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Políticas Públicas de Turismo para idosos

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO 
ESCOLA DE ARTES, CIÊNCIAS E HUMANIDADES 
 
 
AMANDA MARIA 
BEATRIZ PERES DE OLIVEIRA 
CARLA ALESSADRA TEIXEIRA 
GABRIELA MARIA 
FENDER ESPERIDIÃO 
FERNANDA LOPES SORTANJI 
JADY CAPORALI 
JAQUELINE IZIDORO 
LUCAS SOARES BRITO MARQUES 
RAQUEL DE LIMA SILVA 
 
 
 
POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO NA VELHICE 
 
 
 
SÃO PAULO 
2015 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 3 
1. O QUE SÃO POLÍTICAS PÚBLICAS? .................................................................... 6 
2. AS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO .............................................................. 8 
2.1 POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO NO BRASIL ................................................. 11 
3. POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO NA VELHICE ........................................... 13 
4. O PROGRAMA VIAJA MAIS MELHOR IDADE ..................................................... 16 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 21 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A população da terceira idade é grandemente composta por pessoas 
desfavorecidas economicamente e, por conseguinte, possuem pouca ou nenhuma 
opção de lazer e ou entretenimento. (MORI, SILVA; 2010). 
Numa sociedade que se regula a partir do mercado, “...impõe um padrão de 
sociabilidade individualista, privatista, competitiva,” (MORI, SILVA; 2010) os valores 
da cidadania acaba restringindo-se a pequenos espaços. Segundo Marcellino 
(2006), o lazer deve ser entendido não apenas como distração, mas como elemento 
de desenvolvimento social e individual, capaz de proporcionar consciência crítica e 
cidadãos ativos. Para tanto, é necessário investimento e interesse do poder público 
nos diferentes grupos sociais. 
Segundo Dumazedier (1994), o lazer desempenha um papel importante 
oportunizando a possibilidade de fazer com que o indivíduo se desligue 
temporariamente de suas obrigações. Essa visão rechaça as visões funcionalistas 
do lazer, compensatória, romântica, moralista e utilitarista (MARCELLINO, 2006), 
muito frequentes no senso comum quando se fala sobre o tempo de lazer. 
No que pudemos entender o tempo livre do idoso muitas vezes se configura 
como de menor importância, pois numa sociedade na qual o trabalho desempenha 
função central e definidora, existe uma supervalorização do trabalho em detrimento 
da desvalorização do lazer. 
Pôde-se perceber também que o lazer do idoso, muitas vezes, acaba 
ficando restrito ao ambiente doméstico, ou devido às dificuldades econômicas ou 
mesmo de dependência de outros para as atividades essenciais, como locomover-se 
pela cidade, por exemplo. Esse fato acaba gerando nesses idosos certo isolamento. 
A vida social acaba se restringindo ao contexto familiar. (DUMAZEDIER, 2008; 
TRIGO, 1995). Nesse sentido, o turismo e demais atividades ligadas a ele aparecem 
como alternativa de lazer e entretenimento bastante significativa, pois pode fazer 
com que os possíveis preconceitos em relação à idade, por exemplo, se 
desmanchem. O lazer surge, então, como possibilidade de colaborar para a 
transformação social e pessoal, proporcionando situações significativas de interação 
entre os indivíduos. Nesse contexto é possível relembrar alguns 
interesses/conteúdos do lazer, expostos inicialmente por Dumazedier (2001) e 
ampliados posteriormente por Marcellino (1998) e Camargo (1993). 
Na realidade, podemos ir um pouco mais longe para ilustrar essa dinâmica 
quando nos lembramos da frase citada por Rodrigues Brandão (1988), durante uma 
ilustração de um diálogo sobre cultura popular, parece dizer muito sobre os 
personagens que vivenciam as tradições populares: “As pessoas parecem que estão 
se divertindo, mas elas fazem isso para não esquecer quem são.” É a identidade de 
cada indivíduo que se preserva no convívio social. 
Trigo (2003) em seu livro Entretenimento, já explicitava o modelo que seria 
valorizado pós-Segunda Guerra Mundial seria a “mulher jovem, bela e elegante” 
(p.126). Nesse contexto, quando os indivíduos começam a fazer parte de uma 
determinada faixa etária que não se enquadra mais nesse parâmetro, a sua 
exclusão do meio social como elemento „atraente‟. É o próprio Trigo que cita a 
relevância da festa como um momento no qual os indivíduos conseguem abstrair-se 
de suas condições sociais: 
A festa, um espetáculo à parte, ocorre em um espaço e tempo 
especiais. O entretenimento tenta – e muitas vezes consegue – fazer essa 
magia de abstrair as pessoas de seu lugar comum social e temporal e 
inseri-las na esfera festiva. As festas populares que acontecem nas ruas, 
clubes, bares e casas dos bairros e praças da cidade é a origem de muitas 
atividades organizadas em tempos ou espaços diferentes, desejosos de 
celebrar um tema referente a um passado ou a outro lugar. (p.127) 
 
