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A vida de Sigmund Freud (1856-1939) uma breve história.
" Olhe para dentro, para as suas profundezas, aprenda primeiro a se conhecer." 
(Sigmund Freud.)
A psicanálise.
Sigmund Freud (1856-1939) foi o idealizador da Psicanálise, a primeira teoria formal sobre a personalidade, e a mais conhecida. Apesar de sua natureza polêmica, a psicanálise tem uma influência profunda que, após mais de um século depois do seu surgimento, continua sendo a estrutura para o estudo da personalidade. O trabalho de Freud afetou todo modo de pensar a personalidade, seja na psicologia ou na psiquiatria, além de causar um grande impacto na nossa forma de encarar a natureza humana. Sem dúvida, poucas ideias na história da civilização tiveram uma influência tão ampla e profunda como a de Freud. Muitas das teorias da personalidade surgidas após a psicanálise foram derivadas dela. Outras devem parte de sua força e rumo à oposição, feita à psicanálise de Freud.
Os primeiros anos.
No dia 06 de maio de 1856 nascia Freud, em Freiberg, Morávia (hoje Pribor, República Tcheca), filho de um comerciante de lã relativamente malsucedido, onde devido ao fracasso comercial do pai, a família teve que mudar-se para Leipzig, Alemanha. O pai de Freud era severo e autoritário, tinha 40 anos quando Freud nasceu. Mais tarde, quando adulto, Freud se lembraria de sua infância com hostilidade, ódio e ira contra o pai. Escreveu que se sentia superior a ele desde os dois anos. A mãe de Freud era magra e atraente, mãe protetora e carinhosa, tinha 20 anos quando ele nasceu, e foi a terceira esposa de seu pai. Freud sentia uma ligação apaixonada e sexual por ela, o que influenciou, sem dúvida, no desenvolvimento do seu conceito de Complexo de Édipo. Grande parte de sua teoria foi influenciada por suas vivências de infância e, portanto, pode ser considerada de natureza autobiográfica. Mais tarde, quando Freud tinha 4 anos, a família mudou-se novamente em 1860, desta vez para Viena, Áustria, onde permaneceu por quase 80 anos.
Freud crescia e sua mãe orgulhava-se dele, convicta de que se tornaria um grande homem, o que pode ter influenciado nas características de sua personalidade, como no alto grau de autoconfiança, grande ambição de vencer e sonhos de glória e fama. Freud era o primogênito de sua mãe, guardava rancor de todos seus irmãos ( 7 irmãos). Expressou raiva e ciúme quando nasceram os concorrentes ao amor de sua mãe. Freud sempre foi muito inteligente e estimulado por seus pais a ponto de suas irmãs serem impedidas de estudar piano para não incomodá-lo em seus estudos. Ingressou na faculdade um ano antes do habitual e sempre liderou sua classe. Fluente em alemão e hebraico, dominava, o grego, o francês, o inglês, o latim, o italiano e o espanhol. Dentre as poucas profissões abertas aos judeus em Viena, optou pela Medicina, ingressando na Universidade aos 17 anos. Não desejava ser médico, mas acreditava que a medicina poderia levá-lo a uma carreira na área de pesquisa científica, o que poderia lhe render a fama que ardentemente desejava.
Casa-se em 1886 com Martha Bernays e abre a sua clínica especializada em distúrbios nervosos e nela desenvolve o princípio da psicanálise. No ano de 1900, foi designado professor na mesma universidade em que havia estudado.
A cocaína.
Durante o curso de medicina Freud fez experiência com a cocaína, publicando em 1884 um artigo sobre os efeitos benéficos dela. Ele fez uso da droga e, de acordo com cartas publicas após sua morte, continuou a usá-la até a meia-idade. Insistiu também para que sua noiva, suas irmãs e seus amigos a experimentassem. Foi um entusiasta da substância, chegando a descrevê-la como droga miraculosa e substância mágica que curaria muitas doenças. No entanto, o que ele esperava que lhe trouxesse a fama, trouxe-lhe a infâmia e pelo resto de sua vida tentou livrar-se disso retirando até mesmo de sua própria bibliografia todas as referências à substância, além de ter sido severamente criticado por seu papel na expansão do uso da cocaína nos E.U.A e na Europa, que durou até a década de 1920.
