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Processo Saúde x Doença
Saúde Pública
Forma de gerenciamento político/governamental (programas, serviços e instituições) que visam intervenções voltadas às necessidades sociais de saúde da população
Esforço organizado da comunidade, por intermédio do governo ou de instituições, para promover, proteger e recuperar a saúde de pessoas e da população, por meio de ações individuais e coletivas
Saúde Coletiva
Leva em conta a diversidade e especificidade dos grupos populacionais e das individualidades com seus modos próprios de adoecer. Aplica técnicas e conhecimentos para intervir nos problemas e situações relacionados à saúde da população, objetivo de promover a melhoria da qualidade de vida das pessoas
Políticas de Saúde
País populoso e heterogêneo
Alterações demográficas recentes: estrutura etária, urbanização acelerada.
Mudanças epidemiológicas
Características regionais
Que fatores e situações podem afetar e/ou determinar as condições de saúde de um indivíduo?
O ATUAL conceito de SAÚDE desloca-se do campo biológico. Ele não pode se PENSADO só no campo da DOENÇA
Saúde não é somente “ausência de doença”
Doença é somente “falta ou perturbação da saúde”?
CONCEITOS CONTEMPORÂNEOS SOBRE SAÚDE
“saúde é o estado de mais completo bem estar-físico, mental e social, e não apenas na ausência de enfermidades” (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 1947)
IDADE PRIMITIVA
PRIMÓRDIOS DOS TEMPOS ´IDADE PRIMITIVA
Grupamentos ou tribos – povos nômades – se deslocavam em busca da sobrevivência Pensamento mágico, religioso e sobrenatural
Ex. chegada do outono ou inverno – vontade ou fúria dos deuses
SAÚDE E DOENÇA
Atribuídas as forças sobrenaturais Pensamento mágico-religioso
IDADE PRIMITIVA - Mágico-Religioso homens vivem da caça, pesca e coleta Povo nômade
homens necessitam defender-se dos animais bruxo e sacerdote
práticas de cura são mediadas pelos rituais mágicos
IDADE PRIMITIVA
Causas das moléstias – pecado, mau espírito que domina a alma e o corpo do doente
IDADE ANTIGA
SAÚDE E DOENÇA
Perdem o enfoque mágico. A natureza, o homem, seus comportamentos e relações, além da influência dos deuses, que determinam o estado de equilíbrio do organismo. A doença é uma manifestação externa do equilíbrio interno.
doenças sexualmente transmissíveis, parasitárias, infecciosas, contagiosas, traumas de guerra e homicídios.
Chamado de Modelo Observacional
NA IDADE ANTIGA...
Saúde: forma de gerenciamento da vida pelo homem
Medicina: adaptação do homem ao seu meio social e físico através de restrições comportamentais e dietéticas.
MESOPOTÂMIA
Os homens deixaram de ser nômades e passaram a conquistar e dominar povos para o cultivo da terra, pecuária, pesca e comércio
Viam as doenças como decorrentes de causas externas, sem que o organismo tivesse participação no processo (espíritos, elementos da natureza,...)
Oriente Médio – criaram instituições	(hoje hospitais)
Realizadas atividades cirúrgicas limitadas aos socorros ministrados aos ferimentos e fraturas (soldados)
Operações cirúrgicas: circuncisão (judeus) e castração (condenação)
GRÉCIA IDADE ANTIGA
Procurava explicações para o processo saúde-doença - Análise da doença em bases racionais
Observação empírica O empirismo causou uma grande revolução na ciência - valorização das experiências e do conhecimento científico, o homem passou a buscar resultados práticos, buscando o domínio da natureza. A partir do empirismo surgiu a metodologia científica. (HIPÓCRATES)
Importância do:
ambiente
Sazonalidade
Trabalho
Posição social
Não havia relação com o sobrenatural
Ainda sobre o empirismo
Doença: consequência de um desiquilíbrio entre os elementos (humores) que compõem o organismo
Causas externas: ambiente físico
Corpo: ativo
Saúde: harmonia entre os elementos (terra, água, ar e fogo)
Medicina Hipocrática
IDADE ANTIGA
Segundo os pensadores o mundo era formado por 4 componentes. Os médicos procuraram descobrir quais os componentes essenciais do ser humano
Conceitos discutidos nas primeiras escolas de medicina. Segundo Hipócrates a saúde é uma condição de equilíbrio perfeito, que podia se transformar devido a fatores externos, provenientes do ar, de uma dieta defeituosa. O resultado seria manifestado através de dores, febres, inflamação e outros sintomas
Ar
Água
Terra
Fogo
HIPÓCRATES
Médico grego considerado o pai da medicina E por alguns como primeiro epidemiologista Humores do corpo causam doenças:
Fogo (coração)
Ar (pituíta do cérebro ) Hipófise Terra (bile amarela)
Água (bile negra do estômago)
Medicina Hipocrática 4 humores:
Ar - Sangue (Coração)
Água – Fleuma (secreções) (Cérebro)
Terra - Bílis amarela (Fígado)
Fogo - Bílis negra (Estômago -Baço)
O homem tinha saúde quando os humanos estavam normais em quantidade e qualidade. Quando um dos humores ficava em quantidade ou qualidade anormais ocorria um desequilíbrio do organismo e o corpo adoecia.
