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Aula 9 JUSTIÇA RESTAURATIVA E OS CÍRCULOS RESTAURATIVOS

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JUSTIÇA RESTAURATIVA E OS CÍRCULOS RESTAURATIVOS 
 
- São espaços à abertura comunicação, ou seja, a interação dialógica para a solução de conflitos de 
maneira não violenta e dissociada da lógica retributiva. 
- Quem pode participar? Qualquer indivíduo que esteja envolvido no conflito, seja de maneira 
direita ou indireta, incluindo-se no processo de resolução a reparação dos danos, a estabilização das relações 
sociais por meio da restauração da segurança e o reestabelecimento da situação de dignidade (da vítima, do 
ofensor e da própria comunidade). 
- Há o emprego da comunicação não-violenta, traçando-se um percurso contrário a 
estigmatização. Este instrumento não se restringe à esfera institucionalizada do Poder Judiciário, mas pode 
ser utilizada em outros âmbitos, especialmente, comunitário na prevenção de conflitos ou até mesmo no 
âmbito educacional. 
- O processo se baseia na escuta, no trato dos sentimentos e no fomento de uma relação de empatia 
entre as partes. Logo, distancia-se das formas de comunicação alienante, por exemplo, aquelas que 
expressam julgamentos moralizantes (pois, a partir de valores pré-definidos o indivíduo avalia, classifica e 
julga o outro sujeito), reagem contraditoriamente pelo simples fato de não possuírem controle sobre a 
situação e estimulam as posturas de violência. 
- A abertura a partir de terceiros envolvidos indiretamente no conflito tem uma importância no 
processo de reintegração da vítima e do ofensor ao seio social. 
- Pressupostos a sua realização: 
(i) Dialogar com todas aqueles que podem tem alguma contribuição, inclusive, com representantes 
das comunidades das quais os indivíduos pertençam. 
(ii) Os círculos devem garantir um ambiente de tranquilidade, respeito e mutua compreensão, por 
isso, é essencial a garantia do espaço adequado à fala e também a garantia da privacidade. 
(iii) O facilitador deve demonstrar uma conduta compatível a algumas elementares: proceder uma 
escuta ativa; ser sensível às emoções e as circunstâncias do outro, embora mantenha sua imparcialidade; 
demonstrar-se hábil na expressão da fala, na orientação das narrativas para o esclarecimento e incentivo a 
empatia; demonstra-se confiável, tolerante e respeitoso, além de honesto e paciente. É possível participação 
de mais de um facilitador, embora dividam-se as atribuições de modo que um esteja focado na observação e 
registro dos trabalhos. 
- Etapas dos círculos restaurativos: 
(i) Pré-círculo: são encontros separados do facilitador com os sujeitos diretos do conflito (ofensor 
e vítima), bem como da comunidade. Este é o momento do esclarecimento acerca das práticas restaurativas, 
da garantia de sigilo e da apresentação de explicações, por exemplo, de que não se pretende descobrir quem 
é o real culpado e ofensor, além de fixar as questões que estarão sob o foco ao longo do procedimento. 
Quando estiver vinculada a eventuais processos judiciais, é possível a utilização dos relatos trazidos nas 
peças técnicas, porém com uma linguagem mais compreensível, com ênfase nos acontecimentos e com os 
devidos cuidados para que nenhuma parte se sinta afrontada. 
(ii) Circulo restaurativo: embora se inicie com o acolhimento e uma abordagem, por parte do 
facilitador, voltada para o estímulo das partes , dedica-se um espaço para que cada sujeito possa se expressar 
e ser ouvida, buscando sempre o melhor dimensionamento dos fatos e causas que deram origem ao conflito. 
O manual coordenado pela 3ª Vara do Juizado Regional da Infância e Juventude de Porto Alegre/RS 
pormenoriza as etapas internas a essa segunda fase, observe: 
 
 
 
 
 
Logo, o círculo desenvolve-se nos seguintes momentos: 
(1) As necessidades atuais dos sujeitos envolvidos no conflito, estimulando a recíproca compreensão. 
(2) Identificação das necessidades dos participantes no momento em que os fatos correram, visa-se a 
auto responsabilização. 
(3) Definição das necessidades que deverão ser atendidas, ou seja, um trabalho direcionado a própria 
definição do acordo. 
(iii) Pós-circulo restaurativo: é um novo encontro para a escuta e também a avaliação do circulo 
restaurativo, por exemplo, com a análise da satisfação quanto ao plano de ação.

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