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CIÊNCIAS CONTÁBEIS WEBAULA 1 Unidade 1 – Previdência Social1 O que é Previdência Social A Previdência Social é o seguro social para a pessoa que contribui. É uma instituição pública, que tem como objetivo reconhecer e conceder direitos aos seus segurados. A renda transferida pela Previdência Social é utilizada para substituir a renda do trabalhador contribuinte, quando ele perde a capacidade de trabalho, seja pela doença, invalidez, idade avançada, morte e desemprego involuntário, ou mesmo a maternidade e a reclusão. Saúde e Segurança Ocupacional Em 2006, foram registrados 503.890 acidentes e doenças do trabalho, entre os trabalhadores assegurados da Previdência Social. Observem que este número, que já é alarmante, não inclui os trabalhadores autônomos (contribuintes individuais) e as empregadas domésticas. Estes eventos provocam enorme impacto social, econômico e sobre a saúde pública no Brasil. Entre esses registros, contabilizou-se 26.645 doenças relacionadas ao trabalho e, parte destes acidentes e doenças teve, como consequência, o afastamento das atividades de 440.124 trabalhadores devido à incapacidade temporária (303.902 até 15 dias e 136.222 com tempo de afastamento superior a 15 dias), 8.383 trabalhadores por incapacidade permanente e o óbito de 2.717 cidadãos. Para termos uma noção da importância do tema saúde e segurança ocupacional, basta observar que, no Brasil, ocorre cerca de 1 morte a cada 3 horas, motivadas pelo risco decorrente dos fatores ambientais do trabalho e, ainda, cerca de 14 acidentes ocorrem a cada 15 minutos na jornada diária. Se considerarmos exclusivamente o pagamento pelo INSS, dos benefícios devido a acidentes e doenças do trabalho, somado ao pagamento das aposentadorias especiais decorrentes das condições ambientais do trabalho, encontraremos um valor superior a R$ 10,5 bilhões/ano. Se adicionarmos despesas, como o custo operacional do INSS mais as despesas na área da saúde e afins, o custo - Brasil atinge valor superior a R$ 39 bilhões. A dimensão dessas cifras apresenta a premência na adoção de políticas públicas voltadas à prevenção e proteção contra os riscos relativos às atividades laborais. Muito além dos valores pagos, a quantidade de casos, assim como a gravidade, geralmente apresentada como consequência dos acidentes do trabalho e doenças profissionais, ratificam a necessidade emergencial de implementação de ações para alterar esse cenário. O tema prevenção e proteção contra os riscos derivados dos ambientes do trabalho e aspectos relacionados à saúde do trabalhador, felizmente ganha, a cada dia, maior visibilidade no cenário mundial, e o Governo Brasileiro está sintonizado a esta onda. http://www.previdenciasocial.gov.br/conteudoDinamico.php?id=39 Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional O Departamento de Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional é vinculado à Secretaria de Políticas de Previdência Social. Entre as principais atividades do Departamento figuram: subsidiar a formulação e a proposição de diretrizes e normas relativas à interseção entre as ações de segurança e saúde no trabalho e as ações de fiscalização e reconhecimento dos benefícios previdenciários decorrentes dos riscos ambientais do trabalho; coordenar, acompanhar, avaliar e supervisionar as ações do Regime Geral de Previdência Social, bem como a política direcionada aos Regimes Próprios de Previdência Social, nas áreas que guardem inter-relação com a segurança e saúde dos trabalhadores; coordenar, acompanhar e supervisionar a atualização e a revisão dos Planos de Custeio e de Benefícios, em conjunto com o Departamento do Regime Geral de Previdência Social, relativamente a temas de sua área de competência; realizar estudos, pesquisas e propor ações formativas visando ao aprimoramento da legislação e das ações do Regime Geral de Previdência Social e dos Regimes Próprios de Previdência Social, no âmbito de sua competência; propor, no âmbito da previdência social e em articulação com os demais órgãos envolvidos, políticas voltadas para a saúde e segurança dos trabalhadores, com ênfase na proteção e prevenção. http://www.previdenciasocial.gov.br/conteudoDinamico.php?id=462 Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP O Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) é um formulário com campos a serem preenchidos com todas as informações relativas ao empregado, como por exemplo, a atividade que exerce o agente nocivo ao qual está exposto, a intensidade e a concentração do agente, exames médicos clínicos, além de dados referentes à empresa. O formulário deve ser preenchido pelas empresas que exercem atividades que exponham seus empregados a agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física (origem da concessão de aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de contribuição). Além disso, todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais e do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, de acordo com Norma Regulamentadora nº 9 da Portaria nº 3.214/78 do MTE, também devem preencher o PPP. O PPP deve ser preenchido para a comprovação da efetiva exposição dos empregados a agentes nocivos, para o conhecimento de todos os ambientes e para o controle da saúde ocupacional de todos os trabalhadores. Legislação específica: o Instrução Normativa INSS/PRES nº 27, de 30 de abril de 2008 o Anexo XV: Formulário do Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP o Anexo XII: Declaração de exercício de Atividade Rural http://www.previdenciasocial.gov.br/conteudoDinamico.php?id=465 Anuário Estatístico da Previdência Social 2007 Seção XII - Contabilidade Esta seção apresenta informações contábeis extraídas