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ASPECTOS GERAIS DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA Katiuscia Shirota Imada UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE E DO DESPORTO CURSO DE NUTRIÇÃO Vigilância Sanitária • O termo vigilância sanitária tem sua origem na denominação “polícia sanitária”, que a partir do século XVIII era responsável, pelo exercício profissional, combater o charlatanismo, exercer o saneamento, fiscalizar as embarcações, cemitérios e comércios de alimentos – evitar propagação de doenças. • No Brasil, a polícia sanitária, que é a prática mais antiga da saúde pública, surge na época em que vigorava a “teoria dos miasmas”. • Ela se rearticula e se modifica, pelo menos na forma de interpretar os eventos, configuram-se os sistemas de vigilância à saúde, até a incorporação em sua função de controle do conceito de defesa da cidadania, do direito do consumidor. Vigilância Sanitária • Com a ampliação do campo de atuação, pois, ao ganhar a condição de prática capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, torna-se uma prática com poder de interferir em toda a reprodução das condições econômico-sociais e de vida, isto é, em todos os fatores determinantes do processo saúde–doença. • Com a incorporação da noção de meio ambiente, significa mais do que o conjunto de elementos naturais físico-biológicos, mas também as relações sociais do mundo construído pelo homem, abrange o ambiente de trabalho. Vigilância Sanitária • As atribuições e formas de atuar assentadas na fiscalização, na observação do fato, no licenciamento de estabelecimentos, no julgamento de irregularidades e na aplicação de penalidades, funções decorrentes do seu poder de polícia - Características mais conhecidas pela população. • Suas outras características, normativa e educativa, representam um importante passo na evolução de uma consciência sanitária e em sua finalidade de defesa do direito do consumidor e da cidadania. Vigilância Sanitária • Fator decisivo para o fortalecimento de sua face educativa foi o estabelecimento do direito de defesa do consumidor pela Constituição Federal de 1988, consolidado pelo Código de Defesa do Consumidor, regulamentado pela Lei 8.078, de 11 de setembro de 1990. • Esse código nasce a partir da constatação da incapacidade do mercado de consumo de proteger efetivamente, com suas próprias leis, o consumidor. Vigilância Sanitária Vigilância Sanitária • Ao estabelecer como direitos básicos do consumidor a proteção, saúde e segurança contra riscos decorrentes do consumo de produtos ou serviços perigosos e nocivos e o direito à informação clara sobre os produtos e serviços, esse código possibilita a criação de uma nova relação entre Estado, sociedade e Vigilância Sanitária. Vigilância Sanitária Botica Veado D’Ouro Ltda – Medicamento Androcur – indicado para portadores de neoplasias prostáticas Situações vivenciadas pela Vigilância Sanitária em 1997 Situações vivenciadas pela Vigilância Sanitária em 1998 Empresa Schering do Brasil Química e Farmacêutica Ltda. Criação ANVISA • Ambos episódios contribuíram para substituição da Secretaria de Vigilância Sanitária do MS, para Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), cujo objetivo é criar uma burocracia estável para o setor da saúde. • Em janeiro de 1999 foi promulgada a Lei n. 9.782, que define o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária e cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, cujo art. 1º refere: • O Sistema Nacional de Vigilância Sanitária compreende o conjunto de ações definido pelo § 1º do art. 6º e pelos arts. 15 a 18 da Lei n. 8.080 de 19/09/1990, executado por instituições da Administração Pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que exerçam atividades de regulação, normatização, controle e fiscalização na área de vigilância sanitária. ANVISA • Está vinculada ao MS, como agência reguladora, caracterizada pela independência administrativa, estabilidade de seus dirigentes e autonomia financeira. • A gestão da Anvisa é responsabilidade de uma diretoria colegiada, composta de 5 membros, o diretor-presidente, quatro diretores e cinco adjuntos de diretor. Organograma ANVISA Missão • Promover e proteger a saúde da população e intervir nos riscos decorrentes da produção e do uso de produtos e serviços sujeitos à vigilância sanitária, em ação coordenada com os estados, os municípios e o Distrito Federal, de acordo com os princípios do Sistema