Criação de medicamentos para restabelecer o equilíbrio do organismo
Na IDADE ANTIGA
2 linhas na medicina grega:
Doenças diferentes podem ter causas e sintomas iguais. Terapêutica intervencionista localizada no exame direto do doente, na comunicação oral, exploração sensorial e raciocínio. Exame direto no paciente
Valorização no prognóstico, doenças eram vistas dentro do quadro de cada indivíduo (não havia doenças, mas doentes) – linha Hipocrática – defendia a prática clínica com cuidadosa OBSERVAÇÃO na natureza
PRINCÍPIOS VÁLIDOS ATÉ OS DIAS ATUAIS
IDADE MÉDIA
Período de invasão do império romano por bárbaros, terra como principal meio de produção,
IGREJA: monopoliza os conceitos de saúde e doença e as práticas médicas
MEDICINA PATRÍSTICA
Doutrina das verdades de fé do cristianismo e na sua defesa contra os ataques dos pagãos e contra todos que eram contra, denominadas heresias.
MEDICINA MONÁSTICA
Prática da abdicação dos objetivos comuns dos homens em prol da prática religiosa
Cristianismo – era religiosa - Modelo Religioso
As doenças são explicadas a partir da concepção religiosa católica. A prática de cura é realizada pela purificação, milagres,expiação dos pecados, súplicas, arrependimento e mortificação.
malária, varíola, sífilis, sarampo e desnutrição.
Doenças tinham duas interpretações
Pagãos: possessão de maus espíritos, consequência de feitiçaria Cristãos – sinais de purificação e culpa dos pecados
Doenças atacavam senhores e servos
Terapêutica = milagres (obtidos através da súplica, mortificação e arrependimento dos pecados)
Aperfeiçoamento do espírito e descuido do corpo
SURGIMENTO DE EPIDEMIAS: lepra, peste bubônica, varíola, difteria, sarampo, tuberculose, escabiose...
CAUSAS DAS DOENÇAS:
fatores ambientais (água, ar, odores)
predisposição individual (higiene)
Ideia do contágio entre os homens.
Tendo como causa a conjugação dos astros, o envenenamento das águas pelos leprosos, judeus ou bruxarias
Idade Moderna
Período de transição do feudalismo para o Capitalismo Mudanças culturais - Renascimento
As vilas e cidades cresceram...
Por volta do século XIV muitos estavam nas atividades comerciais e artesanais (cidades conhecidas por burgos – burgueses)
Economia baseada no sistema de troca de mercadorias passa a ser substituída por uma economia comercial
Revoluções sociais importantes
Nova forma de viver em sociedade - capitalismo
IDADE MODERNA
Desenvolvimento e ascensão do capitalismo
avanço tecnológico acelerado e dominação do meio ambiente avanço tecnológico acelerado e dominação do meio ambiente crescimento desordenado das cidades e do trabalho
médico, cuidadores, freira e ajudantes - enfermagem
A pratica de cura realizada em hospitais, asilos, hospícios, com a administração de fármacos Predominava o Modelo Unicausal
MODELO UNICAUSAL
As doenças são explicadas a partir na relação entre o agente microbiológico e o hospedeiro, indicando uma proximidade maior entre dois componentes parao surgimento das doenças, que se torna mais evidente no final do século XIX.
Doenças transmissíveis, infecciosas, respiratórias, mentais e acidentes de trabalho Duas Teorias no Modelo Unicausal
Teoria Miasmática: a doença é provocada por emanações do solo, lixo, águas paradas.