do Balancete Analítico de Receitas e Despesas, elaborado pela Coordenação-Geral de Orçamento, Finanças e Contabilidade do INSS. RECEITAS São apresentadas informações das receitas previdenciárias, segundo as fontes de recursos e o valor mensal das rubricas principais de receita por Unidade da Federação. A seguir, são conceituadas as principais rubricas de receitas deste capítulo: Receita Corrente – valor das receitas definidas na Lei nº 8.212/91 para cobertura das despesas correntes e de capital da Seguridade Social, provenientes de contribuições e de outras receitas. Receita de Contribuições – valor das receitas arrecadadas diretamente pela Previdência Social, oriundas de contribuições de empresas, empregadores domésticos, segurados, inclusive domésticos, e contribuintes individuais, conforme Lei nº 8.212/91. Receita Patrimonial – valor das receitas de aluguéis, arrendamentos, juros, taxas de ocupação de imóveis, juros de títulos de rendas, dividendos e outras receitas provenientes de aplicações do patrimônio da Entidade, conforme Lei nº 8.212/91. Outras Receitas Correntes – valor de outras receitas correntes referentes a serviços administrativos, multas e juros previstos em contrato, atualizações monetárias, indenizações, restituições, receita de dívida ativa e outras conforme Lei nº 8.212/91. Receita de Capital – valor proveniente de alienação ou resgate de bens móveis, bem como alienação de títulos mobiliários, amortização de empréstimos e repasse de capital, conforme Lei nº 8.212/91. Repasse da União – recursos adicionais do Orçamento Fiscal, fixados obrigatoriamente na lei orçamentária anual, destinados ao pagamento dos Encargos Previdenciários da União – EPU e à cobertura de eventuais insuficiências financeiras decorrentes do pagamento de benefícios. As contribuições sociais das empresas cujas bases de incidência são o faturamento (conhecidas como Cofins) e o lucro e, ainda, as que incidemsobre a receita de concursos de prognósticos são recolhidas pela União e, posteriormente, transferidas para a Previdência Social. O valor acumulado da receita total do INSS em 2007 foi de R$ 204,5 bilhões, o que correspondeu a um aumento de 17,8% em relação ao ano anterior. A participação da receita de contribuições e do repasse da União foi, respectivamente, de 67,2% e 31,2% do total da receita. A maior parcela do repasse da União, contudo, tem origem previdenciária (convênio INSS-FNAS/MPAS, contribuição para o Finsocial e CPMF), o que faz com que os recursos ordinários transferidos pela União, propriamente ditos, representem apenas 0,2% daquele total. As principais rubricas de receita foram: contribuição de empresas; contribuição para o Finsocial; e contribuição de segurados, cujas participações atingiram, respectivamente, 27,4%, 18,4% e 13,6% da receita total. DESPESAS São apresentadas tabelas com informações do valor mensal de despesas, segundo as principais rubricas, e valor de despesas segundo as fontes de recursos. Os conceitos das principais rubricas nas tabelas deste capítulo são: Despesas Correntes – despesas realizadas com a manutenção e o funcionamento do sistema previdenciário. Pessoal e Encargos Sociais – relativa à remuneração do pessoal ativo e inativo, incluindo as obrigações patronais e o imposto de renda. Benefícios – pagamento de benefícios a cargo da Previdência Social, conforme legislação. Serviços de Terceiros – despesas com serviços prestados por pessoas físicas e jurídicas e das despesas com encargos diversos. Sentenças Judiciárias – despesas decorrentes de débitos da Previdência Social, objeto de precatórias. Despesas de Capital – relativas a investimentos ou inversões financeiras que venham proporcionar acréscimos aos bens patrimoniais da Previdência Social, bem como as transferências de capital a outras pessoas de direito público ou privado. Em 2007, o valor da despesa total do INSS foi de R$ 200,5 bilhões, o que significou um aumento de 10,3% em relação ao ano anterior. As rubricas com maior participação nas despesas foram a aposentadoria por tempo de contribuição, a pensão por morte previdenciária e as aposentadorias por idade, cujas participações foram de 22,4%, 19,5% e 18%, respectivamente. Os benefícios assistenciais representaram 6,7% do total das despesas e as despesas com pessoal e encargos sociais participam com 3,5% daquele total. http://www.previdenciasocial.gov.br/conteudoDinamico.php?id=603 Agora que você leu sobre a parte contábil da previdência social, acesse as Tabelas e saiba sobre as receitas e despesas. Para saber mais: Dentre estes recortes, temos muitas outras informações sobre a previdência social no site http://www.previdenciasocial.gov.br/, no qual você poderá saber mais sobre diversos temas úteis para o departamento de pessoal de uma empresa. Interagindo: Agora, visite o fórum desta disciplina e compartilhe com os outros alunos sobre a previdência social. WEBAULA 2 Unidade 1 – Contribuintes Esegurados Contribuem para o Regime Geral da Previdência Social – RGPS, a empresa e a entidade a ela equiparada, o empregador doméstico e o trabalhador. São segurados obrigatórios as seguintes pessoas físicas: empregado, empregado doméstico, contribuinte individual, trabalhador avulso e segurado especial. Existem, ainda, os que se filiam à Previdência Social por vontade própria, os segurados facultativos. A cada tipo de contribuinte é definida uma forma específica de contribuição. A seguir, são conceituados os principais contribuintes da Previdência Social: Empresa – firma individual ou sociedade que assume o risco de atividade econômica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e entidades da administração pública direta, indireta e fundacional. Equipara-se a empresa, para fins previdenciários, o