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Aula 03 - Vigilância Sanitária e Proteção da saúde

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ASPECTOS GERAIS DA 
VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
Katiuscia Shirota Imada 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE E DO DESPORTO 
CURSO DE NUTRIÇÃO 
Vigilância Sanitária 
• O termo vigilância sanitária tem sua origem na 
denominação “polícia sanitária”, que a partir do século 
XVIII era responsável, pelo exercício profissional, 
combater o charlatanismo, exercer o saneamento, 
fiscalizar as embarcações, cemitérios e comércios de 
alimentos – evitar propagação de doenças. 
 
• No Brasil, a polícia sanitária, que é a prática mais antiga 
da saúde pública, surge na época em que vigorava a 
“teoria dos miasmas”. 
• Ela se rearticula e se modifica, pelo menos na forma de 
interpretar os eventos, configuram-se os sistemas de 
vigilância à saúde, até a incorporação em sua função de 
controle do conceito de defesa da cidadania, do direito do 
consumidor. 
 
Vigilância Sanitária 
• Com a ampliação do campo de atuação, pois, ao ganhar 
a condição de prática capaz de eliminar, diminuir ou 
prevenir riscos decorrentes do meio ambiente, da 
produção e circulação de bens e da prestação de 
serviços de interesse da saúde, torna-se uma prática com 
poder de interferir em toda a reprodução das condições 
econômico-sociais e de vida, isto é, em todos os fatores 
determinantes do processo saúde–doença. 
• Com a incorporação da noção de meio ambiente, 
significa mais do que o conjunto de elementos naturais 
físico-biológicos, mas também as relações sociais do 
mundo construído pelo homem, abrange o ambiente de 
trabalho. 
Vigilância Sanitária 
• As atribuições e formas de atuar assentadas na 
fiscalização, na observação do fato, no licenciamento de 
estabelecimentos, no julgamento de irregularidades e na 
aplicação de penalidades, funções decorrentes do seu 
poder de polícia - Características mais conhecidas pela 
população. 
• Suas outras características, normativa e educativa, 
representam um importante passo na evolução de uma 
consciência sanitária e em sua finalidade de defesa do 
direito do consumidor e da cidadania. 
Vigilância Sanitária 
• Fator decisivo para o fortalecimento de sua face 
educativa foi o estabelecimento do direito de defesa do 
consumidor pela Constituição Federal de 1988, 
consolidado pelo Código de Defesa do Consumidor, 
regulamentado pela Lei 8.078, de 11 de setembro de 
1990. 
• Esse código nasce a partir da constatação da 
incapacidade do mercado de consumo de proteger 
efetivamente, com suas próprias leis, o consumidor. 
 
Vigilância Sanitária 
Vigilância Sanitária 
• Ao estabelecer como direitos básicos do consumidor a 
proteção, saúde e segurança contra riscos decorrentes 
do consumo de produtos ou serviços perigosos e nocivos 
e o direito à informação clara sobre os produtos e 
serviços, esse código possibilita a criação de uma nova 
relação entre Estado, sociedade e Vigilância Sanitária. 
Vigilância Sanitária 
Botica Veado D’Ouro Ltda – Medicamento Androcur – indicado 
para portadores de neoplasias prostáticas 
Situações vivenciadas pela Vigilância 
Sanitária em 1997 
Situações vivenciadas pela Vigilância 
Sanitária em 1998 
Empresa Schering do Brasil Química e Farmacêutica Ltda. 
 
Criação ANVISA 
• Ambos episódios contribuíram para substituição da 
Secretaria de Vigilância Sanitária do MS, para Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), cujo objetivo é 
criar uma burocracia estável para o setor da saúde. 
• Em janeiro de 1999 foi promulgada a Lei n. 9.782, que 
define o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária e cria a 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária, cujo art. 1º refere: 
• O Sistema Nacional de Vigilância Sanitária compreende o 
conjunto de ações definido pelo § 1º do art. 6º e pelos arts. 
15 a 18 da Lei n. 8.080 de 19/09/1990, executado por 
instituições da Administração Pública direta e indireta da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, 
que exerçam atividades de regulação, normatização, 
controle e fiscalização na área de vigilância sanitária. 
ANVISA 
• Está vinculada ao MS, como agência reguladora, 
caracterizada pela independência administrativa, 
estabilidade de seus dirigentes e autonomia financeira. 
• A gestão da Anvisa é responsabilidade de uma diretoria 
colegiada, composta de 5 membros, o diretor-presidente, 
quatro diretores e cinco adjuntos de diretor. 
 
