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Resumo ARTROLOGIA - Marina Mota

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Monitoria de Anatomia 
MMF-I / 2011.2 
Marina Mota 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARTROLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Artrologia 
Marina Mota 
 
 
 
2 
 
GENERALIDADES 
 
 
Articulações ou junturas são uniões funcionais entre os ossos do esqueleto, podendo ser 
móveis ou não móveis. Sua existência permite o deslocamento e sua total integridade proporciona a 
harmonia dos movimentos. Os ligamentos, que podem estar presentes, auxiliam na sua estabilização. 
Para classificá-las é analisada a natureza do tecido interposto entre as superfícies ósseas, existindo as 
articulações fibrosas, cartilagíneas e sinoviais. 
 
 
Classificação das Articulações 
 
o Junturas fibrosas ou Sinartroses 
As superfícies ósseas estão interpostas por tecido conjuntivo fibroso. Não realizam movimentos 
apreciáveis. 
1. Sindesmose 
Dois ossos estão unidos por uma lâmina de tecido fibroso, que pode ser um ligamento ou uma 
membrana fibrosa. 
Exemplo: Articulação tibiofibular distal. 
 
2. Sutura 
As margens ósseas estão unidas por uma fina camada de tecido fibroso. É um tipo 
de articulação encontrada apenas no crânio e pode ser dividida em suturas 
verdadeiras e falsas. As suturas verdadeiras são caracterizadas por reentrâncias 
encaixadas em conjunto, podendo ser denteada (presença de saliências em forma 
de dente, como a sutura sagital), serrátil (margens ósseas serrilhadas, como na 
sutura frontal) ou limbosa (apresenta certa sobreposição óssea, como na sutura 
coronal). Já as suturas falsas se caracterizam por uma superfície áspera colocada em aposição com 
outra, podendo ser escamosa (sobreposição de amplas margens 
biseladas de ossos contíguos, como na sutura escamosa ou 
parietotemporal) ou plana (há uma simples aposição de superfícies 
rugosas contíguas, como na sutura intermaxilar). 
 
3. Esquindilese 
Forma de articulação na qual uma fina lâmina de osso é recebida em uma fenda formada pela 
separação de duas lâminas de outro osso. 
Exemplos: Articulação do rostro do esfenóide e da lâmina perpendicular do etmóide com o vômer; 
Recepção do vômer na fissura entre as maxilas e entre os ossos palatinos. 
 
4. Gonfose 
Articulação por inserção de um processo cônico em uma cavidade. 
Exemplo único: Articulação entre as raízes dos dentes e os processos alveolares da maxila e da 
mandíbula. 
 
 
o Junturas cartilagíneas ou Anfiartroses 
O tecido interposto entre os ossos é cartilaginoso. Trata-se de articulações capazes de realizar 
movimentos limitados. 
1. Sincondrose (Articulação cartilagínea primária) 
É uma articulação temporária na qual a cartilagem interposta, hialina, se ossifica antes da idade 
adulta. 
Exemplos: Sincondrose esfenoccipital, articulação da primeira cartilagem costal com o manúbrio do 
esterno, sincondrose sacroilíaca e linhas epifisiais dos ossos longos. 
 
2. Sínfise (Articulação cartilagínea secundária) 
Artrologia 
Marina Mota 
 
 
 
3 
 
Articulação em que se interpõe um disco 
fibrocartilagíneo entre as superfícies ósseas. 
Exemplos: Articulações entre os corpos das 
vértebras, sínfises manubrioesternal e xifoesternal, sínfise mentoniana, 
sínfise púbica. 
 
 
o Junturas sinoviais ou Diartroses 
Apresentam superfícies ósseas recobertas por cartilagem hialina e unidas por uma 
cápsula articular formada por uma camada fibrosa externa e uma membrana 
sinovial interna (a qual produz o líquido sinovial ou sinóvia para lubrificação da 
articulação). Possuem também uma cavidade articular transposta e revestida pela 
cápsula articular. Permitem amplos movimentos e ligamentos estão presentes 
para estabilização das articulações. 
 
1. Quanto ao número de eixos do movimento 
a. Uniaxiais 
Articulações nas quais os movimentos ocorrem em torno de um único eixo. São elas: Gínglimo ou 
articulação em dobradiça (o eixo é transverso) e Trocóide ou articulação em pivô (o eixo é 
longitudinal). 
 
b. Biaxiais 
Articulações nas quais os movimentos ocorrem em torno de dois eixos perpendiculares. São elas: 
Condilar e Selar. 
 
c. Poliaxiais 
Articulações nas quais os movimentos ocorrem em torno de vários eixos. O único exemplo é a 
Juntura esferóide ou Enartrose. 
 
 
d. Não-axiais 
Junturas que não apresentam eixo em seus movimentos. O único exemplo é a Juntura plana. 
 
 
2. Quanto à forma geométrica 
a. Gínglimo ou Juntura em dobradiça 
As superfícies articulares são moldadas uma para outra de modo a permitir movimento 
em um só plano, mantendo considerável a sua extensão. 
Movimentos permitidos: Flexão e Extensão 
Eixo dos movimentos: Transverso 
Plano dos movimentos: Sagital 
 
Artrologia 
Marina Mota 
 
 
 
4 
 
b. Trocóide ou Juntura em pivô 
É formada por um processo em forma de pivô rodando dentro de um anel, onde este 
é formado parcialmente de osso e ligamento. 
Movimento permitido: Rotação 
Eixo do movimento: Longitudinal 
Plano dos movimentos: Transversal 
 
 
c. Condilar ou Articulação elipsóidea 
Uma superfície articular ovóide ou condilar é recebida em uma cavidade elíptica. 
Movimentos permitidos: Flexão, Extensão, Abdução, Adução e Circundução. 
 
 
d. Selar 
As faces articulares são reciprocamente côncavo-convexas. 
Movimentos permitidos: Flexão, Extensão, Abdução, Adução e Circundução. 
 
 
 
e. Esferóide ou Enartrose 
Recepção de uma cabeça globosa em uma cavidade caliciforme. O osso distal é capaz 
de movimentos em torno de um número indefinido de eixos, que têm um centro 
comum. 
Movimentos permitidos: Flexão, Extensão, Abdução, Adução Circundução e Rotação. 
 
 
f. Articulação Plana 
Aposição de superfícies planas ou uma ligeiramente côncava e uma ligeiramente convexa. 
Movimento permitido: Deslizante. 
 
 
 
Tipos de movimentos admitidos nas articulações 
Os movimentos admissíveis em articulações podem ser deslizantes, angulares, circundução e rotação. 
 
o Movimento deslizante: Uma superfície escorrega ou move-se sobre outra sem movimentos 
angulares ou rotatórios. 
*Este movimento pode existir entre duas superfícies contíguas com qualquer forma. 
 
 
o Movimentos angulares: Há aumento ou diminuição do ângulo entre os ossos. Estes movimentos 
são flexão, extensão, abdução e adução. 
 
1. Flexão: Diminuição do ângulo entre os ossos. 
a. Eixo: Transverso 
b. Plano: Sagital 
 
2. Extensão: Aumento do ângulo entre os ossos. 
a. Eixo: Transverso 
b. Plano: Sagital 
 
 
 
 
 
Artrologia 
Marina Mota 
 
 
 
5 
 
3. Abdução: Afastamento de um membro do plano mediano do corpo ou afastamento de um dedo 
da mão ou do pé do plano mediano da mão ou do pé. 
a. Eixo: Ântero-posterior 
b. Plano: Coronal 
 
4. Adução: Deslocamento de um membro para ou além do plano mediano do corpo ou 
deslocamento de um dedo da mão ou do pé em direção ao plano mediano da mão ou do pé. 
a. Eixo: Ântero-posterior 
b. Plano: Coronal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Circundução: Ocorre entre a cabeça de um osso e a sua cavidade articular quando o osso é levado a 
circunscrever um cone no espaço. É a associação de flexão, abdução, extensão e adução, em 
sequência. 
 
 
o Rotação: Deslocamento em torno de um eixo central sem afastamento deste eixo. 
*A rotação medial do antebraço é denominada pronação e a rotação lateral, supinação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Artrologia 
Marina Mota 
 
 
 
6 
 
ARTICULAÇÕES DO ESQUELETO AXIAL 
 
 
o Articulação da Mandíbula (Temporomandibular) 
1. Classificação: Combinação de gínglimo e juntura plana. 
2. Estruturas envolvidas:Côndilo da mandíbula e parte anterior da fossa mandibular do temporal. 
3. Componentes: 
a. Cápsula articular 
Fino envoltório frouxo inserido na circunferência da fossa mandibular e tubérculo articular e no 
colo do processo condilar da mandíbula. 
 
b. Ligamento Lateral 
Insere-se superiormente na face lateral do arco zigomático e inferiormente na face lateral e 
borda posterior do ramo da mandíbula. 
 
c. Ligamento Esfenomandibular 
Insere-se superiormente na espinha do esfenóide e inferiormente na língula do forame 
mandibular (localizado na face medial do ramo da mandíbula). 
 
d. Ligamento Estilomandibular 
Insere-se superiormente no processo estilóide do temporal e inferiormente no ângulo da 
mandíbula e na sua borda posterior. 
 
e. Disco Articular 
Lâmina ovalada e fina situada entre o côndilo da mandíbula e a fossa mandibular. 
 
