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CURSO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I Prof. Carlos maviael - Unipê IBRACON ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE MATERIAIS E TECNOLOGIAS NÃO CONVENCIONAIS Aglomerantes hidráulicos Ex: cal, gesso, cimento Portland, geopolímeros Aglomerante hidráulico: endurece sob a ação da água e é a ela resistente Aglomerante: produto que aglomera, une, cola Vem da queima das pedras calcárias Cal: hidróxido de cálcio Ca(OH)2 CaCO3 + calor => CaO + CO2=>CaO CaO + água => Ca(OH)2 A Origem do Cimento Cal – aglomerante já conhecido dos egípcios, gregos, romanos Interior da Terra: rico em Fe, Ni, outros elementos químicos Alumínio e Silício A forma mais estável é na forma de óxidos (combinados com oxigênio) Vulcões: expulsam o SiO2 (e Al203) Esfriamento lento => estrutura cristalina (não reativa) – rochas, areia Interior da Terra: quente Átomos em nível de energia elevado Cinzas vulcânicas: esfriamento rápido: átomos ficam desordenados, forma amorfa, não cristalina, reativa estrutura: cristalina amorfa Em presença de água, a cal reage muito bem com o SiO2 e Al2O3 amorfos, formando produtos cimentícios resistentes à água Primeiros concretos: cimento=cinzas vulcânicas+cal Reservatório de água em Kamirus, Grécia com mais de 3000 anos Puozzoli: cidade perto do Vesúvio Muita cinza vulcânica=> material passou a ser chamado de pozolana VITRUVIO Primeiro livro sobre arquitetura, materiais e técnicas de construção 23-27 AC (época de Augusto) Existe um tipo de pó... nos municípios próximos ao Vesúvio que misturada à cal e a pedras não só tornam extremamente sólidos os vários tipos de construção, mas também as peças construídas sob a água. Cimento romano = cal + pozolana Pozolana: mais de um milhão de habitantes 500 km de aquedutos prédios de até 10 andares magníficas obras de engenharia ROMA Banhos públicos romanos Pantheon: primeira grande obra de concreto: feito por Agripa 27-25 AC sofreu 2 incêndios, Adriano reconstruiu Sétimo Severo restaurou (há cerca de 1800 anos) Com cimento romano: obras desafiam aos milênios Queda do Império Romano: tecnologia perdida. Grandes obras: pedra, tijolos cerâmicos Voltou-se às argamassas de cal Fort de qatbay, Basse egypte, Alexandrie Em 1758 precisava-se reconstruir o farol de Eddystone, na Inglaterra O Eng. escocês John Smeaton pesquisava cal para as argamassas - notou que quando queimava pedras calcárias que continham argila impregnada obtinha cal de melhor qualidade, que endurecia mesmo debaixo de água! CIMENTO PORTLAND Outros procuraram aperfeiçoar. Em 1817, Vicat, na França, desenvolveu processo de fabricação (semelhante ao que se usa até hoje) Só em 1824, Joseph Aspdin patenteou o cimento com o nome de Cimento Portland por semelhança do produto endurecido com as pedras da ilha de Portland Histórico Os Romanos e os Gregos já usavam o cimento.A palavra CIMENTO é originada do latim CAEMENTU, que na antiga Roma designava uma espécie de pedra natural de rochedos não esquadrejada. Coliseu de Roma. Histórico Foi em 1830 que Joseph Aspdin patenteou o Cimento Portland, numa referência a Portlandstone, tipo de pedra arenosa muito usada em construções na região de Portland, Inglaterra. A produção de cimento Portland no Brasil começou em 1888 com o Eng°. Louis Felipe Alves da Nóbrega. Mas só a partir de 1926 o cimento começou a ser produzido no Brasil em escala industrial. Daí em diante modernização do processo de fabricação Produção de Cimento A produção de Cimento Portland no Brasil em 2006 foi de 0,04 bilhões de toneladas. A produção mundial em 2006 foi de 2,54 bilhões de toneladas. O consumo de cimento voltou ao patamar de 40 milhões de toneladas no ano de 2006, com o aquecimento da construção civil. No ano seguinte, o mercado atingiu o número de 45 milhões de toneladas de cimento consumidas no país. Em 2008, o consumo de cimento no Brasil bateu recorde, superando a marca de 51 milhões de toneladas. Em 2009, esse número