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INSTITUTO UNIFICADO DE ENSINO SUPERIOR OBJETIVO MG

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INSTITUTO UNIFICADO DE ENSINO SUPERIOR OBJETIVO 
MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
 
 
 
 
MELHORAMENTO GÉNETICO 
RAÇAS LEITEIRAS 
 
 
 
 
 
THAYS LIMA DE OLIVEIRA 
NATALYA LEÃO LIMA 
 
 
 
 
GOIÂNIA 
NOVEMBRO, 2017 
Sumário 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 4 
2. REVISÃO LITERARIA .................................................................................................................... 5 
3. GADO PITANGUEIRO .................................................................................................................. 6 
3.1. ORIGEM .............................................................................................................................. 6 
3.2. HISTORIA DA RAÇA ............................................................................................................. 6 
3.3. CARACTERIZAÇÃO RACIAL ................................................................................................... 6 
3.4. CARACTERISTICAS DO TIPO ................................................................................................. 7 
3.5. CARACTERISTICAS MORFOLOGICAS .................................................................................... 7 
3.6. DESEMPENHO PRODUTIVO ................................................................................................. 7 
4. GADO GIROLANDO ..................................................................................................................... 8 
4.1. ORIGEM .............................................................................................................................. 8 
4.2. HISTÓRIA DA RAÇA ............................................................................................................. 8 
4.3. CARACTERIZAÇÃO RACIAL ................................................................................................... 9 
4.4. DESEMPENHO PRODUTIVO ................................................................................................10 
5. GADO AYRSHIRE ........................................................................................................................10 
5.1. ORIGEM .............................................................................................................................10 
5.2. HISTÓRIA DA RAÇA ............................................................................................................11 
5.3. CARACTERIZAÇÃO RACIAL ..................................................................................................11 
5.4. DESEMPENHO PRODUTIVO ................................................................................................12 
6. GADO GUERNSEY ......................................................................................................................12 
6.1. ORIGEM .............................................................................................................................12 
6.2. HISTÓRIA DA RAÇA ............................................................................................................12 
6.3. CARACTERIZAÇÃO RACIAL ..................................................................................................13 
6.4. DESEMPENHO PRODUTIVO ................................................................................................13 
7. HOLANDÊS ................................................................................................................................14 
7.1. ORIGEM .............................................................................................................................14 
7.1.1. NO BRASIL ..................................................................................................................15 
7.2. HISTORIA DA RAÇA ............................................................................................................16 
7.3. CARACTERISTICAS DO TIPO ................................................................................................16 
7.4. CARACTERISTICAS MORFOLOGICAS ...................................................................................17 
7.5. DESEMPENHO PRODUTIVO ................................................................................................17 
8. JERSEY .......................................................................................................................................18 
8.1. ORIGEM .............................................................................................................................18 
8.1.1GADO JERSEY NO BRASIL ...................................................................................................18 
8.2. HISTORIA DA RAÇA ............................................................................................................18 
8.3. CARACTERISTICAS DO TIPO ................................................................................................19 
8.4. CARACTERISTICAS MORFOLOGICAS ...................................................................................20 
8.5. DESEMPENHO PRODUTIVO ................................................................................................20 
9. PARDO SUIÇO ............................................................................................................................21 
9.1. ORIGEM .............................................................................................................................21 
9.2. HISOTIRA DA RAÇA........................................................................................................21 
9.3. CARACTERISTICAS DO TIPO ................................................................................................22 
9.4. CARACTERISTICAS MORFOLOGICAS ...................................................................................23 
9.5. DESEMPENHO PRODUTIVO ................................................................................................24 
CONCLUSÃO .....................................................................................................................................26 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
É de conhecimento geral a forma com que a produção de bovinos cresceu e cresce ainda 
mais, tanto dentro do país, quanto fora dele. Raças essas que movimentam intensamente a 
economia do país todos os meses do ano, diferentemente das safras de soja, por exemplo, que 
tem a época certa do ano para se plantar e obter lucros. 
Essas raças bovinas, podem ser caracterizadas pela produção de leite ou pela produção de 
gado de corte. Uma raça pode ser boa para a produção de leite mas pode não ser tão aproveitável 
para uma produção de corte, e o mesmo podendo acontecer inversamente. Alguns fatores 
podem influenciar se essa raça é destinada a produção de corte ou de leite, assim como 
ambiente, clima de onde vive, genética, etc. 
Com o passar dos anos a procura por gado leiteiro foi aumentando, e novas raças foram 
sendo geneticamente modificadas para que houvesse uma melhor produção desse leite. Isso 
pode ocorrer tanto nas raças mais brasileiras, quanto nas raças mais estrangeiras. 
Desse modo, foi aumentando a economia do país de forma relevante, e quando mais p lucro 
se é notado mais se há o investimento nesse meio, deixando de ser apenas para consumo 
doméstico quando para consumo de outros produtos derivados do leite, como por exemplo, 
queijos de vários tipos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. REVISÃO LITERARIA 
No decorrer dos anos, as diferentes raças de vacas leiteiras foram surgindo, sendo umas 
mais produtivas do que as outras, algumas com mais proteínas,já outras com um teor de gordura 
maior. Alguns fatores que também são levados em conta, é a adaptação de tal raça para o clima 
do país. Em algumas regiões do Brasil, por exemplo, uma raça que produz bem no Sul, pode 
ser que essa mesma raça não produza de maneira satisfatória do que no centro-oeste, que é um 
clima mais quente na maior parte do ano. 
As vacas leiteiras surgiram no Brasil, anos depois da chegada dos portugueses, se tornando 
fonte de consumo e de moeda de troca naquela época (CORRÊA, 2012). O crescimento e 
investimento em vacas leiteiras, naquela época, era mais constante nas partes litorâneas no pais. 
Alguns séculos depois que começou a se expandir para o restante do país, mas de início, essa 
exportação era feita nas partes litorâneas pelo fácil acesso ao mar, onde as embarcações 
atracavam e deixavam suas mercadorias, e já levavam outras para os países dos outros 
continentes. 
Gados de outros países também começaram a entrar no país. Robert Southey (1774-1843), 
relatou no seu livro "História do Brasil", terminado em 1819, que o gado proveniente de Cabo 
Verde se multiplicou rapidamente pela capitania e chegou a haver até muita fartura de queijo e 
manteiga. Não só gado foi trazido para o país, como outros animais, como porcos, cavalos, 
mulas etc. Até esse momento o gado se concentrava mais no nordeste do país. Com os anos se 
passando, a população aumentando, os gados foram migrando para o interior do país, onde se 
concentra hoje, a maior parte das fazendas produtoras de leite do mundo. 
Hoje podemos notar a imensa variedade de raças no país, em diferentes climas, diferentes 
formas, tamanhos e cores, mas sempre com o mesmo proposito que é a produção de leite. 
 
 
 
 
 
3. GADO PITANGUEIRO 
3.1.ORIGEM 
A raça Pitangueiras foi formada na fazenda Três Barras, na cidade de Pitangueiras, (SP), 
pertencente ao Grupo Vestey. O nome da raça foi tomado da região de origem, conforme a 
tradição nos meios pecuários: o município de Pitangueiras, interior do estado de São Paulo. 
Pretendia-se obter gado leiteiro para exploração em regime de pasto, em região em que as 
pastagens são escassas e de baixo valor nutritivo na estação seca, onde foi unido o sangue do 
Bos taurus ao do Bos indicus. 