4. Movimentos: Afastamento e aproximação dos maxilares, protrusão, retrusão e deslocamentos 
laterais. 
 
 
 
o Articulações da Coluna Vertebral com o Crânio 
Articulação Atlantoccipital 
1. Classificação: Condilar 
2. Estruturas envolvidas: Côndilos do occipital e facetas articulares superiores do atlas. 
3. Componentes: 
a. Duas cápsulas articulares 
Circundam os côndilos do occipital e os une ao atlas. 
 
b. Membrana atlantoccipital anterior 
Estende-se da margem anterior do forame magno à borda cranial do arco anterior do atlas. 
 
c. Membrana atlantoccipital posterior 
Estende-se da margem posterior do forame magno à borda cranial do arco posterior do atlas. 
 
d. Ligamentos atlantoccipitais laterais 
Estende-se do processo jugular do occipital à base dos processos transversos do atlas. 
 
4. Movimentos: Flexão e extensão da cabeça, além de ligeiro movimento lateral. 
 
 
Ligamentos que fazem a conexão do Áxis com o Occipital 
a. Membrana tectória 
Artrologia 
Marina Mota 
 
 
 
7 
 
Estende-se do sulco basilar do occipital (adiante do forame magno) à face dorsal do corpo do 
áxis recobrindo o processo odontóide e seus ligamentos. Aparenta ser um prolongamento 
cranial do ligamento longitudinal posterior da coluna vertebral. 
 
b. Ligamentos alares 
Inserem-se nas faces mediais dos côndilos do occipital e nas partes laterais da borda cranial do 
dente do áxis. 
*Limitam a rotação do crânio, sendo chamados ligamentos de bloqueio. 
 
c. Ligamento apical do dente 
Estende-se do ápice do dente do áxis à margem anterior do forame magno. 
 
 O Áxis não se articula com o occipital, havendo apenas uma conexão ente eles por ligamentos. 
 
 
Articulação Atlantoaxial 
1. Classificação: Consiste em três junturas, uma trocóide e duas sinoviais planas. 
2. Estruturas envolvidas: O dente do áxis e a fóvea do dente; Facetas articulares inferiores do atlas e 
facetas articulares superiores do áxis. 
3. Componentes: 
a. Duas cápsulas articulares 
Unem as margens das massas laterais do atlas às da face articular posterior do áxis. 
 
b. Ligamento atlantoaxial anterior 
Estende-se da borda inferior do arco anterior do atlas à face ventral do corpo do áxis. 
 
c. Ligamento atlantoaxial posterior 
Estende-se da borda inferior do arco posterior do atlas à margem superior das lâminas do áxis. 
 
d. Ligamento transverso do atlas (atlantotransverso ou de Lauth) 
Divide o forame vertebral do atlas em duas porções; A maior aloja a medula espinhal e a menor 
compõe o anel do atlas, que aloja o dente do áxis. Mantém o dente em contato com o arco 
anterior e ao cruzá-lo um pequeno fascículo se dirige cranialmente e outro caudalmente 
formando o ligamento cruciforme do atlas. O feixe cranial se insere na parte basilar do occipital 
e o caudal, na face dorsal do corpo do áxis. 
 
4. Movimentos: Rotação do atlas (e do crânio) sobre o áxis – movimento do “não”. 
 
 
 
o Articulações da Coluna Vertebral 
Articulação dos corpos vertebrais 
1. Classificação: Sínfises 
2. Estruturas envolvidas: Corpos das vértebras 
3. Componentes: 
a. Ligamento longitudinal anterior 
Estende-se ao longo das faces ventrais dos corpos vertebrais. 
 
b. Ligamento longitudinal posterior 
Estende-se ao longo das faces dorsais dos corpos vertebrais. 
 
c. Discos Intervertebrais 
Inserem-se entre as faces adjacentes dos corpos vertebrais do áxis 
até o sacro. São compostos por uma substância gelatinosa (núcleo 
pulposo) envolvida por um anel fibroso externo. O núcleo pulposo 
consiste em 80-85% de água com alto teor de glicosaminoglicanos, 
Artrologia 
Marina Mota 
 
 
 
8 
 
funcionando como uma “almofada aquosa” amortecedora; Já o anel fibroso externo é um 
envoltório de tecido conjuntivo resistente à tração. 
 
 
Articulações dos arcos vertebrais 
1. Classificação: Sinoviais planas 
2. Estruturas envolvidas: Facetas articulares inferiores de uma vértebra e facetas articulares 
superiores da vétebra abaixo 
3. Componentes: 
a. Cápsulas articulares 
Inserem-se nas margens dos processos articulares das vértebras adjacentes. 
 
b. Ligamentos amarelos 
Reúnem as lâminas das vértebras vizinhas desde o áxis até a primeira peça do sacro, se 
estendendo das raízes dos processos articulares até as bases dos processos espinhosos. 
 
c. Ligamento nucal 
Estende-se da protuberância occipital externa até o processo espinhoso de C7 (vértebra 
proeminente) passando pela linha mediana da nuca ao longo dos ápices dos processos 
espinhosos das vértebras cervicais. 
 
d. Ligamento supra-espinhal 
Une os ápices dos processos espinhosos desde C7 (vértebra proeminente) até o sacro, 
constituindo a continuação caudal do ligamento da nuca. 
 
e. Ligamentos interespinhais 
Reúnem os processos espinhosos contíguos e estendem-se da raiz ao ápice de cada processo. 
 
f. Ligamentos intertransversários 
Unem os processos transversos. 
 
 
4. Movimentos permitidos na Coluna Vertebral: Flexão, extensão, flexão lateral, circundução (muito 
limitada) e rotação. 
 
 
 
o Articulações Costovertebrais 
Articulações da cabeça das costelas 
1. Classificação: Sinoviais planas 
2. Estruturas envolvidas: Cabeça das costelas e as facetas articulares presentes nas margens contíguas 
dos corpos vertebrais ou nas vértebras de número correspondente. 
3. Componentes: 
a. Cápsula articular 
Une a cabeça da costela à circunferência da cavidade articular formada pelo disco intervertebral 
e vértebras adjacentes. 
 
b. Ligamento radiado ou costovertebral anterior ou estrelado 
Une a parte anterior da cabeça da costela aos lados dos corpos das duas vértebras com que se 
articula e ao disco intervertebral entre elas. 
*Como a 1ª, 10ª, 11ª e 12ª costelas se articulam, cada uma, com uma única vértebra, nas suas 
articulações o arranjo trirradiado não está presente. 
 
c. Ligamento intra-articular 
Insere-se na crista da cabeça de uma costela e no disco intervertebral. 
Artrologia 
Marina Mota 
 
 
 
9 
 
*Como a 1ª, 10ª, 11ª e 12ª costelas se articulam, cada uma, com uma única vértebra, não possuem 
cristas nas suas cabeças. Conseqüentemente, nas suas articulações o ligamento intra-articular não está 
presente. 
 
4. Movimentos: Deslizamentos. 
 
 
Articulações Costotransversárias 
1. Classificação: Sinoviais planas 
2. Estruturas envolvidas: Porção articular (caudal e medial) do tubérculo das costelas e os processos 
transversos adjacentes. 
3. Componentes: 
a. Cápsula articular 
Insere-se na circunferência das superfícies articulares. 
 
b. Ligamento Costotransversário ou ligamento do colo 
Insere-se na face dorsal do colo da costela e na face anterior do processo transverso adjacente. 
 
c. Ligamento Costotransversário superior ou anterior 
Insere-se na crista do colo da costela e na base do processo transverso da vértebra superior com 
que se articula. 
 
d. Ligamento Costotransversário lateral ou ligamento do tubérculoInsere-se na porção não articular (cranial) do tubérculo da costela e no processo transverso da 
vértebra de número correspondente. 
 