Além desses dados, uma pesquisa realizada por Yassuda e Silva com 
idosos na zona leste de São Paulo que se inscreveram em programas sociais e de 
lazer concluiu que “possuir um estilo de vida saudável e participar de atividades 
sociais e lúdicas aumentam as oportunidades de atingir níveis mais elevados de 
desempenho cognitivo durante a velhice”. O estudo também afirma que essas 
atividades contribuem “para o status cognitivo e para a satisfação com a vida dos 
participantes” (YASSUDA, SILVA, 2010). 
Podemos afirmar que se tem aumentado os estudos acerca da terceira 
idade. Uma breve pesquisa em sites acadêmicos ou em revistas científicas 
comprova essa afirmação ou mesmo a abertura das Universidades Abertas à 
Terceira Idade – UnATIs – comprovam o aumento de pesquisas nessa área. 
Considerando as quatro fases presentes na vida das pessoas, conclui-se 
que os períodos nos quais se tem maior tempo livre são na juventude e na velhice, 
uma porque ainda não se inseriu no mercado de trabalho e outra que já não trabalha 
mais. Porém essas duas fases não são possuem a mesma „visibilidade‟, visto que 
para a primeira fase atrai muito mais políticas de lazer do que a segunda 
(Dumazedier, 2008). 
Entretanto, para os indivíduos pertencentes à terceira idade, o lazer 
entendido como um fenômeno social é bastante relevante, pois, em muitos casos 
coincide com a aposentadoria, e muitas vezes representa o maior numero de 
atividades desenvolvidas por eles. Dessa maneira o lazer pode ser interpretado 
como: 
...um conjunto de ocupações as quais o indivíduo pode entregar-
se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e 
entreter-se ou, ainda para desenvolver sua informação ou formação 
desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre capacidade 
criadora após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, 
familiares e sociais. (DUMAZEDIER, 2001, p. 132) 
 
