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Resumo MIOLOGIA - Marina Mota

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Monitoria de Anatomia 
MMF-I / 2011.2 
Marina Mota 
 
 
 
 
 
 
 
MIOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Miologia 
Marina Mota 
 
 
 
2 
GENERALIDADES 
 
 
 Os músculos são formações anatômicas que gozam da propriedade de contrair-se, isto é, 
diminuir sua longitudinalidade frente a uma excitação. 
 
 
Classificação 
o Quanto ao controle do sistema nervoso 
1. Voluntários: O impulso (potencial de ação) de contração resulta de um ato de vontade própria. 
2. Involuntários: O impulso nervoso não resulta de um ato de vontade (sem controle consciente). 
 
o Quanto à composição histológica 
 
 
1. Não-estriado ou Liso: Movimentam a parede das vísceras. 
2. Estriado cardíaco: Compõem a camada média da parede do coração (miocárdio). 
3. Estriado esquelético: Movimentam os ossos, articulações e pele. 
 
 
Músculos estriados esqueléticos 
 
São os responsáveis 
pelo movimento voluntário nas 
várias partes do corpo. Suas 
unidades celulares são as fibras 
musculares ou miócitos, que 
apresentam miofibrilas 
correndo longitudinal e quase 
completamente em seu interior. 
Ao microscópio óptico, estas 
aparecem com estriações 
transversais devidas à existência 
das suas unidades de contração 
– os sarcômeros –, formados 
pela parte da miofibrila contida 
entre duas linhas Z sucessivas. 
 
 
 
Miologia 
Marina Mota 
 
 
 
3 
 Os feixes de fibras musculares estão envolvidas por uma membrana externa de tecido 
conjuntivo – o epimísio –, de onde partem septos muito finos que se dirigem para o interior do músculo, 
dividindo-o em feixes – o perimísio. Este envolve cada feixe de fibras musculares e cada fibra, por sua 
vez, é envolta por sua lâmina basal e por fibras reticulares do endomísio. O tecido conjuntivo mantém 
as fibras unidas, permitindo que a força de contração gerada por cada uma delas atue sobre o músculo 
inteiro, contribuindo para a contração 
deste. Este papel possui grande 
significado funcional porque na maioria 
das vezes as fibras não se estendem de 
uma extremidade do músculo até a outra 
e é ainda por intermédio deste tecido 
que a força de contração do músculo se 
transmite a outras estruturas como 
tendões, ligamentos e ossos. 
 
 
 
 
Cada miofibrila do músculo estriado contém quatro proteínas principais: miosina, actina, 
tropomiosina e troponina. Os filamentos grossos são formados de miosina e as outras três proteínas são 
encontradas nos filamentos finos. A miosina e actina, juntas, correspondem a 55% do total de proteínas 
do músculo estriado. 
 
 
o Elementos constitutivos 
1. Ventre: Porção central, avermelhada e contrátil do músculo. 
 
2. Tendão: Partes ou extremidades dos músculos por onde os músculos se fixam. 
a. Tendão propriamente dito: em forma de fita, cilíndrico. 
b. Aponeurose: tendão em forma de fita. 
 
3. Fáscia: Lâmina de tecido conjuntivo que envolve cada músculo, separando os grupos musculares 
em lojas ou compartimentos conforme as suas funções. Para que os músculos possam exercer 
eficientemente um trabalho de tração ao se contrair e para que estes deslizem entre si, é 
necessário que eles estejam dentro de uma bainha elástica de contenção. 
a. Retináculos: São espessamentos da fáscia, localizados nos membros, que servem para a 
contenção dos tendões. 
 
 
o Origem e inserção 
1. Origem: É a extremidade do músculo que está preso no segmento que permanecerá fixo durante o 
movimento. 
2. Inserção: É a extremidade do músculo que está preso no segmento que se deslocará durante o 
movimento. 
 
*Nos membros, geralmente a origem de um músculo é proximal e a inserção é distal. Porém um 
Músculo pode alterar seus pontos de origem e inserção em determinados movimentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Miologia 
Marina Mota 
 
 
 
4 
o Classificação 
1. Quanto ao tipo de fibra 
a. Músculos posturais 
Predomínio de fibras musculares de contração lenta (tipo I ou vermelhas), sendo destinados a 
um esforço contínuo. Têm muitas mitocôndrias e são ricos em mioglobina, tendo sua energia 
derivada do metabolismo oxidativo (aeróbico) e demorando a entrar em fadiga. 
b. Músculos de movimento 
Predomínio de fibras musculares de contração rápida (tipo II ou brancas), sendo destinados a 
curtos períodos de atividade intensa. Possuem poucas mitocôndrias e pouca mioglobina, mas 
têm muito glicogênio sua energia deriva principalmente de glicólise anaeróbia. Fadigam mais 
rapidamente. 
 
 
2. Quanto à forma e arranjo das fibras 
a. Fibras paralelas 
I. Longos: o comprimento predomina sobre as outras dimensões. 
i. Fusiformes: as fibras convergem em direção aos tendões de origem e inserção, sendo a 
parte média mais larga do que as extremidades. Ex: Bíceps braquial. 
II. Largos: são os músculos que apresentam a largura e o comprimento equivalentes. Ex: Glúteo 
máximo. 
i. Leque: as fibras convergem para um tendão em uma das extremidades. Ex: Peitoral 
maior. 
 
b. Fibras oblíquas 
I. Unipenados: Fibras paralelas inserem-se obliquamente em um dos lados dos tendões. Ex: 
Extensor longo dos dedos do pé. 
II. Bipenados: O tendão está no centro, e de cada lado se insere um feixe de fibras paralelas 
entre si. Ex: Reto femoral. 
III. Multipenados: Apresentam várias disposições penadas. Ex: Deltóide. 
 
c. Fibras circulares 
As fibras estão dispostas em círculos paralelos, formando verdadeiros anéis. Ex: Orbicular do 
olho. 
 
 
2. Quanto à origem ou ao número de cabeças 
a. Bíceps: Possuem duas cabeças. 
b. Tríceps: Possuem três cabeças. 
c. Quadríceps: Possuem quatro cabeças. 
 
 
3. Quanto à inserção ou ao número de caudas 
a. Monocaudados: Contêm uma cauda. 
b. Bicaudados: Contêm duas caudas. 
c. Policaudados: Contêm mais de duas caudas. 
 
 
3. Quanto ao número de ventres 
a. Digástrico: Possui dois ventres. 
b. Poligástrico: Possui mais de dois ventres. 
 
 
4. Quanto à ação 
a. Extensores 
b. Flexores 
c. Adutores 
Miologia 
Marina Mota 
 
 
 
5 
d. Abdutores 
e. Rotadores 
f. Supinadores 
g. Pronadores 
 
 
5. Quanto à função em determinado movimento 
a. Agonistas: Realizam o movimento principal. 
b. Antagonistas: Trabalham em sentido contrário. 
c. Fixadores ou posturais: Mantêm a região do corpo em uma posição adequada para a execução 
do movimento. 
d. Sinergistas: Impedem que ações não desejadas sejam realizadas pelos agonistas, auxiliando na 
execução do movimento. 
 
 
6. Quanto à origem embriológica 
a. Miotômicos: Derivam dos miótomos dos somitos. 
b. Branquioméricos: Derivam dos arcos branquiais. 
 
 
 
o Mecanismo da contração muscular 
 
 
 
 
 
Durante o repouso, uma molécula de ATP encontra-se ligada à ATPase das cabeças da miosina. 
Para atacar a molécula de ATP e liberar energia, a miosina necessiat da actina, a qual atua como cofator. 
No músculo em repouso a miosina não pode ligar-se à actina, devido à repressão do local de ligação 
pelo complexo troponina-tropomiosina fixado sobre o filamento de actina F (polímero composto por 
duas cadeias de actina G). A repressão só tem fim quando há disponibilidade de íons Cálcio. 
Para que o Cálcio esteja disponível, é preciso que um impulso nervoso atinja a junção 
neuromuscular, liberando acetilcolina nos terminais do espaço sináptico. Após ser liberado, este 
neurotransmissor se liga aos receptores de acetilcolina presentes na membrana da fibra muscular. Estes 
receptores são canais iônicos controlados pela acetilcolina e após a interação se abrem, permitindo a 
entrada do íon sódio para o interior da fibra e gerando assim, o potencial da placa motora, que se 
propagará ao longo do sarcolema. 
Miologia 
Marina Mota 
 
 
 
6 
Esta despolarização atinge o sistemade Túbulos T, uma rede de 
invaginações tubulares da membrana plasmática da fibra muscular. Este sistema 
tem sua importância no papel de conduzir o potencial da sua membrana à 
membrana do retículo sarcoplasmático permitindo assim, a abertura dos canais de 
Cálcio. 
Quando estes íons são liberados, combinam-se com a subunidade TnC da 
troponina. Isto muda a configuração espacial das três subunidades de troponina e 
empurra a molécula de tropomiosina para dentro do sulco da hélice de actina. Em 
conseqüência, ficam expostos os locais de ligação dos componentes globulares da 
actina e esta fica livre para interagir com as cabeças das moléculas de miosina. 
 A combinação dos íons Cálcio com a subunidade TnC corresponde à fase 
em que o complexo miosina-ATP é ativado. Como resultado da ponte entre a cabeça da miosina e a 
subunidade de actina G do filamento fino, o ATP é convertido em ADP, Pi e energia. Esta atividade leva a 
uma deformação da cabeça e de parte do segmento em bastão da miosina, aumentando a curvatura da 
cabeça. Como a actina está combinada com a miosina, o movimento da cabeça da miosina empurra o 
filamento de actina, promovendo seu deslizamento sobre o filamento de miosina. 
À medida que as cabeças de miosina movimentam a actina, novos locais para formação das 
pontes actina-miosina aparecem. As pontes antigas de actina-miosina só se desfazem depois que a 
miosina se une à nova molécula de ATP; esta ação determina também a volta da cabeça de miosina para 
a sua posição primitiva, preparando-se para novo ciclo. 
 
 
 
 
*Não existindo ATP, o complexo actina-miosina torna-se estável; isto explica a rigidez muscular muito 
intensa que ocorre após a morte (rigor mortis). 
 
 
o Fontes de energia para a contração 
Como visto anteriormente, a contração muscular depende da energia fornecida pelo ATP. 
1. A primeira fonte utilizada para reconstituir o ATP é a fosfocreatina, a qual transporta uma ligação 
fosfato de alta energia similar às ligações do ATP. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Miologia 
Marina Mota 
 
 
 
7 
2. A segunda fonte importante de energia, utilizada para reconstituir o ATP e a fosfocreatina é a 
quebra do glicogênio previamente armazenado nas células musculares. O rápido desdobramento 
enzimático do glicogênio a ácidos pirúvico e lático libera energia, a qual é utilizada para conversão 
do ADP em ATP, também podendo reconstituir as reservas de fosfocreatina. 
 
