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Universidade Federal de São Paulo Farmácia - UC Físico-Química Lista de Exercícios 11 Bibliografia: Peter Atkins & Julio de Paula, 8ª edição, volume 2. Físico-Química. 1. Defina molecularidade e diferencie-a de ordem de reação. Molecularidade de uma reação é o número de moléculas que reagem na reação. Pode ser unimolecular, quando uma única molécula se decompõe ou reorganiza seus átomos numa nova configuração. A lei de velocidade de reação para uma reação elementar unimolecular é: 𝐴 → 𝑃 𝑑[𝐴] 𝑑𝑡 = −𝑘[𝐴]. Uma reação bimolecular possui duas moléculas colidindo e trocando seus componentes de energia. Neste caso, a lei de velocidade que a representa é: 𝐴 + 𝐵 → 𝑃 𝑑[𝐴] 𝑑𝑡 = −𝑘[𝐴]. [𝐵] A diferença entre a ordem de reação e a molecularidade é: a primeira é uma grandeza empírica, obtida da lei da velocidade levantada experimentalmente; já a segunda se refere a uma reação elementar que é proposta como uma etapa individual que faz parte de um mecanismo. 2. Deduza a lei de velocidade para a decomposição de N2O5 (Ler: “Reações elementares consecutivas”, Físico-Química, Atkins, cap. 22, vol 2, 8ª ed, pág. 235-236). 2 𝑁2𝑂5(𝑔) → 4 𝑁𝑂2(𝑔) + 𝑂2(𝑔) admitindo o seguinte mecanismo: 𝑁2𝑂5(𝑔) → 𝑁𝑂2(𝑔) + 𝑁𝑂3(𝑔) 𝑘𝑎 𝑁𝑂2(𝑔) + 𝑁𝑂3(𝑔) → 𝑁2𝑂5(𝑔) 𝑘′𝑎 𝑁𝑂2(𝑔) + 𝑁𝑂3(𝑔) → 𝑁𝑂2(𝑔) + 𝑂2(𝑔) + 𝑁𝑂 𝑘𝑏 𝑁2𝑂5(𝑔) + 𝑁𝑂 → 𝑁𝑂2(𝑔) + 𝑁𝑂2(𝑔) + 𝑁𝑂2(𝑔) 𝑘𝑐 1) Identificar os intermediários, ou seja, as espécies químicas que aparecem na etapa de reação, mas não aparecem na reação global. São o NO e o NO3. 2) Igualar a zero todas as velocidades de transformação das concentrações dos intermediários. 𝑑[𝑁𝑂] 𝑑𝑡 = 𝑘𝑏[𝑁𝑂2][𝑁𝑂3] − 𝑘𝑐[𝑁𝑂][𝑁2𝑂5] ≈ 0 𝑑[𝑁𝑂3] 𝑑𝑡 = 𝑘𝑎[𝑁2𝑂5] − 𝑘′𝑎[𝑁𝑂2][𝑁𝑂3] − 𝑘𝑏[𝑁𝑂2][𝑁𝑂3] ≈ 0 A variação da concentração de N2O5 é: Universidade Federal de São Paulo Farmácia - UC Físico-Química 𝑑[𝑁2𝑂5] 𝑑𝑡 = −𝑘𝑎[𝑁2𝑂5] + 𝑘′𝑎[𝑁𝑂2][𝑁𝑂3] − 𝑘𝑐[𝑁𝑂][𝑁2𝑂5] ≈ 0 Substituindo pelas concentrações dos intermediários, dadas pelas equações anteriores, leva a: 𝒅[𝑵𝟐𝑶𝟓] 𝒅𝒕 = −𝟐 𝒌𝒂𝒌𝒃[𝑵𝟐𝑶𝟓] 𝒌′𝒂+𝒌𝒃 . 3. O que é a aproximação do estado estacionário? É uma aproximação matemática para reações químicas, cujo mecanismo de reação seja complexo, e admite que, após um intervalo de tempo inicial, o período de indução, durante o qual as concentrações dos intermediários, I, aumentam a partir de zero, as velocidades de variação das concentrações de todos os intermediários são desprezivelmente pequenas durante a maior parte do tempo de avanço da reação: 𝑑[𝐼] 𝑑𝑡 ≈ 0 4. Qual é a etapa determinante da reação? É a etapa mais lenta em um mecanismo, isto é, com maior energia de ativação, e controla a velocidade global de reação. Porém, além de lenta, ela tem que ser decisiva para a formação dos produtos. 5. Defina: a) Pré-equilíbrio. Considere a reação 𝐴 + 𝐵 ⇋ 𝐼 ⟶ 𝑃, onde o intermediário I atinge o equilíbrio com os reagentes A e B. As constantes de velocidade são ka e k’a para as reações direta e inversa e kb para a etapa final. O pré-equilíbrio ocorre quando o intermediário fica em equilíbrio com os reagentes. Ou seja, quando as velocidades de formação e de decomposição do intermediário são muito maiores do que a velocidade de formação dos produtos. Essa condição só é possível quando k’a >>>> kb. A lei de velocidade desta reação será: 𝑑[𝑃] 𝑑𝑡 = 𝑘[𝐴][𝐵] 𝑘 = 𝑘𝑏𝐾 = 𝑘𝑎𝑘𝑏 𝑘′𝑎 . b) Efeito isotópico cinético. É a diminuição da velocidade de uma reação química provocada pela substituição de um átomo em um reagente por um isótopo mais pesado, facilitando a identificação das quebras de ligação na etapa determinante da velocidade. Um efeito isotópico cinético primário se observa quando a etapa determinante da velocidade requer a quebra de uma ligação que Universidade Federal de São Paulo Farmácia - UC Físico-Química envolve um isótopo. No caso do efeito isotópico cinético secundário é a diminuição da velocidade de reação, mesmo quando a ligação envolvendo o isótopo não é quebrada para formar produto.
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