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Resumo NeuroFisiologia e neuroanatomia

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Resumo NeuroFisiologia e neuroanatomia
Mariana Magalhães Apolinário
Medula
A comissura branca é o local de cruzamento das fibras.
A substância cinzenta tem a forma de uma borboleta ou H,dividida em colunas anterior,posterior e substância cinzenta intermédia(que é dividida em central e lateral,onde tem a coluna lateral).No ápice da coluna posterior temos a substância gelatinosa,que é uma área constituída por tecido nervoso translúcido,rico em células neurogliais e neurônios.
Os neurônios medulares são classificados em radiculares (viscerais e somáticos) ou em cordonais(de projeção ou de associação).
Os neurônios radiculares saem da medula para constituir a raiz ventral.Os radiculares viscerais,são neurônios pré-gaglionares do SNA que se localizam na coluna lateral,inervando músculos lisos,cardíacos e glândulas.Os radiculares somáticos,se localizam na coluna anterior e inervam os músculos estriados esqueléticos.
Os neurônios cordonais constituem as fibras que formam os funículos da medula,passando pela substância branca em direção ascendente ou descendente.Os cordonais de projeção são ascendentes e terminam fora da medula(tálamo,cerebelo,etc).Os cordonais de associação sem bifurcam em ramo ascendente e descendente e terminam na substância cinzenta da própria medula,permitindo a realização dos reflexos intersegmentares da medula,e as fibras em torno da substância cinzenta formam os fascículos próprios.
Os neurônios internunciais/axônio curto permanecem sempre na substância cinzenta,estabelecendo conexão entre as fibras aferentes que penetram pela raíz dorsal e os neurônios motores,interpondo vários arcos reflexos da medula.
Núcleos da substância cinzenta da medula:
Núcleo do grupo medial:inervam a musculatura relacionada com o esqueleto axial.
Núcleo do grupo lateral:inervam musculatura apendicular(membro superior e membro inferior).Sendo mais lateralmente os membros proximais e mais medialmente os distais.
Estes núcleos aparecem apenas na intumescência cervical e lombar(plexo braquial e lombosacral).
Núcleo Dorsal/torácico:propriocepção inconsciente,coluna posterior.
Substância gelatinosa:”portão da dor”,regula a entrada de impulsos dolorosos,recebe fibras sensitivas que chegam pela raiz dorsal,coluna porterior.
A degeneração de um trato ocorre no mesmo sentido da via após uma lesão.Exemplo:uma lesão em uma via ascendente vai ocorrer degeneração acima da lesão.
Vias descendentes:
No sistema lateral,há dois tratos.O corticoespinhal,que se origina no córtex , e o rubroespinhal,que se origina no núcleo rubro do mesencéfalo.Ambos conduzem impulsos aos neurônios da coluna anterior da medula.O trato corticoespinhal s cruza no nível da decussação das pirâmides no bulbo,o que significa que o córtex de um hemisfério comanda os neurônios motores situados na medula do lado oposto.Logo,uma lesão do trato corticoespinhal acima da decussação das pirâmides do bulbo causa paralisia da metade oposta do corpo.O trato corticoespinhal anterior localiza no funículo anterior da medula,enquanto que o lateral localiza no funículo lateral da medula.O trato rubroespinhal liga-se aos neurônios motores situados lateralmente na coluna anterior,controlando músculos da motricidade da parte distal dos membros(mão e pé).
No sistema medial,há o trato corticoespinhal anterior(córtex cerebral),tetoespinhal(colículo posterior do teto mesencefálico),vestibuloespinhal(área vestibular) e reticuloespinhal(formação reticular da ponte e do bulbo) pontinho e bulbar.Todos esses tratos se ligam a neurônios motores na coluna anterior e controlam a musculatura axial,ou seja pescoço e tronco, e a musculatura proximal dos membros.Os tratos vestibuloepinhais e reticuloespinhais são importantes para manter o equilíbrio e a postura.O reticuloespinhal pontino promove a contração extensora da musculatura antigravitária do membro inferior mantendo a postura ereta resistindo à gravidade.Já o reticuloespinhal bulbar promove relaxamento da musculatura inferior,com efeito oposto.O teto-espinhal tem funções limitadas relacionadas em reflexos em que a movimentação ocorre em reflexos visuais,ou seja orientação sensorial motora da cabeça).