se manteve praticamente estável em relação ao ano anterior. Cimento Portland O concreto, após a água, é o material mais consumido pela humanidade , e o seu principal constituinte é o cimento Portland. Canadian National Tower Cimento Portland Aglomerantes CIMENTO Material pulverulento de cor acinzentada, resultante da queima do calcário, argila e posterior adição de gesso. Aglomerante Hidráulico. O cimento Portland é definido pela NBR 05732/91 como um Aglomerante hidráulico obtido pela moagem de clínquer Portland ao qual se adiciona, durante a operação, a quantidade necessária de uma ou mais formas de sulfato de cálcio. Aparelho de Vicat Matéria Prima - Calcário - Ca CO3 (MgCO3) - Argila – SiO2 + Al2O3 + Fe2O3 + outros silica alumina hematita - Gipsita – CaSO4. 2H2O Cimento Porland Aglomerantes Matérias-primas para Produção do Cimento O Cimento portland depende, principalmente, para sua fabricação, dos seguintes produtos minerais: Calcário; Argila e Gesso. Aglomerantes CALCÁRIO O calcário é o carbonato de cálcio (CaCO3) que se apresenta na natureza com impurezas como óxidos de magnésio (MgO). Carbonato de cálcio puro ou calcita, sob ação do calor, decompõe-se do seguinte modo: CaCO3 100% CaO + CO2 56% 44% Aglomerantes Aglomerantes ARGILA A argila empregada na fabricação do cimento é essencialmente constituída de um silicato de alumíno hidratado, geralmente contendo ferro e outros minerais, em memores proporções. A argila fornece os óxidos SiO2, Al2O3 e Fe2O3 necessários ao processo de fabricação do cimento. Fabricação do Cimento Portland Aglomerantes GESSO O gesso é o produto de adição final no processo de fabricação do cimento portland, com o fim de regular o tempo de pega por ocasião das reações de hidratação. É encontrado sob as formas de gipsita (CaSO4.2H2O), hemidrato ou bassanita (CaSO4.0,5H2O) e anidrita (CaSO4). Aglomerantes Fabricação do Cimento Portland preparo e dosagem da mistura crua; homogeneização; cliquerização; esfriamento; adições finais e moagem; e ensacamento. Os grandes blocos de pedra fragmentadas obtidos através da explosão são submetidos ao processo de britagem, sendo reduzidos ao tamanho de grão; . Aglomerantes Preparo da mistura crua Calcário e as argilas, em proporções predeterminadas, são enviadas ao moinho de cru (moinho de bolas, de barras, de rolos) onde se processa o início da mistura íntima das matérias-primas e, ao mesmo tempo, a sua pulverização, de modo a reduzir o diâmetro das partículas a 0,050 mm, em média. A moagem, conforme se trate de via úmida ou seca, é feita com ou sem presença de água. Fabricação do Cimento Portland Forno Rotativo Fabricação do Cimento Portland Forno Rotativo Fabricação do Cimento Portland Forno Rotativo Calcário + argila => moidos=> farinha => forno:700 -900oC => CaCO3 => CaO + CO2 (descarbonatação) Temperaturas maiores: quebra da estrutura cristalina do óxidos (até 1450 oC) CaO vai se unindo à silica, à alumina à hematita formando CLINQUER Fabricação do Cimento Portland Fabricação do Cimento Portland O clínquer é o produto reação das matérias primas no forno, após moído e misturado a gipsita temos o Cimento Portland. O teor de gesso é em torno de 3%. clínquer Componentes pontenciais do Clinquer C2S – CaO.2SiO2 – silicato dicálcico (belita) C3S – CaO.3SiO2 – silicato tricálcico (alita) C3A – CaO.3Al2O3 – aluminato tricálcico C4A F- 4CaO.Al2O3.Fe2O3 – ferro aluminato tetracálcico CLINQUER: C2S +C3S+ C3A+C4AF+impurezas Para reduzir a velocidade de reação dos aluminatos, ao clinquer adiciona-se gipsita (4% a 6%) que é moida junto com o clinquer Cimento portland = clinquer + gipsita Clinquer: C2S + C3S + C3A + C4AF + impurezas (Na2O, K2O,...) Cimento Portland => clinquer + gesso (moído <75) A inspeção do Quadro acima evidencia que a resistência do cimento portland: a) até os 3 dias – é assegura pela hidratação dos aluminatos e silicatos tricálcicos; b) até os 7 dias – praticamente pelo aumento da hidratação de C3S; c) até os 28 dias – continua a hidratação do