Organograma ANVISA 
Missão 
• Promover e proteger a saúde da 
população e intervir nos riscos 
decorrentes da produção e do uso 
de produtos e serviços sujeitos à 
vigilância sanitária, em ação 
coordenada com os estados, os 
municípios e o Distrito Federal, de 
acordo com os princípios do 
Sistema Único de Saúde, para a 
melhoria da qualidade de vida da 
população brasileira. 
 
Valores 
• • Ética e responsabilidade como agente 
público. 
• Capacidade de articulação e 
integração. 
• Excelência na gestão. 
• Conhecimento como fonte para a ação. 
• Transparência. 
• Responsabilização. 
Visão 
• Ser legitimada pela sociedade 
como uma instituição 
integrante do Sistema Único 
de Saúde, ágil, moderna e 
transparente, de referência 
nacional e internacional na 
regulação e no controle 
sanitário. 
Competências 
• Ações sobre meio ambiente: edificação e parcelamento 
do solo, saneamento, saúde ambiental, piscina; 
• Circulação de bens – produtos relacionados à saúde: 
medicamentos, alimentos, cosméticos, correlatos, 
saneantes domissanitários e agrotóxicos, água mineral e 
de fontes; 
• Produção – serviços saúde: odontológico, clínico – 
terapêutico, médico – hospitalar, radiação , hemoterapia; 
• Vigilância sanitária do trabalho: análise e risco, 
orientação e organização no trabalho, condutas de 
trabalho no setor público. 
 
Ações sobre o Meio Ambiente 
Objetivos: 
• Saneamento do meio visando à promoção da saúde pública e 
prevenção da ocorrência de condições ambientais 
desfavoráveis, decorrentes do uso e parcelamento do solo, 
das edificações, de piscinas e dos sistemas coletivos de 
saneamento básico em logradouros públicos. 
• Controle dos efeitos na saúde individual ou coletiva 
decorrentes do processo produtivo, no ambiente de trabalho 
ou fora dele. 
• Licenciamento e cadastramento de estabelecimentos, 
habitações, locais e entidades abrangidas no campo de 
atuação do município. 
• Aprovação de projetos e de obras em geral, em 
complementação às ações do município. 
• 
Ações e comentários 
Estabelecimentos prestadores de serviços de 
assistência médica; lavanderias, barbearias e afins; 
estabelecimentos veterinários; escolas 
• Ex1: Reforma de um hospital. 
• Ex2: Edificação da escola (ventilação, iluminação, 
escadas, proteção janelas. Instalações sanitárias e 
refeitório). 
• Ex3: Lavanderias e tinturarias. 
Estabelecimentos industriais, comerciais e de trabalho 
• Ex1: segurança dos trabalhadores, aos consumidores e 
estrutura física (elétrico, hidráulico e gás). 
11/06/1996 - matou 42 pessoas e feriu 372 
 
Ações e comentários 
Cemitérios, necrotérios e velórios: localização é importante, 
atentar a fatores para o tipo e inclinação de solo e profundidade 
do nível freático. 
• Apesar da maior ocorrência de bactérias, enterovírus e 
adenovírus – capazes a atingir grandes profundidades. 
• Íons bicarbonato, cloreto, sódio, cálcio, ferro, alumínio, chumbo 
e zinco. 
Necrotérios ou institutos de medicina legal, preocupação 
localização dessas instalações, disciplinamento do fluxo de 
pessoas (visitantes e pessoal técnico) e destinação dos 
contaminantesambientais. 
Velórios, importante atentar para as dependências físicas e 
para circulação de pessoas para evitar aglomeração, 
propiciando saturação do ar por microrganismos. 
 