Muitos que idosos ainda continuam trabalhando após a aposentadoria, ou 
por questões financeiras ou por questões éticas, mesmo assim o tempo de lazer 
dessa parcela da população é maior em relação às outras fases da vida e muitas 
vezes esse tempo ocupa um período maior do dia do que as obrigações domésticas 
e familiares (Dumazedier, 2008). 
Ainda baseando-se em Dumazedier, através de algumas pesquisas nos EUA 
e na França, foi possível elencar as principais atividades de lazer desenvolvidas 
pelos idosos. A categoria sociocultural demonstrou-se muitas vezes muito mais 
determinantes do que a própria idade do indivíduopara a realização dessas 
atividades. O encolhimento da vida social dos cidadãos levou a certa diminuição de 
atividades artísticas, como ir ao cinema ou ao teatro; curiosamente os lazeres 
sociais sofrem uma queda até os 60 anos para aumentarem ligeiramente no período 
de aposentadoria, mas nem todos praticam essa atividade. 
O próprio Estatuto do Idoso prioriza essa camada da população, onde o 
Poder Público deveria criar as condições para que essa parte da população tenha 
acesso à uma série de direitos, dentre eles o Direito ao Lazer. O mesmo poder que 
muitas vezes dificulta e impede que os idosos possam desfrutar de seu tempo livre 
de maneira digna e apropriada. 
Percebe-se que existem muitas “barreiras” para que esses idosos pulem 
antes de concretizar uma vida digna, onde independente de suas condições 
(financeiras ou físicas), da falta de serviço oferecido pelo próprio Estado ou mesmo 
do preconceito social ou arraigado nesta faixa etária da população, eles deveriam ter 
acesso ao Lazer e que esse possa ter um significado, algo que venha agregar 
valores e conhecimentos, independente da idade. 
1. O QUE SÃO POLÍTICAS PÚBLICAS? 
Para que a população tenha suas necessidades atendidas em relação aos 
bens sociais, entre eles o lazer e turismo, é fundamental a implantação de Políticas 
Públicas através dos poderes governamentais nas esferas federal, estadual e 
municipal, com participação da sociedade desde a elaboração até a realização das 
mesmas, pensando-se, sobretudo nas pessoas de classe social mais baixa, 
impossibilitadas de pagar por opções privadas de acesso a esses bens1. 
Para se falar em políticas públicas, Rua (1998) sugere antes uma definição 
do termo Política, que, segundo o autor, pode ser caracterizada por uma série de 
procedimentos, formais e informais, que exprimem relações de poder e que são 
destinados a solucionar, pacificamente, os conflitos relacionados aos bens públicos. 
Com base na literatura, foi possível perceber uma série de contribuições de 
estudiosos sobre Políticas Públicas. De forma geral, Política envolve uma 
complexidade de fenômenos relacionados a filosofia, história, ideologia, entre outros 
fatores vinculados diretamente ao termo. 
Para CASTRO & FALCÃO (2004, p.53) Política “compreende um conjunto 
de esforços empreendidos pelas pessoas que objetivam participar do poder ou 
influenciar a distribuição do poder”.De forma geral, Políticas Públicas podem ser 
consideradas como um conjunto de ações do estado, direcionadas para atender às 
necessidades da sociedade, com o intuito do bem comum. Por sua vez, o turismo é 
uma atividade socioeconômica que gera a produção de bens e serviços para o 
homem, visando à satisfação de diversas necessidades básicas e secundárias 
(SANTOS & GOMES, 2007). 
 
1
 Fonte: http://www.efdeportes.com/efd179/lazer-e-politica-publica-o-caso-in-existente.htm. Acesso em 20 de 
maio de 2015. 
DIAS (2003) afirma que Políticas Públicas constituem um “conjunto de 
ações executadas pelo Estado, enquanto sujeito, dirigidas a atender às 
necessidades de toda a sociedade”. São formadas por “linhas de ação que buscam 
satisfazer ao interesse público e têm que estar direcionadas ao bem comum”( p. 
121). 
AZEVEDO (1997, p. 02) entende a ação como aquelas que “representam a 
materialidade da intervenção do Estado ou Estado Ação”, abrangendo, dessa forma, 
todas as decisões colocadas em prática pelo governo, mesmo que essas não 
estejam de acordo aos anseios da sociedade, desconsiderando que Políticas 
Públicas podem ser providas, também, por ONGs, associações, sindicatos, igrejas, 
dentre outras instituições que não são governamentais. Tais instituições 
compreendem, assim, a estrutura que os governos têm para a aplicação dessas 
políticas e com as quais dificilmente uma instituição da sociedade poderá equiparar-
se. 
As Políticas Públicas mantêm interligações com o universo cultural e 
simbólico, com um sistema de significações que é próprio de uma realidade social. 
Os valores, normas e símbolos fornecidos pelas representações sociais estruturam 
as relações sociais participantes do sistema de dominação, fornecendo significados 
à definição social da realidade que vai orientar os processos de decisão, formulação 
e implementação das políticas. (FARIA, 2007). 
É função das Políticas Públicas articularem as ações da iniciativa privada e a 
comunidade, informar, fomentar pesquisas e, de um modo geral, atender aos 
anseios da sociedade, cuidando assim da população de determinado local (SOUZA, 
2006). 
As Políticas Públicas são instrumentos que, se bem elaborados, 
implementados, monitorados e avaliados corretamente são capazes de promover o 
desenvolvimento social e econômico, não somente das populações, mas também 
dos setores da economia ao qual se destinam. São ações que visam à melhoria do 
bem estar social e, portanto, devem ser elaboradas levando em consideração a 
participação da sociedade.2 
2. AS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO 
 
