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Direito Penal II daniela portugal

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TEORIA DO DELITO: É a parte da Ciência do Direito Penal que se ocupa de explicar o que é o delito em geral, ou seja, quais são as características que devem ter qualquer delito.
Observação: O crime é insuscetível de fragmentação, pois é um todo unitário. No entanto, para efeitos de estudo, faz-se necessária a análise de cada uma de suas características ou elementos fundamentais (fato típico, antijurídico e culpável). Esses três elementos que convertem em um delito, uma vez que estão em uma cadeia lógica (a culpabilidade- responsabilidade pessoal por um fato antijurídico pressupõe a antijuricidade do fato, do mesmo que o antijurídico tem de estar concretizado em tipos legais- Tipicidade).
Infração Penal
O nosso Código Penal adotou o modelo bipartido, de um lado, as palavras crimes e delito como expressões sinônimas (crimes/delito x contravenções). Portanto, infração penal é o gênero e crimes/ delitos e contravenções são as espécies.
Diferença entre Crime x Contravenção
Art 1º do LICP “Considera-se crime a infração penal que a lei comina pena de reclusão ou de detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa; contravenção, a infração penal a que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples ou de multa, ou ambas, alternativa ou cumulativamente.”
*CRIMES: São Infrações Penais pela lei com pena de Reclusão (regime inicial: fechado, semi-aberto ou aberto) e Detenção (Regime inicial: semi-aberto ou aberto, porém pode haver regressão para o regime fechado).
*Contravenções Penais (“Crime Anão”, “crime vagabundo” e “delito liliputiano”): São infrações penais com Pena de Prisão simples (Regime de cumprimento: Semi-aberto ou aberto, porém não há regressão de regime- Não Podendo ir para o regime fechado e com pena sem rigores penitenciários).
Observação: Diante disso, é perceptível que não há diferença na essência da conduta acerca do que é crime e contravenção. É válido ressaltar que, normalmente, as contravenções apresentam um menor potencial ofensivo. Porém, não é isso que as distinguem.
Ademais, a rotulação de crime e contravenção parte de uma escolha política de qual bem deverá ser protegido.
Observação: A lei de Contravenções não pune a tentativa.
 Art. 4º da LCP Não é punível a tentativa de contravenção
A lei nº11.343/2006 não trata das penas relativas ao consumo de droga em seu art. 28, como saber se é crime ou contravenção? Devemos entender que faz parte do rol de crimes.
Conceito de Crime
*Aspecto Formal: Crime seria toda Conduta que se subsume ao tipo incriminador. Exemplo:   Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel. Ou seja, a partir do momento que alguém furta uma caneta, já é furto.
Portanto, mesmo que haja um elemento que exclua a tipicidade do fato, será crime, pois considera somente a subsunção da norma ao fato.
*Aspecto Material: Aquela conduta que gera uma efetiva lesão e perigo de lesão concreto ao bem jurídico tutelado.
Contudo, mesmo sendo importante o bem, é necessária uma lei penal para tipificar, pois se não, não haverá crime.
*Aspecto Legal: Crime é a infração penal que tem como pena Reclusão ou detenção.
*Aspecto Analítico (Conceito Estratificado): Crime é Fato Típico, Ilícito e Culpável.
#Elementos que compõem a infração Penal a partir do conceito analitítico e da Teoria Tripartida:
Conceito Analítico de Crime e suas teorias:
*TEORIAS ANALÍTICAS:
Teoria Bipartida: Seria o crime um Fato TÍPICO + ILICITUDE. Portanto, a Culpabilidade não era um elemento do crime, mas sim como um mero pressuposto para aplicação da pena.
Defensores: Damásio e Mirabete
Crítica- Não somente a culpabilidade é o elemento para aplicação da pena, mas sim, todos os outros.
Teoria Tripartida: Seria o crime um Fato TÍPICO + ILICITUDE + CULPABILIDADE.
Defensores: Greco, Sanchez, Hungria e Juarez Tavares
Teoria Quadripartida: Seria o crime um fato TÍPICO + ILICITUDE + CULPABILIDADE + PUNIBILIDADE.
Portanto, segundo a ideia dessa teoria, caso prescrevesse a punição, não poderia ser considerado como Crime.
 Defensor: Basileu Garcia.
Pergunta: Teria o nosso Código Penal adotado qual teoria?
 O Código Penal no Art. 22 e 23 de excludentes de tipicidade e ilicitude, traz que “não há crime”. No entanto, ao falar da culpabilidade retrata que “não há PENA”. Diante disso, penalistas afirmam que o Código Teria adotado o modelo Bipartido. Todavia, a lei deve ser interpretada a luz do tempo e do espaço. Portanto, a posição majoritária é que nosso Código adotou a Teoria Tripartida.
Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.
 Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato:
        I - em estado de necessidade; 
        II - em legítima defesa;
        III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
ELEMENTOS DO FATO TÍPICO (DA TIPICIDADE)
Conduta (Conceito Finalístico- Hans Welzel): É um comportamento humano comissivo (ação concreta do agente-previsão de um comportamento positivo) ou omissivo (determinações de condutas não feitas, que se não realizadas, caracterizam uma infração penal), livre e consciente direcionado a um determinado fim.
Observação: Sempre haverá voluntariedade, ainda que outro seja o resultado (Crimes culposos).
Conduta= Comportamento comissivo / omissivo + Voluntariedade + Finalidade (Ainda que outro seja o resultado).
Situações de Exclusão da Conduta
FORÇA IRRESISTÍVEL ou DE FORÇA MAIOR: 
Não há conduta quando a Força não se pode resistir e não há voluntariedade. Ademais, esses fatos geram efeitos imprevisíveis, impossíveis de evitar ou impedir.
A força Irresistível pode ser:
*Da Natureza: Pode –se conhecer o motivo ou causa que deu origem ao acontecimento por ser um fato oriundo da natureza. Exemplo: Raio que provoca incêndio, Correnteza que provoca a colisão entre duas pessoas no mar (Não há como se opor).
*Humana (Coação Física irresistível): Em razão de força física externa, é impossibilitado de determinar seus movimentos de acordo com sua vontade. Ou seja, por voluntariedade de uma pessoa, a outra é coagida e produz um comportamento criminoso (Vale ressaltar que não entra a coação Moral). Exemplo: Eu empurro Rafaela e Rafaela lesiona Rejane. Não de se falar em crime para a pessoa do meio (Rafaela, uma vez que ela é apenas instrumento do meu ato criminoso).