Vias ascendentes:
As fibras da via ascendente da medula relacionam-se com as fibras que penetram pela raiz dorsal do nervo espinhal,trazendo impulsos aferentes de várias partes do corpo.Cada filamento radicular da raiz dorsal ao passar pelo sulco lateral posterior divide-se em grupo lateral e medial.As fibras do grupo lateral se dirigem ao ápice da coluna posterior,enquanto que as fibras da grupo medial à face medial da coluna posterior.Antes de penetrar na coluna posterior,as fibras se bifurcam em ramo ascendente e descendente,todos os ramos terminam na coluna posterior da medula,cujos ramos ascendentes terminam no bulbo,constituindo as fibras dos fascículos grácil e cuneiformes,que ocupam os fonículos posteriores,fazendo sinapse nos tubérculos do núcleo grácil e cuneiforme do bulbo.
Sinapses de fibras da raiz dorsal ao penetrar na substância cinzenta:
Vias ascendentes do funículo posterior(vias diretas):existem os fascículos grácil e cuneiforme formados pelos ramos ascendentes do grupo medial da raiz dorsal que terminam no tubérculo do bulbo.Sendo essas fibras de neurônios sensitivos nos gânglios espinhais.O fascículo grácil conduz impulsos dos membros inferiores e metade inferior do tronco.O fascículo cuneiforme conduz impulsos provenientes dos membros superiores e metade superior do tronco.Sendo o funículo posterior responsável por:propriocepção consciente ou sentido de posição e de movimento(cinestesia),tato,sensibilidade vibratória e estereognosia.
Vias ascendentes do funículo anterior(vias cruzadas):trato espinotalâmico,que contém axônios que cruzam o plano mediano e terminam no tálamo,levando impulsos de pressão e tato.
Vias ascendentes do funículo lateral:são 3 tratos.o trato espinotalâmico lateral que se origina da coluna posterior cruzando no plano mediano da comissura branca terminando no tálamo e tem função de temperatura e dor.O trato espinocerebelar anterior se origina da coluna posterior e substância cinzenta intermédia cruzando na medula e no cerebelo terminando no cerebelo,com função de propriocepção inconsciente,detecção dos níveis de atividade do trato corticoespinhal.O trato espinocerebelar posterior se origina da coluna posterior,tem trajeto direto terminando no cerebelo,com função de propriocepção inconsciente.
Lesão da medula e do tronco encefálico
As lesões da medula e do tronco encefálico manifestam-se principalmente por alterações de motricidade e de sensibilidade.
As alterações de motricidade podem ser da voluntária,do tônus ou dos reflexos.Podendo ocorrer paresia(diminuição da força muscular) ou paralisia ou plegia (ausência total de força).Quando atingem todo um lado do corpo são chamados de hemiparesia e hemiplegia.O tônus é o estado de relativa contração permanente em um músculo em repouso,as alterações podem levar a hipertonia(aumento do tônus),hipotonia(diminuição) ou atonia(ausência completa do tônus).Há possibilidade de arreflexia (ausência),hiporreflexia(diminuição) ou hiperreflexia(aumento) dos reflexos musculotendinosos,ex. reflexo patelar;podendo haver também reflexos patológicos em que quando se estimula uma região ocorre um reflexo diferente do esperado.
Paralisias flácidas: são paralisias com hiporreflexia e hipotonia,caracterizam a chamada síndrome do neurônio motor inferior ,que resulta de lesão dos neurônios motores da coluna anterior da medula ou dos núcleos motores dos nervos cranianos,levando a atrofia da musculatura inervada por perda da ação trófica dos nervos sobre os músculos.