3.2.HISTORIA DA RAÇA 
Os cruzamentos começaram durante o período da Segunda Guerra Mundial, onde o 
objetivo era obter um animal para abate com idade entre 18-24 meses, pesando entre 480-550 
kg, como também boas vacas leiteiras, com produtividade média entre 2.500-3.500 kg por 
lactação. Nesse processo, foram experimentados cruzamentos de fêmeas das raças Nelore, 
Guzerá e Gir, com touros puros da raça Red Poll, onde a raça Guzerá foi aprovada. O roteiro 
seguido, após a eliminação de vários erros, comprovados pela prática, foi o seguinte: O primeiro 
cruzamento foi com uma fêmea mestiça com um Touro Red Poll, que produziram filhos meio-
sangue Red Poll. O segundo cruzamento foi com uma fêmea meio-sangue Red Poll com um 
Touro Guzerá, produzindo filhos um quarto Red Poll. O terceiro cruzamento foi com uma fêmea 
um quarto de sangue Red Poll com um Touro Red Poll, produzindo filhos 5/8 Red Poll 
(Pitangueiras I ). o quarto cruzamento foi feito com fêmeas 5/8 Red Poll com um Touro, ambos 
provenientes do 3.º cruzamento (Pitangueiras II). e o quinto cruzamento e seguintes, foram 
realizados com fêmeas 5/8 bi-mestiças com um Touro 5/8 bi-mestiço (Pitangueiras III). Com 
isso, a composição genética foi fixada em 5/8 de Red Poll e 3/8 de Guzerá, provando ser um 
gado muito rústico, precoce o uniforme. 
3.3.CARACTERIZAÇÃO RACIAL 
Esse gado se caracteriza pela pelagem vermelha uniforme. É geneticamente mocho e 
apto para a dupla aptidão (carne e leite). Ao nascer os machos pesam cerca de 35 kg e as fêmeas 
33 kg, chegando aos 12 meses com 220 kg e 205 kg respectivamente. Os novilhos destinados 
ao abate atingem cerca de 450 kg aos 3 anos, em regime de pasto. A média de produção de leite 
em grandes rebanhos é de 10 a 15 kg por dia. O leite é bastante rico em gordura, com 4 a 5 % 
de gordura, herança do Guzerá. A média em 300 dias de lactação por animal gira em torno de 
4000 a 5000 kg de leite. Outra característica é a mansidão dos touros e vacas. Essas qualidades 
conferem ao pitangueiras, condições para a sua expansão em qualquer região do país. Também 
possuem as características padrões da raça, onde: 
3.4.CARACTERISTICAS DO TIPO 
Essa raça possui estatura média; pêlos curtos, lisos, finos brilhantes; pelame pouco 
espesso, bem assentado; cor uniforme vermelha, variando do vermelho claro ao escuro ou a 
caju. A vassoura da cauda escura, mesclada ou branca; pele solta, pregueada, flexível e macia. 
São animais com manchas brancas, na região ventral, bem como animais da cor “araçá”, quando 
as estrias negras não forem muito acentuadas. 
3.5.CARACTERISTICAS MORFOLOGICAS 
Sobre desenvolvimento e peso são animais bem desenvolvidos, musculosos. Sua cabeça 
é leve, de perfil retilíneo; possui fronte larga, ligeiramente achatada, chanfro reto, focinho largo 
com mucosa cremosa ou escura; essa raça é preferencialmente mocha. Seu tronco é musculoso, 
cilíndrico, de comprimento médio; costelas arqueadas, bem afastadas; dorso e lombo largos, 
horizontais, tórax amplo e profundo; ventre bem desenvolvido. Sua garupa é larga, longa, 
horizontal, sacro pouco saliente, bom afastamento entre os ísquios. Apresenta uma cauda bem 
inserida, longa, achatada na base; vassoura bem recoberta de pêlos. Possui membros de 
comprimento médio, bem afastados, com bons aprumos, paletas inseridas, com boa cobertura 
muscular; quarto posterior bem coberto de músculos; jarretes fortes, mas não grosseiros, cascos 
de tamanho médio, bem conformados. 
3.6.DESEMPENHO PRODUTIVO 
Normalmente o gado pitangueiras apresenta aspecto às raças mistas, com predominância 
da função leiteira. Em alguns rebanhos o tipo leiteiro é mais acentuado, enquanto em outros, os 
criadores estão selecionando para a produção carne, colocando o leite em segundo plano. Mas 
a tendência é para a fixação de uma raça leiteira tropical, de produção média, sem grandes 
pretensões. Essa raça é o tipo de gado leiteiro para regime de campo. Dada a sua rusticidade, 
apresenta certa resistência contra várias doenças, sendo imunizado contra outras através de 
vacinas. Como raça de dupla aptidão, apresenta muito bom desempenho no confinamento, 
demonstrando sua habilidade na conversão de alimentos. 
No quesito produção de carne foram feitos trabalhos seletivos no sentido de se 
desenvolver, simultaneamente, qualidades de gado de corte no Pitangueiras. Os bezerros são de 
desenvolvimento rápido, beneficiando-se da aptidão leiteira das reprodutoras, que lhes 
proporciona alimentação adequada nos primeiros meses de vida, mesmo quando mantidos em 
regime de pasto. Novilhos de 33 meses, criados exclusivamente a campo, sem qualquer ração 
suplementar, dão em média 17 arrobas no corte, o que representa 500 quilos de peso vivo. Além 
de mais pesados do que os novilhos de corte mestiços, que constituem a quase totalidade do 
gado encaminhado aos frigoríficos, em relação à idade, dão maior rendimento e carne de melhor 
qualidade. Os machos atingem 430-450 kg aos 18-24 meses, quando estão prontos para o abate, 
chegando a 800 kg na idade adulta, embora não haja pressão sobre o aumento de peso adulto, 
uma vez que o objetivo é produzir novilhos para abate. Os touros com 30 meses ou mais deverão 
pesar pelo menos 500 quilos, e na idade adulta vão de 700 a 800 quilos. 
Já no quesito produção de leite, a produção média diária, nos grandes rebanhos, é de 9 
kg na estação seca e 11 a 12 no período das águas. As boas produtoras dão 4.000 a 5.000 kg 
por lactação em 300 dias.As vacas continuam a lactação mesmo depois de apartados os 
bezerros, diferentemente do que acontece com as fêmeas das raças zebuínas, que suspendem a 
lactação quando morre o bezerro ou delas são separados definitivamente. As vacas, após a 
primeira cria, devem pesar mais de 450 quilos, aumentando com a idade, até alcançarem 500 a 
600 kg. Também foi registrada uma centena de recordes acima de 9.000 kg com 4,11% de 
gordura. 
4. GADO GIROLANDO 
4.1.ORIGEM 
A raça Girolando teve início no ano de 1979, após uma iniciativa do Ministério da 
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) ao criar o Programa Pró-cruza. Esse Programa 
tinha como principal objetivo o estudo de todos os cruzamentos das raças brasileiras com raças 
puras de outros países, buscando descobrir uma raça sintética que melhor se adequasse à 
produção de leite e carne nas condições climáticas e topográficas do nosso país. Foram feitos 
alguns estudos durantes um período de 10 anos, até se chegar ao melhor cruzamento para a 
produção de leite: o cruzamento do Gir leiteiro, raça pura indiana, com o Holandês, raça pura 
europeia. 
4.2.HISTÓRIA DA RAÇA 
O Girolando é uma raça sintética conhecida por possuir uma boa adaptabilidade ao clima 
tropical e à topografia difícil. O grande diferencial da raça Girolando é sua alta capacidade de 
produção de leite a menor custo. Esse gado é responsável por 80% da produção de leite no 
Brasil. Raça genuinamente brasileira é resultado do cruzamento entre Gir e Holandês. O 
cruzamento entre o gado zebuíno gir e o holandês, resultou na raça responsável por 80% da 
produção leiteira do Brasil, o girolando. Genuinamente brasileira, a mistura une rusticidade e 
produtividade, com animais perfeitamente adaptados ao clima tropical, onde vacas que, com 
alimentação a pasto, atingem 42 litros de leite por dia. A história do gado Girolando resulta do 
cruzamento de animais com 5/8 de grau de sangue Holandês e 3/8 de grau de sangue Gir. O 
cruzamento deste Girolando 5/8 com outro animal 5/8 resulta em um animal puro sintético, 
assim chamado por ser uma raça proveniente de cruzamento. 