C3S responsável pelo aumento de resistência, com pequena contribuição do C2S; e, d) acima de 28 dias – o aumento de resistência passa a ser devido à hidratação de C2S. Aglomerantes Dosagem da mistura crua A determinação da porcentagem de cada matéria-prima na mistura crua depende essencialmente da composição química das matéria-primas e da composição que se deseja obter para o cimento portland, quando terminado o processo de fabricação. Aglomerantes São numerosos os métodos de controle da composição química da mistura crua, sendo os métodos seguintes as mais empregados: Módulo hidráulico (Michaelis) Módulo de sílica Módulo de alumina-ferro O controle químico do cimento, e realizado através dos quatro oxidos fundamentais (CaO, SiO2, Al2O3, Fe2O3) utilizados em combinações, sob a forma de parâmetros químicos. Os principais parâmetros ou módulos são: fator de saturação em cal (FSC), modulo de sílica (MS), modulo de alumina-ferro (MA) e modulo de hidraulicidade (MH). Elementos secundários como Mg, F, Ti, Mn, P dentre outros presentes na farinha também tem sido rotineiramente controlados nas cimenteiras. Aglomerantes Aglomerantes Homogeneização A matéria-prima devidamente dosada e reduzida a pó muito fino, após a moagem, deve ter a sua homogeneidade assegurada da melhor forma possível. Aglomerantes Homogeneização A matéria-prima devidamente dosada e reduzida a pó muito fino, após a moagem, deve ter a sua homogeneidade assegurada da melhor forma possível. Aglomerantes Processo de fabricação por via úmida A matéria-prima é moída com água e sai dos moinhos sob a forma de uma pasta contendo geralmente de 30 a 40% de água, e é bombeada para grandes tanques cilíndricos, onde se processa durante várias horas a operação de homogeneização. Processo de fabricação por via seca A matéria-prima sai do moinho já misturada, pulverizada e seca. Normalmente os moinhos de cru do sistema por via seca trabalham com temperaturas elevadas (300 - 400ºc) no seu interior, o que permite secá-la (menos de 1 % de umidade). Clinquerização Hidratação dos principais compostos do cimento. profundidade alcançada pela hidratação em mícrons com o tempo Tempo C3A C3S C2S 3 horas 4,35 1,68 - 1 dia - 2,25 0,28 3 dias 5,68 - - 7 dias - 4,32 0,62 28 dias 5,68 4,44 0,83 5 meses - - 3,5 A inspeção do Quadro acima evidencia que a resistência do cimento portland: a) até os 3 dias – é assegura pela hidratação dos aluminatos e silicatos tricálcicos; b) até os 7 dias – praticamente pelo aumento da hidratação de C3S; c) até os 28 dias – continua a hidratação do C3S responsável pelo aumento de resistência, com pequena contribuição do C2S; e, d) acima de 28 dias – o aumento de resistência passa a ser devido à hidratação de C2S. No processo por via úmida, todo o processamento termo-químico necessário à produção do clínquer se dá no forno rotativo. No processo por via seca, até temperatura da ordem de 900ºC a 1000ºC, o processamento da mistura crua se dá em intercambiadores de calor do tipo ciclone ou de contra-corrente. O processamento restante realiza-se no forno, de comprimento reduzido, que recebe a mistura já na referida temperatura. Esfriamento No forno, como resultado do tratamento sofrido, a matéria-prima transforma-se em clínquer. Na saída, o material apresenta-se na forma de bolas de diâmetro máximo variável entre 1cm a 3cm. As bolas que constituem o clínquer saem do forno a uma temperatura da ordem de 1200ºC a 1300ºC, pois há um início de abaixamento de temperatura, na fase final, ainda no interior do forno. O clínquer sai do forno e passa ao equipamento esfriador, que pode ser de vários tipos. Sua finalidade é reduzir a temperatura, mais ou menos rapidamente, pela passagem de uma corrente de ar frio no clínquer. Dependendo da instalação, na saída do esfriador o clínquer apresenta-se com temperatura entre 50ºC e 70ºC, em média. O clínquer, após o esfriamento, é transportado e estocado em depósitos. Adições Finais O cimento portland de alta resistência inicial – NBR 5733 (EB-2) - , o cimento portland branco, o cimento portland de moderada resistência aos sulfatos e moderado calor de hidratação (MRS), e o cimento portland de alta resistência a sulfatos (ARS) – NBR 5737 (EB-903) – não recebem outros aditivos, a não ser o gesso. O cimento portland de alto forno – NBR 5735 (EB-208) -, além de gesso, recebe 25 a 65% de escória básica granulada de alto forno. FÁBRICA DE CIMENTO JAZIDA DE CALCÁRIO BRITAGEM DO CALCÁRIO Estocagem do calcário britado ESTOCAGEM DA ARGILA MATERIAL RICO EM FERRO gipsita FORNO ROTATIVO Coque de petróleo: para queimar nos fornos de fábrica de cimento VISTA DAS INSTALAÇÕES SALA DE CONTROLE Silos video http://www.cimentoitambe.com.br/processo-fabricacao- cimento/video_completo.php Características dos cimentos - químicas - físicas - mecânicas Perda ao fogo: (calcinar cimento em laboratório) para dar uma estimativa da quantidade de dióxido de carbono contida na amostra. Resíduo insolúvel: material que se dissolve com HCl CaO : 60 – 67% SiO2: 17 – 25% Al2O3: 3 – 8% Fe2O3: 3 – 8% MgO: 0,5 – 4% K2O + Na2O: 0,3 – 1,5% SO3 : 2 – 3,5% Mn, TiO2: Traços Principais Secundários MgO > 6,5% causa expansão SO3 > 4,0%, causa expansão Desejável Teor de álcalis : Na2O + 0,658.K2O < 0,6% Finura do Cimento A finura do cimento influencia diretamente na hidratação, mais fino o cimento mais rápido a hidratação, porem maior será o calor na hidratação podendo causar fissuras na pasta endurecida. E também na produção do cimento Portland se gasta uma quantidade razoável de energia Finura Blaine Aparelho dá “superficie específica do cimento” : Ex. 300 m2/kg ou 3000 cm2/kgHidratação dos componentes do cimento: cimento +água =pasta H=H2O; C-S-H = C3S2H3; CH= Ca(OH)2 Hidratação dos Silicatos 2C2S + 4H => C-S-H + CH 82% 18% 2C3S + 6H => C-S-H + 3CH 61% 39% Silicatos hidratados: componente nobre cristais pequenos, resistentes estáveis em relação à água Hidróxido de cálcio (cal): CH – cristais grandes em forma de placas hexagonais, pouco resistente, pouco estável sob ação da água ou ácidos, responsável pH elevado. Hidratação dos Aluminios e/ou ferro aluminatos + gesso - Reação muito rápida, daí colocação de gesso para controlar velocidade Produtos de hidratação: - etringita (C6AS3H32 ou CAFS3H32) cristais frágeis em forma de agulha Etringita - monossulfato hidratado de Alumínio ou de Alumínio e Ferro (C4ASH18 ou C4AFSH18) Cristais mais resistentes Cimentos com mais de 5% de C3A: a etringita transforma-se em monossulfato Aluminato e ferro-aluminato - influi mais na resistência inicial, tendo pouca contribuição na resistência final - atacado por sulfatos sofre expansão desagregando o concreto. Calor de hidratação Componentes do cimento => formados a altas temperaturas => nível de energia elevado Adição de água=> reação p/atingir estados de baixa energia=> liberação de calor Calor de hidratação: importante em concreto massa (barragens), peças volumosas => tensões térmicas=>fissuração C2S = 12 cal/g C3S = 58 cal/g C3A = 212 cal/g C4AF = 64 cal/g Cada componente potencial tem um calor de hidratação próprio (valores aos 3 dias, que corresponde a cerca de 50% do calor total) Tipos de Cimento Existem no Brasil vários tipos de Cimento Portland, normalizados pela ABNT, diferenciando em função de sua composição. Os principais tipos oferecidos no mercado são: • Cimento Portland Comum; • Cimento Portland Composto; • Cimento Portland de Alto-Forno; • Cimento Portland Pozolânico, • Cimento Portland de Alta Resistência Inicial; • Cimento Portland Branco; • Cimento para Poços de Petróleo. Cimento CPI Concreto em geral sem exposição ao sulfato. CPII Z - pozolânico obras civis em geral, subterrâneas, marítimas e industriais. CP II E - escória de alto forno baixo calor de hidratação. Resistente a sulfatos. CP II F – Filer, material carbonático Para aplicações gerais. CP III AF – Alto Forno baixo calor de hidratação, assim como alta resistência à expansão devido à reação álcali-agregado, além de ser resistente