Único de Saúde, para a melhoria da qualidade de vida da população brasileira. Valores • • Ética e responsabilidade como agente público. • Capacidade de articulação e integração. • Excelência na gestão. • Conhecimento como fonte para a ação. • Transparência. • Responsabilização. Visão • Ser legitimada pela sociedade como uma instituição integrante do Sistema Único de Saúde, ágil, moderna e transparente, de referência nacional e internacional na regulação e no controle sanitário. Competências • Ações sobre meio ambiente: edificação e parcelamento do solo, saneamento, saúde ambiental, piscina; • Circulação de bens – produtos relacionados à saúde: medicamentos, alimentos, cosméticos, correlatos, saneantes domissanitários e agrotóxicos, água mineral e de fontes; • Produção – serviços saúde: odontológico, clínico – terapêutico, médico – hospitalar, radiação , hemoterapia; • Vigilância sanitária do trabalho: análise e risco, orientação e organização no trabalho, condutas de trabalho no setor público. Ações sobre o Meio Ambiente Objetivos: • Saneamento do meio visando à promoção da saúde pública e prevenção da ocorrência de condições ambientais desfavoráveis, decorrentes do uso e parcelamento do solo, das edificações, de piscinas e dos sistemas coletivos de saneamento básico em logradouros públicos. • Controle dos efeitos na saúde individual ou coletiva decorrentes do processo produtivo, no ambiente de trabalho ou fora dele. • Licenciamento e cadastramento de estabelecimentos, habitações, locais e entidades abrangidas no campo de atuação do município. • Aprovação de projetos e de obras em geral, em complementação às ações do município. • Ações e comentários Estabelecimentos prestadores de serviços de assistência médica; lavanderias, barbearias e afins; estabelecimentos veterinários; escolas • Ex1: Reforma de um hospital. • Ex2: Edificação da escola (ventilação, iluminação, escadas, proteção janelas. Instalações sanitárias e refeitório). • Ex3: Lavanderias e tinturarias. Estabelecimentos industriais, comerciais e de trabalho • Ex1: segurança dos trabalhadores, aos consumidores e estrutura física (elétrico, hidráulico e gás). 11/06/1996 - matou 42 pessoas e feriu 372 Ações e comentários Cemitérios, necrotérios e velórios: localização é importante, atentar a fatores para o tipo e inclinação de solo e profundidade do nível freático. • Apesar da maior ocorrência de bactérias, enterovírus e adenovírus – capazes a atingir grandes profundidades. • Íons bicarbonato, cloreto, sódio, cálcio, ferro, alumínio, chumbo e zinco. Necrotérios ou institutos de medicina legal, preocupação localização dessas instalações, disciplinamento do fluxo de pessoas (visitantes e pessoal técnico) e destinação dos contaminantesambientais. Velórios, importante atentar para as dependências físicas e para circulação de pessoas para evitar aglomeração, propiciando saturação do ar por microrganismos. Ações e comentários Habitações e anexos, construções e reformas de prédios; hotéis, motéis, pensões e afins; acampamentos e estâncias; locais de reunião, atividade de lazer, religião ou esporte • Ex: Estâncias e hotéis-fazenda, devem ser inspecionados, segurança, higiene das instalações, refeitórios e cozinhas, piscinas (qualidade e tratamento da água). • Água, esgoto, lixo e resíduos: captação da água de abastecimento, seu tratamento e distribuição; Coleta e destinação de resíduos sólidos (degradação da imagem, maus odores e proliferação de insetos e roedores). Ações e comentários Ações e comentários Vetores e animais sinantrópicos • Entre os sinantrópicos destacam-se 3 grandes grupos: • Morcegos – transmissor da raiva e outras doenças, prejuízos nas habitações; • Pombos – causam problemas devidos seus excrementos, as fezes podem veicular agentes de doenças ao homem, como a criptococose e enteroparitoses; • Roedores – problema crônico, necessitam de 3As, causam prejuízos econômicos, responsáveis por transmissão de leptospirose (urina) e a pulga (peste). Vetores – destacam-se mosquitos (leishimaniose, dengue, febre amarela). Ações e comentários • Para esclarecer sobre a importância dos vetores prejudiciais à saúde, a Anvisa divulgou a RDC 175/2003: “Regulamento Técnico de Avaliação de Matérias Macroscópicas e Microscópicas Prejudiciais à Saúde Humana em Alimentos Embalados”. Ações e comentários Circulação de Bens – produtos relacionados à saúde Objetivos: • Fiscalização do exercício das profissões relacionadas à produção e comercialização de