Guia de Estudos da Unidade 3 Economia e Gestão

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Economia e Gestão
UNIDADE 3
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UNIDADE 3
DISCIPLINA: ECONOMIA E GESTÃO
Apresentação da Disciplina
Caro(a) estudante!
Convido você para continuar com nossos estudos sobre a Economia. Tenho a mais 
absoluta certeza que você não se arrependerá e que, ao final do curso, estará ainda 
mais motivado para aprofundar os conhecimentos obtidos.
Para o estudo da Economia, temos uma única receita: disposição, vontade de crescer, 
determinação e curiosidade.
O estudo da Economia envolve juízos de valor e cada um de nós tem o seu. Fique à 
vontade para fazer germinar aquele que lhe fala mais perto.
Esteja, absolutamente, livre para acreditar no que for melhor para a construção de um 
mundo melhor.
Novas formas de trabalho estão já vigorando, podendo ser realizadas sem tempo fixo 
e lugar determinado. Observe os cursos na modalidade a distância, que ora você está 
cursando. É importante a ampliação do desenvolvimento tecnológico. Este desen-
volvimento não é o grande vilão responsável pelos elevados índices de desemprego 
mundo afora.
Certamente uma das explicações para o desemprego é que, no sistema econômico 
em que vivemos, devido à capacidade ilimitada do desenvolvimento tecnológico e a 
limitação da capacidade aquisitiva, certa tendência a queda do lucro pode colocar o 
sistema em risco. 
Continuando, lembramos a você que é a forma de apropriação do que é produzido, 
com distribuição igualitária, que pode suplantar as desigualdades que exclui parte das 
populações ao acesso aos bens e serviços. É evidente que a mudança deste modelo 
não é fácil. Há muitos interesses em jogo e as oportunidades não são iguais para to-
dos. 
Julgamos fundamental enfatizar que a Economia interage com diversas outras áreas 
do conhecimento, como Administração, Ciências Contábeis, História, Matemática, Fi-
losofia, entre tantas outras. Daí a importância da associação da Economia com todas 
as áreas do conhecimento. Veja, portanto, que a economia deve trabalhar de forma 
interdisciplinar. 
Espero que os estudos empreendidos possam ajudá-lo na aplicação dos conhecimen-
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tos obtidos e contribuam para a resolução dos problemas locais, regionais e nacionais.
De tudo isso, o importante é construir o conhecimento através do entendimento do 
presente, considerando o passado, objetivando a construção de um futuro melhor 
para todos.
Você vai observar, no decorrer do estudo, que a Economia está em todos os lugares 
e partes. Para saber mais sobre, convido você a me acompanhar e construir conjun-
tamente o conhecimento. 
Devo enfatizar que o objetivo central desta disciplina é o de tratar as principais noções 
da Ciência Econômica. Vamos abordá-la com uma linguagem simples para que você 
compreenda melhor. Tenha a mais absoluta certeza que o entendimento da Economia 
é acessível a todos – nada há de inacessível.
Na nossa Unidade III, vamos apresentar os conceitos básicos de Economia e o estudo 
da microeconomia.
Para você, um bom curso de Economia e Mercados!
Professor
Ticiano Lapenda
 
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UNIDADE III
A Unidade III abordará os conceitos básicos da Economia e a microeconomia. Leia 
com atenção e busque outras informações Sugiro que você pesquise na biblioteca 
atentando, sempre, para a leitura dos livros sugeridos e acesse o ambiente virtual de 
Aprendizagem. Estarei com você com muito prazer. Meu papel será o de estimular a 
aprendizagem. 
Vamos começar nossa viagem na busca de novos conhecimentos. Tenho certeza que 
será uma viagem super agradável, com paisagens deslumbrantes. Vamos lá, então?
Quando circulamos pelas ruas, encontramos um monte de pessoas que enchem as 
lojas, lanchonetes, etc. Estes compradores estão contentes, pois as lojas e lanchone-
tes estão ofertando uma grande quantidade de produtos ou serviços. Os vendedores 
também estão contentes.