contribuinte individual em relação ao segurado que lhe presta serviço, bem como a cooperativa, a associação ou a entidade de qualquer natureza ou finalidade, a missão diplomática e a repartição consular de carreiras estrangeiras. Empregador Doméstico – pessoa ou família que admite a seu serviço, sem finalidade lucrativa, o empregado doméstico. Trabalhador – pessoa que presta serviço com ou sem vínculo empregatício a empresa; aquele que exerce por conta própria atividade econômica remunerada. A fonte das informações sobre os contribuintes da Previdência Social é o Cadastro Nacional de Informações Sociais – CNIS, que é uma base de dados nacional que contém informações sobre trabalhadores (empregados, inclusive domésticos, trabalhadores avulsos, contribuintes individuais, segurados especiais e facultativos), e empregadores. O CNIS é composto de quatro bases de dados: a) Cadastro de Trabalhadores; b) Cadastro de Empregadores; c) Cadastro de Vínculos Empregatícios e Remunerações do Trabalhador Empregado e Recolhimentos do Contribuinte Individual; e d) Agregados de Vínculos Empregatícios e Remunerações por Estabelecimento Empregador. Os dados dessas bases são provenientes de diversos instrumentos, tais como: Programa de Integração Social – PIS; Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público – PASEP; Relação Anual de Informações Sociais – RAIS; Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED; Guia da Previdência Social – GPS e Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social – GFIP, dentre outros. A mais relevante dessas bases é a GFIP. Esse documento, implantado em janeiro de 1999, deve ser entregue mensalmente por todas as pessoas físicas ou jurídicas que estejam sujeitas ao recolhimento do FGTS, conforme estabelecido na Lei nº 8.036/90, e às contribuições ou informações à Previdência Social, conforme estabelecido na Lei nº 8.212/91. Na GFIP, as empresas informam todos os fatos geradores de contribuições previdenciárias, individualizando as informações sobre vínculos e remunerações, constituindo-se no documento base para aperfeiçoamento na forma de funcionamento dos serviços prestados pela Previdência Social, principalmente na concessão e manutenção de benefícios e na arrecadação e fiscalização das contribuições previdenciárias. CONTRIBUINTES PESSOAS FÍSICAS Para a construção do universo de pessoas que contribuem para a Previdência Social, foi necessário identificar as diversas formas como uma contribuição e o respectivo contribuinte pode ser registrado no sistema da Previdência Social. Para os “contribuintes empregados”, a fonte da informação é o registro mensal do vínculo empregatício e a remuneração, informados pela GFIP. Para os “outros contribuintes” existem duas formas, não excludentes, de registro de sua contribuição. A contribuição pode ser registrada por meio de uma GPS paga na rede bancária ou, caso do contribuinte individual que tenha prestado serviço a empresas ou equiparadas, por meio do registro da prestação do serviço na GFIP, entregue pela empresa (conforme mencionado, nesse caso a empresa é obrigada a reter a contribuição do contribuinte individual e efetuar seu pagamento, juntamente com as demais contribuições da empresa). Essas formas de contribuição não são excludentes entre si, podendo uma pessoa contribuir como empregado, prestar serviço como contribuinte individual e, ainda, pagar uma GPS na rede bancária em um mesmo mês ou em meses distintos ao longo do ano. O cruzamento das informações provenientes da GFIP e da GPS permite a identificação da pessoa física que contribuiu para a Previdência Social e de que forma sua contribuição foi registrada. São apresentadas informações sobre a quantidade de contribuintes da Previdência Social, o número médio mensal de contribuintes, o valor das remunerações, por Unidades da Federação,sexo, grupos de idade e pelo número de contribuições efetuadas no ano. A quantidade de contribuintes pessoas físicas em 2007 foi de 49,8 milhões e o valor da remuneração atingiu R$ 480 bilhões, o que correspondeu a aumentos de 6,6% e 15,2% em relação ao ano anterior. As pessoas do sexo masculino participaram com 58,9% da quantidade, 66,8% do valor das remunerações, o que fez com que o valor médio das remunerações do sexo masculino fosse 40,5% maior do que o do sexo feminino (R$ 11.149,06 contra R$ 7.934,69). A faixa etária dos 20 aos 29 anos foi a faixa decenal, que apresentou a maior quantidade de contribuintes (32,6%), e a maior participação no valor da remuneração foi a da faixa dos 30 aos 39 anos, com 30,2% do total. A participação dos contribuintes com 12 contribuições anuais aumentou de 40,4%% em 2006 para 44,2% em 2007. CONTRIBUINTES EMPREGADOS Contribuem para o RGPS os trabalhadores contratados sob o regime da CLT, constituídos, principalmente, pelo empregado, aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural a empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado; pelo trabalhador avulso, aquele que presta a uma ou mais empresas, sem vínculo empregatício, serviços de natureza urbana ou rural com intermediação de sindicatos ou de órgãos gestores de mão-de-obra (normalmente portuários). As informações apresentadas contemplam a quantidade de contribuintes, o valor da remuneração, a quantidade de vínculos e o número médio mensal de contribuintes por Unidade da Federação; a quantidade de contribuintes, o valor da remuneração e o número médio de contribuintes por sexo e grupos de idade, e por sexo e faixas de valor; a quantidade de vínculos, o valor da remuneração e o número médio mensal de vínculos por setor de atividade econômica. OUTROS CONTRIBUINTES Além dos segurado empregado e trabalhador avulso, contribuem, também, para o RGPS, o contribuinte