Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
IESC 3 Temas: 01- Redes de atenção á saúde As Redes de Atenção à Saúde (RAS) são arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades tecnológicas que, integradas por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado (Ministério da Saúde, 2010 – portaria nº 4.279, de 30/12/2010). A Portaria de Consolidação n. 3 de 28/09/2017 estabelece diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde como estratégia para superar a fragmentação da atenção e da gestão nas Regiões de Saúde e aperfeiçoar o funcionamento do sistema para garantir o conjunto de ações e serviços de que o usuário necessita, com efetividade e eficiência. Essa organização visa, portanto, a consolidar os princípios da universalidade, integralidade e equidade. Quanto à organização da atenção à saúde, vale igualmente consultar a Portaria de Consolidação n. 5/2017. Nela a Atenção Primária à Saúde – APS é o primeiro nível de atenção, porta de entrada do usuário no sistema, local de primeiro contato do indivíduo com o sistema de saúde. Deve ser voltada para cuidado dos problemas mais comuns de saúde e centro de comunicação de todo sistema. A Atenção Primária em Saúde abrange “a promoção, a prevenção, o diagnóstico, o tratamento e a reabilitação, de acordo com o perfil epidemiológico e as necessidades de saúde apresentadas pela população de um território“. Ela deve ser a principal porta de entrada e o centro de comunicação com toda a Rede de Atenção à Saúde (RAS). Os pontos de atenção à saúde são espaços onde se ofertam determinados serviços de saúde por meio de uma produção singular. São exemplos de pontos de atenção à saúde: os domicílios, as unidades básicas de saúde, unidades ambulatoriais especializadas, serviços de hemoterapia e hematologia, centros de apoio psicossocial, residências terapêuticas, etc… Hospitais podem abrigar distintos pontos de atenção a saúde: ambulatório de pronto atendimento, unidade de cirurgia ambulatorial, centro cirúrgico, maternidade, UTI, etc… 02 - Linhas de cuidado na atenção básica As Linhas de Cuidado foram desenvolvidas sob a perspectiva do cenário de saúde pública brasileira, sua implantação deve ter a Atenção Primária em Saúde como gestora dos fluxos assistênciais, sendo responsável pela coordenação do cuidado e ordenamento das Redes de Atenção à Saúde. É importante considerar o papel de referência regional, na interface intermunicipal, que as unidades já exerçam nas regiões de saúde. A pactuação deve ser formalizada e as redes desenvolvidas sob esta óptica. Acidente Vascular Cerebral (AVC) no Adulto Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) no Adulto Transtorno do Espectro Autista (TEA) na criança HIV / Aids no adulto Obesidade no adulto Diabetes Mellitus tipo 2 (Primeira Versão) Professora Eliane Júlia Andrade -T5 03 – Programas Específicos da Atenção - O Programa Nacional de Imunização do Brasil é um caso de sucesso reconhecido internacionalmente. Através desse programa algumas doenças, como a varíola e a poliomielite (paralisia infantil), foram erradicadas. Somado a isso, foram reduzidos casos de morte em decorrência de doenças como sarampo, rubéola, tétano, difteria e coqueluche. - O Programa Mais Médicos surgiu para atender a uma demanda emergencial de ausência ou escassez de profissionais da saúde em regiões prioritárias para o SUS. Nessas regiões estariam compreendidos municípios com alto percentual da população em situação de extrema pobreza, vulnerabilidade econômica e com alto percentual de utilização do SUS. - O Programa farmácia popular do Brasil foi criado em 2004 com o objetivo de fornecer à população medicamentos considerados essenciais e hoje funciona com farmácias comerciais que se credenciam ao programa. Os medicamentos oferecidos gratuitamente são para as seguintes doenças: hipertensão; diabetes; asma. Para outros remédios são oferecidos descontos. É o caso do colesterol alto, rinite, Parkinson, osteoporose e glaucoma. Também há a possibilidade de copagamento para anticoncepcionais e fraldas geriátricas. - O Brasil é referência mundial no controle dessa epidemia e desde 1996 distribui gratuitamente os antirretrovirais (ARV) à população, pelo programa de prevenção e controle de HIV/AIDS . Esses medicamentos ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico e assim aumentar