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Alienação parental
Na última sexta-feira, dia 25 de abril, foi comemorado o Dia Internacional contra a Alienação Parental que consiste na ação da mãe ou do pai de uma criança, que a instiga para romper os laços afetivos com o outro genitor criando fortes sentimentos de ansiedade e temor no menor.
Tais atitudes, geralmente nascem da não assimilação do divórcio por parte de algum dos cônjuges, e desta forma desenvolve um processo de desmoralização e descrédito do ex-cônjuge utlizando os filhos como instrumento de agressividade direcionada ao parceiro.
O genitor alienante tende a não comunicar ao outro fatos importantes relacionados à vida dos filhos, tentando afastá-lo da convivência do menor (escola, médico, comemorações, etc). Toma decisões importantes que interferem drasticamente na vida da criança, sem a prévia consulta ao ex cônjuge ou tenta reiteradamente desmoralizar o ex cônjuge, obrigando o menor a tomar um partido e escolher entre o seu pai ou a sua mãe. O alienante interfere constantemente nas visitas, controlando excessivamente os horários, organizando diversas atividades para os mesmos dias e tornando a convivência com o outro genitor engessada e obrigada.
Dessa forma, a criança alienada passa a apresentar um sentimento constante de raiva e ódio contra o genitor alienado e a sua família, se recusa a dar atenção, visitar ou se comunicar com o outro genitor e guarda sentimentos e crenças negativas sobre o outro, que são inconsequentes, exageradas ou inverossímeis com a realidade.
O que o alienante não percebe, é que ao praticar tais ações o seu filho tende a apresentar mais distúrbios psicológicos como depressão, ansiedade e pânico. Tem tendência a ter auto estima mais baixa e com isso fazer o uso de drogas e álcool e até maior índice de suicídio.
A síndrome da alienação parental foi o termo proposto pelo psiquiatra estadunidense Richard Gardner em 1985, e foi finalmente reconhecida pelo tribunais em 2010 com a edição da Lei 12.318 que implantou medidas como o acompanhamento psicológico, a aplicação de multa e até a perda da convivência familiar de crianças, a pais que estiverem alienando os seus filhos.
Estima-se que 80% dos filhos de pais divorciados já sofreram algum tipo de alienação, muitas vezes os familiares ou até mesmo o genitor alienado não consegue perceber o que está acontecendo e acaba desistindo de manter algum tipo de relacionamento com o menor.
Com a popularização do tema, cada vez mais o pais divorciados estão alertas sobre qualquer mudança de comportamento nas crianças e que pareça ser a alienação parental. Nestes casos, quando o assunto não consegue ser resolvido de forma amigável e a discussão vai para o judiciário, é necessário que este se cerque de psicólogos e assistentes sociais para um estudo aprofundado. Nós, os operadores do Direito, advogados ou juízes, devemos priorizar o bem estar da criança e ir em busca da verdade, para tanto, não somos aptos a dar laudos psicologicos e devemos trabalhar em conjunto com estes outros profissionais para que o problema da alienação seja reconhecido e sanado.
A criança deve encontrar na família a sua segurança e o meio para que cresça saudável tanto fisicamente quanto psicologicamente e não devemos aceitar que aqueles que deveriam proteger, agridam o menor. Marido e mulher tem todo o direito de se separar e seguir as suas vidas, filho, este é para sempre e a responsabilidade jamais acaba.

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