Paralisias espásticas:paralisias com hiperreflexia e hipertonia,ocorre na síndrome do neurônio superior ou central,a lesão localiza-se nas áreas motoras do córtex cerebral ou nas vias motoras descendentes ,especialmente no trato corticoespinhal,levando a atrofia muscular discreta pois os músculos continuam inervados pelos neurônios motores inferiores eo sinal de Babinski é positivo.
As principais alterações da sensibilidade são:anestesia(perda da sensibilidade tátil,e analgesia para perda de sensibilidade de dor),hipoestesia(diminuição),hiperestesia(aumento da sensibilidade),parestesia(formigamento),algia(dor).
Quando as lesões ocorrem nas raízes ventrais,há fraqueza,atrofia e perda de reflexos dos músculos inervados pela raiz.A lesão na raíz dorsal leva a perda total da sensibilidade de um dermátomo correspondente a raiz lesada.
Lesões da coluna anterior:
Poliomielite:também chamado de paralisia infantil,o vírus destrói os neurônios motores da coluna anterior,ocorre a síndrome do neurônio motor inferior,ou seja,paralisia flácida dos músculos da área da medula que foi lesada,seguida de hipotrofia desses músculos.
Esclerose lateral amiotrófica:perda progressiva de toda a motricidade voluntária por lesão dos neurônios motores alfa,ficando mantida a sensibilidade.
Tabes dorsalis
É consequência da neurosífilis,ocorre lesão das raízes dorsais,destruindo as fibras que formam os fascículos grácil e cuneiforme,logo tem-se perda da propriocepção consciente(perda da cinestesia,ou seja, de sentido de posição e de movimento),perda do tato epicrítico (discriminação tátil),perda da sensibilidade vibratória e da estereognosia.Com o progredir da lesão pode haver comprometimento de outras formas de sensibilidade e perda dealguns reflexos cujas fibras aferentes foram destruídas.
Hemissecção da medula
Produz sintomas conhecidos como Síndrome de Brown-Séquard ,resultantes da interrupção dos principais tratos,que percorrem uma metade da medula.Os sintomas resultantes da secção dos trato que não se cruzam na medula aparecem do mesmo lado da lesão,já os sintomas de tratos que se cruzam na medula manifestam-se do lado oposto ao lesado.Todos os sintomas aparecem somente abaixo do nível da lesão.
Sintomas que se manifestam do mesmo lado da lesão(tratos que não se cruzam na medula):
Síndrome do neurônio motor superior(paralisia espástica),com sinal de Babinski positivo,interrupção das fibras do trato corticoespinhal lateral;
perda da propriocepção consciente e do tato epicrítico,interrupção das fibras dos fascículos grácil e cuneiforme.
Sintomas que se manifestam do lado oposto ao lesado(tratos cruzados):
perda da sensibilidade térmica e dolorosa,a partir de um ou dois dermátomos abaixo do nível da lesão,interrupção dos trato espinotalâmico lateral;;
diminuição do trato protopático e da pressão,por comprometimento do trato espinotalâmico anterior.
Siringomielia
Há formação de uma cavidade no canal central da medula,levando a destruição da substância cinzenta intermédia central e da comissura branca,como consequência há perda de sensibilidade térmica e dolorosa de ambos os lados,em áreas que corresponde aos dermátomos>dissociação sensitiva (perda de sensibilidade térmica e dolorosa sem perda de tátil e proprioceptiva).
Transecção da medula
Após a secção completa da medula o paciente entra em estado de choque espinhal,caracterizada por perda absoluta da sensibilidade ,dos movimentos e do tônus nos músculos inervados pelos segmentos abaixo da lesão.Há também retenção de urina e de fezes e perda da função erétil.Após um período reaparecem os movimentos reflexos exagerados ,com sinal de Babinski,a eliminação de urina e fezes passa a ser feita reflexamente(sem controle voluntário).