Teoria Contagionista: doença como resultado da proximidade do agente e hospedeiro - quarentena, limitação da liberdade individual e do comércio. Fundamentos do método epidemiológico.
TEORIA DOS MIASMAS
A origem das doenças situava-se na má qualidade do ar, proveniente das emanações oriundas da decomposição de animais e plantas
MODELO da DETERMINAÇÃO SOCIAL
As doenças são explicadas a partir da organização da sociedade (aspectos sociais, políticos, culturais, econômicos, dentre outros, concorrem para o aparecimento das doenças.
Doenças transmissíveis, infecciosas, crônico-degenerativas, acidentes de trabalho, respiratórias, mentais, violência.
IDADE MODERNA
Determinação Social
resultado do conjunto da experiência social, individualizado em cada sentir e vivenciado num corpo que é também biológico
considera os fatores sociais como determinantes profissionais da saúde
saúde e doença passam a ser associadas as condições de vida e de trabalho dos sujeitos
IDADE MODERNA
Espírito crítico do homem
Levou-o para a ciência experimental, para a observação
Comprovação na prática
Obter explicações racionais para os fenômenos da natureza
Surgem: Nicolau Copérnico (geocentrismo) – teoria heliocêntrica Isaac Newton – lei da gravitação universal
IDADE MODERNA
Descobrimento do mecanismo da circulação sanguínea – circulação pulmonar pelas artérias e retorno do sangue ao coração pelas veias
NA MEDICINA.. Caminha-se para Estudos das causas para a PRÁTICA CLÍNICA.
IDADE MODERNA ERA BACTERIOLÓGICA
Pasteur (1960) papel dos microorganismos (bactéria e fungos) na causa das doenças
Com a bacteriologia comprova-se a transmissibilidade de algumas doenças
Microorganismos específicos para cada doença
Koch (1882) tuberculose: bacilo de Koch capaz de se multiplicar no organismo e de ser transmitido de pessoa para pessoa por contato direto ou pelo ar
Grande desenvolvimento de medicamentos e vacinas para combate às doenças
Passou-se a acreditar que o mais importante era destruir as bactérias, as condições sociais ambientais ficaram a um segundo plano
A doença passou a ser concebida com questão simplesmente biológica, restrita a maior ou menor eficácia da medicina no controle sobre vírus, bactérias, entre outros
Idade Contemporânea:
O processo de adoecer deixa de ter o foco social e passa a para a determinação da multicausalidade – surge a epidemiologia
 Análise das múltiplas causas das doenças (causalidade)
IDADE CONTEMPORÂNEA
MODELO MULTICAUSAL
As doenças são explicadas a partir de uma visão positivista e na relação de desequilíbrio entre três fatores importantes agente-meio ambiente-hospedeiro (Leavell e Clark, 1962).
Doenças transmissíveis, infecciosas, respiratórias, mentais e acidentes de trabalho
IDADE CONTEMPORÂNEA
Sociedade é tida como homogênea e um sistema ecológico equilibrado é sinônimo de normalidade
Epidemiologia grande ênfase na estatística, ignorando fatores sociais médico, equipe de enfermagem e outros profissionais
Institucionalização dos programas de saúde, ações de prevenção, tratamento e reabilitação sem articulação
Surge o Modelo Multicausal
IDADE CONTEMPORÂNEA
TEORIA SOCIAL DA MEDICINA (final do século XVIII)
2 DIMENSÕES DE SAÚDE/DOENÇA:
REDE DE CAUSALIDADE: interação recíproca entre múltiplos fatores envolvidos e intervenção no componente mais frágil
MODELO ECOLÓGICO (Leavell e Clarck): desenvolvimento da história natural das doenças com ênfase em enfermidades infecciosas (visão biológica)
TEORIA MULTICAUSAL
Diminuição das doenças infecciosas
Aumento das doenças crônico-degenerativas
MODELO DA BALANÇA – TRÍADE ECOLOGICA DE REZENDE
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA
Destaca a saúde-doença como um processo dinâmico Descreve a progressão da doença desde o momento da exposição aos agentes causais até a recuperação ou a morte.
a História Natural da doença é um dos elementos da Epidemiologia descritiva (o agente, o hospedeiro e o ambiente) - MEDICINA PREVENTIVA
História Natural da Doença
Evolução aguda, rapidamente fatal Ex. raiva humana e na exposição a altas doses de radiação;
Evolução aguda, clinicamente evidente e com rápida recuperação na maioria dos casos
– muitas doenças infecciosas, como as viroses respiratórias;
Evolução sem alcançar o limiar clínico, de modo que o indivíduo não saberá jamais do ocorrido, salvo se for submetido a exames laboratoriais – são as infecções subclínicas.
