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SANEAMENTO BÁSICO II - AULA 7- RESERVATÓRIO Prof. Eloá Cristina F. Pelegrino (eloa.pelegrino@unifran.edu.br) UNIFRAN – 2017 8º Período – Curso de Engenharia Civil Aula 7 - Reservatórios de distribuição de água Considerações iniciais Reservatórios de regularização x Reservatórios de distribuição: Reservatórios de regularização são formados normalmente por represas (barragens) em cursos d’água naturais (água bruta); Volume útil elevado (centenas ou milhares de hectômetros cúbicos); Promovem a regularização mensal das vazões (de montante para jusante): Reservatórios de distribuição são apoiados ou elevados (água tratada); Volume da ordem de dezenas, centenas, no caso dos apoiados alguns milhares de m³; Promovem a regularização horária das vazões (entre uma adutora e uma rede de distribuição). Objetivos principais: A NBR 12217 - Projeto de reservatório de distribuição de água para abastecimento público define reservatório de distribuição como o elemento do sistema de abastecimento de água destinado a regularizar as variações entre as vazões de adução e de distribuição e condicionar as pressões na rede de distribuição. Segundo TSUTIYA, as principais finalidades dos reservatórios de distribuição são: Regularizar a vazão: receber uma vazão constante, igual à demanda média do dia de maior consumo de sua área de influência, acumular água durante as horas em que a demanda é inferior à média e fornecer as vazões complementares quando a vazão de demanda for superior à média. Condicionar as pressões na rede de distribuição: a localização dos reservatórios de distribuição pode influir nas condições de pressão na rede, principalmente, reduzindo as variações de pressões. Segurança ao abastecimento: fornecer água por ocasião de interrupções no funcionamento normal da adução, como conseqüência da ruptura da adutora, paralisação da captação ou estação de tratamento, falta de energia elétrica, etc. Reserva para incêndio: suprir vazões extras para o combate a incêndio. Os reservatórios devem ser localizados de forma a manter o funcionamento da rede de distribuição entre pressões estáticas máximas e pressões dinâmicas mínimas. Pressões estáticas referem-se ao nível máximo do reservatório quando a rede não esta em funcionamento. Pressões dinâmicas são as pressões nos pontos da rede de distribuição computadas a partir do nível mínimo do reservatório, descontadas as perdas de carga que ocorrem durante o movimento da água nas tubulações. Por vezes, em função da escala do sistema de distribuição ou das condições topográficas, faz-se necessário mais de um reservatório, sendo cada um responsável pela garantia de adequada pressurização em respectivas zonas de pressão. A NBR 12218 - Projeto de rede de distribuição de água para abastecimento público recomenda que os reservatórios de distribuição devam ser localizados de modo a abastecer as redes de distribuição com os seguintes limites de pressão: Pressão estática máxima: 500 kPa (50 mH2O - mca); Pressão dinâmica mínima: 100 kPa (10 mH2O - mca). A ABNT tem reservatórios: uma norma especifica para projeto de NBR 12217 – Projeto de reservatório de distribuição de água para abastecimento público. As unidades que antecedem o reservatório são dimensionadas para a vazão média do dia de maior consumo (QD>C); Que é o produto da cota per capita pela população de projeto, maximizada pelo coeficiente do dia de maior consumo (k1). No dimensionamento das redes de distribuição essa vazão acresce-se do coeficiente da hora de maior consumo (k2); Os reservatórios permitem que as unidades precedentes apresentem dimensões mais econômicas compatíveis a vazões de menor magnitude. Permitem ainda menores variações na vazão de recalque e redução do consumo de energia elétrica. Os gastos com energia elétrica despendem de 12 a 20% da arrecadação dos sistemas de abastecimento de água no