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Wa1 - CCO - 1º-2° Sem - N - Contabilidade Empresarial e Trabalhista

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CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
WEBAULA 1 
Unidade 1 – Previdência Social1 
 
O que é Previdência Social 
A Previdência Social é o seguro social para a pessoa que contribui. É 
uma instituição pública, que tem como objetivo reconhecer e 
conceder direitos aos seus segurados. A renda transferida pela 
Previdência Social é utilizada para substituir a renda do trabalhador 
contribuinte, quando ele perde a capacidade de trabalho, seja pela 
doença, invalidez, idade avançada, morte e desemprego involuntário, 
ou mesmo a maternidade e a reclusão. 
Saúde e Segurança Ocupacional 
Em 2006, foram registrados 503.890 acidentes e doenças do 
trabalho, entre os trabalhadores assegurados da Previdência Social. 
Observem que este número, que já é alarmante, não inclui os 
trabalhadores autônomos (contribuintes individuais) e as empregadas 
domésticas. Estes eventos provocam enorme impacto social, 
econômico e sobre a saúde pública no Brasil. Entre esses registros, 
contabilizou-se 26.645 doenças relacionadas ao trabalho e, parte 
destes acidentes e doenças teve, como consequência, o afastamento 
das atividades de 440.124 trabalhadores devido à incapacidade 
temporária (303.902 até 15 dias e 136.222 com tempo de 
afastamento superior a 15 dias), 8.383 trabalhadores por 
incapacidade permanente e o óbito de 2.717 cidadãos. 
Para termos uma noção da importância do tema saúde e segurança 
ocupacional, basta observar que, no Brasil, ocorre cerca de 1 morte a 
cada 3 horas, motivadas pelo risco decorrente dos fatores ambientais 
do trabalho e, ainda, cerca de 14 acidentes ocorrem a cada 15 
minutos na jornada diária. 
Se considerarmos exclusivamente o pagamento pelo INSS, dos 
benefícios devido a acidentes e doenças do trabalho, somado ao 
pagamento das aposentadorias especiais decorrentes das condições 
ambientais do trabalho, encontraremos um valor superior a R$ 10,5 
bilhões/ano. Se adicionarmos despesas, como o custo operacional do 
INSS mais as despesas na área da saúde e afins, o custo - Brasil 
atinge valor superior a R$ 39 bilhões. A dimensão dessas cifras 
apresenta a premência na adoção de políticas públicas voltadas à 
prevenção e proteção contra os riscos relativos às atividades laborais. 
Muito além dos valores pagos, a quantidade de casos, assim como a 
gravidade, geralmente apresentada como consequência dos acidentes 
do trabalho e doenças profissionais, ratificam a necessidade 
emergencial de implementação de ações para alterar esse cenário. 
O tema prevenção e proteção contra os riscos derivados dos 
ambientes do trabalho e aspectos relacionados à saúde do 
trabalhador, felizmente ganha, a cada dia, maior visibilidade no 
cenário mundial, e o Governo Brasileiro está sintonizado a esta onda. 
http://www.previdenciasocial.gov.br/conteudoDinamico.php?id=39 
Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional 
O Departamento de Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional é 
vinculado à Secretaria de Políticas de Previdência Social. 
Entre as principais atividades do Departamento figuram: 
 subsidiar a formulação e a proposição de diretrizes e normas 
relativas à interseção entre as ações de segurança e saúde no 
trabalho e as ações de fiscalização e reconhecimento dos 
benefícios previdenciários decorrentes dos riscos ambientais do 
trabalho; 
 coordenar, acompanhar, avaliar e supervisionar as ações do 
Regime Geral de Previdência Social, bem como a política 
direcionada aos Regimes Próprios de Previdência Social, nas 
áreas que guardem inter-relação com a segurança e saúde dos 
trabalhadores; 
 coordenar, acompanhar e supervisionar a atualização e a 
revisão dos Planos de Custeio e de Benefícios, em conjunto com 
o Departamento do Regime Geral de Previdência Social, 
relativamente a temas de sua área de competência; 
 realizar estudos, pesquisas e propor ações formativas visando 
ao aprimoramento da legislação e das ações do Regime Geral 
de Previdência Social e dos Regimes Próprios de Previdência 
Social, no âmbito de sua competência; 
 propor, no âmbito da previdência social e em articulação com 
os demais órgãos envolvidos, políticas voltadas para a saúde e 
segurança dos trabalhadores, com ênfase na proteção e 
prevenção. 
http://www.previdenciasocial.gov.br/conteudoDinamico.php?id=462 
Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP 
O Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) é um formulário com 
campos a serem preenchidos com todas as informações relativas ao 
empregado, como por exemplo, a atividade que exerce o agente 
nocivo ao qual está exposto, a intensidade e a concentração do 
agente, exames médicos clínicos, além de dados referentes à 
empresa. 
O formulário deve ser preenchido pelas empresas que exercem 
atividades que exponham seus empregados a agentes nocivos 
químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à 
saúde ou à integridade física (origem da concessão de aposentadoria 
especial após 15, 20 ou 25 anos de contribuição). Além disso, todos 
os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como 
empregados do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais e do 
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, de acordo com 
Norma Regulamentadora nº 9 da Portaria nº 3.214/78 do MTE, 
também devem preencher o PPP. 
O PPP deve ser preenchido para a comprovação da efetiva exposição 
dos empregados a agentes nocivos, para o conhecimento de todos os 
ambientes e para o controle da saúde ocupacional de todos os 
trabalhadores. 
 Legislação específica: 
o Instrução Normativa INSS/PRES nº 27, de 30 de abril de 
2008 
o Anexo XV: Formulário do Perfil Profissiográfico 
Previdenciário - PPP 
o Anexo XII: Declaração de exercício de Atividade Rural 
http://www.previdenciasocial.gov.br/conteudoDinamico.php?id=465 
Anuário Estatístico da Previdência Social 2007 
Seção XII - Contabilidade 
Esta seção apresenta informações contábeis extraídas do Balancete 
Analítico de Receitas e Despesas, elaborado pela Coordenação-Geral 
de Orçamento, Finanças e Contabilidade do INSS. 