3. A terceira e última fonte de energia é o metabolismo oxidativo. Isto significa combinar o oxigênio 
com os produtos finais da glicólise e com vários outros nutrientes celulares para liberação de ATP. 
Mais de 95% de toda a energia usada pelos músculos para a contração mantida por longo tempo é 
derivada dessa fonte. Os nutrientes consumidos são carboidratos, lipídeos e proteínas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Miologia 
Marina Mota 
 
 
 
8 
MÚSCULOS DA CABEÇA 
 
 
 Os músculos da cabeça se organizam em dois grandes grupos: Os músculos da face ou da 
mímica (responsáveis pelas expressões faciais) e os músculos da mastigação. 
 
 
Músculos da Face ou da mímica 
São estudados através de uma divisão regional, existindo os músculos do couro cabeludo, os extrínsecos 
da orelha, das pálpebras, do nariz e da boca. 
 
o Músculos do couro cabeludo 
1. Occiptofrontal ou Epicrânio 
É um músculo digástrico, possuindo um ventre frontal e um ventre occipital. 
Origem: O ventre frontal não apresenta origens ósseas: Na verdade, suas fibras mediais se fundem às do 
prócero; as intermediárias, às fibras do corrugador do supercílio e do orbicular do olho e as laterais, às 
do corrugador do supercílio. Já o ventre occipital se origina dos 2/3 laterais da linha nucal inferior e da 
porção mastóidea do temporal. 
Inserção: Ambos os ventres se inserem na gálea aponeurótica. 
Ação: O ventre frontal, isoladamente, eleva as sobrancelhas. Em associação ao ventre occipital, além de 
elevar as sobrancelhas é capaz de formar rugas transversais na testa tracionando o couro cabeludo para 
trás. 
Inervação: O ventre frontal é inervado pelo ramo temporal do nervo facial, enquanto o ventre occipital 
recebe inervação do ramo auricular posterior do nervo facial. 
 
2. Temporoparietal 
Origem: Fáscia temporal, acima e anteriormente à orelha. 
Inserção: Borda lateral da gálea aponeurótica. 
Ação: Esticar o couro cabeludo tracionando para trás a pele das têmporas, além de elevar o pavilhão da 
orelha. 
Inervação: Ramo temporal do nervo facial. 
 
 
o Músculos extrínsecos da orelha 
1. Auricular anterior 
Origem: Porção anterior da fáscia na zona temporal. 
Inserção: Saliência anterior à hélice da orelha. 
Ação: Tracionar o pavilhão da orelha anteriormente. 
Inervação: Ramo temporal do nervo facial. 
 
2. Auricular superior 
Origem: Fáscia temporal. 
Inserção: Parte superior da superfície craniana do pavilhão da orelha. 
Ação: Elevar o pavilhão da orelha. 
Inervação: Ramo temporal do nervo facial. 
 
3. Auricular posterior 
Origem: Porção mastóidea do temporal. 
Inserção: Parte inferior da superfície craniana da concha da orelha. 
Ação: Tracionar o pavilhão da orelha para trás. 
Inervação: Ramo auricular posterior do nervo facial. 
 
 
o Músculos das pálpebras 
1. Orbicular do olho 
Miologia 
Marina Mota 
 
 
 
9 
Subdivide-se nas partes orbital, palpebral e lacrimal. 
Origem: A parte orbital se origina da parte nasal do osso frontal; a palpebral se origina da bifurcação do 
ligamento palpebral medial e a parte lacrimal, da crista posterior do osso lacrimal. 
Inserção: A parte orbital se insere ao redor da órbita; a palpebral se insere na rafe palpebral lateral e a 
parte lacrimal, nos tarsos superior e inferior. 
Ação: A porção palpebral fecha levemente os olhos; ao fechar os olhos com força, usa-se não só a parte 
palpebral, como também a orbital. Já a porção lacrimal, mais interna, traciona medialmente as 
pálpebras e os canais lacrimais, comprimindo-os contra o globo ocular e colocando-os em uma posição 
favorável ao recebimento da lágrima; comprime também o saco lacrimal. Como um todo, o músculo 
funciona como esfíncter das pálpebras. 
Inervação: Ramo zigomático e ramo temporal do nervo facial. 
 
2. Corrugador do supercílio 
Origem: Extremidade medial do arco superciliar. 
Inserção: Superfície profunda da pele, acima da parte média do arco orbital. 
Ação: Traciona a sobrancelha para baixo e medialmente, produzindo rugas verticais na fronte. 
Inervação: Ramo zigomático e ramo temporal do nervo facial. 
 
3. Levantador da pálpebra superior 
*É estudado em anatomia do olho. 
 
 
o Músculos do nariz 
1. Prócero 
Origem: Fáscia que reveste a parte inferior do osso nasal. 
Inserção: Pele situada na parte inferior da fronte entre as sobrancelhas. 
Ação: Traciona para baixo o ângulo entre as sobrancelhas e forma rugas transversais no nariz. 
Inervação: Ramo bucal do nervo facial. 
 
2. Nasal 
Possui duas partes: uma alar (mais inferior) e uma transversa (superior). 
Origem: A parte transversal se origina da maxila e a parte alar, da cartilagem alar maior do nariz. 
Inserção: A parte transversa se insere em uma aponeurose no dorso do nariz, por meio da qual se une 
ao músculo do lado oposto; a parte alar se insere no ápice do nariz. 
Ação: A parte transversa estreita as narinas, enquanto a alar dilata a asa do nariz. 
Inervação: Ramo bucal do nervo facial. 
 
3. Depressor do septo 
Origem: Fossa incisiva da maxila. 
Inserção: Septo nasal e parte dorsal da asa do nariz. 
Ação: Traciona para baixo as asas do nariz, estreitando as narinas. 
Inervação: Ramo bucal do nervo facial. 
 
 
o Músculos da boca 
1. Levantador do lábio superior e da asa do nariz* 
Origem: Processo frontal da maxila. 
Inserção: Cartilagem alar maior do nariz elábio superior. 
Ação: Dilata as narinas e eleva o lábio superior. 
Inervação: Ramo bucal do nervo facial. 
 
2. Levantador do lábio superior* 
Origem: Margem inferior da órbita. 
Inserção: Lábio superior. 
Ação: Elevar o lábio superior. 
Inervação: Ramo bucal do nervo facial. 
Miologia 
Marina Mota 
 
 
 
10 
3. Levantador do ângulo da boca** 
Origem: Fossa canina da maxila, logo abaixo do forame infra-orbital. 
Inserção: Ângulo da boca. 
Ação: Elevar o ângulo da boca. 
Inervação: Ramo bucal do nervo facial. 
 
4. Zigomático menor 
Origem: Superfície malar do osso zigomático. 
Inserção: Lábio superior. 
Ação: Eleva o lábio superior e forma o sulco nasolabial. 
Inervação: Ramo bucal do nervo facial. 
 
5. Zigomático maior 
Origem: Superfícia malar do osso zigomático. 
Inserção: Ângulo da boca. 
Ação: Elevar e retrair o ângulo da boca, em uma expressão de “sorriso verdadeiro”. 
Inervação: Ramo bucal do nervo facial. 
 
6. Risório 
Origem: Fáscia do músculo masseter. 
Inserção: Ângulo da boca. 
Ação: Retrair o ângulo da boca, em uma expressão de “sorriso falso”. 
Inervação: Ramo bucal do nervo facial. 
 
7. Depressor do lábio inferior 
Origem: Linha oblíqua da mandíbula. 
Inserção: Lábio inferior. 
Ação: Tracionar para baixo o lábio inferior. 
Inervação: Ramo bucal do nervo facial. 
 
8. Depressor do ângulo da boca 
Origem: Linha oblíqua da mandíbula. 
Inserção: Ângulo da boca. 
Ação: Tracionar para baixo o ângulo da boca, em uma expressão de “tristeza”. 
Inervação: Ramo bucal do nervo facial. 
 
9. Mentoniano 
Origem: Fossa incisiva da mandíbula. 
Inserção: Tegumento do queixo. 
Ação: Elevação e protrusão do lábio inferior com formação de rugas no queixo (as jelosinas). Expressão 
de “dúvida” ou “desdém”. 
Inervação: Ramo bucal do nervo facial. 
 
10. Orbicular da boca 
Origem: Parte medial da maxila e da mandíbula, pele perioral e ângulo da boca. 
Inserção: Mucosa dos lábios. 
Ação: Fechamento dos lábios e protrusão compressiva deles. 
Inervação: Ramo bucal do nervo facial. 
 
11. Bucinador 
Origem: Superfície externa dos processos alveolares da maxila, ao longo dos três dentes molares. 
Inserção: Ângulo da boca. 
Ação: Compressão da bochecha contra os dentes molares, como ao “soprar”. 
Inervação: Ramo bucal do nervo facial. 
 
Miologia 
Marina Mota 
 
 
 
11 
*Formam o sulco nasolabial: Levantador do lábio superior e da asa do nariz, levantador do lábio 
superior e zigomático menor. Este sulco é notável na expressão de tristeza. 
**Aprofunda o sulco nasolabial. 
 
 
 
Músculos da mastigação 
1. Temporal 
Origem: Fossa temporal (mais especificamente na linha temporal inferior) e superfície profunda da 
fáscia temporal. 
Inserção: Superfície medial, ápice e borda anterior do processo coronóide. 
Ação: Eleva e retrai a mandíbula. 
Inervação: Nervos temporais profundos anterior e posterior da divisão mandibular do trigêmeo. 
 
2. Masseter* 
Possui duas porções, uma superficial (anterior) e outra profunda (posterior). 
Origem: A porção superficial se origina do processo zigomático da maxila e da borda inferior dos 2/3 
anteriores do arco zigomático; já a parte profunda se origina do terço posterior da borda inferior do 
arco zigomático. 
Inserção: A parte superficial se insere no ângulo e na superfície lateral do ramo da mandíbula, enquanto 
a parte profunda se insere na metade superior do ramo e na borda lateral do processo coronóide. 
Ação: Elevar a mandíbula. 
Inervação: Nervo massetérico da divisão mandibular do trigêmeo. 
 
3. Pterigóideo medial* 
Origem: Face medial da lâmina pterigóidea lateral. 
Inserção: Parte inferior da face medial do ângulo e do ramo da mandíbula. 
Ação: Eleva a mandíbula. 
Inervação: Nervo pterigóideo medial da divisão mandibular do trigêmeo. 
 
4. Pterigóideo lateral 
Possui uma porção superior e outra inferior. 
Origem: A porção superior se origina da crista infratemporal da asa maior do esfenóide; já a inferior, da 
face lateral da lâmina pterigóidea lateral. 
Inserção: Disco da articulação temporomandibular e processo condilar da mandíbula. 
Ação: Abre a mandíbula, faz sua protrusão e deslocamentos laterais. 
Inervação: Nervo pterigóideo lateral da divisão mandibular do trigêmeo. 
 