individual, o empregado doméstico, o contribuinte facultativo e o segurado especial, agrupados, para efeito deste anuário, como “outros contribuintes”. As tabelas com informações sobre a quantidade e o valor das contribuições efetuadas por “outros contribuintes” são classificadas por: sexo e tipo de contribuinte, tipo e Unidades da Federação, sexo e grupos de idade, tipo e faixas de valor da contribuição e número de contribuições no ano. TIPO DE CONTRIBUINTE – classificação dos contribuintes em: Contribuinte individual – aquele que presta serviços de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego; ou, aquele que exerce, por conta própria, atividade econômica remunerada de natureza urbana ou rural, com fins lucrativos ou não. Empregado doméstico – aquele que presta serviço de natureza contínua, mediante remuneração mensal, à pessoa ou família, em atividade sem fins lucrativos. Segurado especial – o produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais, o pescador artesanal e o assemelhado, que exerçam essas atividades, individualmente, ou em regime de economia familiar, ainda que com auxílio eventual de terceiros, bem como seus respectivos cônjuges ou companheiros e filhos maiores de 16 anos de idade ou a eles equiparados, desde que trabalhem, comprovadamente, com o grupo familiar respectivo. Facultativo – o maior de 16 anos de idade que se filia ao Regime Geral de Previdência Social, mediante contribuição, desde que não esteja exercendo atividade remunerada que o enquadre como segurado obrigatório ou que esteja vinculado a outro regime de Previdência Social. A categoria de contribuinte individual foi criada pela Lei nº 9.876, de 26 de novembro de 1999, unificando os segurados empresários, trabalhadores autônomos e equiparados. A referida Lei considera como contribuintes individuais, dentre outros: o produtor rural pessoa física, o garimpeiro, o ministro de confissão religiosa, o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional, quando não vinculado a regime próprio, o empresário urbano ou rural e o trabalhador autônomo que presta serviços, quer seja em caráter permanente ou eventual. O inciso V do art. 9º do Regulamento da Previdência Social – RPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999, arrola, ainda, como contribuintes individuais, dentre outros: o associado eleito para cargo de direção em cooperativa, associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, bem como o síndico ou administrador eleito para exercer atividade de direção condominial, desde que recebam remuneração; o aposentado de qualquer regime previdenciário nomeado magistrado da Justiça Eleitoral; o bolsista da Fundação Habitacional do Exército contratado em conformidade com a Lei nº 6.855, de 18/11/80; e o árbitro e seus auxiliares que atuem em conformidade com a Lei nº 9.615, de 24/03/98. VALOR DA CONTRIBUIÇÃO As empresas, em geral, contribuem com 20% sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados, contribuintes individuais e trabalhadores avulsos que lhes prestem serviços, mais um adicional de 1%, 2% ou 3%, conforme o risco da atividade da empresa, para o financiamento de benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade, decorrente dos riscos ambientais do trabalho. No caso de instituições financeiras, além dessas contribuições, será devido adicional de 2,5%. Tratando-se de serviços tomados de cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho, a contribuição da empresa é de 15% sobre o valor da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços. O empregador doméstico contribui com 12% do salário-de-contribuição do empregado doméstico a seu serviço e a contribuição do segurado empregado, inclusive o doméstico, é calculada mediante a aplicação de alíquotas sobre o seu salário-de-contribuição mensal. Para o contribuinte individual que trabalha por conta própria, a alíquota de contribuição é de 20% sobre a remuneração percebida. Para o contribuinte individual que presta serviços a uma ou mais empresas, a alíquota de contribuição é de 11% sobre a remuneração percebida, descontada e recolhida pela empresa contratante. Se o valor pago ao contribuinte individual for inferior ao salário mínimo, este está obrigado a complementar a contribuição. Nesta hipótese, o percentual incidente sobre a diferença é de 20%. Para o segurado facultativo, o salário-de-contribuição é o valor por ele declarado e a alíquota de contribuição é de 20%. A Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, instituiu, a partir de abril de 2007, o Plano Simplificado de Previdência Social, reduzindo de 20% para 11% a alíquota de contribuição para contribuinte individual que trabalha por conta própria, sem relação de trabalho com empresa ou equiparada e contribuintes facultativos, para salário-de-contribuição igual a salário mínimo. O segurado especial e o produtor rural pessoa física contribuem com 2,0% e o produtor rural pessoa jurídica com 2,5% incidentes sobre a receita bruta da comercialização da produção rural, além de mais 0,1% para o custeio dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa, decorrente dos riscos ambientais do trabalho. A contribuição do segurado especial, a quem é garantido benefício no valor de um salário mínimo, é sub-rogada ao adquirente da produção. Caso queira melhorar o valor de seu benefício, o segurado especial poderá contribuir facultativamente sobre valor superior ao salário mínimo. Nos termos do § 6° do art. 57 da Lei n° 8.213, de 1991, a contribuição destinada ao financiamento de benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade decorrente dos riscos ambientais do trabalho terá suasalíquotas acrescidas de 12%, 9% e 6%, conforme a atividade exercida pelo segurado empregado