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Moeda e Inflação

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Moeda e Inflação
Inflação é o fenômeno da modificação percentual no nível geral de preços. Os índices que medem a inflação em diversos países costumam ser bastante díspares. Mesmo em um só país o índice de inflação costuma variar bastante ao longo do tempo.
Enquanto que a taxa de inflação rompeu a barreira de 2000% ao ano em 1989, o nível de preços de 2006 ficou em torno de 3% ao ano. Phillip Cagan definiu a fronteira entre inflação e hiperinflação em um índice de inflação mensal de 50%. Isso ocorreu no Brasil apenas duas vezes em 1989 e 1990.
4.1. Moeda
É o estoque de ativos que pode ser utilizada de forma rápida para efetuar trocas econômicas. O estoque de moeda de um país é a quantidade de papel-moeda em poder da população.
No processo de evolução da moeda, foram utilizados os mais diferentes tipos de moedas. Entretanto, a moeda passa a ser mais facilmente aceita quando é capaz de cumprir as suas três funções básicas:
Reserva de valor.
Unidade de conta.
Meio de troca.
A função de reserva de valor cumpre o papel de transferir o consumo do presente para o futuro. Ao guardar moeda, o indivíduo pode escolher o momento em que deseja consumir.
A função de unidade de conta serve para que as pessoas sejam capazes de produzir e consumir bens e serviços tendo em mente a relação dos valores dos bens. Ao invés de relacionarmos o valor de uma casa com o valor de duas centenas de milhares de pães, reduz-se tudo à unidade da moeda corrente.
Meio de troca é a função que agiliza as transações comerciais. Em uma economia de escambo é necessário que haja uma coincidência desejos entre os agentes econômicos, ou seja, só as trocas diretas são possíveis. O padeiro só consumirá calçados se o sapateiro desejar comprar pão. Em uma economia monetária isso deixa de ser necessário. A moeda intermedia as trocas e com isso as trocas podem ser indiretas.
A moeda no entanto não foi sempre da forma em que se apresenta hoje. Quando os seres humanos sentiram a necessidade de usar algo para intermediar as trocas de bens e serviços, foi natural que a primeira moeda a ser usada fosse a moeda-mercadoria.
O sal, o gado e, finalmente, o ouro passaram a ser consideradas, cada um em seu momento, moedas correntes pelas suas características para desempenhar as três funções da moeda. A moeda-mercadoria tem valor intrínseco.
No momento em que as casas bancárias da Europa começaram a receber depósitos de ouro para que seus possuidores pudessem viajar sem correr o risco de perder as riquezas que possuíam, começou a fundação da moeda fiduciária.
No início a moeda fiduciária era representada por um certificado de uma casa bancária exibido pelo dono do depósito com o objetivo de efetuar transações. Como o certificado explicitava a quantidade de ouro depositado no banco, essa moeda era lastreada em ouro, ou moeda com o padrão ouro.
Quando os governos começaram a imprimir papel-moeda para que a população pudesse fazer trocas sem precisar levar ouro em espécie em suas bolsas e sacolas, a quantidade de moeda impressa guardava uma relação com a quantidade de ouro depositada nos cofres do banco central do país.
Até o início do século XX quase todos os países do mundo usavam o padrão-ouro. Suas moedas só eram impressas até o limite da quantidade de ouro disponível no país. Caso houvesse uma queda ou aumento abrupto da quantidade de ouro no banco central, a quantidade de moeda impressa diminuía ou aumentava. Isso só não ocorreria se o governo modificasse a relação ouro/papel-moeda.
A autoridade monetária de um país tem a atribuição legal de controlar a quantidade de moeda na economia e de estabelecer a taxa de juros básica. Isso é feito através do monopólio de emissão de papel-moeda.