RECEITAS 
São apresentadas informações das receitas previdenciárias, segundo 
as fontes de recursos e o valor mensal das rubricas principais de 
receita por Unidade da Federação. 
A seguir, são conceituadas as principais rubricas de receitas deste 
capítulo: 
Receita Corrente – valor das receitas definidas na Lei nº 8.212/91 
para cobertura das despesas correntes e de capital da Seguridade 
Social, provenientes de contribuições e de outras receitas. 
Receita de Contribuições – valor das receitas arrecadadas 
diretamente pela Previdência Social, oriundas de contribuições de 
empresas, empregadores domésticos, segurados, inclusive 
domésticos, e contribuintes individuais, conforme Lei nº 8.212/91. 
Receita Patrimonial – valor das receitas de aluguéis, 
arrendamentos, juros, taxas de ocupação de imóveis, juros de títulos 
de rendas, dividendos e outras receitas provenientes de aplicações do 
patrimônio da Entidade, conforme Lei nº 8.212/91. 
Outras Receitas Correntes – valor de outras receitas correntes 
referentes a serviços administrativos, multas e juros previstos em 
contrato, atualizações monetárias, indenizações, restituições, receita 
de dívida ativa e outras conforme Lei nº 8.212/91. 
Receita de Capital – valor proveniente de alienação ou resgate de 
bens móveis, bem como alienação de títulos mobiliários, amortização 
de empréstimos e repasse de capital, conforme Lei nº 8.212/91. 
Repasse da União – recursos adicionais do Orçamento Fiscal, 
fixados obrigatoriamente na lei orçamentária anual, destinados ao 
pagamento dos Encargos Previdenciários da União – EPU e à 
cobertura de eventuais insuficiências financeiras decorrentes do 
pagamento de benefícios. As contribuições sociais das empresas cujas 
bases de incidência são o faturamento (conhecidas como Cofins) e o 
lucro e, ainda, as que incidemsobre a receita de concursos de 
prognósticos são recolhidas pela União e, posteriormente, 
transferidas para a Previdência Social. 
O valor acumulado da receita total do INSS em 2007 foi de R$ 204,5 
bilhões, o que correspondeu a um aumento de 17,8% em relação ao 
ano anterior. A participação da receita de contribuições e do repasse 
da União foi, respectivamente, de 67,2% e 31,2% do total da receita. 
A maior parcela do repasse da União, contudo, tem origem 
previdenciária (convênio INSS-FNAS/MPAS, contribuição para o 
Finsocial e CPMF), o que faz com que os recursos ordinários 
transferidos pela União, propriamente ditos, representem apenas 
0,2% daquele total. As principais rubricas de receita foram: 
contribuição de empresas; contribuição para o Finsocial; e 
contribuição de segurados, cujas participações atingiram, 
respectivamente, 27,4%, 18,4% e 13,6% da receita total. 
DESPESAS 
São apresentadas tabelas com informações do valor mensal de 
despesas, segundo as principais rubricas, e valor de despesas 
segundo as fontes de recursos. 
Os conceitos das principais rubricas nas tabelas deste capítulo são: 
Despesas Correntes – despesas realizadas com a manutenção e o 
funcionamento do sistema previdenciário. 
Pessoal e Encargos Sociais – relativa à remuneração do pessoal 
ativo e inativo, incluindo as obrigações patronais e o imposto de 
renda. 
Benefícios – pagamento de benefícios a cargo da Previdência Social, 
conforme legislação. 
Serviços de Terceiros – despesas com serviços prestados por 
pessoas físicas e jurídicas e das despesas com encargos diversos. 
Sentenças Judiciárias – despesas decorrentes de débitos da 
Previdência Social, objeto de precatórias. 
Despesas de Capital – relativas a investimentos ou inversões 
financeiras que venham proporcionar acréscimos aos bens 
patrimoniais da Previdência Social, bem como as transferências de 
capital a outras pessoas de direito público ou privado. 
Em 2007, o valor da despesa total do INSS foi de R$ 200,5 bilhões, o 
que significou um aumento de 10,3% em relação ao ano anterior. As 
rubricas com maior participação nas despesas foram a aposentadoria 
por tempo de contribuição, a pensão por morte previdenciária e as 
aposentadorias por idade, cujas participações foram de 22,4%, 
19,5% e 18%, respectivamente. Os benefícios assistenciais 
representaram 6,7% do total das despesas e as despesas com 
pessoal e encargos sociais participam com 3,5% daquele total. 
http://www.previdenciasocial.gov.br/conteudoDinamico.php?id=603 
Agora que você leu sobre a parte contábil da previdência social, 
acesse as Tabelas e saiba sobre as receitas e despesas. 
Para saber mais: 
Dentre estes recortes, temos muitas outras informações sobre a 
previdência social no site http://www.previdenciasocial.gov.br/, no 
qual você poderá saber mais sobre diversos temas úteis para o 
departamento de pessoal de uma empresa. 
Interagindo: 
Agora, visite o fórum desta disciplina e compartilhe com os outros 
alunos sobre a previdência social. 
WEBAULA 2 
Unidade 1 – Contribuintes Esegurados 
 
Contribuem para o Regime Geral da Previdência Social – RGPS, a 
empresa e a entidade a ela equiparada, o empregador doméstico e o 
trabalhador. São segurados obrigatórios as seguintes pessoas físicas: 
empregado, empregado doméstico, contribuinte individual, 
trabalhador avulso e segurado especial. Existem, ainda, os que se 
filiam à Previdência Social por vontade própria, os segurados 
facultativos. A cada tipo de contribuinte é definida uma forma 
específica de contribuição. 
A seguir, são conceituados os principais contribuintes da Previdência 
Social: 
Empresa – firma individual ou sociedade que assume o risco de 
atividade econômica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem 
como os órgãos e entidades da administração pública direta, indireta 
e fundacional. Equipara-se a empresa, para fins previdenciários, o 
contribuinte individual em relação ao segurado que lhe presta serviço, 
bem como a cooperativa, a associação ou a entidade de qualquer 
natureza ou finalidade, a missão diplomática e a repartição consular 
de carreiras estrangeiras. 
Empregador Doméstico – pessoa ou família que admite a seu 
serviço, sem finalidade lucrativa, o empregado doméstico. 