4.3.CARACTERIZAÇÃO RACIAL 
Os animais desta raça possuem estatura média. Possuem uma pelagem que varia, 
podendo ser: preta, preta mamona, mamona de preto, mamona clara, preta pintada de branco, 
castanha em todas as suas tonalidades (clara e escura), castanha mamona, mamona de castanha, 
castanha pintada de branco, vermelha em tonalidades típicas, vermelha pintada de branco; pode 
possuir algumas particularidades como estrela, gargantilha e bargada. Seus pêlos são curtos, 
sedosos e brilhantes; sua pele é solta e flexível. 
Possui cabeça proporcional, descarnada, de comprimento e largura média; seu perfil é 
retilíneo e levemente convexo; a fronte é larga e plana; o chanfro é reto, de comprimento médio, 
sendo mais curto e largo nos machos e nas fêmeas é mais estreito e comprido; o espelho nasal 
é de coloração escura, largo, com narinas amplas e dilatadas, bem separadas entre si; os olhos 
possuem formato elíptico, são grandes, escuros, protegidos por rugas da pele; as orelhas 
possuem tamanho mediano, relativamente largas, mais estreita nas pontas, posicionando-se para 
frente e para baixo. Seu pescoço é forte, alto, bem inserido à cabeça e ao tronco, sendo que nas 
fêmeas ele é longo e descarnado e nos machos é musculoso e mediano; a barbela é de tamanho 
médio e pregueada. 
Esta raça apresenta um peito forte, largo e amplo, com boa cobertura muscular e pouco 
depósito de gordura; as espáduas são moderadamente largas, bem implantadas ao corpo, 
ajustando-se de forma suave ao tórax, costelas e garrote; suas costelas são bem arqueadas e 
largas; o dorso e o lombo são retilíneos, musculosos, tendendo para a horizontal, inserindo-se 
harmoniosamente à garupa; o tórax é amplo e profundo; ventre desenvolvido e bem sustentado 
(mostrando boa capacidade digestiva); o umbigo possui tamanho mediano; as ancas são bem 
afastadas e no mesmo nível, sem grande deposição de gordura; a garupa é proporcionalmente 
larga e comprida e com boa cobertura muscular; a cauda insere-se harmoniosamente, achatada 
na base, longa, fina e ultrapassa a altura do jarrete; os membros são compridos, médios, bem 
afastados e com bons aprumos. Se úbere é bem desenvolvido, possuindo boa capacidade, bem 
inserido, não ultrapassando a linha do jarrete, bem irrigado, de consistência macia, ligamentos 
firmes; as tetas são simétricas, de comprimento e espessura médios, bem separadas e 
implantadas corretamente em cada quarto do úbere. 
4.4.DESEMPENHO PRODUTIVO 
Dentre as diversas características de funcionalidade do gado Girolando pode-se destacar 
a produtividade, a rusticidade, a precocidade, a longevidade e a fertilidade, além da alta 
capacidade de adaptação a diferentes tipos de manejo e clima. As fêmeas Girolando, produtoras 
de leite por excelência, possuem características fisiológicas e morfológicas perfeitas para a 
produção nos trópicos, como a capacidade e suporte de úbere, tamanho de tetas, fatores 
intrínsecos à lactação, pigmentação, capacidade termorreguladora, aprumos e pés fortes, 
conversão alimentar, eficiência reprodutiva, etc., atribuindo um desempenho muito satisfatório 
economicamente. Segundo o Sumário Girolando 2013, avaliando desempenho produtivo e 
reprodutivo ao primeiro parto de 15824 vacas controladas em 443 rebanhos de colaboradores 
do teste de progênie de 2000 a 2012 obtiveram os seguintes resultados em média, 4670Kg de 
leite na primeira lactação (LAC1), idade ao primeiro parto 1077 dias (IPP) e intervalo entre 
partos de 467 dias (IEP). Observa-se também, uma evolução dos desempenhos ao longo dos 
anos até 2012. Nota-se ainda, ao longo dos anos, o constante crescimento do Controle de 
Genealogia do Girolando (CGG), demostrando a valorização comercial desses animais em 
âmbito nacional. Para os animais de grupos genéticos entre o 3/8 e o 3/4 se tem maior produção 
de leite, e para os animas de composição genética 1/4 e 3/8, não foi detectado diferença de 
produção entre as estações do ano. Na característica para idade ao primeiro parto o grupo 
genético 5/8 teve o melhor resultado, seguido pelos animais de maior porcentagem de gado 
Holandês. 
5. GADO AYRSHIRE 
5.1.ORIGEM 
O gado Ayrshire é descendente do gado escocês, e é criado na Escócia, Irlanda e 
arredores de algumas cidades inglesas, Estados Unidos, Canadá, Nova Zelândia, Austrália, 
África do Sul, Suécia, Finlândia e Japão. No seu melhoramento, que se iniciou em 1750, 
recebeu a princípio sangue de Teeswater, antigo Shorthorn um pouco de Holandês ou 
Flamengo, do Alderney e West Highland, Mais tarde, recebeu ainda infusão do Shorthorn 
melhorado. A raça Ayrshire é oriunda do cruzamento do gado nativo da Escócia com indivíduos 
das raças Holandesa da qual herdou a capacidade leiteira, da raça Alderney que herdou a beleza 
da pelagem, A rusticidade da raça Kerry, e a semelhança na disposição dos chifres da raça West 
Highland. 
5.2.HISTÓRIA DA RAÇA 
Acredita-se que as primeiras importações de Ayrshires para os Estados Unidos foram 
para feitas por Henry W. Colinas, de Windsor, Connecticut, por volta de 1822. Os fazendeiros 
na Nova Inglaterra necessitavam de uma vaca de leite que podessem alimentar-se dos pastos 
rudes da região rochosa de suas fazendas, e que tolerassem o frio de freqüentes invernos. 
Durante o início século XX, o Ayrshire foi notado por seu excelente tipo. Fotografias antigas 
de gado Ayrshire confirmam este fato. Para demonstrar a rusticidade da raça, a Associação 
Americana de Criadores de Ayrshire organizou um dos eventos de promoção mais espetaculares 
administrado por uma associação de registro de uma raça leiteira. Em 1929, duas vacas 
chamadas"Tomboy" e "Alice", foram transportadas da sede da associação em Brandon, 
Vermont, para a National Dairy Show de St. Louis, Missouri. Ambas as vacas não só 
sobreviveram a viagem, mas pariram normalmente, bem como produziram excelentes recordes 
leiteiros da época. 
5.3.CARACTERIZAÇÃO RACIAL 
Os touros possuem peso médio de 800Kg e estatura média de 144cm, e as vacas possuem 
peso médio de 525Kg e estatura média de 129cm. Sua pelagem é malhada de vermelho, 
podendo ser vermelha malhada, preferentemente com manchas vermelhas pequenas, bem 
definidas; os lados da cabeça e pescoço são frequentemente vermelhos e as extremidades 
brancas. Às vezes ocorrem malhas pretas, porém são indesejáveis. Sua cabeça é cônica, de perfil 
reto, ligeiramente comprida; marrafa direita e ampla; fronte de largura regular e com leve 
depressão entre os olhos; chanfro largo, com focinho forte e face descarnada. Seu pescoço é 
fino, direito, comprimento médio, não possui barbela, alargando-se para o tórax, com boa 
postura, forte no touro, que apresenta um pouco de cangote. O seu copo é pequeno, em forma 
de cunha, correspondendo ao tipo clássico de vaca leiteira, aparentemente longo, devido ao fato 
dos membros serem curtos; todas as suas linhas são retas, sendo uma das poucas raças 
melhoradas retilínea; o peito ‚ bem desenvolvido, com o esterno bem projetado e deve ser 
amplo; o costado ‚ profundo e cheio, com costelas arredondadas; as espáduas são bem aplicadas, 
cheias nos touros e pouco aparentes e bem ligadas às regiões vizinhas; a linha de cima é 
horizontal, com a espinha aparente, devendo o lombo ser largo, direito e forte; a garupa é larga, 
longa, direita, nivelada com ancas afastadas, num nível inferior ao da garupa; a cauda‚ bem 
inserida, fina, longa, com vassoura grande. 