a sulfatos. obras de concreto- massa. CP IV – 32 pozolana obras expostas à ação de água corrente e ambientes agressivos. baixo calor de hidratação. CP V ARI resistência inicial elevada e desforma rápida. CP RS redes de esgotos de águas servidas ou industriais e água do mar. CP BC Baixo calor de hidratação; obras de concreto-massa. CP B Branco. Estrutural de 25 a 40 MPa; Não estrutural rejuntes e aplicações sem responsabilidades estruturais. Exigências das Normas As principais exigências, particularmente da NBR 5732 (EB-1/77), que interessam sobretudo ao consumidor de cimento, são a seguir indicadas: Quanto à composição química Perda de fogo O ensaio de perda de fogo – NBR 5743 (MB-510) – se faz por diferença de pesagens de amostra de cimento portland elevada à temperatura de 900ºC a 1000ºC em cadinho de platina. Dessa forma mede-se: a) perda de água de cristalização – o que constitui uma indicação sobre o eventual início de hidratação do cimento; b) perda de CO2 – se houve início de carbonatação (reação com o CO2 do ar) ou se existir, misturado no cimento, pó de CaCO3; e, c) a perda ao fogo é de, no máximo, 4,0% de acordo com a NBR 5732 (EB- 1/77). Quanto as características físicas Finura As dimensões dos grãos do cimento portland podem ser avaliadas por meio de vários ensaios, porém, praticamente, o mais utilizado é o seguinte: Por peneiramento – NBR 7215 (ABNT MB-1): a peneira empregada no ensaio é a ABNT 0,075mm (nº 200) e deve satisfazer à norma NBR 5734 (EM-22). A norma indica para o CPC um resíduo máximo de 15% para os tipos 250 e 320, e máximo de 10% para o tipo 400; Resistência a Compressão A resistência à compressão é uma das características mais importantes do cimento portland e é determinada em ensaio normal descrito na NBR 7215 (MB-1). Os cimentos CPC, AF, POZ, ARS, MRS e ARI devem apresentar, no mínimo, as seguintes resistências: Aglomerantes CPC – Cimento Portland Comum Tipo 250 Tipo 320 Tipo 400 MPa Kgf/cm2 MPa Kgf/cm2 MPa Kgf/cm2 3 dias 8 80 10 100 14 140 7 dias 15 150 20 200 24 240 28 dias 25 250 32 320 40 400 Aglomerantes Cimento Portland de Alto Forno (CP-AF) Tipo 250 Tipo 320 MPa Kgf/cm2 MPa Kgf/cm2 3 dias 8 80 10 100 7 dias 15 150 18 180 28 dias 25 250 32 320 CPI – clinquer e gipsita CPI S – com até 5% de pó calcário praticamente não se encontra no mercado Cimentos compostos Foram normalizados os cimentos compostos CP II CPII F – até 10% de pó calcário CPII Z – até 14 % de pozolana CPII E – até 34 % de escória CP II F – muito semelhante ao CPI CP II Z – até 14% de pozolana Poty, Nassau, Zebu CPIII – de alto forno Cimento Brasil-Teor de escória cerca de 50% CPIV - pozolânico Cimento Guri CPV - ARI Mizu Semelhante ao CPI com finura maior=> maior velocidade de endurecimento \’ • Teor de aluminato tricálcico (C3A) do clínquer até 8% e teor de adições carbonáticas de no máximo até 5% em massa • Cimentos do tipo alto-forno que contiverem entre 60% e 70% de escória granulada de alto-forno, em massa • Cimentos do tipo pozolânico que contiverem entre 25% e 40% de material pozolânico, em massa De acordo com a norma NBR 5737, cinco tipos básicos de cimento - CP I, CP II, CP III, CP IV e CP V-ARI - podem ser resistentes aos sulfatos, desde que se enquadrem em pelo menos uma das seguintes condições: Aglomerantes Cimento Portland Pozolânico (CP-Z ou CP-POZ) Tipo 250 Tipo 320 MPa Kgf/cm2 MPa Kgf/cm2 3 dias 7 70 10 100 7 dias 15 150 18 180 28 dias 25 250 32 320 90 dias 32 320 40 400 Aglomerantes Cimento Portland de Alta Resistência a Sulfatos (CP-ARS) Cimento Portland de Moderada Resistência a Sulfatos (CP-MRS) ARS MRS MPa Kgf/cm 2 MPa Kgf/cm2 3 dias -- -- 7 70 7 dias 10 100 13 130 28 dias 20 200 25 250 Aglomerantes Cimento Portland de Alta Resistência Inicial (CP-ARI) ARI MPa Kgf/cm 2 3 dias 11 110 7 dias 22 220 28 dias 31 310 Aglomerantes Ensaio de Resistência a Compressão - NBR 7215 O método compreende a determinação da resistência à compressão de corpos-de-prova cilíndricos de 50 mm de diâmetro e 100 mm de