Compressão da medula
Ocorre com mais frequência em casos de câncer,um tumor que se desenvolve no canal vertebral pode comprimir a medula de fora para dentro,a sintomatologia varia conforme a posição do tumor.Um tumor que comprime a medula desenvolvendo de dentro pra fora causa perturbação motora por lesão do trato corticoespinhal lateral.Há também perda de sensibilidade térmico dolorosa por compressão do trato espinotalâmico lateral,poupando os dermátomos sacrais>preservação sacral.Enquanto que de fora para dentro o dermátomo sacral é o primeiro a ser atingido.
Secção cirúrgica dos tratos espinotalâmicos laterais(cordotomia)
A cordotomia é feita em casos de dor resistente a medicamentos,resultante principalmente de tumor maligno,consiste na secção acima e do lado oposto a partir de um dermátomo abaixo do nível da secção.Em caso de dores viscerais é necessário a cirurgia bilateral.
Mielotomia da linha média
Consiste na lesão das fibras responsáveis pela dor visceral de origem pélvica e absominal,é usado em casos de tratamento de dores viscerais.
Lesões do Bulbo
Lesão da base do bulbo: Comprometem a pirâmide e o nervo hipoglosso.A lesão da pirâmide compromete o trato corticoespinhal causando hemiparesia do lado oposto ao lesado,quando a lesão se estende dorsalmente atingindo os demais tratos motores descendentes ocorre hemiplegia.A lesão do hipoglosso causa paralisia dos músculos da metade da língua,com síndrome de neurônio motor inferior.
Síndrome da artéria cerebelar inferior posterior(Síndrome de Wallemberg):A artéria cerebelar inferior posterior irriga a parte dorsolateral do bulbo,tromboses dessa artéria comprometem várias estruturas:
Lesão do pedúnculo cerebelar inferior-incoordenação de movimentos de metade do corpo do lado lesado.
Lesão do trato espinhal do trigêmeo e seu núcleo-perda da sensibilidade térmica e dolorosa na metade da face do lado da lesão.
Lesão do trato espinotalâmico lateral-perda da sensibilidade térmico dolorosa na metade do corpo do lado oposto da lesão.
Lesão do núcleo ambíguo-disfagia e disfonia por paralisia dos músculos da faringe e da laringe.
Pode ocorrer Síndrome de Horner por lesão das vias descendentes que do hipotálamo dirigem-se aos neurônios pré-gaglionares relacionados com a inervação da pupila.
Lesão da ponte
Lesões do nervo facial:Lesões do nervo resultam em paralisia total dos músculos da expressão facial na metade lesada,estes músculos perdem o tônus tornando-se flácidos,há frequentemente vazamento de saliva pelo ângulo da boca do lado lesado,e do lado oposto desvio da comissura labial para o lado normal.A pálpebra fica permanentemente aberta predispondo o olho a lesões e infecções.O doente não consegue soprar,assoviar e nem enrugar o lado correspondente da testa.Chamada paralisia facial periférica,que são homolaterais,acometem uma metade toda da face.
Outro tipo de paralisia facial é a paralisia facial central ou supranuclear que ocorrem do lado oposto da lesão(contralaterais),manifestam-se apenas nos músculos da metade inferior da face ,pode haver contração involuntária da musculatura mímica como manifestação emocional.
Lesão da base da ponte (síndrome de millard-gubler):Comprometendo o trato corticoespinhal e as fibras do nervo abducente resulta em hemiplegia cruzada e hemiparesia do lado oposto ao lesado.Impedindo o movimento do olho em direção lateral(abdução) levando a diplopia (indivíduo vê duas imagens no objeto),e há estrabismo convergente (desvio do bulbo ocular em direção medial).Quando a lesão da base da ponte se estende lateralmente compromete as fibras do nervo facial caracterizando a síndrome de Millard-Gubler.
Lesão da ponte ao nível da emergência do nervo trigêmeo:causa paralisia da musculatura mastigadora do lado da lesão,há desvio da mandíbula para o lado paralisado;anestesia da face do lado da lesão (na área correspondente aos 3 ramos do trigêmeo),perda do reflexo corneano.A lesão pode se estender ao lemnisco medial causando perda da propriocepção consciente e do tato epicrítico do lado oposto ao lesado.