A base sexual da neurose
Em 1881 Freud começou a trabalhar como neurologista clínico e passou a analisar a personalidade daqueles que sofriam de distúrbios mentais. Foi para Paris e estudou alguns meses com o psiquiatra Jean Martin Charcot, pioneiro na utilização da Hipnose. Charcot o alertou sobre a possível base sexual da neurose.
Ao voltar para Viena, Freud foi novamente alertado sobre a possível origem sexual dos problemas emocionais: um colega descreveu a ansiedade de uma paciente, onde o terapeuta acreditava que provinha da impotência de seu marido, com quem não mantinha relações sexuais em 18 anos de casamento. "A única receita para este tipo de doença, nos é suficientemente familiar, mas não podemos recomendá-la. Ela é a seguinte: Penis normalis dosim repetatur!¹".
Baseado nesses incidentes e em seus próprios conflitos sexuais, pode-se sugerir que Freud estava aberto para a possibilidade de uma base sexual para a neurose, mas foi somente em 1896, depois de vários anos de prática clínica, convenceu-se de que os conflitos sexuais eram a causa básica de todas as neuroses.
O auge do sucesso
Por meio de seus artigos e livros publicados o seu trabalho foi se tornando conhecido, o que atraiu um grupo de discípulos que se reunia com ele semanalmente buscando aprender a psicanálise. Entre tais discípulos estavam Carl Jung e Alfred Adler, que depois romperam com Freud e desenvolveram suas próprias teorias. Freud os considerava traidores e nunca os perdoou por questionar o seu enfoque da psicanálise.
Em 1909 Freud recebeu o reconhecimento formal da comunidade de psicologia norte-americana e recebeu o título de doutor honorário na Clark University em Worcester, Massachussets. A psicanálise foi muito bem recebida no E.U.A e dois anos após a sua visita, seus seguidores norte-americanos fundaram a Associação Americana de Psicanálise. Em 1920 mais de 200 livros sobre psicanálise já haviam sido publicados. As principais revistas americanas publicaram artigos sobre Freud. Isso tudo o ajudou a ter fama internacional.
Freud escreveu um grande número de livros importantes, dentre estes estão Psicologia da Vida Cotidiana, Totem e Tabu, A interpretação dos sonhos, e muitas outras obras importantíssimas sobre a psicanálise. Entre as suas obras mais conhecidas estão: A interpretação dos sonhos (1900), Totem e tabu (1912) O Id, o Ego e o Superego (1923). O Id o Ego e o Superego, segundo Freud é como a consciência humana está dividida.
Especializado em tratamentos para doentes mentais, Freud criou uma teoria que estabelecia que as pessoas que ficavam com a mente doente, eram aquelas que não colocavam seus sentimentos para fora. Segundo ele, este tipo de pessoa tinha a capacidade de fechar de tal maneira esses sentimentos dentro de sua mente, que, após algum tempo, esquecia-se da existência deles.
A partir desta sua teoria, “pai da psicanálise,” (assim conhecido por ter inventado o termo “psicanálise” para seu método de tratar das doenças mentais) resolveu tratar esses casos, através da interpretação dos sonhos das pessoas ,e também através do método da associação livre. Neste último, ele fazia com que seus pacientes falassem qualquer coisa que lhes viessem à cabeça. Com este método ele era capaz de desvendar os sentimentos “reprimidos", ou seja, aqueles sentimentos que seus pacientes guardavam somente para si, após desvendá-los ele os estimulava, a colocarem esses sentimentos para fora. Desta forma ele conseguiu curar muitas doenças mentais.