Trabalhador – pessoa que presta serviço com ou sem vínculo 
empregatício a empresa; aquele que exerce por conta própria 
atividade econômica remunerada. 
A fonte das informações sobre os contribuintes da Previdência Social 
é o Cadastro Nacional de Informações Sociais – CNIS, que é uma 
base de dados nacional que contém informações sobre trabalhadores 
(empregados, inclusive domésticos, trabalhadores avulsos, 
contribuintes individuais, segurados especiais e facultativos), e 
empregadores. 
O CNIS é composto de quatro bases de dados: a) Cadastro de 
Trabalhadores; b) Cadastro de Empregadores; c) Cadastro de 
Vínculos Empregatícios e Remunerações do Trabalhador Empregado e 
Recolhimentos do Contribuinte Individual; e d) Agregados de Vínculos 
Empregatícios e Remunerações por Estabelecimento Empregador. 
Os dados dessas bases são provenientes de diversos instrumentos, 
tais como: Programa de Integração Social – PIS; Programa de 
Formação do Patrimônio do Servidor Público – PASEP; Relação Anual 
de Informações Sociais – RAIS; Cadastro Geral de Empregados e 
Desempregados – CAGED; Guia da Previdência Social – GPS e Guia 
de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e 
Informações à Previdência Social – GFIP, dentre outros. 
A mais relevante dessas bases é a GFIP. Esse documento, implantado 
em janeiro de 1999, deve ser entregue mensalmente por todas as 
pessoas físicas ou jurídicas que estejam sujeitas ao recolhimento do 
FGTS, conforme estabelecido na Lei nº 8.036/90, e às contribuições 
ou informações à Previdência Social, conforme estabelecido na Lei nº 
8.212/91. 
Na GFIP, as empresas informam todos os fatos geradores de 
contribuições previdenciárias, individualizando as informações sobre 
vínculos e remunerações, constituindo-se no documento base para 
aperfeiçoamento na forma de funcionamento dos serviços prestados 
pela Previdência Social, principalmente na concessão e manutenção 
de benefícios e na arrecadação e fiscalização das contribuições 
previdenciárias. 
CONTRIBUINTES PESSOAS FÍSICAS 
Para a construção do universo de pessoas que contribuem para a 
Previdência Social, foi necessário identificar as diversas formas como 
uma contribuição e o respectivo contribuinte pode ser registrado no 
sistema da Previdência Social. Para os “contribuintes empregados”, a 
fonte da informação é o registro mensal do vínculo empregatício e a 
remuneração, informados pela GFIP. Para os “outros contribuintes” 
existem duas formas, não excludentes, de registro de sua 
contribuição. A contribuição pode ser registrada por meio de uma 
GPS paga na rede bancária ou, caso do contribuinte individual que 
tenha prestado serviço a empresas ou equiparadas, por meio do 
registro da prestação do serviço na GFIP, entregue pela empresa 
(conforme mencionado, nesse caso a empresa é obrigada a reter a 
contribuição do contribuinte individual e efetuar seu pagamento, 
juntamente com as demais contribuições da empresa). 
Essas formas de contribuição não são excludentes entre si, podendo 
uma pessoa contribuir como empregado, prestar serviço como 
contribuinte individual e, ainda, pagar uma GPS na rede bancária em 
um mesmo mês ou em meses distintos ao longo do ano. O 
cruzamento das informações provenientes da GFIP e da GPS permite 
a identificação da pessoa física que contribuiu para a Previdência 
Social e de que forma sua contribuição foi registrada. 
São apresentadas informações sobre a quantidade de contribuintes 
da Previdência Social, o número médio mensal de contribuintes, o 
valor das remunerações, por Unidades da Federação,sexo, grupos de 
idade e pelo número de contribuições efetuadas no ano. 
A quantidade de contribuintes pessoas físicas em 2007 foi de 49,8 
milhões e o valor da remuneração atingiu R$ 480 bilhões, o que 
correspondeu a aumentos de 6,6% e 15,2% em relação ao ano 
anterior. As pessoas do sexo masculino participaram com 58,9% da 
quantidade, 66,8% do valor das remunerações, o que fez com que o 
valor médio das remunerações do sexo masculino fosse 40,5% maior 
do que o do sexo feminino (R$ 11.149,06 contra R$ 7.934,69). A 
faixa etária dos 20 aos 29 anos foi a faixa decenal, que apresentou a 
maior quantidade de contribuintes (32,6%), e a maior participação no 
valor da remuneração foi a da faixa dos 30 aos 39 anos, com 30,2% 
do total. A participação dos contribuintes com 12 contribuições anuais 
aumentou de 40,4%% em 2006 para 44,2% em 2007. 
CONTRIBUINTES EMPREGADOS 
Contribuem para o RGPS os trabalhadores contratados sob o regime 
da CLT, constituídos, principalmente, pelo empregado, aquele que 
presta serviço de natureza urbana ou rural a empresa, em caráter 
não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, 
inclusive como diretor empregado; pelo trabalhador avulso, aquele 
que presta a uma ou mais empresas, sem vínculo empregatício, 
serviços de natureza urbana ou rural com intermediação de sindicatos 
ou de órgãos gestores de mão-de-obra (normalmente portuários). 
As informações apresentadas contemplam a quantidade de 
contribuintes, o valor da remuneração, a quantidade de vínculos e o 
número médio mensal de contribuintes por Unidade da Federação; a 
quantidade de contribuintes, o valor da remuneração e o número 
médio de contribuintes por sexo e grupos de idade, e por sexo e 
faixas de valor; a quantidade de vínculos, o valor da remuneração e o 
número médio mensal de vínculos por setor de atividade econômica. 
OUTROS CONTRIBUINTES 
Além dos segurado empregado e trabalhador avulso, contribuem, 
também, para o RGPS, o contribuinte individual, o empregado 
doméstico, o contribuinte facultativo e o segurado especial, 
agrupados, para efeito deste anuário, como “outros contribuintes”. 
As tabelas com informações sobre a quantidade e o valor das 
contribuições efetuadas por “outros contribuintes” são classificadas 
por: sexo e tipo de contribuinte, tipo e Unidades da Federação, sexo 
e grupos de idade, tipo e faixas de valor da contribuição e número de 
contribuições no ano. 