 
Ações e comentários 
Habitações e anexos, construções e reformas de 
prédios; hotéis, motéis, pensões e afins; 
acampamentos e estâncias; locais de reunião, 
atividade de lazer, religião ou esporte 
• Ex: Estâncias e hotéis-fazenda, devem ser 
inspecionados, segurança, higiene das instalações, 
refeitórios e cozinhas, piscinas (qualidade e tratamento 
da água). 
• Água, esgoto, lixo e resíduos: captação da água de 
abastecimento, seu tratamento e distribuição; Coleta e 
destinação de resíduos sólidos (degradação da imagem, 
maus odores e proliferação de insetos e roedores). 
Ações e comentários 
 
Ações e comentários 
Vetores e animais sinantrópicos 
• Entre os sinantrópicos destacam-se 3 grandes grupos: 
• Morcegos – transmissor da raiva e outras doenças, 
prejuízos nas habitações; 
• Pombos – causam problemas devidos seus excrementos, 
as fezes podem veicular agentes de doenças ao homem, 
como a criptococose e enteroparitoses; 
• Roedores – problema crônico, necessitam de 3As, 
causam prejuízos econômicos, responsáveis por 
transmissão de leptospirose (urina) e a pulga (peste). 
Vetores – destacam-se mosquitos (leishimaniose, dengue, 
febre amarela). 
Ações e comentários 
• Para esclarecer sobre a importância dos vetores 
prejudiciais à saúde, a Anvisa divulgou a RDC 175/2003: 
“Regulamento Técnico de Avaliação de Matérias 
Macroscópicas e Microscópicas Prejudiciais à Saúde 
Humana em Alimentos Embalados”. 
 
Ações e comentários 
Circulação de Bens – produtos 
relacionados à saúde 
Objetivos: 
• Fiscalização do exercício das profissões relacionadas à 
produção e comercialização de medicamentos, alimentos, 
água minerais, cosméticos, saneantes domissanitários, 
correlatos e de outros produtos de interesse da saúde. 
• Fiscalização das entidades e dos estabelecimentos que 
produzem, comercializam, distribuem, armazenam e/ou 
aplicam os produtos citados anteriormente. 
• Licenciamento e cadastramento dos profissionais, 
estabelecimentos entidades que produzem, comercializam 
e/ou aplicam esses produtos. 
• Controle, em consonância com a vigilância epidemiológica, 
dos efeitos desses produtos. 
Ações 
Medicamentos, matérias-primas, drogas, dietéticos e 
embalagens; exercício da farmácia e ocupações afins. 
• Vigilância do comércio de medicamentos – falsificação, 
violação das embalagens com alteração do conteúdo e 
vencimento do prazo de validade. 
• Farmácia de manipulação, responsabilidade da vigilância 
é maior, devido a qualidade das matérias-primas, 
manipulação e formulação do produto final. 
• Fiscalização do exercício profissional dos responsáveis 
pelos estabelecimentos. 
• Procedimentos endoscópicos, podem requerer variados 
graus de sedação dos pacientes, o medicamento 
empregado não deve provocar efeitos adversos, 
particularmente relacionados à superdosagem e às 
interações potenciais com outros medicamentos, bem 
como sua formulação deverá apresentar boas práticas de 
manipulação. 
• A lindocaína, amplamente utilizada, no sul da Bahia, em 
agosto de 2005, causou: 
 
 
Ações 
 
Ações 
• Anvisa determinou a proibição do uso de 
lindocaína na forma líquida (solução oral) para 
uso interno e na forma de spray que não fossem 
das empresas interditadas. 
Ações 
 
Ações 
• Preocupação da vigilância com os denominados produtos dietéticos. 
• Dietético não significa ausência de açúcar – uma redução do teor de 
açúcar e o rótulo ao omitir essa informação pode induzir o usuário a 
adquirir o produto e fornecê-lo a diabéticos. 
Ações 
• Problema da manipulação artesanal – como forma de 
alternativa de renda. 
• Substituição de componentes da fórmula. 
• Riscos à saúde dos usuários, podendo ser desde 
ausência de efeitos até choque anafilático em pessoas 
alérgicas aos princípios da “fórmula”. 
Ações 
Alimentos e similares, matéria-primas, alimentos in natura, 
embalagens; profissões e ocupações. 
• Alimentos grande preocupação da vigilância sanitária – 
fiscalização nos estabelecimentos que comercializam 
alimentos industrializados e in natura. 
• Refeições comerciais ou industriais. 
• Supermercados, açougues, mercearias, peixarias, avícolas, 
frutarias e feiras livres. 
• Refeitórios de indústrias, creches e escolas, restaurantes, 
bares, lanchonetes, fast-food, padarias e sorveterias, etc. 
• Adequação, conservação e a higiene das instalações e dos 
equipamentos, os técnicos responsáveis pelos 
estabelecimentos, a origem e a qualidade da matérias-primas 
e o grau de conhecimento e preparo dos manipuladores. 
 