*Coação Moral Irresistível (EXCLUSÃO DE CULPABILIDADE): É conferida ao coagido a possibilidade de escolha entre cumprir o ato determinado pelo coator ou sofrer consequências danosas por ele prometidas.
ATOS REFLEXOS: Impulsos orgânicos sobre os quais o agente não exerce o controle (foge da voluntariedade). Ex. Em convulsão ou Epilepcia alguém tenta pegar na minha língua e eu mordo.
Exemplo: Por conta de um susto causado pelo bater inesperado de uma porta, João, por mero impulso, movimentou os braços atingindo o rosto da pessoa que estava ao seu lado.
ATOS DE INCONSCIÊNCIA: Aquilo que está no plano da Inconsciência não dá para termos domínio e defender que agimos com voluntariedade. Exemplo: Sonambulismo e Hipnose 
Responsabilidade Penal da Pessoa Jurídica
Art. 225,§ 3º da CF/88- As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados. (Mandato constitucional de criminalização)
Correntes:
1º Corrente: A pessoa jurídica não pode praticar crimes, nem ser responsabilizadas penalmente, uma vez que, é uma ficção jurídica, ou seja, é um ente virtual desprovido de consciência e vontade. Defende que a intenção do Constituinte jamais foi criar a responsabilidade penal da PJ.
CONCLUSÃO: A PJ somente poderá responder por sanções administrativas, tributárias, civil. Não podendo responder sanções penais, sanções somente imputadas as Pessoas Físicas.
2º Corrente: Apenas a pessoa físicapratica crimes. Entretanto, nos crimes ambientais havendo relação objetiva entre autor do fato típico, ilícito e a empresa (infração cometida por seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da entidade), admite-se a responsabilidade penal da PJ.
Conclusão: Apesar de somente as Pessoas físicas praticarem crimes, as pessoas Jurídicas também podem em crimes ambientais desde que haja a relação objetiva supracitada.
3º Corrente: A pessoa Jurídica é um ente autônomo e distinto de seus membros, dotado de vontade própria. Portanto, podem cometer crimes ambientais e sofrerem pena. Todavia, defendia a dupla imputação, no qual somente poderá ser responsabilizada uma PJ quando houver a imputação também a uma Pessoa Física.
O STJ chegou a adotar essa teoria, no entanto, o STF derrubou a dupla imputação para responsabilizar a PJ penalmente, defendendo que isso seria uma afronta ao art. 225, §3º. Daí o STJ alterou o seu entendimento, e afirmando que a imputação criminal pode recair exclusivamente na pessoa Jurídica.
*Pessoa Jurídica de Direito Público pode ser responsabilizada penalmente por delito ambiental, por exemplo em caso de poluição? Reflexão
Resultado: Consequência externa derivada da conduta humana que pode originar o Resultado naturalístico e/ ou Jurídico.
Classificação dos Crimes quanto ao Resultado
Crime Material: É aquele que somente se consumam quando há a produção naturalística (transformação no mundo exterior) de determinado resultado previsto expressamente pelo tipo penal. Exemplo: Somente haverá consumação do Crime de Homicídio quando houver o resultado da morte do indivíduo.
Exemplo: Somente poderá falar em dano consumado quando houver a deterioração, destruição ou inutilização de coisa alheia.
EX. Furto
 Consumação
--------------------------!--------------------------------------------------------------
 Resultado Naturalístico 
 Resultado Jurídico
Crimes Formais (crime de consumação antecipada): São conhecidos como crimes de consumação antecipada, uma vez que, para a consumação basta apenas a ofensa aos bens jurídicos tutelados e o resultado naturalístico entra em um mero exaurimento. Portanto é necessário apenas o Resultado Jurídico.
A consumação nos crimes formais ocorre com a mera conduta.
 Consumação Resultado Naturalistico
--------------------!-------------------------------------!----------------------------
 Resultado Jurídico
Exemplo: Art. 158 (Crime de Extorsão)- Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer alguma coisa:
O STJ entendeu que o Crime de Extorsão seria formal, uma vez que somente com o constranger se dava a consumação.
O “Constranger” ocorre quando o indivíduo externaliza a vontade de “ceder”.
Exemplo> Se o cara liga para minha casa dizendo que está com a minha filha e eu não demonstro que iria ceder. Não há de que se falar em constrangimento, mas sim, apenas no exigir.
Exemplo: Crimes de Ameaça
 Consumação Resultado Naturalístico
------!--------------------!------------------------------------------------!----------
 Exigir Constranger Obtenção de Vantagem
Ex. Invasão ao domicílio
Iter Criminis: Consiste no itinerário do Crime, ou seja, etapas para a consumação e tentativa do crime doloso.
Cogitação: Significa a ideia criminosa, ou seja, é uma fase interna que pertence unicamente e exclusivamente ao indivíduo. Por esse motivo, a cogitação é sempre impunível como desdobramento lógico do princípio da Materialização da conduta.
A cogitação envolve: surgimento da intenção (idealização), o agente pondera as circunstâncias da conduta (deliberação) e corresponde a decisão da execução da conduta.
Atos preparatórios: O agente se cerca de condições para a realização da conduta criminosa, adotando providências externas para que a conduta possa se realizar. 
Ex. Adquirir um automóvel para uma fuga em um roubo, comprar uma arma, faca, aluguel de cativeiro para sequestro.
Observação: Nesse momento, o sujeito está externalizando sua vontade afim de viabilizar a conduta criminosa. Portanto, em regra, os atos preparatórios não são Puníveis. Porém, eventualmente, o legislador poderá tipificar os atos preparatórios: 
mera associações criminosas, aquisição de explosivos para utilização em furtos ou roubos em bancos, terrorismo, moeda falsa e porte ilegal de arma.
Atos executórios: Quando o agente exterioriza para realizar o crime idealizado, por vezes, preparado. 
CASO: João, buscando furtar um televisor no interior da residência de Antônio, posiciona-se na esquina aguardando o morador sair do imóvel para o trabalho, deixando a propriedade desvigiada. Antônio, como de costume sai de casa as 8h para o trabalho. João então pula o muro, entra na casa e subtrai o televisor?
Mas, quando começaria a execução?
Teoria objetivo Formal: Entende-se que o ato executório se inicia na realização do verbo do núcleo presente no tipo incriminador. 
Portanto, para a teoria formal a execução somente começou com a subtração do televisor.
*Crítica: gera uma insuficiência para a intervenção do Estado, uma vez que, somente poderá ser punido apenas quando estiver próximo da consumação.
Teoria objetivo Material: Os atos executórios seriam aqueles que atacam aos bens jurídicos, criando-lhe uma situação concreta de perigo. 
