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Ascaridiase-Saude Colectiva

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Colégio Mandumbo
Instituto Médio de Saúde e Economia
Centro Pré-Universitário
Trabalho deEnfermagem Saúde Colectiva
Tema
ASCARIDÍASE
		Docente
		__________________________
		Teresa M. Simão
Luanda, Julho de 2014
OBJECTIVOS
Objectivo geral:
Falar sobre a ascaridíase
Objectivos específicos: 
Alertar a população sobre a ascaridísase (Causas, Sintomas, Prevenção e Tratamento). 
Orientar quanto às medidas de prevenção e controle que devem ser praticadas.
INTRODUÇÃO
Como ser vivo, o homem é um animal, uma das características do ser vivo é assimilar, isto é, transformar os alimentos na sua própria substância. Sem assimilar os alimentos o homem não pode viver. O processo da transformação dos alimentos é a digestão.
Dá-se o nome de sistema, em anatomia, a um conjunto de órgãos que realizam uma dada função. Ao conjunto de órgãos que entram na função digestiva, dá-se o nome de sistema digestivo (livro: ciências da natureza ensino de base).
O sistema digestivo tem uma tarefa da máxima importância: encarrega-se de transformar os alimentos que ingerimos diariamente, a fim de que o organismo possa obter deles a energia e os elementos nutritivos necessários para formar e manter os seus tecidos, assim como para assegurar o metabolismo e poder desenvolver as diversas funções vitais.
CONSTITUIÇÃO DO SISTEMA DIGESTIVO
O sistema digestivo compõe-se por duas partes: tubo digestivo e órgãos anexos. O tubo digestivo é composto pelos seguintes órgãos: 
Boca;
Faringe;
Esófago;
Estômago;
Intestino delgado; 
Intestino grosso.
Os órgãos anexos são: 
A língua;
As glândulas salivares;
Fígado;
Pâncreas.
Há várias espécies de glândulas: salivares, que se agregam a saliva; gástricas ou estomacais que segregam o suco gástrico ou estomacal: intestinais que segregam o suco intestinal; fígado a maior glândula do corpo humano, de cor vermelha, que segrega a bílis ou fel; pâncreas, que segrega o suco pancreático (livro: ciências da natureza ensino de base).
Função e processo digestivo
Boca: 
O processo digestivo começa na boca, onde os alimentos são mastigados ou triturados pela acção dos dentes e submetidos à acção da saliva, formando-se o chamado de bolo alimentar;
Faringe:
Na faringe ocorre o fenómeno da deglutição, em que a epiglote fecha a laringe (impedindo que alimentos cheguem à traqueia). Em seguida o alimento desce para o esófago.
Esófago: 
Bolo alimentar atravessa o esófago mediante a deglutição para chegar ao estômago;
Estômago: 
No estômago os alimentos ficam temporariamente armazenados e são submetidos à acção do corrosivo suco gástrico produzido pelas glândulas da mucosa que reveste o órgão, transforma-se numa massa pouco consistente chamada Quimo;
Fígado: 
O fígado segrega a bílis imprescindível para a digestão das gorduras, serve de depósito de vitaminas, de proteínas e de glicogénio, intervém no metabolismo dos lípidos, sintetiza proteínas e converte substâncias tóxicas em inócuas;
Vesícula biliar: 
A vesícula biliar armazena a bílis e, posteriormente, verte-a no duodeno.
Pâncreas:
Suco pancreático intervém na digestão de todos os alimentos orgânicos.
Intestino delgado:
Durante todo trajecto do intestino delgado tem lugar a digestão e absorção dos nutrientes, transforma-se assim numa substância chamada quilo, a parte assimilada do quilo passa depois para o sangue, através das paredes do intestino delgado;
Cólon Sigmóide:
No cólon termina o longo trajecto do bolo alimentício e forma-se a matéria fecal
Recto:
Pelo recto e ânus são expulsos os detritos ou resíduos de todo o processo digestivo (livro: ciências da natureza).
INTESTINO DELGADO
O intestino delgado é a parte do tubo digestivo que vai do estômago (do qual está separado pelo piloro) até o intestino grosso (do qual está separado pela válvula ileocecal). O quimo, que resulta de uma primeira transformação dos alimentos no estômago, segue para o intestino delgado passando pelo duodeno, a parte superior deste último. O intestino delgado é composto de três partes: o duodeno, logo a seguir ao estômago, o jejuno ou parte central e o íleo, nas proximidades do intestino grosso. O jejuno e o íleo são difíceis de diferençar, pelo que podemos chamar jejuno-íleo ao seu conjunto. A camada mucosa que reveste o seu interior apresenta invaginações, as vilosidades intestinais, pelas quais são absorvidas as substâncias digeridas. O duodeno recebe a bile, produzida pelo fígado e armazenada na vesícula biliar, e também o suco pancreático, produzido pelo pâncreas. 