4. Movimentos: Discretos deslizamentos. 
 
 
 
o Articulações Esternocostais 
1. Classificação: Sinoviais planas exceto a primeira, que se trata de uma sincondrose. 
2. Estruturas envolvidas: Cartilagens costais e as incisuras costais nas bordas laterais do esterno. 
3. Componentes: 
a. Cápsulas articulares 
Circundam as articulações das cartilagens das costelas verdadeiras com o esterno. 
 
b. Ligamentos Esternocostais radiados 
Irradiam das faces anterior e posterior das extremidades esternais das cartilagens costais por 
três fascículos (superior, médio e inferior) para as respectivas faces do esterno. 
 
c. Ligamento Esternocostal intra-articular 
Une as segundas cartilagens costais ao disco fibrocartilagíneo da sínfise manubrioesternal. 
 
d. Ligamentos Costoxifóideos 
Une as faces anterior e posterior da sétima (e às vezes sexta) cartilagem costal às respectivas 
faces do processo xifóide. 
 
 
Articulações intercondrais 
As bordas contíguas da 6ª, 7ª e 8ª (às vezes também as da 9ª e 10ª) cartilagens costais se articulam 
entre si por pequenas facetas articulares lisas. Cada articulação possui uma cápsula articular revestida 
por membrana sinovial e reforçada por ligamentos intercondrais. 
 
 
 
Artrologia 
Marina Mota 
 
 
 
10 
 
o Articulações do Esterno 
Articulação Manubrioesternal 
1. Classificação: Sínfise. 
*Ocasionalmente se ossifica em idade avançada. 
 
Articulação Xifoesternal 
1. Classificação: Sínfise. 
*Está comumente ossificada aos cinqüenta anos. 
 
 
 
o Articulações da Coluna Vertebral com a Pelve 
1. Classificação: Sínfise. 
*Não esquecer que embora o sacro constitua um único osso, na verdade derivou de uma sinostose 
entre vértebras; Assim esta articulação se assemelha à encontrada entre as vértebras da coluna espinhal 
em classificação e em componentes. 
2. Estruturas envolvidas: Face caudal da quinta vértebra lombar e base do sacro. 
3. Componentes: 
a. Ligamento longitudinal anterior 
 
b. Ligamento longitudinal posterior 
 
c. Disco intervertebral 
 
d. Ligamentos amarelos 
 
e. Ligamento supra-espinhal 
 
f. Ligamento inter-espinhal 
 
g. Cápsulas que unem os processos articulares 
 
h. Ligamento iliolombar 
Estende-se do processo transverso de L5 à pelve por dois feixes: o superior se insere na crista 
ilíaca e o inferior, anteriormente na base do sacro. Limitam notavelmente os movimentos de 
flexão lateral. 
 
4. Movimentos: Flexão e extensão leves. 
 
 
 
o Articulações da Pelve 
Articulação Sacroilíaca 
1. Classificação: Sincondrose. 
2. Estruturas envolvidas: Faces auriculares do sacro e do ílio. 
3. Componentes: 
a. Ligamento sacroilíaco ventral 
Une a face ventral da parte lateral do sacro ao sulco pré-auricular do ílio. 
 
b. Ligamento sacroilíaco dorsal 
A parte superior (ligamento sacroilíaco dorsal curto) se estende do 1º e 2º tubérculos 
transversos da face dorsal do sacro à tuberosidade do ílio. Já a parte inferior (ligamento 
sacroilíaco dorsal longo) vai do 3º tubérculo transverso à espinha ilíaca póstero-superior. 
 
c. Ligamento sacroilíaco interósseo 
Une a tuberosidade do sacro à do ílio. É profundo ao ligamento sacroilíaco dorsal. 
Artrologia 
Marina Mota 
 
 
 
11 
 
4. Movimentos: Nutação (a base do sacro bascula anterior e inferiormente enquanto o ápice se dirige 
superior e posteriormente; Há aproximação das asas dos ílios e afastamento dos ísquios gerando o 
aumento da abertura inferior e a diminuição da abertura superior da pelve) e contranutação 
(movimento inverso). 
*Tais variações de dimensão entre a abertura superior e a inferior ocorrem em particular durante o 
parto: No começo do encaixe há uma contranutação e, no período final (de expulsão), produz-se uma 
nutação. 
 
 
Ligamentos entre o sacro e o ísquio 
a. Ligamento sacrotuberal 
Estende-se da espinha ilíaca póstero-inferior, do quarto e quinto tubérculos transversos e da 
parte inferior da borda lateral do sacro e do cóccix à borda interna da tuberosidade do ísquio. 
 
b. Ligamento sacroespinhal 
Estende-se das bordas laterais do sacro e do cóccix à espinha isquiática. 
 
 
Articulação sacrococcígea 
1. Classificação: Sínfise (Assim como a articulação entre os corpos vertebrais ao longo da coluna). 
2. Estruturas envolvidas: Face oval do ápice do sacro e a base do cóccix. 
3. Componentes: 
a. Ligamento sacrococcígeo ventral 
Estende-se da face ventral do sacro à face ventral do cóccix. 
 
b. Ligamento sacrococcígeo dorsal 
Estende-se da borda do hiato sacral à face dorsal do cóccix. 
 
c. Ligamento sacrococcígeo lateral 
Une o processo transverso rudimentar do cóccix ao ângulo ínfero-lateral do sacro. Completa o 
forame do 5º nervo sacral. 
 
d. Disco de fibrocartilagem 
Difere do disco intervertebral por ser mais fino e ser mais consistente na sua parte central. 
 
e. Ligamentos interarticulares 
Unem os cornos dos dois ossos. 
 
4. Movimentos: Dirigem-se ventral e dorsalmente, sendo muito limitados. A amplitude aumenta 
durante a gravidez. 
 
 
Articulação entre os ossos púbicos 
1. Classificação: Sínfise. 
2. Estruturas envolvidas: Faces mediais articulares dos dois ossos púbicos. 
3. Componentes: 
a. Ligamento púbico superior 
Une superiormente os dois ossos, estendendo-se até os tubérculos púbicos. 
 
b. Ligamento púbico arqueado (púbico inferior ou subpúbico) 
Une inferiormente os dois ossos. 
 
c. Disco interpúbico 
Disco fibrocartilagíneo que une as faces opostas dos ossos púbicos. 
 
 
Artrologia 
Marina Mota 
 
 
 
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ARTICULAÇÕES DO MEMBRO SUPERIOR 
 
 
o Articulação Esternoclavicular 
1. Classificação: Dupla juntura plana*. 
*Segundo o livro Gray Anatomia de Goss. Alguns autores a consideram uma articulação do tipo selar. 
2. Estruturas envolvidas: Extremidade esternal da clavícula, incisura clavicular do manúbrio e a 1ª 
cartilagem costal. 
3. Componentes: 
a. Cápsula articular 
Circunda a articulação. 
 
b. Ligamento esternoclavicular anterior 
Insere-se na parte superior e ventral da extremidade esternal da clavícula e na face ventral do 
manúbrio. 
 
c. Ligamento esternoclavicular posterior 
Insere-se na parte superior da extremidade esternal da clavícula e na parte superior e dorsal do 
manúbrio. 
 
d. Ligamento interclavicular 
Segue em direção curva da extremidade esternal de uma clavícula para a porção equivalente da 
outra. 
 
e. Ligamento costoclavicular ou rombóide 
Estende-se da parte superior e medial da 1ª cartilagem costal à tuberosidade costal (impressão 
rombóidea) da face inferior da clavícula. 
 
f. Disco articular 
Está entre as superfícies articulares do esterno e da clavícula. Insere-se em cima na borda 
superior e dorsal da superfície articular da clavícula e embaixo na cartilagem da primeira costela. 
 
4. Movimentos: Esta articulação admite uma amplitude limitada de movimento em quase todas as 
direções. 
 
 
 
o Articulação Acromioclavicular 
1. Classificação: Juntura plana 
2. Estruturas envolvidas: Borda medial do acrômio da escápula e extremidade acromial da clavícula. 
3. Componentes: 
a. Cápsula articular 
Circunda completamente as margens articulares. 
 
b. Ligamento acromioclavicular 
Estende-se da extremidade acromial da clavícula à parte adjacente do acrômio. 
 
c. Ligamento coracoclavicular 
Une a clavícula ao processo coracóide da escápula. É composto por dois feixes: o ligamento 
trapezóide (lateral, se estende da linha trapezóide da clavícula à parte superior do processo 
coracóide) e o ligamento conóide (medial, se estende do tubérculo conóide da clavícula à base 
do processo coracóide). 
*Por vezes, o ligamento conóide envia umprolongamento à 1ª costela. Este é o Ligamento bicórnio ou 
de Caldani. 
 