Evolução crônica exterioriza e progride para o êxito letal após longo período -afecções cardiovasculares
Década de 70:
Modelos de Blum, de Dever e de Lalone Procuram articular quatro dimensões explicativas: Biologia humana
Estilos de vida Meio ambiente Serviços de saúde
A Organização Mundial de Saúde (OMS), na Carta Magna, em 07 de abril de 1948, estabelece o conceito de saúde como:
 “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de afecção ou doença”.
Saúde – 8ª Conferência Nacional de Saúde
“ .... está diretamente relacionada às condições de alimentação, moradia, trabalho, renda, meio ambiente, transporte, lazer, liberdade, acesso e posse da terra, acesso aos serviços de saúde e à informação”
Saúde è o resultado das formas de organização social da produção, as quais podem gerar grandes desigualdades nos níveis de vida.
Portanto,
Não é um conceito abstrato.
Define-se no contexto histórico e determinada sociedade e num dado momento de seu desenvolvimento, devendo ser conquistada pela população em suas lutas cotidianas.
PROCESSO SAÚDE-DOENÇA:
Está diretamente atrelado à forma como o ser humano, no decorrer de sua existência, foi se apropriando da natureza para transformá-la, buscando o atendimento às suas necessidades.
Representa o conjunto de relações e variáveis que produz e condiciona o estado de saúde e doença de uma população, que se modifica nos diversos momentos históricos e do desenvolvimento científico da humanidade.
Determinantes das Condições de Saúde
Na sociedade existem comunidades, famílias e indivíduos com maior probabilidade do que outros de apresentarem problemas de saúde, acidentes, morte prematura; em contrapartida, há os que apresentam maior probabilidade de apresentarem boas condições de saúde.
A atuação do profissional frente às piores condições de pobreza, se caracteriza pela produção do conhecimento que propiciará intervenção sobre as relações entre as variáveis que constituem as condições de saúde, de forma a alterá-las para melhor.
Diferentes concepções de saúde ao longo do tempo
1- Concepção assistencialista de saúde
Quando se pensa em saúde do ponto de vista de ausência de doença – afastar a doença.
Envolve o diagnóstico, exames clínicos e laboratoriais, para que se possa prescrever medicamentos de acordo com o quadro clínico apresentado e assim curar o indivíduo.
Esta concepção estruturou a medicina no Brasil e por muito tempo foi priorizado como modelo médico-hospitalar.
É importante e essencial mas nem sempre é o modelo para bem sucedido para enfrentar determinados problemas que não tem origem de suas causas numa questão médica.
2- Concepção preventiva de saúde
Por conta da necessidade de diagnóstico e tratamento adequado de doenças, alguns outros avanços passaram a exercer influência na concepção de saúde a ação de PREVENÇÃO.
Parte do princípio que é importante evitar que o indivíduo adoeça enfatiza ações de:
Detecção precoce
Controle dos fatores que causam as doenças
Riscos que o indivíduo e a população tem de adoecer.
O Objetivo principal é evitar a doença – este modelo amplia o olhar da saúde para o coletivo e apresenta medidas e recursos importantes para proteger o indivíduo de adoecer.
O modelode prevenção evita danos à saúde como:
Uso adequado de vacinas;
Incentivo ao aleitamento materno;
Vigilância nutricional;
Uso de preservativos;
Adoção de medidas de segurança que evitem acidentes;
Alimentação saudável;
Maior socialização;
Oficinas de práticas educativas
3- Concepção de promoção de saúde
O foco das ações se desloca da doença e se volta para a VIDA DO INDIVÍDUO e da COMUNIDADE.
Promover saúde busca MODIFICARF AS CONDIÇÕES DE VIDA para que seja dignas e adequadas.
Estimulam-se as tomadas de decisões, individuais e coletivas que se consolida pela implementação de políticas públicas saudáveis.
PROMOVER SAÚDE significa investir no processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria da sua qualidade de vida e saúde, incluindo maior participação do sujeito e da comunidade no controle das suas próprias condições de saúde e de vida.