Essa raça possui o ventre amplo, sendo amparado pela musculatura dos flancos. Seu úbere 
é grande, branco, de forma ideal, frequentemente um pouco carnoso, prolongando-se para 
diante e para trás, com tetas bem-dispostas, afastadas, porém, pequenas, e possuem boas veias 
mamárias. Seus membros são curtos, finos, com nádegas retas, desenvolvidas para uma raça 
leiteira; cascos bons em tamanho e bem conformados, e possuem os aprumos corretos. 
5.4.DESEMPENHO PRODUTIVO 
Sua aptidão é baseada na produção leiteira, produzindo em média 3,900Kg de leite com 
3,85% de gordura. Por ser um leite muito rico em matéria seca, é próprio para a fabricação de 
queijos, sendo a raça considerada a melhor queijeira inglesa. Essa raça é reconhecida 
universalmente como uma das mais bonitas raças leiteiras do mundo, mas muito mais 
importante é o fato de que ela foi criada e desenvolvida para ser uma vaca de leite útil e 
lucrativa. O Ayrshires não possuem a característica de gordura amarela que reduziria o valor 
de sua carcaça, assim, os machos podem ser criados para abate como novilhos. Se eles forem 
cruzados com raças de corte, podem ser produzidos mestiços de bons tipos para o abate. O gado 
Ayrshire dá a primeira cria aos 30 meses, onde as fêmeas apresentam 31 Kg ao nascer, e os 
machos apresentam 34 Kg. 
6. GADO GUERNSEY 
6.1.ORIGEM 
Esta raça bovina é originária da Ilha de Guernsey, localizada no Canal da Mancha, 
Inglaterra, próxima da Ilha de Jersey. A Guernsey é resultante de cruzamentos de gado da 
Normandia e da Inglaterra, rigorosamente selecionada para a produção de leite rico em gordura. 
É protegida há muitos anos, pela lei que impede a entrada de outra raça de bovino na ilha, a não 
ser quando destinada ao abate. Hoje em dia, esta raça é criada na Inglaterra, Canadá, Austrália, 
Dinamarca, Suécia, Estados Unidos, Chile, Argentina, Brasil e alguns outros países. 
6.2.HISTÓRIA DA RAÇA 
Foi formada por cruzamentos de raças francesas e mantém bastante semelhanças com o 
gado da ilha de Alderney. Os monges bretões levaram animais da raça Froment du Léon, para 
a ilha de Guernsey, no ano de 960. Esse gado era originário da Bretanha, pequeno, de capa 
manchada de castanho, produzindo um leite rico em manteiga, sendo resistente e dócil. Um 
século depois, introduziram bovinos lsigny (ou Nosman Brindíer), da Normandia, de maior 
tamanho e coloração jaspeada. Daí surgiu o atual Guernsey, provavelmente cruzado com gado 
da ilha de Jersey. Em 1789, os moradores da ilha impediram as importações de outros bovinos 
do continente e uma lei de 1802 impedia a importação até da própria Grã-Bretanha. 
O maior rebanho mundial está nos Estados Unidos, onde chegou em 1831. Ali foi 
plasmado o Guernsey Mocho, levado para a Inglaterra em 1970. Existe urna federação mundial 
(World Guernsey Catile Federation) unindo os mais diferentes países, implementando um 
programa de desenvolvimento único. 
6.3.CARACTERIZAÇÃO RACIAL 
Sua pelagem é malhada predominantemente a cor amarela, com suas variações. As 
extremidades dos membros, o úbere, o ventre e a vassoura da cauda são sempre brancos. Na 
fronte o branco aparece em forma de escudo ou de estrela; ao redor do espelho nasal e dos 
olhos, os pêlos são mais claros; a mucosa do focinho é alaranjada, como a pele da face interna 
das orelhas, do úbere e da bolsa escrotal; a pele é amarela, fina e coberta de pêlos finos e 
brilhantes. Possui pescoço comprido em ambos os sexos, côncavo, no bordo superior das 
fêmeas, convexo nos machos, possuindo uma pequena elevação; possui barbela de tamanho 
reduzido. A cabeça é de tamanho médio, com perfil côncavo, chifres pequenos, finos de cor 
amarela, dirigidos para frente e para cima; os olhos são grandes; as orelhas são de tamanho 
médio, finas e cobertas de pêlos; o espelho nasal é largo e possui narinas bem abertas. Possui 
corpo delicado, descarnado e bem característico de animais voltados para a produção de leite; 
o peito é estreito; o tórax é pouco profundo; a garupa é ampla; as ancas são salientes; os 
membros tanto anteriores como posteriores, são finos e possui bons aprumos; coxas afastadas, 
facilitando a inserção do úbere que é volumoso e de boa conformação, possuindo tetos bem 
implantados. 
6.4.DESEMPENHO PRODUTIVO 
O gado Guernsey é especializado na produção leiteira, com alta porcentagem de 
gordura, sendo considerada uma raça manteigueira. É considerada mais rústica que a Jersey. 
Sua longevidade é notável, servindo na reprodução até avançada idade. Nos cruzamentos revela 
grande prepotência na transmissão de suas qualidades. Sua criação tem sido recomendada ao 
lado de vacas de leite magro para operar misturas de compensação. A utilização de touros 
Guernsey em rebanhos zebuínos produz excelentes animais mestiços. Os machos mestiços são 
bons para engorda, sendo em regime de confinamento ou regime de pasto. As fêmeas adultas 
pesam entre 400-700 kg, e os touros entre 700-900 kg, variando o peso ao nascer entre 25 e 27 
kg. A produção leiteira varia entre 4.000-7.000 kg, com teor butiroso entre 4,5-5,5%, com 
recordes acima de 11.000 kg. É comum atingir a produção máxima entre 6-7 anos. O recorde 
mundial foi de 11.544 kg, com 3,98% de gordura e 3,50% de proteína. O Guernsey foi utilizado 
em muitos programas de cruzamentos, no mundo inteiro, com produção variando entre 4.500 
kg a 6.500 kg por lactação. 
7. HOLANDÊS 
7.1.ORIGEM 
Pouco se sabe sobre a origem da raça Holandesa, ou Fries-Hollands Veeslay, ou ainda 
Frísia Holandesa, havendo anotações que vão até o ano 2000 a.C. Alguns afirmam que foi 
domesticada há 2.000 anos nas terras planas e pantanosas da Holanda setentrional e da Frísia 
(Países Baixos) e também na Frísia Oriental (Alemanha). Prescott (1930) acha que o gado veio 
da Lombardia, seguindo o curso do rio Ródano, em mãos das tribos frísias e batavas. Eram 
animais de origem grega, de acordo com ilustrações antigas. Ou seja, não há um acordo sobrea origem da raça Holandesa. Com a construção de diques e um programa de resgate de terras, 
desde o século XV em diante, aumentaram as possibilidades de produção de forragens. 
Daí para a frente, o gado iria se multiplicar aceleradamente concretamente, sabe-se que 
vários mercados de bovinos foram estabelecidos entre 1200 e 1500 d.C. Em 1.624 foram 
introduzidos 12.000 bovinos da Dinamarca, na região holandesa. Ficou registrado, também que, 
por volta de 1600, cerca de 100.000 animais eram normalmente reexportados depois da 
engorda, e eram provenientes da Dinamarca, Suécia e Schleswing-Holstein. As tragédias nas 
regiões baixas, todavia, quebram constantemente a história, pois milhares de homens e bovinos 
morriam nas inundações que se sucediam deste 810 ou pelas epidemias. A grande epidemia de 
1170 liquidou centenas de milhares de cabeças; a de 1714 liquidou 300.000 cabeças de gado. 