Artrologia 
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13 
 
d. Disco articular 
Geralmente está ausente nesta articulação. Quando presente, separa parcialmente as 
superfícies articulares. 
 
4. Movimentos: Deslizamento e rotação da escápula sobre a clavícula. 
 
 
Ligamentos da escápula 
a. Ligamento coracoacromial 
Une o acrômio ao processo coracóide. Compõe, juntamente com as estruturas citadas, o arco 
coracoacromial que se superpõe à cabeça do úmero. 
 
b. Ligamento transverso superior ou supra-escapular 
Converte a incisura escapular em um forame. Por ele passa o nervo supra-escapular. 
 
c. Ligamento transverso inferior ou espinoglenoidal 
Estende-se da borda lateral a espinha à margem da cavidade glenóide, fechando a grande 
incisura da escápula. 
 
 
 
o Articulação Glenoumeral ou do ombro 
1. Classificação: Sinovial esferóide. 
2. Estruturas envolvidas: Cabeça do úmero e cavidade glenóide da escápula. 
3. Componentes: 
a. Cápsula articular 
Insere-se na circunferência da cavidade glenóide e no colo anatômico do úmero. 
 
b. Ligamento coracoumeral 
É superior à cápsula, indo da borda lateral da base do processo coracóide até a borda anterior 
do tubérculo maior do úmero. 
 
c. Ligamentos glenoumerais (de Farabeuf) 
São observados quando se examina a cápsula articular do ombro na sua parte anterior. 
- Ligamento glenoumeral superior: Insere-se no ápice da cavidade glenóide e na pequena 
depressão da ponta do tubérculo menor. 
- Ligamento glenoumeral médio (de Flood): Estende-se da borda medial da cavidade glenóide 
para a parte inferior do tubérculo menor. Confunde-se com o tendão do subescapular, estando 
abaixo dele. 
- Ligamento glenoumeral inferior (de Schlemm): Estende-se da borda inferior da cavidade 
glenóide para a parte inferior do colo anatômico do úmero. 
 
d. Ligamento umeral transverso (de Brodie) 
Estende-se do tubérculo maior ao tubérculo menor do úmero, fechando o sulco intertubercular 
para que nele se aloje o tendão da porção longa do bíceps braquial. 
 
e. Orla glenoidal 
Orla fibrocartilagínea inserida nas margens da cavidade glenóide para aprofundá-la e melhor 
adequá-la à cabeça do úmero. 
 
*A juntura glenoumeral é bastante instável. A superfície da cabeça do úmero é de duas a três vezes mais 
extensa que a da cavidade glenóide e a fraca concavidade desta última contribui para os deslocamentos 
desta articulação. Os fatores que auxiliam na estabilização são a orla glenoidal e os músculos que se 
inserem na região: O deltóide e os pertencentes ao grupo Manguito Rotador (supra-espinhal, infra-
espinhal, subescapular e redondo menor). 
 
Artrologia 
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14 
 
4. Movimentos: Todas as variedades de movimento – flexão, extensão, abdução, adução, circundução 
e rotação. 
 
 
 
o Articulação do cotovelo 
1. Classificação: Gínglimo. 
2. Estruturas envolvidas: O capítulo do úmero e a fóvea da cabeça do rádio; a tróclea do úmero e a 
incisura troclear da ulna. 
3. Componentes: 
a. Cápsula articular 
Recobre a face anterior da juntura. 
 
b. Ligamento colateral ulnar 
Consiste em três partes: o fascículo anterior se estende da parte ântero-medial do epicôndilo 
medial para a parte medial do processo coronóide; o fascículo médio se dirige da borda inferior 
do epicôndilo medial à borda medial do processo coronóide, se prolongando também até a 
borda medial da ulna; já o fascículo posterior ou ligamento de Bardinet, se estende da parte 
póstero-inferior do epicôndilo medial para a borda medial do olécrano. Um feixe de fibras 
reforça as inserções ulnares deste ligamento: trata-se do fascículo arqueado, feixe transverso ou 
ligamento de Cooper, que se estende da base do olécrano à base do processo coronóide. 
 
c. Ligamento colateral radial 
Consiste em três partes: o fascículo anterior se estende da parte ântero-inferior do epicôndilo 
lateral à cabeça do rádio e a parte da ulna; o fascículo médio se dirige da parte inferior do 
epicôndilo lateral à parte posterior da incisura radial da ulna (pequena cavidade sigmóide); já o 
fascículo posterior se estende da parte posterior do epicôndilo lateral à borda lateral do 
olécrano. 
 
4. Movimentos: Flexão e extensão do antebraço. 
 
 
 
o Articulação radioulnar 
Articulação radioulnar proximal 
1. Classificação: Trocóide. 
2. Estruturas envolvidas: Circunferência da cabeça do rádio e incisura radial da ulna (pequena 
cavidade sigmóide). 
3. Componentes: 
a. Ligamento anular ou orbicular 
Envolve a cabeça do rádio e mantém em contato com a incisura radial da ulna. 
 
b. Ligamento quadrado (de Denucé) 
Estende-se da borda inferior da incisura radial da ulna à parte correspondente no colo do rádio. 
 
4. Movimentos: Pronação (rotação medial do antebraço) e supinação (rotação lateral do antebraço). 
 
 
Articulação radioulnar média 
1. Classificação: Sindesmose*. 
*Há controvérsias quanto à classificação desta juntura e há livros ainda que nem a consideram uma 
articulação. O livro Compendio de Anatomia Descriptiva, de Testud e Latarjet não considera a membrana 
interóssea como constituinte de uma articulação entre ossos e esta mesma idéia é defendida pelos 
livros Anatomia Humana, de Latarjet e Ruiz Liard e Gray Anatomia de Goss. Já livros como Anatomia 
Humana de Prives e Lisenkov e Anatomia Orientada para a Clínica de Keith Moore, avaliam a presença 
desta membrana como característica de uma juntura do tipo sindesmose. 
Artrologia 
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15 
 
2. Estruturas envolvidas: Cristas interósseas do rádio e da ulna. 
3. Componentes: 
a. Membrana interóssea 
Lâmina larga e tênue de tecido fibroso que une em quase toda a extensão as bordas interósseas 
do rádio e da ulna. 
 
b. Corda oblíqua (de Weitbrecht) 
Estende-se do lado lateral da tuberosidade da ulna a uma área pouco distal à tuberosidade 
radial (bicipital). 
 
4. Movimentos: Movimento limitado de aproximação entre o rádio e a ulna. 
 
 
Articulação radioulnar distal 
1. Classificação: Trocóide. 
2. Estruturas envolvidas: Cabeça da ulna e incisura ulnar do rádio (cavidade sigmóide). 
3. Componentes: 
a. Cápsula articular 
Insere-se nas margens da incisura ulnar e na cabeça da ulna. 
 
b. Ligamento radioulnar anterior ou ventral 
Consiste em um espessamento ventral da cápsula articular. Estende-se transversalmente da 
extremidade anterior da incisura ulnar do rádio à parte correspondente da cabeça da ulna. 
 
c. Ligamento radioulnar posterior ou dorsal 
Consiste em um espessamento dorsal da cápsula articular. Estende-se transversalmente da 
extremidade posterior da superfície articular do rádio à parte posterior da cabeça da ulna. 
 
d. Disco articular ou ligamento triangular 
Une firmemente entre si as extremidades inferiores da ulna e do rádio. Sua face distal forma 
parte da juntura do pulso, articulando-se com o semilunar e o piramidal. 
 
4. Movimentos: Pronação e supinação. 
 
 
 
o Articulação radiocárpica ou Juntura do pulso 
1. Classificação: Condilar. 
2. Estruturas envolvidas: Extremidade distal do 
rádio e face distal do disco articular com os 
ossos escafóide, semilunar e piramidal. 
 
*Observações importantes: 
- A ulna não faz parte desta articulação. 
- Embora o piramidal participe da composição desta 
juntura, ele não está incluso na lista de ossos que se 
articulam com o rádio. Como pode ser visto na 
imagem ao lado, ele se relaciona com o disco 
articular, e este por sua vez tem relação com o 
rádio. Estes ossos se situam em lados opostos e não 
há o mínimo contato entre eles. 
 