Lesões do mesencéfalo
Lesões da base do pedúnculo cerebral(síndrome de weber):Compromete o trato corticoespinhal e as fibras do nervo oculomotor,determinando hemiparesia do lado oposto,impossibilidade de mover o bulbo ocular para cima/baixo/medial,diplopia,estrabismo divergente,ptose(queda) da pálpebra (impede levantar a pálpebra) e dilatação da pupila (midríase).
Lesão do tegmento do mesencéfalo (síndrome de benedikt):compromete o nervo oculomotor,o nervo rubro e os lemniscos ,levando a anestesia de metade oposta do corpo,tremores e movimentos anormais do lado oposto à lesão.
Síndromede parinaud:decorrente de tumores da pineal que comprimem o colículo superior,normalmente.Causando paralisia do olho conjugado para cima.Podendo com o tempo causar oclusão do aqueduto com hidrocefalia e paralisia ocular.
Nervos cranianos
Os nervos cranianos são os que fazem conexão com o encéfalo,a maioria deles liga-se ao tronco encefálico.As fibras dos nervos cranianos são classificadas em fibras aferentes somáticas gerais e especiais ,e fibras aferentes viscerais gerais e especiais.Os denominados “especiais” são receptores dos óragãos da visão,audição,gustação e olfação,e são assim chamados para diferenciar dos demais receptores encontrados em todo o resto do corpo.E as fibras eferentes viscerais especiais.
I Par ,Nervo Olfatório: composto por feixes de nervos que se originam na região olfatória da fossa nasal atravessam a lâmina crivosa do osso etimoide e terminam no bulbo olfatório.
II Par,Nervo Óptico: é constituído por feixes de fibras nervosas que se originam na retina,emergem próximo ao polo posterior de cada bulbo ocular ,penetrando no crânio pelo canal óptico.Cada nervo óptico cruzam-se formando o quiasma óptico,continuam no trato óptico até o corpo geniculado.
III Par, Nervos Oculomotor ; IV Par ,Troclear ; VI Par,abducente: São nervos motores que penetram na órbita pela fissura orbital superior,distribuindo-se aos músculos extrínsecos do bulbo ocular:elevador da pálpebra superior,reto superior,reto inferior,reto medial,reto lateral,oblíquo superior , oblíquo inferior.Como esses músculos derivam dos somitos pré-ópticos,portanto,de origem miotômica,as fibras nervosas que os inervam são eferentes somáticas.O nervo oculomotor é responsável também pela inervação dos músculos intrínsecos do bulbo ocular: o músculo ciliar e o músculo esfíncter da pupila,ambos músculos lisos e as fibras que os inervam são eferentes viscerais gerais.
V Par,Nervo trigêmeo: é um nervo misto,possui uma raiz sensitiva e uma raiz motora.A raiz sensitiva forma o gânglio trigeminal que se localiza sobre a parte petrosa do osso temporal.Os prolongamentos dos neurônios do glânglio trigeminal formam os 3 ramos/divisões do trigêmeo:nervo oftálmico,nervo maxilar e nervo mandibular,sendo fibras aferentes somáticas gerais.A condição clínica mais frequente em relação ao trigêmeo é a nevralgia,que se manifesta por crises dolorosas no território de um dos ramos do nervo,sendo necessário destruir as fibras sensitivas do ramo afetado.
VII Par,Nervo facial: O nervo emerge do sulco bulbo-pontino através de uma raiz motora ,o nervo facial propriamente dito,e uma raiz sensitiva e visceral,o nervo intermédio.Juntamente com o nervo vestíbulo-coclear,os componentes do nervo facial penetram no meato acústico interno,depois o nervo facial encurva-se para trás formando o joelho externo ou geniculo do nervo facial,onde existe um gânglio sensitivo,o glânglio geniculado.O nervo segue emergindo para o crânio pelo forame estilomastoídeo,atravessa a glândula parótida, e distribui ramos para os múculos mímicos,estilo-hioideo, e digástrico.O nervo facial inerva:gustação anterior da língua,parte das fossas nasais e palato mole,parte do pavilhão auditivo e do meato acústico externo,glândula submandibular,sublingual e lacrimal,e musculatura mímica.