4.2. Teoria Quantitativa da Moeda
A teoria quantitativa da moeda procura estabelecer a relação entre a quantidade de moeda ofertada pela autoridade monetária e as suas conseqüências para o sistema de preços. Ela é dada pela seguinte equação:
M * v = P * y
Onde M: Oferta de Moeda na economia;
v: Velocidade de circulação da Moeda;
P: Nível de preços da economia;
y: Produto Real da economia.
A função demanda por moeda será dada pela quantidade de bens e serviços que a quantidade de moeda disponível pode comprar:
M/P = y/v ou M/P = k * y
Onde k: demanda por encaixe monetários.
A constante k nos diz a quantidade de moeda que cada indivíduo deseja manter disponível em mãos para efetuar transações. Se k é grande (como k = 1/v), a velocidade de circulação da moeda é pequena. Se k é pequeno, a moeda circula com grande velocidade.
Se a quantidade de circulação da moeda for considerada constante, então, a equação da teoria quantitativa da moeda mostra uma relação direta entre a oferta de moeda na economia (M) e o produto nominal da economia (P * y).
M * v = P * y ou ΔM + Δv = ΔP + Δy
ΔM = ΔP + Δy
Como o banco central é a autoridade monetária responsável pela oferta de moeda, decisões unilaterais do banco central podem influenciar o produto nominal de forma direta. Entretanto, o banco central não tem como aumentar a renda real y, mas apenas a renda nominal, Py.
A renda real y, é determinada pela evolução dos fatores de produção, capital e trabalho, além da mudança tecnológica. Com isso, a mudança na oferta de moeda patrocinada pelo banco central resultará apenas em mudança no nível de preços.
O governo pode utilizar três formas de financiamento diferentes:
Financiamento tributário: o governo cobra impostos para financiar a oferta de bens e serviços públicos.
Financiamento financeiro: o governo vende títulos públicos para financiar seus gastos.
Senhoriagem: o governo tem o monopólio da emissão de moeda e emite moeda além da quantidade de recursos ao seu dispor, arrecadando assim um imposto inflacionário.
Quanto mais alta for a inflação, maior será a tendência do governo em abandonar os dois primeiros pontos como modo de financiamento e maior será a tendência em adotar o imposto inflacionário como principal modo de financiamento.
4.3. Inflação e Taxa de Juros
A taxa de juros é a medida que nos diz quanto as pessoas estão dispostas em renunciar no presente para obter em um momento no futuro. Se a taxa de juros estabelecida pelo banco central for de 5% ao ano, essa variável nos demonstra que em média os indivíduos daquela sociedade se dispõem a abrir mão do consumo imediato se puderem consumir um montante de bens e serviços 5% maior no ano posterior. Entretanto, isso não necessariamente ocorrerá.
Para que isso ocorra é necessário que a taxa de inflação seja zero. Caso tenha havido inflação no decorrer desse ano, o poder de compra da moeda se deteriorou. Se a inflação tiver sido maior que 5%, então quem esperou um ano para consumir, acabou consumindo menos.
A equação de Fisher nos dá a relação entre as taxas de juros nominal e real e a taxa de inflação:
(1 + r) = (1 + i)/(1 + π)
A taxa de juros real (r) é dada pela divisão da taxa de juros nominal (i) pela taxa de inflação (π).
A teoria quantitativa da moeda nos mostrou que uma variação infinitesimal na oferta de moeda gera um aumento infinitesimal na taxa de inflação. A equação de Fisher também nos mostra que uma variação infinitesimal na taxa de inflação causa um aumento infinitesimal na taxa de juros nominal. Chama-se de efeito Fisher essa relação entre taxa de inflação e taxa de juros nominal.
No momento de tomada de um empréstimo, tanto o emprestador, quanto quem toma o dinheiro emprestado concordam com uma taxa de juros fixada, que é a taxa nominal. Entretanto, mesmo que ambos também concordem com a taxa de juros real, haverá uma taxa de juros real ex ante, e uma taxa de juros real ex post.