o tempo e a qualidade de vida dos portadores do vírus. A Organização Mundial da Saúde tem como meta acabar com a doença até 2030. O Brasil já executa diversas medidas para alcançar essa meta, como campanhas de prevenção e uso de preservativos associados aos tratamentos universais. - O Brasil possui o maior programa público de transplante de órgãos no mundo, pelo sistema nacional de doação e transplante de órgãos. Cerca de 87% de todos os transplantes no país são feitos pelo SUS, exclusivamente com recursos públicos, e são responsáveis por ajudar que a cada dia mais pessoas tenham uma vida melhor. - A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) é um modelo de atenção em saúde social a pessoas que possuem transtornos mentais e ou sofrimentos decorrentes do uso de álcool e drogas. A rede funciona a partir do acesso e promoção dos direitos baseados na convivência dessas pessoas em sociedade. O atendimento pode ser realizado a partir das Unidades Básicas de Saúde ou diretamente nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). - O SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgencia) foi criado em 2003 como parte da Política Nacional de Atenção a Urgências. É um atendimento pré-hospitalar que tem como objetivo levar às vítimas em situações de urgência ou emergência atenção médica necessária da maneira mais rápida possível, evitando sofrimento, sequelas, ou até mesmo a morte. - O REDOME (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea) foi criado em 1993 e é o terceiro maior banco de doadores de medula óssea do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da Alemanha. O banco brasileiro, entretanto, é o maior do mundo financiado com recursos exclusivamente públicos. 04 – Vigilância Sanitária Vigilância sanitária é um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo: o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde." No Brasil, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é responsável e executa as atividades de controle sanitário e fiscalização em portos, aeroportos e fronteiras. A Vigilância Sanitária pode atuar em: -Locais de produção, transporte e comercialização de alimentos; -Locais de produção, distribuição, comercialização de medicamentos, produtos de interesse para a saúde; -Locais de serviços de saúde; -Meio ambiente; -Ambientes e processos do trabalho/saúde do trabalhador; -Pós-comercialização; -Projetos de arquitetura; -Locais públicos; 05 – Vigilância Ambiental e Riscos de Contaminação A Vigilância em Saúde Ambiental é um conjunto de ações que proporciona o conhecimento e detecção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, com a finalidade de identificar as medidas de prevenção e controle dos fatores de risco ambientais relacionados às doenças ou outros agravos à saúde. Assim, essa vigilância acompanha a interação do indivíduo com o meio ambiente, enfocando o espaço urbano e coletivo e as diversas formas de intervenção sobre este meio entendendo que essa relação possa se dar de maneira harmônica e resultados positivos ou de maneira nociva, resultando em doenças e agravosà saúde. Nesse sentido, a qualidade da água para consumo humano, contaminantes ambientais, qualidade do ar, qualidade do solo, notadamente em relação ao manejo dos resíduos tóxicos e perigosos, os desastres naturais e acidentes com produtos perigosos, são objetos de monitoramento dessa vigilância seja de forma direta e contínua ou por meio de ações em parceria com outros órgãos e secretarias. Um outro aspecto relacionado à Vigilância em Saúde Ambiental é o controle de vetores, que são as atividades de intervenção ambiental por parte do poder público e principalmente da população para reduzir ou mesmo eliminar as condições favoráreis ao desenvolvimento de vetores de doenças (insetos, aracnídeos, moluscos etc.), tais como o Aedes aegypti, os triatomíneos, flebotomíneos, carrapatos entre outros. A poluição do solo é causada pela introdução de substâncias químicas ou pela alteração desse ambiente pela ação humana. Além de poluírem o solo, esses elementos químicos também poluem a água e o ar. Entre esses químicos, os tipos mais comuns são os hidrocarbonetos de petróleo, metais pesados (como o chumbo, cádmio, mercúrio, cromo e arsênio), pesticidas e solventes. 