Portanto, para essa teoria o fato de João se colocar na esquina já se configura como perigo, sendo uma execução.
Ex2: Acender um Fósforo- Para a Teoria Formal não é ato executório. Por sua vez, para a teoria Material é tentativa de homicídio.
Consumação: A consumação ocorre quando há a produção de resultado jurídico e / ou naturalístico conforme o crime.
Exaurimento: Tudo o que ocorre após a consumação.
Exemplo: Pratica-se o homicídio e continua esfaqueando a Vítima
Exemplo: Pratiquei a extorsão e continuei obtendo vantagens
Via de regra, o exaurimento é impunível. Todavia, pode servir para dosemetria da pena e como qualificadora.
CRIME CONSUMADO (Art14, I).
I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal;
Portanto, o crime é consumado, pois há uma “tipicidade perfeita”, no qual há uma subsunção da conduta ao tipo incriminador.
OBSERVAÇÃO: É preciso salientar que nos crimes materiais a consumação se dá com o resultado naturalístico. Por sua vez, nos crimes formais a consumação se dá apenas com a conduta, uma vez que, o resultado naturalístico é mero exaurimento. Ademais, no crime permanente a consumação se protrai no tempo (Sequestro).
TENTATIVA (Art.14, II): quando iniciada a execução, o crime não se consuma por circunstâncias alheias a vontade do agente.
*Comentários: 
“iniciada a execução”= Não se confunde com o ato preparatório, mas sim quando já iniciada e execução.
“O crime não se consuma”= Não se pode falar em tentativa quando o crime é formal, ou seja, tem a sua consumação antecipada.
“Alheias”= O agente queria persistir no ato criminoso, mas foi impedido
“Vontade”= Somente se fala em Tentativa em crimes DOLOSOS.
*ELEMENTOS DA TENTATIVA:
Início da execução
Não consumação do crime por circunstâncias alheias
Dolo de consumação
Resultado Possível 
Qual a natureza da tentativa?
Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.
A natureza da tentativa= Tipo de Crime Consumado – diminuição de pena de 1/3 a 2/3 
 (Norma de Extensão) (Cláusula geral de diminuição de pena)
Observação: A lei traz o parâmetro de diminuição de pena para que o Juiz a observe com base no quãopróximo se chegou de se consumar o delito
Observação: A lei traz “Salvo disposição em contrário”, pois, excepcionalmente, a tentativa é tipificada pelo legislador como um crime autônomo e em artigos. Ex. Art. 352 do CP
NÃO É PUNIDA A TENTATIVA DE CONTRAVENÇÕES E SOMENTE EXISTE TENTATIVA EM CRIMES DOLOSOS.
Espécies de Tentativas: 
Observação: As espécies de tentativa devem ser analisadas com base no planejamento de execução do Agente.
Tentativa Perfeita ou “Crime Falho”: O agente esgota todo o seu plano de execução, mas não conseguiu consumar o crime (Somente é compatível com os Crimes Materiais) Exemplo: João dispara todos os seus tiros e não mata Rafaela. 
Tentativa Imperfeita: O agente não esgota seu plano de execução, mas encontra um obstado. Exemplo: João é impedido pela polícia ou por populares ao querer matar Rafaela. 
Tentativa branca ou Incruenta: Somente causa um perigo concreto de lesão ao bem jurídico. Ex: Tiro que não pega no corpo da vítima
Tentativa Vermelha ou Cruenta: O agente consegue causar a lesão parcial (parcial, pois não ocorre a consumação) ao bem jurídico. 
Tentativa Idônea: o resultado, apesar de ser possível de ser alcançado, só não ocorre por circunstâncias alheias à vontade do agente. 
Tentativa Inidônea: O crime mostra-se impossível de ser consumado por absoluta ineficácia do meio empregado ou por absoluta impropriedade do objeto (Crime Impossível)
Tentativa Abandonada:
G.1) Desistência Voluntária: O agente inicia a execução e desiste de prosseguir abandonando o crime. Resumindo: “Posso prosseguir, mas não quero”
O ato é voluntário (Não poderá haver coação física ou moral, mas pode haver o convencimento)
Implica a não consumação do delito
Responde somente pelos atos já praticados
Exemplo: Começa a atirar para matar alguém, mas desiste no meio da execução.
 G.2) Arrependimento eficaz: Ocorre após a execução do seu plano, no entanto, posteriormente, arrepende-se de maneira eficaz, impedindo a sua consumação. 
Ato voluntário
Implica a não consumação do delito 
Responde somente pelos atos já praticados
Exemplo: Eu atiro, porém depois eu me arrependo de maneira eficaz e levo a vítima para o hospital para que não aja a consumação do delito (Lesão corporal). Porém, se o individuo morrer no hospital = Homicídio Doloso.
Observação: Caso ocorra a consumação do delito, a desistência voluntária ou arrependimento posterior é um mero atenuante da pena.
Diferença entre Tentativa Imperfeita x Desistência Voluntária
Tentativa Imperfeita = “Quero prosseguir, mas não posso”
Desistência voluntária= “Posso professeguir, mas não quero”
Exemplo: Um individuo está furtando, mas toca a sirene da loja e ele não furta= Tentativa Imperfeita
Arrependimento Posterior: Após o agente ter consumado o crime, por ato voluntário, repara o dano ou restitui a coisa com o fim de restaurar a ordem perturbada (a restituição deve ser integrada, porém pode ser parcial se for em concordância com a vítima). Nesse caso, a lei recompensa o criminoso com a diminuição de pena.
Não pode ser admitido em crimes com violência ou grave ameaça a pessoa. (o entendimento majoritário é que mesmo nos crimes culposos com violência no resultado e não na conduta, admitem esse beneficio. Art. 129- Lesão corporal decorrente de culpa)
Ato voluntário
Apenas ocorre a redução de pena
A restituição ou reparação do dano deve ser feita antes do recebimento da denúncia ou queixa 
Observação: O arrependimento posterior nos crimes comuns tem causa de redução de pena. Porém, nos crimes de ordem tributária e a qualquer tempo, o arrependimento posterior gera exclusão de punibilidade.
Nexo de causalidade: É o vínculo existente entre a conduta e o resultado, ou seja, nexo é provar que o resultado foi oriundo da conduta em que se quer imputar.
 Art. 13- O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.
Existem teorias que irão tratar acerca do que seria causa para o Direito Penal:
Teorias:
Teoria da causalidade adequada: Essa teoria adota um conceito de causa específico e restritivo, uma vez que causa seria apenas o evento idôneo ou suficiente para a produção do resultado. Logo, essa teoria irá “olhar para trás” e selecionar o evento que causou o resultado final e todo o resto será desprezado.