altura. O ensaio é feito com argamassa normal, de traço 1:3 e o fator água/cimento em 0,48 para o ensaio normal. A colocação da argamassa na forma é feita com o auxílio da espátula, em quatro camadas de alturas aproximadamente iguais, recebendocada camada 30 golpes uniformes com o soquete normal, homogeneamente distribuídos. Esta operação deve ser terminada com a rasadura do topo dos corpos-de-prova, por meio da régua que o operador faz deslizar sobre as bordas da forma em direção normal à régua, dando-lhe também um ligeiro movimento de vaivém na sua direção. Resultados Resistência individual Calcular a resistência à compressão, em megapascals, de cada corpo-de-prova, dividindo a carga de ruptura pela área da seção do corpo-de-prova. Resistência média Calcular a média das resistências individuais, em megapascals, dos quatro corpos- de-prova ensaiados na mesma idade. O resultado deve ser arredondado ao décimo mais próximo. Cimento Portland de Alto Forno – NBR 5735 (EB-208/74) O cimento portland de alto forno, de acordo com a NBR 5735 (EB- 208), é o aglomerante hidráulico obtido pela moagem de clínquer portland e escória granulada de alto forno, com adição eventual de sulfato de cálcio. O conteúdo de escória granulada de alto forno deve estar compreendido entre 25% e 65% da massa total. O cimento portland de alto forno é de emprego generalizado em obras de concreto simples, concreto armado e protendido. Além disso, considera-se indicado o seu emprego em concreto exposto a águas agressivas com água do mar e sulfatadas, dentro de certos limites. “O emprego de cimento portland de alto forno em obras marítimas, sobretudo em países tropicais ou sub-tropicais, e em terrenos com águas sulfatadas, é justificado pelo fato de possuírem pequena proporção de aluminato tricálcico e maior proporção de silicatos de cálcio de menor basicidade, que produzem na hidratação menor quantidade de hidróxido de cálcio”. Cimento Portland Pozolânico - NBR 5736 (EB – 758/74) O cimento portland pozolânica, de acordo com a NBR 5736 (EB – 758/74), é o aglomerante hidráulico obtido pela moagem da mistura de clínquer portland e pozolana, sem adição durante a moagem de outra substância a não ser uma ou mais formas do sulfato de cálcio. De acordo com a seção 3.1 da norma acima citada, o teor de pozolana é de 10% a 40% da massa total do cimento portland pozolânico para o tipo 250 e 10% a 30% da massa total do cimento pozolânico para o tipo 320. O cimento portland pozolânico é de emprego generalizado no concreto não havendo contra-indicação quanto ao seu uso, desde que respeitadas as suas peculiaridades, principalmente quanto às menores resistências nos primeiros dias e a necessidade conseqüente de cuidadosa cura. Cimento Portland Branco O cimento portland branco é um cimento portland comum, produzido com matéria-prima que não apresente coloração prejudicial à sua brancura característica. Assim, reduz-se ao mínimo o teor de ferro, sendo evitado o emprego de argilas que contenham ferro e outros elementos como manganês, magnésio, titânio etc. Os óxidos de ferro usados na fabricação do cimento são fundentes e, portanto, reduzem a temperatura de clinquerização. No caso dos cimentos brancos, devido a ausência de fundente, a clinquerização se dá a temperaturas mais elevadas, da ordem de 1500 ºC, acarretando o emprego, no forno, de refratários de maior custo, além de exigir maior consumo de combustível. O cimento portland branco apresenta resistência à compressão elevada, mais seu emprego geralmente visa fins estéticos e como matéria-prima na fabricação de tintas. Guias e sarjetas revestidas de argamassa de cimento branco têm o seu uso indicado no interior de túneis, sub-solo de edifícios etc. Que diferenças entre cimentos? Classe de resistência 32 MPa 40 MPa tem a ver com finura e componentes do cimento Cimento Brasil: 40 MPa Demais: 32 MPa teoricamente maior resistência do cimento, menor consumo por metro cúbico de concreto Evolução da resistência CP II : pouca