Observe que há uma variedade muito grande de bens e serviços que irão satisfazer 
as necessidades dos consumidores – sejam eles mais ricos e exigentes, sejam eles 
mais pobres e menos exigentes. O mais importante é que são milhões de produtos 
que milhões de pessoas adquirem todos os dias.
Vou lembrar a você que a Economia se importa por essas coisas consideradas co-
muns. A Economia busca estudar os negócios comuns da vida das pessoas. A Eco-
nomia procura entender como esses negócios comuns funcionam. Melhor dizendo: 
como funciona o sistema econômico? Quando e por que o sistema econômico entra 
em crise? Como o comportamento das empresas e pessoas muda quando a econo-
mia entra em crise? 
De forma resumida, é possível dizer que a Economia estuda a maneira como se ad-
ministram os recursos escassos com a finalidade de se produzir bens e serviços que 
atendam às necessidades das pessoas, distribuindo melhor estes bens e serviços.
Observe que as satisfações das necessidades individuais e coletivas são feitas atra-
vés do consumo de bens e serviços. Os bens e serviços, juntos, formam a produção 
econômica, que se obtêm com a combinação de recursos naturais, equipamentos e 
trabalho.
Você sabe como se chamam estes três elementos? São os fatores de produção.
Mas o que significa cada um deles? Vamos conceituá-los.
• Trabalho: é a contribuição do homem para a produção, em forma de atividade 
física ou mental.
• Capital: é o conjunto de máquinas, equipamentos, ferramentas, produzidos 
pelo homem para a produção dos bens e serviços que serão destinados a 
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satisfazer as necessidades humanas.
• Recursos naturais: são os recursos fornecidos pela natureza e que o homem 
utiliza. Quer exemplos? Terra, água, minerais, animais e outros tantos são os 
chamados recursos naturais.
Veja que de posse de tais recursos, vamos definir a economia como sendo o pro-
cesso que combina os fatores de produção para criar bens e serviços que atendam 
às necessidades do homem. Porém, devemos levar em conta que esses recursos 
são escassos ou finitos. Desta forma a quantidade existente desses recursos não é 
suficiente para atender às necessidades dos homens, consideradas infinitas. Diante 
disto, o importante é combinar os fatores de produção da melhor forma de modo a 
atender essas necessidades.
Até então, está claro? Acredito que sim. Se restarem dúvidas, no decorrer da explana-
ção e com as leituras recomendadas, você terá dirimido suas dúvidas.
Vamos passar, agora, a falar um pouco sobre bens de consumo duráveis ou bens de 
capital. Pense em uma estrada, uma ponte, uma instalação industrial. Esses bens 
são produzidos pela combinação dos diversos fatores de produção. No entanto, eles 
passam longo tempo entre as pessoas, formando um estoque de bens que serão uti-
lizados durante muitos anos. Outro exemplo bem elucidativo: a terra. A terra, além de 
ser um fator de produção, é também um bem durável. 
Agora, vamos abordar um novo conceito, o de riqueza. E o que é a riqueza de um 
país? A riqueza de um país é formada pelos bens produzidos e pelos fatores de pro-
dução. Porém a riqueza de um país é composta tão somente pelos bens produzidos e 
os fatores de produção? A resposta é não.
A riqueza de um país incorpora, além dos elementos já citados, a população com seus 
conhecimentos, as terras agricultáveis, as reservas minerais, a produção e distribui-
ção de energia, os mananciais de água etc. Portanto, o conceito de riqueza é bastante 
amplo que soma, além da produção, as disponibilidades dos recursos naturais e sua 
população.
Acredito que, na medida em que avançamos novos conceitos estão sendo apresenta-
dos. Estes conceitos são fundamentais para que você compreenda a Economia.
Vamos seguir.
Outro conceito surge: os agentes econômicos. O que são os agentes econômicos? 
Sem nenhuma dificuldade, vamos entender. Agentes econômicos são os elementos 
que participam do processo econômico. E quem são eles?
• O consumidor.
• O empresário.
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• O trabalhador.
E qual o papel de cadaum desses agentes econômicos?
