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QUALIDADE DAS MATÉRIAS-PRIMAS DISCIPLINA: VIGILÂNCIA SANITÁRIA PROFESSORA: KATIUSCIA SHIROTA IMADA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE E DO DESPORTO CURSO DE NUTRIÇÃO INTRODUÇÃO Declaração Universal dos Direitos do Homem (1948): A saúde é um direito inalienável de todo cidadão. Alimentos sejam produzidos e quantidade e qualidade. Acesso da população mais carente a alimentos, aumento do poder aquisitivo. Mesmo raciocínio para criação de animais. Ex: valor nutritivo do leite, fonte de proteína, depende do estado de nutrição e do tipo de dieta a que são submetidas as vacas leiteiras. Alimentos de origem animal não são isentos de risco para a saúde (composição) facilita deterioração e sobrevivência e multiplicação de inúmeros microrganismos patogênicos. Enfermidades: causadas pela ingestão de agentes infecciosos e parasitários ou por substâncias nocivas. Exemplos (enfermidades de caráter zoonótico): tuberculose, cisticercose, brucelose e toxoplasmose – infecções de elevadas prevalência no Brasil. INTRODUÇÃO TUBERCULOSE BOVINA CISTICERCOSE BRUCELOSE, FEBRE DE MALTA OU ONDULANTE Tratamento: antibióticos doxicilina, gentamicina ou cotrimoxazole. Brucella, coco-bacilos, gram - , não esporulados predileção pelo trato reprodutivo, articulações e sistema retículo-endotelial TOXOPLASMOSE Protozoonose de distribuição mundial. É uma doença infecciosa, congênita ou adquirida, causada pelo protozoário Toxoplasmas gondii. TRANSMISSÃO DE DOENÇAS As toxinfecções constituem riscos mais importantes na saúde pública. A contaminação pode ocorrer em qualquer das fases de destinação dos produtos ao consumo ou fazer parte da matéria-prima. Alimentos de origem animal podem ainda servir de veículo para a transmissão de outros microrganismos patogênicos que, utilizam outras vias de transmissão como contaminação acidental, por secreção ou excreções de indivíduos portadores (coliformes fecais e Staphylococcus aureus). Carne, leite e ovos procedentes de animais infectados ou que tenham sofrido contaminação durante a sua elaboração, contribuem decisivamente para a incidência de infecções, de natureza diarreica. Animais infectados e o próprio homem constituem fontes de infecção importantes na cadeia de transmissão de doenças – contaminação de água e alimentos, a partir de matéria fecal. Alimentos de origem animal, fonte de proteína essencial para o desenvolvimento do homem e animais – manipulação e destinação devem ser bem elaboradas, visando o aproveitamento total. TRANSMISSÃO DE DOENÇAS O controle higiênico e sanitário dos alimentos, fator para a prevenção das DOAs/DVAs e relevante fator de desenvolvimento social. FAO (Programa de Padrões de Alimentos): higiene dos alimentos corresponde ao conjunto de medidas necessárias para garantir segurança, salubridade e sanidade do alimento em todos os estágios de seu crescimento, produção ou manufatura até o consumo final. TRANSMISSÃO DE DOENÇAS CODEX ALIMENTARIUS Órgãos internacionais de saúde, liderados pela OMS, têm mostrado, ao longo das últimas décadas, preocupação cada vez maior com a qualidade dos alimentos e suas possíveis repercussões na saúde dos consumidores, como também com o comércio mundial de produtos alimentícios (in natura ou industrializados). Em 1963, foi criado pela FAO e OMS, o Codex Alimentarius Commission (CAC) – objetivo de desenvolver padrões de alimentos, guias e textos relacionados. Visa proteger a saúde dos consumidores e assegurar práticas justas no comércio de alimentos, além de coordenar todas as atividades de padronização de produtos alimentícios acordados pelas organizações internacionais, governamentais e não governamentais. Tem operado em um ambiente de mudança e inovações tecnológicas. Crescimento do mercado global de alimentos, os avanços das comunicações e aumento da mobilidade das populações têm contribuído para elevação dos perfis e significado da segurança alimentar e regulação dos alimentos. No âmbito internacional, é grande a preocupação com aumento das DTAs , sobretudo em relação aos patógenos emergentes e reemergentes. CODEX ALIMENTARIUS O CAC necessita assegurar a participação efetiva e envolvimento de todos os seus membros no estabelecimento de padrões globais relevantes, além de fortalecer parcerias com todos os interessados. O Brasil é signatário do Codex, tem participação ativa em suas reuniões. A Anvisa é representante do MS junto o CAC. CODEX ALIMENTARIUS FATORES DE RISCO • Produção; • Transporte; • Tratamento