06 - Controle de vetores e roedores Criado pela FUNASA, o controle vetorial pode ser dividido principalmente em: Controle Biológico; Mecânico ou Ambiental; Químico. Controle Biológico É o uso de parasitas, patógenos ou predadores naturais para o controle de populações do vetor, tais como Bacillus thuringiensis istraelensis (BTI) ou peixes que comem as larvas do mosquito como Gambusia affinis. Controle mecânico ou ambiental Utilizam-se métodos que eliminam ou reduzem as áreas onde os vetores se desenvolvem como a remoção da água estagnada, a destruição de pneus velhos e latas que servem como criadouros de mosquito. Ou podem ser utilizados métodos que limitam o contato homem-vetor como mosquiteiros, telas nas janelas das casas ou roupas de proteção. Controle Químico É o uso de inseticidas para controlar as diferentes fases dos insetos. Para o controle de insetos vetores de doenças são utilizados produtos formulados de acordo com a fase e os hábitos do vetor. Os inseticidas podem ser classificados como larvicidas, cujo alvo são as fases larvárias, ou adulticidas, direcionados a controlar os insetos adultos, para o qual é utilizada aplicação residual ou aplicação espacial. 07 – Animais Peçonhentos Animais peçonhentos são aqueles que possuem como mecanismo de defesa a peçonha (veneno) que, dependendo da situação em que se encontram, são utilizadas em defesa própria ou para a preservação de sua espécie. Quando se sentem ameaçados por outro animal ou até mesmo pelo homem, utilizam-na para se defenderem. O contato com esses animais pode ocorrer pela pele (“queimaduras”), por meio de mordidas, picadas, ferroadas, arranhões ou ainda pela ingestão do animal. Os acidentes por animais peçonhentos são considerados um problema de saúde pública no Brasil, em virtude do elevado número de pessoas envolvidas anualmente, e também pela gravidade e complicações que podem apresentar. 08- Vigilância epidemiológica A Vigilância Epidemiológica é definida pela Lei n° 8.080/90 como “um conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos”. O objetivo principal é fornecer orientação técnica permanente para os profissionais de saúde, que têm a responsabilidade de decidir sobre a execução de ações de controle de doenças e agravos, tornando disponíveis, para esse fim, informações atualizadas sobre a ocorrência dessas doenças e agravos, bem como dos fatores que a condicionam, numa área geográfica ou população definida. E ainda, constitui-se importante instrumento para o planejamento, a organização e a operacionalização dos serviços de saúde, como também para a normatização de atividades técnicas afins. 09- Doença de notificação compulsória -Acidentes por animais peçonhentos; -Atendimento antirrábico; -Botulismo; -Carbúnculo ou Antraz; -Cólera; -Coqueluche; -Dengue; -Difteria; -Doença de Creutzfeldt-Jakob; -Doença Meningocócica e outras Meningites; -Doenças de Chagas Aguda; -Esquistossomose; -Eventos Adversos Pós-Vacinação; -Febre Amarela; -Febre do Nilo Ocidental; -Febre Maculosa; -Febre Tifóide; -Hanseníase; -Hantavirose; -Hepatites Virais; -Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana - HIV em gestantes e crianças expostas ao risco de transmissão vertical; -Influenza humana por novo subtipo; -Intoxicações Exógenas (por substâncias químicas, incluindo agrotóxicos, gases tóxicos e metais pesados); -Leishmaniose Tegumentar Americana; -Leishmaniose Visceral; -Leptospirose; -Malária; -Paralisia Flácida Aguda; -Peste; -Poliomielite; -Raiva Humana; -Rubéola; -Sarampo; -Sífilis Adquirida; -Sífilis Congênita; -Sífilis em Gestante; -Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - AIDS; -Síndrome da Rubéola Congênita; -Síndrome do Corrimento Uretral Masculino; -Síndrome Respiratória Aguda Grave associada ao Coronavírus (SARS-CoV); -Tétano; -Tuberculose; -Tularemia; -Varíola; e -Violência doméstica, sexual e/ou outras violências. O principal motivo da notificação é fornecer para os órgãos competentes informações de doenças/agravos/eventos, que são transmissíveis, apresentam letalidade ou outro tipo de impacto na saúde. A partir disso, poderão ser tomadas medidas de promoção, proteção e controle. 