3. Componentes: 
a. Cápsula articular 
Circunda a articulação. 
 
Artrologia 
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16 
 
b. Ligamento radiocárpico palmar (volar ou anterior) 
Insere-se nas facesanteriores dos ossos escafóide, semilunar e piramidal e das extremidades 
distais do rádio e da ulna. 
 
c. Ligamento radiocárpico dorsal (posterior) 
Insere-se na borda posterior da extremidade distal do rádio e na face dorsal do escafóide, 
semilunar e piramidal. 
 
d. Ligamento ulnocarpal palmar 
Estende-se da cabeça e processo estilóide da ulna à face anterior do semilunar, piramidal e 
capitato. 
 
e. Ligamento colateral ulnar 
Estende-se do processo estilóide da ulna ao piramidal, pisiforme e ligamento cárpico transverso. 
 
f. Ligamento colateral radial 
Estende-se do ápice do processo estilóide do rádio ao escafóide, trapézio e retináculo dos 
flexores. 
 
4. Movimentos: Flexão, extensão, abdução, adução e circundução. 
 
 
 
o Articulações intercárpicas 
Articulações da fileira proximal dos ossos cárpicos 
1. Classificação: Junturas planas. 
2. Ossos envolvidos: Escafóide, semilunar e piramidal. 
3. Componentes: 
a. Ligamentos intercárpicos dorsais 
Em número de dois, ligam o escafóide ao semilunar e o semilunar ao piramidal. 
 
b. Ligamentos intercárpicos palmares 
Em número de dois, ligam o escafóide ao semilunar e o semilunar ao piramidal. 
 
c. Ligamentos intercárpicos interósseos 
Ligam o escafóide ao semilunar e o semilunar ao piramidal. 
 
*Ligamentos que unem o osso pisiforme 
Cápsula articular e dois ligamentos palmares: Piso-hamato (une o pisiforme ao hamato) e 
Pisometacárpico (liga o pisiforme à base do quinto metacárpico). 
 
4. Movimentos: Deslizamento. 
 
 
Articulações da fileira distal dos ossos do carpo 
1. Classificação: Junturas planas. 
2. Ossos envolvidos: Trapézio, trapezóide, capitato e hamato. 
3. Componentes: 
a. Ligamentos intercárpicos dorsais 
Em número de três, ligam o trapézio ao trapezóide, trapezóide ao capitato e o capitato ao 
hamato. 
 
b. Ligamentos intercárpicos palmares 
Em número de três, ligam o trapézio ao trapezóide, trapezóide ao capitato e o capitato ao 
hamato. 
 
Artrologia 
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17 
 
c. Ligamentos interósseos 
Em número de três, ligam o trapézio ao trapezóide (este algumas vezes está ausente), 
trapezóide ao capitato e o capitato ao hamato. 
 
4. Movimentos: Deslizamento. 
 
 
Articulações das duas fileiras de ossos do carpo entre si 
Esta juntura entre o escafóide, o semilunar e o piramidal proximalmente, e a segunda fileira de ossos 
cárpicos distalmente, é denominada juntura mediocárpica, e compõe-se de três porções distintas; no 
centro a cabeça do capitato e a superfície superior do hamato, se articulam com a cavidade profunda 
em forma de cálice formada pelo escafóide e o semilunar, constituindo uma espécie de articulação 
esférica. No lado radial o trapézio e o trapezóide, se articulam com o escafóide, no lado ulnar o hamato 
articula-se com o piramidal, formando junturas planas. 
 
1. Classificação: Junturas planas. 
2. Ossos envolvidos: Todos os ossos do carpo. 
3. Componentes: 
a. Ligamentos intercárpicos palmares 
Passam da face palmar dos ossos da primeira fileira para a face anterior do capitato. 
 
b. Ligamentos intercárpicos dorsais 
Passam entre as faces dorsais dos ossos da primeira e segunda fileira. 
 
c. Ligamentos colaterais 
Existe um entre o escafóide e o trapézio e outro ligando o piramidal ao hamato. Eles se 
continuam com os ligamentos colaterais da juntura do pulso. 
 
4. Movimentos: A juntura médiocárpica realiza flexão, extensão e um ligeiro grau de rotação. 
 
 
 
o Articulações carpometacárpicas 
Articulação carpometacárpica do polegar 
1. Classificação: Juntura selar. 
2. Estruturas envolvidas: Face articular da extremidade distal do trapézio e base do primeiro 
metacárpico. 
3. Componentes: 
a. Cápsula articular 
Estende-se da circunferência da base do osso metacárpico para a borda áspera que limita a 
superfície articular do trapézio. 
 
4. Movimentos: Flexão, extensão, no plano da palma na mão; abdução e adução, no plano em ângulo 
reto à palma; circundução e oposição. 
 
 
Articulações dos outros quatro ossos metacárpicos com o carpo 
1. Classificação: Junturas planas. 
2. Ossos envolvidos: Segundo ao quinto metacárpico, trapezóide, capitato e hamato. 
3. Componentes: 
a. Ligamentos carpometacárpicos dorsais 
Ligam o carpo aos ossos metacárpicos em suas faces dorsais. O segundo metacárpico recebe 
dois feixes, um do trapézio outro do trapezóide; o terceiro, respectivamente do trapezóide e do 
capitato; o quarto, do capitato e do hamato; o quinto recebe um único feixe do hamato. 
 
b. Ligamentos carpometacárpicos palmares 
Artrologia 
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18 
 
Têm disposição um tanto semelhante, com exceção dos do terceiro metacárpico, que são em 
número de três: um lateral, do trapézio, um intermediário, do capitato; e um medial, do 
hamato. 
 
c. Ligamentos interósseos 
Unem os ângulos inferiores do capitato e hamato com as superfícies adjacentes do terceiro e 
quarto ossos metacárpicos. 
 
4. Movimentos: Deslizamentos. 
 
 
 
o Articulações intermetacárpicas 
1. Classificação: Juntura plana. 
2. Estruturas envolvidas: Bases do segundo ao quinto osso metacárpico. 
*Ou seja, o primeiro osso metacárpico não participa deste grupo de articulações. 
3. Componentes: 
a. Ligamentos dorsais 
Passam transversalmente de um osso a outro na face dorsal. 
 
b. Ligamentos palmares 
Passam transversalmente de um osso a outro na face palmar. 
 
c. Ligamento metacárpico transverso 
Corre ao longo das superfícies palmares das cabeças do segundo, terceiro, quarto e quinto 
metacárpicos, ligando-os. 
 
4. Movimentos: Deslizamento. 
 
 
 
o Articulações metacarpofalângicas 
1. Classificação: A articulação metacarpofalângica do polegar é do tipo gínglimo, enquanto as demais 
são condilares. 
2. Estruturas envolvidas: Cabeças arredondadas dos ossos metacárpicos e cavidades rasas presentes 
nas bases das falanges proximais. 
3. Componentes: 
a. Ligamentos palmares (glenóides de Cruveilhier) 
Situam-se entre as superfícies palmares das junturas, no intervalo entre os ligamentos 
colaterais. 
 
b. Ligamentos colaterais 
Estão presentes em lado da juntura. Cada um se insere em uma extremidade no tubérculo da 
cabeça do osso metacárpico e na outra, na extremidade contígua da falange. 
 
4. Movimentos: Flexão, extensão, abdução, adução e circundução. 
 
 
 
o Articulações interfalângicas 
1. Classificação: Gínglimos. 
2. Estruturas envolvidas: Cabeça das falanges proximais e base das falanges médias; cabeça das 
falanges médias e base das falanges distais. 
3. Componentes: 
a. Ligamentos palmares 
Unem as faces palmares (anteriores) das falanges. 
Artrologia 
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19 
 
b. Ligamentos colaterais 
Estão presentes em lado da juntura. 
 