 
Ações 
• Matérias-primas de origem animal, devem ser de 
fornecedores idôneos e fiscalizados pelos SIF ou SIE. 
• Produtos clandestinos expõem a população a grades 
riscos de contrair doenças de caráter zoonótico, 
destacando a tuberculose, cisticercose e a salmonelose. 
• Modismos ou hábitos culturais – consumo de produtos 
crus, registrou em 2005, casos de difilobotríase causados 
pela tênia Diphyllobothrium latum do salmão e outras 
variedades de peixes no sudeste do país (SP). 
Ações 
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE 
COORDENADORIA DE CONTROLE DE DOENÇAS 
Centro de Vigilância Epidemiológica "Prof. Alexandre Vranjac" 
Divisão de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar 
Tel. 0xx 11 3081-9804 Fax 3066-8258 
• A difilobotríase é uma doença causada pelo cestódio Diphyllobothrium, conhecida 
como das maiores que parasitam o homem (atinge cerca de 10 metros de 
comprimento no intestino delgado),e como a tênia do peixe, pois só é transmitida ao 
homem através da ingestão de peixes crus, mal cozidos ou defumados em 
temperatura inadequada. 
• A doença pode ser assintomática (a grande maioria), variando de leve, moderada a 
mais severa, apresentando dor e desconforto abdominal, flatulência, náusea, vômito, 
diarreia intermitente, emagrecimento, e às vezes anemia megaloblástica por carência 
de vitamina B12 (a parasitose interfere na absorção intestinal dessa vitamina). Em 
alguns casos mais graves, porém raros, pode ocorrer obstrução intestinal e do ducto 
biliar. 
• Essa parasitose intestinal é considerada problema de saúde pública, não apenas 
por causar transtornos aos pacientes, mas por apresentar um grande número de 
casos assintomáticos (80%), e os indivíduos permanecerem eliminando os ovos 
enquanto não forem tratados. Dependendo das condições de saneamento básico, 
pode, por isso, disseminar-se para rios, lagos e mares, contaminando os peixes locais. 
Ações 
• A prevenção é simples: ingestão do peixe bem cozido ou 
o congelamento prévio do peixe a - 20º C, por 7 dias, o que torna todos 
os tipos de peixes seguros, inativando não somente 
o Diphyllobothrium, mas outros parasitas de peixes. Produtos de origem 
animal, ingeridos cru, apesar de medidas sanitárias exercidas nos 
criadouros/fazendas, nem sempre estão isentos de algum tipo de patógeno, 
devendo por isso serem conservados refrigerados, congelados ou cozidos à 
temperatura indicada pelo fabricante/produtor ou pelas autoridades 
sanitárias, para prevenir casos, surtos ou endemias. 
 
Ações 
• Preocupação com a manipulação artesanal e com 
vendedores ambulantes deve exigir uma constante e intensa 
fiscalização. 
• Matérias-primas de qualidade duvidosa e condições 
higiênicas precárias. 
• Em março de 2005, doença de chagas transmitida por caldo 
de cana em quiosque à beira da BR – 101, em Santa 
Catarina.• Local de venda e preparo improvisados sem condições 
higiênico-sanitárias, manipuladores despreparados, não 
higienização prévia da matéria-prima, falta de manutenção 
da máquina de trituração e acúmulo de sujeira foram os 
fatores determinantes do surto. 
Ações 
 
Ações 
• No mesmo período, no Amapá, o açaí, possivelmente 
triturado com o vetor ou contaminado com suas fezes, 
causou no mínimo 29 infecções confirmadas. 
• Apesar de todos os incidentes amplamente divulgados e 
documentados pelas autoridades de saúde, a população 
continua a se utilizar desses serviços. 
• A situação econômica do país e altos índices de 
desemprego colaboram para proliferação de vendedores 
informais. 
 