medicamentos, alimentos, água minerais, cosméticos, saneantes domissanitários, correlatos e de outros produtos de interesse da saúde. • Fiscalização das entidades e dos estabelecimentos que produzem, comercializam, distribuem, armazenam e/ou aplicam os produtos citados anteriormente. • Licenciamento e cadastramento dos profissionais, estabelecimentos entidades que produzem, comercializam e/ou aplicam esses produtos. • Controle, em consonância com a vigilância epidemiológica, dos efeitos desses produtos. Ações Medicamentos, matérias-primas, drogas, dietéticos e embalagens; exercício da farmácia e ocupações afins. • Vigilância do comércio de medicamentos – falsificação, violação das embalagens com alteração do conteúdo e vencimento do prazo de validade. • Farmácia de manipulação, responsabilidade da vigilância é maior, devido a qualidade das matérias-primas, manipulação e formulação do produto final. • Fiscalização do exercício profissional dos responsáveis pelos estabelecimentos. • Procedimentos endoscópicos, podem requerer variados graus de sedação dos pacientes, o medicamento empregado não deve provocar efeitos adversos, particularmente relacionados à superdosagem e às interações potenciais com outros medicamentos, bem como sua formulação deverá apresentar boas práticas de manipulação. • A lindocaína, amplamente utilizada, no sul da Bahia, em agosto de 2005, causou: Ações Ações • Anvisa determinou a proibição do uso de lindocaína na forma líquida (solução oral) para uso interno e na forma de spray que não fossem das empresas interditadas. Ações Ações • Preocupação da vigilância com os denominados produtos dietéticos. • Dietético não significa ausência de açúcar – uma redução do teor de açúcar e o rótulo ao omitir essa informação pode induzir o usuário a adquirir o produto e fornecê-lo a diabéticos. Ações • Problema da manipulação artesanal – como forma de alternativa de renda. • Substituição de componentes da fórmula. • Riscos à saúde dos usuários, podendo ser desde ausência de efeitos até choque anafilático em pessoas alérgicas aos princípios da “fórmula”. Ações Alimentos e similares, matéria-primas, alimentos in natura, embalagens; profissões e ocupações. • Alimentos grande preocupação da vigilância sanitária – fiscalização nos estabelecimentos que comercializam alimentos industrializados e in natura. • Refeições comerciais ou industriais. • Supermercados, açougues, mercearias, peixarias, avícolas, frutarias e feiras livres. • Refeitórios de indústrias, creches e escolas, restaurantes, bares, lanchonetes, fast-food, padarias e sorveterias, etc. • Adequação, conservação e a higiene das instalações e dos equipamentos, os técnicos responsáveis pelos estabelecimentos, a origem e a qualidade da matérias-primas e o grau de conhecimento e preparo dos manipuladores. Ações • Matérias-primas de origem animal, devem ser de fornecedores idôneos e fiscalizados pelos SIF ou SIE. • Produtos clandestinos expõem a população a grades riscos de contrair doenças de caráter zoonótico, destacando a tuberculose, cisticercose e a salmonelose. • Modismos ou hábitos culturais – consumo de produtos crus, registrou em 2005, casos de difilobotríase causados pela tênia Diphyllobothrium latum do salmão e outras variedades de peixes no sudeste do país (SP). Ações SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA DE CONTROLE DE DOENÇAS Centro de Vigilância Epidemiológica "Prof. Alexandre Vranjac" Divisão de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar Tel. 0xx 11 3081-9804 Fax 3066-8258 • A difilobotríase é uma doença causada pelo cestódio Diphyllobothrium, conhecida como das maiores que parasitam o homem (atinge cerca de 10 metros de comprimento no intestino delgado),e como a tênia do peixe, pois só é transmitida ao homem através da ingestão de peixes crus, mal cozidos ou defumados em temperatura inadequada. • A doença pode ser assintomática (a grande maioria), variando de leve, moderada a mais severa, apresentando dor e desconforto abdominal, flatulência, náusea, vômito, diarreia intermitente, emagrecimento, e às vezes anemia megaloblástica por carência de vitamina B12 (a parasitose interfere na absorção intestinal dessa vitamina). Em alguns casos mais graves, porém raros, pode ocorrer obstrução intestinal e do ducto biliar. • Essa parasitose intestinal é considerada problema de saúde pública, não apenas por causar transtornos aos pacientes, mas por apresentar um grande número de casos assintomáticos (80%), e os