A diferença entre essas taxas de juros antes da tomada do empréstimo
e depois do pagamento do empréstimo é determinada pela diferença entre a taxa de inflação esperada e a taxa de inflação ocorrida. O efeito Fisher é descrito da seguinte forma:
(1 + r) = (1 + i)/(1 + πe)
4.4. A Taxa de Juros e a Demanda por Moeda
Como manter a moeda no bolso tem um custo (a inflação, que corrói o valor da moeda), as pessoas que mantém papel-moeda na carteira se deparam com um custo de oportunidade dado pela taxa de inflação esperada, πe.
Entretanto, se o indivíduo decide investir parte de sua renda, ele pode receber um retorno correspondente à taxa de juros real que incide sobre o seu investimento, r. A taxa de juros nominal, i, é o resultado dessas duas decisões, r - (- πe).
A demanda por moeda dependerá do nível de renda da economia, assim como da taxa de juros nominal:
(M/P)d = L(i,Y) ou (M/P)d = L(r + πe ,Y)
A liquidez é diretamente proporcional à renda e inversamente proporcional à taxa de juros nominal.
Oferta Monetária
 Nível de Preços Taxa de Inflação Taxa de Juros Nominal
Demanda Por Moeda
O nível de preços varia proporcionalmente à oferta monetária. Entretanto isso só ocorre se a taxa de juros nominal e o nível de produto não se alterarem.
Mas quase sempre a taxa de juros nominal se altera. A inflação esperada pelos agentes econômicos modifica a taxa de juros nominal. Como a demanda por moeda sofre influência da taxa de juros nominal, a demanda por moeda também influencia o nível de preços.
Isso nos leva a concluir que o nível de inflação é função da oferta de moeda no presente e da expectativa de oferta de moeda no futuro. O efeito Fisher nos mostra que um aumento da expectativa de inflação eleva a taxa de juros nominal, elevando o nível de preços.
4.5. Os Custos da Inflação
Se todos os preços e salários aumentassem na mesma medida em um determinado momento, o resultado sobre as variáveis reais seria zero. Como isso poderia alterar a forma como a economia funciona?
Se os salários dos trabalhadores aumentam na mesma proporção da subida dos preços, o resultado final para o poder de compra é zero. Entretanto, quando ver o salário aumentar em termos nominais, o trabalhador espera que o poder de compra aumente. Como o aumento da inflação não deixa isso ocorrer, os trabalhadores se sentem prejudicados.
Entretanto, a teoria clássica defende que aumentos reais dos salários só ocorrem em função de um aumento da produtividade marginal do fator trabalho.
Os custos da inflação não são decorrentes apenas dessa decepção dos trabalhadores, mas de alguns pontos:
A distorção que o aumento dos preços traz para a alocação de recursos na economia. Se alguém precisa ir várias vezes ao banco para sacar dinheiro, ao invés de uma só vez por semana; ou pesquisar um preço de um bem em várias lojas diferentes, em vez de comprar o produto na primeira loja, há custos adicionais em função disso (custo da sola de sapato).
A remarcação de preços dos bens em uma inflação alta gera um aumento dos custos de operação das empresas. (custo do menu).
Quando os custos do menu são muito altos, as empresas praticam um mesmo preço por um período maior de tempo. No início do período o preço praticado será um preço real alto, mas no final do período (devido à inflação) o preço real será baixo. Com isso as pessoas tenderão a comprar apenas no final do período.
O custo fiscal pode dificultar a visualização do rendimento de uma aplicação. O tributo incide sobre o valor nominal e não o valor real. Com a cobrança de um tributo uma aplicação que teve um valor nominal alto pode apresentar um valor real muito menor que o esperado, ou até ter retorno negativo.
Distorção da moeda como padrão de unidade de conta. Como o valor relativo dos bens muda o tempo todo, a população perde os parâmetros para afirmar se o valor de um bem está caro ou barato. Assim as escolhas são feitas sobre um grau de incerteza muito grande.