VIII Par,Nervo vestibulococlear: é um nervo sensitivo,que penetra lateralmente no sulco bulbo-pontino,ocupa o meato acústico interno na porção petrosa do osso temporal.A parte vestibular se origina do gânglio vestibular que conduzem impulsos nervosos relacionados com o equilíbro.A parte coclear se origina do gânglio espiral e conduzem impulsos relacionados com a audição originados no órgão espiral,situado na cóclea.As fibras do nervo vestibulococlear classificam-se como aferentes somáticas especiais.Lesões da parte coclear do nervo vestibulococlear causam diminuição da audição,enquando que lesões na parte vestibular causam vertigem,alterações do equilíbrio e enjoo.
IX Par,Nervo glossofaríngeo: é um nervo misto,que emerge do sulco lateral posterior do bulbo,sai do crânio pelo forame jugular, responsável por inervar gustação da parte posterior da língua,faringe,úvula tonsilas,tuba auditiva,seio e corpo carotídeo,parte do pavilhão auditivo,e do meato acústico externo,glândula parótida,músculo constritor superior da faringe e músculo estilofaríngeo.Uma condição clínica é a nevralgia caracterizada por crises dolorosas.
X Par,Nervo vago: é o maior dos nervos cranianos,é misto e visceral,emerge do sulco lateral posterior do bulbo,responsável por inervar gustação na epiglote,parte da faringe,laringe,traqueia,esôfago e vísceras torácicas e abdominais,parte do pavilhão auditivo e do meato acústico externo,vísceras torácicas e abdominais e músculos da faringe e laringe.
XI Par,Nervo acessório: é formado por uma raíz craniana/bulbar e uma raiz espinhal,emerge do sulco lateral posterior do bulbo,inervam os músculos da laringe através do nervo laríngeo recorrente,e inerva vísceras torácicas junto com as fibras vagais.
XII Par,Nervo hipoglosso: é um nervo essencialmente motor,emerge do sulco lateral anterior do bulbo.Nas lesões do nervo hipoglosso,há paralisia da musculatura de uma das metades da língua.
Inervação da Língua:
Trigêmeo:sensibilidade geral
Facial:sensibilidade gustativa
Glossofaríngeo:sensibilidade geral e gustativa
Hipoglosso:motricidade.
Sinapses,neurotransmissores e doenças relacionadas
Através de seus axônios,os neurônio se comunicam com outros nas sinapses interneuronais,ou se comunicam com células efetuadoras(ex, musculares) nas sinapses neuroefetoras.Podendo ser sinapses elétricas ou químicas.As elétricas são exclusivamente interneuronais,ocorrendo acoplamento iônico,ou seja,há comunicação entre os dois neurônios através de canais iônicos concentrados,essa comunicação existe por ex no centro respiratório do bulbo.Grande parte das sinapses neuronais e todas as neuroefetuadoras são sinapses químicas,ou seja,que depende de liberação de neurotransmissores.
Entre os neurotransmissores conhecidos estão a acetilcolina,aminoácidos como a glicina,o glutamato,o GABA, e as monoaminas como dopamina,noradrenalina,adrenalina,serotonina, e histamina.O tipo de vesícula sináptica predominante no elemento pré-sináptico depende do neurotransmissor que o caracteriza,p ex. granulares contendo monoaminas.
As duas patologias mais frequentes decorrentes da desmielinização de fibras nervosas é a esclerose múltipla e a síndrome de Guillain-Barré.
Esclerose Múltipla: ocorre progressiva destruição das bainha de mielina de feixes de fibras nervosas do encéfalo,da medula e do nervo óptico,levando à diminuição da velocidade dos impulsos nervosos até sua extinção completa.A sintomatologia depende das áreas acometidas,sendo mais comum a incoordenação motora,fraqueza e dificuldades na visão.A doença é de origem autoimune,é progressiva,não existe cura,porém,medicamentos podem diminuir o processo desmielinizante e a ocorrência de sintomas.