10- Gestão em saúde A gestão de saúde preza que o cuidado preventivo com a qualidade de vida de cada funcionário estabelece um ambiente mais seguro e suscetível a pessoas dispostas e felizes com seu trabalho. Promover um local confortável para trabalho, que não seja propenso a acidentes ou cansaço físico e hábitos ruins, também é uma grande responsabilidade da empresa. Cultivar um relacionamento saudável, em que os colaboradores possam se manifestar em caso de se sentirem pressionados ou oprimidos também são itens que, conjuntamente, geram uma rotina baseada em transparência, empenho e motivação. 11- Programa de saúde do trabalhador / 12- Saúde do trabalhador A Saúde do Trabalhador é uma área técnica da Saúde Pública que busca intervir na relação entre o sistema produtivo e a saúde, de forma integrada com outras ciências da saúde, que visa à preservação da saúde dos trabalhadores, com uma visão de prevenção, curativa, reabilitação de função e readaptação profissional. Finalidade: promover um meio ambiente laboral hígido e livre de doenças e acidentes decorrentes do trabalho, melhorando as condições de trabalho e minimizando as consequências prejudiciais é contribuir na formação de uma sociedade que promova a saúde preventiva através dos espaços de trabalho. PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – NR 9: Contempla os riscos ambientais dos trabalhadores expostos através da análise da etapa de processo da atividade laboral. Caso identificada uma oportunidade de melhoria é gerado um Plano de Ação anual para soluções. Sua visão é a prevenção e preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores por meio da antecipação, reconhecimento, avaliação e controle dos riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho. O PPRA deve estar articulado com as demais NRs, em especial o PCMSO. PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – NR 7: Contempla todos os exames a serem realizados: admissão, periódico, retorno ao trabalho, mudança de função e demissão dos trabalhadores. Para cada exame médico será emitido o Atestado de Saúde Ocupacional – ASO. O objetivo do PCMSO é a promoção e preservação da saúde dos trabalhadores que visa antecipar qualquer desvio, monitorando os riscos ambientais por meiode consultas e exames de auxílio diagnóstico e ações de controle. O PPRA e o PCMSO atuam juntos nesse processo e seguem um planejamento que coordena as ações de saúde a serem executadas ao longo de cada vigência. PCMAT – Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção – NR 18: Estabelece procedimentos de ordem administrativa com o objetivo de implantar medidas de controle, sistemas preventivos de segurança nos processos e condições no ambiente de trabalho na indústria da construção. Contempla medidas de segurança a serem adotadas no desenvolvimento de cada etapa da obra, visando a antecipação dos riscos com estratégias para evitar acidentes e doenças ocupacionais. Deve contemplar as exigências contidas na NR 9 – PPRA, sendo obrigatórios a elaboração e o cumprimento nos estabelecimentos com 20 trabalhadores ou mais. AET – Análise Ergonômica do Trabalho – NR 17: É um documento que avalia a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, que incluem aspectos relacionados ao levantamento e transporte de descarga de materiais, mobiliário e equipamentos dos postos de trabalho, condições ambientais de trabalho e a organização do trabalho. Pode ser realizada por meio de diversos parâmetros adotados por um roteiro prático e objetivo quanto ao risco ergonômico e sua gravidade. LTCAT – Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho – Lei Nº 9.732, de 11 de dezembro de 1998: É um documento regulamentado pela Previdência Social com o objetivo de registrar os agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho. Esse registro é feito mediante formulário do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, emitido pela empresa e expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho, a partir do qual é determinada a necessidade ou não da aposentadoria especial. O LTCAT precisa ser anexado ao PPRA e devem estar coerentes entre si, é importante ressaltar que não possui finalidade de caracterização e classificação da insalubridade e periculosidade. Laudo de Insalubridade – NR 15: É um documento técnico que leva em conta os riscos ambientais identificados no tipo de atividade desenvolvida pelo empregado na sua jornada de trabalho, observando os limites de tolerância, taxas de metabolismo e o tempo de exposição. Contempla as atividades insalubres ou operações que expõem o empregado aos agentes nocivos à saúde acima