Para atingir um estado de completo bem-estar físico, mental e social, os indivíduos e os grupos devem identificar aspirações, satisfazer necessidades e modificar favoravelmente o meio ambiente.
Promover saúde é responsabilidade exclusiva das secretarias de saúde?
È preciso haver articulação com outras tantas políticas sociais, como de Educação, Habitação, Emprego, Trabalho, Cultura, Lazer e desenvolvimento social.
Doença:
-	Alteração ou desvio do estado de equilíbrio de um indivíduo com o meio.
EXPLICAÇÃO DA CAUSALIDADE
da Unicausalidade – bastavam o encontro e a identificação do agente etiológico. Chamada como era bacteriológica. Considerava como fator único de surgimento de doenças um agente etiológico (vírus, bactérias, protozoários, etc)
Da Multicausalidade – conjunto de fatores determinantes/causais na instalação da doença/agravo. Não exclui a presença de agente etiológicos numa pessoa como fator de aparecimento de doenças. Ele vai além, leva em consideração o psicológico do paciente, seus conflitos familiares, seus recursos financeiros, nível de instrução
EVOLUÇÃO DO PROCESSO DE SAÚDE DOENÇA NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
Aula 19.03.18
EPIDEMIOLOGIA Surge na idade contemporânea, vem pra estudar agente etiológico e hospedeiro.
*Há um setor dento da secretaria de saúde que cuida da análise dessa pirâmide. 
Ciência que estuda o processo saúde-doença em coletividades humanas, analisando a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades, danos à saúde eventos relacionados à saúde coletiva. Propõe medidas de prevenção, controle ou erradicação de doença
O olhar central da epidemiologia foca nas causas das doenças
A epidemiologia como instrumento de investigação é útil para avaliar a assistência prestada aos usuários nos serviços de saúde, verificar o perfil socioeconômico e de
morbidade da população, analisar as condições de saúde do trabalhador, fornecendo subsídios para intervenções mais efetivas no processo saúde/doença, entre outros.
O objeto da epidemiologia está subordinado à clínica médica, que encara o sujeito com base no discurso fisiopatológico.
PRINCIPAIS CONDICIONANTES E DETERMINANTES DA SAÚDE
História Natural da Doença: Conjunto das inter-relações do agente, do suscetível e do meio ambiente, (Pirâmide de resende idade contemporânea) desde o estímulo patológico no meio ambiente, passando pela resposta do hospedeiro suscetível ao estímulo, até as alterações que levam a um defeito, invalidez, recuperação ou morte.
2 períodos sequenciados:
Epidemiológico – o interesse é dirigido para relações entre o suscetível e o ambiente
 Patológico – foco nas modificações no organismo vivo
O epidemiológico e o patológico são dois domínios interagentes, consecutivos e mutuamente exclusivos que se completam.
O MEIO AMBIENTE onde ocorrem as pré-condições...e o MEIO INTERNO, lócus da doença onde se processa de forma progressiva uma série de modificações bioquímicas, fisiológicas e histológicas, próprias de uma determinada enfermidade.
EM SÍNTESE: As condições de saúde e de doença dos sujeitos e grupos sociais não se define somente pela condições BIOLÓGICAS que o organismo apresenta! E nem tão pouco somente pelo MEIO EM QUE VIVEM, mas pelo lugar que os seres humanos ocupam na estrutura social e pela forma como exercem seus direitos de cidadania...
Foto determinantes (grupo)
Política Nacional de Promoção da Saúde:
Responsabilidade atuar sobre as causas dos problemas de saúde com vistas a melhorar a situação de saúde e a qualidade de vida das pessoas.
Atua sobre indivíduos, sobre grupos sociais, comunidades, espaços onde as pessoas vivem (escolas, bairros, empresas ou locais de trabalho
Política de saúde com base na promoção da saúde: das políticas públicas saudáveis recriação do espaço público nas cidades
Uma das formas de difusão e incorporação das propostas do movimento da Promoção da Saúde no Brasil tem sido a criação de cidades saudáveis, iniciativa fomentada pela Organização Mundial da Saúde e incorporada por várias administrações municipais nos últimos anos.
Ações cidades saudáveis: Deve estar continuamente criando e melhorando ambientes físicos e sociais, fortalecendo os recursos comunitários que possibilitam as pessoas se apoiarem mutuamente no sentido de desenvolverem seu potencial e melhorarem sua qualidade de vida: Sustentabilidade, espaços para lazer e atividades físicas e educação em saúde e prevenção da violência e acidentes.