País. É o segundo insumo mais importante, superado apenas pelos gastos com pessoal. Estima-se que 95% deste consumo de energia elétrica advenha das estações de recalque. Outra Vantagem é o aumento no rendimento dos conjuntos elevatórios: com valores de altura manométrica e vazão aproximadamente constante, os conjuntos motor-bomba poderão operar próximos ao seu rendimento máximo. Desvantagens: Custo elevado de implantação; Localização: para atender as variações de pressão na rede, o reservatório deve ser localizado em cota adequada; Impacto ambiental; Classificação de reservatórios de distribuição critérios que permitem classificar os São vários os reservatórios: Quanto à localização no sistema; Quanto à localização no terreno; Quanto à sua forma; Quanto aos materiais de construção. a) Localização do reservatório no sistema: Reservatório de montante: o reservatório localiza- se a montante da rede de distribuição (antes da rede). Caracterizam-se por ser o próprio reservatório que sempre fornece água à rede de distribuição. Pode haver múltiplos reservatórios dependendo da área a ser atendida ou do escalonamento para atender limites de pressão. Reservatório de jusante (ou a jusante de sobras): o da rede de reservatório localiza-se distribuição de água. Esse reservatório recebe água durante as horas de menor consumo e auxilia o abastecimento durantes as horas de maior consumo. Este reservatório possibilita uma menor oscilação de pressão nas zonas de jusante da rede. Reservatório de posição intermediaria: Consiste em reservatório intercalado no sistema de adução e tem a função de servir de volante de regularização das transições entre bombeamento e, ou, adução por gravidade. Normalmente são reservatórios de pequena capacidade. Reservatório de montante e jusante b) Localização do reservatório no terreno Reservatório enterrado: se situa inteiramente em cota inferior à do terreno em que esta localizado. Reservatório semi-enterrado: é aquele que apresenta pelo menos um terço de sua altura total situado abaixo do nível do terreno onde se encontra localizado. Reservatório apoiado: o fundo se encontra a uma profundidade correspondente a menos que um terço de sua altura total abaixo do nível do terreno em que se localiza. Reservatório elevado: é o reservatório cuja cota de fundo é superior à cota do terreno onde se localiza. stand pipe: reservatório elevado com a estrutura de elevação embutida de modo a manter contínua o perímetro da secção transversal da edificação. O reservatório enterrado tem a vantagem de ser isolado termicamente e provocar menos impacto ambiental do que os outros tipos de reservatórios. Entretanto o custo de execução é maior, e a entrada e saída do reservatório e sua descarga são mais difíceis e onerosas. Os reservatórios semi-enterrado e apoiado são mais fáceis de se construir, no entanto, necessitam de um isolamento adequado. Os reservatórios elevados são necessários nos casos em que a topografia do terreno não é adequada para abastecer a área por outros tipos de reservatórios. Os principais inconvenientes do reservatório elevado são o custo elevado e o impacto ambiental. Em casos de relevo mais acidentado, é comum a instalação de uma estação distribuição, elevatória denominada instalada na própria rede de booster, para assegurar oabastecimento nas áreas mais altas, com custo menor que os reservatórios elevados e de fácil implantação. Via de regra, os reservatórios elevados são alimentados por estações elevatórias, assim, a tubulação de chegada deve ser instalada para que a água entre pelo ponto mais alto (reduzir a variação de altura manométrica). c) Formas dos reservatórios Para os reservatórios enterrados, semi-enterrados e apoiados, predominam as formas circulares e retangulares (não existe restrição quanto à forma dos reservatórios). é normalmente utilizado como O reservatório circular reservatório apoiado. para reservatório