diferença do CPI CPIII e CPIV: mais lenta nas primeiras idades, mas continua por mais tempo CPV: bem mais rápida – bom para pré- moldados Teoricamente CPIII e CPIV são mais sustentáveis Resistência a Compressão A resistência à compressão é uma das características mais importantes do cimento portland e é determinada em ensaio normal descrito na NBR 7215 (MB-1). Os cimentos CPC, AF, POZ, ARS, MRS e ARI devem apresentar, no mínimo, as seguintes resistências: Aglomerantes CPC – Cimento Portland Comum Tipo 250 Tipo 320 Tipo 400 MPa Kgf/cm2 MPa Kgf/cm2 MPa Kgf/cm2 3 dias 8 80 10 100 14 140 7 dias 15 150 20 200 24 240 28 dias 25 250 32 320 40 400 Aglomerantes Cimento Portland de Alto Forno (CP-AF) Tipo 250 Tipo 320 MPa Kgf/cm2 MPa Kgf/cm2 3 dias 8 80 10 100 7 dias 15 150 18 180 28 dias 25 250 32 320 Aglomerantes Cimento Portland Pozolânico (CP-Z ou CP-POZ) Tipo 250 Tipo 320 MPa Kgf/cm2 MPa Kgf/cm2 3 dias 7 70 10 100 7 dias 15 150 18 180 28 dias 25 250 32 320 90 dias 32 320 40 400 Aglomerantes Cimento Portland de Alta Resistência a Sulfatos (CP-ARS) Cimento Portland de Moderada Resistência a Sulfatos (CP-MRS) ARS MRS MPa Kgf/cm 2 MPa Kgf/cm2 3 dias -- -- 7 70 7 dias 10 100 13 130 28 dias 20 200 25 250 Aglomerantes Cimento Portland de Alta Resistência Inicial (CP-ARI) ARI MPa Kgf/cm 2 3 dias 11 110 7 dias 22 220 28 dias 31 310 Aglomerantes Ensaio de Resistência a Compressão - NBR 7215 O método compreende a determinação da resistência à compressão de corpos-de-prova cilíndricos de 50 mm de diâmetro e 100 mm de altura. O ensaio é feito com argamassa normal, de traço 1:3 e o fator água/cimento em 0,48 para o ensaio normal. A colocação da argamassa na forma é feita com o auxílio da espátula, em quatro camadas de alturas aproximadamente iguais, recebendo cada camada 30 golpes uniformes com o soquete normal, homogeneamente distribuídos. Esta operação deve ser terminada com a rasadura do topo dos corpos-de-prova, por meio da régua que o operador faz deslizar sobre as bordas da forma em direção normal à régua, dando-lhe também um ligeiro movimento de vaivém na sua direção. Resultados Resistência individual Calcular a resistência à compressão, em megapascals, de cada corpo-de-prova, dividindo a carga de ruptura pela área da seção do corpo-de-prova. Resistência média Calcular a média das resistências individuais, em megapascals, dos quatro corpos- de-prova ensaiados na mesma idade. O resultado deve ser arredondado ao décimo mais próximo. Cite 2 exemplos de aglomerantes aéreos e 2 exemplos de aglomerantes hidráulicos Qual(is) a(s) diferença(s) entre os aglomerantes aéreos e os hidráulicos? Aglomerantes aéreos gesso, cal aérea e asfalto. Aglomerantes hidráulico cimento portland e cal hidratada. 2) Porque os processos de produção dos aglomerantes geram impacto ambiental? O que pode ser feito para minimizar os impactos negativos? A maioria das produções dos aglomerantes libera CO2 ou seu processo de extração na jazidas gera impacto ambiental. Para minimizarmos os impactos ambientais pode-se usar produtos ambientalmente sustentáveis, reutilizáveis como no caso da escória na fabricação do cp. Quais substâncias presentes nas rochas calcárias dão origem ao cimento? Carbonato de cálcio mas as vezes tem impurezas de outrosminerais como areia, argila, etc. Quais são as impurezas mais freqüentes no cimento? Qual a limitação destas impurezas no cimento impostas pela ABNT? Óxido de Potássio, Óxido de Sódio, Óxido de Titânio (TiO2 não é álcali). A limitação é de 1 a 2% para cada impureza citada. Na produção do Cimento Portland na fase de sinterização, o forno atingindo cerca de 1.450ºC, é formado o clíquer, que é uma mistura granulosa de vários compostos, cujas composições químicas e respectivos nomes seguem abaixo: Alita ou silicato tricálcico (Ca3SiO5) ou C3S; Belita ou silicato dicálcico (Ca2SiO4), ou C2S; Aluminato ou aluminato tricálcico (Ca3Al2O6), Ferrita ou ferro-aluminato tetracálcico (Ca2AlFeO5). Sobre estas fases e seus respectivos compostos