Freud, responsabilizava a repressão da sociedade daquela época, que não permitia a satisfação de alguns sentimentos, por considerá-los errados do ponto de vista social e religioso. Segundo ele, o sexo era um dos sentimentos reprimidos mais importantes. Naquela época, essa afirmação gerou um grande escândalo na sociedade, entretanto, não demorou muito para que outros psicólogos aderissem à ideia de Freud. Entres estes, estão Carl Jung, Reich, Rank.
O Id o Ego eo Superego
Segundo Freud, a vida psíquica é dinamizada por um conflito de forças, que se desenrola em grande parte, fora da percepção consciente do indivíduo. Ele percebeu que as suas observações revelavam uma série interminável de conflitos e acordos psíquicos. Ele viu que a um instinto, opunha-se outro, e que era devido a proibições sociais que bloqueavam pulsões biológicas, interferindo nos modos de enfrentar situações, causando choques frequentemente uns com os outros. Ele então buscou ordenar este “caos aparente”, propondo três componentes básicos estruturais da psique: o Id, o Ego e o Superego.
O Id contém tudo o que é herdado, tudo que se acha presente no nascimento, ele está presente na constituição do indivíduo, principalmente no que se refere aos instintos, uma vez que estes, originam-se da organização somática do ser, e encontram expressões psíquicas, sob formas que nos são totalmente desconhecidas. O Id é a estrutura da personalidade original, básica e central do ser humano, exposta tanto às exigências somáticas do corpo quanto às exigências do ego e do superego. As leis lógicas do pensamento não se aplicam ao Id, havendo assim, impulsos contrários de lado a lado, sem que um nível de consciência anule o outro, ou sem que um diminua o outro. Por ser a zona inconsciente, primitiva, instintiva, a partir da qual se formam o ego e o superego, é que ele existe desde o nascimento e é constituído por pulsões, instintos e desejos completamente desconhecidos. Rege-se pelo princípio do prazer que tem como objetivo a realização, a satisfação imediata dos desejos e pulsões. Grande parte destes desejos é de natureza sexual, por isso ele é considerado o reservatório da libido, energia das pulsões sexuais. Na verdade, ele é o reservatório de energia de toda a personalidade. Ele pode ser associado a um cavalo cuja força é total, mas que depende do cavaleiro para usar de modo adequado essa força. Os seus conteúdos são quase todos inconscientes, incluem por tanto, configurações mentais que nunca se tornaram conscientes, assim como o material que foi considerado inaceitável pela consciência. Um pensamento ou uma lembrança, excluído da consciência, mas, localizado na área do Id, será capaz de influenciar toda vida mental de uma pessoa.
O Ego, é a parte do aparelho psíquico que está em contato com a realidade externa. Ele se desenvolve a partir do Id, à medida que a pessoa vai tomando consciência de sua própria identidade, pois vai aprendendo a aplacar as constantes exigências do Id. Como a casca de uma árvore, o Ego protege o Id, mas extrai dele a energia suficiente para suas realizações. O Ego tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade. Uma das características principais do Ego é estabelecer a conexão entre a percepção sensorial e a ação muscular, ou seja, comandar o movimento voluntário. Ele tem a tarefa de autopreservação. Com referência aos acontecimentos externos, ele desempenha sua função dando conta destes estímulos, armazenando as experiências sobre estes estímulos na memória, evitando o excesso de estímulos internos (mediante a fuga), lidando com estímulos moderados (através da adaptação) e aprendendo, através da atividade, a produzir modificações convenientes no mundo externo em seu próprio benefício.Com referência aos acontecimentos internos, ou seja, em relação ao Id, o Ego desempenha a missão de obter controle sobre as exigências dos instintos, decidindo se elas devem ou não ser satisfeitas, adiando essas satisfações, para ocasiões e circunstâncias mais favoráveis, ou suprimindo inteiramente essas excitações. O Ego considera as tensões produzidas pelos estímulos, coordena e conduz estas tensões adequadamente. A elevação dessas tensões é geralmente sentida, como desprazer, e a sua redução como prazer, diante disso, ele se esforça pelo prazer, e busca evitar o desprazer. Assim sendo, o Ego é originalmente criado pelo Id na tentativa de melhor enfrentar as necessidades, de reduzir a tensão e de aumentar o prazer. Contudo, para fazer isto, ele tem de controlar ou regular os impulsos do Id, de modo que a pessoa possa buscar soluções mais adequadas, ainda que menos imediatas.