4. Movimentos: Flexão e extensão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Artrologia 
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ARTICULAÇÕES DO MEMBRO INFERIOR 
 
 
o Articulação do quadril (coxofemoral) 
1. Classificação: Esferóide ou enartrose. 
2. Estruturas envolvidas: Face semilunar do acetábulo e cabeça do fêmur. 
3. Componentes: 
a. Cápsula articular 
Circunda a articulação, se inserindo na margem do acetábulo, na orla acetabular e no nível 
da incisura, está unida ao ligamento transverso do acetábulo. Apresenta dorsalmente 
fibras de formato circular, denominadas em conjunto ligamento anular (de Weber). 
 
b. Ligamento iliofemoral (em forma de Y ou de Bigelow) 
Estende-se da espinha ilíaca ântero-inferior à linha intertrocantérica. 
 
c. Ligamento pubofemoral 
Insere-se na crista obturatória e no ramo superior da pube e funde-se à cápsula articular e 
ao ligamento iliofemoral.d. Ligamento isquiofemoral (de Bertin) 
Nasce do ísquio distal e posteriormente ao acetábulo e funde-se com as fibras circulares da 
cápsula. 
 
e. Ligamento da cabeça do fêmur ou redondo 
Insere-se no ápice da fóvea da cabeça do fêmur e, por dois feixes, em cada margem da 
incisura do acetábulo. 
 
f. Orla acetabular ou ligamento cotilóide 
Orla fibrocartilagínea inserida na margem do acetábulo na tentativa de aprofundar esta 
cavidade, tornando mais estável a articulação do quadril. Forma um círculo completo que 
circunda a cabeça do fêmur e auxilia na contenção desta em seu lugar. 
 
g. Ligamento transverso do acetábulo 
Corresponde a parte da orla acetabular, sendo constituído de fibras que cruzam a incisura 
acetabular, convertendo-a em um forame, pelo qual os vasos nutrícios penetram na 
juntura. 
 
h. Movimentos: Todas as variedades de movimento – Flexão, extensão, abdução, adução, 
circundução e rotação. 
 
 
 
o Articulação do joelho 
1. Classificação: Gínglimo modificado. Ela deve ser considerada como consistindo em três articulações 
diferentes – duas articulações condilares, entre os côndilos do fêmur e os côndilos da tíbia e uma 
parcialmente plana, entre a patela e a face patelar do fêmur. 
2. Estruturas envolvidas: Faces articulares presentes nos côndilos do fêmur e platores tibiais; face 
articular da patela e superfície patelar do fêmur. 
3. Componentes: 
a. Cápsula articular 
Membrana fibrosa que rodeia a articulação, sendo reforçada em quase toda a sua extensão por 
ligamentos intimamente aderidos. 
 
b. Ligamento patelar 
Corresponde à porção central do tendão do quadríceps femoral que se continua a partir da 
patela até a tuberosidade da tíbia. 
Artrologia 
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21 
 
c. Ligamento poplíteo oblíquo (de Bourgery ou de Winslow) 
Dirige-se obliquamente e lateralmente da parte posterior do côndilo medial da tíbia para a 
parte posterior do côndilo lateral do fêmur. 
*Nele está apoiada a artéria poplítea. 
 
d. Ligamento poplíteo arqueado 
Forma um arco, estendendo-se do côndilo lateral do fêmur à face posterior da cápsula articular 
e ao processo estilóide da fíbula. 
 
e. Ligamento colateral tibial 
Estende-se do côndilo medial do fêmur ao côndilo medial da tíbia e à face medial do seu corpo. 
 
f. Ligamento colateral fibular 
Insere-se na parte posterior do côndilo lateral do fêmur e na face lateral da cabeça da fíbula. 
 
g. Ligamento cruzado anterior 
Dirige-se da fossa intercondilar anterior da tíbia, unindo-se à extremidade anterior do menisco 
lateral, para a parte posterior da face medial do côndilo lateral do fêmur. 
 
h. Ligamento cruzado posterior 
Dirige-se da fossa intercondilar posterior da tíbia e da extremidade posterior do menisco lateral 
para a parte anterior da face lateral do côndilo medial do fêmur. 
 
i. Menisco medial 
Apresenta forma quase semicircular, um pouco alongado e mais largo posteriormente. 
 
j. Menisco lateral 
Possui forma quase circular e recobre uma extensão da face articular maior do que a recoberta 
pelo menisco medial. 
 
k. Ligamento meniscofemoral posterior (de Wrisberg ou de Robert) 
Próximo à sua inserção posterior, o menisco lateral envia esse ligamento para se inserir no 
côndilo medial do fêmur, imediatamente atrás da inserção do ligamento cruzado posterior. 
 
l. Ligamento meniscofemoral anterior (de Humphry) 
Inconstante. Por vezes pequenos feixes do menisco lateral passam para frente, inserindo-se na 
parte lateral do ligamento cruzado posterior, compondo este ligamento. 
 
m. Ligamento transverso ou intermeniscal 
Inconstante. Une as margens anteriores dos meniscos. 
 
n. Ligamentos coronários 
Correspondem, na realidade, a prolongamentos da cápsula articular que unem a periferia dos 
meniscos com a margem da cabeça da tíbia. 
 
4. Movimentos: Flexão, extensão e em certas posições da juntura, rotação medial e rotação lateral. 
 
 
 
o Articulações entre a tíbia e a fíbula 
Articulação tibiofibular proximal 
1. Classificação: Juntura plana. 
2. Estruturas envolvidas: Côndilo lateral da tíbia (com sua faceta articular) e cabeça da fíbula. 
3. Componentes: 
a. Cápsula articular 
Circunda a articulação e adere ao redor das margens das facetas articulares. 
Artrologia 
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22 
 
b. Ligamento anterior da cabeça da fíbula 
Dois ou três feixes que se dirigem da cabeça da fíbula para a parte anterior do côndilo lateral da 
tíbia. 
 
c. Ligamento posterior da cabeça da fíbula 
Feixe único que se dirige obliquamente para cima da parte posterior da cabeça da fíbula para a 
parte posterior do côndilo lateral da tíbia. 
 
4. Movimentos: Deslizamento. 
 
 
Articulação tibiofibular média 
1. Classificação: Sindesmose*. 
*Neste item é retomada a discussão exposta na pág. 14 sobre as divergências entre autores acerca 
deste tipo de articulação. Os debates também estão presentes neste caso. 
 
2. Estruturas envolvidas: Cristas interósseas da tíbia e da fíbula. 
3. Componentes: 
a. Membrana interóssea 
Insere-se nas cristas interósseas da tíbia e da fíbula. Sua porção superior forma o Ligamento de 
Barkow, o qual limita uma abertura oval para passagem dos vasos tibiais anteriores em direção 
à parte anterior da perna. Na parte inferior apresenta uma abertura menor para os vasos 
fibulares. 
 
4. Movimentos: Desprezíveis. 
 
 
Articulação tibiofibular distal 
1. Classificação: Sindesmose. 
2. Estruturas envolvidas: Face medial da extremidade distal da fíbula e face lateral da extremidade 
distal da tíbia. 
3. Componentes: 
a. Ligamento tibiofibular anterior 
Une anteriormente as extremidades distais da tíbia e da fíbula. 
 
b. Ligamento tibiofibular posterior 
Une posteriormente as extremidades distais da tíbia e da fíbula. 
 
c. Ligamento transverso inferior 
Situa-se anteriormente ao ligamento tibiofibular posterior e se dirige transversalmente pela 
parte posterior da articulação do maléolo lateral para a borda posterior da face articular da 
tíbia, quase até seu maléolo medial. 
 
d. Ligamento interósseo 
Curtos feixes fibrosos que passam entre a superfície rugosa contígua da tíbia e da fíbula e 
constituem o principal laço de união entre os ossos. 
 
4. Movimentos: Desprezíveis. 
 
 
 
o Articulação talocrural ou do tornozelo 
1. Classificação: Gínglimo. 
2. Estruturas envolvidas: Extremidade distal da tíbia (com seu maléolo medial), maléolo lateral da 
fíbula e superfície proximal convexa do tálus com suas facetas. 
3. Componentes: 
Artrologia 
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23 
 
a. Cápsula articular 
Rodeia a articulação se inserindo nas bordas da face articular da tíbia e dos maléolos, e na face 
articular do talo. 
b. Ligamento deltóide ou lateral interno 
Feixe triangular robusto que se insere proximalmente no maléolo medial e distalmente na 
tuberosidade do navicular (ligamentos tibionaviculares), lado interno do talo e no tubérculo 
proeminente da sua face posterior (ligamentos talotibiais posteriores) e face medial do talo 
(ligamentos talotibiais anteriores). 
 
c. Ligamento talofibular anterior* 
Vai da margem do maléolo fibular para o tálus, anteriormente à sua faceta articular lateral. 
 
d. Ligamento talofibular posterior* 
Vai da depressão na parte medial e posterior do maléolo fibular para um tubérculo proeminete 
na borda posterior do tálus. 
 
e. Ligamento calcaneofibular* 
Vai do ápice do maléolo fibular para um tubérculo na face lateral do calcâneo. 
 
*Estes ligamentos compõem juntos o ligamento lateral externo. 
 
 
4. Movimentos: Dorsinflexão e flexão plantar. 
 
*Observação importante: 
Eversão e inversão não são movimentos desta articulação, mas sim das articulações intertársicas. 
 