TIPO DE CONTRIBUINTE – classificação dos contribuintes em: 
Contribuinte individual – aquele que presta serviços de natureza 
urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem 
relação de emprego; ou, aquele que exerce, por conta própria, 
atividade econômica remunerada de natureza urbana ou rural, com 
fins lucrativos ou não. 
Empregado doméstico – aquele que presta serviço de natureza 
contínua, mediante remuneração mensal, à pessoa ou família, em 
atividade sem fins lucrativos. 
Segurado especial – o produtor, o parceiro, o meeiro e o 
arrendatário rurais, o pescador artesanal e o assemelhado, que 
exerçam essas atividades, individualmente, ou em regime de 
economia familiar, ainda que com auxílio eventual de terceiros, bem 
como seus respectivos cônjuges ou companheiros e filhos maiores de 
16 anos de idade ou a eles equiparados, desde que trabalhem, 
comprovadamente, com o grupo familiar respectivo. 
Facultativo – o maior de 16 anos de idade que se filia ao Regime 
Geral de Previdência Social, mediante contribuição, desde que não 
esteja exercendo atividade remunerada que o enquadre como 
segurado obrigatório ou que esteja vinculado a outro regime de 
Previdência Social. 
A categoria de contribuinte individual foi criada pela Lei nº 9.876, de 
26 de novembro de 1999, unificando os segurados empresários, 
trabalhadores autônomos e equiparados. A referida Lei considera 
como contribuintes individuais, dentre outros: o produtor rural pessoa 
física, o garimpeiro, o ministro de confissão religiosa, o brasileiro civil 
que trabalha no exterior para organismo oficial internacional, quando 
não vinculado a regime próprio, o empresário urbano ou rural e o 
trabalhador autônomo que presta serviços, quer seja em caráter 
permanente ou eventual. O inciso V do art. 9º do Regulamento da 
Previdência Social – RPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 6 de 
maio de 1999, arrola, ainda, como contribuintes individuais, dentre 
outros: o associado eleito para cargo de direção em cooperativa, 
associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, bem 
como o síndico ou administrador eleito para exercer atividade de 
direção condominial, desde que recebam remuneração; o aposentado 
de qualquer regime previdenciário nomeado magistrado da Justiça 
Eleitoral; o bolsista da Fundação Habitacional do Exército contratado 
em conformidade com a Lei nº 6.855, de 18/11/80; e o árbitro e seus 
auxiliares que atuem em conformidade com a Lei nº 9.615, de 
24/03/98. 
VALOR DA CONTRIBUIÇÃO 
As empresas, em geral, contribuem com 20% sobre o total das 
remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante 
o mês, aos segurados empregados, contribuintes individuais e 
trabalhadores avulsos que lhes prestem serviços, mais um adicional 
de 1%, 2% ou 3%, conforme o risco da atividade da empresa, para o 
financiamento de benefícios concedidos em razão do grau de 
incidência de incapacidade, decorrente dos riscos ambientais do 
trabalho. No caso de instituições financeiras, além dessas 
contribuições, será devido adicional de 2,5%. Tratando-se de serviços 
tomados de cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho, a 
contribuição da empresa é de 15% sobre o valor da nota fiscal ou 
fatura de prestação de serviços. O empregador doméstico contribui 
com 12% do salário-de-contribuição do empregado doméstico a seu 
serviço e a contribuição do segurado empregado, inclusive o 
doméstico, é calculada mediante a aplicação de alíquotas sobre o seu 
salário-de-contribuição mensal. Para o contribuinte individual que 
trabalha por conta própria, a alíquota de contribuição é de 20% sobre 
a remuneração percebida. Para o contribuinte individual que presta 
serviços a uma ou mais empresas, a alíquota de contribuição é de 
11% sobre a remuneração percebida, descontada e recolhida pela 
empresa contratante. Se o valor pago ao contribuinte individual for 
inferior ao salário mínimo, este está obrigado a complementar a 
contribuição. Nesta hipótese, o percentual incidente sobre a diferença 
é de 20%. Para o segurado facultativo, o salário-de-contribuição é o 
valor por ele declarado e a alíquota de contribuição é de 20%. A Lei 
Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, instituiu, a partir 
de abril de 2007, o Plano Simplificado de Previdência Social, 
reduzindo de 20% para 11% a alíquota de contribuição para 
contribuinte individual que trabalha por conta própria, sem relação de 
trabalho com empresa ou equiparada e contribuintes facultativos, 
para salário-de-contribuição igual a salário mínimo. O segurado 
especial e o produtor rural pessoa física contribuem com 2,0% e o 
produtor rural pessoa jurídica com 2,5% incidentes sobre a receita 
bruta da comercialização da produção rural, além de mais 0,1% para 
o custeio dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência 
de incapacidade laborativa, decorrente dos riscos ambientais do 
trabalho. A contribuição do segurado especial, a quem é garantido 
benefício no valor de um salário mínimo, é sub-rogada ao adquirente 
da produção. Caso queira melhorar o valor de seu benefício, o 
segurado especial poderá contribuir facultativamente sobre valor 
superior ao salário mínimo. 
Nos termos do § 6° do art. 57 da Lei n° 8.213, de 1991, a 
contribuição destinada ao financiamento de benefícios concedidos em 
razão do grau de incidência de incapacidade decorrente dos riscos 
ambientais do trabalho terá suasalíquotas acrescidas de 12%, 9% e 
6%, conforme a atividade exercida pelo segurado empregado a 
serviço da empresa ou cooperado de cooperativa de produção. Este 
acréscimo financiará a concessão de aposentadoria especial aos 15, 
20 ou 25 anos de contribuição, respectivamente. No caso de 
cooperativa de trabalho, a alíquota é de 9%, 7% e 5%, devida pelo 
tomador de serviços. 
Com a edição da Medida Provisória nº 83, de 2002, convertida na Lei 
nº 10.666, de 8 de maio de 2003, a partir de 1º de abril de 2003, os 
percentuais relativos à contribuição destinada ao financiamento de 
benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade 
decorrente dos riscos ambientais do trabalho podem ser reduzidos 
em até 50% ou elevados em até 100%, em razão do desempenho da 
empresa em relação à respectiva atividade econômica, conforme 
critérios de avaliação fixados em regulamento. 