industrial; • Estocagem; • Embalagem. PRODUÇÃO A higiene dos AOA inicia na propriedade. Rebanhos devem ser submetidos a condições de nutrição e manejo que possibilitem um nível de saúde elevado – produção de matéria-prima de qualidade. Muitas doenças podem ser transmitidas pelos alimentos são adquiridas ainda na fase de criação, como cisticercose e tuberculose. Profilaxia é o elo inicial na cadeia de prevenção a que os AOA devem ser submetidos, desde a origem até o consumo final. Antibióticos e hormônios podem ser eliminados no leite e ovos ou produtos cárneos. Resíduos de pesticidas para controle de ectoparasitas dos animais ou para controle de pragas das lavouras, podem ser veiculados por alimentos. Contaminação radioativa, como acidentes nucleares (Usina de Chernobyl – Rússia), expôs animais a elevadas cargas de radiação, condenando seus derivados, para consumo e inviabilizando sua exportação. PRODUÇÃO TRANSPORTE Primeira etapa: deslocamento dos animais para os matadouros ou dos produtos derivados para usinas ou entrepostos. Constitui um fator de agressão aos animais, agravado pela distância a ser percorrida, pelas condições climáticas e pelo tipo do veículo. Problemas: contusões e fraturas; asfixia e morte; perda de peso e desidratação. Transporte de leite e ovos, possibilidade de deterioração e contaminação devido às más condições de conservação e higiene do veículo. Segunda etapa do transporte: transferência dos produtos brutos para consumo direto. Há risco de deterioração e contaminação, não só dos veículos e manipuladores. Terceira etapa do transporte: transferência dos alimentos industrializados para os armazéns de estocagem ou locais de venda. A contaminação é mais difícil, a não ser que haja violação das embalagens por manipulação imprópria ou sobrecarga de caixas. Há risco devido às más condições técnicas dos veículos de transporte, tais como má refrigeração, calor e umidade excessivos. TRANSPORTE TRATAMENTO INDUSTRIAL Os produtos brutos devem ser submetidos à inspeção sanitária, e parte é selecionada para a indústria alimentícia. A matéria-prima deve chegar em boas condições sanitárias. Passa por diferentes tipos de tratamento, alguns esterilizantes, porém incapazes de remover substâncias tóxicas. Máquinas em mau estado de conservação, higiene deficiente, manipulação e manipuladores de baixo nível técnico, utensílios contaminados, água de procedência suspeita e substâncias de uso industrial como aditivos, conservadores e corante em concentrações indesejáveis. Os alimentos devem tratados de forma que possam manter suas propriedades por tempo superior ao dos produtos in natura. Técnicas utilizadas: reduzir as oportunidades de contaminação e deterioração, seja por agentesfísicos (calor, frio, radioisótopos e radiações, ou químicos, como cloreto de sódio, nitrato de sódio e potássio, nitrogênio, açúcares, formol). TRATAMENTO INDUSTRIAL ESTOCAGEM Alimentos in natura ou industrializados, podem passar determinado tempo estocados em câmaras frigoríficas, depósitos, armazéns e até nas residências. Tempo máximo de estocagem varia de acordo com o grau de perecibilidade do produto e o tipo de armazenagem. Os alimentos podem se deteriorar ou sofrer contaminação em função da inadequação do ambiente de estocagem. Principais fatores responsáveis por esses incovenientes: não obediência à temperatura e umidade exigida para conservação do produto, a conservação precária das instalações, presença de artrópodes e roedores, sobreposição de embalagens, acesso de animais domésticos. Produtos rigorosamente inspecionados sob aspecto sanitário e industrializados de acordo com técnicas mais modernas podem perder todo valor em razão de estocagem inadequada em supermercados ou em residências. Elementos que merecem atenção durante a estocagem: proteína, água e temperatura. ESTOCAGEM EMBALAGENS Embalagens utilizadas: vidro, metais, madeira, plástico e papel. Alimentos embalados incorretamente podem ser deteriorados ou contaminados, bem como adquirir elementos nocivos à saúde. PREVENÇÃO Quais são as medidas preventivas?? Considerando: • Produção; • Transporte; • Tratamento industrial; • Estocagem; • Embalagem. Mesmo grupo da atividade anterior. Entrega: Hoje GERMANO, P. M. L.; GERMANO, M. I. S. Higiene e Vigilância Sanitária de Alimentos: Qualidade das matérias-primas, doenças transmitidas por alimentos, treinamento de recursos humanos. 4. ed. Barueri, São Paulo: Manole, 2011. REFERÊNCIA
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