Com os movimentos do intestino delgado e com a acção dos sucos (pancreático e intestinal), o quimo é transformado em quilo, que é o produto final da digestão. Uma vez o alimento transformado em quilo, os produtos úteis ao nosso organismo são absorvidos pelas vilosidades intestinais, passando para os vasos sanguíneos, pois é através da corrente sanguínea que as substâncias absorvidas chegam a todas as células do corpo. As substâncias residuais deste processo digestivo passam para o intestino grosso, do qual acabam por ser expulsas, através do ânus, sob a forma de fezes( Asimov, Isaac).
Duodeno
É a primeira e a menor parte do intestino delgado, com cerca de 25 cm. Apresenta uma estrutura em forma de "C" que contorna a cabeça do pâncreas e uma luz mais larga do que a de outras regiões do intestino delgado. O duodeno é parcialmente retroperitoneal, uma vez que seu começo é fixado ao fígado pelo ligamento hepatoduodenal, parte do omento menor. O órgão pode ser divido em quatro regiões: superior, descendente, inferior e ascendente. 
Parte superior ou primeira parte: compreende a região contida entre o piloro e o colo da vesícula biliar. Com aproximadamente 5 cm, encontra-se na altura do corpo da vértebra L1, anterolateralmente. Na clínica, pode ser chamado de ampola ou cápsula do duodeno, sendo o local em que ocorre a maioria das úlceras duodenais. 
Parte descendente ou segunda parte: estende-se do colo da vesícula biliar até a margem inferior da vértebra L3. Com 7-10 cm, nesta parte está a papila duodenal maior, onde entram tanto o ducto colédoco quanto o pancreático. Na região descendente, também se encontra a papila duodenal menor, que forma a entrada do ducto pancreático acessório.
Parte inferior ou terceira parte: com cerca de 6-8 cm, passa pela veia cava inferior, pela aorta e pela coluna vertebral, na altura da terceira vértebra lombar (L3). Anteriormente, é cruzada pela artéria e veia mesentéricas superiores.
Parte ascendente ou quarta parte: com aproximadamente 5 cm, segue no sentido ínfero-superior, ascendendo até a borda superior da vértebra L2, no nível da flexura duodenojejunal.
A irrigação sanguínea do duodeno é feita por artérias oriundas do tronco celíaco, como a artéria gastroduodenal e seu ramo, a artéria pancreaticoduodenal superior, que supre o duodeno proximal. Ramo da mesentérica superior, a artéria pancreaticoduodenal inferior irriga o duodeno distal. As veias do duodeno acompanham as artérias e drenam, direta ou indiretamente, para a veia porta hepática. Os vasos linfáticos, da mesma forma, acompanham as artérias e veias e drenam para uma rica rede linfática da região. A inervação do duodeno é feita por fibras derivadas do nervo vago e dos nervos esplâncnicos maior e menor (Koeppen, Bruce M.; Stanton, Bruce A. 2008).
Jejuno
O jejuno é a segunda parte do intestino delgado. Junto com o íleo, forma um tubo que se estende por 6-7 m, sendo que a parte do jejuno corresponde a dois quintos desse tubo. Surge a partir da flexura duodenojejunal, a partir da qual o trato gastrointestinal passa a seguir um caminho intraperitoneal, isto é, suspenso na cavidade peritoneal.A artéria mesentérica superior faz a irrigação do jejuno por meio de seus ramos próprios, as jejunais. Essas artérias se unem para formar as chamadas arcadas arteriais, que dão origem à vasa recta, um conjunto de vasos retos queseguem para o jejuno e o íleo, sendo mais abundantes e longos no primeiro. A drenagem venosa é feita pela veia mesentérica superior, que se une, próximo à cabeça do pâncreas, à veia esplênica para formar a veia porta hepática. A inervação simpática chega até o tecido por um plexo nervoso periarterial, que acompanha a artéria mesentérica superior, inervando todas as partes irrigadas por ela. Os nervos são provenientes da raiz ventral dos segmentos T8-T10 da medula espinhal, passam pelo gânglios paravertebrais até atingirem os nervos esplâncnicos.
