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ENGENHARIA DE PRODUÇÃO ENGENHARIA DE MÉTODOS (IL10419) TRABALHO DA DISCIPLINA - AVALIAÇÃO 2 BEATRIZ LEITE QUEIROZ CARVALHO 20204300920 Polo Madureira - RJ 28 de março de 2022 ENGENHARIA DE PRODUÇÃO ENGENHARIA DE MÉTODOS (IL10419) TRABALHO DA DISCIPLINA - AVALIAÇÃO 2 Trabalho da disciplina Engenharia de Métodos com intuito de apresentar os conceitos relativos ao estudo dos tempos para obtenção da nota da Avaliação 2. Polo Madureira - RJ 28 de março de 2022 2 Universidade Veiga de Almeida Engenharia de Produção Conceitos relativos ao estudo dos tempos O trabalho consiste na apresentação dos conceitos relacionados ao estudo dos tempos nos processos produtivos. 1. Você está tranquilamente na sua casa, sentado no sofá e apreciando uma música de alta qualidade, relaxando a mente e o corpo, quando toca a campainha, que se encontra a 10 metros do seu sofá. Você se levantará para abrir a porta e caminhará cinco metros até onde encontra- se a chave. Irá pegá-la e colocá-la na porta, para finalmente abrir a porta. Você poderia dividir esta atividade em quantos elementos? A atividade relatada poderá ser dividida em 6 elementos: i. Levantar; ii. Locomover-se até o local das chaves; iii. Pegar as chaves; iv. Locomover-se até a porta; v. Inserir a chave e destrancar a porta; vi. Abrir a porta. 2. O que você entende por tolerância para alívio da fadiga? A fadiga no trabalho acontece porque é impossível admitir que as pessoas trabalhem sem pausas para as necessidades pessoais ou para um descanso das atividades do processo. Além disso, o trabalhador também é afetado pelas condições ambientais do local de trabalho (temperatura, ruído, ergonomia). Por isso, geralmente se adota uma tolerância variando entre 15% e 20% do tempo para trabalhos normais realizados em um ambiente normal, para as empresas industriais. O tempo admissível normal para as necessidades pessoais seria de 10 a 25 minutos, enquanto a tolerância para alívio da fadiga variaria de acordo com as condições de trabalho do funcionário. A partir da obtenção do tempo permissivo é possível realizar o cálculo do coeficiente 𝑃 utilizando a Equação 𝑃 = 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑃𝑒𝑟𝑚𝑖𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑇𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑎𝑑𝑜 . A partir da obtenção de 𝑃 pode-se calcular o fator de tolerância definido como 𝐹𝑇 = 1 1−𝑃 . 3 Universidade Veiga de Almeida Engenharia de Produção 3. Qual a finalidade de se dividir uma operação em elementos? Os elementos de uma operação são as partes menores em que a operação pode ser dividida. Essa divisão tem como principal finalidade verificar a compatibilidade do método visando à obtenção de medidas precisas e confiáveis, uma vez que o erro relativo deve ser o menor possível. Portanto, deve-se ter muito cuidado para não dividir a operação em poucos elementos, o que pode acarretar a redução da precisão, ou em muitos elementos, levando aumento nos custos. 4. Defina tempo médio, tempo normal e tempo-padrão. Para a determinação dos tempos padrão e médio é necessária a execução das cronometragens dos tempos de execução das tarefas pelos operadores. Nos gráficos de controle, verificam-se as anomalias das cronometragens, analisando as que são válidas pelos seus limites superiores e inferiores de controle, através das fórmulas 𝐿𝑆𝐶 = 𝑋 + 𝐴 + 𝑅 e 𝐿𝐼𝐶 = 𝑋 − 𝐴 + 𝑅, onde 𝑋 é a média das amostras, 𝐴 é o coeficiente tabelado e 𝑅 é a amplitude. Assim, através das 𝑛 cronometragens realizadas é possível determinar o tempo médio fazendo a média aritmética dos dados. O tempo padrão é o tempo necessário para a produção de uma determinada unidade, é um indicador para análise de crescimento de produtividade. Para calcular o tempo padrão, utiliza-se a fórmula 𝑇𝑃 = 𝑇𝑁 × 𝐹𝑇, onde 𝑇𝑁 é o Tempo Normal e 𝐹𝑇 é o Fator de Tolerância mencionado no item 2. O tempo normal representa o tempo que um operador qualificado e treinado, trabalhando a um ritmo normal, levaria para completar um ciclo de operação. Esse tempo normal pode ser mensurado por meio da fórmula 𝑇𝑁 = 𝑇𝑀 × 𝑉, onde 𝑇𝑀 é o tempo médio e 𝑉 é a velocidade do operador. A diferença entre os tempos padrão e normal está na tolerância, que é adicionada somente ao tempo padrão. 4 Universidade Veiga de Almeida Engenharia de Produção 5. Um dos estudos fundamentais é a avaliação da velocidade do operador, já que é determinante para o levantamento dos tempos-padrão. Como devemos proceder de modo a termos a melhor avaliação possível? A velocidade do operador é a rapidez com que este executa uma tarefa. Esta é medida de forma subjetiva, através das cronometragens e passa a ser a velocidade normal da operação, com valor igual a 1,00 ou 100%. E para evitar erros, é prática habitual o treinamento e o retreinamento sistemático e contínuo da equipe de cronometristas, utilizando-se operações padronizadas dentro da empresa e para as quais se tenha convencionado o tempo que representa a velocidade normal 100. Para uma avaliação criteriosa, pode-se proceder um estudo dos movimentos através da filmagem da operação. Primeiro analisa-se o filme, faz-se o registro dos resultados e, se necessário, promovem-se as mudanças para melhoria do processo. 