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WEB AULA 1 Unidade 2 – Ética e Responsabilidade Socioambiental BENCHMARKING DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL No final da Idade Moderna e Início da Idade Contemporânea, a sociedade tem tido uma percepção cada vez maior da necessidade de rever os problemas ambientais, marcado por mudanças constantes e velozes. Se no século passado houve uma abundância e despreocupação com a questão ambiental, atualmente a atenção torna-se obrigatória. Vários os fatores se tornaram foco de atenção como, por exemplo, a decadência dos recursos naturais e a poluição que tem aumentado a cada tempo e por estes motivos passaram a estar nas pautas de reflexão da sociedade industrial e intelectual. Nesta perspectiva, mostram-se as consequências, apontam-se o aumento da complexidade do ambiente e o baixo grau de previsibilidade das relações organizacionais. O consumo de recursos naturais é mais intenso nos países industriais, conforme Lavorato (2013, p. 1, grifos do autor): “a ponto de aqueles países já responderem por mais de 80% do consumo total no mundo, ou seja, 30% dos recursos naturais consumidos na Alemanha vêm de outros países; no Japão, 50%; nos países Baixos, 70%, segundo Wolfgang Sachs - Wuppertal Institute Sachs”. BENCHMARKING AMBIENTAL O Benchmarking é uma atitude Responsável competitiva que deve apresentar uma metodologia própria e transparente. O Objetivo é a identificação de modelos gerenciais de excelência desenvolvidas por gestores das mais diversas instituições cujas aplicações comprovaram eficiência. Este processo acelera o desenvolvimento técnico gerencial e, consequentemente, as boas práticas de sustentabilidade nas organizações. Segundo Lavorato (2013, p. 1): O Benchmarking Ambiental é praticado como uma forma de aprendizado por meio de comparações competitivas com ênfase nos processos e resultados das empresas e organizações que são reconhecidas como representantes das melhores práticas ambientais. PARA SABER MAIS: Acesse o link a seguir para aprofundar seus conhecimentos sobre o Benchmarking ambiental brasileiro <http://www.rh.com.br/Portal/Responsabilidade_Social/Artigo/4166/benchmarking-ambiental-brasileiro.html>. Qual é o maior desfio das empresas? A primeira coisa a se pensar é entender a forma de interagir ou interligar os interesses da empresa com os interesses dos stakeholders1. Portanto, aumentar a competitividade e manter a boa relação com o público de interesse não é uma tarefa fácil devido ao novo cenário e ao surgimento de diversas outras formas de pressões além das variáveis ambientais. Na mesma linha de entendimento e da utilização do benchmarking, se tratando de comparações competitivas, encontram-se os Multistakeholders. As ações dos Multistakeholders muito contribuem para o processo deBenchmarking. Multistakeholders é um processo de troca mútua. Os stakeholders de um determinado setor se reúnem com líderes dos outros setores da sociedade e trocam experiências. Exemplo: os stakeholders do setor de educação apresentam sua experiência de Responsabilidade Social e, ao mesmo tempo, colhem o que os outros stakeholders (de outros setores) tiveram para contribuir. Assim, este líder ganha mais conhecimento, e o grupo como um todo também (BARBOZA, 2012, p. 28). Figura 1 - Multistakeholders Fonte: Do autor (2013). 1. STAKEHOLDERS - São, portanto, aqueles que podem afetar ou ter o seu interesse afetado pelo funcionamento, desempenho e resultados presentes e futuros da organização em questão (BRITO; CARNIELLI, 2011, p. 30, apud BARBOZA, 2012, p. 79). ISO 26000 trabalha com as várias partes interessadas (multistakeholders). É um processo também com ONG’s, com organizações, com governo, com a sociedade de modo geral. Quando os líderes de cada um desses setores participavam conjuntamente das discussões referentes à ISO 26000, eles acabavam formando osmultistakeholders. No caso da ISO 26000, podemos considerar que, em nível nacional, os stakeholders dos segmentos mais importantes de cada sociedade se reúnem, formam o workgroup (grupo de trabalho), formulam debates, discutem pontos específicos; enfim, tomam uma decisão consensual, para só então levá-la ao conhecimento das partes interessadas de todo o mundo, nas reuniões internacionais da norma. Os seis principais setores considerados pela ISO 26000 em cada país foram: Governo; Trabalhadores; Consumidores; Indústria; Organizações da sociedade civil, como ONG’s; Outros (universidades, institutos científicos, centros de pesquisa...). A Responsabilidade Social é estabelecida por uma ética, a da construção de uma sociedade capaz de ouvir a si mesma, capaz de ouvir a todos os stakeholders que têm ligação direta ou indireta com os problemas sociais e ambientais. É nesta dimensão que mencionamos a função relevante dos multistakeholders, ou seja, o processo de troca mútua. A responsabilidade ambiental é de toda sociedade, devendo cada instituição administrar as questões relacionadas ao meio ambiente. É essencial a elaboração de projetos de desenvolvimento sustentável, prevendo principalmente os impactos de sua produção na natureza. Num estudo mais aprofundado do conceito de Responsabilidade Social, a partir da ISO 26000, percebe-se que este conceito não se remete apenas às empresas, mas a todas as instituições. A Gestão Ambiental A gestão ambiental ou recursos ambientais é a administração que visa de forma racional e sustentável realizar as práticas que garantam a conservação e a preservação da biodiversidade ou diversidade biológica. Neste sentido, preservar a diversidade da natureza viva. Podemos entender também como menciona Lavorato (2013, p. 1): A Gestão Ambiental é definida como um conjunto de princípios, estratégias e diretrizes de ações e procedimentos para preservar a integridade dos