Íleo
O íleo corresponde aos três quintos distais do intestino delgado. Surge a partir do jejuno e termina ao abrir-se no intestino grosso, pela válvula ileocecal, que une o íleo terminal ao ceco, na região pélvica. Não existe uma clara demarcação quanto à divisão entre jejuno e íleo, embora existam diferenças importantes que distinguem os dois, como a parede, que é mais delgada no íleo, assim como a vasa recta se apresenta mais curta, em relação ao jejuno, e a maior deposição de tecido adiposomesentérico nesta região. A drenagem venosa também é realizada por meio da veia mesentérica superior. O íleo apresenta riqueza de vasos e gânglios linfáticos, divididos em grupos principais, como os linfonodos mesentéricos justa-intestinais, mesentéricos, nódulos superiores (centrais) e ileocólicos. Também como no jejuno, a inervação atinge os tecidos pelo plexo nervoso periarterial, que acompanha a artéria mesentérica superior.
Fisiologia
O funcionamento do intestino delgado está profundamente relacionado à digestão e absorção dos nutrientes. Diversos mecanismos estão envolvidos nos processos de movimentação do alimento, de secreção de soluções digestivas, de digestão e absorção de água, eletrólitos e nutrientes, além da circulação sanguínea e da regulação neuro-hormonal locais.(Gartner, Leslie P.; Hiatt, James L 2003).
Movimentação do alimento
Quando o quimo passa do estômago para o duodeno, por meio do piloro, dependendo do volume transportado, há o desencadeamento de múltiplos reflexos nervosos entéricos que tendem a retardar ou interromper o esvaziamento do estômago. Outros fatores, como o nível de distensão do duodeno, a irritação de sua mucosa, os graus de acidez e osmolalidade, além da presença de determinados subprodutos da digestão de proteínas e gorduras, também podem desencadear mecanismos regulatórios nervosos sobre o esvaziamento do estômago (Gartner, Leslie P.; Hiatt, James L 2003).
Os movimentos do intestino são desempenhados por feixes de músculo lisoencontrados em diferentes camadas e em variados sentidos. As células musculares lisas do trato gastrointestinal apresentam algumas peculiaridades, por exemplo, elas funcionam como um sincício, devido ao fato de estarem eletricamente conectadas por conexões juncionais, que permitem o fluxo de íons e, portanto, a transmissão dos sinais nervosos, entre as células adjacentes. Diferente das fibras nervosas, no músculo liso gastrointestinal é o influxo de íons cálcio com menores quantidades de sódio (em um mecanismo controlado pela calmodulina), e não exclusivamente de íons sódio, o principal fator responsável por desencadear um potencial de ação. 
Existem dois tipos de movimentos desempenhados pelo trato gastrointestinal e que ocorrem no intestino delgado:
Peristalse ou movimentos propulsivos: empurram o alimento através do tubo alimentar, permitindo a sua digestão e absorção adequadas. Um anel contrátil é formado na parede muscular do intestino e percorre o tubo, impulsionando o conteúdo à sua frente. Um dos principais estímulos que podem deflagrar os movimentos peristálticos é a distensão do órgão, que gera uma resposta do sistema nervoso entérico. A velocidade resultante do movimento peristáltico no intestino é de cerca de 1 cm/min.
Segmentação ou movimentos de mistura: ajudam a misturar o quimo com as secreções no intestino durante todo o tempo. Trata-se de movimentos constritivos, intermitentes, concêntricos e localizados, com duração de alguns segundos.
A seguir abordaremos sobre a ascariíiase.
ASCARIDÍASE
A ascaridíase é uma parasitose popularmente conhecida como lombriga ou bicha.
São vermes nemátodeos, ou seja fusiformes sem segmentação, e com tubo digestivo completo. A reprodução é sexuada, sendo a fêmea (com até 40 cm de comprimento) bem maior que o macho, e com o diâmetro de um lápis. Os ovos têm 50 micrômetros e são absolutamente invisíveis a olho nu. A ambientes quentes e húmidos (por exemplo, o solo nos países tropicais) no qual permanece dentro do ovo. A infecção ocorre por meio da ingestão dos ovos infectantes em água ou alimentos, principalmente verduras. As larvas são liberadas no intestino delgado e alcançam a corrente sanguínea através da parede do intestino. Infectam o fígado, onde crescem durante menos de uma semana e entram nos vasos sanguíneos novamente, passando pelo coração e seguem para os pulmões. Nos pulmões invadem os alvéolos, e crescem mais com os nutrientes e oxigénio abundantes nesse órgão bem irrigado. Quando crescem demasiados para os alvéolos, as larvas saem dos pulmões e sobem pelos brônquios chegando à faringe onde são maioritariamente deglutidas pelo tubo digestivo, passando pelo estômago, atingem o intestino delgado onde completam o desenvolvimento, tornando-se adultos. Apesar de haver alguns casos em que são expectoradas saindo pela boca. A forma adulta vive aproximadamente dois anos. Durante esse período, ocorre a cópula e a liberação de ovos que são excretados com as fezes (Livro: Onde Não Há Médico, David Werner, 2009).