Intervir nos determinantes socais, econômicos e ambientais por meio de estratégias como planejamento urbano, empoderamento comunitário e participação da população!
Tem se trabalhado com várias formas de difusão e incorporação das propostas do movimento da Promoção da Saúde no Brasil denominada cidades saudáveis.
O foco da atenção da Política de promoção da saúde é no território moradia e UBS, para se garantir que a população se mantenha saudável e não adoeça.
Bandeira do CONASEMS (conselho nacional de secretários municipais de saúde):
 Defende o interesse em se avançar na implantação de ações intersetoriais de Promoção da Saúde, principalmente, ao nível nacional
Articular e integrar as ações de promoção da saúde no âmbito do SUS, coordenando a implantação da Política Nacional de Promoção da Saúde e incentivar a elaboração de Políticas de Promoção da Saúde a nível Nacional junto ao Ministério da Saúde
Problemas e desafios no momento atual: Não vai cobrar na prova, mas temos que saber!
Avançar na análise dos problemas e desafios que se colocam, no momento atual para a efetiva construção de um modelo de atenção que tenha a integralidade do cuidado como atributo central.
O processo de construção da Integralidade na dupla perspectiva (sistema e práticas) enfrenta hoje no âmbito do SUS um conjunto de desafios que podem ser classificados de estruturais e conjunturais.
As ações adotadas pelos gestores do sistema (ao nível federal, estadual e municipal) no momento atual, conformam um mosaico extremamente complexo no qual se evidenciam elementos favoráveis e elementos desfavoráveis manutenção ou transformação do modelo, que incidem, portanto, na construção da integralidade do cuidado e na acumulação de fatos e processos que podem vir a contribuir para a reversão efetiva do modelo médico assistencial hegemônico.
Os processos de urbanização e Globalização
Desigualdades sociais
Mudanças ambientais e climáticas
O quadro sócio-sanitário da população brasileira: o desafio das doenças crônicas e das doenças emergentes e re-emergentes
Desigualdades no adoecer e morrer
Complexidade e multicausalidade dos agravos: doenças crônicas, violências, doenças emergentes
Medidas Preventivas
Prevenção primária Prevenção secundária Prevenção terciária
Algumas definições
Prevenção: Aplicação de um conjunto de ações para evitar as doenças e/ou suas consequências, significa a ação antecipada, tendo por objetivo interceptar ou anular a evolução de uma doença.
Prevenção Primária: Medidas aplicadas na fase anterior ao surgimento da doença/agravo, objetivando a manutenção da saúde.
 2 níveis: Promoção da Saúde e Proteção Específica.
PrevençãoSecundária: Medidas aplicadas após a instalação da doença/agravo para prevenção de recaídas, complicações, sequelas e óbito. 
2 níveis: Diagnóstico e Tratamento Precoces e Limitação da Incapacidade.
Prevenção Terciária: Medidas aplicadas na fase mais avançada da doença/agravo, objetivando evitar uma deterioração maior, desenvolvendo a capacidade residual do indivíduo. 
1 nível: Reabilitação.
PREVENÇÃO PRIMÁRIA: Não há evidência de distúrbio no processo saúde-doença MEDIDAS PREVENTIVAS - PREVENÇÃO PRIMÁRIA
Primeiro Nível - Promoção de Saúde
Tratamento da água;
Tratamento do lixo e esgoto;
Isolamento de portadores;
Higiene pessoal;
Lavagem das mãos;
Tratamento ortodôntico.
Segundo nível: Proteção específica A atitude preventiva é efetuada mediante o conhecimento de um determinado agente específico.
Iodetação do sal de cozinha,
Fluoretação das águas
Vacinação
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA: Há evidência de distúrbio no processo saúde – doença.
Terceiro nível: Diagnóstico precoce e Tratamento imediato
Exame de rotina
Check up clínico geral
Auto exame das mamas
Papanicolau
Exame da próstata
Lesão cariosa de mancha branca
Quarto nível: limitação do dano
Restaurações
Tratamentos endodônticos Extrações 
Prevenção terciária
Tratamento das sequelas estéticas e funcionais oriundas dos tratamentos executados.
Quinto nível: Reabilitação
Próteses
Implantes osseointegrados

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