A quantidade de outros contribuintes, em 2007, foi de 11,1 milhões 
de trabalhadores, um aumento de 5,4% quando comparado com o 
ano anterior. O valor das contribuições aumentou 6,4% no período, 
atingindo R$ 8,3 bilhões. A participação do sexo feminino foi de 
53,6% na quantidade e 50,1% no valor das contribuições, o que fez 
com que o valor médio da contribuição dos homens (R$ 808,30) fosse 
15,2% maior do que o das mulheres (R$ 701,40). Os contribuintes 
individuais representaram 75% da quantidade e 74,2% do valor das 
contribuições. Os domésticos participaram com 18,2% da quantidade 
e 18,7% do valor das contribuições. 
Em 2007, a faixa etária decenal dos 40 aos 49 anos foi a que 
apresentou maior participação, tanto na quantidade de outros 
contribuintes (27,9%), quanto no valor das contribuições (30,2%). 
Cerca de 22,15% dos outros contribuintes se encontravam na faixa 
de abaixo de 1 piso previdenciário, 81,1% contribuíram com até 2 
pisos e 94,4% com até 5 pisos. Na distribuição do valor da 
remuneração, 6,1% encontrava-se na faixa de abaixo de 1 piso 
previdenciário, 49,4% na faixa de até 2 pisos e 74,8% com até 5 
pisos. Cerca de 41,2% da quantidade de outros contribuintes foram 
de segurados, que efetuaram 12 contribuições anuais. A análise por 
documento de captação revela que os outros contribuintes utilizaram 
a GPS em 47% do total de documentos, a GFIP em 50,5% e ambos 
em 2,5%. 
Interagindo: 
Agora, vá ao fórum e comente sobre as alíquotas e valores de 
contribuição pagos à previdência social. 
WEBAULA 3 
Unidade 1 – Benefícios Sociais - parte 1 
 
Benefícios consistem em prestações pecuniárias pagas pela 
Previdência Social aos segurados ou aos seus dependentes, de forma 
a atender a cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e 
idade avançada, maternidade, salário-família e auxílio-reclusão para 
os dependentes dos segurados de baixa renda e pensão por morte do 
segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e 
dependentes. 
Benefícios de prestação continuada são caracterizados por 
pagamentos mensais contínuos, até que alguma causa (a morte, por 
exemplo) provoque sua cessação. Enquadram-se, nessa categoria, as 
aposentadorias, pensões por morte, auxílios, rendas mensais 
vitalícias, abonos de permanência em serviço, os salários-família, 
maternidade, etc, cujas descrições são encontradas no Quadro I. 1. 
O processo normal de entrada e saída de um benefício do sistema 
previdenciário envolve três etapas: Concessão, Manutenção e 
Cessação. A Concessão trata do fluxo de entrada de novos benefícios 
no sistema; a Manutenção abrange os benefícios ativos e suspensos 
constantes no cadastro; a Cessação corresponde aos benefícios que 
não mais geram créditos. Além disto, mensalmente, é gerado o total 
de benefícios ativos, o que compõe a Emissão. 
Cabe ressaltar, que a apresentação, concomitante, de informações 
sobre a quantidade de benefícios concedidos, mantidos e cessados 
permitiria, em princípio, a construção da dinâmica anual dos 
benefícios no sistema previdenciário, ou seja, o estoque de benefícios 
no final do ano poderia ser calculado pela adição ao estoque inicial 
dos benefícios concedidos e a subtração dos cessados. Este exercício, 
no entanto, fica comprometido, uma vez que a concessão tem como 
marco temporal a Data de Despacho do Benefício – DDB e não a Data 
de Início do Benefício – DIB. Também, as informações de cessação 
são parciais, porque um benefício pode receber a marca de cessado 
meses depois da data da efetiva cessação. 
Benefício de prestação única é aquele cujo pagamento é efetuado em 
uma só vez. Atualmente, só é concedido o pecúlio especial de 
aposentados que retornaram à atividade. O pecúlio é pago quando se 
faz necessário reembolsar o segurado do valor corrigido de 
contribuições por ele efetuadas após a aposentadoria. Embora extinto 
pela Lei nº 8.870/94, este pecúlio ainda é pago para aqueles que 
contribuíram até março/94, quando deixarem definitivamente a 
atividade. 
Desde abril de 1992 (data em que efetivamente se operacionalizou a 
Lei nº 8.213/91), todos os novos benefícios concedidos estão sendo 
enquadrados segundo o código estabelecido pelo Instituto Nacional 
do Seguro Social – INSS. A existência de benefícios com a antiga 
codificação rural permanece apenas para aqueles concedidos antes 
desta data, enquanto os mesmos se encontrarem no Cadastro de 
Benefícios. 
Os benefícios eram corrigidos, anualmente, segundo índice estipulado 
por atos legais (Leis ou Medidas Provisórias), no mês de maio. A 
partir de 2006, passaram a ser corrigidos pelo Índice Nacional de 
Preços ao Consumidor – INPC, calculado pela Fundação Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, no mês de Abril. 
A fonte de dados desta seção é o Sistema Único de Benefícios – SUB, 
a partir do qual foram elaboradas tabulações especiais (Plano Tabular 
da DIIE) e atualizado o Sistema Integrado de Tratamento Estatístico 
de Séries Estratégicas – SINTESE. Embora residentes na DATAPREV, 
os dados são de responsabilidade da Diretoria de Benefícios do INSS. 