indivíduos permanecerem eliminando os ovos enquanto não forem tratados. Dependendo das condições de saneamento básico, pode, por isso, disseminar-se para rios, lagos e mares, contaminando os peixes locais. Ações • A prevenção é simples: ingestão do peixe bem cozido ou o congelamento prévio do peixe a - 20º C, por 7 dias, o que torna todos os tipos de peixes seguros, inativando não somente o Diphyllobothrium, mas outros parasitas de peixes. Produtos de origem animal, ingeridos cru, apesar de medidas sanitárias exercidas nos criadouros/fazendas, nem sempre estão isentos de algum tipo de patógeno, devendo por isso serem conservados refrigerados, congelados ou cozidos à temperatura indicada pelo fabricante/produtor ou pelas autoridades sanitárias, para prevenir casos, surtos ou endemias. Ações • Preocupação com a manipulação artesanal e com vendedores ambulantes deve exigir uma constante e intensa fiscalização. • Matérias-primas de qualidade duvidosa e condições higiênicas precárias. • Em março de 2005, doença de chagas transmitida por caldo de cana em quiosque à beira da BR – 101, em Santa Catarina.• Local de venda e preparo improvisados sem condições higiênico-sanitárias, manipuladores despreparados, não higienização prévia da matéria-prima, falta de manutenção da máquina de trituração e acúmulo de sujeira foram os fatores determinantes do surto. Ações Ações • No mesmo período, no Amapá, o açaí, possivelmente triturado com o vetor ou contaminado com suas fezes, causou no mínimo 29 infecções confirmadas. • Apesar de todos os incidentes amplamente divulgados e documentados pelas autoridades de saúde, a população continua a se utilizar desses serviços. • A situação econômica do país e altos índices de desemprego colaboram para proliferação de vendedores informais. Ações Ações Ações Cosméticos, produtos de toucador e de higiene pessoal, perfumes e similares, embalagens; profissões e ocupações. • Valem as mesmas considerações dos medicamentos, destacando a importância da procedência dos materiais, embalagens, rótulos e dos responsáveis pela sua fabricação. Ações Correlatos: produtos dietéticos, ópticos, de acústica, odontológicos e outros; profissões e ocupações. • Incluídos: aparelhos ortodônticos, dentaduras, pontes e próteses; dispositivos para melhorar a capacidade auditiva de pessoas com deficiência; óculos e lentes de contato – fiscalização dos fabricantes. Ações Ações • Produtos dietéticos, amplamente consumidos por pessoas com tendência à obesidade, obesos ou diabéticos – evitar que os consumidores paguem caro por produtos que não atendam as suas necessidades. Ações • Saneantes domissanitários e agrotóxicos; profissões e ocupações. • Vendas de produtos de limpeza, sem inspeção dos órgãos públicos. Ações • Agrotóxicos – problema de saúde pública, usados tantos nos produtos agrícolas, combate às pragas, quanto aos animais destinados ao abate. • Há um grande número de produtos proibidos, como mercuriais e DDT. • O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo, o uso abusivo causa problema de saúde para os trabalhadores e consumidores. • Desde 2001, a Anvisa tem monitorado os alimentos vegetais mais consumidos (IBGE), pelo Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA). Ações • Colaboração da Vigilâncias Sanitárias de todos os estados e o Instituto Octávio Magalhães (MG), Laboratório Central do Paraná e do Eurofins (SP), em 2009, analisar 1.130 amostras de 20 diferentes produtos vegetais. • 907 amostras (28%) insatisfatórias, encontrados valores de agrotóxicos acima do limite máximo de resíduos em 88 (2,8%), utilização de agrotóxicos não autorizados em 744 (23,8%). • 32 amostras do total apresentaram substâncias banidas do Brasil ou nunca registradas: heptacloro, clortiofós, dieldrina, mirex, parationa-etílica, monocrotofós e azinfós- metílico. Ações Os produtos com maiores níveis de contaminação foram: • Pimentão (80%), pepino (54,8%), morango (50,8%), couve (44,2%), abacaxi (44,1%). Ações Águas minerais, de fontes e potáveis de mesa. • Deve estar atenta a idoneidade das águas minerais distribuídas para consumo da população, verificando a origem, composição, rótulo e responsáveis técnicos. • Deve zelar pela qualidade das fontes existentes no município, sobretudo nos riscos de contaminação e / ou poluição dos lençóis freáticos. • Controle de qualidade deve ser executado frequentemente, nos laboratórios da rede pública. Ações Serviços de Saúde – 16/12/2013 Objetivos: • Fiscalização do