O consumidor adquire os bens e serviços produzidos em um determinado período 
de tempo. O empresário, reunindo os fatores de produção, transforma esses fatores 
em produto ou serviço que serão ofertados aos consumidores. E o trabalhador? O 
trabalhador, em troca de um salário, empresta sua força de trabalho. Lembra-se que 
o trabalhador é um fator de produção?
Que bom! Estamos entendendo melhor esta tal de Economia. Temos muito a estudar. 
Saiba mais! 
Para enraizar seus conhecimentos, leia o capítulo 1 do livro Princípios de Economia 
de Flávio Ribas Tebchirani que se encontra na biblioteca virtual. 
Resumo
• Bens: produtos resultantes do processo produtivo que são destinados a sa-
tisfazer as necessidades do homem.
• Serviços: ações executadas pelo homem ou por empresas visando à satisfa-
ção ou necessidade do homem.
• Fatores de produção: recursos necessários para a produção de bens e ser-
viços.
• Agentes econômicos: entidades que fazem parte do processo econômico, 
desempenhando diferentes papéis.
• Teoria econômica: ramo do conhecimento que estuda a produção, a distribui-
ção, o consumo e a circulação de bens e serviços.
• Riqueza: soma dos fatores de produção, população, e o que foi produzido.
• Economia: busca compatibilizar os fatores de produção (finitos) com as ne-
cessidades humanas (infinitas)
Tenho certeza que você está entusiasmado para continuar nossos estudos. Tenho 
também certeza que a Economia está deixando de ser um bicho com sete cabeças. 
Gostaria, agora, de compartilhar com você, um texto extraído do Manual de Econo-
mia, de autoria de uma equipe de professores da Universidade de São Paulo – USP. 
Leia-o com atenção. Este texto é elucidativo e o ajudará a compreender cada vez 
mais a nossa disciplina.
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A escassez de recursos versus as necessidades humanas
O conceito de necessidade humana é concreto, neutro e subjetivo, porém, para não 
se omitir da questão, definir-se-á “necessidade humana” como qualquer manifestação 
de desejo que envolva escolha de um bem econômico capaz de contribuir para a so-
brevivência ou para a realização social de um indivíduo. Assim sendo, ao economista 
interessa a existência das necessidades humanas a serem satisfeitas com bens eco-
nômicos, e não a validade filosófica das necessidades.
Para se perceber a dificuldade da questão, é melhor exemplificar: para os muito po-
bres, a carne-seca pode ser uma necessidade e não o ser para os mais ricos; para os 
pobres, um carro pode não ser uma necessidade, porém, para os da classe média, já 
o é; para os ricos a construção de uma mansão pode ser uma necessidade, ao passo 
que pode não o ser para os de renda média.
O fato concreto é que no mundo de hoje todos pensam que desejam e “necessitam” 
de geladeiras, esgotos, carros, televisão, educação, cinema, etc. As ilimitadas neces-
sidades já se expandem para fora da esfera biológica da sobrevivência. Poder-se-ia 
pensar que o suprimento de bens destinados a atender as necessidades biológicas 
das sociedades modernas seja um problema solucionado e com ele também o pro-
blema da escassez. Todavia, numa contra-argumentação dois problemas surgem: o 
primeiro é que essas necessidades renovam-se dia-a-dia e exigem contínuo supri-
mento dos bens a atendê-las; o segundo é a constante criação de novos desejos e 
necessidades, motivados pela perspectiva que se abre a todos os povos, de sempre 
aumentarem o padrão de vida. Da noção biológica, devemos evidentemente passar 
à noção psicológica da necessidade, observando que a saturação das necessidades, 
e, sobretudo dos desejos humanos, está muito longe de ser alcançada, mesmo nas 
economias altamente desenvolvidas de nossa época. Consequentemente, também o 
problema da escassez se renova.
Uma vez explicado o sentido econômico de escassez e necessidade, torna-se fácil 
entender que “Economia é a ciência social que se ocupa da administração dos recur-
sos escassos entre usos alternativos e fins competitivos”, ou “Economia é o estudo 
da organização social, através do qual os homens satisfazem suas necessidades de 
bens e serviços escassos”.