diga quais são as proporções médias de cada fase no clínquer, e quais as características de cada para com a resistência final e ao tempo de pega na mistura. Composição: Alita de 50 a 70%. Grande responsável pela resistência da pasta em todas as idades, principalmente até o primeiro mês de cura e segunda responsável na pega. Belita de 15 a 30%. Até o 28º dia reage lentamente. Após este tempo tem alto ganho de resistência. Principalmente no primeiro ano ou mais, por isso é muito importante no cimento. Tem baixo calor de hidratação. Alumitato de 5 a 10 %. Muito importante para a resistência no primeiro dia. É o que mais libera calor na primeira hidratação. Em combinação com o sulfato de cálcio dão origem a etringita. Tem pega instantânea. Ferrita de 5 a 15%. Tem pega rápida, baixa resistência mas o óxido de ferro fixa o aluminato que melhora a resistência a águas sulfatadas. Gesso e gipsita de 1,5 a 3%. Sua função é retardar o tempo de pega inicial. O que é a Etringita? Como ela se forma? É um sal bastante expansivo, causa a destruição do concreto quando esta reação se dá após o endurecimento da alita. Gesso + cimento + umidade = perfeito para etringita florescer O que é Portlandita? Como acontece? É prejudicial ao concreto? o processo de expansão do cimento Portland durante a hidratação devido o excesso de cal livre. Sendo essa reação acompanhada por um aumento em volume da ordem de 97,6%; Explique porque há ocorrência de cal livre nas misturas de cimento e quais efeitos são gerados pela sua presença. A cal livre forma-se através da calcinação dos carbonatos cálcicos e permanece no clínquer devido a alguma condição inadequada do processo de clinquerização, sendo considerada indesejável no clínquer Portland a partir de 2%. As principais causas de ocorrência de cal livre primária podem ser: queima insuficiente, por tempo curto ou baixa temperatura de clinquerização, um elevado fator de saturação de cal (FSC), moagem inadequada do calcário, homogeneização insatisfatória das matérias-primas. O excesso de cal livre pode provocar a expansão do cimento portland. Qual a importância da superfície específica do cimento no comportamento da mistura final e no endurecimento da mesma? Quanto maior a superfície especifica do cimento, mais fino, mais resistente, geram mais trabalhabilidade e coesão. Maior impermeabilidade, menor exsudação, e menor retração, cura mais lenta gerando uniformidade na hidratação. Fale sobre o cimento do tipo CPII-Z: o que é, composição, tempo de pega e utilização. CP II-Z - Cimento Portland composto com pozolana tem em sua composição de 6 a 14% de pozolana, e pode ter fíler carbonático entre 0 a 10%. tem diversas possibilidades de aplicação sendo um dos cimentos mais utilizados no Brasil. Suas propriedades atendem desde estruturas em concreto armado até argamassas de assentamento e revestimento, concreto massa e concreto para pavimentos. Ideal para obras subterrâneas devido à menor permeabilidade conferida pela pozolana. Início de pega: >= 1h, Fim de pega: <= 10 h. Explique porque o CPIII é dito como o tipo mais ecológico de cimento. Além da preservação das jazidas naturais e pelo menor lançamento de CO2 na atmosfera, aproveita o rejeito das siderúrgicas, a escória, economizando assim energia. O CP III comporta adições de 35 a 70% de Escória e até 5% de material cabornático e de 25 a 65 de clínquer. Explique as vantagens da escória nas pastas de cimento. Geram economia na produção do cimento. Consome resíduo industrial nocivo ao meio ambiente. Tem capacidade de aglomerante hidráulico Presença de C2S e C3S Melhoram a durabilidade e a resistência final. Quais cuidados precisam ser tomados na armazenagem do cimento, se for em embalagens? O cimento deve ser armazenados a 10 cm do chão e da parede, empilhados em paletes em no máximo 10 sacos de altura. Assim evita-se a ação da umidade e mantem a características no cimento. Utilizar em no máximo 3 meses.
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