizada
Pedais
Bimanualidade
Coordenação olhos/ mãos
Requisito de manejo ou sensoriais
Peso manejo ou resistência encontrada
Avaliação Fisiológica do desempenho:
Estudos mostram que há uma relação direta entre o trabalho físico e a quantidade de oxigênio consumida por uma pessoa. As variações das batidas do coração também é uma medida de atividade muscular em que se pode confiar. Parece viável que se possa determinar uma pulsação normal, podendo medir novas tarefas relativamente a esse padrão.
Desempenho de ritmo:
A avaliação é feita a partir de um único fator: velocidade do operador Ritmo ou tempo. Este sistema se utiliza de registros anteriores para estabelecer os padrões normais. Nesse sistema o ritmo normal é tido como 100% e os demais são tomados em relação a esse padrão.
Desta forma: 
Velocidade abaixo da normal → ritmo menor que 100%
Velocidade Normal → ritmo igual a 100%
Velocidade acelerada → ritmo maior que 100%
Distribuição de Frequência
É um arranjo de valores que uma ou mais variáveis ​​tomam em uma amostra. Cada entrada na tabela contém a frequência ou a contagem de ocorrências de valores dentro de um grupo ou intervalo específico, e deste modo, a tabela resume a distribuição dos valores da amostra.
Conclusão: 
Em virtude dos fatos mencionados, concluí que o tempo básico de uma operação é o tempo necessário para um operador normal, de uma habilidade razoável e que trabalhe em um ritmo normal. Com valores históricos e sem a aplicação dos estudos de tempos e métodos que obtém números reais, dificilmente uma empresa poderá otimizar recursos da manufatura, sem interrupções adversas e fáceis de administrar tendo um processo bem mensurado.

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