 
 
o Articulações intertársicas 
Articulação subtalar (talocalcanear) 
Será descritaagora a articulação talocalcânea posterior, pois a anterior faz parte da articulação 
talocalcaneonavicular e será descrita posteriormente. 
 
1. Classificação: Juntura plana. 
2. Estruturas envolvidas: Faceta calcanear posterior da face inferior do talo e faceta posterior da face 
superior do calcâneo. 
3. Componentes: 
a. Cápsula articular 
Envolve a articulação. 
 
b. Ligamento talocalcanear anterior 
Estende-se da face anterior e lateral do colo do talo à face superior do calcâneo, sendo por 
vezes descrito como ligamento interósseo anterior. 
 
c. Ligamento talocalcanear posterior 
Liga o tubérculo lateral do tálus com a parte proximal e medial do calcâneo. 
 
d. Ligamento talocalcanear lateral 
Passa da face lateral do tálus para a face lateral do calcâneo. 
 
e. Ligamento talocalcanear medial 
Liga o tubérculo medial do talo ao tubérculo posterior do sustentáculo do tálus. 
 
f. Ligamento talocalcanear interósseo 
Artrologia 
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Constitui o principal meio de união entre os ossos. Está inserido no sulco entre as facetas 
articulares da face distal do talo e em uma depressão correspondente na face proximal do 
calcâneo. 
 
4. Movimentos: Deslizamentos no sentido ântero-posterior e lateral. 
 
 
Articulação talocalcaneonavicular 
1. Classificação: Juntura plana. 
2. Estruturas envolvidas: Cabeça arredondada do tálus e concavidade formada pela face posterior do 
navicular e face articular anterior do calcâneo. 
3. Componentes: 
a. Cápsula articular 
Embora imperfeita anteriormente, circunda a articulação. 
 
b. Ligamento talonavicular dorsal 
Liga o colo do tálus à face dorsal do navicular. 
 
c. Movimentos: Deslizamento. 
 
 
Articulação calcaneocubóidea 
1. Classificação: Juntura plana. 
2. Estruturas envolvidas: Face articular do calcâneo e a respectiva face articular do cubóide. 
3. Componentes: 
a. Cápsula articular 
Revestimento incompleto, contendo certos feixes que forma os outros ligamentos da 
articulação. 
 
b. Ligamento calcaneocubóideo dorsal 
Passa entre as faces contíguas do calcâneo e do cubóide na face dorsal da articulação. 
 
c. Ligamento bifurcado 
Insere-se na escavação profunda sobre a face proximal do calcâneo, dividindo-se 
anteriormente em uma parte calcaneocubóidea e uma calcaneonavicular. A parte 
calcaneocubóidea está fixada na face medial do cubóide e forma uma das principais uniões 
entre os ossos da primeira e da segunda fileira do tarso; já a parte calcaneonavicular, se insere 
na face lateral do navicular. 
 
d. Ligamento plantar longo 
É o mais longo de todos os ligamentos do tarso; está inserido na face plantar do calcâneo e na 
face plantar do cubóide e as fibras mais superficiais se continuam distalmente para a base do 
terceiro, quarto e quinto, e também, ocasionalmente, o segundo ossos metatársicos. 
 
e. Ligamento calcaneocubóideo plantar 
Estende-se do tubérculo e da depressão situada anteriormente a ele, na parte distal da face 
plantar do calcâneo, até a face plantar do cubóide. 
 
4. Movimentos: Deslizamento. 
 
 
Articulação transversa do tarso 
É composta pelas articulações do calcâneo com o cubóide e do talo com o navicular. Já foi descrita. 
 
 
 
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Ligamentos de união entre o calcâneo e o navicular 
a. Ligamento calcaneonavicular 
Já descrito. 
 
b. Porção do ligamento bifurcado 
Já descrito. 
 
c. Ligamento calcaneonavicular plantar 
Liga a borda anterior do sustentáculo do tálus do calcâneo à face plantar do navicular. 
 
*Este ligamento é responsável pelo apoio da cabeça do tálus, estando principalmente relacionado à 
manutenção do arco do pé. Quando ele cede, a cabeça do tálus é pressionada medialmente pelo peso 
do corpo e o pé torna-se pronado, revirado e voltado lateralmente (posição conhecida como pé chato). 
Contém uma quantidade considerável de fibras elásticas para dar elasticidade ao arco e à curvatura do 
pé; sendo, por isso, chamado algumas vezes de ligamento “mola”. 
 
 
Articulação cuneonavicular 
1. Classificação: Juntura plana. 
2. Estruturas envolvidas: Faces articulares do navicular e dos três ossos cuneiformes. 
3. Componentes: 
a. Ligamentos dorsais 
Em número de três, encontram-se inseridos nas faces dorsais de cada osso. 
 
b. Ligamentos plantares 
Em número de três, encontram-se inseridos nas faces plantares de cada osso. 
 
4. Movimentos: Deslizamento. 
 
 
Articulação cuboideonavicular 
É inconstante. 
 
1. Classificação: Juntura plana. 
2. Estruturas envolvidas: Face lateral do navicular e face medial do cubóide. 
3. Componentes: 
a. Ligamento dorsal 
Corre obliquamente do osso navicular ao cubóide. 
 
b. Ligamento plantar 
Disposição quase transversal entre as faces plantares desses ossos. 
 
c. Ligamento interósseo 
Liga as porções ásperas e não articulares das faces adjacentes dos ossos. 
 
4. Movimentos: Deslizamento. 
 
 
Articulações intercuneiformes e cuneocubóideas 
1. Classificação: Juntura plana. 
2. Estruturas envolvidas: Faces articulares dos três ossos cuneiformes e do cubóide. 
3. Componentes: 
a. Ligamentos dorsais 
São três feixes transversais, um liga o cuneiforme medial ao intermédio, outro o cuneiforme 
intermédio ao lateral e o último o cuneiforme lateral ao cubóide, dorsalmente. 
 
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b. Ligamentos plantares 
São três feixes transversais, um liga o cuneiforme medial ao intermédio, outro o cuneiforme 
intermédio ao lateral e o último o cuneiforme lateral ao cubóide, nas suas faces plantares. 
 
c. Ligamentos interósseos 
Fibras que se inserem nas porções ásperas não articulares das faces adjacente dos ossos. 
 
4. Movimentos: Deslizamento. 
 
 
 
o Articulações tarsometatársicas (de Lisfranc) 
1. Classificação: Junturas planas. 
2. Estruturas envolvidas: Ossos cuneiforme medial, intermédio e lateral, cubóide e bases dos ossos 
metacárpicos. 
3. Componentes: 
a. Ligamentos dorsais 
Ligamentos entre as faces dorsais e adjacentes dos ossos da articulação. O segundo 
metatársico possui três ligamentos (um com cada cuneiforme), enquanto os demais só se 
comunicam através de um ligamento. 
 
b. Ligamentos plantares 
Ligamentos entre as faces plantares e adjacentes dos ossos da articulação. 
 
c. Ligamentos interósseos 
São em número de dois ou três. O primeiro se dirige da face lateral do cuneiforme medial 
ao ângulo adjacente do segundo metatársico. O segundo se dirige do cuneiforme lateral à 
face lateral do segundo metatársico. O terceiro liga o ângulo lateral do cuneiforme lateral 
com o lado adjacente da base do terceiro metatársico. 
 
4. Movimentos: Deslizamento. 
 
 
 
o Articulações intermetatársicas 
1. Classificação: Junturas planas. 
2. Estruturas envolvidas: Bases dos ossos metatársicos. 
3. Componentes: 
*O primeiro metatársico se liga ao segundo apenas por feixes interósseos. A diferença desta articulação 
para a intermetacárpica está no fato de o primeiro osso metatársico estabelecer ligações com segundo 
(ao menos por um ligamento), o que não acontece no metacarpo. 
 
a. Ligamentos dorsais 
Passam transversalmente entre as faces dorsais das bases dos ossos metatársicos adjacentes. 
 
b. Ligamentos plantares 
Passam transversalmente entre as faces plantares dos ossos metatársicos adjacentes. 
 
c. Ligamentos interósseos 
Ligam as porções ásperas não articulares das faces adjacentes. 
 
4. Movimentos: Deslizamento. 
 
 
 
 
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o Articulações metatarsofalângicas 
1. Classificação: Condilar. 
2. Estruturas envolvidas: Cabeça dos ossos metatársicos e base das falanges proximais. 
3. Componentes: 
a. Ligamentos plantares (Ligamentos glenóides de Cruveilhier) 
Localizam-se nasfaces plantares das articulações entre nos intervalos dos ligamentos colaterais 
aos quais estão unidos. 
 
b. Ligamentos colaterais 
Situam-se de cada lado da articulação, inseridos por uma parte no tubérculo posterior da face 
lateral da cabeça do osso metatársico e por outra na extremidade contígua da falange. 
 