As definições trazem de forma explicita que o objeto da Ciência Econômica é o estudo 
da escassez e que ela se classifica entre as Ciências Sociais.
Pelo texto, você percebe que as necessidades humanas se ampliam, enquanto os 
fatores de produção ficam cada vez mais escassos. Este é o grande dilema da Eco-
nomia. Como atender às necessidades humanas, sempre crescentes se os fatores de 
produção são finitos? 
Bom, vamos, na sequência, buscar entender tudo isto.
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Passemos agora para outro assunto. Imagino que estamos evoluindo e compreen-
dendo melhor o que é Economia e sua importância nas nossas vidas.
Vamos continuar na nossa embarcação em busca de novos conhecimentos. Qual o 
problema fundamental da economia? Vamos buscar as respostas.
Vimos que a atividade econômica tem por objetivo a produção de bens e serviços para 
atender as demandas do homem. Vimos, também, que os fatores de produção são 
escassos enquanto nossas necessidades aumentam continuamente. E agora? O que 
fazer? Como atender às essas necessidades se não dispomos de recursos necessá-
rios. Eis, aí, o grande dilema.
Em razão desta incompatibilidade é que surge a necessidade da teoria econômica. 
Diante da incompatibilidade entre os fatores de produção e as necessidades huma-
nas, surge a lei da escassez. Fácil de entender? Claro. A lei da escassez resume-se a 
quantidade limitada dos fatores de produção. 
Vamos resumir.
• O problema fundamental da economia: impossibilidade de se produzir bens 
e serviços em quantidades ilimitadas para atender às necessidades do ho-
mem, sempre crescente. Eis então a lei da escassez.
Saiba mais! 
Continue lendo o capítulo 1 do livro Princípios de Economia de Flávio Ribas Tebchi-
rani.
Vamos avançar? Gostando do assunto? Espero que sim.
Falamos sobre a impossibilidade da produção infinita de bens e serviços. Diante disto, 
as empresas, que é um agente econômico, para atender às demandas por esses bens 
e serviços, buscam as respostas para as seguintes perguntas:
O que produzir? A resposta a tal questionamento resulta na identificação das neces-
sidades humanas. É claro que precisamos de alimentos, casas, roupas, escolas etc. 
Assim sendo, as empresas buscam produzir o que a sociedade requer e necessita.
Quanto produzir? Definido o que produzir, a segunda pergunta busca identificar em 
que quantidades bens e serviços serão produzidos, compatibilizando a oferta com a 
procura. É necessário frisar que há um limite para a produção de um determinado bem 
ou serviço, considerando os fatores de produção disponíveis.
Como produzir? Aí entra os fatores de produção: trabalho, capital e recursos naturais. 
Esses fatores precisam estar combinados na proporção da sua abundância ou escas-
sez.
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Para quem produzir? Define onde os bens ou serviços produzidos serão distribuídos.
Resumo
As quatro perguntas básicas:
O que produzir? Mostra o que é preciso às necessidades humanas, o que se quer, o 
que se precisa.
Quanto produzir? Sabe-se que há limitações em virtude da escassez dos fatores de 
produção.
Como produzir? Forma de produção de bens e serviços. Busca aperfeiçoar o proces-
so produtivo, evitando-se os desperdícios dos fatores de produção.
Para quem produzir? Identifica o mercado (consumidores) que absorverão a produ-
ção.
Bom, avançamos um pouco mais. Temos muito ainda a discutir na Unidade I. 
Uma economia produz uma grande variedade de bens e serviços. Vamos supor que 
uma economia produza dois tipos de bens: alimentos e roupas. Imagine que todos os 
fatores de produção estejam destinados para a produção de certa quantidade de ali-
mentos. Claro que não seria obtida nenhuma peça de roupa já que todos os fatores de 
produção estariam destinadospara a produção de alimentos. Imagine, agora, que os 
fatores de produção fossem destinados para a produção de roupas. Neste caso não 
seriam produzidos nenhuma tonelada de alimentos. 