QUADRO I.1 - BENEFÍCIOS DE PRESTAÇÃO CONTINUADA DA 
PREVIDÊNCIA SOCIAL BRASILEIRA 
Nome das espécies atualmente concedidas 
Amparo assistencial ao idoso (Lei no 8.742/93) 
Amparo assistencial ao portador de deficiência (Lei no 
8.742/93) 
Aposentadoria especial (Lei no 8.213/91) 
Aposentadoria por idade (Lei no 8.213/91) 
Aposentadoria por invalidez por acidente do trabalho 
(Lei no 8.213/91) 
Aposentadoria por invalidez previdenciária (Lei no 
8.213/91) 
Aposentadoria por tempo de contribuição (Lei no 
8.213/91) 
Aposentadoria por tempo de serviço de professor 
(Emenda Constitucional no 20/98) 
Auxílio-acidente por acidente do trabalho (Lei no 
8.213/91) 
Auxílio-acidente previdenciário (Lei no 8.213/91) 
Auxílio-doença por acidente do trabalho (Lei no 
8.213/91) 
Auxílio-doença previdenciário (Lei no 8.213/91) 
Auxílio-reclusão (Lei no 8.213/91) 
Pecúlio especial de aposentado (Lei no 8.213/91) - 
benefício de prestação única 
Pensão especial aos dependentes de vítimas fatais por 
contaminação na hemodiálise - Caruaru-PE (Lei no 
9.422/96) 
Pensão especial mensal vitalícia (Lei 10.923/04) 
Pensão especial vitalícia (Lei no 9.793/99) 
Pensão mensal vitalícia do dependente do seringueiro 
(Lei no 7.986/89) 
Pensão mensal vitalícia do seringueiro (Lei no 
7.986/89) 
Pensão mensal vitalícia por síndrome de talidomida (Lei 
no 7.070/82) 
Pensão por morte de ex-combatente (Lei no 4.297/63) 
Pensão por morte de ex-combatente marítimo (Lei no 
1.756/52) 
Pensão por morte por acidente do trabalho (Lei no 
8.213/91) 
Pensão por morte previdenciária (Lei no 8.213/91) 
Salário-maternidade (Lei no 8.213/91) 
A seguir, são definidos alguns conceitos improtantes: 
Espécie de Benefício - A classificação em espécies foi criada pelo 
INSS para explicitar as peculiaridades de cada tipo de benefíciopecuniário existente. A cada espécie é atribuído um código numérico 
de duas posições, como por exemplo, o 42, que se refere à espécie 
Aposentadoria por Tempo de Contribuição. 
Grupo de Espécies - Reúne todas as espécies referentes a um 
mesmo tipo de benefício. Por exemplo, as espécies do tipo 
aposentadorias por tempo de contribuição, compõem o grupo 
Aposentadorias por Tempo de Contribuição. 
Segurado - É a pessoa coberta pelo sistema previdenciário, fazendo 
jus aos benefícios por este oferecidos. 
Beneficiário - É a pessoa que está recebendo algum tipo de 
benefício pecuniário, podendo ser o próprio segurado ou o seu 
dependente. 
Salário-de-contribuição - Entende-se por salário-de-contribuição, 
observado o valor mínimo (salário-mínimo) e o teto máximo, 
atualmente em R$ 3916,20, cf. tabela vigente de 1 de Janeiro de 
2012. 
 Para o empregado e trabalhador avulso – a remuneração 
auferida em uma ou mais empresas, assim entendida a 
totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a 
qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o seu 
trabalho; 
 Para o empregado doméstico – a remuneração registrada na 
Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS; 
 Para o contribuinte individual – a remuneração auferida em 
uma ou mais empresas ou pelo exercício de atividade por conta 
própria, durante o mês; e 
 Para o segurado facultativo – o valor por ele declarado. 
Salário-base - Era o valor declarado pelo contribuinte individual e 
facultativo e servia como base de cálculo de sua contribuição. A 
escala de salários-base era composta por dez classes salariais, sendo 
que o salário-base de cada classe, com exceção da primeira, que era 
igual ao valor de um salário-mínimo, era reajustado na mesma época 
e com os mesmos índices aplicados aos benefícios da Previdência 
Social. A partir da Lei nº 9.876, de 1999, o número mínimo de meses 
de permanência em cada classe da escala de salários-base vinha 
sendo reduzido, gradativamente, em doze meses a cada ano. 
Entretanto, a Medida Provisória nº 83, de 12 de dezembro de 2002, 
convertida na Lei nº 10.666, de 8 de maio de 2003, extinguiu a 
escala de salários-base a partir de abril de 2003. 
Salário-de-benefício: 
I – Para os benefícios de aposentadoria por idade e por tempo de 
contribuição, na média aritmética simples dos maiores salários-de-
contribuição, corrigidos, correspondentes a oitenta por cento de todo 
período contributivo, multiplicada pelo fator previdenciário; e 
II – Para os benefícios de aposentadoria por invalidez e especial, 
auxílio-doença e auxílio-acidente, na média aritmética simples dos 
maiores salários-de-contribuição, corrigidos, correspondentes a 
oitenta por cento de todo período contributivo. 
Observações: 
1 – No caso de aposentadoria por idade, o segurado pode optar pela 
regra do inciso II, se mais vantajosa. 
2 – O fator previdenciário é calculado considerando-se a idade, a 
expectativa de sobrevida e o tempo de contribuição, segundo a 
seguinte fórmula: 
Onde: 
f = fator previdenciário; 
Es = expectativa de sobrevida no momento da aposentadoria; 
Tc = tempo de contribuição no momento da aposentadoria; 
Id = idade no momento da aposentadoria; 
a = alíquota de contribuição correspondente a 0,31. 
3– A expectativa de sobrevida é obtida da tábua de mortalidade 
construída pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística – IBGE, considerando-se a média nacional única para 
ambos os sexos; 
4 – Para efeito da aplicação do fator previdenciário, serão adicionados 
ao tempo de contribuição: 
I – cinco anos, quando se tratar de mulher; e 
II – cinco e dez anos, quando se tratar, respectivamente, de 
professor ou professora, que comprove exclusivamente tempo de 
efetivo exercício das funções de magistério, na educação infantil e no 
ensino fundamental e médio. 
5 – Para o segurado filiado à Previdência Social, até a data da 
publicação da Lei nº 9.876, de 1999, no cálculo do salário-de-
benefício, será considerada a média aritmética simples dos maiores 
salários-de-contribuição, correspondentes a, no mínimo, oitenta por 
cento de todo o período contributivo, decorrido desde a competência 
julho de 1994; e 
6 – Para o segurado que cumpriu as condições exigidas para a 
concessão de aposentadoria até 28 de novembro de 1999, data da 
publicação da Lei nº 9.876, de 1999, poderá ser concedido benefício, 
a qualquer tempo, com base nos 36 últimos salários-de-contribuição 
até aquela data. 
