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Resumo Cidade Espetáculo

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DOM BOSCO 
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO 
ARQUITETURA, URBANISMO E RELAÇÕES ÉTICO-RACIAIS 
 
 
Acadêmica: Luciana Tavares - 146472 
Atividade para Compensação de Ausência: Resumo do texto A Cidade Espetáculo: Efeito 
da Globalização - TEOBALDA, Izabela Naves Coelho 
 
A CIDADE ESPETÁCULO: EFEITO DA GLOBALIZAÇÃO 
 
Nos dias atuais, os processos e projetos de urbanização das grandes 
cidades, seguem umas estéticas pós-moderna, produzindo elementos como a 
fragmentação, a efemeridade, o ecletismo, e outras características que ao 
contrário à uniformização, pregam à diferença. 
Uma característica marcante em um período onde os negócios, a imagem 
e outros itens são parte do cotidiano, a ótica dos cenários voltam a ser as cidades 
e espaços de renovação. Uma vez renovadas, provocam profundas mudanças 
na configuração espacial, remodelando e reorganizando o pensamento 
urbanístico crítico. Tal processo denominado como, Gentrificação. 
Gentrificação resume-se em um processo onde, vizinhanças de classe 
social baixa, que residem nos centros das cidades são renovadas, através de 
um aporte de capital privados como também de pessoas que possuem o desejo 
de residir no local. 
O novo urbanismo, ou novo Globalismo, por Neil Smith, caminha com a 
ideia de que a medida que os efeitos da globalização se alastram pelo mundo, 
as cidades cada vez mais assemelham-se umas com as outras e os aspectos 
regionais de cada uma delas destilam-se em costumes genéricos e de fácil 
inserção, que podem ser aplicados à qualquer cultura com facilidade e pouca 
resistência. 
Os novos espaços urbanos, ditos roteiros globais, estão a medida que o 
tempo passa, sendo cada vez mais comuns. Estes espaços, trazem a ideia para 
a população de que a vida local idealizada e desejadas pelos cidadãos locais 
será novamente implementada uma vez que os espaços públicos serão 
melhorados. 
Entretanto, segundo Lima (2004) essa nova arquitetura, ao contrário do 
que propõem, exclui a primitiva população dos espaços regidos pelo poder 
político e que possuam interesses corporativos, tornando-se então, espaços 
semi públicos, já que é preciso pagar pelos serviços que usufruem. 
A arquitetura cenográfica, principal causa da valorização do solo, além de 
causar a exclusão, não melhora necessariamente a qualidade de vida real de 
um bairro ou região. Esta tem como única função, atrair o olhar e o lucro sobre 
a cidade. O resultado disso são paisagens urbanas repetitivas que não carregam 
características regionais mas sim uma uniformidade e padronização para que 
possam ser utilizadas em localidades diferentes. Vale citar por exemplo, o centro 
histórico do Porto, que possuem semelhanças com a intervenção realizada no 
Pelourinho em Salvador. 
Todas estas intervenções, carregam as características do processo de 
gentrificação. Capital público-privado aportado, novas seletividades e 
afastamento sociais são instalados. Exclusão dos aspectos culturais locais e 
posterior globalização industrial, mercantil e eletrônica dessas culturas. 
Arantes (2000) trabalhou o conceito de "Culturalismo de mercado" onde o 
processo de gentrificação, trabalha para convergir a cultura e o capital. 
Veiculadas pelas pela mídia, o valor simbólico atribuído pelos espaços urbanos, 
torna-se cada vez maior e desta forma é intencionalmente e pertencente ao 
planejamento estratégico, criada a especulação imobiliária. 
Um dos aspectos mais utilizados como forma de reativação da economia 
local de uma região é a revalorização do patrimônio histórico. Recuperação de 
infraestrutura urbana, investimento de parcerias com economia mista (público-
privado) com o objetivo de valorizar as áreas. Este tipo de intervenção além de 
descaracterizar parcialmente os centros históricos, em certos casos, apenas 
maquiam a estrutura. 
Em alguns casos, esses patrimônios, abandonados pelas classes mais 
abastadas, para evitarem a degradação dos espaços, assumem a posição de 
recepcionar espaços de serviços públicos, instituições filantrópicas ou até 
mesmo estruturas governamentais. 
O discurso do planejamento estratégico, nem sempre tão coerente, trás a 
tona a questão da revitalização de sua área centro, buscando novas formas de 
ocupações do espaço e prestação de serviço. Preservar e revitalizar é de suma 
importância para a sociedade moderna, mas cabe a discussão sobre a 
metodologia de execução. Infelizmente obras arquitetônicas de valor histórico e 
estético não fazem parte das políticas preservacionistas que possuem como 
base interesses imobiliários e estratégicos para a promoção das cidades. 
Harvey (1992) e Arantes (2002) sugerem que os projetos de urbanização 
das cidades seguem uma lógica ditada pelo mercado, onde as cidades 
concorrem entre si. Esses fatores contribuem para que a globalização ultrapasse 
a esfera econômica e influência de forma direta a produção do espaço 
influenciando novas políticas urbanas.

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