Em 1744, novamente dois terços do gado desapareceram. A peste de 1768 – 1782 
destruiu 396.000 cabeças das províncias. Pode-se afirmar que, no final do século XVIII, quase 
todo gado antigo havia sido destruído. As Pinturas realizadas entre 1500 e 1700 mostram apenas 
gado pardo ou vermelho, mas nada de branco e preto – como resultado das sucessivas tragédias 
Berkhey, escrevendo nos anos seguintes da peste, menciona a importação de grande número de 
bovinos brancos e negros ou quase negro manchado. Assim, pode-se supor que o gado moderno 
dos Países Baixos teve início na Segunda metade do século XVIII. No final do século XIX o 
gado ainda não estava dividido em raças, sobressaindo-se o gado importado da Alemanha e da 
Dinamarca. Buscando melhorar a produtividade leiteira, aumentaram-se as importações da 
Inglaterra, Europa continental, América do Norte, Índia, África do Sul, etc. Na Segunda metade 
do século XIX a mescla desses gados já tinha endereço fixo, começando então um amplo 
trabalho de melhoramento. Em 1882 foi fundada a Sociedade de Livro Genealógico dos Países 
Baixos, substituindo os dois anteriormente fundada em 1873 (Netherlands Herd-Book) e 1879 
(Friesland Herd-Book). Registrava o gado negro malhado, o vermelho malhado ou de outras 
colorações. Hoje, são poucos os animais malhados de vermelho, sendo a quase totalidade 
formada de gado preto e branco. Nos Estados Unidos, W.W. Chenery, de Massachusetts, 
importou muito gado frísio da Holanda (“Dutch Friesian”), durante vários anos. Em 1872 
publicou o primeiro Herd-Book, com animais de 12 Estados. Surgiu o nome “Holstein ” 
lembrando “Holland” quando um artigo do próprio Chenery trazia, no título, a palavra “Holstein 
cattle”, por engano, ao invés de “Holland cattle”. O Herd-Book de 1885 era dedicado ao gado 
“Holstein – Friesian”, mas em 1978, o nome foi reduzido para apenas “Holstein”. No início do 
século XX existiam as seguintes variedades:”Oldemburgueza”, “Frísia ocidental”, “Frísia 
oriental”, “Groningen” e “Beemster”, todas oriundas do mesmo tronco (Cotrim, 1913. p.175). 
Da Holandesa derivavam, ainda, as raças “Flamenga”(francesa e belga), a Öldemburguesa” 
(alemã), a “Breitemburguesa” (alemã) e a “Holmogorian” (russa). Ainda no início do século 
XX, o recorde mundial era de “Colantha 4th”, norte-americana com 11.389 kg/ano. A recordista 
“Aaggie Cornucopia Paulina”, também norte-americana, produziu 55,0 kg/dia. 
7.1.1. NO BRASIL 
Não foi estabelecida uma data de introdução da raça holandesa no Brasil. Paulino 
Cavalcanti (1935) cita que “segundo os dados históricos, referentes à nossa colonização, 
presume-se que o gado holandês foi trazido nos anos de 1530 a 1535, período no qual o Brasil 
foi dividido em capitanias hereditárias”. Até o início de 1980, o Brasil foi considerado o 
detentor do maior rebanho mundial de HVB (Holandês Vermelho Branco) mas o efetivo foi 
decrescendo, ano após ano, por falta de disponibilidade de reprodutores VB(Vermelho Branco) 
com provas genéticas comprovadas e também pela não – aceitação das cobrições de vacas VB 
por touros PB(Preto Branco). A abertura para uso de reprodutores PB sobre vacas VB somente 
aconteceu por volta de 1984 desde que o reprodutor fosse portador de gene recessivo para 
pelagem VB. 
Foram computados 790 criadores inscritos no Controle Leiteiro Oficial, que somaram 
96.649 animais em produção no ano de 2000. A média brasileira de produção leiteira foi de 
7.251 (2x e 305 dias) em 2000 e de 8.047 kg na idade adulta (2x e 305 dias) Cerca de 84,0% de 
criadores residem em São Paulo, Paraná e Minas Gerais. 
7.2.HISTORIA DA RAÇA 
Não se sabe exatamente a origem da Raça Holandesa. Existem registros históricos que 
vão até o ano 2.000 a.C., onde conta-se que a domesticação desta raça aconteceu há 2.000 anos 
na Holanda setentrional e na Frísia, que possuem terras planas e pantanosas, e também na Frísia 
Oriental, onde atualmente encontra-se a Alemanha. Há relatos de que o gado veio da 
Lombardia, junto com tribos frísias e batavas, seguindo o curso do rio Ródano. Existem também 
ilustrações que mostram que são animais de origem grega. Ou seja, não há um entendimento 
definitivo sobre a real origem da Raça Holandesa. 
7.3.CARACTERISTICAS DO TIPO 
As vacas Holandesas são de grande porte, bastante pesadas e com uma ampla caixa 
óssea. Tem como características físicas principais a cabeça, que apresenta uma parte superior 
extensa, olhos grandes e escuros e órbitas salientes, com chifres que ficam para frente e têm as 
pontas escuras, além de possuírem uma fonte nasal estreita e levemente alongada. O focinho e 
a cavidade bucal são grandes, e as narinas são dilatadas e escuras. Quanto à pelagem, existem 
vacas que possuem o pêlo em preto e branco, ou vermelho e branco. Possuem pele espessa, e 
suas mamas possuem grande capacidade de armazenamento. Em relação ao peso dos animais 
desta raça, os touros variam em torno de 900 kg a 1000 kg, e as vacas entre 550 kg a 600 kg. 
As novilhas conseguem ter a primeira cria aos 2 anos de idade, e os filhotes nascem, em 
média, com 38 kg. O gado Holandês tem como característica racial marcante a cor da pelagem. 
Os animais são malhados de preto-branco ou vermelho-branco. O ventre e a vassoura 
da cauda são brancos. A cabeça é bem moldada, sendo a fronte ampla e moderadamente 
côncava. O chanfro é reto e o focinho amplo com as narinas bem abertas. O pescoço é longo e 
delgado. O dorso é reto, forte e a linha lombo-dorsal é levemente ascendente no sentido da 
cabeça. A garupa é comprida, larga e ligeiramente desnivelada no sentido quadril à ponta da 
nádega. A pele é fina e elástica. O pelo é fino e macio. Nas vacas holandesas, segundo os 
padrões estabelecidos para a raça, o úbere anterior deve estar inserido firme e suavemente com 
o abdômen, tendo comprimento e largura moderados. O úbere posterior deve ser alto, longo e 
ligeiramente arredondado, fortemente aderido na inserção. Os tetos devem ser uniformes, de 
comprimento e diâmetro medianos, cilíndricos e perpendiculares à base do úbere. O gado 
Holandês se caracteriza por sua docilidade e facilidade de manejo. 
7.4.CARACTERISTICAS MORFOLOGICAS 
A raça Holandesa é caracterizada pela sua alta produção e também pela facilidade de 
manejo. Segundo dados da ABCBRH – Associação Brasileira dos Criadores de Bovinos da 
Raça Holandesa - lactações de vacas adultas, padronizadas em 305 dias e em duas ordenhas 
forneceram, no ano de 2002, uma média de produção de 8.130 Kg de leite. As fêmeas da raça 
Holandesa são cobertas pela primeira vez aos 16 a 18 meses de idade, pesando acima de 460 
Kg. O primeiro parto ocorre entre 25 a 27 meses (gestação média de 280 dias). O intervalo entre 
partos varia de 15 a 17 meses. Os machos costumam nascer pesando cerca de 45 Kg. Já o peso 
de nascimento das fêmeas é de cerca de 40 Kg. A raça Holandesatambém é utilizada no 
cruzamento com a raça Gir, formando o Girolando, e com o Guzerá, na formação do gado 
Guzolando. Ambos os cruzamentos visam principalmente à produção leiteira. 
Apesar da aptidão leiteira do gado Holandês, a opção para o mercado de carne também 
ganhou atenção por parte dos criadores. Na década de 1980 foi estabelecido um programa 
alternativo de cruzamentos com raças especializadas de corte, destacando-se o Charolês, o 
Piemontês e o Limousin, com o intuito de aumentar o rendimento de carne, promovendo o 
surgimento de linhagens de melhor rendimento no abate. 