Ex: um sujeito amarra o criminoso no poste e outra pessoa mata. Para essa teoria, somente interessa quem o matou e os demais não respondem pelo resultado Morte. 
Obsevação: Por meio dessa teoria seria possível excluir o resultado morte do nexo de imputação quando faltasse para o autor da lesão a previsibilidade objetiva (autor da lesão não sabia que a pessoa era hemofílica).
Teoria da equivalência dos Antecedentes causais ou Conditio Sine qua non (Art. 13 do Código Penal): Causa é a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido como tal qual ocorreu. Portanto, essa teoria ela olha para o passado e considera todos os eventos que de alguma maneira se conectam ao resultado (sem hierarquizações), no qual sem tais condutas não haveria resultado.
*COMO IDENTIFICAR O QUE É OU NÃO É CAUSA DO EVENTO?
Juízo hipotético dos antecedentes causais: Consiste em uma técnica utilizada com o objetivo de identificar o que é e o que não é causa para fins de imputação. Para fins de identificação da causa deve ser analisado:
Pensar no fato influenciador para o resultado
Suprimir mentalmente esse fato da cadeia causal
Se como consequência dessa supressão mental, o resultado vier a se modificar, é sinal que o evento é considerado causa.
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Mauricio Requião dormiu Acordou com Saiu com pressa bloqueio da 
 tarde vendo o Oscar Pijama (É causa) Transalvador
(é causa) (Não é causa) (É Causa)
--------!----------------------------------------!---------------------------------------!
Trafegou na Contramão Atropelou Guanabara Guanabara Morre
(É CAUSA) (É causa) (resultado)
Portanto, todos esses eventos são considerados causas para o fato supracitado. No entanto, por que não são imputadas as penas para a Transalvador, aos alunos e ao Oscar? Pois é necessário a responsabilidade subjetiva (dolo ou culpa).
O grande problema da teoria é que ela tende ao regresso infinito. Diante disso, a análise não fica resolvida na análise do nexo, mas sim na ocasião do exame da tipicidade subjetiva. Portanto, a causalidade objetiva não é suficiente para imputação do crime, de modo que, dentro da perspectiva do finalismo, é indispensável perquirir a causalidade psíquica (dolo ou culpa) para produção do delito.
Teoria da Imputação Objetiva: O objetivo dessa teoria é evitar a imputação desnecessária na parte objetiva do tipo, ou seja, criar obstáculos. Diante disso, essa teoria não irá admitir a responsabilidade objetiva, mas sim irá aceitar a responsabilidade subjetiva, no qual deverá ser avaliado o dolo e a culpa, além de outros elementos com o objetivo de condicionar o nexo ao exame de riscos e evitar a imputação desnecessária.
Observação: É uma compilação de teorias, no qual Claus Roxin foi o responsável por sistematizar e compilar. 
*Ponto de partida da teoria: A teoria irá ter como base a “análise do risco”, no qual poderia ser mensurado e identificado em um contexto de revolução industrial (trabalho industrial). Por sua vez, na sociedade pós industrial fica mais difícil para que se possa mensurar esse risco. Diante disso, a teoria da imputação irá trazer critérios qual seria a conduta permitida de Risco permitido ou proibido.
Diminuição de risco: Para Roxin, a conduta não deveria ser punida quando o sujeitobusca diminuir um risco, como, por exemplo, amputar a perna de alguém contra a sua vontade com o objetivo de reduzir a dor ou morte mais trágica.
Através da Teoria da Prognose Póstuma objetiva é possível a identificação do risco objetivo, pois a prognose é um juízo de valor que leva em conta apenas os dados conhecidos no momento da prática da ação. Todavia, é objetiva, pois é feita tendo como base um homem prudente, corajoso- e não apenas um homem médio. E Póstuma, pois se analisa apenas com base nos dados e fatos conhecidos pelo homem prudente no momento da prática da ação. 
Risco juridicamente irrelevante: Seria um risco permitido, sendo assim, não poderiam ser uma conduta tutelada pelo Direito Penal. Exemplo: um sujeito que deseja a morte de outro e quer que ele viaje para que a pessoa morra (Irrelevante para o Direito).
Aumento de risco permitido: Não haverá crime se o indivíduo aumenta o risco que já era permitido. 
Ex: Um sujeito era dono de uma fábrica de pinceis de cobra, no qual deveria ser esterilizado antes de ser enviado para os seus funcionários. No entanto, ele não fez a esterilização e seus funcionários são infectados pela bactéria e acabam falecendo. Portanto, ao autorizarem os pinceis, os funcionários tinham conhecimento do risco. Ademais, mesmo que houvesse a esterilização o risco não iria zerar. Sendo, portanto, um risco permitido.
Ex. Ciclista que não usa a lanterna em um local escuro e colide. – Não podendo se falar em responsabilização penal.
Auto-colocação em perigo: O próprio titular do bem jurídico se coloca em perigo. Desse modo, a lesão não poderá ser aplicada a ninguém. 
Exemplo: Escalar o prédio e Casal sabendo que um dos dois está em HIV
Observação: A hetero-colocação consentida consiste em colocar outrem em perigo com o consentimento deste. Exemplo: Teste de aceleração ou racha em caso de carona (pune-se o motorista, uma vez que, o carona não poderia abandonar a situação e o plano de conhecimento do motorista é maior que o do carona).
Princípio Vitimodogmático (Bernd Schouldmann): Faz parte da teoria objetiva e afirma que a vítima que é negligente, caso ela venha sofrer a lesão, ela deve ser punida afim de que ela seja mais atenta e deixe de ser negligente. 
Exemplo: Retira a responsabilidade do sujeito ativo nos crimes sexuais?
Concausas: Quando há um concurso de eventos causais dentro de um mesmo caso. Portanto, é possível que haja mais de uma causa concorrendo para o resultado.
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido (Teoria da Equivalência dos Antecedentes causais)
Observação: O Código Penal é omisso quanto a esse ponto.
As concausas devem ser analisadas com as seguintes classificações: pré-existentes (a causa efetiva antecede o comportamento), concomitantes e supervenientes.
Concausas absolutamente independentes: As concausas não possuem uma relação entre si (não estão vinculadas). Por isso são analisadas autonomamente. Desse modo, identifica-se aquela ao qual deu origem a consumação e todas as demais responderão no máximo por TENTATIVA.
PRÉ-EXISTENTES (a causa do resultado antecede o comportamento): A deseja matar B, daí dispara um tiro em B, gerando a sua morte. Todavia, segundo a Perícia, o indivíduo teria morrido por um envenenamento dado por sua mulher.