exercício das profissões relacionadas à saúde e dos estabelecimentos de serviços médico – hospitalares, clínicos, diagnósticos, preventivos ou terapêuticos e outros. • Fiscalização do exercício profissional de odontologia, das profissões e dos estabelecimentos de prestação desses serviços. • Fiscalização e controle do uso de dispensa de medicamentos controlados nos estabelecimentos sujeitos à fiscalização. • Fiscalização e controle de radiações. • Fiscalização e controle dos órgãos executores de atividade hemoterápica, hemodiálise e diálise peritoneal. • Licenciamento e cadastramento dos profissionais, estabelecimentos e entidades prestadoras de serviços à saúde. Serviços de Saúde Ações e comentários Hospitais, prontos-socorros, ambulatórios, clínicas especializadas, casas de repouso para idosos e entidades afins. • Fiscalizar: todo serviço de saúde, condições e nível técnico do pessoal especializado. • Verificar: médico plantonista, substituído por pessoal da enfermagem ou estagiários. • Em clínicas especializadas, como centro de estética (rejuvenescimento). • Centros de emagrecimento e procedimentos de lipoaspiração. • Uso de anabolizantes. • Casas de idosos e serviços para especiais: aspectos relacionados às instalações, funcionalidade e higiene para cardápios prescritos aos internados. • Visitação assídua de médico especialista e manutenção do corpo de enfermagem. • Exige-se responsável. Ações e comentários Atividades diagnósticas ou terapêuticas: laboratórios ou institutos, fisioterapia e massagem, endoscopia e entidades afins. • Análises Clínicas: em SP, amostras de fezes contendo parasitas foram submetidas a vários laboratórios, obtidos diversos resultados. Também refrigerante (guaraná) recebido como urina. • Controle periódico das instituições, avaliação do pessoal técnico e de seus responsáveis. • Serviços de fisioterapia e de massagem: qualificação de pessoal, a fim de evitar “procedimento padrão”. Ações e comentários • Reutilização indevidas de sondas nasogástricas e outros equipamentos destinados à endoscopia, sem cuidados na higiene e esterilização. Consultórios e clínicas, prontos-socorros e institutos de odontologia. • Fiscalização do exercício profissional. Institutos abreugráficos e radiológicos e outros tipos de radiação. • Exame não identificava os possíveis portadores de pneumopatias. Ações e comentários • Em setembro de 1987, em Goiânia, catadores de sucata vasculharam antigas instalações do Instituto Goiano de Radioterapia. • Encontraram um cápsula abandonada, com pó azulado, insípido e inodoro – césio 137. • Até 2002 atingiu cerca de 429 vítimas, morreram 4 pessoas inclusive criança de 6 anos. • De acordo com a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), além das vítimas fatais, 112.800 pessoas tiveram que ser monitoradas e 129 apresentaram contaminação corporal interna e externa, destas 49 foram internadas e 21 necessitaram de tratamento intensivo, 1994, ocorreu outro óbito. Ações e comentários • Atualmente , muitos sobreviventes sofrem de câncer, problemas de ordem digestiva, hipertensão e distúrbios psicológicos. • Em 2004, estima-se que 5 mil pessoas, incluindo familiares das vítimas tenham sofrido contaminação, mas apenas 614 sobreviventes recebem algum tipo de assistência do governo. • Denúncias de doenças graves como câncer, tumores no cérebro, degeneração da parede intestinal e cardiopatias. Ações e comentários Banco de sangue, postos de coleta, agências transfusionais, bancos de órgãos e afins. • Doença de Chagas (Trypanossoma cruzi): abril de 2000, no Vale do Jequitinhonha, região pobre de MG, transfusões de emergência braço a braço, não havia hemocentro funcionando nas proximidades. • Outras preocupações, vírus da imunodeficiência adquirida (HIV), hepatites virais e própria sífilis. • Ações rígidas para garantira qualidade do sangue, os responsáveis devem ser profissionais qualificados para essas atividades. Ações e comentários Ações e comentários Vigilância Sanitária do Trabalho Objetivos: • Controle dos efeitos na saúde individual ou coletiva decorrentes do processo produtivo no ambiente de trabalho, emissão de pareceres técnicos. • Cadastramento de locais de trabalho, orientação e organização das comissões internas nos locais de trabalho – promoção da saúde e prevenção de doenças e acidentes. • Integração com sindicatos, órgãos e entidades relacionadas à área, atividades educativas e de organização do trabalho. • Orientação referente à legislação