7.5.DESEMPENHO PRODUTIVO 
A Raça Holandesa possui qualidades indiscutíveis. Como dissemos anteriormente, uma 
delas é a sua extraordinária capacidade de produzir grandes volumes de leite diariamente, e isso 
se deve ao fato desta raça ter longos períodos de lactação. Cada vaca é capaz de produzir mais 
de 50 litros de leite em um mesmo dia, em cerca de 3 ou 4 tiradas – característica que gera 
grande lucratividade ao criador. 
Para os criadores que têm parte de sua receita proveniente da comercialização de 
animais e dependem de leilões e participações em exposições, existe uma boa variedade na 
Raça Holandesa para escolher animais com avaliações genéticas e corporais positivas. Já para 
o produtor que depende da comercialização de leite, as características que devem receber maior 
atenção são as de sistema mamário, pernas e pés. 
Outro ponto que destaca a Raça Holandesa das demais é o notável melhoramento 
alcançado em volume – ou quilogramas – de gordura e proteína. Embora a raça seja reconhecida 
pela produção de leite, também ganhou atenção do mercado de carne por parte dos criadores, 
que a partir de 1980 estabeleceram um programa alternativo de cruzamentos com raças 
especiais para corte. 
8. JERSEY 
8.1.ORIGEM 
A raça Jersey, embora a origem seja desconhecida, há suficientes provas de que seus 
antepassados, vieram da Ásia, caminhando para o Oeste, deixando em seu caminho núcleos de 
animais que se diferenciam pelo manejo e pela nutrição recebida. Depois, teriam se fixado na 
ilha de Jersey, no canal da Mancha, Inglaterra. 
Como primeiros relatos da compilação da raça, temos que na Exposição Real de 1844 
foram criadas as classes para os bovinos da Inglaterra, mas, apenas em 1867, estas foram 
estendidas para o Jersey. O Livro Genealógico foi fundado em 1866, sendo considerado o mais 
importante evento da história da raça. Em 1878 foi fundada a Sociedade Inglesa de Criadores 
de Gado Jersey, logo convertida em Sociedade de Criadores de Jersey do Reino Unido. Em 
1893 aconteceu o primeiro Teste de Gordura oficial, embora mensurações já fossem realizadas 
desde 1860, em exposições. O Controle Leiteiro Oficial começou em 1912. Em 1991, o 
Controle Leiteiro abrangia 99% das vacas da ilha. 
A raça chegou aos Estados Unidos em 1850, onde ganhou notável desenvolvimento, 
ganhando fama como animal de médio porte. Também nos Estados Unidos foi desenvolvido o 
Jersey Mocho. 
8.1.1GADO JERSEY NO BRASIL 
O primeiro lote veio em 1896 da Granja de Windsor, pertencente à rainha Vitória da 
Inglaterra. De lá saíram os tourinhos que passaram a ser usados em cruzamentos com as vacas 
crioulas de diversas regiões gaúchas, formando o grande rebanho de vacas puras e mestiças por 
cruzamento, hoje existentes por todo o Brasil. 
A raça Jersey está, há mais de 100 anos, fazendo história e sucesso no Brasil, os 
trabalhos pelo melhoramento genético, a procura de alternativas de manejo, e as políticas de 
fomento, foram corresponsáveis, aliadas as qualidades da raça, pela implantação definitiva da 
Jersey no Brasil e pelo padrão dos animais aqui encontrados. 
8.2.HISTORIA DA RAÇA 
A raça Jersey é originária de uma pequena ilha de apenas 11.655 hectares no Canal da 
Mancha, entre a Inglaterra e a França. É denominada “Ilha de Jersey”, e pertencente ao Reino 
Unido da Grã -Bretanha. O gado Jersey é criado puramente há mais tempo que qualquer outra 
raça bovina. Por decreto lei, em 1763, ficou proibida a entrada, na Ilha de Jersey, de qualquer 
animal vivo que pudesse transmitir doença aos seus bovinos. Até hoje, os animais que vão 
competir em exposições fora da Ilha, devem ser vendidos, visto que sua entrada na Ilha não é 
mais permitida. Portanto, esse rigor implica, notoriamente, na pureza da raça. 
A Ilha de Jersey tem entre seus pontos extremos apenas 14,5 km e 17,5 km e devido a 
sua área de 11.655 há, poucas vezes comportou mais de 10.000 cabeças, portanto, esse fator 
favoreceu a seleção pretendida pelos criadores. Contudo, durante a ocupação nazista entre o 
período de junho de 1940 a maio de 1945, que os criadores da Ilha se viram obrigados a utilizar 
de critérios severos de seleção, pois as tropas de ocupação importavam carne bovina de outros 
países ocupados, como a Alemanha e a França, porém nos últimos 6 meses de ocupação eram 
abatidas 40 cabeças por semana, aproximadamente. 
8.3.CARACTERISTICAS DO TIPO 
A raça bovina Jersey é conhecida por características como docilidade, rusticidade, 
precocidade e longevidade reprodutiva. A vaca Jersey é coberta pela 1ª vez ao redor de 15 
meses, pesando em média 230 a 250, tendo a primeira cria com pouco mais de dois anos. O 
intervalo entre partos gira em torno de 13 meses. De estatura pequena – o peso de uma vaca 
Jersey varia de 350 a 450 Kg – a raça é capaz de produzir de 12 a 15 Kg de leite por dia em 
condições razoáveis de alimentação. Outra importante característica do bovino Jersey é a 
quantidade de gordura do leite, que fica em torno de 4,7%. Esta alta porcentagem de gordura 
permite um maior rendimento na fabricação de queijo. Atualmente, além de ser criado puro, o 
bovino Jersey também vem sendo cruzado com outras raças, principalmente o Holandês. O 
cruzamento visa obter bovinos com melhor performance reprodutiva, maior conversão 
alimentar e maior longevidade reprodutiva, dentre outros benefícios. 
Esta é uma raça de porte pequeno, atingindo um peso de 350 kg as vacas e 500 kg os 
touros. Possui as seguintes características: 
Pelagem: possuem uma pelagem parda, com uma variação do pardo-escuro ao amarelo-
claro, sendo que nas extremidades do corpo e na face, a pelagem encontrada é mais escura. Já 
ao redor do focinho, dos olhos e na linha dorsal, os pêlos apresentam-se mais claros. A mucosa 
do focinho e da língua é preta. 
Cabeça: é pequena, curta e de perfil côncavo; os olhos são grandes e proeminentes; os 
chifres são curtos, finos e dirigem-se para frente; orelhas curtas e finas; espelho nasal largo, 
com narinas abertas. 
Pescoço: pescoço de comprimento mediano, delicado nas fêmeas e musculoso nos 
machos. 
Corpo: o corpo é em forma de triângulo, com um tórax estreito e costelas bem separadas; 
garupa é bem desenvolvida e horizontal, ventre volumoso; cascos pequenos e de coloração 
negra; úbere proporcional ao tamanho do animal, bem conformados, com boa irrigação 
sanguínea e com veias mamárias bem pronunciadas. 
8.4.CARACTERISTICAS MORFOLOGICAS 
Dentre as características morfológicas da raça, podemos destacar algumas que fazem 
toda diferença na criação. 
Longevidade; O gado Jersey tem a vida produtiva mais longa quando comparada a 
outras raças de gado leiteiro, tendência essa que se encontra em ascensão, e em declínio para as 
demais. Vida mais longa = maior potencial de lucro. 
Tolerância ao Calor; De todas as raças leiteiras, a Jersey é a que tem maior capacidade 
de tolerância ao calor, isso é fácil de se entender, pois é a única cuja pele é pigmentada. Quando 
a temperatura ambiente começa a ultrapassar os 30ºC, a temperatura corporal do gado Jersey 
também começa a se elevar. Esta elevação ocorre nas outras raças quando a temperatura 
corporalultrapassa os 24ºC. Este fato é muito importante pois o aumento da temperatura 
corporal influi negativamente na fisiologia do animal, resultando na queda da produção de leite. 