 
*Os músculos masseter e pterigóideo medial compõem em conjunto a Alça Mandibular, que eleva a 
mandíbula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Miologia 
Marina Mota 
 
 
 
12 
Correlações Clínicas 
 
o Paralisia Facial Periférica 
Uma lesão do nervo facial causa paralisia dos músculos faciais da metade 
homolateral da face – Paralisia Facial Periféria (PFP) ou Paralisia de Bell. Há 
flacidez da área afetada e distorção da expressão facial, que parece passiva ou 
triste. A rima bucal se desvia para o lado sadio devido à redução do tônus no 
lado afetado e o olho se mantém aberto pela ação do músculo levantador da 
pálpebra (lagoftalmia). A perda do tônus do músculo orbicular do olho causa 
eversão da pálpebra inferior; Assim, o líquido lacrimal não se espalha sobre a 
córnea e a lubrificação desta passa a estar comprometida. Tornam-se 
impossíveis movimentos como franzir a testa, assobiar e exibir os dentes em um sorriso. O sinal médico 
que pode indicar o diagnóstico é o sinal de Bell: O observador nota no lado afetado pela paralisia um 
movimento do globo ocular para cima quando o paciente tenta piscar os olhos. 
 
 
 
 
 
 
o Importância da Gálea Aponeurótica 
A aponeurose epicrânica é clinicamente importante devido a sua grande resistência, que impede a 
abertura de feridas superficiais no couro cabeludo. Assim, as margens da ferida são mantidas juntas e 
não são necessárias suturas profundas, afinal a gálea não o permite grande afastamento da pele. As 
feridas profundas do couro cabeludo se abrem muito quando a aponeurose epicrânica é lacerada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Miologia 
Marina Mota 
 
 
 
13 
MÚSCULOS ÂNTERO-LATERAIS DO PESCOÇO 
 
 
Estão agrupados em regiões, sendo divididos em: cervical superficial, cervicais laterais, supra-
hióideos, infra-hióideos, vertebrais anteriores e vertebrais laterais. 
 
 
o Músculo cervical superficial 
Platisma 
Origem: Fáscia que reveste a parte superior do peitoral maior e do deltóide. 
Inserção: Pele da parte inferior da face. 
Ação: Traciona o lábio inferior e o ângulo bucal lateral e inferiormente, abrindo parcialmente a boca 
como em uma expressão de “horror”. 
Inervação: Ramo cervical do nervo facial. 
 
 
o Músculos cervicais laterais 
Trapézio 
Apresenta três partes: descendente, transversa e ascendente. 
Origem: Protuberância occipital externa, processos espinhosos das vértebras cervicais e torácicas, 
ligamento nucal e ligamento supra-espinhal. 
Inserção: A parte descendente se insere no terço lateral da clavícula; a transversa, na borda cranial da 
espinha da escápula e no acrômio e a descendente, na espinha da escápula. 
Ação: A parte descendente traciona a escápula obliquamente para cima, inclinando a cabeça para o 
mesmo lado e a rodando para o lado oposto; A parte transversa puxa a escápula medialmente e a parte 
ascendente a traciona para baixo e medialmente. 
Inervação: Nervo acessório, C2, C3 e C4. 
 
Esternocleidomastóideo 
Origem: Parte cranial da superfície ventral do manúbrio esternal e borda superior do terço médio da 
clavícula. 
Inserção: Processo mastóide do temporal e metade lateral da linha nucal superior. 
Ação: Considerando o tórax fixo, a contração unilateral inclina a cabeça para o mesmo lado e gira-a para 
o lado oposto; a contração bilateral promove a extensão da cabeça. Com a cabeça fixa, traciona o 
esterno e a clavícula para cima, funcionando como músculo auxiliar da respiração. 
Inervação: Parte espinhal do nervo acessório, C2 e C3. 
 
 
o Músculos supra-hióideos 
Digástrico 
Possui dois ventres, anterior eposterior, unidos por meio de um tendão. 
Origem: O ventre anterior de origina da parte inferior da face interna da mandíbula e o posterior, da 
incisira mastóidea (ranhura digástrica) do temporal. 
Inserção: Tendão intermediário que comunica os ventres. 
Ação: Eleva o hióide e auxilia na abertura da mandíbula. 
Inervação: O ventre anterior é inervado pelo nervo milo-hióide do ramo alveolar inferior da divisão 
mandibular do trigêmeo; o posterior é inervado por um ramo do nervo facial. 
 
Estilo-hióideo 
Origem: Processo estilóide do temporal. 
Inserção: Corpo do hióide. 
Ação: Tracionar o hióide superior e posteriormente. 
Inervação: Um ramo do nervo facial. 
 
 
Miologia 
Marina Mota 
 
 
 
14 
Gênio-hióideo 
Origem: Espinha mentoniana inferior. 
Inserção: Superfície anterior do corpo do hióide. 
Ação: Tracionar o hióide e a língua anteriormente. 
Inervação: Ramo de C1, através do nervo hipoglosso. 
 
Milo-hióideo 
Origem: Linha milo-hióidea da face interna da mandíbula. 
Inserção: Corpo do hióide. 
Ação: Elevar o hióide e a língua. 
Inervação: Nervo milo-hióide do ramo alveolar inferior da divisão mandibular do trigêmeo. 
 
*Assim, podemos reunir os músculos deste grupo segundo os quatro movimentos básicos que 
permitem: 
 Elevar o hióide: Digástrico, estilo-hióide e milo-hióide. 
 Elevar a língua: Milo-hióide. 
 Tracionar o hióide anteriormente: Gênio-hióide. 
 Tracionar a língua anteriormente: Gênio-hióide. 
 
 
o Músculos infra-hióideos 
Omo-hióideo 
É um músculo digástrico, possuindo um ventre superior e outro inferior. 
Origem: O ventre inferior se origina na borda superior da escápula, próximo à incisura. 
Inserção: O ventre superior se insere na borda caudal do corpo do hióide. 
Ação: Tracionar o hióide para baixo. 
Inervação: Nervo hipoglosso com fibras de C1, C2 e C3. 
 
Esterno-hióideo 
Origem: Manúbrio e extremidade esternal da clavícula. 
Inserção: Parte inferior do corpo do hióide. 
Ação: Tracionar o hióide para baixo. 
Inervação: Nervo hipoglosso com fibras de C1, C2 e C3. 
 
Esterno-tireóideo 
Origem: Superfície dorsal do manúbrio. 
Inserção: Linha oblíqua da cartilagem tireóidea. 
Ação: Tracionar a cartilagem tireóidea para baixo. 
Inervação: Nervo hipoglosso com fibras de C1, C2 e C3. 
 
Tiro-hióideo 
Origem: Linha oblíqua da cartilagem tireóidea. 
Inserção: Borda inferior do corno maior do hióide. 
Ação: Tracionar o hióide para baixo ou elevar a cartilagem tireóidea. 
Inervação: Nervo hipoglosso com fibras de C1 e C2. 
 
 
o Músculos vertebrais anteriores 
Longo do pescoço 
Apresenta três porções: oblíqua superior, vertical e oblíqua inferior. 
Origem: A parte oblíqua superior se origina dos tubérculos anteriores dos processos transversos de C3 a 
C5; A parte vertical se origina da superfície ventral dos corpos das vértebras de C5 a T3 e a parte oblíqua 
inferior, da superfície ventral dos corpos de T1 a T3. 
Inserção: A parte oblíqua superior se insere no tubérculo anterior do arco anterior do atlas; A parte 
vertical se insere na superfície ventral dos corpos de C2 a C4; 
Ação: Flexão do pescoço e girar lateralmente a coluna cervical. 
Miologia 
Marina Mota 
 
 
 
15 
Inervação: C2 a C7. 
 
Longo da cabeça 
Origem: Tubérculos anteriores dos processos transversos de C3 a C6. 
Inserção: Parte basilar do occipital. 
Ação: Flexão da cabeça. 
Inervação: C1, C2 e C3. 
 
Reto anterior da cabeça 
Origem: Superfície anterior das massas laterais do atlas. 
Inserção: Parte basilar do occipital. 
Ação: Flexão da cabeça. 
Inervação: C1 e C2. 
 
Reto lateral da cabeça 
Origem: Processos transversos do atlas. 
Inserção: Parte basilar do occipital, lateralmente aos côndilos. 
Ação: Inclinação lateral da cabeça. 
Inervação: C1 e C2. 
 
*Assim, podemos reunir os músculos deste grupo segundo os quatro movimentos básicos que 
permitem: 
 Flexão da cabeça: Longo da cabeça e reto anterior da cabeça. 
 Flexão do pescoço: Longo do pescoço. 
 Inclinação lateral da cabeça: Reto lateral da cabeça. 
 Giro lateral da coluna cervical: Longo do pescoço. 
 
 
o Músculos vertebrais laterais 
Escaleno anterior 
Origem: Tubérculos anteriores dos processos transversos de C3 a C6. 
Inserção: Tubérculo para o músculo escaleno anterior (de LisFranc) presente na borda superior da 1ª 
costela. 
Ação: Elevar a 1ª costela, inclinar e girar lateralmente o pescoço. 
Inervação: Ramos cervicais inferiores. 
 
Escaleno médio 
Origem: Tubérculos posteriores dos processos transversos de C2 a C7. 
Inserção: Borda superior da 1ª costela, dorsalmente ao sulco dorsal que nela existe (para passagem da 
artéria subclávia e tronco inferior do plexo braquial). 
Ação: Elevar a 1ª costela, inclinar e girar lateralmente o pescoço. 
Inervação: Ramos cervicais inferiores. 
 
Escaleno posterior 
Origem: Tubérculos posteriores dos processos transversos de C5 a C7. 
Inserção: Superfície externa da 2ª costela. 
Ação: Elevar a 2ª costela, inclinar e girar lateralmente o pescoço. 
Inervação: Ramos dos três últimos nervos cervicais. 
 
*Assim, podemos reunir os músculos deste grupo segundo os quatro movimentos básicos que 
permitem: 
 Elevação da 1ª costela: Escalenos anterior e médio. 
 Elevação da 2ª costela: Escaleno posterior. 
 Inclinação e giro lateral do pescoço: Escalenos anterior, médio e posterior. 
 
** Os três músculos escalenos são auxiliares da inspiração. 
Miologia 
Marina Mota 
 
 
 
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 Por vezes há o músculo Escaleno mínimo (músculo de Albinus II ou de Sibson), o menor dos 
escalenos. Corresponde a uma banda ocasionalmente encontrada entre os escalenos anterior e 
médio, originando-se de vértebras cervicais e descendo à primeira costela. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Miologia 
Marina Mota 
 
 
 
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MÚSCULOS DA NUCA (SUBOCCIPITAIS) 
 
 
Reto posterior maior da cabeça 
Origem: Processo espinhoso do áxis. 
Inserção: Parte lateral da linha nucal inferior. 
Ação: Contrações bilaterais estendem a cabeça e contrações unilaterais giram a face para o mesmo 
lado. 
Inervação: Nervo suboccipital (de Arnold). 
 
Reto posterior menor da cabeça 
Origem: Tubérculo posterior do arco posterior do atlas. 
Inserção: Parte medial da linha nucal inferior. 
Ação: Extensão da cabeça. 
Inervação: Nervo suboccipital (de Arnold). 
 