*Solução: Como se trata de uma concausa absolutamente independente pré-existente, A responde por tentativa de homicídio e sua mulher por Homicídio consumado.
Concomitante (a causa efetiva do resultado é simultânea ao comportamento): Maria serve veneno para João e no mesmo momento ele é atingido por um disparo efetuado por Antônio. Daí, a pericia determina que a morte foi causada pelo veneno.
*Solução: Por ser uma concausa absolutamente independente concomitante, uma vez que, os indivíduos não eram coautores e ocorre no mesmo momento, Maria responde por Homicídio consumado e Antônio por tentativa de Homicídio.
Supervenientes (A causa efetiva é posterior ao comportamento concorrente): Maria querendo matar João serve um veneno para ele. No entanto, um tempo depois cai um lustre na cabeça dele, ocasionando a sua morte por traumatismo craniano. 
*Solução: Considerando que seria uma concausa absolutamente independente, Maria responde por tentativa de homicídio, pois eliminando sua conduta, a morte ocorreria do mesmo modo. 
CONCLUSÃO GERAL: Se tratando de Concausas absolutamente independentes, NÃO IMPORTANDO A ESPÉCIE, o comportamento paralelo sempre será punido com a tentativa.
Concausas Relativamente Independentes: As concausas possuem um vínculo de origem, uma vez que, estão conectadas e vinculadas entre si de maneira que o resultado não deriva; nem de uma; nem de outro, mas sim da soma dos esforços ou concausas.
Pré-existentes (o elemento que se conjulga para produzir o resultado é anterior a causa concorrente): João, portador de hemofilia sabido por Antônio, é vítima de um golpe de faca executado por Antônio. A execução, via de regra e em condições normais, não mataria João. No entanto, devido à hemofilia ele acaba morrendo. Daí, a perícia determina que só matou o indivíduo por este ser hemofílico. 
*Solução: Estamos diante de concausas relativamente independentes pré-existentes, uma vez que elas se relacionam e o resultado é oriundo da soma dos esforços. Portanto, responde por HOMICÍDIO CONSUMADO.
Concomitante (o elemento que se conjuga para produzir o resultado ocorre simultaneamente a sua causa): Antônio com intenção de matar atira em João, mas não o atinge. No entanto, a vitima tem um ataque cardíaco e morre.
*Solução: Estamos diante de concausas relativamente independentes, uma vez que, o resultado é decorrente da soma de esforços. Portanto, em caso de concausas relativamente concomitantes (coautoria do crime), Antônio responde por Homicídio Consumado.
Superveniência (o elemento que se soma ou conjuga ocorre posteriormente a causa concorrente): João atira em Marcos com intenção de matar e é levado pela ambulância. Posteriormente, essa ambulância cai de uma ponte e explode. Daí o perito afirma que o que causou a morte de Marcos foi a explosão. 
*Solução: Estamos diante de uma Concausa relativamente independente superveniente. Para respondermos por qual tipo incriminador Marcos responde, é necessário nos perguntarmos: o acidente “por si só” produziu o resultado? Se sim = TENTATIVA, se não= Consumado
Quando se tratar de concausa relativamente superveniente observaremos se a concausa superveniente é fruto do desdobramento causal tido por comum dentro de certa margem de probabilística. Se a partir dessa análise o desdobramento for razoavelmente normal e não romper o nexo de causalidade, o agente responderá por consumação.
 Todavia, quando a concausa superveniente, decorrente da anterior, exorbita por completo o desdobramento causal comum, rompendo o nexo de causalidade, será admitido a conduta causal do resultado a consumação e a todas as demais, no máximo por tentativa.
A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou.
Crimes quanto ao modo de execução:
Crime comissivo: Nada mais é do que uma realização (ação) de uma conduta desvaliosa proibida pelo tipo de incriminador. Viola um tipo proibitivo.
Exemplo: Homicídio, furto, falsificar documento público
Crime Omissivo (Omissão como causa): É oriundo de um “não fazer” de determinada conduta valiosa (comportamento ideal) a que o agente estava juridicamente obrigado (deveria fazer) e que lhe seria possível concretizar (podia agir para evitar o resultado). Viola um tipo mandamento.
Exemplo: deixa de prestar assistência, criança extraviada ou abandonada, ou à pessoa inválida ou ferida ou em grave iminente perigo.
Crime Omissivo = Deixar de fazer algo que deveria + poderia ser possível para evitar o resultado.
 B.1) Crime Omissivo Próprioou Puro: O tipo penal é omissivo, uma vez que descreve um “não fazer”, ou seja, a conduta omissiva está descrita no próprio tipo penal incriminador. 
Exemplo: Omissão de socorro (Crime comum)
B.2) Crime Omissivo Impróprio ou comissivo por Omissão (Art. 13, §2): O tipo descreve um “fazer” por parte do agente. No entanto, a conduta no plano da realidade é omissiva. Ex. Omissão dos Garantidores
§2ºa) - tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância
*OMISSÃO DOS GARANTIDORES: O garantidor que quando podia agir, deixa de cumprir o seu dever de garantidor JAMAIS responderá por omissão de socorro, mas sim como se estivesse ativamente causado o resultado, devido ao fato de não ter impedido o resultado. Desse modo, os garantidores apresentam a responsabilização dolosa ou culposa por crime comissivo por omissão ou omissão imprópria.
Os garantidores são aqueles que por lei apresentam por lei a obrigação de cuidado, proteção e vigilância (Dever) + Possibilidade de agir para evitar o resultado. 
Garantidores: Médicos, policiais, enfermeiros, pais.
§2º, b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado
Seriam aqueles que seriam garantidores através de relações contratuais ou da própria vida cotidiana, ou seja, da assunção voluntária, como, por exemplo: o Pai do amigo, babá, professor fazendo excursão com os alunos e alguém que leva o outro bêbado para casa depois de uma festa.
§2º, c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado
O agente deve se empenhar para que o resultado danoso não ocorra. Exemplo: Pintor que retirou a tela do apartamento e colocou de forma errada, sabendo que o seu serviço não foi bem prestado. Daí uma criança cai do 10º andar. Portanto, o pintor será acusado por Homicídio culposo por Omissão Imprópria.
Crime de conduta Mista: Trata-se de um tipo penal composto de ação (comissiva) seguida por omissão. Exemplo: Apropriação de coisa alheia (Comissão) e no segundo momento, deixar de restituir a coisa achada, ou deixar de entregar a autoridade competente (Omissão)
CRIME IMPOSSÍVEL (NÃO-CRIME): O crime impossível também é chamado de Tentativa Inidônea, uma vez que o indivíduo inicia a execução, no entanto, não é considerado crime, pois da conduta do agente é impossível se extrair o resultado criminoso, em virtude da impossibilidade de sua consumação oriundo da Absoluta ineficácia do Meio ou por absoluta impropriedade do objeto.
 Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.
*Síntese: No crime impossível há a exteriorização da vontade criminosa, mas essa exteriorização contrasta com a impossibilidade de consumação do Resultado.
CRIME IMPOSSÍVEL X TENTATIVA
Na Tentativa, não há a consumação do delito, no entanto, há um perigo concreto associado (Está apta a produzir o resultado, porém não produz).
No Crime Impossível ou Tentativa inidônea, também não há consumação do delito e também não há o perigo concreto. 
Ex. Ao invés de pegar um veneno para matar Oitaven, eu pego um frasco de água. Logo, a substância seria inócua (Há exteriorização, não há consumação e não há perigo concreto-impossibilidade do meio) 
Teorias sobre Crime Impossível
Teoria Subjetiva: Para essa teoria não importa se o meio ou objeto são absolutamente ou relativamente ineficazes ou impróprios, pois basta apenas o elemento “vontade” (subjetivo- exteriorização) para praticar a infração penal. Ou seja, o crime impossível ou tentativa inidônea é punido pela sua intenção delituosa manifestada na conduta.
Teoria Objetiva pura: O crime impossível jamais poderia ser punido, pois jamais se consumaria.
Teoria Objetiva Temperada: Traz a possibilidade de haver punição no crime impossível, ou seja, quando os meios e objetos forem relativamente eficaz ou impróprios. Art. 17
Absoluta Ineficácia do Meio
O Código Penal no Art. 17, sob a base da teoria temperada, afirma que não há punição para o crime impossível que for oriundo da absoluta ineficácia do meio.
*Conceito: Meio é tudo aquilo utilizado pelo agente capaz de ajudá-lo a produzir o resultado por ele pretendido. Exemplo: Faca, revolver, taco de golfe, pó de vidro, veneno e etc.. Por sua vez, o meio absolutamente ineficaz consiste naquilo que o agente se vale afim de cometer a infração penal, mas que, no caso concreto, não apresenta a mínima aptidão para produzir os efeitos pretendidos. Exemplo: Munição detonada, troca de veneno por água, falsificação grosseira, pílula abortiva substituída por farinha. (Mesmo se consumida a exaustão jamais se consumaria o delito).
Portanto, se o crime não se consuma devido a absoluta ineficácia do meio = Não se pune. Vale ressaltar que, essa analise deve ser feita a luz do delito, pois a arma detonada poder ser absolutamente ineficaz para um crime de Homicídio, mas não para o de roubo.
Relativa Ineficácia do Meio
É aquele que não é suficiente para a consumação do delito. Porém, o instrumento não é inócuo, pois apresenta uma potencialidade lesiva. Exemplo: Remédio fora da validade não conseguiu gerar o efeito morte, mas há uma potencialidade. Se configurando, portanto, como uma TENTATIVA.
Absoluta impropriedade do objeto
*Conceito: Objeto: é a pessoa ou coisa sobre a qual recai a conduta do agente. Por sua vez, a absoluta impropriedade do objeto é aquilo que não se perfaz no tipo. Exemplo: Se Marcos atira em Bernardo pensando que este estava dormindo, no entanto, se encontrava morto. Ele não responderá por homicídio (é crime impossível).
Exemplo: Mulher pensando que está gravida ingere a pílula abortiva, no entanto, ela não estava e não havia feto.
Observação: Não há um sentido prático em se falar de relativa impropriedade do objeto.
Questões Jurisprudenciais
Flagrante Preparado (Súmula 145 no STF):
Súmula 145 do STF: “Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação”.
Flagrante preparado: o agente é estimulado pela vítima ou mesmo pela autoridade policial (agentes provocadores), a cometer a infração com o objetivo de prendê-lo. Exemplo: Policial desconfia que Fernandinho seja um traficante. Daí ele se passa por um comprador e prende o indivíduo por tráfico de entorpecentes.
Flagrante Esperado: Não haveria essa estimulação por parte da vítima, da autoridade policial ou mesmo de terceiros, no sentido de haver a estimulação a prática do delito. Nesses casos, o agente policial tem um prévio conhecimento da intenção do agente em cometer a infração penal, o agente aguarda o momento oportuno, e cuida de todos os detalhes de modo a evitar a consumação do crime.
Todavia, o entendimento do STJ é com base na Lei de Drogas, no seu Art. 33, firmando a posição de que houve flagrante preparado para a venda da droga, porém, não houve para o “trazer”, “guardar consigo”. 
Crítica: Uma coisa só foi descoberta devido à outra. Analise puramente punitivista.
Art. 33.  Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Furto em estabelecimento Filmado
A Defensoria Pública pediu o entendimento dos tribunais, com base na seletividade dos crimes de furto relacionados à condição econômica, de que o crime de furto em estabelecimentos filmados deveriam ser considerados como: Crime impossível por Absoluta ineficácia do Meio, uma vez que, o individuo jamais conseguiria sair do local do crime sem ser pego por seguranças ou policiais em flagrante.
Diferença entre Crime Impossível (Tentativa Inidônea) x Crime Putativo 
*Crime Impossível: Existe a previsão previsão em nosso ordenamento jurídico da infração penal que o agente pretende praticar, porém devido a absoluta ineficácia do meio ou impropriedade do objeto o crime não se consuma.
*Crime Putativo: O agente crê haverefetuado uma ação delituosa, no entanto, o fato praticado é atípico. 
Tipicidade: 
Fato típico: Consiste em uma ação ou omissão humana, que norteada pelo princípio da intervenção mínima, consiste numa conduta produtora de um resultado que se subsume ao modelo de conduta proibida pelo Direito Penal, seja crime ou contravenção penal. Dentro do Fato típico nós temos: Conduta, Resultado, Nexo de causalidade e tipicidade.
TEORIAS 
Teoria Causalista (teoria causal Naturalista, Teoria Clássica): Foi Idealizada por Fraz Von Liszt, Beling e Radbruch, no século XIX e faz parte de um panorama científico marcado pelos ideais positivistas no âmbito cientifico, trazendo para o Direito a relação de causa-efeito, ou seja, foi retirado da análise da conduta o “querer interno”, ou seja, o elemento subjetivo (leia-se dolo ou culpa).
*Características:
Analisava a partir de uma tipicidade objetiva (Mera subsunção da norma à conduta). Exemplo: Furto seria subtrair coisa móvel ou alheia, para si ou para outrem.