O reservatório retangular é utilizado enterrado, semi-enterrado e apoiado. É comum construir esses reservatórios divididos em duas câmaras por uma parede interna. Sobre aspecto estrutural, a forma cilíndrica é a mais ecnômica. Reservatórios Apoiados Reservatórios Semi-Enterrados Reservatórios Elevados Reservatórios Elevados d) materiais de construção Os reservatórios de maior porte são usualmente construídos de concreto armado e, menos freqüentemente, aço, alvenaria estrutural e concreto protendido. Os reservatórios elevados de menor porte são também construídos em argamassa armada, fibra de vidro e aço. Em reservatórios de concreto armado, dispõe-se camada de brita ou argila expandida sobre a laje de cobertura para reduzir os efeitos de dilatação nos períodos mais quentes do ano. Capacidade dos reservatórios Leva em consideração: Volume para atender às variações de consumo de água; Volume para combate a incêndios e Volume para emergências. a) Volume para atender às variações de consumo de água (ou volume útil): esse volume é compreendido entre o nível máximo (maior nível que pode ser atingido em condições normais de operação) e o nível mínimo (corresponde à lamina para evitar vórtices, cavitação* e arraste de sedimentos do fundo do reservatório). * formação de cavidades (bolhas de vapor ou de gás) num líquido por efeito de uma redução da pressão total O calculo do volume útil é feito considerando-se a adução para o dia de maior consumo (dia mais desfavorável). O cálculo do volume útil pode ser feito quando se dispõe da curva de consumo e também quando não se dispõe da curva de consumo (neste caso, é feita uma hipótese de variação da curva de consumo. Uma delas é admitir a forma senoidal - onda). O calculo do volume útil baseado na curva de consumo pode ser realizado considerando-se a adução continua ou intermitente ao reservatório. Adução continua (vazão constante durante as 24 horas do dia). No tempo t1, a vazão de consumo começa a ultrapassar a vazão de adução, de modo que o reservatório começa a esvaziar, terminando no tempo t2. Entre os intervalos t2 e 24 horas e 24 horas e t1, a adução supera o consumo e o reservatório vai acumulando água em excesso, para cedê-la ao setor no intervalo de tempo t1 e t2. As áreas hachuriadas em tracejado são iguais às áreas não hachuriadas, representando cada uma delas a capacidade mínima do reservatório para atender o consumo normal no dia de consumo máximo. poderá ser determinado através da O volume de reservação seguinte equação: Adução intermitente (adução para um intervalo de tempo de funcionamento de t horas). Ao iniciar o funcionamento da adução, no instante t1 o reservatório irá acumulando os volumes de água até o fim do período de funcionamento no instante t2, em que o nível de água do reservatório atinge o seu valor máximo. A área hachuriada em traços contínuos representa o volume que deve estar disponível no reservatório para que possa ser atendido o consumo de água durante os intervalos de tempo t2 a 24 horas e 24 horas a t1. As áreas hachuriadas com traços interrompidos representa os volumes consumidos durante os intervalos de tempo em que não esta funcionando o sistema adutor. No dia de maior consumo, as duas áreas, correspondentes ao saldo de adução e ao consumo quando a adutora não esta funcionando, são iguais. Cada uma delas representa a capacidade mínima do reservatório para atender os consumos normais do setor de abastecimento. b) Volume adicional para combate a incêndios É necessário quando a capacidade do sistema de abastecimento de água não é suficiente, o que geralmente acontece em sistemas de pequenos e médios portes. Sendo os incêndios um evento de frequência relativamente baixa no Brasil, principalmente em cidades de médios e pequenos portes normalmente não se destina um volume de reservação para o combate a incêndios. c) Volume para emergências As paralisações no