4. Movimentos: Flexão, extensão, abdução e adução. 
 
 
 
o Articulações interfalângicas 
1. Classificação: Gínglimos. 
2. Estruturas envolvidas: Cabeça das falanges distais, base e cabeça das falanges médias e base das 
falanges distais. 
3. Componentes: 
Mesmos ligamentos da articulação metatarsofalângica. 
 
a. Ligamentos plantares (Ligamentos glenóides de Cruveilhier) 
Localizam-se nas faces plantares das articulações entre nos intervalos dos ligamentos colaterais 
aos quais estão unidos. 
 
c. Ligamentos colaterais 
Situam-se de cada lado da articulação, inseridos por uma parte no tubérculo posterior da face 
lateral da cabeça de uma falange e por outra na extremidade contígua de outra falange. 
 
4. Movimentos: Flexão e extensão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Correlações Clínicas 
 
 
o Artrite 
Artrite é uma inflamação causada geralmente por depósitos de ácido úrico nas articulações. 
 
o Artrose 
Trata-se de um estágio mais avançado que a artrite, no qual é ocasionada a degeneração dos tecidos das 
articulações. Logo, mais que inflamação, é gerado desgaste da articulação. 
 
 
o Pseudoartrose 
Pseudoartrose é a não consolidação de uma fratura. 
Corresponde à formação de tecido fibrocicatricial na região 
onde deveria ocorrer a cicatrização e consolidação da 
fratura. Devido à mobilidade (estímulo mecânico) não há 
formação óssea, e pode haver até líquido sinovial na região 
formando uma falsa articulação. Para a consolidação da 
fratura o osso necessita inicialmente de vitalidade dos 
tecidos (vascularização eficiente), ausência de agentes 
infecciosos (bactérias), contato ósseo, mediadores 
celulares(inflamatórios), pH adequado e ausência de 
estímulo mecânico (imobilidade do foco). Quando há 
deficiência na circulação sanguínea local, geralmente após 3 
a 6 meses de tratamento surge a pseudoartrose. 
 
Um osso geralmente acometido por pseudoartroses é o 
escafóide, pois sua irrigação é caracteristicamente mais 
pobre. Com a fratura, são provocados movimentos 
anormais entre os fragmentos, levando a um processo de desgaste envolvendo dor, inchaço e limitação 
de movimento e função. Para o tratamento, é indicado o método cirúrgico, no qual é utilizado um 
enxerto de osso saudável no local da lesão para que seja obtida a consolidação do osso. 
 
 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Anquilose 
Uma anquilose pode ser definida como sendo a fusão das superfícies articulares seja por tecido ósseo 
ou fibroso. Pode ser causada por vários fatores incluindo trauma, condições inflamatórias sistêmicas e 
locais, neoplasias e infecções. Nos casos de anquilose da articulação temporomandibular, o fator 
etiológico mais comum está associado a trauma ou infecção. Se a anquilose impedir completamente a 
realização de movimentos, é indicado tratamento cirúrgico. Já nos casos que ainda apresentam a 
realização de algum movimento (pseudo-anquilose ou anquilose por fibroadesão), há a possibilidade de 
não ser realizada uma cirurgia. 
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o Luxação acromioclavicular 
Uma queda sobre o ombro ou sobre o braço esticado causa, freqüentemente, uma luxação da 
articulação acromioclavicular e lesões dos ligamentos que estabilizam esta juntura. A lesão ligamentar 
permite que a extremidade lateral da clavícula se mova independentemente da escápula, mais 
freqüentemente se desviando superiormente. A clavícula pode ser comprimida para baixo (com muita 
dor), mas vai retornar à posição inicial quando a pressão for removida – este é o sinal da tecla do piano. 
Existem dois importantes modos de avaliação do grau de luxação desta juntura: As escalas propostas 
por Tossy e Rockwood. Os sistemas de classificação de Allman e Tossy foram alargados por Rockwood 
em 1984 e demonstram a base anatômica da lesão, orientando na conduta de tratamento apropriado 
das lesões acromioclaviculares. 
 
 
- Classificação de Tossy 
Distingue três graus de separação acromioclavicular, baseados na extensão da lesão dos ligamentos. 
Tossy I: Os ligamentos acromioclavicular e coracoclavicular são estirados, mas ainda mantendo-se 
intactos. 
Tossy II: O ligamento acromioclavicular rompe-se, com subluxação concomitante da articulação. 
Tossy III: Todos os ligamentos se rompem, com a luxação completa da articulação acromioclavicular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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- Classificação de Rockwood 
Rockwood classifica as luxações acromioclaviculares em 6 tipos: 
 
Tipo I: Ruptura parcial dos ligamentos acromioclaviculares; os ligamentos coracoclaviculares estão 
intactos; estabilidade da clavícula. 
Tipo II: Ruptura completa dos ligamentos acromioclaviculares, com rotura parcial dos ligamentos 
coracoclaviculares; a articulação pode apresentar instabilidade anteroposterior na manobra de stress. 
Tipo III: A articulação apresenta instabilidade vertical e horizontal; rotura completa de ambos os 
complexos ligamentares, com o espaço acromial aumentado em 25 a 100%; desinserção do trapézio e 
do deltóide da extremidade distal da clavícula; a clavícula desloca-se superiormente. 
Tipo IV: Luxação posterior através do trapézio; desinserção do trapézio e do deltóide da clavícula. 
Tipo V: Idêntico ao tipo III, mas com aumento do espaço coracoacromial entre 100 a 300%; desinserção 
do trapézio e do deltóide da metade distal da clavícula. 
Tipo VI: Lesão muito rara, com luxação inferior da clavícula sob o acrômio e processo coracóide; 
desinserção do trapézio e do deltóide da extremidade distal da clavícula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estão descritos múltiplos procedimentos cirúrgicos para reparação e estabilização das luxações 
acromioclaviculares (tipos III, IV, V, e VI). O tratamento das luxações da articulação acromioclavicular 
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continua controverso; redução da luxação e fixação com fios metálicos (Kirschner) foram utilizados por 
Murray, Sage, Salvatore, Phemister, Ahstron e outros; redução com fixação e reparo do ligamento 
coracoclavicular foram relatados por Cameron, Bosworth, Houston, Rockwood e outros. Neviaser 
descreveu o tratamento da luxação acromioclavicular utilizando o ligamento coracoacromial para 
reconstituir o ligamento coracoclavicular; para manter a redução no ato da operação usava dois fios de 
Kirschner (metálicos). Dewar & Barrington usavam, nas luxações crônicas, o processo coracóide e seus 
músculos (bíceps e coracobraquial), que são transferidos para a clavícula, a fim de manter na posição a 
extremidade lateral do osso. A técnica de Henry modificada consiste em reconstituir o ligamento 
coracoclavicular com fáscia Iata. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Síndrome da Incisura da Escápula 
A borda superior da escápula apresenta uma incisura, a qual é 
transformada em forame pelo ligamento transverso superior da 
escápula, servindo para passagem do nervo supra-escapular. 
Entretanto, em algumas pessoas este ligamento sofre um processo de 
ossificação formando um canal ósseo atípico que pode levar à 
compressão do nervo. Movimentos rotacionais do ombro agravam a 
constrição, gerando os sintomas. A conseqüência mais comum é a 
fraqueza e atrofiados músculos por inervados pelo nervo supra-
escapular, o supra-espinhal e o infra-espinhal. 
 
 
o Ruptura do ligamento transverso do atlas 
Em casos de rompimento do ligamento transverso do atlas, o dente do áxis é libertado, resultando em 
uma subluxação atlantoaxial – luxação incompleta da articulação atlantoaxial mediana. O 
enfraquecimento patológico deste ligamento, geralmente decorrente de distúrbios do tecido 
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conjuntivo, também pode resultar nesta subluxação. A luxação decorrente de ruptura o agenesia dete 
ligamento é mais propensa a causar compressão da medula espinhal do que aquela resultante da 
fratura do dente do áxis, pois neste último caso o fragmento é mantido em seu lugar contra o arco 
anterior do atlas pelo ligamento transverso, e o dente do áxis e o arco anterior do atlas movem-se como 
unidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ruptura do ligamento Fratura do dente do áxis 
 atlantotransverso

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