Ações 
Ações 
Ações 
Cosméticos, produtos de toucador e de higiene 
pessoal, perfumes e similares, embalagens; profissões 
e ocupações. 
• Valem as mesmas considerações dos medicamentos, 
destacando a importância da procedência dos materiais, 
embalagens, rótulos e dos responsáveis pela sua 
fabricação. 
Ações 
Correlatos: produtos dietéticos, ópticos, de acústica, 
odontológicos e outros; profissões e ocupações. 
• Incluídos: aparelhos ortodônticos, dentaduras, pontes e 
próteses; dispositivos para melhorar a capacidade 
auditiva de pessoas com deficiência; óculos e lentes de 
contato – fiscalização dos fabricantes. 
Ações 
 
Ações 
• Produtos dietéticos, amplamente consumidos por 
pessoas com tendência à obesidade, obesos ou 
diabéticos – evitar que os consumidores paguem caro por 
produtos que não atendam as suas necessidades. 
Ações 
• Saneantes domissanitários e agrotóxicos; profissões e 
ocupações. 
• Vendas de produtos de limpeza, sem inspeção dos 
órgãos públicos. 
 
Ações 
• Agrotóxicos – problema de saúde pública, usados tantos 
nos produtos agrícolas, combate às pragas, quanto aos 
animais destinados ao abate. 
• Há um grande número de produtos proibidos, como 
mercuriais e DDT. 
• O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo, 
o uso abusivo causa problema de saúde para os 
trabalhadores e consumidores. 
• Desde 2001, a Anvisa tem monitorado os alimentos 
vegetais mais consumidos (IBGE), pelo Programa de 
Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos 
(PARA). 
Ações 
• Colaboração da Vigilâncias Sanitárias de todos os 
estados e o Instituto Octávio Magalhães (MG), 
Laboratório Central do Paraná e do Eurofins (SP), em 
2009, analisar 1.130 amostras de 20 diferentes produtos 
vegetais. 
• 907 amostras (28%) insatisfatórias, encontrados valores 
de agrotóxicos acima do limite máximo de resíduos em 
88 (2,8%), utilização de agrotóxicos não autorizados em 
744 (23,8%). 
• 32 amostras do total apresentaram substâncias banidas 
do Brasil ou nunca registradas: heptacloro, clortiofós, 
dieldrina, mirex, parationa-etílica, monocrotofós e azinfós-
metílico. 
 
Ações 
Os produtos com maiores níveis de contaminação foram: 
• Pimentão (80%), pepino (54,8%), morango (50,8%), 
couve (44,2%), abacaxi (44,1%). 
Ações 
Águas minerais, de fontes e potáveis de mesa. 
• Deve estar atenta a idoneidade das águas minerais 
distribuídas para consumo da população, verificando a 
origem, composição, rótulo e responsáveis técnicos. 
• Deve zelar pela qualidade das fontes existentes no 
município, sobretudo nos riscos de contaminação e / ou 
poluição dos lençóis freáticos. 
• Controle de qualidade deve ser executado 
frequentemente, nos laboratórios da rede pública. 
Ações 
Serviços de Saúde – 16/12/2013 
Objetivos: 
• Fiscalização do exercício das profissões relacionadas à 
saúde e dos estabelecimentos de serviços médico – 
hospitalares, clínicos, diagnósticos, preventivos ou 
terapêuticos e outros. 
• Fiscalização do exercício profissional de odontologia, das 
profissões e dos estabelecimentos de prestação desses 
serviços. 
• Fiscalização e controle do uso de dispensa de 
medicamentos controlados nos estabelecimentos sujeitos 
à fiscalização. 
• Fiscalização e controle de radiações. 
 
 
• Fiscalização e controle dos órgãos executores de 
atividade hemoterápica, hemodiálise e diálise peritoneal. 
• Licenciamento e cadastramento dos profissionais, 
estabelecimentos e entidades prestadoras de serviços à 
saúde. 
Serviços de Saúde 
Ações e comentários 
Hospitais, prontos-socorros, ambulatórios, clínicas 
especializadas, casas de repouso para idosos e 
entidades afins. 
• Fiscalizar: todo serviço de saúde, condições e nível 
técnico do pessoal especializado. 
• Verificar: médico plantonista, substituído por pessoal da 
enfermagem ou estagiários. 
• Em clínicas especializadas, como centro de estética 
(rejuvenescimento). 
• Centros de emagrecimento e procedimentos de 
lipoaspiração. 
• Uso de anabolizantes. 
• Casas de idosos e serviços para especiais: aspectos 
relacionados às instalações, funcionalidade e higiene 
para cardápios prescritos aos internados. 
• Visitação assídua de médico especialista e manutenção 
do corpo de enfermagem. 
• Exige-se responsável. 
Ações e comentários 
Atividades diagnósticas ou terapêuticas: laboratórios 
ou institutos, fisioterapia e massagem, endoscopia e 
entidades afins. 
• Análises Clínicas: em SP, amostras de fezes contendo 
parasitas foram submetidas a vários laboratórios, obtidos 
diversos resultados. Também refrigerante (guaraná) 
recebido como urina. 
• Controle periódico das instituições, avaliação do pessoal 
técnico e de seus responsáveis. 
• Serviços de fisioterapia e de massagem: qualificação de 
pessoal, a fim de evitar “procedimento padrão”. 
 