sistema de produção de água (captação, elevatórias, ETA), por acidentes de curta duração são relativamente freqüentes, e são consideradas situações de emergência. Não há nenhuma fórmula para se determinar o volume de emergência. A decisão de se considerar um determinado volume para emergência, deverá ser do responsável pelo sistema de abastecimento, pois esse volume depende da vulnerabilidade do sistema. d) Volume de reservação utilizados na elaboração de projetos Para a elaboração de projetos de reservatórios, normalmente se utilizam as recomendações da NBR 12217. Segundo a NBR 21217, não existindo dados suficientes para traçar a curva de variação de consumo, o volume mínimo armazenado será igual ou maior que 1/3 do volume distribuído no dia de maior consumo. Volume total = volume útil + volume para combate a incêndios + volume para emergência Tubulações e órgãos acessórios a) Tubulação de entrada: A entrada de água pode ser feita em qualquer posição da altura do reservatório. Entretanto, duas posições de entrada prevalecem, a entrada acima do nível de água (entrada livre) e a entrada afogada. No Brasil, é usual a entrada livre devido a tradição e a menor complexidade no projeto para a escolha do conjunto moto- bomba. A velocidade da água na tubulação de entrada não deve exceder o dobro da velocidade na adutora que alimenta o reservatório. A entrada de água deve ser dotada de sistema de fechamento por válvula ou comporta, manobrada por dispositivo situado na parte externa do reservatório. No caso de entrada afogada em reservatório de montante, a tubulação de entrada deve ser dotada de dispositivos para impedir o retorno de água. b) Tubulação de saída: A velocidade da água na tubulação de saída não deve exceder uma vez e meia a velocidade na tubulação da rede principal imediatamente a jusante. A saída de água deve ser dotada de sistema de fechamento por válvula ou comporta, manobrada por dispositivo situado na parte externa do reservatório. A saída de água de reservatório é um dos componentes de maior importância, pois é nela que acontece os fenômenos hidráulicos referentes a formação de vórtices (escoamento giratório). A entrada de ar através de vórtices poderá acarretar no sistema de abastecimento de água os seguintes problemas: Diminuição da vazão nas adutoras; Redução da capacidade de armazenamento do reservatório; Diminuição da eficiência e vazão da bomba; Vibração e cavitação da bomba. O procedimento para evitar a formação de vórtices consiste em se considerar uma submergência mínima na saída de água do reservatório. c)Extravasor: os reservatórios devem ser providos de extravasor com capacidade para a vazãomáxima afluente em condições normais de operação. A água de extravasão deve ser encaminhada por conduto livre a um corpo receptor adequado. → Limita o nível máximo de água no reservatório → Recomenda-se uma distância mínima de 0,30m entre o nível máximo e a cobertura → Dimensionado para vazão máxima afluente Extravasor com calha coletora d)Ventilação: Devido à oscilação da lâmina d’água é necessário abertura de ventilação para saída de ar quando a lâmina sobe e a entrada de ar quando a lâmina desce. Isso é feito para evitar os esforços devido ao aumento e diminuição da pressão interna. A vazão de ar para dimensionamento deve ser igual à máxima vazão de saída de água do reservatório. Ventilação deve ser protegida com telas e protegida para evitar a entrada de água de chuva e poeira e) Acesso ao interior do reservatório: Os reservatórios devem ter na sua laje de cobertura aberturas que permitem o fácil acesso ao seu interior, bem como escadas fixadas nas paredes. A abertura mínima deverá medir 0,60m x 0,60 livres f) Descarga de fundo: Inferior à cota da tubulação de saída → Diâmetro mínimo de 150 mm → Dimensionamento em função do tempo de esgotamento (3 a 6 horas) Operação de reservatórios Volume nominal: volume compreendido