meios físico e biótico, bem como a dos grupos sociais que deles dependem. A Gestão Ambiental visa ordenar as atividades humanas para que estas originem o menor impacto possível sobre o meio. Esta ordem vai desde a escolha das melhores técnicas até o cumprimento da legislação e a alocação correta de Recursos Humanos e financeiros. Qualquer organização, a própria sociedade, as empresas de modo geral e o governo (e aqui se contempla o próprio sistema educacional) podem se utilizar da ISO 26000 para aferir seu tipo de conduta. Justamente por ser um conceito de difícil aferição é que países do mundo todo se uniram para discuti-lo. WEB AULA 2 Unidade 2 – Ética e Responsabilidade Socioambiental PROJETO SUSTENTÁVEL Quer fazer um projeto para a comunidade em que a empresa está inserida e não sabe como? Vamos apresentar algumas ações importantes para a criação do projeto de responsabilidade socioambiental. A “Sustentabilidade” sempre foi relacionada às preocupações que causam grandes impactos ao meio ambiente, a ecologia ou à preservação dos ecossistemas. No entanto, atualmente esta noção foi ampliada e a sustentabilidade deixou de ser considerada apenas às questões ambientais e sim a qualquer projeto de Responsabilidade Social. Qual a relação entre um projeto sustentável e uma edificação efetivamente sustentável? A reflexão que se segue parte da ideia de que a sustentabilidade de uma edificação é dada pela permanência, ao longo do tempo, da sua utilidade e da eficiência de suas facilidades, assim como de como ela se insere no contexto urbano permitindo o desenvolvimento e as condições de vida das futuras gerações (DEGANI, 2012, p. 1). Neste estudo vamos refletir sobre alguns aspectos de projetos de Responsabilidade Social e sobre a sequência básica para implantá-la. ANTES DE INICIARMOS O PROJETO, MOSTRAREMOS UM EXEMPLO PILOTO: Nome da empresa: SGB CONSULTORIA E PROJETOS No primeiro momento, pensaremos no que a SGB CONSULTORIA E PROJETOS pode fazer para criar uma rede de desenvolvimento sustentável. Algumas perguntas são necessárias: Que ações são importantes para a comunidade? E como essas ações podem ser postas em prática? As respostas para estas perguntas podem ser obtidas por meio de um diagnóstico. Um questionário que ajudará a identificar as principais necessidades ou deficiências existentes no ambiente do qual a empresa faz parte. São essas informações que nortearão os investimentos da empresa. No caso da SGB CONSULTORIA E PROJETOS há um gasto considerável de papel e não tem como diminuir. O QUE FAZER ENTÃO? Sabendo-se que há um déficit de vagas de emprego na comunidade, a SGB CONSULTORIA E PROJETOSresolveu montar uma cooperativa para reciclagem de papel. Os cooperados seriam moradores da cidade, capacitados para o serviço e toda a renda obtida seria revertida para essas famílias, gerando renda e aquecendo a economia local. OUTROS EXEMPLOS: De acordo com Evelyne Leandro (2008, p. 1), Consultoria e Projetos, mostramos a seguir alguns exemplos de projetos: RECICLAGEM DE PAPEL – Se sua empresa gasta muito papel, não é possível diminuir esse gasto e há umdéficitde vagas de emprego na comunidade, pode-se pensar na montagem de uma cooperativa para reciclagem de papel. Os cooperados seriam moradores da cidade, capacitados para o serviço e toda renda obtida seria revertida para essas famílias, gerando renda e aquecendo a economia local. EDUCAÇÃO– Um projeto de educação de adultos, onde os beneficiados são os funcionários da empresa e membros da comunidade. Funcionários alfabetizados são mais facilmente capacitados para o exercício de suas funções. Comunidade alfabetizada torna-se mais mão de obra disponível para futuros empregos. HORTAS ORGÂNICAS – Famílias capacitadas na produção de produtos orgânicos. Geração de renda para as famílias, aquecimento da economia local e fornecimento de alimentos saudáveis nos refeitórios da empresa. VAMOS ENTENDER COMO SE CRIA UM PROJETO? O QUE DEVE CONTER NO PROJETO TÍTULO DO PROJETO: Deve refletir seu objetivo e ter um impacto significativo em seu leitor. APRESENTAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO Deve conter: nome ou sigla da entidade; composição da diretoria, da coordenação e nome do responsável pelo projeto; endereço completo para contatos e correspondências; histórico da entidade (quando foi criada, diretrizes gerais, percurso ligado ao social, trabalhos realizados, resultados conseguidos e principais fontes de recursos ou financiamento. OBJETIVOS E METAS Deve estabelecer sobre as características da população que será diretamente beneficiada e o local onde se desenvolverá o projeto. ANÁLISE DE CONTEXTO DO PROJETO/ JUSTIFICATIVA Deve descrever as deficiências e potencialidades da região aonde o projeto vai se inserir. O fundamental é demonstrar a importância de seu projeto diante da realidade descrita, justificando em sua sequência lógica, como e porque poderá avançar na resolução dos problemas existentes. METODOLOGIA Deve descrever o caminho escolhido, de que forma ele vai se desenvolver, as estratégias pensadas para cada um dos objetivos propostos, quem são os envolvidos e a responsabilidade de cada um. REQUISITOS TÉCNICOS OU RECURSOS São os requisitos operacionais, examinando esboços e necessidades técnicas, para organizar sua execução ou aperfeiçoamento; calcula os custos do projeto, apurando necessidade de mão de obra, materiais, instalação, funcionamento e outros, para determinar seu gasto total; MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO Controla o desenvolvimento do projeto, supervisionando e orientando os aspectos técnicos dos processos de trabalho. CRONOGRAMA DE ATIVIDADE (EXEMPLO) Geralmente, na primeira coluna os gestores registram todos os procedimentos para a concretização do projeto.
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