Esta web-aula foi formada com recortes do site da previdência social. 
Para saber mais: 
No site http://www.previdenciasocial.gov.br/ você poderá saber mais 
sobre diversos benefícios. Pesquise sobre fator previdenciário, utilize 
também outras fontes de pesquisa. 
Interagindo: 
Agora, visite o fórum desta disciplina e compartilhe com os outros 
alunos sobre o fator previdenciário. 
WEBAULA 4 
Unidade 1 – Benefícios Sociais - parte 2 
 
A seguir, são detalhados cada um dos grupos de espécies de 
benefícios: 
PREVIDENCIÁRIOS 
Os benefícios previdenciários do Regime Geral de Previdência Social – 
RGPS, em sua maioria, dependem de período de carência. Abrangem 
as aposentadorias, as pensões por morte, os auxílios, o salário-
família e o salário-maternidade. 
APOSENTADORIAS 
As aposentadorias são pagamentos mensais vitalícios, efetuados ao 
segurado por motivo de tempo de contribuição, idade, invalidez 
permanente ou trabalho exercido sob condições especiais que 
prejudiquem a saúde ou a integridade física. 
Aposentadoria por Tempo de Contribuição - a aposentadoria por 
tempo de contribuição é devida ao segurado que completa, no 
mínimo, 35 anos de contribuição, se do sexo masculino, ou 30, se do 
sexo feminino. Seu valor corresponde a 100% do salário-de-
benefício. 
O segurado inscrito na Previdência Social até 16 de dezembro de 
1998 (data da publicação da Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
pode se aposentar aos 25 e 30 anos de contribuição, 
respectivamente, se do sexo feminino ou masculino, desde que tenha 
48 ou 53 anos de idade. Nesse caso, o tempo de contribuição que 
faltava, em 16 de dezembro de 1998, para completar os 25 ou 30 
anos, será majorado em 40% e o valor do benefício corresponderá a 
70% do salário-de-benefício acrescido de 5% para cada grupo de 12 
contribuições, até o limite de 100%. 
O professor e a professora podem se aposentar, respectivamente, 
aos 25 e 30 anos de contribuição, desde que comprovem, 
exclusivamente, tempo de efetivo exercício das funções de magistério 
na educação infantil e no ensino fundamental e médio. 
A aposentadoria especial é devida ao segurado que tiver trabalhado 
sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a 
integridade física, durante 15, 20 ou 25 anos, devendo ser 
comprovada a exposição aos agentes nocivos químicos, físicos, 
biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à 
integridade física. 
Aposentadoria por Idade - A aposentadoria por idade é devida ao 
segurado que completar 65 anos de idade, se homem, ou 60 anos, se 
mulher. No caso dos trabalhadores rurais esses limites são de 60 e 55 
anos, respectivamente. 
Se o empregado já cumpriu o período de carência, ao completar 70 
anos de idade, se do sexo masculino, ou 65, se do sexo feminino, a 
empresa pode requerer sua aposentadoria, sendo esta compulsória. 
O prazo de carência da tabela transitória está sendo gradualmente 
aumentado para 180 meses, com acréscimos de 6 meses a cada ano. 
Em 2007, o número mínimo de meses exigido era 156. A carência de 
180 meses será alcançada no ano 2011. 
Aposentadoria por Invalidez - Tem direito à aposentadoria por 
invalidez o segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, 
é considerado incapaz para o trabalho e insuscetível de reabilitação 
para o exercício de atividade que lhe garantaa subsistência. O 
aposentado por invalidez tem cancelada a aposentadoria se voltar 
voluntariamente à atividade, ao contrário dos outros tipos de 
aposentadorias, que são vitalícias. No caso de aposentadoria especial, 
o segurado não pode retornar ao exercício de atividade que o sujeite 
a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade 
física. 
PENSÃO POR MORTE 
A pensão por morte é devida ao(s) dependente(s) do segurado, 
aposentado ou não, que falece. Perde o direito à pensão o pensionista 
que falecer; o menor que se emancipar ou completar 21 anos de 
idade, salvo se inválido; ou o inválido, caso cesse a sua invalidez. 
O valor da pensão por morte é de 100% da aposentadoria que o 
segurado recebia ou teria direito a receber, caso se aposentasse por 
invalidez, dividido em partes iguais entre os seus dependentes. 
AUXÍLIOS 
Os auxílios previdenciários são classificados em auxílio-doença, 
auxílio-reclusão e auxílio-acidente. 
O auxílio-doença tem caráter temporário e é devido ao segurado que 
fica incapacitado por motivo de doença. 
O auxílio-reclusão é devido ao(s) dependente(s) do segurado detento 
ou recluso, desde que este não receba qualquer espécie de 
remuneração da empresa, nem esteja em gozo de auxílio-doença, 
aposentadoria ou abono de permanência em serviço. 
O auxílio-acidente previdenciário, regulamentado pela Lei nº 
9.032/95, é devido ao segurado que, após a consolidação das lesões 
decorrentes de acidente de qualquer natureza, sofra redução de 
capacidade funcional. É pago a título de indenização e corresponde a 
50% do salário-de-benefício do segurado. O recebimento de salário 
ou a concessão de outro benefício não prejudica a continuidade do 
recebimento do auxílio-acidente, vedada a acumulação com qualquer 
aposentadoria. 
OUTROS 
Salário-família - O salário-família é devido ao segurado empregado, 
exceto o doméstico, e ao trabalhador avulso, tanto na condição de 
ativo como na de aposentado por idade ou por invalidez e aos demais 
aposentados aos 65 anos de idade, se do sexo masculino, e aos 60 
anos de idade, se do sexo feminino, ou, ainda, em gozo de auxílio-
doença, na proporção do respectivo número de filhos ou equiparados, 
de até 14 anos de idade, ou de qualquer faixa etária, se inválido. 