entre o fundo do reservatório e o nível do extravasor (limite de extravasamento). Limite baixo: nível mínimo do reservatório para que não haja formação de vórtices, entrada de ar na tubulação de saída, ou mau funcionamento da estação elevatória. Limite alto: nível máximo do reservatório para que haja tempo hábil de manobra, evitando que a água atinja o extravasor ou que a bóia de segurança seja acionada. Limite de bóia: nível d'água a partir do qual é acionado o mecanismo de uma bóia que atua localmente no fechamento do reservatório, sendo que a bóia é considerada um recurso de segurança extrema; Limite de extravasamento: lâmina d'água a partir da qual começa a haver perda d'água pelo sistema de extravasamento. Folga: altura correspondente à diferença entre o limite de bóia e o limite alto, e corresponde ao acréscimo de volume entre a emissão do alarme de limite alto e o total fechamento da válvula de controle; Volume útil: volume compreendido entre o limite baixo e o limite alto. Regras operacionais podem ser definidas para otimizar o sistema buscando atender diversos objetivos: Redução dos gastos com energia elétrica. Minimização das falhas no atendimento a demanda. Redução de perdas físicas em função das pressões na rede. Flexibilidade na operação de sistemas com múltiplos reservatórios interligados. ► EXERCÍCIO: Um medidor de vazão registrou as vazões de demanda de água para uma determinada região onde se pretende construir um reservatório. As vazões são apresentadas na Tabela, durante um período de 24 hs sucessivas Pede-se: a)calcule a vazão média (Qentrada) b)Faça o gráfico com a curva de consumo (vazões em função do tempo) c)Elaborar o diagrama de massas (volumes acumulados em função do tempo) d)Elaborar a tabela com os volumes diferenciais e)Calcular o volume útil do reservatório Hora Q saída (l/s) 1 50 2 60 3 70 4 80 5 90 6 120 7 150 8 200 9 300 10 400 11 350 12 300 13 280 14 270 15 250 16 240 17 220 18 210 19 200 20 150 21 120 22 90 23 70 24 60 Média (L/s)= 180,4166667 Média (m³/h)= 649,5 Curva de consumo 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 V az ão ( L/ s) Tempo (h) Q saída (l/s) Q entrada (l/s) Hora Q entrada (m³/h) Q saída (m³/h) Ve acumulado (m³) Vs acumulado (m³) 1 649,5 180 649,5 180 2 649,5 216 1299 396 3 649,5 252 1948,5 648 4 649,5 288 2598 936 5 649,5 324 3247,5 1260 6 649,5 432 3897 1692 7 649,5 540 4546,5 2232 8 649,5 720 5196 2952 9 649,5 1080 5845,5 4032 10 649,5 1440 6495 5472 11 649,5 1260 7144,5 6732 12 649,5 1080 7794 7812 13 649,5 1008 8443,5 8820 14 649,5 972 9093 9792 15 649,5 900 9742,5 10692 16 649,5 864 10392 11556 17 649,5 792 11041,5 12348 18 649,5 756 11691 13104 19 649,5 720 12340,5 13824 20 649,5 540 12990 14364 21 649,5 432 13639,5 14796 22 649,5 324 14289 15120 23 649,5 252 14938,5 15372 24 649,5 216 15588 15588 Como calcular??? 649,5 649,5+ 649,5=1299 1299+649,5=1948,5 ...... Q e = (Q média*3600) 1000 Q e = (Q saída*3600) 1000 Como calcular??? 180 180+216=396 396+252=648 ...... *em cada horário de consumo Diagrama de massas Tabela com os volumes diferenciais Volume útil= Adução integral (24 hs) Adução intermitente (8 - 23hs) Tempo Consumo Adução Saldo Déficit (h) m3/h m3/h m3 m3 1 70 100 30 2 60 100 40 3 55 100 45 4 54 100 46 5 70 100 30 6 79 100 21 7 93 100 7 8 100 100 0 9 128 100 -28 10 140 100 -40 11 148 100 -48 12 150 100 -50 13 145 100 -45 14 138 100 -38 15 125 100 -25 16 120 100 -20 17 110 100 -10 18 100 100 0 19 98 100 2 20 95 100 5 21 88 100 12 22 83 100 17 23 76 100 24 24 75 100 25 100,0 304 -304 Tempo Consumo Adução Déficit Saldo (h) m3/h m3/h m3 m3 1 70 0 -70 2 60 0 -60 3 55 0 -55 4 54 0 -54 5 70 0 -70 6 79 0 -79 7 93 0 -93 8 100 150 50 9 128 150 22 10 140 150 10 11 148 150 2 12 150 150 0 13 145 150 5 14 138 150 12 15 125 150 25 16 120 150 30 17 110 150 40 18 100 150 50 19 98 150 52 20 95 150 55 21 88 150 62 22 83 150 67 23 76 150 74 24 75 0 -75 150,0 -556 556 Ex 2