a serviço da empresa ou cooperado de cooperativa de produção. Este acréscimo financiará a concessão de aposentadoria especial aos 15, 20 ou 25 anos de contribuição, respectivamente. No caso de cooperativa de trabalho, a alíquota é de 9%, 7% e 5%, devida pelo tomador de serviços. Com a edição da Medida Provisória nº 83, de 2002, convertida na Lei nº 10.666, de 8 de maio de 2003, a partir de 1º de abril de 2003, os percentuais relativos à contribuição destinada ao financiamento de benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade decorrente dos riscos ambientais do trabalho podem ser reduzidos em até 50% ou elevados em até 100%, em razão do desempenho da empresa em relação à respectiva atividade econômica, conforme critérios de avaliação fixados em regulamento. A quantidade de outros contribuintes, em 2007, foi de 11,1 milhões de trabalhadores, um aumento de 5,4% quando comparado com o ano anterior. O valor das contribuições aumentou 6,4% no período, atingindo R$ 8,3 bilhões. A participação do sexo feminino foi de 53,6% na quantidade e 50,1% no valor das contribuições, o que fez com que o valor médio da contribuição dos homens (R$ 808,30) fosse 15,2% maior do que o das mulheres (R$ 701,40). Os contribuintes individuais representaram 75% da quantidade e 74,2% do valor das contribuições. Os domésticos participaram com 18,2% da quantidade e 18,7% do valor das contribuições. Em 2007, a faixa etária decenal dos 40 aos 49 anos foi a que apresentou maior participação, tanto na quantidade de outros contribuintes (27,9%), quanto no valor das contribuições (30,2%). Cerca de 22,15% dos outros contribuintes se encontravam na faixa de abaixo de 1 piso previdenciário, 81,1% contribuíram com até 2 pisos e 94,4% com até 5 pisos. Na distribuição do valor da remuneração, 6,1% encontrava-se na faixa de abaixo de 1 piso previdenciário, 49,4% na faixa de até 2 pisos e 74,8% com até 5 pisos. Cerca de 41,2% da quantidade de outros contribuintes foram de segurados, que efetuaram 12 contribuições anuais. A análise por documento de captação revela que os outros contribuintes utilizaram a GPS em 47% do total de documentos, a GFIP em 50,5% e ambos em 2,5%. Interagindo: Agora, vá ao fórum e comente sobre as alíquotas e valores de contribuição pagos à previdência social. WEBAULA 3 Unidade 1 – Benefícios Sociais - parte 1 Benefícios consistem em prestações pecuniárias pagas pela Previdência Social aos segurados ou aos seus dependentes, de forma a atender a cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada, maternidade, salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda e pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes. Benefícios de prestação continuada são caracterizados por pagamentos mensais contínuos, até que alguma causa (a morte, por exemplo) provoque sua cessação. Enquadram-se, nessa categoria, as aposentadorias, pensões por morte, auxílios, rendas mensais vitalícias, abonos de permanência em serviço, os salários-família, maternidade, etc, cujas descrições são encontradas no Quadro I. 1. O processo normal de entrada e saída de um benefício do sistema previdenciário envolve três etapas: Concessão, Manutenção e Cessação. A Concessão trata do fluxo de entrada de novos benefícios no sistema; a Manutenção abrange os benefícios ativos e suspensos constantes no cadastro; a Cessação corresponde aos benefícios que não mais geram créditos. Além disto, mensalmente, é gerado o total de benefícios ativos, o que compõe a Emissão. Cabe ressaltar, que a apresentação, concomitante, de informações sobre a quantidade de benefícios concedidos, mantidos e cessados permitiria, em princípio, a construção da dinâmica anual dos benefícios no sistema previdenciário, ou seja, o estoque de benefícios no final do ano poderia ser calculado pela adição ao estoque inicial dos benefícios concedidos e a subtração dos cessados. Este exercício, no entanto, fica comprometido, uma vez que a concessão tem como marco temporal a Data de Despacho do Benefício – DDB e não a Data de Início do Benefício – DIB. Também, as informações de cessação são parciais, porque um benefício pode receber a marca de cessado meses depois da data da efetiva cessação. Benefício de prestação única é aquele cujo pagamento é efetuado em uma só vez. Atualmente, só é concedido o pecúlio especial de aposentados que retornaram à atividade. O pecúlio é pago quando se faz necessário reembolsar o segurado do valor corrigido de contribuições por ele efetuadas após a aposentadoria. Embora extinto pela Lei nº 8.870/94, este pecúlio ainda é pago para aqueles que contribuíram até março/94, quando deixarem definitivamente a atividade. Desde abril de 1992 (data em que efetivamente se operacionalizou a Lei nº 8.213/91), todos os novos benefícios concedidos estão sendo enquadrados segundo o código estabelecido pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS. A existência de benefícios com a antiga codificação rural permanece apenas para aqueles concedidos antes desta data, enquanto os mesmos se encontrarem no Cadastro de Benefícios. Os benefícios eram corrigidos, anualmente, segundo índice estipulado por atos legais (Leis ou Medidas Provisórias), no mês de maio. A partir de 2006, passaram a ser corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC, calculado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, no mês de Abril. A fonte de dados desta seção é o Sistema Único de Benefícios – SUB, a partir do qual foram elaboradas tabulações especiais (Plano Tabular da DIIE) e atualizado o Sistema Integrado de Tratamento Estatístico de Séries Estratégicas – SINTESE. Embora residentes na DATAPREV, os dados são de responsabilidade da Diretoria de Benefícios do INSS. QUADRO I.1 - BENEFÍCIOS DE PRESTAÇÃO