Oblíquo inferior da cabeça 
Origem: Processo espinhoso do áxis. 
Inserção: Processos transversos do atlas. 
Ação: Gira o atlas trazendo a face para o mesmo lado. 
Inervação: Nervo suboccipital (de Arnold). 
 
Oblíquo superior da cabeça 
Origem: Processos transversos do atlas. 
Inserção: Porção lateral entre as linhas nucais superior e inferior. 
Ação: Contrações bilaterais estendem a cabeça e contrações unilaterais inclinam a cabeça para o 
mesmo lado. 
Inervação: Nervo suboccipital (de Arnold). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Miologia 
Marina Mota 
 
 
 
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MÚSCULOS DO DORSO 
 
 
 Os músculos do dorso estão dispostos em várias camadas. Existem os músculos extrínsecos 
superficiais do dorso (trapézio, latíssimo do dorso, levantador da escápula e rombóides) responsáveis 
por movimentos dos membros, os músculos extrínsecos intermediários do dorso (serrátil posterior 
superior e serrátil posterior inferior) responsáveis por movimentos respiratórios e os músculos 
intrínsecos ou profundos do dorso, que mantêm a postura e controlam os movimentos da coluna 
vertebral. Estes últimos se dispõem nas camadas superficial (músculos esplênios), intermediária 
(eretores da espinha) e profunda (músculos transversoespinhais). 
 
 
 
o Primeira camada – Músculos extrínsecos superficiais 
Trapézio 
Já descrito em músculos cervicais laterais. 
 
Latíssimo do dorso ou Grandedorsal 
Origem: Aponeurose lombar, por meio da qual se insere nos processos espinhosos das seis últimas 
vértebras torácicas, nas vértebras lombares, sacrais e no lábio externo da crista ilíaca. 
Inserção*: Assoalho do sulco intertubercular do úmero. 
Ação: Extensão, adução e rotação medial do braço, além de tracionar o ombro para trás e para baixo. 
Inervação: Nervo toracodorsal. 
 
*A inserção citada está presente nos livros Gray Anatomia de Goss e Anatomia Orientada para a Clínica, 
de Keith Moore. Entretanto, segundo o Atlas de anatomia Prometheus, a inserção do grande dorsal se 
dá na crista do tubérculo menor do úmero juntamente com o redondo maior. Cabe ao aluno optar por 
uma das descrições. 
 
 
o Segunda camada – Músculos extrínsecos superficiais 
Levantador da escápula 
Origem: Processos transversos das quatro primeiras vértebras cervicais. 
Inserção: Ângulo superior da escápula e no terço cranial da área intermediária da sua borda vertebral. 
Ação: Tracionar a escápula medialmente para cima; já quando a escápula se encontra fixa, inclina 
lateralmente o pescoço e gira-o para o mesmo lado. 
Inervação: Nervo escapular dorsal. 
 
Rombóide menor 
Origem: Processos espinhosos de C7 e T1 e ligamento nucal. 
Inserção: Área intermediária da borda vertebral da escápula, abaixo do levantador da escápula. 
Ação: Fixar a escápula e tracioná-la medialmente para cima. 
Inervação: Nervo escapular dorsal. 
 
Rombóide maior 
Origem: Processos espinhosos de T2 a T5 e ligamento supra-espinhal. 
Inserção: Área intermediária da borda vertebral da escápula, abaixo do romboide menor. 
Ação: Fixar a escápula e tracioná-la medialmente para cima. 
Inervação: Nervo escapular dorsal. 
 
 
o Terceira camada – Músculos extrínsecos intermediários 
Serrátil posterior superior 
Origem: Processos espinhosos de C7 e das duas ou três primeiras vértebras torácicas, ligamento nucal e 
ligamento supra-espinhal. 
Miologia 
Marina Mota 
 
 
 
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Inserção: Borda cranial da 2ª, 3ª, 4ª e 5ª costelas pouco além dos seus ângulos. 
Ação: Elevar as costelas, auxiliando a inspiração. 
Inervação: Quatro primeiros nervos torácicos. 
 
Serrátil posterior inferior 
Origem: Processos espinhosos de T11 a L2 ou L3. 
Inserção: Borda inferior das quatro últimas costelas, pouco além dos seus ângulos. 
Ação: Tracionar as costelas para baixo, auxiliando a expiração. 
Inervação: Ramos do nono ao décimo segundo nervo torácico. 
 
 
o Quarta camada – Músculos intrínsecos do dorso, camada superficial 
Esplênio da cabeça 
Origem: Processos espinhosos de C7 a T3 e ligamento nucal. 
Inserção: Processo mastóideo do temporal e superfície abaixo do terço lateral da linha nucal superior. 
Ação: Tracionar o pescoço e a cabeça dorsal e lateralmente, trazendo a face para o mesmo lado; 
Contrações bilaterais estendem a cabeça e o pescoço. 
Inervação: Nervos cervicais médios e inferiores. 
 
Esplênio do pescoço 
Origem: Processos espinhosos de T3 a T6. 
Inserção: Tubérculos posteriores dos processos transversos das duas ou três primeiras vértebras 
cervicais. 
Ação: Tracionar o pescoço e a cabeça dorsal e lateralmente, trazendo a face para o mesmo lado; 
Contrações bilaterais estendem a cabeça e o pescoço. 
Inervação: Nervos cervicais médios e inferiores. 
 
 
o Quinta camada – Músculos intrínsecos do dorso, camada intermediária 
Eretor da espinha ou Sacroespinhal 
É recoberto na região cervical pela fáscia nucal e nas regiões torácica e lombar, pela fáscia 
toracolombar. É composto por três colunas e cada uma delas é dividida regionalmente em três partes. 
Origem: Superfície anterior de um tendão amplo que se insere na crista sacral mediana, nos processos 
espinhosos das vértebras torácicas, no ligamento supra-espinhal, na parte dorsal do lábio interno das 
cristas ilíacas e nas cristas sacrais laterais (onde se funde com os ligamentos sacrotuberal e sacroilíaco 
posterior). 
 
- Coluna lateral: Iliocostal 
1. Iliocostal lombar ou Músculo sacrolombar 
Origem: Origem comum do eretor da espinha. 
Inserção: Margens inferiores dos ângulos das seis ou sete últimas costelas. 
 
2. Iliocostal torácico ou Músculo acessório 
Origem: Borda cranial dos ângulos das seis últimas costelas, medialmente aos tendões de 
inserção do iliocostal lombar. 
Inserção: Bordas craniais dos ângulos das seis primeiras costelas e face dorsal do processo 
transverso de C7. 
 
3. Iliocostal cervical (do pescoço) ou Músculo cervical ascendente 
Origem: Ângulos da 3ª, 4ª, 5ª e 6ª costelas. 
Inserção: Tubérculos posteriores dos processos transversos de C4, C5 e C6. 
 
Ação: Extensão e inclinação lateral da coluna; As porções torácica e lombar tracionam as costelas 
caudalmente. 
Inervação: Nervos espinhais. 
 
Miologia 
Marina Mota 
 
 
 
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- Coluna intermediária: Dorsal longo ou Longuíssimo 
1. Dorsal longo do tórax 
Origem: Origem comum do eretor da espinha. 
Inserção: Processos transversos de todas as vértebras torácicas e nove ou dez últimas costelas 
entre seus tubérculos e ângulos. 
 
2. Dorsal longo do pescoço ou Músculo transverso cervical 
Origem: Processos transversos das quatro ou cinco primeiras vértebras torácicas, medialmente 
ao dorsal longo do tórax. 
Inserção: Tubérculos posteriores dos processos transversos de C2 a C6. 
 
3. Dorsal longo da cabeça 
Origem: Processos transversos das quatro ou cinco primeiras vértebras torácicas e processos 
articulares das três ou quatro últimas vértebras cervicais. 
Inserção: Margem posterior do processo mastóide do temporal. 
 
Ação: Contrações unilaterais inclinam a cabeça e giram a face para o mesmo lado; Contrações bilaterais 
estendem a cabeça. 
Inervação: Nervos cervicais médios e inferiores. 
 
- Coluna medial: Espinhal 
1. Espinhal do tórax 
Origem: Processos espinhosos de T11 a L2. 
Inserção: Processos espinhosos das vértebras torácicas superiores. 
 
2. Espinhal do pescoço 
Origem: Processo espinhoso de C7, ligamento nucal e às vezes processos espinhosos de T1 e 
T2. 
Inserção: Processo espinhoso do áxis e ocasionalmente processos espinhosos de C3 e C4. 
 
3. Espinhal da cabeça 
Geralmente está ligado de modo indistinguível com o semi-espinhal da cabeça. 
Origem: Processos transversos de T2, T3 e T4. 
Inserção: Terço medial da linha nucal superior. 
 
Ação: Extensão da coluna vertebral. 
Inervação: Nervos espinhais. 
 
*O músculo semi-espinhal da cabeça já é observado nesta quinta camada (pois os esplênios já foram 
retirados), mas será descrito a seguir juntamente com os demais músculos pertencentes ao grupo dos 
Transversoespinhais. 
 
 
o Sexta camada – Músculos intrínsecos do dorso, camada profunda 
É formada pelos músculos transversoespinhais, descritos a seguir. 
Semi-espinhal do tórax 
Origem: Processos transversos de T6 a T10. 
Inserção: Processos espinhosos de C6 a T4. 
Ação: Estender a coluna vertebral e girá-la para o lado oposto. 
Inervação: Nervos espinhais. 
 
Semi-espinhal do pescoço 
Origem: Processos transversos das cinco ou seis primeiras vértebras torácicas. 
Inserção: Processos espinhosos do áxis a C5. 
Ação: Estender a coluna vertebral e girá-la para o lado oposto. 
Inervação: Nervos espinhais. 
Miologia 
Marina Mota 
 
 
 
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*Semi-espinhal da cabeça 
Origem: Processos transversos de C7 a T6 ou T7. 
Inserção: Entre as linhas nucais superior e inferior do occipital. 
Ação: Estender a cabeça e girá-la para o lado oposto. 
Inervação: Nervos cervicais. 
 
Multífido 
Preenchem o sulco de cada lado dos processos espinhosos das vértebras, do sacro ao áxis. 
Origem:Na região sacral – Sulco da face dorsal do sacro (entre as cristas sacrais mediana e intermédia), 
aponeurose de origem do eretor da espinha, espinha ilíaca póstero-superior e ligamentos sacroilíacos 
dorsais; Na região região lombar – Processos mamilares; Na região torácica – Todos os processos 
transversos;Na região cervical – Processos articulares das quatro últimas vértebras. 
Inserção: Cada fascículo sobre obliquamente e se insere no processo espinhoso de uma das vértebras, 
da última lombar ao áxis. 
Ação: Estender a coluna vertebral e girá-la para o lado oposto. 
Inervação: Nervos espinhais. 
 