Isto explica os limites que uma economia tem para produzir o necessário para o aten-
dimento às necessidades das pessoas. No entanto, sabemos que as pessoas têm 
necessidade de consumir diversos bens e serviços. Sendo assim, a economia iria 
empregar seus recursos para a produção de alimentos e roupas. Claro, neste exem-
plo, a quantidade de alimentos e roupas produzidos seria menor. Percebeu? Diante 
da escassez dos fatores de produção, é necessário produzir o necessário para aten-
der à demanda da sociedade. Este exemplo refere-se à Curva de Possibilidades de 
Produção. Ou seja, toda economia só é capaz de produzir uma quantidade de bens e 
serviços tendo em vista a escassez dos fatores de produção.
Saiba mais! 
Volte a ler o capítulo 1 do livro Princípios de Economia de Flávio Ribas Tebchirani. 
Cada capítulo lido e relido o ajudará a entender plenamente a Economia.
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Resumo
Curva de possibilidade de produção: mostra as quantidades máximas de bens e 
serviços que uma economia pode produzir, considerando que todos os fatores de pro-
dução estão sendo empregados.
Vamos avançar mais. Que tal? Gostando do assunto?
Agora vamos conversar um pouco sobre o Sistema Econômico. Afinal, o que é um 
Sistema Econômico? Vamos entender logo.
Sabemos que o consumo de uma pessoa é formado por bens e serviços. As pessoas 
adquirem roupas, casas, carros etc. São produtos. Adquirem, também, serviços. Vão 
à escola, médicos, restaurantes, salão de beleza etc. São serviços. 
Então podemos definir o Sistema Econômico como a reunião dos elementos que par-
ticipam da produção e do consumo de bens e serviços. Lembra-se dos agentes eco-
nômicos? Claro que sim.
Observe com atenção: para que os fatores de produção pertençam ao processo pro-
dutivo, é preciso que eles estejam organizados. E quem organiza os fatores de pro-
dução? As empresas. As empresas transformam os fatores de produção em bens e 
serviços que serão utilizados pela sociedade. Lembre-se que as unidades produtoras, 
ou empresas, organizam o trabalho, capital e recursos naturais para transformá-los 
em bens e serviços. 
Bastante simples? Claro. Mais um assunto surge. Como é classificada a produção 
econômica? 
A produção econômica é classificada em três categorias. Quais são estas categorias?
Bens e serviços de consumo: aqueles destinados a satisfazerem as necessidades das 
pessoas. São consumidos na situação em que se encontram. Exemplo? Alimentos, 
roupas, educação, serviços médicos etc.
Bens e serviços intermediários: estes não atendem diretamente às necessidades das 
pessoas. São recursos a serem transformados. Exemplo? Aço para produção de car-
ros, serviços de informática etc.
Bens de capital: estes, também, não atendem diretamente às necessidades das pes-
soas. Como exemplo: máquinas, estradas etc.
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RESUMO
•	 Sistema econômico: reunião dos fatores de produção para produzir bens e 
serviços.
•	 Unidade produtora: são as empresas que transformam os fatores de produ-
ção em bens e serviços.
• Bens intermediários: estes entram na produção de outros bens e serviços.
• Bens de capital: melhoram a eficiência e eficácia do trabalho humano, tornan-
do-os mais produtivos.
Estamos cada vez mais nos aprofundando no estudo da Economia. Tenho certeza 
que, na medida em que avançamos, desmistificamos a Economia e percebemos que 
todos podem entender como funciona o Sistema Econômico. Por falar em sistema 
econômico, vamos ver sua composição. 
Um sistema econômico é constituído por um grande número de unidades produtoras 
– as empresas, que organizam os fatores de produção de forma a produzir bens e 
serviços que atendam às demandas dos consumidores. Há uma classificação destas 
unidades produtoras, considerando o que elas fornecem ao mercado consumidor. 
O sistema econômico é composto por três setores básicos. Quais são esses setores?
Setor primário: formado por unidades produtoras que utilizam os recursos naturais de 
maneira intensa. Como exemplo: atividades agrícolas, pecuária, extrativismo.