Etiologia
A Ascaridíase é causada pelo verme Ascaris lumbricoides, sendo o ser humano o único hospedeiro do parasita. Os ovos do parasita se desenvolvem no intestino delgado das pessoas até se desenvolverem e chegarem à fase adulta. A maioria dos infectados que possui a lombriga não apresenta nenhum sintoma. Os parasitas passam por vários órgãos e demoram em média dois meses até se instalarem no intestino delgado (Prof. Paulo Ricardo de S. Moraes moraespr@terra.com.br)
Ovos
Originalmente são brancos e adquirem cor castanha escura devido ao contacto com as fezes;
São grandes, ovais, com a cápsula espessa, em razão da membrana externa mamilonada (grande resistência as condições adversas do ambiente).
Férteis: esféricos (característicos da infecção activa);
Inférteis: alongados (menor quantidade de parasitas adultos no paciente).
Habitat
Os vermes adultos são encontrados no intestino delgado (jejuno e íleo).
Ciclo Biológico
Monoxêmico (apresenta um único hospedeiro);
Cada fêmea fecundada é capaz de colocar, por dia, cerca de 200.000 ovos não embrionados;
Ovo torna-se embrionado (L1 rabditóide);
Embrião passa para L3 rabditóide infectante (dentro do ovo);
Contaminação de alimentos ou mãos, veiculando ovos até a boca;
Intestino delgado – ceco - sistema porta - fígado – veia cava - coração – pulmões - faringe - intestino delgado - vermes adultos.
Factores que interferem na prevalência do A. lumbricoides:
Baixo nível socioeconómico;
Precárias condições de saneamento básico;
Má educação sanitária;
Grande produção de ovos pela fêmea do parasito (200.000 ovos por dia durante 1 ano);
Textura do solo
Contaminação fecal do solo ou piso das habitações, por falta de instalações sanitárias;
Disseminação de ovos através de poeira, chuvas, insectos;
Viabilidade dos ovos no solo durante meses ou anos, quando em condições favoráveis de temperatura e humidade;
Resistência dos ovos aos desinfectantes usuais devido à sua membrana lipídica interna.
Transmissão
Ingestão de água ou alimentos contaminados com ovos embrionados (L3);
Período de incubação
O período de incubação entre a ingestão do ovo e a chegada do parasito adulto ao lúmen intestinal dura cerca de dois meses. Nesse período as larvas passam por vários órgãos, como fígado e pulmões.
Sinais e sintomas
A grande maioria dos infectados tem apenas um número pequeno de lombrigas que não causam nenhum sintoma.
Normalmente não causam problemas na sua migração mas, particularmentese existirem em grandes números, podem causar irritação pulmonar com hemorragias e hemoptise (tosse com sangue). Outros sintomas nessa fase além da tosse são, falta de ar e febre baixa.
Após chegada ao intestino e maturação nas formas adultas, os parasitos nutrem-se com o bolo alimentar e não são invasivos. Sintomas possíveis numa maioria incluem náuseas, vômito, diarréia e dor abdominal, particularmente se a carga de parasitas é alta. Em alguns casos em que existe subnutrição do hospedeiro, os parasitas alimentam-se das próprias paredes intestinais causando hemorragias internas que podem levar à morte do hospedeiro (Prof. Paulo Ricardo de S. Moraes moraespr@terra.com.br).
As complicações graves da ascaridíase são raras e predominantemente em crianças que têm grande número de parasitos (devido muitas vezes às crianças comerem terra ou lamberem objetos sujos de terra). Assim, um grande número de adultos no intestino pode formar uma bolo de parasitos, que obstrui a passagem dos alimentos pelo intestino (íleo mecânico); grande número de parasitas na passagem pelos pulmões e faringe podem provocar crises de asfixia; e a migração de parasitas para os ductos biliares, pancreáticos ou apêndice resultar em colecistite, pancreatite ou apendicite. Pode também existir a forma errática da infecção (altas cargas parasitárias), onde os parasitos albergam órgãos não naturais da infecção podendo provocar hemorragias interna (Livro: Onde Não Há Médico, David Werner, 2009).