CONTINUADA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL BRASILEIRA Nome das espécies atualmente concedidas Amparo assistencial ao idoso (Lei no 8.742/93) Amparo assistencial ao portador de deficiência (Lei no 8.742/93) Aposentadoria especial (Lei no 8.213/91) Aposentadoria por idade (Lei no 8.213/91) Aposentadoria por invalidez por acidente do trabalho (Lei no 8.213/91) Aposentadoria por invalidez previdenciária (Lei no 8.213/91) Aposentadoria por tempo de contribuição (Lei no 8.213/91) Aposentadoria por tempo de serviço de professor (Emenda Constitucional no 20/98) Auxílio-acidente por acidente do trabalho (Lei no 8.213/91) Auxílio-acidente previdenciário (Lei no 8.213/91) Auxílio-doença por acidente do trabalho (Lei no 8.213/91) Auxílio-doença previdenciário (Lei no 8.213/91) Auxílio-reclusão (Lei no 8.213/91) Pecúlio especial de aposentado (Lei no 8.213/91) - benefício de prestação única Pensão especial aos dependentes de vítimas fatais por contaminação na hemodiálise - Caruaru-PE (Lei no 9.422/96) Pensão especial mensal vitalícia (Lei 10.923/04) Pensão especial vitalícia (Lei no 9.793/99) Pensão mensal vitalícia do dependente do seringueiro (Lei no 7.986/89) Pensão mensal vitalícia do seringueiro (Lei no 7.986/89) Pensão mensal vitalícia por síndrome de talidomida (Lei no 7.070/82) Pensão por morte de ex-combatente (Lei no 4.297/63) Pensão por morte de ex-combatente marítimo (Lei no 1.756/52) Pensão por morte por acidente do trabalho (Lei no 8.213/91) Pensão por morte previdenciária (Lei no 8.213/91) Salário-maternidade (Lei no 8.213/91) A seguir, são definidos alguns conceitos improtantes: Espécie de Benefício - A classificação em espécies foi criada pelo INSS para explicitar as peculiaridades de cada tipo de benefíciopecuniário existente. A cada espécie é atribuído um código numérico de duas posições, como por exemplo, o 42, que se refere à espécie Aposentadoria por Tempo de Contribuição. Grupo de Espécies - Reúne todas as espécies referentes a um mesmo tipo de benefício. Por exemplo, as espécies do tipo aposentadorias por tempo de contribuição, compõem o grupo Aposentadorias por Tempo de Contribuição. Segurado - É a pessoa coberta pelo sistema previdenciário, fazendo jus aos benefícios por este oferecidos. Beneficiário - É a pessoa que está recebendo algum tipo de benefício pecuniário, podendo ser o próprio segurado ou o seu dependente. Salário-de-contribuição - Entende-se por salário-de-contribuição, observado o valor mínimo (salário-mínimo) e o teto máximo, atualmente em R$ 3916,20, cf. tabela vigente de 1 de Janeiro de 2012. Para o empregado e trabalhador avulso – a remuneração auferida em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o seu trabalho; Para o empregado doméstico – a remuneração registrada na Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS; Para o contribuinte individual – a remuneração auferida em uma ou mais empresas ou pelo exercício de atividade por conta própria, durante o mês; e Para o segurado facultativo – o valor por ele declarado. Salário-base - Era o valor declarado pelo contribuinte individual e facultativo e servia como base de cálculo de sua contribuição. A escala de salários-base era composta por dez classes salariais, sendo que o salário-base de cada classe, com exceção da primeira, que era igual ao valor de um salário-mínimo, era reajustado na mesma época e com os mesmos índices aplicados aos benefícios da Previdência Social. A partir da Lei nº 9.876, de 1999, o número mínimo de meses de permanência em cada classe da escala de salários-base vinha sendo reduzido, gradativamente, em doze meses a cada ano. Entretanto, a Medida Provisória nº 83, de 12 de dezembro de 2002, convertida na Lei nº 10.666, de 8 de maio de 2003, extinguiu a escala de salários-base a partir de abril de 2003. Salário-de-benefício: I – Para os benefícios de aposentadoria por idade e por tempo de contribuição, na média aritmética simples dos maiores salários-de- contribuição, corrigidos, correspondentes a oitenta por cento de todo período contributivo, multiplicada pelo fator previdenciário; e II – Para os benefícios de aposentadoria por invalidez e especial, auxílio-doença e auxílio-acidente, na média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição, corrigidos, correspondentes a oitenta por cento de todo período contributivo. Observações: 1 – No caso de aposentadoria por idade, o segurado pode optar pela regra do inciso II, se mais vantajosa. 2 – O fator previdenciário é calculado considerando-se a idade, a expectativa de sobrevida e o tempo de contribuição, segundo a seguinte fórmula: Onde: f = fator previdenciário; Es = expectativa de sobrevida no momento da aposentadoria; Tc = tempo de contribuição no momento da aposentadoria; Id = idade no momento da aposentadoria; a = alíquota de contribuição correspondente a 0,31. 3– A expectativa de sobrevida é obtida da tábua de mortalidade construída pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, considerando-se a média nacional única para ambos os sexos; 4 – Para efeito da aplicação do fator previdenciário, serão adicionados ao tempo de contribuição: I – cinco anos, quando se tratar de mulher; e II – cinco e dez anos, quando se tratar, respectivamente, de professor ou professora, que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério, na educação infantil e no ensino fundamental e médio. 