Setor secundário: formado por unidades produtoras industriais. Estas unidades trans-
formam os fatores de produção em bens e serviços. Por característica utilizam má-
quinas e equipamentos. Como exemplo: produção de roupas, alimentos, calçados, 
bebidas, carros etc.
Setor terciário: neste setor o produto ou bem não é tangível. Ou seja, não é concreto e 
não pode ser estocado. Este setor é composto por unidades produtoras que fornecem 
serviços, como os bancos, as escolas, os hospitais, as lanchonetes, os hotéis etc.
É importante ressaltar que o nível de desenvolvimento de um país está diretamente 
ligado ao setor mais desenvolvido. Em uma economia em que o setor primário é mais 
atuante, apresenta um grau de desenvolvimento mais baixo. É o caso do Brasil onde o 
agronegócio é responsável por uma parcela considerável das nossas exportações. Os 
países que possuem os setores secundários e terciários mais atuantes apresentam 
um grau de desenvolvimento mais acentuado.
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Resumo
• Setor primário: formado por unidades produtoras que usam intensamente os 
recursos naturais.
• Setor secundário: formado pelas unidades produtoras que transformam os 
fatores de produção em bens ou serviços.
• Setor terciário: formado pelas unidades produtoras que prestam serviços.
Como abordamos a composição do sistema econômico, é importante tratar de outro 
conceito: os fluxos do sistema econômico. Vamos ver do que se trata? 
Observe que durante o processo produtivo, ou seja. A produção de bens e serviços, 
as empresas ou unidades produtoras adquirem e remuneram os fatores de produção. 
Lembra quais são esses fatores? Que bom. As empresas pagam aos funcionários, 
aluguel das suas instalações, matéria prima adquirida dos fornecedores, juros dos 
empréstimos eventualmente contraídos, distribuem os lucros aos seus proprietários, 
entre outros. 
Estes fatores são de fundamental importância para o sistema econômico, pois ga-
rante sua eficiência. As empresas ou unidades produtoras, ao mesmo tempo em que 
produzem bens e serviços, pagam ou remuneram os fatores de produção por elas 
empregados, proporcionando que as pessoas adquiram bens e serviços produzidos 
por outras empresas.
Vamos a um exemplo para deixar mais claro o que foi colocado. Imagine que uma 
pessoa trabalha em uma empresa que produz sapatos. É claro que esta pessoa não 
vai adquirir apenas sapatos com o salário que ela recebe. Ela vai precisar comprar 
alimentos, roupas, pagar aluguel, educação, lazer etc. E como esta pessoa paga tudo 
isto? Através do salário ou remuneração que recebeu da empresa onde trabalha. Fi-
cou mais claro? Que bom.
A partir do exemplo dado, podemos dizer que em um sistema econômico há dois 
fluxos: o primeiro é o fluxo de produto. O segundo é o fluxo de renda formado pelo 
pagamento que os fatores de produção recebem no decorrer do processo produtivo. 
É muito importante que você atente e compreenda bem estes conceitos. Reflita! Sabe 
por quê? Vamos lá.
Estes dois fluxos são muito importantes para a teoria econômica. O fluxo de produto 
é a oferta da economia. Ou seja, os bens e serviços que são colocados no mercado 
visando atender às necessidades e desejos dos consumidores. Já o fluxo de renda é 
formado pelo total da remuneração dos fatores produtivos ou de produção, ou seja, o 
fluxo de renda é constituído pelo montante que as pessoas dispõem para satisfazer 
suas necessidades e desejos, eles representam a demanda. Lembra o que é deman-
da? Ótimo. Se não, releia, reflita e consulte o material disponível na biblioteca virtual. 
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A partir do que foi exposto acima, podemos chegar à seguinte igualdade:
Produto =renda = despesa
E aí? Fácil entender? Acho que sim. 
Entretanto vamos aprofundar mais este assunto. A oferta e a demanda ou procura 
são as duas mais importantes funções de um sistema econômico. E o que estas duas 
funções formam? Formam o mercado. E o que é o mercado? Pense, reflita!
Vamos esclarecer. O mercado não é o local físico onde as pessoas estão localizadas. 