Síndrome de Guillain-Barré (polirradiculoneuropatia aguda pós-infecciosa): A desmielinização,também de origem autoimune,acomete os nervos periféricos,e a sintomatologia decorre diretamente da redução ou aumento da condução do impulso nervoso que leva à contração da musculatura estriada esquelética,resultando em fraqueza muscular progressiva seguida de paralisia.No quadro típico,a fraqueza evolui de forma ascendente,iniciando em membros inferiores;em casos graves atinge a musculatura respiratória.
A diferença entre as duas doenças,é que a esclerose acomete o SNC e a Guillain-Barré o SNP.Sendo a segunda,mais aguda em surto único de evolução rápida,período de estabilização e tendência a melhora completa.
Infecções: Nas terminações nervosas sensoriais livres,das placas motoras e das terminações autonômicas,as fibras nervosas perdem seus envoltórios e não são protegidas por barreiras como ocorre ao longo dos nervos.Logo,é um caminho pelo qual virús penetram na terminações nervosas chegando às áreas cerebrais.Ex.:vírus da raiva,bacilo da hanseníase,vírus da varicela Zóster.Após um quadro de varicela,o vírus permanece alojado no gânglio sensitivo da raiz dorsal,podendo permanecer inativo por vários anos,em algum momento pode reativar causando a herpes Zoster,caracterizado pelo aparecimento de erupções no território sensitivo daquele gânglio,causando dor intensa no dermátomo correspondente.
Epilepsia: Ocorre uma alteração na excitabilidade de um grupo de neurônios,envolvendo os canais iônicos de sódio e cálcio,podendo ocorrer alterações nos mecanismos inibitórios.Essas alterações podem ser resultantes de fatores genéticos ou desconhecidos,como lesão cereral.Podem ser focais ou generalizadas,a mais conhecida é a crise tonicoclônica generalizada.A atividade elétrica anormal atinge os dois hemisférios cerebrais levando à perda de consciência e contração tônica da musculatura,seguida de abalos clônicos rítmicos.Após cessarem as contrações musculares segue-se o período pós-ictal,em que o paciente permanece inconsciente por mais alguns minutos e vai se recuperando progressivamente.Os antipiléticos atuam estabilizando os canais iônicos e aumentando a atividade gabaérgica inibitória.
Tronco ENCEFÁLICO
O tronco encefálico localiza-se entre a medula e o diencéfalo,situando-se ventralmente ao cerebelo.Em sua constituição há um agrupamento de corpos de neurônios,chamados núcleos,que por sua vez se agrupam em feixes (tratos,fascículos e lemniscos).O tronco encefálico se divide em:bulbo(situado caudalmente),mesencéfalo (cranialmente),e ponte (situada entre o bubo e o mesencéfalo).
Bulbo
No bulbo ou medula oblonga,considera-se o forame magno como limite inferior que o separa da medula,e como limite superior que o separa da ponte é o sulco bulbo-pontino.A superfície do bulbo é percorrida longitudinalmente por sulcos que continuam com os sulcos da medula.Estes sulcos delimitam as áreas anteriores,lateral,e posteriores do bulbo,que aparecem com uma continuação direta dos funículos da medula.Na parte ventral do bulbo há a fissura mediana anterior e de cada lado dela há eminências que é a pirâmide,em que há um feixe de fibras nervosas descendentes que ligam as áreas motoras do cérebro aos neurônios motores da medula >trato corticoespinhal.Na parte caudal do bulbo,fibras desse trato cruzam o plano mediano constituindo a decussação das pirâmides.Entre os sulcos lateral anterior e lateral posterior,tem-se a área lateral do bulbo onde se observa a oliva ,uma eminência oval formada por uma massa de substância cinzenta.Do sulco lateral anterior emergem os filamentos radiculares do nervo hipoglosso XII par craniano.Do sulco lateral posterior emergem os filamentos radiculares que se unem para formar os nervos glossofaríngeo IX par e vago X par,além dos filamentos que constituem a raiz craniana ou bulbar do nervo acessório XI par,a qual se une com a raiz espinhal proveniente da medula.O canal central da medula se abre no bulbo para formar o IV ventrículo .A área posterior do bulbo é a continuação do funículo posterior da medula,dividido pelos fascículos grácil e cuneiforme.Estes fascículos são constituídos por fibras nervosas ascendentes,provenientes da medula que terminam na massa cinzenta dos núcleos grácil e cuneiforme. 