6. A amostragem do trabalho permite atestar a ocupação de um funcionário dentro de um processo produtivo, bem como as atividades que desempenha. Em que se baseia essa amostragem? Em trabalhos em que o padrão diário é muito diferente de um dia para o outro, ou quando este trabalho é composto de operações muito heterogêneas a técnica para análise e medição dos tempos utilizados é a amostragem de trabalho. Esta técnica utiliza um sistema de observação num determinado instante, que servirá de amostra do trabalho efetuado pelo grupo. É, pois, um método indireto de tomada de tempos, uma vez que exige, para sua determinação, observação indireta do trabalho. De modo geral, a amostragem do trabalho se baseia na ociosidade de máquinas e funcionários, na determinação das tolerâncias que devem ser aplicadas em estudo de tempo, no estudo da proporção de tempo gasto em atividade não repetitivas. 5 Universidade Veiga de Almeida Engenharia de Produção 7. Você é o engenheiro responsável pela operação de uma fábrica de laticínios e necessitou fazer um estudo para verificar se seus trabalhadores estão realmente ocupados. Para tal, de 10 em 10 minutos você entra no setor e verifica o número de trabalhadores que ali se encontram e o que estão fazendo. Faça um comentário a respeito do procedimento que você adotou em relação à técnica de amostragem do trabalho. Este é o método de amostragem de trabalho-homens, que fornece uma visão global da ocupação em relação ao tipo de atividade, além da visão do tempo ocioso, registrando o que realmente ocorre no instante da observação e não o que o analista acha o que deveria estar ocorrendo. Para isso os procedimentos adotados são: i. Selecionar os serviços a serem analisados: a. Tempo direto produtivo: operando; b. Tempo produtivo indireto: transportando, dando ou recebendo instruções; c. Tempo improdutivo: parado, esperando, descansando. ii. Anotar e codificar os elementos a serem observados; iii. Selecionar os horários e as rotas; iv. Anotar as observações; v. Calcular e tabular os dados; vi. Analisar os resultados; vii. Tirar as conclusões sobre os resultados e sugerir as eventuais melhorias; viii. Redigir o relatório final. 6 Universidade Veiga de Almeida Engenharia de Produção 8. Suponha que você é o gerente de produção em um processo em que o produto, para ser fabricado, passa obrigatoriamente pelos recursos na sequência mostrada na figura a seguir. Pergunte-se qual a capacidade produtiva do sistema e identifique qualo recurso “gargalo”? Considerando que temos no total 4 operadores, um para cada posto de trabalho e convertendo o total de unidades por hora em minutos por unidade, temos: 𝑃𝑟𝑜𝑐𝑒𝑠𝑠𝑜 𝐴 = 60 60 = 1 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑃𝑟𝑜𝑐𝑒𝑠𝑠𝑜 𝐵 = 60 40 = 1,5 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑃𝑟𝑜𝑐𝑒𝑠𝑠𝑜 𝐶 = 60 51 = 1,1764 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑃𝑟𝑜𝑐𝑒𝑠𝑠𝑜 𝐷 = 60 66 = 0,9090 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 Logo: 𝑁𝑃𝑇 = 1 + 1,5 + 1,1764 + 0,9090 1,5 = 3,0569 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 Daí temos: 𝐸𝑓𝑖𝑐𝑖ê𝑛𝑐𝑖𝑎 = 3,0569 4 = 76,42% Ainda podemos afirmar que a velocidade e o ritmo do processo afetam a capacidade de produção, o gargalo é o elo mais fraco que não consegue produzir o bastante para suprir a capacidade. Neste caso, o gargalo de produção encontra-se no processo B e a capacidade produtiva do sistema é equivalente à 40 unidades por hora. 7 Universidade Veiga de Almeida Engenharia de Produção Bibliografia Amostragem de Trabalho - Análise das Atividades do Trabalho. (1968). Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP. Acesso em 27 de Março de 2022, disponível em https://www.eco.unicamp.br/neit/images/stories/CTAE_CD2/amostragem_de_tra balho_analise_das_atividades_de_trabalho.pdf Costa, D. F., Rocha, A. L., Oliveira, A. S., Barros, M. D., & Batista, F. B. (2017). APLICAÇÃO DE TEMPOS CRONOMETRADOS E SUAS CONTRIBUIÇÕES NO ÂMBITO ORGANIZACIONAL. Revista Latino-Americana de Inovação e Engenharia de Produção, 5(7), 132-149. doi:http://dx.doi.org/10.5380/relainep.v5i7.55571 Santos, V. M. (15 de Julho de 2018). FM2S. Acesso em 28 de Março de 2022, disponível em fm2s.com.br: https://www.fm2s.com.br/como-fazer-um-estudo-de- tempos-e- metodos/#:~:text=Toler%C3%A2ncia%20para%20Al%C3%ADvio%20da%20Fad iga&text=Por%20isso%2C%20geralmente%20se%20adota,normal%2C%20para %20as%20empresas%20industriais. Sarquis, A. C. (2020). Engenharia de Métodos. Rio de Janeiro: UVA.
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