Analisa a conduta independentemente do elemento subjetivo (Dolo e culpa), sendo, portanto, analisada dentro da culpabilidade.
Analisavam a conduta dentro da perspectiva causa-efeito (o que se causou)- Movimento corporal (ação-voluntária), produzindo um dado resultado
O conceito de crime analítica adotou a teoria tripartida (Típico, Antijurídico e culpável).
Não conseguiam explicar bem a noção de tentativa, pois como analisavam o elemento subjetivo na culpabilidade, os crimes eram sempre analisados a partir de uma tipicidade objetiva através de uma relação causa-efeito. Exemplo: Queria matar Jediel, mas pegou no ombro = Lesão corporal, independentemente de minha Vontade ter sido matar Jediel.
Apresentou grande marco para o conceito de crime e desenvolveu o conceito clássico de crime 
Síntese:
Tipicidade- Valorativamente neutra (Tipicidade objetiva-mera subsunção)
Antijuridicidade: Valoração objetiva a partir de um fato natural
Culpabilidade: Subjetivo (Constituída por dolo e culpa e imputabilidade)
Teoria Neokantista (Causal-valorativa): A teoria Neokantista tem base causalista e foi desenvolvida nas primeiras décadas do século XX tendo como maior expoente Mezger superando o positivismo (não significando sua negação) através da Racionalização do método 
*Racionalização do método- Kant descreve que o conhecimento e a verdade são adquiridos a partir da racionalidade e não da experiência. Todavia, a experiência pode dá um “start” para essa racionalidade.
Construiu o conceito Neoclássico de Crime
Manteve os elementos principais da teoria do delito (fato típico, antijurídico e culpável), porém passou a analisar a teleologia do crime (finalidade do crime).
Rompe com o método causa-efeito do causalismo e passa a entender a omissão também como uma conduta.
Passa a valorar a conduta desde a tipicidade, porém continua como sendo tipicidade objetiva mais valorada (a intenção).
A antijuridicidade tem um aspecto material (deverá haver a lesão de algum interesse)
O dolo e culpa continuam dentro da culpabilidade. Todavia, acresceram “a exigibilidade de conduta diversa)- Culpabilidade foi enriquecida pelos Neoclássicos, porém manteve o dolo e a culpa na culpabilidade.
*Síntese:
Tipicidade: Valorativa (Mas, não estabeleceu as condições)
Antijuridicidade: Valorativa (maior)
Culpabilidade: Subjetiva (Normativa- consciência da ilicitude e Valorativo- dolo e culpa)
Teoria Finalista: Essa teoria representou uma verdadeira evolução na análise da conduta e dos elementos do crime. Foi criada por Hans Welzel em meados do século XX.
Concebe a conduta humana destinada a um fim (oriunda a um “querer”)
Crime como Fato típico, Antijurídico e culpável
Dolo e culpa migram para o Fato típico 
Tipicidade passa a ser objetiva (conduta, nexo e adequação típica) e subjetiva (dolo e culpa). Exemplo: Crime de dano não pode ser típico se não for doloso. Logo, caso não haja dolo será atípica a conduta.
A consciência da ilicitude se caracteriza como sendo elemento da culpabilidade e não mais do Dolo (rompe com o Dolo normativo dos Neokantianos)
Surgem os tipos dolosos e culposos
A tentativa é analisada e tipificada de acordo com o crime que se queria consumar, e o fato de não haver consumação seria uma cláusula para redução de pena.
Culpabilidade passa a ser valorativa: imputabilidade, exigibilidade de conduta diversa e consciência da ilicitude do fato.
Síntese:
Tipicidade- Valorativamente neutra (dimensão objetiva + subjetiva)
Antijuridicidade: Valorativa
Culpabilidade- Valorativa
Funcionalismos
Foi mais de uma corrente, no qual apresentavam como principal objetivo: o estudo e a conclusão acerca da real função do Direito Penal, devido ao fato de se encontrar em um período de Pós Guerra.
Vale ressaltar que o período pós guerra não somente atingiu a esfera política, como também proporcionou o agigantamento do Estado a pretexto da aplicação das normas penais. Nesse período, haviam tipos incriminadores que sequer se referiam a uma conduta propriamente dita, mas sim, que estava atuando de forma controladora de ideologias, modo de ser e etc (Ser homossexual, se opor ao regime).
Funcionalismo Teleológico-Racional (Claus Roxin)
Para ele, a finalidade do Direito Penal é a de proteção de bens jurídicos (somente aqueles bens jurídicos considerados relevantes). O objetivo dessa teoria seria restringir o âmbito de atuação do Direito Penal, no qual somente seria legítima a persecução penal em caso de violação aqueles bens jurídicos tutelados pelo Direito Penal, pois se não deveria ser cessada e deslegitimada a intervenção criminal.
Portanto, a conduta deve ser entendida como comportamento humano voluntário que causa um perigo de lesão concreto ou lesiona os bens jurídicos.
Para Claus Roxin, o crime seria composto por: Fato Típico + Ilicitude + Responsabilidade (imputabilidade + consciência da ilicitude +exigibilidade de conduta diversa + Necessidade da Pena).
Funcionalismo Sistêmico ou Radical ou Normativista (Gunter Jakobs)
Para ele, a função do Direito Penal é a de proteção das normas jurídicas, ou seja, garantir “o Império da Lei”. Portanto, o Direito Penal seria um sistema “autopoiético”, autônomo, tendo suas próprias regras. Logo, deveria ser garantida a vigência da norma.
Para ele, sempre seria legítima a intervenção penal em conduta violadora a norma. Ademais, criticou o Funcionalismo Teleológico de Roxin, dizendo que a ideia de bens jurídicos ela não restringe o Direito Penal e não impede a atuação de Estados totalitários, uma vez que esses iriam apresentar outros bens jurídicos.
Logo, quando houvesse uma conduta que se subsume perfeitamente ao tipo incriminador, deveria haver a imposição da pena para que ocorra a Reafirmação da validade e a estabilidade normativa
Funcionalismo Reducionista (Eugenio Raul Zaffaroni)
Para Zaffaroni, a função do Direito Penal é a de reduzir a si próprio, levantando a bandeira do Minimalismo Penal (Não deslegitima todo o sistema, mas sim, busca restringir ao máximo). Diante disso, ele defende a teoria agnóstica da Pena, no qual a pena seria uma irracionalidade, no qual não há um fundamento racional para pena (preventiva, distributiva e ressocializar).