Resumidamente os sintomas gerais são:
Dor abdominal
Náusea, 
Vómito,
Ranger dos dentes, 
Placas brancas na pele.
Epidemiologia
Existem em todo o mundo sendo maior a prevalência em países tropicais, sendo muito frequente no Brasil. Há no mundo 1,38 bilhões de pessoas infectadas pela parasitose segundo a OMS, ou seja, um quinto da humanidade. O ser humano é o seu único hospedeiro. A transmissão se dá pela ingestão de água ou alimentos contaminados com ovos infectantes eliminados anteriormente por fezes de outro hospedeiro.
Diagnóstico
Clínico
- Usualmente, pouco sintomática, sendo difícil de ser diagnosticada no exame clínico.
Laboratorial
- Feito pela pesquisa de ovos nas fezes.
- Mifc & Hoffmann e Kato-Katz.
O diagnóstico é feito pela observação microscópica de ovos nas fezes, através do Exame Parasitológico de Fezes, pelo método do HPJ (Método de Sedimentação Espontânea). O diagnóstico também pode ser feito por testes imunológicos ou exames de imagem, como endoscopias, ultrassonografias e raio-x, sendo esses últimos acidentais.
Tratamento
O tratamento da ascaridíase é realizado com azólicos como mebendazol ou albendazol, além de piperazina e óleo mineral. É preciso consultar um médico antes de iniciar o tratamento e os medicamentos devem ser tomados repetidamente até que as larvas sejam atingidas. A educação sanitária, higiene pessoal e tratamento da água para consumo humano são essenciais para a prevenção da ascaridíase.
Albendazol (Zentel - dose única de 400mg é altamente eficaz, reduzindo o número de ovos em 100%);
Ivermectina (Revectina - 200 μg/Kg em dose única onde provoca 100% de cura – droga nova);
Mebendazol , Pamoato de Pirantel (Prof. Paulo Ricardo de S. Moraes moraespr@terra.com.br).
Prevenção
Educação sanitária;
Saneamento básico, com ênfase para o destino adequado das fezes humanas;
Tratamento da água usada para consumo humano;
Cuidados higiênicos no preparo dos alimentos (particularmente de verduras);
Higiene pessoal;
Combate aos insetos domésticos, pois moscas e baratas podem veicular os ovos;
Tratamento das pessoas parasitadas;
HISTÓRIA CLÍNICA
A paciente Joana Manuel Salves, de 5 anos de idade, esteve a semana passada no Centro de Saúde da Kinanga, acompanhada com sua mãe, e, queixando-se de que a sua filha está com febre, vómitos e defecar bastante. 
Foi feita na primeira anamnese, o exame céfalo caudal, aferição dos sinais (notou-se um aumento da temperatura 36,8º). Em seguida a menina disse-nos que queria defecar.
A enfermeira acompanhou-lhe até a casa de banho, onde lhe ofereceu arrastadeira, e depois dela terminar, a enfermeira verificou as fezes, as fezes estava com características anormais. Em seguida fez-se o exame laboratorial das fezes, ), foram levantados no primeiro exame e foi notado ovos de parasitoses nas fezes (ascaridíase).
Em seguida o médico falou com a mãe sobre o diagnóstico e o que será feito para melhorar a saúde de sua filha.
O médico prescreveu, Mebendazol (Comp. 100 mg) 1 comp. (100 mg) 2 vezes por dia durante 3 dias (livro: Onde não há médico).
Depois de três dias a mãe voltou para agradecer, porque a sua filha estava sã.
CONCLUSÃO
Concluímos que, ascaridíase é uma parasitose causada pelo verme nemátodeos Ascaris lumbricoides, também conhecido popularmente como lombriga. O sinónimo de ascariadíase é lombriga ou bicha.
Para evitarmos essa parasitose é necessário prevenirmos delas, melhoria das condições de saneamento básico, construção de fossas sépticas, educação sanitária, lavar as mãos antes de tocar os alimentos, protecção dos alimentos contra insectos.
Se sentir alguns sintomas deve ir imediatamente ao médico.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Livro: Ciências da Natureza Ensino de Base 4ªClasse
Koeppen, Bruce M.; Stanton, Bruce A. 2008.
Gartner, Leslie P.; Hiatt, James L 2003.
Ascaris lumbricoides –Ascaridíase; Prof. Paulo Ricardo de S. Moraes moraespr@terra.com.br
Livro: Onde Não Há Médico, David Werner, 2009.
Zacoecazeza@hotmail.com

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