Salário-Maternidade - O salário-maternidade é devido a todas as 
seguradas da Previdência Social durante 28 (vinte e oito) dias antes 
do parto e 91 (noventa e um) dias depois, pago diretamente pelo 
INSS, no caso das seguradas trabalhadoras avulsas, empregada 
doméstica, contribuinte individual, especial e facultativa. A Lei nº 
10.710, de 05 de agosto de 2003, alterou a Lei nº 8.213/91, 
restabelecendo o pagamento, pela empresa, do salário-maternidade 
devido à segurada empregada. Não é exigida carência para as 
seguradas empregadas, empregada doméstica e trabalhadora avulsa, 
sendo exigida a carência de dez contribuições mensais para a 
segurada contribuinte individual e facultativa. A segurada especial 
deverá comprovar o exercício de atividade rural nos últimos dez 
meses imediatamente anteriores ao requerimento do benefício, 
mesmo que de forma descontínua. 
O salário-maternidade é devido à segurada que adotar ou obtiver 
guarda judicial para fins de adoção de criança, pelo período de 120 
(cento e vinte) dias, se a criança tiver até 1(um) ano de idade, de 60 
(sessenta) dias, se a criança tiver entre 1(um) e 4 (quatro) anos de 
idade, e de 30 (trinta) dias, se a criança tiver de 4 (quatro) a 8 (oito) 
anos de idade, sendo pago diretamente pela Previdência Social, 
inclusive para a empregada. 
O Decreto nº 6.122, de 13 de junho de 2007, estendeu o salário-
maternidade nos casos de demissão antes da gravidez ou durante a 
gestação, nas hipóteses de dispensa por justa causa ou a pedido, 
para a segurada desempregada, desde que tenha a qualidade de 
segurada, sendo pago diretamente pela Previdência Social. 
A renda mensal do salário-maternidade consiste: 
 Em valor igual à remuneração integral, no caso de segurada 
empregada; 
 Em valor igual à remuneração integral, equivalente a um mês 
de trabalho, no caso de segurada trabalhadora avulsa; 
 Em valor correspondente ao do último salário-de-contribuição, 
no caso de segurada empregada doméstica; 
 No valor de um salário-mínimo, no caso de segurada especial; 
e 
 Em valor correspondente a um doze avos da soma dos doze 
últimos salários-de-contribuição, apurados em período não 
superior a quinze meses, no caso das seguradas contribuinte 
individual, facultativa e desempregada. 
Juntamente com a última parcela, é pago o abono anual (13º salário) 
do salário-maternidade, proporcional ao período de duração do 
benefício. 
Do valor da renda mensal do salário-maternidade é deduzida 
contribuição previdenciária. No caso de segurada empregada, a 
empresa deve pagar as contribuições patronais sobre o valor do 
salário-maternidade recebido pela segurada e, no caso da segurada 
empregada doméstica, cabe ao seu empregador recolher 12% sobre 
sua remuneração. 
ACIDENTÁRIOS 
O benefício acidentário é devido ao segurado acidentado, ou ao(s) 
seu(s) dependente(s), quando o acidente ocorre no exercício do 
trabalho a serviço da empresa, equiparando-se a este a doença 
profissional ou do trabalho ou, ainda, quando sofrido no percurso 
entre a residência e o local de trabalho, provocando lesão corporal ou 
perturbação funcional que cause a morte ou a redução da capacidade 
para o trabalho. 
Os benefícios acidentários classificam-se em aposentadoria, pensão 
por morte, auxílio-doença, auxílio-acidente e auxílio-suplementar. 
Tem direito à aposentadoria por invalidez, espécie 92, o segurado 
acidentado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença 
acidentário, é considerado incapaz e insuscetível de reabilitação para 
o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência. 
A pensão por morte é devida ao(s) dependente(s) do segurado que 
falece em consequência de acidente do trabalho. 
O auxílio-doença é devido ao segurado que fica incapacitado, por 
motivo de doença decorrente de acidente do trabalho. 
O auxílio-acidente é devido ao segurado acidentado que, após 
consolidação das lesões decorrentes do acidente do trabalho, 
apresenta sequela que implique na redução de sua capacidade 
laborativa. A concessão do benefício independe de qualquer 
remuneração auferida pelo acidentado, mesmo quando esta se refere 
a um outro benefício, exceto a de qualquer aposentadoria. 
ASSISTENCIAIS 
Os benefícios assistenciais são aqueles concedidos 
independentemente de contribuições efetuadas. São eles: renda 
mensal vitalícia, amparos assistenciais e pensão mensal vitalícia. 
A renda mensal vitalícia foi criada pela Lei nº 6.179/74. Era devida ao 
maior de 70 anos ou ao inválido que não exercia atividade 
remunerada e que comprovasse não possuir meios de prover sua 
própria subsistência ou de tê-la provida por sua família. 
Tal qual as rendas mensais vitalícias, os amparos assistenciais têm 
valor igual a um salário mínimo, garantido à pessoa portadora de 
deficiência ou idosa, com 65 anos ou mais, que comprove não possuir 
meios de prover a própria manutenção e nem de tê-la provida por 
sua família. 
Considera-se que uma família está incapacitada de prover a 
manutenção do inválido ou do idoso, se a renda mensal familiar “per 
capita” for inferior a ¼ do salário mínimo. 
A pensão mensal vitalícia instituída pela Lei nº 7.070, de 1982, é 
devida ao segurado portador da deficiência conhecida como 
“Síndrome da Talidomida”, e o valor da pensão depende do grau de 
incapacidade do beneficiário. 
A pensão mensal vitalícia devida ao seringueiro e ao(s) seu(s) 
dependente(s) foi criada pela Lei nº 7.986, de 1989, com valor igual 
a 2 salários mínimos. É devida aos seringueiros que trabalharam 
durante a Segunda Guerra Mundial nos seringaisda Região 
Amazônica e que não possuem meios para sua subsistência. 
Esta web-aula foi formada com recortes do site da previdência social. 
Para saber mais: 
No site http://www.previdenciasocial.gov.br/ você poderá saber mais 
sobre diversos benefícios inclusive poderá ver as Tabelas de 
benefícios da previdência. 
Interagindo: 
Agora, visite o fórum desta disciplina e compartilhe com os outros 
alunos sobre os benefícios da previdência social.

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