Ações e comentários 
• Reutilização indevidas de sondas nasogástricas e outros 
equipamentos destinados à endoscopia, sem cuidados na 
higiene e esterilização. 
Consultórios e clínicas, prontos-socorros e institutos 
de odontologia. 
• Fiscalização do exercício profissional. 
Institutos abreugráficos e radiológicos e outros tipos 
de radiação. 
• Exame não identificava os possíveis portadores de 
pneumopatias. 
Ações e comentários 
 
• Em setembro de 1987, em Goiânia, catadores de sucata 
vasculharam antigas instalações do Instituto Goiano de 
Radioterapia. 
• Encontraram um cápsula abandonada, com pó azulado, 
insípido e inodoro – césio 137. 
• Até 2002 atingiu cerca de 429 vítimas, morreram 4 
pessoas inclusive criança de 6 anos. 
• De acordo com a Comissão Nacional de Energia Nuclear 
(CNEN), além das vítimas fatais, 112.800 pessoas 
tiveram que ser monitoradas e 129 apresentaram 
contaminação corporal interna e externa, destas 49 foram 
internadas e 21 necessitaram de tratamento intensivo, 
1994, ocorreu outro óbito. 
 
 
Ações e comentários 
• Atualmente , muitos sobreviventes sofrem de câncer, 
problemas de ordem digestiva, hipertensão e distúrbios 
psicológicos. 
• Em 2004, estima-se que 5 mil pessoas, incluindo 
familiares das vítimas tenham sofrido contaminação, mas 
apenas 614 sobreviventes recebem algum tipo de 
assistência do governo. 
• Denúncias de doenças graves como câncer, tumores no 
cérebro, degeneração da parede intestinal e cardiopatias. 
Ações e comentários 
Banco de sangue, postos de coleta, agências 
transfusionais, bancos de órgãos e afins. 
• Doença de Chagas (Trypanossoma cruzi): abril de 2000, 
no Vale do Jequitinhonha, região pobre de MG, 
transfusões de emergência braço a braço, não havia 
hemocentro funcionando nas proximidades. 
• Outras preocupações, vírus da imunodeficiência 
adquirida (HIV), hepatites virais e própria sífilis. 
• Ações rígidas para garantira qualidade do sangue, os 
responsáveis devem ser profissionais qualificados para 
essas atividades. 
Ações e comentários 
 
Ações e comentários 
Vigilância Sanitária do Trabalho 
Objetivos: 
• Controle dos efeitos na saúde individual ou coletiva 
decorrentes do processo produtivo no ambiente de trabalho, 
emissão de pareceres técnicos. 
• Cadastramento de locais de trabalho, orientação e 
organização das comissões internas nos locais de trabalho 
– promoção da saúde e prevenção de doenças e acidentes. 
• Integração com sindicatos, órgãos e entidades relacionadas 
à área, atividades educativas e de organização do trabalho. 
• Orientação referente à legislação específica e aos dissídios 
coletivos de trabalho, supervisão e normatização das ações 
e órgãos previstos em lei (s). 
 