Durante os períodos de estresse causados pelo calor, a produção de leite varia menos com o 
gado Jersey do que com as outras raças, e o aparecimento do cio também é menos afetado. A 
raça Jersey está presente em todos os continentes. Apenas para citar alguns exemplos, a Nova 
Zelândia (40º latitude sul) tem na raça Jersey grande parte do rebanho nacional. No Quênia, 
cortado pelo Equador, o Jersey se adaptou tão bem que foi a raça escolhida para os cruzamentos 
com o gado zebuíno Boran. Por outro lado, o rebanho leiteiro dos países nórdicos, em regiões 
próximos ao círculo Polar Ártico, são na sua maioria da raça Jersey. 
8.5.DESEMPENHO PRODUTIVO 
A superioridade da qualidade do leite da vaca Jersey é inquestionável, sendo o melhor 
e mais completo leite produzido entre todas as leiteiras. O leite de Jersey contém a maior 
quantidade de sólidos não gordurosos (proteína, lactose, vitaminas e minerais) e gordura, 
quando comparado com os produzidos pelas outras raças leiteiras. Consumido na forma fluída, 
o leite de Jersey tem maior consistência e um gosto mais forte: quanto mais componentes, mais 
saboroso e nutritivo é o leite. O leite de Jersey possui mais 20% de proteína, 29% de gordura e 
20% de cálcio. 
Diferenças na composição do leite nas três principais raças leiteiras 
PROTEINAS ( % ) 
 
9. PARDO SUIÇO 
9.1.ORIGEM 
Esta raça é encontrada em Schwyz, Lucerna, Uri, Zurique, Grisones, Glaris, entre outras. 
Também é conhecida como Schwyz, adotando o nome Pardo-Suíço apenas no ano de 1880. 
Atualmente, esta raça é criada em quase todos os países europeus, principalmente Itália, 
Alemanha e Áustria. É encontrada nos Estados Unidos e Canadá, onde recebe o nome de 
Brownswiss. Também são encontrados alguns centros de criação no Uruguai, Argentina e 
Brasil. 
9.2.HISOTIRA DA RAÇA 
A raça chegou ao Brasil no início do século XX, sondo "kuno" o primeiro animal 
registrado em 1905, importado pelo Visconde Ribeiro Magalhães, de Bagé, RS. Em 1938 era 
fundada a Associação Nacional de Criadores do Pardo-Suíço. Somente na década de 1970 a 
raça ganhou grande impulso, com introdução maciça do gado norte-americano da alta produção. 
Um destaque para o Pardo-Suíço no Brasil é sua utilização nos cruzamentos, em virtude das 
suas qualidades da produção do leite e carne, precocidade, longevidade, rusticidade a adaptação, 
sendo utilizado de cinco maneiras diferentes: 
1) Pardo-Suiço + Girolando (Tricross) -caracterizado por pelagem escura uniforme, 
machos rústicos, fêmeas com maior persistência do lactação e adaptação á máquina do ordenha. 
Dados oficiais registram a produção leiteira das vacas Tricross de 4,741 kg de leite em 305 dias 
(15,54 kg/dia). 
2) Pardo-Suíço + Indubrasil ("Itapetinga") - cruzamento popular no sul da Bahia. As 
crias impressionam peia boa produção leiteira o polo grande porte (Ver "Raça Itapetinga'). 
Jersey 3,78 
Holandes 3,20 
Pardo Suiço 3,55 
3) Pardo-Suíço + Guzerá ("Lavinia") - cruzamento muito usado nos Estados do 
Nordeste. Associa a rusticidade do Guzerá com a adaptação do Pardo-Suíço a sua resistência 
ás radiações solares. Em média, as fêmeas adultas pesam 450-550 kg, com produção leiteira do 
2.670 kg em 228 dias. Os machos atingem 950 -1.050 kg (Ver "Raça Lavinia'). 
4) Pardo-Suiço + Nelore ("Subu") - esse cruzamento objetiva a produção do carne. O 
Subu meio-sangue desmama bezerros de 235 kg aos 7 meses, podendo chegar aos 24 meses 
com 590 kg. Já o Subu 3/4 de sangue desmama com 313 kg, bem acima das médias das raças 
puras (Nelore ou Pardo-Suíço). 
5) Pardo-Suíço + Gir - cruzamento que vem se expandindo recentemente. 
Estima-se que existe no país cerca do um milhão de cabeças oriundas de cruzamentos. 
A Associação Brasileira do Criadores do Gado Pardo-Suíço, que completa os seus 60 anos, é 
formada por 811 criadores, distribuídos por todas as regiões brasileiras. As informações sobre 
a raça e as atividades de seus criadores são catalogadas e coordenadas pela Associação e 
Núcleos Estaduais o Regionais, entidades de caráter progressista, dedicadas ao apoio ao criador 
e ao desenvolvimento do Pardo-Suíço no Brasil. 
Tecnologia genética - A indústria requer leite com mais sólidos e não leite com mais 
água. Por isso, o teor de proteína no leite é sumamente importante. A vaca Pardo-Suíça é a 
principal produtora de leite em teor da proteína, além do mais eficiente, durável e adaptável a 
urna ampla variedade de condições. As principais Centrais de inseminação, com ramificações 
em vários países, praticam a seleção de touros com ênfase na produção de proteína. Nos EUA, 
pesquisas comparativas com outras raças estão sondo conduzidas pela South Dakota State 
University, University of Arizona, University of Maryland. No Brasil, as pesquisas de leite 
acontecem na Embrapa/Cerrados (DF) e no Governo de São Paulo (Nova Odessa, Sertãozinho), 
e as do gado do corte acontecem na Embrapa/ Campo Grande (MS). O melhoramento genético 
adota a Classificação Linear, que evidencia os defeitos e qualidades dos animais e serve da 
orientação para a escolha do melhor acasalamento. E obrigatória a Classificação Linear ao 
primeiro parto para emissão do Registro Genealógico Definitivo para as fêmeas. 
9.3.CARACTERISTICAS DO TIPO 
A raça está presente em 18 dos 25 cantões suíços, sendo exclusiva em 9 deles. A 
topografia varia desde vales, planícies, ladeiras escarpadas, montanhas, obrigando os animais a 
um constante exercício, tendo transmitido essa característica desde milênios. O pastoreio 
acontece entre 600 -2.800 metros. No verão, o sol brilha no alto dos morros. A radiação 
ultravioleta é muito acentuada. Como consequência dessas condições ecológicas, o gado Pardo-
Suíço desenvolveu características físicas evidenciadas por uma estrutura óssea sólida, com 
pernas fortes os cascos resistentes. 
A raça é caracterizada por animais do grande porte, com pêlo da cor parda, variando do 
muito claro até o muito escuro, pele pigmentada escura o pêlos mais claros ao redor do focinho 
o na face interna da orelha. O corpo é amplo, com flancos profundos o boa cobertura muscular, 
sendo reconhecidamente a raça dos melhores aprumos entre todas as raças leiteiras. A mucosa 
dos orifícios naturais o no focinho é negra. Os chifres são brancos com pontas negras, do 
tamanho médio a pequeno, crescendo para fora e para diante, com as pontas para cima. A 
presença do Pardo-Suíço em exposições internacionais (Paris/1856 o Londres/1 862) atraiu a 
atenção do criadores norte-americanos. A importação dos 25 touros as 140 vacas deram origem 
ao rebanho dos EUA que, a partir do 1907, passou por acelerado melhoramento zootécnico, 
multiplicando sua capacidade do produzir leite. 
Como consequência, as características físicas da vaca mudaram. Ela ganhou mais 
estatura, uma estrutura óssea mais angulosa, pescoço mais fino o longo, úberes mais amplos 
com ligamentos mais fortes, tetas de tamanho os formatos corretos o corpo com menor 
cobertura muscular; porém som perder sua constituição robusta. O uso da genética americana, 
através da importação dos animais o do sêmen, teve e tem profundas influências nos rebanhos 
brasileiros da linhagem leiteira (Pardo-Suíço Leite). Os touros adultos medem 155-165 cm na 
altura da cernelha; as vacas medem 138-148 cm. Os touros adultos pesam 800 -1.300 kg; as 
vacas em lactação pesam 550 -750 kg. 