ponte
A ponte é a parte do tronco encefálico entre o bulbo e o mesencéfalo.Está situada ventralmente ao cerebelo e repousa sobre a parte basilar do osso occipital e o dorso da sela túrcica do esfenoide.Ventralmente,há numerosos deixes de fibras transversais que convergem de cada lado para formar o pedúnculo cerebelar médio que penetra no cerebelo.Entre a ponte e o pedúnculo cerebelar médio , emerge o nervo trigêmeo V par craniano.Longitudinalmente na superfície ventral da ponte há o sulco basilar,que aloja a artéria basilar.A parte ventral da ponte é separada do bulbo pelo sulco bulbo-pontino,de onde emergem de cada lado o VI,VII e VIII pares cranianos.A presença de tantas raízes de nervos cranianos em uma área relativamente pequena explica os muitos sintomas observados nos casos de tumores que acometem essa área,levando a compressão dessas raízes,causando a síndrome do ângulo ponto-cerebelar.
Quarto ventrículo
Situado entre o bulbo e a ponte ventralmente,e dorsalmente ao cerebelo.Continua caudalmente com o canal central do bulbo e cranialmente com o aqueduto cerebral(cavidade do mesencéfalo,na qual o IV ventrículo se comunica com o III ventrículo).O assoalho do IV ventrículo é formado pela parte dorsal da ponte e da parte aberta do bulbo,bem no meio do assoalho do IV ventrículo,a eminência medial dilata-se constituindo o colículo facial,formado por fibras do nervo facial,que contorna o núcleo do nervo abducente.Na parte caudal da eminência medial observa-se o trígono do nervo hipoglosso,correspondente ao núcleo do nervo hipoglosso.Lateralmente ao trígono do nervo hipoglosso,há o trígono do nervo vago,que corresponde ao núcleo dorsal do vago.Lateralmente ao trígono do vago,há o foniculus separans,que separa esse trígono da área postrema,região relacionada com o vômito.Em direção aos recessos laterais,há a área vestibular correspondendo aos núcleos vestibulares do nervo vestíbulo-coclear.Estendendo-se em direção ao aqueduto cerebral,lateralmente à eminência medial,encontra-se o lócus-ceruleus,onde estão os neurônios mais ricos em noradrenalina do encéfalo.O teto do IV ventrículo é constituído pela tela corioide,formada pela união do epitélio ependimário,que reveste internamente o ventrículo com a pia-máter.A tela corioide emite projeções para formar o plexo corioide do IV ventrículo,que produz o líquido cerebroespinhal.
Mesencéfalo
O mesencéfalo interpõe-se entre a ponte e o diencéfalo.O tegmento do mesencéfalo é separado a base pela substância negra,formada por neurônios que contêm melanina.Do sulco medial emerge o nervo oculomotor,III par craniano.O teto do mesencéfalo apresenta 4 colículos(superiores e inferiores),caudalmente a cada colículo inferior, emerge o IV par craniano,nervo troclear,único dos nervos cranianos que emerge dorsalmente,contorna o mesencéfalo para surgir ventralmente entre a ponte e o mesencéfalo.O colículo inferior se liga ao corpo geniculado medial e faz parte da via auditiva.O colículo superior se liga ao corpo geniculado lateral e faz parte da via óptica.Do sulco medial do pedúnculo emerge de cada lado o nervo oculomotor.

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