O Superego, esta última estrutura da personalidade, se desenvolve a partir do Ego. O Superego atua como um juiz ou censor sobre as atividades e pensamentos do Ego, é o depósito dos códigos morais, modelos de conduta e dos parâmetros que constituem as inibições da personalidade. Freud descreve três funções do Superego: consciência, auto-observação e formação de ideais. Enquanto consciência pessoal, o Superego age tanto para restringir, proibir ou julgar a atividade consciente, porém, ele também pode agir inconscientemente. Ele tem a capacidade de avaliar as atividades da pessoa, ou seja, da auto-observação, independentemente das pulsões do Id para tensão-redução, e do Ego, que também está envolvido na satisfação das necessidades. A formação de ideais do Superego, está ligada ao seu próprio desenvolvimento que se inicia por volta dos 3 aos 5 anos de idade do ser humano, onde ele começa a aparecer no comando da censura das pulsões, que a sociedade e a cultura impõem ao id, impedindo-o de satisfazer plenamente os seus instintos e desejos. Dos 3 aos 5 anos de idade, o Superego já se manifesta na consciência indiretamente, sob a forma de moral, com um conjunto de interdições e deveres de acordo com a educação recebida, inicia-se então a produção do “eu ideal”, isto é: da pessoa moral, boa e virtuosa.
Freud atingiu o auge de seu sucesso entre as décadas de 1920 e 1930. Fumava cerca de 20 charutos por dia e submeteu-se a 33 operações para tratar de um câncer na boca entre 1923 e 1939, ano de sua morte. Em 1933 os nazistas subiram ao poder na Alemanha e expressaram o que sentiam por Freud queimando publicamente seus livros. Em 1938 os mesmos nazistas ocuparam a Áustria e, apesar do apelo dos seus amigos, Freud recusou-se a sair de Viena. Sua casa foi invadida várias vezes. Somente depois de sua filha Anna ser detida, ele concordou em ir para Londres. Quatro irmãs suas morreram em campos de concentração nazistas.
A morte
Em Londres sua saúde pirou, mas ele permaneceu trabalhando até quase o último dia de vida. Em 1939, no final de setembro, disse a seu médico, Max Schur: "Hoje em dia, viver não é nada mais do que tortura. Não faz mais sentido". Max havia lhe prometido que não o deixaria sofrer desnecessariamente e ministrou três injeções de morfina nas 24 horas seguintes, cada dose maior do que o necessário para a sedação, e pôs fim aos longos anos de sofrimento de Freud.
Bibliografia:
SCHULTZ, Duane P.; SCHULTZ, Sydney Ellen. Teorias da Personalidade. 2.ed. Trad. de All Tasks. São Paulo: Cengage Learning, 2011.
Fontes:
http://educacao.uol.com.br/biografias/sigmund-freud.jhtm
http://www.suapesquisa.com/biografias/freud.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sigmund_Freud
http://historiabruno.blogspot.com.br/2013/06/a-vida-de-sigmund-freud-1856-1939-uma.html
http://www.e-biografias.net/sigmund_freud/
http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/biografia_freud_segredos_de_familia.html
http://filosofia.ceseccaieiras.com.br/freud-id-ego-e-superego
http://www.psicoloucos.com/Psicanalise/id-ego-e-superego.html
http://girlystuffs.blogspot.com.br/2010_10_03_archive.html" http://girlystuffs.blogspot.com.br/2010_10_03_archive.html

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