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Acesso à justiça Mauro Cappelletti e Bryant Garth Obstáculos Custas judiciais; Em geral: resolução formal de litígios, em especial nos tribunais é muito dispendiosa (Valor médio no Brasil R$ 1848,00 a R$6.839,00) Pequenas causas: prejudicadas pela barreira de custos Tempo: espera de longos anos (ex. precatórios) Obstáculos Possibilidade das partes: algumas espécies de litigantes gozam de uma gama de vantagens estratégicas Recursos financeiros – pagar para litigar, e obter provas em prazo razoável Aptidão para reconhecer um Direito e propor Ação ou sua Defesa (além de recursos financeiros, educação, meio, status, etc). Ex. processo contra uma fábrica poluente, uma propaganda enganosa. Litigantes habituais e eventuais (Estado/ Empresa x cidadão) – vantagens aos habituais de economia de escala, diluir riscos, Problemas especiais dos interesses difusos; Obstáculos Padrão: pequenas causas e autores individuais, especialmente pobres Citação p. 11 SOLUÇÕES PRÁTICAS PRIMEIRA ONDA: Assistência judiciária gratuita; SEGUNDA ONDA: Representação dos interesses difusos; TERCEIRA ONDA Concepção mais ampla do acesso à justiça Terceira Onda Inclui a advocacia judicial e extrajudicial, por meio de advogados públicos ou particulares, mais vai além; Objetivo: fazer efetivos os direitos de indivíduos e grupos Correlacionar e adaptar o processo civil ao tipo de litígio Terceira Onda Reforma dos procedimentos Judiciais: importante perceber que muito conflitos básicos necessariamente continuarão a ser submetidos aos tribunais regulares; Métodos Alternativos: Juízo Arbitral, Conciliação (fora dos tribunais) Limitações e Riscos Entender que reformas judiciais e processuais não são substitutos para REFORMAS POLÍTICAS E SOCIAIS. (Frase Min. Fachin) Especializações para todo tipo de demanda não é viável, visão demasiadamente estreita; Abandonar garantias fundamentais do processo civil, como juiz imparcial e contraditório; Pressão do judiciário em reduzir sua carga e encontrar procedimentos mais baratos, não pode comprometer um procedimento justo Acesso à justiça Inserido no rol dos direitos fundamentais; Não se configura apenas no direito subjetivo a propositura de ação; mera possibilidade de estar em juízo; Cultura da sentença, solução pontual e autoritária do conflito, noção artificial de pacificação; Portas abrem-se para a cultura do consenso, baseado na legitimidade do resultado, construído pela autonomia e responsabilidade das partes. Acesso à justiça Não é sinônimo de Poder Judiciário. É direito fundamental em sentido amplo. Necessário que se tenha uma ordem jurídica justa, célere e efetiva. Acesso à justiça Duas finalidades: Sistema pelo qual os indivíduos podem reivindicar seus direitos Sistema pelo qual os indivíduos podem sanar suas lides Acesso à justiça O sistema deverá vestir o manto da igualdade, impedindo que ocorra qualquer distinção entre as pessoas em conflito Resultados devem ser individuais e socialmente justo Justiça Respeito uma série de outros direitos inerentes a cada ser humano: acesso à informação, à saúde, à segurança, Assim, não cabe falar em justiça, apenas com acesso ao sistema judiciário. Assim, acesso à justiça não é sinônimo de possibilidade de propor uma demanda judicial. Deve possibilitar a participação do jurisdicionado, uma análise adequada a cada caso concreto, igualdade formal entre os litigantes. Acesso à justiça Também significa romper barreiras e introduzir mecanismos de facilitação, como fornecimento de meios (materiais, financeiros, etc.), redução de custos, encurtamento de distâncias, duração razoável do processo, otimização do sistema recursal, efetiva participação processual, etc.
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