dos limites de tolerância mencionados na NR 15 e que assegura a percepção de adicional de 40%, 20% e 10% sobre o salário mínimo, nos graus máximo, médio e mínimo, respectivamente, conforme prevê o artigo 192 da CLT. Laudo de Periculosidade – NR 16: É um documento técnico que tem como objetivo caracterizar e classificar uma atividade perigosa (explosivos, líquidos inflamáveis etc.) nas atividades desenvolvidas pelos trabalhadores, através de uma perícia no estabelecimento ou no setor da empresa. O laudo ainda aponta se a atividade faz jus à percepção do adicional de 30% incidente sobre o salário, sem acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participação nos lucros da empresa. O empregado poderá optar pela insalubridade que lhe seja concedida 13- Riscos Ocupacionais Riscos ocupacionais são aqueles aos quais os colaboradores estão expostos durante sua rotina de trabalho. Para que uma empresa tenha ambientes de trabalho seguros é preciso que haja uma gestão de segurança interna voltada para a análise de riscos relacionados às atividades que são executadas em cada local. Qualquer situação que apresente risco de dano à saúde do trabalhador é caracterizada como um risco ocupacional. Isso inclui desde acidentes com risco de morte e afastamento, até problemas ergonômicos, que passam despercebidos em muitas empresas. O Ministério do Trabalho, por meio da Norma Regulamentadora 9 (NR-9), NR-12 e da Portaria no 25/1994, classifica os riscos ocupacionais em cinco tipos: físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e acidentais. Além disso, existe uma classificação por cor para facilitar a elaboração do Mapa de riscos ocupacionais e a adoção de medidas de prevenção de acidentes como, por exemplo, o uso de dispositivos de segurança como Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs). Saiba mais sobre como estes riscos podem afetar a segurança do trabalhador: -Riscos físicos São agentes de risco físico: ruído, calor, frio, pressão, umidade, radiações ionizantes e não-ionizantes, vibração e quaisquer outras formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores. Para cada tipo de risco é indicada uma limitação permitida. No caso de ruídos, o máximo de decibéis, por exemplo. -Riscos químicos São substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo do trabalhador pela via respiratória como gases, poeiras, fumos ou vapores, além de outros que possam ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão. É o nível de toxicidade do agente químico que determina o período máximo que o colaborador pode ter exposição. -Riscos biológicos São bactérias, vírus, fungos, protozoários e as medidas de prevenção variam de acordo com a patogenicidade ao qual o trabalhador está exposto em sua atividade. -Riscos ergonômicos Postura inadequada de trabalho, levantamento e transporte de peso, jornadas prolongadas de turno e quaisquer outras situações que exijam esforço físico demasiado ou que haja estresse físico. A avaliação desses riscos é feita por meio de um laudo ergonômico. -Riscos de acidentes (mecânico) São situações perigosas que colocam o trabalhador em risco de acidente: iluminação ruim, operar máquinas e equipamentos sem proteção, estruturas de trabalho inadequadas (ferramentas descalibradas, armazenamento de materiais de forma incorreta) e situações como trabalho em altura, risco iminente de choque elétrico, incêndio, atmosferas explosivas e manuseio de máquinas pesadas. -Classificação dos riscos por cor -Riscos físicos – verde -Riscos químicos – vermelho -Riscos biológicos – marrom -Riscos ergonômicos – amarelo -Risco de acidentes (mecânicos) – azul 14- Ergonomia É o conjunto de regras e procedimentos que estudam a organização do ambiente de trabalho e as interações entre o homem, as máquinas e os equipamentos. Seu objetivo é reduzir riscos, atuando nas condições dos espaços físicos da empresa e organização de processos corporativos. Além de proporcionar conforto para o trabalhador, ela busca prevenir doenças ocupacionais. Como por exemplo lesões, dores no corpo e preservação das capacidades físicas e psicológicas do colaborador. De maneira resumida, podemos entender ergonomia como o estudo da relação que existe entre o homem e a forma como ele executa seu trabalho – presente, inclusive, na legislação por meio da Norma Regulamentadora 17.
Compartilhar