Atualmente, o turismo vem alcançando maior notoriedade com um número 
cada vez maior da prática de sua atividade, seja no Brasil ou mesmo no mundo. Os 
avanços tecnológicos e a acessibilidade agiram como facilitadores da prática, que 
além de colaborar no desenvolvimento social e cultural dos países, também trabalha 
no setor econômico, uma vez que é uma atividade grande geradora de empregos. 
O turismo é uma das atividades que mais cresce no Mundo. Por permitir 
rápido retorno do investimento, gerar empregos diretos e indiretos e por sua ligação 
com os mecanismos de arrecadação, o turismo é a atividade que mais contribui para 
o desenvolvimento de diversos países. Para obter resultados é imprescindível que 
este turismo seja feito de forma organizada e racional.3 
A importância de um planejamento turístico faz-se fundamental. Atividades 
turísticas de massa sem uma organização, podem promover problemas ambientais, 
além de descaracterização social e cultural, assim como exclusão de certas classes. 
Sendo assim, um planejamento e implantação de políticas públicas são fatores 
fundamentais no desenvolvimento de um turismo inclusivo, sustentável e rentável. 
Para Ignarra (2002, p.62), “o planejamento da atividade turística se mostra, 
portanto, como um poderoso instrumento de fomento ao desenvolvimento 
socioeconômico de uma comunidade”. 
 O turismo envolve uma multiplicidade de serviços: transporte, hospedagem, 
alimentação, agenciamento, trabalho de intérprete e tradutor, guias turísticos, 
organização de eventos, entretenimento, etc. São muitas empresas e profissionais 
envolvidos, diversas interações e etapas a serem percorridas, tornando a atividade 
 
2
 Fonte: http://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos13/36218351.pdf. Acesso em 20 de maio de 2015. 
3
 Fonte: http://www.efdeportes.com/efd65/lazer.htm. Acesso em 20 de maio de 2015. 
 
complexa e de difícil mensuração. Mais uma vez, a importância da atividade bem 
planejada deve ser prioridade4. 
Dias (2003) acrescenta que para alcançar um desenvolvimento 
acompanhado de equilíbrio e capacidade de alocação de recursos é um dos 
desafios do homem na atualidade. E o turismo como importante atividade econômica 
do século XXI é percebida como item fundamental no desenvolvimento no que diz 
respeito aos interessados na atividade turística. 
Por conta do crescimento turístico nos últimos anos, a preocupação com a 
atividade também é crescente. O Brasil tem se preocupado e desenvolvido 
estratégias que primam pela descentralização na administração do turismo, a 
condução de uma gestão integrada e compartilhada,além da utilização do 
planejamento participativo, buscando, assim, maior inserção da sociedade no que 
diz respeito à organização da atividade turística5. 
BENI (2003) acrescenta que para que haja o fortalecimento da atividade 
turística, uma política de turismo deve ser entendida como o conjunto de fatores 
condicionantes e de diretrizes básicas que expressam os caminhos para atingir os 
objetivos globais para o turismo do país, determinando as prioridades da ação 
executiva, supletiva ou assistencial do Estado. 
Deve-se fazer um levantamento das potencialidades e prioridade da 
localidade, para só então estabelecer metas e objetivos alinhados à política nacional 
de turismo, pois a política pública é de fundamental importância para a decisão do 
futuro do setor turístico no país. Dessa forma, a política pública nada mais é que o 
vetor de direcionamento do processo de planejamento, sendo um instrumento e 
resposta do poder público aos efeitos negativos do desenvolvimento (CRUZ, 2000). 
VIEIRA (2011) aponta que, cabe ao Estado primar pelo planejamento e por 
todos os outros fatores essenciais ao desenvolvimento do turismo, em cooperação 
com a iniciativa privada para alcançar um bom desenvolvimento da atividade 
turística. 
 