O mercado não é uma feira livre, por exemplo. O mercado tem um significado mais 
abrangente. O termo mercado, em economia, se refere a todas as compras e vendas 
realizadas no sistema econômico. Entendido? Que bom.
Resumo
• Fluxo de produto: totalidade dos bens e serviços produzidos pelas unidades 
produtoras. É a oferta da economia.
• Fluxo de renda: totalidade da remuneração dos fatores de produção empre-
gados pelas empresas. É a demanda ou procura.
• Mercado: formado pelos fluxos de produto e de renda. É a oferta e demanda 
da economia.
Lembre-se que é importante entender que os fluxos de renda e produto estão conco-
mitantemente com as famílias e as unidades produtoras; o sistema econômico guarda 
característica de dinamicidade, ou seja, todos os agentes econômicos exercem seu 
papel de forma constante ou ininterrupta. 
Sabe você como chamamos isto? Denominamos esta movimentação como um pro-
cesso de circulação. 
Então, para facilitar a compreensão, vamos a um pequeno resumo sobre o processo 
de circulação e como ele é composto.
Resumo
• Unidades produtivas: produzem bens e serviços que serão demandados pe-
los consumidores.
• Bens e serviços: produzidos pelas unidades produtivas.
• Mercado: formado pelos fluxos de produto e de renda.
• Famílias: consumidores dos bens e serviços ofertados pelas unidades pro-
dutivas.
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Creio que agora você compreendeu muito bem o que desejávamos expor. Mas, para 
fechar estes assuntos e facilitar mais ainda a compreensão do assunto em pauta, va-
mos a uma definição de circulação: 
• Circulação é o processo pelo qual os fluxos de renda e produto circulam entre 
as entidades que formam o sistema econômico. 
Para finalizarmos nossa III Unidade, vamos falar sobre os dois ramos da economia. A 
macroeconomia e a microeconomia. Lembro que a macroeconomia será vista na uni-
dade IV de forma detalhada. Todavia, vamos fazer uma pequena incursão sobre esses 
dois ramos e o objeto de estudos deles, detendo-nos nos estudos da microeconomia. 
A microeconomia busca entender fatos como:
• Como o consumidor estabelece a distribuição da sua renda, considerando a 
aquisição de bens e serviços disponíveis.
• Como a empresa, ou unidade produtiva, se organiza para estabelecer a com-
binação dos custos de capital e trabalho para produzir bens e serviços.
• Como a empresa precifica seus produtos, objetivando ganhar espaço no 
mercado consumidor.
A macroeconomia, que veremos na unidade IV, busca entender como se determina a 
produção total de bens e serviços, considerando:
• A razão pela qual a economia, dispondo de recursos capazes de gerar uma 
produção de R$ 1 trilhão, só produz 600 bilhões.
• Qual a razão do crescimento ou estagnação da economia.
• Por que os preços dos bens e serviços sobem em um determinado período 
e em outro não.
A macroeconomia tem por finalidade analisar as variáveis agregadas, como índice de 
preços, nível de produção e de emprego. Mais ainda, a macroeconomia busca veri-
ficar a influência das taxas de juros na determinação da empresas em aumentarem 
sua capacidade produtiva e a relação entre a taxa de câmbio e a balança comercial.
Saiba mais! 
Continue lendo o livro Princípios de Economia de Flávio Ribas Tebchirani. Agora, leia 
o capítulo 5.
Foi uma grande satisfação trabalhar com você durante a exposição dos assuntos que 
fazem pare da III Unidade da disciplina Economia e Mercados. Você teve a oportu-
nidade de obter novos conhecimentos, sem deixar seu trabalho ou sair de casa. A 
Unidade III tratou de abordar os conceitos básicos da Economia. Leia todo o material 
com bastante atenção. Procure informações complementares. Acesse a nossa biblio-
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teca virtual e leia os livros sugeridos. Não deixe de fazer os exercícios propostos. A 
realização dos mesmos guarda uma importante contribuição para a internalização dos 
conhecimentos adquiridos. 
Tenha certeza de que estarei com você, com muito prazer, auxiliando-o na obtenção 
do conhecimento e de novos saberes.
Abraço e até a Unidade IV!