Projetos de diagnóstico e / ou controle de risco 
individual ou coletivo: reconhecimento e avaliação dos 
riscos no trabalho com a finalidade de preservar a 
integridade física e mental dos trabalhadores. 
• No campo, grande preocupação é aplicação de 
agrotóxicos pelos trabalhadores rurais. Em 2005, 
Seminário Nacional de Agrotóxicos, Saúde e Meio 
Ambiente. 
• Direito Humanos para Ambientes (Lia G. da Silva 
Augusto), em 2006, “não adianta obrigar o trabalhador 
utilizar roupas enormes e impermeáveis, debaixo de um 
sol de meio-dia, pois isso também vai gerar um problema 
de saúde que pode ser até pior”. 
Ações e comentários 
• A preocupação do Ministério do Trabalho abrange não só os 
que manipulam e aplicar os produtos na lavoura, mas 
também os encarregados pela limpeza dos equipamentos, 
uma vez que podem transportar resíduos tóxicos em suas 
roupas. 
Deve-se fiscalizar: 
• A utilização das substâncias deletérias à saúde, caso de 
fábricas de pisos à base de amianto, causador de processos 
respiratórios crônicos (asbestose). 
• Asbestose: doença causada pela aeração do pó de 
amianto, também chamado de asbesto. É uma tentativa de 
cicatrização do tecido pulmonar, causada pelas fibras 
minerais de silicatos do asbesto. A asbestose é uma 
formação extensa de tecido cicatricial nos pulmões. 
Ações e comentários 
Ações e comentários 
Raio-X do peito com asbestose mostra 
placas sobre o diafragma 
• Profissionais das empresas de dedetização, expostos a 
venenos para controle de pragas sem orientação técnica 
adequada. 
• Compete a vigilância a fiscalização de equipamentos de 
proteção individual (EPI): óculos, máscaras de proteção 
para soldadores; protetores auriculares; capacetes; luvas 
de malha de aço; botas de borracha para limpadores de 
bueiros. 
Ações e comentários 
Capacitação e treinamento de funcionários. 
• A vigilância deve: 
• Organizar cursos de segurança sobre segurança do 
trabalho, utilização de EPI, primeiro socorros, 
procedimentos no caso de incêndio, desmoronamento e 
explosões. 
• Fornecer treinamento de pessoal para trabalhar com 
produtos alimentícios, principalmente os manipuladores, 
destacando as regras básicas de higiene, asseio corporal 
e manuseio de alimentos. 
 
Ações e comentários 
Ações e comentários 
Aplicação da legislação pertinente. 
• Fazer cumprir a legislação em vigor, mediante ação 
fiscalizadora dos estabelecimentos industriais e 
comerciais. 
Acompanhamento e incorporação dos acordos 
coletivos de trabalho. 
• Jornada de trabalho e os seus benefícios, tais como: 
creche, refeitório, convênio de saúde... 
Condutas de trabalho no serviço público junto às 
secretarias municipais e autarquias. 
• Supervisão dos funcionários no desempenho de funções 
que possam causar prejuízo à comunidade. 
 
Ações e comentários 
Conclusões 
Capacitação de RH constitui um dos objetivos da 
Anvisa. 
• Cursos de especialização em todo país para capacitar os 
profissionais de nível superior, para atuarem como 
agentes multiplicadores. 
• Implantação de Centros Colaboradores de Vigilância 
Sanitária (Cecovisas), conjunto de estratégias com 
objetivo de estabelecer parcerias com instituições 
públicas de ensino e de fomento à pesquisa, visando a 
formação de recursos humanos no campo da vigilância 
sanitária. 
 
 
• Traz referências de todas as áreas de atuação da Anvisa: 
agrotóxicos e toxicologia, alimentos, cosméticos, 
derivados do tabaco, farmacovigilância, inspeção, 
medicamentos, monitoração de propaganda, portos, 
aeroportos e fronteiras, produtos para saúde, rede 
brasileira de laboratórios analíticos de saúde, regulação 
de mercado, relações internacionais e saneantes. 
• Permite colher informações atualizadas sobre a 
legislação, consultas públicas, é possível consultar a 
ouvidoria da agência e acessar o atendimento ao usuário. 
• Uso do Visalegis. 
• Pesquisas em agrotóxicos em alimentos vegetais – alerta 
a sociedade. 
Conclusões 
• As perspectiva são promissoras, aumentam a massa 
crítica e ao divulgar as ações da vigilância propicia a 
formação de uma consciência coletiva. 
• Na área de alimentos, representa uma verdadeira 
estratégia de segurança nacional. 
Conclusões 
Referência 
• GERMANO, P. M. L.; GERMANO, M. I. S. Higiene e 
Vigilância Sanitária de Alimentos: Qualidade das 
matérias-primas, doenças transmitidas por alimentos, 
treinamento de recursos humanos. 4. ed. Barueri, São 
Paulo: Manole, 2011.

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