Rotadores 
Estão situados profundamente ao multífido no sulco entre os processos espinhosos e transversos ao 
longo de toda** a coluna vertebral, do sacro ao áxis. 
Origem: Processos transversos de uma vértebra. 
Inserção: Processo espinhoso da vértebra imediatamente acima (rotadores curtos) ou da segunda 
vértebra acima (rotadores longos). 
Ação: Estender a coluna e girá-la para o lado oposto. 
Inervação: Nervos espinhais. 
 
**A descrição foi feita segundo o livro Gray Anatomia de Goss, mas existem divergências. Segundo o 
Atlas de anatomia Prometheus os rotadores existem apenas na região torácica; Já o livro Anatomia 
Orientada para a Clínica de Keith Moore afirma que estes músculos são encontrados em toda a extensão 
da coluna, mas são mais desenvolvidos na região torácica. Cabe ao aluno optar por uma das descrições. 
 
Interespinhais 
Estão dispostos em pares unindo os processos espinhosos de vértebras consecutivas. Na região cervical 
são mais desenvolvidos e unem todas as vértebras; Já na região torácica, se encontram entre T1 e T2 e 
às vezes entre T2 e T3 e entre T11 e T12; Na região lombar unem todas as vértebras. 
Origem: Face superior do processo espinhoso de uma vértebra. 
Inserção: Face inferior do processo espinhoso da vértebra acima. 
Ação: Estender a coluna vertebral. 
Inervação: Nervos espinhais. 
 
Extensor do cóccix 
É inconstante. 
Origem: Último segmento do sacro ou primeira peça do cóccix. 
Inserção: Parte inferior do cóccix. 
Ação: Estender o cóccix. 
Inervação: Nervos sacrais. 
 
Intertransversários 
1. Na região cervical existem os intertransversários anteriores (unem os tubérculos anteriores dos 
processos transversos das vértebras adjacentes) e os intertransversários posteriores (unem os 
tubérculos posteriores dos processos transversos). 
2. Na região torácica estão presentes entre as três últimas vértebras e entre os processos 
transversos da última torácica e da primeira lombar. 
Miologia 
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3. Na região lombar existem os intertransversários laterais (unem integralmente os processos 
transversos das vértebras adjacentes) e os intertransversários mediais (unem os processos 
acessórios de uma vértebra aos processos mamilares da vértebra consecutiva). 
Ação: Inclinar lateralmente a coluna. 
Inervação: Nervos espinhais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Miologia 
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MÚSCULOS DO TÓRAX 
 
 
Intercostais externos 
Ocupam os espaços entre as costelas desde seus tubérculos, dorsalmente, até o início das cartilagens 
costais ventralmente. São músculos inspiratórios. 
Origem: Borda inferior de uma costela. 
Inserção: Borda superior da costela logo abaixo. 
Ação: Tracionar as costelas superiormente. Com a 1ª costela fixada pelos escalenos anterior e médio, o 
deslocamento das demais costelas aumenta o volume da cavidade torácica. 
Inervação: Nervos intercostais. 
 
Intercostais internos 
Ocupam os espaços entre as costelas desde seus ângulos, dorsalmente, até o esterno ventralmente. São 
músculos expiratórios. 
Origem*: Borda superior de uma costela. 
Inserção*: Borda inferior da costela logo acima. 
Ação: Tracionar as costelas caudalmente. Com a última costela fixada pelo músculo quadrado lombar, o 
deslocamento das demais diminui a cavidade torácica. 
Inervação: Nervos intercostais. 
 
*Segundo o livro Gray Anatomia de Goss, os intercostais internos se originam da borda inferior de uma 
costela e se inserem na borda cranial da costela abaixo (sentido contrário ao descrito). Contudo, como 
são músculos expiratórios, tal modelo de origem/inserção não satisfaz ao movimento que executam, 
afinal, este é o sentido apresentado pelos intercostais externos e as suas ações são contrárias. A origem 
e a inserção citadas estão presentes no livro Anatomia Humana, de Prives e Lisenkov e no Atlas of 
Human Anatomy, de Sinelnikov. 
 
Transverso do tórax ou Triangular do esterno 
São músculos expiratórios. 
Origem: Face dorsal do corpo do esterno e do processo xifóide. 
Inserção: Superfícies internas da 2ª até a 6ª cartilagem costal. 
Ação: Tracionar as costelas caudalmente, diminuindo a cavidade torácica. 
Inervação: Nervos intercostais. 
 
Subcostais 
Aparentam ser continuação dos intercostais internos, mas diferenciam-se destes por possuírem fibras 
mais longas que se inserem em três ou quatro costelas. Suas fibras se dispõem na mesma direção e no 
mesmo sentido dos intercostais internos e também são músculos expiratórios. 
Origem*: Superfície interna de uma costela. 
Inserção*: Superfície interna da segunda e terceira costela acima. 
Ação: Tracionar as costelas caudalmente. Com a última costela fixada pelo músculo quadrado lombar, o 
deslocamento das demais diminui a cavidade torácica. 
Inervação: Nervos intercostais. 
 
*Mais uma vez, o livro Gray Anatomia de Goss traz o sentido inverso de origem e inserção. Os motivos 
que levam à contestação deste modelo são os mesmos explicados anteriormente para os intercostais 
internos. A origem e a inserção citadas também são encontradas nos mesmos livros. 
 
Levantadores das costelas 
São músculos inspiratórios. 
Origem: Processos transversos de C7 a T11. 
Inserção: Superfície externa da costela imediatamente caudal (levantadores curtos das costelas); os 
quatro últimos músculos (levantadores longos das costelas) apresentam dois fascículos: um se insere na 
costela imediatamente inferior e o outro, na segunda costela abaixo. 
Miologia 
Marina Mota 
 
 
 
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Ação: Elevar as costelas, estender a coluna vertebral, incliná-la lateralmente e girá-la para o lado 
oposto. 
Inervação: Nervos intercostais. 
 
Serrátil posterior superior 
É um músculo inspiratório. 
Origem: Processo espinhoso de C7, ligamento nucal, processos espinhosos das duas ou três primeiras 
vértebras torácicas e ligamento supra-espinhal. 
Inserção: Borda cranial da 2ª, 3ª, 4ª e 5ª costelas pouco além dos seus ângulos. 
Ação: Elevar as costelas. 
Inervação: Quatro primeiros nervos torácicos. 
 
Serrátil posterior inferior 
É um músculo expiratório. 
Origem: Processos espinhosos de T11 a L2 ou L3. 
Inserção: Bordas inferiores das quatro últimas costelas, pouco além dos seus ângulos. 
Ação: Tracionar as costelas para baixo. 
Inervação: Ramos do nono ao décimo segundo nervo torácico. 
 
Diafragma 
É um septo músculo-fibroso que separa a cavidade torácica da abdominal; Sua convexidade cranial 
compõe o soalho da primeira, enquanto sua concavidade caudal constitui o teto da segunda. Suas fibras 
se originam ao redor da sua circunferência e se inserem medialmente em um tendão central. 
 
 
 
 
Origens: 
1. Esternal: Por fascículos do dorso do processo xifóide. 
2. Costal: Através da superfície interna das seis últimas costelas e cartilagens costais. 
3. Lombar: Através dos ligamentos arqueados (arcos de Haller), e das vértebras lombares por dois 
pilares. 
Miologia 
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25 
*Entre as partes esternal e costal existe um espaço denominado Trígono esternocostal (Fenda de Larrey) 
que é preenchido por tecido areolar e serve para passagem do ramo epigástrico superior da artéria 
torácica interna e de vasos linfáticos. 
Inserção: Tendão central. 
Ação: Tracionar para baixo o tendão central. Este movimento aumenta o volume da cavidade torácica e 
diminui a pressão no seu interior, à medida que faz exatamente o contrário com a cavidade abdominal. 
Durante a inspiração, a ação do diafragma é fundamental paraque seja gerada uma diferença de 
pressão capaz de forçar o ar para dentro dos pulmões. 
Inervação: Nervo frênico. 
Tendão central: 
Fina aponeurose próxima ao centro do músculo, porém mais próxima da sua parte ventral que da dorsal 
(fibras musculares ventrais são mais curtas). Está parcialmente fundido ao pericárdio. Apresenta forma 
de trevo, possuindo três folíolos: direito (maior), médio (dirigido para o processo xifóide) e esquerdo 
(menor). 
 
Orifícios: 
1. Hiato aórtico: É uma abertura osteoaponeurótica formada entre o diafragma e a coluna vertebral. 
Serve para passagem da artéria aorta, veia ázigos e ducto torácico. 
2. Forame da veia cava: Passagem da veia cava inferior e ramos do nervo frênico direito. 
3. Hiato esofágico: Está situado dorsalmente ao tendão central, na parte muscular do diafragma. Por 
isso funciona como um esfíncter esofágico. Dá passagem ao esôfago, nervos vagos e vasos 
esofágicos. 
 
Ligamentos arqueados: 
1. Ligamento arqueado medial (Arco lombocostal medial ou Arco medial de Haller): É um arco 
tendíneo na fáscia que reveste a parte cranial do psoas maior. Insere-se medialmente na face 
lateral do corpo de L1 ou L2 e lateralmente, no processo transverso de L1 e às vezes também no de 
L2. 
2. Ligamento arqueado lateral (Arco lombocostal lateral ou Arco lateral de Haller): Cruza em arco a 
parte cranial do quadrado lombar. Insere-se medialmente no processo transverso de L1 e 
lateralmente, na margem caudal da 12ª costela. 
 
Pilares: 
1. Direito: É maior e mais longo que o esquerdo. Origina-se da superfície ventral dos corpos de L1, L2 e 
L3. Apresenta dois orifícios para passagem dos nervos esplânicos maior e menor direitos. 
2. Esquerdo: Origina-se da superfície ventral dos corpos de L1 e L2, apenas. Possui três orifícios para 
passagem dos nervos esplânicos maior e menor esquerdos e da veia hemiázigos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Miologia 
Marina Mota 
 
 
 
26 
MÚSCULOS DO ABDOME 
 
 
Estão organizados em dois grupos, segundo a região à qual pertencem: Músculos ântero-laterais do 
abdome e músculos posteriores do abdome. 
 
 
o Músculos ântero-laterais do abdome 
Oblíquo externo 
Origem: Oito digitações carnosas existentes nas oito últimas cartilagens costais. 
Inserção: Quase todas as fibras se inserem na linha alba; Entretanto, os dois fascículos que emergem 
das duas últimas costelas se dirigem quase verticalmente para se inserirem no lábio externo da crista 
ilíaca. 
Ação: Contrações bilaterais fletem a coluna; contrações unilaterais inclinam a coluna lateralmente e 
trazem o ombro ipsilateral para a frente. 
Inervação: Ramos do oitavo ao décimo segundo intercostal, nervo ílio-hipogástrico e ílioinguinal. 
 
