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Espermatogênese: Produção de Espermatozoides

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Espermatogênese
Processo que ocorre nos testículos, as gônadas masculinas. Secretam a testosterona, hormônio sexual responsável pelo aparecimento das características sexuais masculinas: aparecimento da barba e dos pelos corporais em maior quantidade, massa muscular mais desenvolvida, timbre grave da voz, etc. 
Trata-se do processo de produção dos espermatozoides maduros, que são as células germinativas do homem. Divide-se em várias etapas, a partir das células primordiais, as espermatogônias, e dura cerca de dois meses, sendo que a maturação ocorre na puberdade (treze a dezesseis anos aproximadamente).
 Desde o término do período fetal, as espermatogônias permanecem adormecidas e alojadas nos túbulos seminíferos. Durante a puberdade, as alterações hormonais (como a alto estímulo de testosterona, por exemplo), fazem com que elas saiam do estado de repouso e iniciem a maturação, fenômeno que se estende até a velhice.
 A espermatogênese inicia-se com a chamada fase de crescimento, aonde as espermatogônias aumentam de tamanho, sem ocorrência de divisão celular. Ao final desta etapa, são formadas células diploides e são denominados espermatócitos primários ou espermatócitos I.
 A partir disso, os espermatócitos primários passam por um primeiro processo meiótico, também chamado de divisão reducional, sendo que ao final do mesmo, cada espermatócito primário gera duas células haploides, que são agora denominadas espematócitos II ou espermatócitos secundários, que têm aproximadamente metade do tamanho dos primários. Esses passam então por um novo processo meiótico (meiose II), gerando novas células haploides, as espermátides, com cerca de metade do tamanho dos espermatócitos II, aonde dois espermatócitos secundários originam quatro espermátides. 
 A transformação das espermátides em espermatozoides recebe o nome de espermiogênese. Nessa fase, ocorre a condensação do núcleo e contração da célula ao redor do mesmo, descarte de grande parte do citoplasma e formação do acrossoma (vesícula formada pelo complexo de Golgi) e do flagelo (este a partir do centríolo). No início do flagelo dos espermatozoides podemos encontrar mitocôndrias que têm a função de fornecer energia, sendo que na cabeça do espermatozoide podemos encontrar o acrossoma, originário do complexo de Golgi, que contém enzimas com a função de facilitar a penetração do gameta no óvulo.  O núcleo do espermatozoide é o local onde os cromossomos paternos ficam armazenados.
 Após formados, os espermatozoides migram dos túbulos seminíferos para o epidídimo por transporte passivo, e lá se armazenam e amadurecem. Na maturação, eles ganham motilidade e o epidídimo secreta líquidos que contêm hormônios, nutrientes e enzimas necessários para os mesmos.
 As células de Sertoli também são fundamentais no processo de espermatogênese, pois, entre outras funções, nutrem e sustentam as células germinativas e produzem o fluido testicular, responsável pelo transporte dos espermatozoides. Posteriormente, os espermatozoides são transportados para os canais deferentes, misturando-se com as secreções das vesículas seminais e da próstata e formando o esperma, que é libertado no decurso de uma ejaculação.
 Os espermatozoides maduros são pequenos em relação aos óvulos, tem boa motilidade e são constituídos por 22 autossomos e 1 cromossomo sexual (X ou Y). Divide-se em três partes: Cabeça, colo e cauda. 
 A cabeça contém o núcleo e possui a maior parte do volume. Os dois terços anteriores da cabeça são o acrossoma, organela que possui forma de capuz e contém várias enzimas que facilitam a penetração do espermatozoide na zona pelúcida durante a fecundação. O colo é a junção da cabeça com a cauda e contém os centríolos. 
 A cauda também se subdivide em três partes: peça intermediária, peça principal e peça terminal. A peça intermediária funciona como um aparelho citoplasmático/mitocondrial, fornecendo o trifosfato de adenosina (ATP) necessário para os batimentos da cauda. A peça principal é uma extensão da membrana plasmática e a peça terminal é responsável pela motilidade, dando o movimento serpentiforme aos espermatozoides.
Nos mamíferos, geralmente os testículos ficam fora da cavidade abdominal, em uma bolsa de pele chamada bolsa escrotal. Dessa forma, a temperatura dos testículos permanece aproximadamente 1° C inferior à temperatura corporal, o que é ideal para a espermatogênese.