4
 Fonte: http://www.efdeportes.com/efd65/lazer.htm. Acesso em 20 de maio de 2015. 
 
5
 Fonte: http://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos13/36218351.pdf. Acesso em 20 de maio de 2015. 
Segundo o mesmo autor, é de responsabilidade do Estado montar 
infraestrutura básica, urbana e de acesso à população geral, assim como oferecer 
os serviços e disponibilizar os equipamentos turísticos. 
BARRETTO, BURGOS e FRENKEL (2003) corroboram com as mesmas 
ideias ao afirmarem que o Estado deve se responsabilizar pela construção de 
infraestrutura básica, infraestrutura de acesso e uma superestrutura (órgãos 
responsáveis) que fique a frente de tais segmentos. /acrescentam ainda que estes 
órgãos devem planejar e controlar investimentos do Estado que promovam o 
desenvolvimento da iniciativa privada, que deve construir equipamentos e prestar 
serviços, e com isso trazer benefícios para a comunidade. Estes benefícios podem 
vir em forma de geração de emprego, renda, divisas, qualidade de vida e outros. 
Em relação ao turismo, a principal função que as políticas públicas assumem 
é democratizar a prática desta atividade, permitindo assim que o maior número 
possível de pessoas possa viajar. Além disso, é seu papel também controlar a 
qualidade dos bens e serviços oferecidos, prover a utilização sustentável dos 
atrativos turísticos naturais e culturais, incentivar o estabelecimento de parcerias 
entre os empresários turísticos e outros comerciantes locais, ampliar as 
possibilidades de capacitação dos atores envolvidos; intervir na realização de obras 
de infraestrutura que contribuam para o turismo. Uma das principais dificuldades 
encontradas frente ao desenvolvimento de projetos em prol do lazer e do turismo é o 
imediatismo político com o qual lidamos nos dias atuais (SOUZA, 2006). 
Desta forma, a relação das políticas públicas com o turismo e a sua 
importância no desenvolvimento da atividade, é fundamental. Ressalta-se que além 
do conhecimento da importância do planejamento do turismo, os órgãos públicos do 
turismo devem trabalhar para tais desenvolvimentos em parcerias entre público, 
privado, entidades representativas e comunidade local. 
As políticas públicas de turismo ainda é um fato recente no Brasil e, neste 
sentido, suas repercussões ainda são pequenas e pouco estudadas. O próprio 
Ministério foi criado apenas em 2003, desse modo muitas mudanças ainda são 
necessárias, assim como o crescimento da atividade planejada. No Brasil, dentre 
esses desafios encontrados para o desenvolvimento do turismo, deve-se priorizar a 
melhoria dos produtos e serviços turísticos baseado na qualificação de equipe para 
elaboração e execução de bons projetos, além de investimentos financeiros em 
obras de recuperação de equipamentos turísticos e no fortalecimento de parcerias 
público-privadas a fim de garantir a acessibilidade turística. 
 