Alguns padrões da raça podem ser notados nitidamente. Diferentes fatores como a 
qualidade do solo, variações climáticas, topografia montanhosa e pastos entre 700 e 2.000 
metros acima do nível do mar,tornaram o Pardo-Suíço robusto e autossuficiente, um verdadeiro 
produto da terra. São pontos fortes da raça, além de suas principais características: boa 
pigmentação, pelo curto, que é capaz de crescer ou se manter de acordo com o clima, cascos 
são pretos e fortes; bons aprumos; pêlos de cor parda, variando do muito claro para o muito 
escuro. 
9.4.CARACTERISTICAS MORFOLOGICAS 
Precocidade: Uma característica importante que está relacionada diretamente na 
eficiência econômica do rebanho. As fêmeas apresentam média de idade ao primeiro parto de 
29 meses. O período de serviço, definido pelo tempo transcorrido entre o parto e uma cobertura 
com prenhes, varia de 90 a 100 dias. A taxa de partos sem assistência é de 94,5%. 
Adaptabilidade: A raça Pardo-Suíça é reconhecida em todo o mundo por sua capacidade 
de adaptação, principalmente nas regiões de clima quente. Os animais da raça possuem um 
número muito alto de glóbulos vermelhos no sangue, pois são originários de regiões elevadas, 
onde o oxigênio é rarefeito. Além disso, nos Alpes a radiação ultravioleta é muito intensa, como 
também acontece nas regiões tropicais e subtropicais. A pele totalmente pigmentada do Pardo-
Suíço evita doenças relacionadas com a fotossensibilidade. Esta característica de grande 
resistência ao calor e ao sol escaldante é fundamental para a pecuária que precisa de touros 
cobrindo no pasto, como nos cruzamentos industriais e nas criações extensivas. 
Fertilidade: Além da precocidade sexual, quando os tourinhos da raça com 15 meses já 
podem servir nas estações de monta e permanecem trabalhando por vários anos. A raça se 
destaca pela sua fertilidade. As fêmeas alcançam a puberdade aos 346 dias de vida, com taxa 
de prenhes de 91,6%. E esta característica é transmitida também em seus cruzamentos. 
Longevidade: A capacidade de adaptação do Pardo-Suíço ao clima tropical, a 
rusticidade e seus bons aprumos, tem resultado em uma maior longevidade, possibilitando ao 
criador obter um número maior de produtos e de lactações lucrativas. O tempo maior de 
permanência do animal no rebanho, além de diminuir o custo de criação, implica também em 
menor pressão de reposição de animais, permitindo maiores excedentes para a comercialização, 
aumentando o faturamento da fazenda. Lembramos que os machos Pardo-Suíços são 
comercializados em sua totalidade como reprodutores. Dados da Suíça mostram que mais de 
20 mil vacas Pardo-Suíças registradas tem mais de 10 anos de idade. 
9.5.DESEMPENHO PRODUTIVO 
Maturidade precoce, fertilidade a longevidade influenciam a eficiência econômica do 
rebanho. A raça Pardo-Suíço apresenta dado ao primeiro parto em torno dos 30 meses. O 
período do serviço, definido como o tempo transcorrido entre o parto e uma cobertura com 
prenhes, varia do 90 -100 dias. Mais do 99% dos partos tem o curso normal. A duração da 
gestação é de 289,7 dias (+- 6,0). O peso ao nascimento é do 43,5 kg (f 5,1). Os partos normais 
somam 99,2% do total. Os nascidos vivos somam 98,4%. O período de serviços é abaixo dos 
100 dias. A longevidade é evidenciada por 37,1% das vacas com mais de 4 lactações. 
Produção de leite - Em controles oficiais, a raça já é a segunda maior entre as raças 
leiteiras. Nos EUA, a média do leite é do 7.351 kg, com 4,08% de gordura 03,56% da proteína. 
Na Suíça, a média do leite é do 5.674 kg, com 3,93% do gordura o 3,56% da proteína. Em 1997, 
a raça apresentou no Brasil a produção média do 6.230 kg do leite, com 3,68% do gordura. Em 
países de pecuária mais evoluída, já existe o pagamento diferenciado de acordo com o teor de 
proteína. Essa medida já começa a ser introduzida no mercado brasileiro. A quantidade da 
proteína do leite varia de acordo com a raça. A vaca Pardo-Suiço produz um leite com alto teor 
do Kappa-caseína (gonótipo B) o uma relação proteína/gordura ideal para a produção de 
laticínios. O Pardo-Suiço produz 4,08 gramas do gordura; 3,56 do proteína e 13,08 de sólidos 
totais, enquanto o Holandês produz 3,54 de gordura; 3,29 do proteína e 12,16 de sólidos totais 
(gramas/100 ml). Além disso, a maior concentração de proteínas do leite determina uma melhor 
qualidade do colostro, pois os anticorpos do colostro são proteínas (imunoglobulinas que 
proporcionam a primeira defesa contra as infecções, aumentando as chances de sobrevivência 
do bezerro. Na raça Pardo-Suiço a concentração de anticorpos é do 8,6 gramas/100 g de 
colostro. A raça Holandês apresenta a menor concentração de anticorpos entre todas as raças 
leiteiras (5,6 g/l00 9 de colostro). 
 
CONCLUSÃO 
Em virtude dos fatos mencionados, podemos ter conhecimento das diferentes formas 
com que as raças leiteiras foram surgindo, tanto no brasil, como nos demais países pelo mundo. 
Levando em conta suas formas morfológicas, sua melhor forma de adaptação e desempenho, 
dentre outros fatores. 
Ter um gado leiteiro não é somente deixa-lo no pasto para que engorde, cruze e produza 
seu leite. O que diferencia o gado leiteiro bom do ruim, é a forma com que o criador conduz 
um melhor manejo, seja ele nutricional ou sanitário. Tomando os cuidados necessários sempre, 
tendo a saúde do animal como prioridade, pois um gado saudável, consequentemente, é um 
gado que produz leite de uma melhor qualidade. 
REFERENCIA BIBLIOGRAFICA 
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https://stravaganzastravaganza.blogspot.com.br/2011/02/introducao-de-gado-no-brasil.html, 
Acessado em: 6. Nov. 17. 
A ORIGEM DA RAÇA NO MUNDO: 
http://gadoholandes.com.br/novo/a-origem-da-raca-no-mundo/ Acessado em: 5 Nov. 17 
ENCICLOPEDIA DE RAÇAS HOLANDESA 
http://iepec.com/enciclopedia-de-racas-holandesa/ Acessado em :8 Nov. 17 
RAÇA HOLANDESA 
https://www.fazendasreunidashd.com.br/raca-holandesa/ Acessado em :8 Nov. 17 
RÇAS BOVINAS JERSEY 
http://www.apoiogenetica.com.br/blog/sobre-racas/raca-bivina-jersey/. Acessado em :8 Nov. 
17 
HISTORIA DA RAÇA JERSEY 
http://ruralcentro.uol.com.br/noticias/historia-da-raca-vaca-jersey-53205 Acessado em :8 
Nov. 17 
RAÇAS DE GADO DE LEITE 
http://ruralpecuaria.com.br/tecnologia-e-manejo/racas-gado-de-leite/raca-pardo-suico.html 
Acessado em :8 Nov. 17 
CACTERISTICAS DA RAÇA PARDO SUIÇO 
http://pardo-suico.com.br/caracteristicas/ Acessado em :8 Nov. 17 
HISTORIO DO POVOAMENTO BOVINO NO BRASIL 
https://www.researchgate.net/profile/Marcelo_Correa_da_Silva/publication/267811402_HIST
ORIA_DO_POVOAMENTO_BOVINO_NO_BRASIL_CENTRAL/links/545b097a0cf2c46f
6643930d.pdf. Acessado em: 8 Nov. 17

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