Oblíquo interno 
Origem: Linha intermediária da crista ilíaca, aponeurose lombar que se situa próximo à crista e 
ligamento inguinal. 
Inserção: Quase todas as fibras se inserem na linha alba; Contudo, as fibras dorsais se inserem nas três 
ou quatro últimas costelas. 
Ação: Contrações bilaterais fletem a coluna; contrações unilaterais inclinam a coluna lateralmente e 
trazem o ombro contralateral para a frente. 
Inervação: Ramos do oitavo ao décimo segundo intercostal, nervo ílio-hipogástrico e nervo ílioinguinal. 
 
Transverso do abdome 
Origem: Parte lateral das seis últimas cartilagens costais, terço lateral do ligamento inguinal, fáscia 
toracolombar e lábio interno da crista ilíaca. 
Inserção: Linha alba. 
Ação: Compressão do abdome, contendo as vísceras abdominais. 
Inervação: Ramos do sétimo ao décimo segundo intercostal, nervo ílio-hipogástrico e ílioinguinal. 
 
Reto do abdome 
Origem: Crista púbica. 
Inserção: 5ª, 6ª e 7ª cartilagens costais. 
Ação: Flexão da coluna. 
Inervação: Ramos do sétimo ao décimo segundo intercostal. 
 
Piramidal 
É inconstante e se localiza na bainha do reto. É ausente em 10% das pessoas e pode se apresentar duplo 
de um ou de ambos os lados. 
Origem: Superfície ventral da pube. 
Inserção: Linha alba. 
Ação: Tensionar a linha alba. 
Inervação: 12º nervo torácico. 
 
Cremaster 
Está presente apenas nos homens. Topograficamente, aparenta ser o prolongamento inferior do 
músculo oblíquo interno. 
Origem: Ligamento inguinal. 
Inserção: Crista púbica e tubérculo púbico. 
Ação: Tracionar o testículo para cima. 
Inervação: Ramo genital do nervo genitofemoral. 
 
Miologia 
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27 
o Músculos posteriores do abdome 
Quadrado lombar 
Origem: Ligamento iliolombar e lábio interno da crista ilíaca. 
Inserção: Ápice dos processos transversos de L1 a L4 e borda inferior da última costela. 
Ação: Tracionar para baixo a última costela e, em contrações unilaterais, inclinar lateralmente a coluna 
lombar. 
Inervação: 12º nervo torácico e 1º nervo lombar. 
 
*É um músculo auxiliar da expiração. 
 
Psoas maior 
É descrito juntamente com os músculos do membro inferior. 
 
Psoas menor 
É descrito juntamente com os músculos do membro inferior. 
 
Ilíaco 
É descrito juntamente com os músculos do membro inferior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Miologia 
Marina Mota 
 
 
 
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MÚSCULOS DA PELVE 
 
 
Os músculos que se encontram na pelve estão divididos em dois grupos: os verdadeiros 
músculos pélvicos (levantador do ânus e coccígeo) e os músculos do membro inferior que se originam na 
pelve (piriforme e obturador interno). 
O diafragma pélvico compõe o assoalho da cavidade pélvica, retendo os órgãos abdominais e 
sustentando os órgãos pélvicos. É composto pelos músculos levantador do ânus e coccígeo, juntamente 
com as fáscias que o recobrem interna e externamente. É perfurado pelo canal anal, pela uretra e pela 
vagina. 
 
 
Levantador do ânus (Músculo de Luschka) 
É composto por três feixes – puborretal, pubococcígeo e isquiococcígeo (ou iliococcígeo). Alguns autores 
ainda consideram que o feixe puborretal constitui um ramo do pubococcígeo. 
Origem: Os feixes puborretal e pubococcígeo se originam da superfície interna do ramo superior da 
pube; O isquiococcígeo se origina do arco tendíneo do levantador do ânus e da espinha isquiática. 
Inserção: O feixe puborretal forma uma alça em torno no reto, se inserindo na superfície interna do 
outro ramo púbico; o pubococcígeo possui uma porção medial que se insere no centro tendíneo do 
períneo (levantador da próstata ou vagina) e outra lateral que se insere na rafe anococcígea; O feixe 
isquiococcígeo se insere na rafe anococcígea e nos 2 últimos segmentos do cóccix. 
Ação: Suportar e elevar ligeiramente o assoalho pélvico, resistindo à pressão intra-abdominal; Tracionar 
o ânus em direção à pube, constrigindo-o. 
Inervação: Plexo pudendo com fibras de S4. 
 
Coccígeo 
Origem: Espinha isquiática e ligamento sacroespinhal. 
Inserção: Borda lateral da última peça sacral e cóccix. 
Ação: Tracionar o cóccix anteriormente, resistindo à pressão intra-abdominal. 
Inervação: Plexo pudendo com fibras de S4 e S5. 
 
 
*Ainda existem os músculos sacroccígeos ventral e dorsal. Eles podem se apresentar como fascículos 
musculares ou tendinosos, se dirigindo das vértebras sacrais inferiores para o cóccix ventral e 
dorsalmente, respectivamente. O sacrococcígeo ventral corresponde ao abaixador da cauda dos 
mamíferos inferiores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Miologia 
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MÚSCULOS DO MEMBRO SUPERIOR 
 
 
 O membro superior apresenta conexões musculares com o esqueleto axial. Antes do estudo 
dos músculos do membro superior propriamente dito, serão apresentados os músculos que o unem à 
coluna vertebral e os que o ligam às paredes torácicas anterior e lateral. 
 
 
o Músculos que unem o membro superior à coluna vertebral 
Trapézio* 
Latíssimo do dorso* 
Levantador da escápula* 
Rombóide menor* 
Rombóide maior**Já foram descritos em Músculos do Dorso. 
 
 
o Músculos que ligam o membro superior às paredes torácicas anterior e lateral 
Peitoral maior 
Origem: Superfície anterior da metade esternal da clavícula, parte lateral do esterno, da 2ª à 6ª 
cartilagens costais e aponeurose do oblíquo externo do abdome. 
Inserção: Crista do tubérculo maior do úmero. 
Ação: Flexão, adução e rotação medial do braço. 
Inervação: Nervos peitorais medial e lateral (C5-T1) 
 
Peitoral menor 
Origem: Margem cranial e superfície externa da 3ª, 4ª e 5ª costelas próximo a suas cartilagens. 
Inserção: Processo coracóide da escápula. 
Ação: Com as costelas como ponto fixo, traciona o processo coracóide ventral e caudalmente (adução 
do braço); Com a escápula como ponto fixo (fixada pelo levantador da escápula), eleva as costelas, 
sendo um músculo auxiliar da inspiração. 
Inervação: Nervo peitoral medial (C8-T1) 
 
Subclávio 
Está situado entre a clavícula e a 1ª costela. 
Origem: 1ª costela e junção com a sua cartilagem. 
Inserção: Sulco para o músculo subclávio que existe na face inferior da clavícula. 
Ação: Tracionar o ombro ventral e caudalmente. 
Inervação: Nervo especial do plexo braquial (C5 e C6) 
 
Serrátil Anterior (Músculo de Boxer) 
Origem: Superfícies externas e bordas superiores das oito ou nove primeiras costelas e das aponeuroses 
dos intercostais correspondentes. 
Inserção: Lábio ventral da borda vertebral da escápula e superfície anterior dos ângulos superior e 
inferior. 
Ação: Como um todo, traciona a escápula para a frente. 
Inervação: Nervo torácico longo ou nervo de Bell (C5, C6 e C7) 
 
 
o Músculos do ombro 
Deltóide 
Origem: Extremidade acromial da clavícula, acrômio e lábio caudal da espinha da escápula. 
Inserção: Tuberosidade deltoidea do úmero. 
Miologia 
Marina Mota 
 
 
 
30 
Ação: Sua parte anterior faz a flexão e a rotação medial do braço; a média é responsável pela abdução 
do braço e a posterior, pela extensão do braço e sua rotação lateral. 
Inervação: Nervo axilar. 
 
Subescapular* 
Origem: Sulco presente na face anterior da borda axilar da escápula. 
Inserção: Tubérculo menor do úmero. 
Ação: Rotação medial e adução do braço. 
Inervação: Nervos subescapulares superior e inferior. 
 
Supra-espinhal* 
Origem: Terços mediais da fossa supra-espinhal. 
Inserção: Tubérculo maior do úmero. 
Ação: Abdução do braço. É também um fraco rotador lateral. 
Inervação: Nervo supra-escapular. 
 
Infra-espinhal* 
Origem: Terços mediais da fossa infra-espinhal. 
Inserção: Tubérculo maior do úmero. 
Ação: Rotação lateral do braço. A parte superior contribui para a abdução do braço e inferior, para a 
adução. 
Inervação: Nervo supra-escapular. 
 
Redondo menor* 
Origem: Superfície dorsal da borda axilar. 
Inserção: Tubérculo maior do úmero. 
Ação: Rotação lateral do braço. É um fraco adutor. 
Inervação: Nervo axilar (C5) 
 
Redondo maior 
Origem: Superfície dorsal da borda axilar da escápula, abaixo do redondo menor. 
Inserção: Crista do tubérculo menor do úmero. 
Ação: Adução, extensão e rotação medial do braço. 
Inervação: Nervo subescapular inferior. 
 
*Estes são os músculos que compõem juntos o Manguito Rotador. 
 
 
o Músculos do braço 
Coracobraquial (Músculo perfurado de Casserius) 
Origem: Ápice do processo coracóide da escápula. 
Inserção: Borda medial do corpo do úmero. 
Ação: Flexão e adução do braço. 
Inervação: Nervo musculocutâneo. 
 
Bíceps braquial 
Origem: A porção longa se origina do tubérculo supraglenoidal; Já a porção curta, do processo coracóide 
da escápula. 
Inserção: Tuberosidade do rádio. 
Ação: Flexão do braço, flexão do antebraço e supinação da mão quando o antebraço está fletido. 
Inervação: Nervo musculocutâneo. 
 
*Após sua inserção, o bíceps braquial emite uma aponeurose (Aponeurose bicipital ou de Pirogoff) que 
se continua com a fáscia profunda que recobre as origens dos músculos flexores do antebraço. 
 
Braquial 
Miologia 
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Origem: Metade distal da face anterior do úmero. 
Inserção: Tuberosidade da ulna. 
Ação: Flexão do antebraço. 
Inervação: Nervo musculocutâneo. 
Tríceps braquial 
Origem: A porção longa se origina do tubérculo infraglenoidal; A porção medial se origina da borda 
medial da face posterior do úmero e porção lateral, da borda lateral da mesma superfície. 
Inserção: Olécrano da ulna. 
Ação: Extensão do antebraço; A porção longa estende e aduz o braço. 
Inervação: Nervo radial. 
 
 
o Músculos do antebraço 
Os músculos do antebraço são divididos em um grupo palmar e um dorsal. Cada um deles apresenta 
músculos superficiais e profundos. 
 
1. Músculos palmares antebraquiais 
- Grupo Superficial 
Pronador redondo 
Origem: Epicôndilo medial do úmero. 
Inserção: Meio da superfície lateral do corpo do rádio. 
Ação: Pronação da mão. 
Inervação: Nervo mediano. 
 