2.1 POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO NO BRASIL 
 
Segundo o Ministério do turismo, o setor turístico é de extrema importância 
para a economia brasileira devido ao fato de a atividade ser uma geradora de 
divisas, tornando-se, portanto, crucial para a sustentação do equilíbrio em conta 
corrente do Balanço de Pagamentos. Além disso, o turismo possui um potencial de 
geração de renda e empregos, tornando-o uma estratégia fundamental para o 
crescimento econômico. 
O turismo ainda é uma atividade recente em nosso país, foi somente no 
último século que se iniciaram os primeiros sinais de intervenção do Estado, com o 
Decreto-Lei Nº 406, de 1938, o qual estabelecia autorização governamental para a 
atividade de venda de passagens aéreas, marítimas e rodoviárias. No ano seguinte, 
foi criado o Decreto-Lei Nº 1.915, que instituiu a Divisão de Turismo (extinta sete 
anos depois, em 1946), e que pode ser considerada como um organismo oficial de 
turismo da administração pública federal. 
No ano de 1940 foi instituído o Decreto Lei Nº 2.440 para tratar 
exclusivamente das agências de viagens. Com a extinção da Divisão de Turismo, as 
agências de viagens foram obrigadas a terem seus registros no Departamento 
Nacional de Imigração e Colonização, órgão responsável pelo turismo brasileiro até 
o ano de 1958, com a criação da a Comissão Brasileira de Turismo (COMBRATUR). 
Segundo Silva et al (2013), a COMBRATUR representou o primeiro esforço para a 
articulação de uma política nacional de turismo, todavia, esta foi extinta no ano de 
1962. 
No ano 1966 reformula-se a Politica Nacional de Turismo, criando o 
Conselho Nacional de Turismo e a Empresa Brasileira de Turismo (EMBRATUR). A 
EMBRATUR assumiria o papel de normatizar as empresas prestadoras de serviços 
turísticos, facilitando incentivos fiscais à construção de equipamentos e serviços, 
além de executar as diretrizes que norteiam a atividade de turismo. (VIEIRA, 2011) 
Ao longo do tempo buscou-se promover recursos financeiros para o setor de 
turismo. Surge então, em 1971 o FUNGETUR (Fundo Geral do Turismo), instituído 
pelo Decreto-Lei Nº 1.191. O FUNGETUR é responsável por investimentos privados 
e na infraestrutura. (SILVA et al, 2013) 
O marco mais recente da política de turismo foi em 1992, ano em que o 
Instituto Brasileiro de Turismo lança o PLANTUR (Plano Nacional de Turismo). 
Quando Lula assume a presidência do país, o Plano Nacional de Turismo é 
reestruturado e cria-se o Ministério do Turismo (MTUR). Em seu segundo governo, 
Plano Nacional de Turismo proposto no início do governo do presidente foi 
substituído por um novo Plano Nacional de Turismo – PNT 2007-2010 – uma 
Viagem de Inclusão, mantendo as mesmas bases para uma gestão política 
participativa e descentralizada. 
É importante destacarmos também o Plano Aquarela, criado em 2003 e 
extinto em 2006, como mais um método de política de turismo, chamado também de 
Plano de Marketing Internacional do Brasil. 
As politicas públicas de turismo precisam levar em consideração a 
população da localidade a qual ela será aplicada. Carvalho (2009) afirma que de 
acordo com a realidade brasileira, devem considerar sendo pressupostos básicos: 
I- Promover a divulgação de ações que visem o desenvolvimento 
sustentável; 
II- Fortalecer a participação em feiras, congresso, e eventos nacionais e 
internacionais a fim de inserir o destino no contexto atual; 
III- Exportar nossas manifestações culturais e nossas referências que 
revelam nossas identidades; 
IV- Promovero destino, através do marketing, de modo inteligente e criativo; 
V- Criar mecanismos e órgãos responsáveis pela execução das estratégias 
e políticas definidas. 
Portanto, podemos notar conforme Galdino e Costa (2011) que: 
...torna-se perceptível a essencialidade do Poder Público no turismo, 
especialmente no Brasil. Dessa forma, esclarece-se que suas ações são relevantes e 
que sua aplicação, de maneira coerente, pode proporcionar crescimento e 
desenvolvimento de forma expressiva e significativa à atividade turística e a toda a 
sociedade. Justamente por isso, cabe ao Poder Público posicionar-se de maneira 
coerente quanto a suas ações e realmente assumir o papel de liderança no alcance 
de seus objetivos, na conquista de suas metas, permitindo que os demais agentes 
envolvidos no processo também nele se integrem, assumindo seu papel, suas 
responsabilidades, como a iniciativa privada, os profissionais e, principalmente, a 
comunidade local. 
3. POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO NA VELHICE 
 