5 – Para o segurado filiado à Previdência Social, até a data da publicação da Lei nº 9.876, de 1999, no cálculo do salário-de- benefício, será considerada a média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição, correspondentes a, no mínimo, oitenta por cento de todo o período contributivo, decorrido desde a competência julho de 1994; e 6 – Para o segurado que cumpriu as condições exigidas para a concessão de aposentadoria até 28 de novembro de 1999, data da publicação da Lei nº 9.876, de 1999, poderá ser concedido benefício, a qualquer tempo, com base nos 36 últimos salários-de-contribuição até aquela data. Esta web-aula foi formada com recortes do site da previdência social. Para saber mais: No site http://www.previdenciasocial.gov.br/ você poderá saber mais sobre diversos benefícios. Pesquise sobre fator previdenciário, utilize também outras fontes de pesquisa. Interagindo: Agora, visite o fórum desta disciplina e compartilhe com os outros alunos sobre o fator previdenciário. WEBAULA 4 Unidade 1 – Benefícios Sociais - parte 2 A seguir, são detalhados cada um dos grupos de espécies de benefícios: PREVIDENCIÁRIOS Os benefícios previdenciários do Regime Geral de Previdência Social – RGPS, em sua maioria, dependem de período de carência. Abrangem as aposentadorias, as pensões por morte, os auxílios, o salário- família e o salário-maternidade. APOSENTADORIAS As aposentadorias são pagamentos mensais vitalícios, efetuados ao segurado por motivo de tempo de contribuição, idade, invalidez permanente ou trabalho exercido sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. Aposentadoria por Tempo de Contribuição - a aposentadoria por tempo de contribuição é devida ao segurado que completa, no mínimo, 35 anos de contribuição, se do sexo masculino, ou 30, se do sexo feminino. Seu valor corresponde a 100% do salário-de- benefício. O segurado inscrito na Previdência Social até 16 de dezembro de 1998 (data da publicação da Emenda Constitucional nº 20, de 1998) pode se aposentar aos 25 e 30 anos de contribuição, respectivamente, se do sexo feminino ou masculino, desde que tenha 48 ou 53 anos de idade. Nesse caso, o tempo de contribuição que faltava, em 16 de dezembro de 1998, para completar os 25 ou 30 anos, será majorado em 40% e o valor do benefício corresponderá a 70% do salário-de-benefício acrescido de 5% para cada grupo de 12 contribuições, até o limite de 100%. O professor e a professora podem se aposentar, respectivamente, aos 25 e 30 anos de contribuição, desde que comprovem, exclusivamente, tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio. A aposentadoria especial é devida ao segurado que tiver trabalhado sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante 15, 20 ou 25 anos, devendo ser comprovada a exposição aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física. Aposentadoria por Idade - A aposentadoria por idade é devida ao segurado que completar 65 anos de idade, se homem, ou 60 anos, se mulher. No caso dos trabalhadores rurais esses limites são de 60 e 55 anos, respectivamente. Se o empregado já cumpriu o período de carência, ao completar 70 anos de idade, se do sexo masculino, ou 65, se do sexo feminino, a empresa pode requerer sua aposentadoria, sendo esta compulsória. O prazo de carência da tabela transitória está sendo gradualmente aumentado para 180 meses, com acréscimos de 6 meses a cada ano. Em 2007, o número mínimo de meses exigido era 156. A carência de 180 meses será alcançada no ano 2011. Aposentadoria por Invalidez - Tem direito à aposentadoria por invalidez o segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, é considerado incapaz para o trabalho e insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garantaa subsistência. O aposentado por invalidez tem cancelada a aposentadoria se voltar voluntariamente à atividade, ao contrário dos outros tipos de aposentadorias, que são vitalícias. No caso de aposentadoria especial, o segurado não pode retornar ao exercício de atividade que o sujeite a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. PENSÃO POR MORTE A pensão por morte é devida ao(s) dependente(s) do segurado, aposentado ou não, que falece. Perde o direito à pensão o pensionista que falecer; o menor que se emancipar ou completar 21 anos de idade, salvo se inválido; ou o inválido, caso cesse a sua invalidez. O valor da pensão por morte é de 100% da aposentadoria que o segurado recebia ou teria direito a receber, caso se aposentasse por invalidez, dividido em partes iguais entre os seus dependentes. AUXÍLIOS Os auxílios previdenciários são classificados em auxílio-doença, auxílio-reclusão e auxílio-acidente. O auxílio-doença tem caráter temporário e é devido ao segurado que fica incapacitado por motivo de doença. O auxílio-reclusão é devido ao(s) dependente(s) do segurado detento ou recluso, desde que este não receba qualquer espécie de remuneração da empresa, nem esteja em gozo de auxílio-doença, aposentadoria ou abono de permanência em serviço. O auxílio-acidente previdenciário, regulamentado pela Lei nº 9.032/95, é devido ao segurado que, após a consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, sofra redução de capacidade funcional. É pago a título de indenização e corresponde a 50% do salário-de-benefício do segurado. O recebimento de salário ou a concessão de outro benefício não prejudica a continuidade do recebimento do auxílio-acidente, vedada a acumulação com qualquer aposentadoria. OUTROS Salário-família - O salário-família é devido ao segurado empregado, exceto o doméstico, e ao trabalhador avulso, tanto na condição de ativo como na de aposentado por idade ou por invalidez e aos demais aposentados aos 65 anos de idade, se do sexo masculino, e aos 60 anos de idade, se do sexo feminino, ou, ainda, em gozo de auxílio- doença, na proporção do respectivo número de filhos ou equiparados, de até 14 anos de idade, ou de qualquer faixa etária, se inválido. Salário-Maternidade - O salário-maternidade é devido a todas as seguradas da Previdência Social durante 28 (vinte e oito) dias antes do parto e 91 (noventa