específica e aos dissídios coletivos de trabalho, supervisão e normatização das ações e órgãos previstos em lei (s). Projetos de diagnóstico e / ou controle de risco individual ou coletivo: reconhecimento e avaliação dos riscos no trabalho com a finalidade de preservar a integridade física e mental dos trabalhadores. • No campo, grande preocupação é aplicação de agrotóxicos pelos trabalhadores rurais. Em 2005, Seminário Nacional de Agrotóxicos, Saúde e Meio Ambiente. • Direito Humanos para Ambientes (Lia G. da Silva Augusto), em 2006, “não adianta obrigar o trabalhador utilizar roupas enormes e impermeáveis, debaixo de um sol de meio-dia, pois isso também vai gerar um problema de saúde que pode ser até pior”. Ações e comentários • A preocupação do Ministério do Trabalho abrange não só os que manipulam e aplicar os produtos na lavoura, mas também os encarregados pela limpeza dos equipamentos, uma vez que podem transportar resíduos tóxicos em suas roupas. Deve-se fiscalizar: • A utilização das substâncias deletérias à saúde, caso de fábricas de pisos à base de amianto, causador de processos respiratórios crônicos (asbestose). • Asbestose: doença causada pela aeração do pó de amianto, também chamado de asbesto. É uma tentativa de cicatrização do tecido pulmonar, causada pelas fibras minerais de silicatos do asbesto. A asbestose é uma formação extensa de tecido cicatricial nos pulmões. Ações e comentários Ações e comentários Raio-X do peito com asbestose mostra placas sobre o diafragma • Profissionais das empresas de dedetização, expostos a venenos para controle de pragas sem orientação técnica adequada. • Compete a vigilância a fiscalização de equipamentos de proteção individual (EPI): óculos, máscaras de proteção para soldadores; protetores auriculares; capacetes; luvas de malha de aço; botas de borracha para limpadores de bueiros. Ações e comentários Capacitação e treinamento de funcionários. • A vigilância deve: • Organizar cursos de segurança sobre segurança do trabalho, utilização de EPI, primeiro socorros, procedimentos no caso de incêndio, desmoronamento e explosões. • Fornecer treinamento de pessoal para trabalhar com produtos alimentícios, principalmente os manipuladores, destacando as regras básicas de higiene, asseio corporal e manuseio de alimentos. Ações e comentários Ações e comentários Aplicação da legislação pertinente. • Fazer cumprir a legislação em vigor, mediante ação fiscalizadora dos estabelecimentos industriais e comerciais. Acompanhamento e incorporação dos acordos coletivos de trabalho. • Jornada de trabalho e os seus benefícios, tais como: creche, refeitório, convênio de saúde... Condutas de trabalho no serviço público junto às secretarias municipais e autarquias. • Supervisão dos funcionários no desempenho de funções que possam causar prejuízo à comunidade. Ações e comentários Conclusões Capacitação de RH constitui um dos objetivos da Anvisa. • Cursos de especialização em todo país para capacitar os profissionais de nível superior, para atuarem como agentes multiplicadores. • Implantação de Centros Colaboradores de Vigilância Sanitária (Cecovisas), conjunto de estratégias com objetivo de estabelecer parcerias com instituições públicas de ensino e de fomento à pesquisa, visando a formação de recursos humanos no campo da vigilância sanitária. • Traz referências de todas as áreas de atuação da Anvisa: agrotóxicos e toxicologia, alimentos, cosméticos, derivados do tabaco, farmacovigilância, inspeção, medicamentos, monitoração de propaganda, portos, aeroportos e fronteiras, produtos para saúde, rede brasileira de laboratórios analíticos de saúde, regulação de mercado, relações internacionais e saneantes. • Permite colher informações atualizadas sobre a legislação, consultas públicas, é possível consultar a ouvidoria da agência e acessar o atendimento ao usuário. • Uso do Visalegis. • Pesquisas em agrotóxicos em alimentos vegetais – alerta a sociedade. Conclusões • As perspectiva são promissoras, aumentam a massa crítica e ao divulgar as ações da vigilância propicia a formação de uma consciência coletiva. • Na área de alimentos, representa uma verdadeira estratégia de segurança nacional. Conclusões Referência • GERMANO, P. M. L.; GERMANO, M. I. S. Higiene e Vigilância Sanitária de Alimentos: Qualidade das matérias-primas, doenças transmitidas por alimentos, treinamento de recursos humanos. 4. ed. Barueri, São Paulo: Manole, 2011.
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