Segundo MATOS et al (s/d) o turismo na terceira idade aquele realizado a 
partir dos sessenta anos de idade. De acordo com a bibliografia especializada, é 
nessa faixa etária que as pessoas mais viajam, pois já criaram seus filhos, já se 
aposentaram e possuem uma estabilidade financeira e, ainda, por desejarem 
aproveitar o seu tempo livre. 
Embora os idosos possam sentir problemas e barreiras para a prática do 
turismo como a falta de saúde, solidão, violência urbana e baixos rendimentos por 
conta de aposentadoria baixa, ainda assim,a atividade é crescente. 
Pesquisas realizadas pela ABAV – Associação Brasileira das Agências de 
Viagens aponta que o turismo da terceira idade é o responsável por 20% da receita 
gerada por esse tipo de turismo brasileiro, pela disponibilidade que têm em viajarem 
nos períodos considerados de baixa temporada com desconto de até 30% 
(PADOVANI, 2009). 
O turismo da terceira idade vem sendo cada vez mais procurado por este 
publico que busca, neste segmento, um sentido melhor para esta fase da vida. Além 
disso, pode-se considerar um meio importante para o incentivo à qualidade de vida 
pelo fato de estimular e promover o convívio social, visto possibilitar, além da 
aquisição de novas culturas, o entrosamento e amizade com outras pessoas, o que 
proporciona reflexos positivos nos aspectos da saúde física e emocional/psicológica 
dessas pessoas, contribuindo com a manutenção e/ou resgate da auto-estima 
(MATOS et al, s/d). 
O turismo na velhice vem contribuindo cada vez mais para o mercado de 
turismo, principalmente como ocupação nos equipamentos turísticos na baixa 
temporada, fortalecendo a rede hoteleira nessa época e turística em geral, nesse 
período. 
De acordo com FROMER & VIEIRA (2003, p.81), “(...) o turismo, seja 
enquanto atividade inserida na economia de mercado seja como fenômeno 
sociocultural, não deixará de ser ofertada pelos reflexos dessa nova composição 
etária.” Ou seja, o significativo aumento dos idosos na sociedade é um dado 
importante, que influenciará nas políticas públicas do setor e na comercialização dos 
produtos. Sendo assim, é fundamental que essa interpretação seja escolhida pelos 
gestores turísticos, tanto quanto pelo público privado, assim como, que não seja 
ignorado pelos pesquisadores e profissionais da área. 
Infelizmente, a atividade turística por vezes gera um olhar de atividade 
apenas econômica; ignorando-se sua função sociocultural. O turismo não pode ser 
visto apenas na sua visão funcionalista, como fuga da realidade e problemas. O 
turismo trabalha em prol do desenvolvimento sociocultural e gera novos valores, 
favorecendo a integração dos povos e valorização das culturas. Para isso, é 
fundamental a criação de políticas públicas em prol da democratização destas 
atividades. 
Proporcionar ao público de terceira idade uma vivência efetiva do lazer, e da 
prática turística como uma das muitas possibilidades do lazer, são responsabilidades 
públicas que atualmente ainda não possuem a devida notoriedade frente às 
autoridades (SOUZA, 2006). 
Apesar da Constituição Federal do Brasil conceder o lazer no Brasil como 
direito social e nos artigos 6º e 217 parágrafos 3º “O Poder Público incentivará o 
lazer como forma de promoção social”, o que se percebe na atualidade é um grande 
descaso e falta de iniciativa desta esfera no que tange as políticas de lazer e turismo 
seja para as crianças, jovens, adultos mas, principalmente, para a terceira idade. O 
lazer é ainda um direito social, presente na Declaração Universal dos Direitos 
Humanos e também no estatuto do idoso. Daí a importância destas políticas “para 
resgatar a dignidade do idoso, reduzir os problemas de solidão, quebrar os 
preconceitos e estereótipos que os indivíduos tendem a internalizar” (SOUZA, 2006). 
Segundo a mesma autora, o lazer e o turismo revelam-se então como 
importantes agentes para os idosos ao possibilitar que estes obtenham uma maior 
convivência social e até mesmo ao reabilitar aqueles que já passaram por um 
período difícil de isolamento e/ou problemas psicológicos. O turismo em especial, é 
uma excelente forma de socialização e de formação de vínculos pessoais, dois 
fatores de grande importância nessa fase da vida. As atividades de lazer e o turismo 
proporcionam a reinserção do idoso, melhoraram seu desenvolvimento intelectual, 
fortalecem suas habilidades físicas e mantém sua independência. Elas podem ainda 
lhes proporcionar a redescoberta da motivação e novas propostas de vida, 
aumentando assim sua satisfação em viver. 
As políticas públicas referentes ao lazer e ao turismo para a terceira idade 
são essenciais para que se tenham melhorias nas condições de vida durante a 
velhice. Elas se constituem em uma questão de justiça, civismo e direito dos idosos, 
como mostra o artigo 9º ( É obrigação do estado, garantir à pessoa idosa a proteção 
à vida e á saúde, mediante efetivação de políticas sociais públicas que permitam um 
envelhecimento saudável e em condições de dignidade) do Estatuto do Idoso. Para 
que novas políticas sejam criadas torna-se necessário que a sociedade como um 
todo participe desse propósito cobrando dos órgãos públicos o devido 
comprometimento com os idosos e também uma maior continuidade nos projetos 
desenvolvidos, visto que o número de vida do brasileiro hoje é de 68,6 anos. 6 
Embora muito tenha se falado sobre as Políticas Públicas na velhice, ainda é 
escasso os programas diretamente ligados a este nicho populacional que tanto 
 