Flexor radial do carpo 
Origem: Epicôndilo medial do úmero. 
Inserção: Base do 2° metacárpico e envia um fascículo para a base do 3° metacárpico. 
Ação: Flete a mão e auxilia na abdução. 
Inervação: Nervo mediano (C6 e C7) 
 
Palmar longo 
Origem: Epicôndilo medial do úmero. 
Inserção: Parte central do retináculo dos flexores e aponeurose palmar. 
Ação: Flexão da mão. 
Inervação: Nervo mediano (C6 e C7) 
 
Flexor ulnar do carpo 
Origem: A porção umeral se origina do epicôndilo medial do úmero; A porção ulnar se origina do 
olécrano. 
Inserção: Pisiforme, hâmulo do hamato e base do 5° metacárpico. 
Ação: Flexão e adução da mão. 
Inervação: Nervo ulnar (C8 e T1) 
 
Flexor superficial dos dedos 
Origem: A porção umeral se origina do epicôndilo medial do úmero; A porção ulnar se origina do lado 
medial do processo coronóide e a porção radial, da linha oblíqua do rádio. 
Inserção: Lados da porção média das falanges médias dos dedos, com exceção do polegar. 
Ação: Flexão da falange média de cada dedo e secundariamente flexão da falange proximal e da mão. 
Inervação: Nervo mediano (C7, C8 e T1) 
 
 
- Grupo Profundo 
Flexor profundo dos dedos 
Origem: Três quartos proximais da superfície anterior e medial da ulna e processo coronóide. 
Inserção: Bases das falanges distais dos dedos, exceto o polegar. 
Ação: Flexão das falanges distais; Secundariamente, flexão das demais falanges e da mão. 
Miologia 
Marina Mota 
 
 
 
32 
Inervação: Nervos mediano e ulnar. 
 
Flexor longo do polegar 
Origem: Superfície ântero-medial do corpo do rádio abaixo da tuberosidade e membrana interóssea. 
Inserção: Base da 1ª falange distal. 
Ação: Flete a falange distal do polegar; Secundariamente, flete a falange proximal e aduz o metacárpico. 
Inervação: Nervo mediano. 
 
Pronador quadrado 
Origem: Crista presente na porção distal da face anterior corpo da ulna. 
Inserção: Borda lateral e superfície palmar do corpo do rádio. 
Ação: Pronação da mão. 
Inervação: Nervo mediano. 
 
 
2. Músculos Antebraquiais Dorsais 
- Grupo Superficial 
Braquiorradial* 
Origem: Lábio anterior da crista supracondilar lateraldo úmero. 
Inserção: Lateralmente ao processo estiloide do rádio. 
Ação: Flexão do antebraço. 
Inervação: Nervo radial. 
 
Extensor radial longo do carpo* 
Origem: Lábio anterior da crista supracondilar lateral do úmero. 
Inserção: Lateralmente na base do 2º metacárpico. 
Ação: Extensão e abdução da mão. 
Inervação: Nervo radial. 
 
Extensor radial curto do carpo* 
Origem: Epicôndilo lateral do úmero. 
Inserção: Lateralmente na base do 3º metacárpico. 
Ação: Extensão e abdução da mão. 
Inervação: Nervo radial. 
 
*Os músculos indicados são denominados também radiais por se localizarem na borda lateral do 
antebraço. 
 
Extensor dos dedos 
Origem: Epicôndilo lateral do úmero. 
Inserção: Expansão digital dorsal do 2º ao 5º dedo. 
Ação: Extensão das falanges e secundariamente extensão do pulso. 
Inervação: Nervo radial.Extensor do dedo mínimo 
Origem: Epicôndilo lateral do úmero. 
Inserção: Funde-se com o tendão do extensor dos dedos no nível da primeira falange do dedo mínimo. 
Ação: Estende o dedo mínimo. 
Inervação: Nervo radial. 
 
Extensor ulnar do carpo 
Origem: Epicôndilo lateral do úmero. 
Inserção: Tubérculo proeminente do lado ulnar da base do quinto metacárpico. 
Ação: Estende e aduz a mão. 
Inervação: Nervo radial. 
 
Miologia 
Marina Mota 
 
 
 
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Ancôneo 
Origem: Epicôndilo lateral do úmero. 
Inserção: Olécrano e porção lateral da ulna. 
Ação: Estabiliza a articulação do cotovelo e estende o antebraço. 
Inervação: Nervo radial. 
 
- Grupo profundo 
Supinador 
Origem: Epicôndilo lateral do úmero. 
Inserção: Margem lateral da tuberosidade radial e na linha oblíqua do rádio. 
Ação: Supina a mão. 
Inervação: Nervo radial. 
 
Abdutor longo do polegar 
Origem: Parte lateral da superfície dorsal do corpo da ulna. 
Inserção: Base do primeiro metacárpico. 
Ação: Abduz o polegar e, secundariamente, o pulso. 
Inervação: Nervo radial. 
 
Extensor curto do polegar 
Origem: Superfície dorsal do corpo do rádio. 
Inserção: Base da primeira falange do polegar. 
Ação: Estende a primeira falange do polegar. 
Inervação: Nervo radial. 
 
Extensor longo do polegar 
Origem: Parte lateral do terço médio da superfície dorsal do corpo da ulna. 
Inserção: Base da última falange do polegar. 
Ação: Estende a segunda falange do polegar e, secundariamente, abduz a mão. 
Inervação: Nervo radial. 
 
Extensor do indicador 
Origem: Superfície dorsal do corpo da ulna. 
Inserção: Se reúne com o extensor dos dedos e se insere na falange média e distal do dedo indicador. 
Ação: Estende o indicador. 
Inervação: Nervo radial. 
 
 
o Músculos da mão 
- Músculos Tenares 
Abdutor curto do polegar 
Origem: Ligamento transverso do carpo, tuberosidade do escafóide e crista do trapézio. 
Inserção: Lado radial da base da primeira falange do polegar. 
Ação: Abduz o polegar. 
Inervação: Nervo mediano. 
 
Oponente do polegar 
Origem: Crista do trapézio e retináculo dos flexores. 
Inserção: Borda lateral do metacárpico do polegar. 
Ação: Abduz, flexiona e gira o osso metacárpico do polegar, levando o polegar em oposição à palma da 
mão, e fica em frente aos dedos. 
Inervação: Nervo mediano. 
 
Flexor curto do polegar 
Origem: Crista do trapézio e retináculo dos flexores. 
Inserção: Lado radial da base da primeira falange do polegar. 
Miologia 
Marina Mota 
 
 
 
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Ação: Flexiona e aduz o polegar. 
Inervação: Nervo mediano e nervo ulnar. 
 
Adutor do polegar 
Origem: Apresenta duas porções – A oblíqua se origina do osso capitato, bases do segundo e terceiro 
metacárpicos e dos ligamentos intercárpicos; Já a transversa, da superfície palmar do terceiro osso 
metacárpico. 
Inserção: Ambas as porções se inserem no lado ulnar da primeira falange do polegar. 
Ação: Aproxima o polegar da mão. 
Inervação: Nervo ulnar. 
 
- Músculos Hipotenares 
Palmar curto 
Origem: Ligamento transverso do carpo e aponeurose palmar. 
Inserção: Pele da borda ulnar da palma da mão. 
Ação: Repuxa a pele da borda ulnar em direção ao meio da palma, como no fechar de punho. Mantém o 
coxim subcutâneo hipotenar no local, como ao se apanhar uma bola. 
Inervação: Nervo ulnar. 
 
Abdutor do dedo mínimo 
Origem: Osso pisiforme. 
Inserção: Lado ulnar da base da primeira falange do dedo mínimo. 
Ação: Abduz o dedo mínimo. 
Inervação: Nervo ulnar. 
 
Flexor curto do dedo mínimo 
Origem: Hâmulo do hamato e superfície palmar do retináculo dos flexores. 
Inserção: Lado ulnar da base da primeira falange do dedo mínimo. 
Ação: Flexiona o dedo mínimo. 
Inervação: Nervo ulnar. 
 
Oponente do dedo mínimo 
Origem: Hâmulo do hamato. 
Inserção: Borda ulnar do osso metacárpico do dedo mínimo. 
Ação: Abduz, flexiona e rotaciona o quinto metacárpico, deslocando o dedo mínimo em oposição ao 
polegar. 
Inervação: Nervo ulnar. 
 
- Músculos Intermédios 
1. Lumbricais 
Origem: São quatro pequenos fascículos, o primeiro e segundo originam-se dos lados radiais e das 
superfícies palmares dos tendões do indicador e do dedo médio, o terceiro, bordas contíguas dos 
tendões do dedo médio e anular; e o quarto, das bordas contíguas dos tendões do dedo anular e do 
dedo mínimo. 
Inserção: Passam para o lado radial do dedo correspondente, e ao nível da articulação 
metacarpofalângica inserem-se na expansão tendínea do extensor dos dedos. 
Ação: Flexionam as articulações metacarpofalângicas e estendem as duas falanges distais. 
Inervação: O primeiro e segundo são inervados pelo nervo mediano, o terceiro e o quarto, nervo ulnar. 
 
2. Interósseos dorsais 
Origem: São em número de quatro interósseos dorsais, originando-se por duas porções das faces 
adjacentes dos ossos metacárpicos, porém mais extensamente do osso metacárpico do dedo no qual o 
músculo se insere. 
Inserção: Bases das falanges proximais e aponeuroses dos tendões dos extensores dos dedos. 
Ação: Abduzem os dedos de uma linha imaginária traçada pelo eixo do dedo médio, flexiona a 
articulação metacarpofalângica e estende as falanges distais. 
Miologia 
Marina Mota 
 
 
 
35 
Inervação: Nervo ulnar. 
 
3. Interósseos palmares* 
*Apenas existem nos dedos mínimo, anular e indicador. 
Origem: São em número de três, cada um se origina do comprimento do osso metacárpico de um dedo. 
Inserção: Lado da base da primeira falange e da expansão aponeurótica do tendão do extensor comum 
para o mesmo dedo. 
Ação: Aduz os dedos para uma linha imaginária, através do eixo do dedo médio, flexiona a articulação 
metacarpofalângica e estende as duas falanges distais. 
Inervação: Nervo ulnar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Miologia 
Marina Mota 
 
 
 
36 
MÚSCULOS DO MEMBRO INFERIOR 
 
 
o Músculos da região ilíaca 
Psoas maior* 
Origem: Processos transversos das vértebras lombares e faces laterais do corpo da última vértebra 
torácica e de todas as lombares, inclusive dos discos intervertebrais entre elas. 
Inserção: Trocanter menor do fêmur. 
Ação: Flexão da coxa, flexão da coluna lombar e inclinação lateral desta última. 
Inervação: Plexo lombar. 
 
Psoas menor 
Origem: Faces laterais dos corpos da última vértebra torácica e primeira lombar, inclusive do disco 
intervertebral entre elas. 
Inserção: Linha iliopectínea e eminência iliopectínea. 
Ação: Flexão da pelve e da coluna lombar. 
Inervação: 1º nervo lombar. 
 