e um) dias depois, pago diretamente pelo INSS, no caso das seguradas trabalhadoras avulsas, empregada doméstica, contribuinte individual, especial e facultativa. A Lei nº 10.710, de 05 de agosto de 2003, alterou a Lei nº 8.213/91, restabelecendo o pagamento, pela empresa, do salário-maternidade devido à segurada empregada. Não é exigida carência para as seguradas empregadas, empregada doméstica e trabalhadora avulsa, sendo exigida a carência de dez contribuições mensais para a segurada contribuinte individual e facultativa. A segurada especial deverá comprovar o exercício de atividade rural nos últimos dez meses imediatamente anteriores ao requerimento do benefício, mesmo que de forma descontínua. O salário-maternidade é devido à segurada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança, pelo período de 120 (cento e vinte) dias, se a criança tiver até 1(um) ano de idade, de 60 (sessenta) dias, se a criança tiver entre 1(um) e 4 (quatro) anos de idade, e de 30 (trinta) dias, se a criança tiver de 4 (quatro) a 8 (oito) anos de idade, sendo pago diretamente pela Previdência Social, inclusive para a empregada. O Decreto nº 6.122, de 13 de junho de 2007, estendeu o salário- maternidade nos casos de demissão antes da gravidez ou durante a gestação, nas hipóteses de dispensa por justa causa ou a pedido, para a segurada desempregada, desde que tenha a qualidade de segurada, sendo pago diretamente pela Previdência Social. A renda mensal do salário-maternidade consiste: Em valor igual à remuneração integral, no caso de segurada empregada; Em valor igual à remuneração integral, equivalente a um mês de trabalho, no caso de segurada trabalhadora avulsa; Em valor correspondente ao do último salário-de-contribuição, no caso de segurada empregada doméstica; No valor de um salário-mínimo, no caso de segurada especial; e Em valor correspondente a um doze avos da soma dos doze últimos salários-de-contribuição, apurados em período não superior a quinze meses, no caso das seguradas contribuinte individual, facultativa e desempregada. Juntamente com a última parcela, é pago o abono anual (13º salário) do salário-maternidade, proporcional ao período de duração do benefício. Do valor da renda mensal do salário-maternidade é deduzida contribuição previdenciária. No caso de segurada empregada, a empresa deve pagar as contribuições patronais sobre o valor do salário-maternidade recebido pela segurada e, no caso da segurada empregada doméstica, cabe ao seu empregador recolher 12% sobre sua remuneração. ACIDENTÁRIOS O benefício acidentário é devido ao segurado acidentado, ou ao(s) seu(s) dependente(s), quando o acidente ocorre no exercício do trabalho a serviço da empresa, equiparando-se a este a doença profissional ou do trabalho ou, ainda, quando sofrido no percurso entre a residência e o local de trabalho, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a redução da capacidade para o trabalho. Os benefícios acidentários classificam-se em aposentadoria, pensão por morte, auxílio-doença, auxílio-acidente e auxílio-suplementar. Tem direito à aposentadoria por invalidez, espécie 92, o segurado acidentado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença acidentário, é considerado incapaz e insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência. A pensão por morte é devida ao(s) dependente(s) do segurado que falece em consequência de acidente do trabalho. O auxílio-doença é devido ao segurado que fica incapacitado, por motivo de doença decorrente de acidente do trabalho. O auxílio-acidente é devido ao segurado acidentado que, após consolidação das lesões decorrentes do acidente do trabalho, apresenta sequela que implique na redução de sua capacidade laborativa. A concessão do benefício independe de qualquer remuneração auferida pelo acidentado, mesmo quando esta se refere a um outro benefício, exceto a de qualquer aposentadoria. ASSISTENCIAIS Os benefícios assistenciais são aqueles concedidos independentemente de contribuições efetuadas. São eles: renda mensal vitalícia, amparos assistenciais e pensão mensal vitalícia. A renda mensal vitalícia foi criada pela Lei nº 6.179/74. Era devida ao maior de 70 anos ou ao inválido que não exercia atividade remunerada e que comprovasse não possuir meios de prover sua própria subsistência ou de tê-la provida por sua família. Tal qual as rendas mensais vitalícias, os amparos assistenciais têm valor igual a um salário mínimo, garantido à pessoa portadora de deficiência ou idosa, com 65 anos ou mais, que comprove não possuir meios de prover a própria manutenção e nem de tê-la provida por sua família. Considera-se que uma família está incapacitada de prover a manutenção do inválido ou do idoso, se a renda mensal familiar “per capita” for inferior a ¼ do salário mínimo. A pensão mensal vitalícia instituída pela Lei nº 7.070, de 1982, é devida ao segurado portador da deficiência conhecida como “Síndrome da Talidomida”, e o valor da pensão depende do grau de incapacidade do beneficiário. A pensão mensal vitalícia devida ao seringueiro e ao(s) seu(s) dependente(s) foi criada pela Lei nº 7.986, de 1989, com valor igual a 2 salários mínimos. É devida aos seringueiros que trabalharam durante a Segunda Guerra Mundial nos seringaisda Região Amazônica e que não possuem meios para sua subsistência. Esta web-aula foi formada com recortes do site da previdência social. Para saber mais: No site http://www.previdenciasocial.gov.br/ você poderá saber mais sobre diversos benefícios inclusive poderá ver as Tabelas de benefícios da previdência. Interagindo: Agora, visite o fórum desta disciplina e compartilhe com os outros alunos sobre os benefícios da previdência social.
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