Porém, mesmo sendo um abolicionista e defensor da Teoria Agnóstica da Pena, Zaffaroni admite em situações excepcionais a pena privativa liberdade, mesmo compreendendo que ela não traz melhoria. Porém, ele acha que deve sempre buscar a redução.
Tipicidade Formal
Praticamente quase todas teorias (Finalista, Neokantista e causalista): quando a conduta se subsume perfeitamente ao tipo incriminador. 
Ex: Aquele que subtraia uma caneta BIC praticava conduta típica (Art.155). 
Por muito tempo, o critério da subsunção somente levava em conta a tipicidade objetiva (ignorava o dolo e a culpa – Intenção). Todavia, a partir do Finalismo passa-se a analisar a tipicidade subjetiva (tipos dolosos e culposos). Portanto, não era mais uma mera interpretação subsuntiva ao tipo incriminador.
Ex: Furto de um boneco- Há Tipicidade Objetiva(Furto) + Tipicidade Subjetiva (Dolo)= Tipicidade Formal
Tipicidade Material
No entanto, Claus Roxin não se contenta com essa análise meramente formal da tipicidade. Diante disso, ele se questiona: “esse furto iria abalar o patrimônio da vítima?”. Portanto, à luz da teoria de Claus Roxin surge a tipicidade Material.
A tipicidade material consiste na análise se há uma expressiva ou significativa ou perigo concreto de lesão ao bem jurídico tutelado pelo Direito Penal.
OBSERVAÇÃO: O funcionalismo Teleológico não abandona a tipicidade formal, mas sim apenas inclui a tipicidade material.
Teoria dos Elementos Negativos do Tipo:
Para essa teoria, o tipo Penal é composto de elementos positivos (expressos) aos quais se somam aos elementos negativos (implícitos-excludentes de ilicitude). Para essa teoria, deveriam ser transportados todos os elementos negativos para o tipo, no qual iriam configurar dois polos (positivo e negativo). Daí as excludentes de ilicitude passam a operar como conteúdo material do polo negativo de tipicidade, transformando-se em excludentes da própria tipicidade.
Ex. Matar alguém em legitima defesa não seria Crime, pois a conduta seria atípica.
Observação: Essa teoria não foi adotada pelo CP e nem pelos Tribunais.
Excludentes de Ilicitude: 
Não haverá ilicitude se o agente está:
Estado de Necessidade: quem pratica o fato para salvar do perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar.
Legitima Defesa: Quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente a direito seu ou de outrem.
Estrito cumprimento de um dever legal: Agente público no desempenho de suas atividades, é obrigado a violar bens jurídicos (policial e juiz)
Exercicio regular de um Direito
Teoria da Tipicidade Conglobante (Zaffaroni)
Para essa teoria, não se pode interpretar a norma penal, sem analisar o ordenamento como um todo (“unidade”), uma vez que, o ordenamento não pode abrigar normas contraditórias (Noberto Bobbio).
Ademais, essa teoria definiu que as excludentes de ilicitude tornam uma conduta aparentemente criminosa em conduta lícita. 
Tipicidade= tipicidade formal + Tipicidade Conglobante (Tipicidade Material- Roxin + Anti-normativo)
Portanto, quem age em conformidade com a norma apresenta uma conduta atípica. Sendo assim, todos os comportamentos estimulados normativamente (exercício regular do direito e cumprimento de dever legal) terão a exclusão da tipicidade conglobante (antinormatividade). 
Por sua vez, as condutas que não são estimuladas por nenhuma norma do ordenamento (Legitima defesa e Estado de necessidade) serão excludentes de ilicitude.
TIPOS DOLOSOS (Art. 18,I): Pratica o crime doloso aquele que quis o resultado ou assumiu o risco de produzir. Ou seja, quando o agente tem a vontade consciente dirigida a realizar a conduta prevista no tipo incriminador.
Observação: O menor de 18 anos apresenta dolo e culpa na sua ação, no entanto, não pratica crime devido à ausência do elemento culpabilidade.
Teorias do dolo
Teoria da Vontade: Dolo seria igual a querer o resultado, ou seja, vontade consciente de querer consumar o crime.
Teoria do Assentimento: Dolo seria ter a previsibilidade do resultado como possível, e mesmo assim assume o risco de produzir o resultado.
Teoria da Representação: Dolo seria a possibilidade de prever o resultado 
Crítica: Essa teoria não consegue diferenciar o dolo eventual x culpa consciente, uma vez que ambos apresentam a previsibilidade do resultado.
*Nós adotamos a teoria da Vontade e a Teoria do Assentimento.
Elementos do Dolo 
DOLO NORMATIVO (DOLLUS MALLUS): Foi adotado pela teoria Nokantista, no qual para haver o dolo é necessário a: consciência da ilicitude (sabe o que faz) + vontade (querer e aceitar). Ex. Holandês que vem no Brasil e não sabe que fumar maconha é crime, Não HÁ DOLO.
DOLO NATURAL (DOLLUS BONUS): Adotada pela teoria Finalista, no qual para haver o dolo é necessário: Consciência + vontade. 
Ex. No caso do Holandês que venha fumar maconha no Brasil, HÁ DOLO.
*Nosso CP adotou o Dolo Natural.
 
Espécies do Dolo
Dolo Direto: Há um “querer” que está perfeitamente formado, ou seja, o agente quer produzir o resultado.
Primeiro Grau: O indivíduo volta a sua ação e o seu querer para uma vítima específica e quer produzir um resultado especifico.
Segundo Grau: Quer realizar o crime, mas esse desejo só existe porque ele considera como uma etapa necessária para outro intento criminoso. 
Ex: Quer matar A, mas precisa matar B primeiro. (B seria de segundo grau e A de primeiro)
Dolo Indireto: Não há um ”querer” perfeitamente formado
 Dolo eventual: Verifica-se quando o agente, muito embora não deseje diretamente o resultado, assume o risco de sua ocorrência por meio de seu comportamento. No plano subjetivo explica-se essa espécie ao referir que o agente previu a possibilidade da produção do resultado, mas age com indiferença.
*Síntese:
O indivíduo prevê o resultado, mas assume o risco = “Pode ser que eu mate alguém, mas não me importo (Foda-se)”.
 Culpa consciente: Na culpa consciente o agente não quis o resultado, nem assumiu o risco de produzi-lo. No plano subjetivo, explica-se que o agente previu a possibilidade de vir a causar o resultado, mas antecipadamente afasta a sua ocorrência que com ele irá se desenvolver, agindo, portanto com superconfiança.
Observação: A admissibilidade da tese de superconfiança tem sido vinculada a um argumento legítimo, isto é, na habilidade ou característica especial por parte do sujeito ativo.

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