O maior dos custos não-esperados da inflação se refere à distribuição de renda que a inflação provoca. Os contratos de longo prazo são distorcidos pela inflação. Um contrato de aluguel, ou um empréstimo precisam levar em conta o desgaste da moeda durante a sua vigência.
Como a maioria dos contratos é feita com base em uma taxa de juros nominal, caso a inflação ocorrida durante o período de vigência do contrato tenha sido diferente da inflação esperada por ambas as partes, há uma transferência de renda de uma das partes para a outra.
Quem tem uma renda fixa perde poder de compra com a existência de inflação. Isso também ocorre com aqueles setores onde os trabalhadores não têm capacidade de reivindicar uma reposição salarial. A maior parte da sociedade tem aversão ao risco, quando se trata de inflação devido a sua baixa efetividade de reivindicação.
Como os salários nominais raramente caem, uma inflação baixa pode fazer com que o salário real de trabalhadores pouco produtivos não aumente muito acima de sua produtividade marginal.
Quando há uma recessão, as empresas tendem a demitir os trabalhadores pois não podem rebaixar o salário nominal. Entretanto, se houver inflação, o salário real cairá sem que o trabalhador seja demitido, nem que o seu salário nominal seja diminuído. Um dos efeitos benéficos da inflação é, portanto, ajustar o mercado de trabalho de forma suave.
4.6. A Hiperinflação
O fenômeno da hiperinflação foi definido por Phillip Cagan como uma taxa de inflação de 50% ao mês. Isso significa que ao final de um ano, o nível de preços aumenta quase 130 vezes, ou uma taxa de inflação diária de 1,4%.
Os custos da inflação vistos anteriormente ficam mais agudos na presença de uma hiperinflação. Os custos da sola de sapato são explicitados pelo fato de, em quase todas as empresas, o foco da produção dá lugar ao foco no desempenho financeiro.
Os custos associados à remarcação dos preços, custos de menu, aumentam assustadoramente, pois se a empresa deixa de remarcar os seus preços por um dia, perde 1,4% das receitas. Remarcar os preços mensalmente significa perder metade das receitas.
A hiperinflação distorce o sistema de preços de tal forma que impede que as pessoas saibam qual bem é mais caro e mais barato com relação aos outros. Dessa forma busca por uma melhor alocação de recursos se torna impossível.
Os sistemas tributários também sofrem com a hiper inflação. Os contribuintes tendem a adiar ao máximo o pagamento de impostos, para tentar pagar apenas uma parcela ínfima dos valores reais dos impostos. O resultado disso é uma queda da arrecadação tributária do governo. Esse fenômeno é conhecido como efeito Oliveira-Tanzi.
Por último a hiperinflação acaba por destruir as funções de unidade de conta, reserva de valor e meio de troca da moeda. As pessoas passam a utilizar outros bens para fazer o papel de moeda, ou adotam uma moeda estrangeira para cumprir essas funções.
As causa da hiperinflação são vistas como quase sempre decorrentes do aumento excessivo da oferta de moeda em circulação. O banco central passa a emitir mais moeda que o desejável por pressão do governo, que muitas vezes, tem mais despesas que receitas.
Como o governo tem o monopólio de emissão de moeda, ele pode preferir imprimir moeda a emitir títulos públicos, ou diminuir seus gastos e aumentar os impostos. Ao fazer isso, ele consegue se financiar, mas gera custo de seu financiamento para a sociedade, através da hiperinflação. A hiperinflação torna o problema fiscal em uma bola de neve descendo uma montanha, pois o efeito Oliveira-Tanzi mostra que o problema fiscal só piora em meio a uma inflação alta.
Os clássicos consideram que a moeda é neutra. Isso significa que as variáveis reais não serão influenciadas pela quantidade de moeda ofertada. Apenas as variáveis nominais sofrem o efeito de uma variação na oferta de
moeda.