Ilíaco* 
Origem: Dois terços superiores da fossa ilíaca e lábio interno da crista ilíaca. 
Inserção: Tendão do psoas maior, por meio do qual se insere no trocanter menor do fêmur. 
Ação: Flexão da coxa. 
Inervação: Nervo femoral. 
 
*Os músculos Psoas maior e Ilíaco compõem juntos o Iliopsoas, que se insere no trocanter menor do 
fêmur. Este é um importante músculo flexor e postural, sendo útil para ficar em pé, caminhar e correr. 
 
 
 
o Músculos femorais anteriores 
Sartório 
Origem: Espinha ilíaca ântero-superior. 
Inserção: Medialmente à tuberosidade da tíbia. 
Ação: Flexão da coxa girando-a lateralmente, flexão da perna e rotação medial desta quando se 
encontra fletida. 
Inervação: Nervo femoral. 
 
*Forma juntamente com os músculos semitendíneo e grácil o Tendão da Pata de Ganso ou Pé anserino 
que se insere medialmente à tuberosidade da tíbia. 
 
Quadríceps femoral 
Possui quatro cabeças, do sentido lateral para o medial: Vasto lateral, reto femoral, vasto intermédio e 
vasto medial. 
Origem: O vasto lateral se origina do trocanter maior do fêmur e do lábio lateral da linha áspera; O reto 
femoral se origina por meio de dois tendões: o tendão reto se fixa à espinha ilíaca ântero-inferior e o 
reflexo, ao sulco superior ao acetábulo; O vasto intermédio se origina da superfície anterior do corpo dofêmur e o vasto medial, do lábio medial da linha áspera. 
Inserção: Tuberosidade da tíbia através do ligamento da patela (continuação caudal do tendão deste 
músculo). 
Ação: Extensão da perna. O reto femoral também flete a coxa. 
Inervação: Nervo femoral. 
 
 
 
o Músculos femorais mediais 
Miologia 
Marina Mota 
 
 
 
37 
Pectíneo 
Origem: Linha pectínea da pube. 
Inserção: Linha pectínea do fêmur. 
Ação: Flexão, adução e rotação medial da coxa. 
Inervação: Nervo femoral. 
 
Adutor curto 
Origem: Ramo inferior da pube. 
Inserção: Porção proximal da linha áspera. 
Ação: Flexão, adução e rotação medial da coxa. 
Inervação: Nervo obturatório. 
 
Adutor longo 
Origem: Parte anterior da pube, próximo à sínfise. 
Inserção: Linha áspera. 
Ação: Flexão, adução e rotação medial da coxa. 
Inervação: Nervo obturatório. 
 
Adutor magno 
Origem: Ramo inferior da pube, ramo do ísquio e túber isquiático. 
Inserção: Lábio medial da linha áspera e tubérculo adutório. 
Ação: Como um todo, aduz poderosamente a coxa. A porção superior flete e gira medialmente a coxa e 
a inferior a estende e gira-a lateralmente. 
Inervação: Nervo obturatório. 
 
 Na inserção deste músculo há um hiato osteoaponeurótico denominado Hiato dos adutores ou 
Canal adutor (de Hunter) para passagem de vasos femorais e do nervo safeno. 
 
*A porção proximal do adutor magno, quando constitui um músculo distinto, é denominada Adutor 
mínimo. 
 
Grácil 
Origem: Ramo inferior da pube, bem próximo à sínfise púbica. 
Inserção: Medialmente à tuberosidade da tíbia (Tendão da Pata de Ganso) 
Ação: Adução da coxa e flexão do joelho. 
Inervação: Nervo obturatório. 
 
 
 
o Músculos da região glútea 
Glúteo máximo 
Origem: Linha glútea posterior da face externa da asa do ílio e área dorsal a esta linha. 
Inserção: Tuberosidade glútea e trato iliotibial (Bandelete de Maissiat). 
Ação: Extensão e rotação lateral da coxa. 
Inervação: Nervo glúteo inferior. 
 
Glúteo médio 
Origem: Área entre as linhas glúteas posterior e anterior. 
Inserção: Superfície lateral do trocanter maior do fêmur. 
Ação: Abdução e rotação medial da coxa. A porção anterior flete e gira medialmente, a porção posterior 
estende e gira lateralmente. 
Inervação: Nervo glúteo superior. 
 
Glúteo mínimo 
Origem: Área entre as linhas glúteas anterior e inferior. 
Inserção: Sulco presente na borda anterior do trocanter maior do fêmur. 
Miologia 
Marina Mota 
 
 
 
38 
Ação: Abdução, rotação medial e em certo grau flexão da coxa. 
Inervação: Nervo glúteo superior. 
 
Tensor da fáscia lata 
Origem: Espinha ilíaca ântero-superior e lábio externo da crista ilíaca. 
Inserção: Trato iliotibial da fáscia lata. 
Ação: Tensionar a fáscia lata, fletir a coxa e girá-la medialmente. 
Inervação: Nervo glúteo superior. 
 
Piriforme 
Origem: Face pélvica do sacro e incisura isquiática maior. 
Inserção: Borda superior do trocanter maior do fêmur. 
Ação: Abdução, rotação lateral e em certo grau extensão da coxa. 
Inervação: Nervos sacrais. 
 
Gêmeo superior 
Origem: Face externa da espinha isquiática. 
Inserção: Face medial do trocanter maior, anteriormente à fossa trocantérica (digital). 
Ação: Rotação lateral da coxa. 
Inervação: Nervo obturador interno. 
 
Obturador interno 
Origem: Face interna da membrana obturada e seus limites ósseos. 
Inserção: Face medial do trocanter maior do fêmur, anteriormente à fossa trocantérica (digital). 
Ação: Rotação lateral, extensão e abdução da coxa. 
Inervação: Plexo sacral. 
 
Gêmeo inferior 
Origem: Face externa da espinha isquiática. 
Inserção: Face medial do trocanter maior, anteriormente à fossa trocantérica (digital). 
Ação: Rotação lateral da coxa. 
Inervação: Nervo obturador interno. 
 
Quadrado do fêmur 
Origem: Borda externa do túber isquiático. 
Inserção: Tubérculo quadrado situado na crista intertrocantérica. 
Ação: Rotação lateral da coxa. 
Inervação: Plexo sacral. 
 
Obturador externo 
Origem: Face externa da membrana obturada e seus limites ósseos. 
Inserção: Fossa trocantérica (digital) do fêmur. 
Ação: Rotação lateral da coxa. 
Inervação: Nervo obturatório. 
 
 
 
o Músculos femorais posteriores 
Bíceps femoral* 
Possui uma cabeça longa e outra curta. 
Origem: A porção longa se origina no túber isquiático e a curta, no terço médio do lábio lateral da linha 
áspera. 
Inserção: Cabeça da fíbula. 
Ação: Extensão da coxa e flexão e rotação lateral da perna. 
Inervação: Nervo tibial e nervo fibular comum. 
 
Miologia 
Marina Mota 
 
 
 
39 
Semitendíneo* 
Origem: Túber isquiático. 
Inserção: Medialmente à tuberosidade da tíbia (Tendão da pata de ganso) 
Ação: Extensão da coxa e flexão e rotação medial da perna. 
Inervação: Nervo tibial. 
 
Semimembranáceo* 
Origem: Túber isquiático. 
Inserção: Sulco transverso presente na parte póstero-medial do côndilo medial da tíbia. 
Ação: Extensão da coxa e flexão e rotação medial da perna. 
Inervação: Nervo tibial. 
 
*Os músculos indicados (semitendíneo, semimembranáceo e bíceps femoral) formam um grupo 
conhecido como Músculos do Jarrete – músculos posteriores da coxa que se originam no ísquio e se 
inserem na perna. 
 
 
 
o Músculos crurais anteriores 
Tibial anterior 
Origem: Área súpero-lateral à tuberosidade da tíbia e tubérculo tibial anterior (de Gerdy). 
Inserção: Face medial do primeiro cuneiforme e base do 1º osso metatársico. 
Ação: Dorsinflexão e inversão do pé. 
Inervação: Nervo fibular profundo. 
 
Extensor longo do hálux 
Origem: Terço médio da face anterior da fíbula. 
Inserção: Base da falange distal do hálux. 
Ação: Extensão das articulações metatarsofalângicas e interfalângicas, dorsinflexão e inversão do pé. 
Inervação: Nervo fibular profundo. 
 
Extensor longo dos dedos 
Origem: Côndilo lateral da tíbia. 
Inserção: Falanges distais do segundo ao quinto dedo do pé. 
Ação: Extensão das articulações metatarsofalângicas e interfalângicas, dorsinflexão e eversão. 
Inervação: Nervo fibular profundo. 
 
 
 
o Músculos crurais laterais 
Fibular longo 
Origem: Cabeça e dois terços proximais da superfície lateral do corpo da fíbula. 
Inserção: Face plantar do cuneiforme medial e base do 1º metatarsal. 
Ação: Flexão plantar e eversão. 
Inervação: Nervo fibular superficial. 
 
Fibular curto 
Origem: Metade distal da superfície lateral do corpo da fíbula. 
Inserção: Tuberosidade do 5º metatarsal. 
Ação: Flexão plantar e eversão. 
Inervação: Nervo fibular superficial. 
 
Fibular terceiro 
É parte do extensor longo dos dedos. 
 
 
Miologia 
Marina Mota 
 
 
 
40 
o Músculos crurais posteriores 
1. Grupo superficial 
Gastrocnêmio* 
Possui duas cabeças, uma medial e outra lateral. 
Origem: A porção medial se origina da parte posterior do côndilo medial do fêmur e lateral, da parte 
posterior do côndilo lateral do mesmo osso. 
Inserção: Tuberosidade do calcâneo por meio do tendão do Tríceps Sural (do calcâneo). 
Ação: Flexão do joelho, flexão plantar e inversão do pé. 
Inervação: Nervo tibial. 
 
Sóleo* 
Origem: Linha do músculo sóleo (face posterior da tíbia). 
Inserção: Tuberosidade do calcâneo por meio do tendão do Tríceps Sural (do calcâneo). 
Ação: Flexão plantar. 
Inervação: Nervo tibial. 
 
*Os músculos indicados (gastrocnêmio e sóleo) compõem juntos o músculo Tríceps Sural, cujo tendão é 
conhecido como Tendão do calcâneo ou de Aquiles. 
 
Plantar 
Origem: Próximo à cabeça lateral do gastrocnêmio. 
Inserção: Tuberosidade do calcâneo. 
Ação: Flexão plantar e flexão da perna. 
Inervação: Nervo tibial. 
 
 
2. Grupo profundo 
Poplíteo 
Origem: Côndilo lateral do fêmur. 
Inserção: Linha para o músculo sóleo, na face posterior do corpo da tíbia. 
Ação: Flexão e rotação medial da perna. 
Inervação: Nervo tibial. 
 
Tibial posterior 
Origem: Superfície posterior da membrana interóssea. 
Inserção: Tuberosidade

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