A crítica de Keynes à estrutura clássica reside na possibilidade da moeda não ser neutra no curto prazo. Se os salários são rígidos para baixo, o aumento da oferta de moeda em uma recessão pode influenciar não apenas as variáveis nominais, mas também as variáveis reais.
A existência do ciclo econômico propicia a prática de políticas monetárias expansionistas capazes de influenciar variáveis reais como o produto real da economia, em função da existência de capacidade ociosa nas empresas.
O modelo de Cagan: a dinâmica da política monetária
Partindo do princípio da linearidade da demanda por moeda, temos:
mt - pt = γ(pt + 1 - pt)
Onde: mt é o logaritmo natural da quantidade de moeda no período t.
pt é o logaritmo natural do nível de preços no período t.
γ é o parâmetro da sensibilidade da demanda por moeda à taxa de inflação.
Com isso, a expressão (mt - pt) é o logaritmo natural dos encaixes reais no período t. e (pt + 1 - pt) é a taxa de inflação entre os períodos t e t + 1. Isso significa que 1% de aumento na taxa de inflação representa queda de γ% na quantidade de moeda demandada.
Para que isso ocorra foram feitas as seguintes suposições:
A demanda por moeda não é função do nível de produto. Assim, o produto é constante.
É utilizada a taxa de inflação ao invés da taxa de juros nominal. Assim, a taxa de juros real é constante.
É utilizada a taxa de inflação ocorrida ao invés da taxa de inflação esperada. Assim, informação é perfeita.
Colocando tudo em função do nível de preços:
pt = [1/(1 + γ)] mt + [γ/(1 + γ)]pt + 1
Isso significa que o nível de preços atual pt é uma média ponderada da oferta monetária atual mt e o nível de preços do próximo período pt + 1. O nível de preços do próximo período será definido da mesma forma:
pt + 1 = [1/(1 + γ)] mt + 1 + [γ/(1 + γ)]pt + 2
Substituindo a equação acima na anterior:
pt = [1/(1 + γ)] mt + [γ/(1 + γ)2] mt + 1 [γ2/(1 + γ2)]pt + 2
A equação acima mostra que o nível de preços atual é função da oferta monetária no período atual e no próximo período e do nível de preços do período posterior.
Ao extrapolar isso para períodos a mais no futuro, sempre se pode descobrir a influência da oferta monetária futura sobre o nível de preços atual. Dessa forma, o nível de preços atual é função da oferta de moeda em todos os períodos futuros.
O parâmetro γ nos mostra a sensibilidade da demanda por moeda à taxa de inflação. Com isso, quanto menor for γ, as ofertas monetárias dos momentos mais distantes no futuro afetam cada vez menos o nível de preços atual. Já se o parâmetro de sensibilidade for grande, então o nível de preços atual depende muito fortemente da oferta monetária futura.
Se a informação for imperfeita, então não se sabe os níveis de preços futuros. Têm-se apenas uma expectativa sobre o seu valor. Assim, as equações assumem as seguintes formas:
mt - pt = γ(Ept + 1 - pt)
Onde: Ept + 1 é a inflação esperada no período futuro.
Ao se substituir os níveis de preços futuros pelas ofertas monetárias, as taxas de inflação esperada são substituídas pelas expectativas de oferta monetária futura.
Dessa forma, a queda da inflação deve ocorrer não apenas em função da queda da oferta monetária atual, mas da expectativa de queda da oferta de moeda no futuro. As expectativas de queda da oferta monetária no futuro dependem da credibilidade do Banco Central quando ele promete continuar a praticar uma oferta monetária restrita no futuro.
Dificilmente um Banco Central que enfrenta uma hiperinflação terá credibilidade junto aos agentes econômicos. A senhoriagem é a principal fonte de arrecadação de um governo num ambiente de hiperinflação. Como crer que o Banco Central terá independência para lutar contra a principal fonte financeira do governo?
A única forma de o Banco Central alcançar a credibilidade em tal ambiente é uma reforma fiscal que retire da senhoriagem o papel de principal forma de financiamento do governo.
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