6 Fonte: www.metodista.br/cidadania/numero42/políticaspúblicas-para-idososdevem-ser-ampliadas/ 
Acesso em 20 de maios de 2015. 
 
interessa ao mercado. Um dos mais conhecidos e válidos programas é o "Viaja Mais 
Terceira Idade". 
É possível perceber que esse novo segmento populacional, participante 
ativo de atividades turísticas, estão crescendo e tornando-se fundamental dentro do 
contexto de Políticas Públicas para que o planejamento turístico, seja cada vez mais 
pensado dentro deste âmbito. Embora novas pesquisas e programas sejam 
desenvolvidos, ainda são necessárias muitas pesquisas e uma preocupação cada 
vez maior com esta população. 
 
4. O PROGRAMA VIAJA MAIS MELHOR IDADE 
 
O Programa Viaja Mais Melhor Idade faz parte do Programa Viaja Mais, que 
foi criado para incentivar os brasileiros a viajarem dentro do país, sendo assim, uma 
ferramenta para fortalecer o turismo interno. Em 2007, foi lançada a primeira etapa 
do programa, durou quatro anos e foi bem sucedida, promovendo o aumento das 
taxas de ocupação dos prestadores de serviços turísticos. Foram 599 mil pacotes 
vendidos,gerando R$ 531 milhões em vendas. 
A segunda etapa do programa, lançada em setembro de 2013, faz parte do 
Plano Nacional de Turismo 2013 – 2016 e é composto por três projetos: Viaja Mais 
Melhor Idade; Viaja Mais Jovem (em fase de estruturação); Viaja Mais Trabalhador 
(em estruturação). Na segunda edição, o programa foi reestruturado e sua proposta 
se tornou mais flexível e abrangente (não há mais restrição de períodos ou 
destinos), com mais descontos, vantagens, maior margem de crédito e maior 
facilidade de acesso. 
O Viaja Mais Melhor idade tem como objetivo proporcionar a idosos, 
pensionistas e aposentados a oportunidade de viajar pelo Brasil, através da adoção 
de programas de descontos, e facilitação de hospedagem e descolamento. O 
programa é uma iniciativa do Ministério do Turismo que pretende minimizar a 
sazonalidade, já que este público tem a possibilidade de viajar em períodos de baixa 
ocupação/baixa temporada, e fortalecer o hábito e a cultura de viagens. 
Com duplo objetivo, inclusão social por meio do turismo e acesso do público 
idoso às viagens de lazer, o programa foi elaborado para minimizar ou resolver 
alguns problemas enfrentados no turismo interno. 
Segundo pesquisas feitas pelo Programa, os idosos desejam os seguintes 
incentivos para viajar: descontos em passagens; descontos na hospedagem; e 
pacotes bem organizados, que cumpram horários e esclareçam mudanças. 
A implantação da segunda etapa do programa é feita em módulos, divididos 
da seguinte forma: 
 
Módulo Empreendimento 
1º 
módulo 
Operadoras de Turismo 
Agências de Turismo 
2° 
módulo 
Meios de Hospedagem 
Clubes de Férias 
Cruzeiros Marítimos 
3° 
módulo 
Locadoras de Veículos 
Parques de Diversões 
Parques Aquáticos 
Parques Temáticos 
Parques Naturais 
Museus e Prédios Históricos 
4º 
módulo 
Companhias Aéreas 
Transportadoras Turísticas 
5º 
módulo 
Restaurantes, Cafés, Bares e 
Similares 
Jardim Botânico e Zoológico 
Outras Atividades 
 
Atualmente, apenas o primeiro módulo está sendo implantado, desde 
setembro de 2013. Não há previsão para a implantação dos outros módulos. 
A segunda edição do Viaja Mais Melhor Idade, além dos parceiros anteriores 
(BRAZTOA e ABAV), conta com três novos parceiros: INSS, Banco do Brasil e 
Banco Caixa Econômica Federal. A participação do Programa é feita através do 
portal www.viajamais.gov.br, o turista verifica as regras do programa e as ofertas 
disponíveis, o portal não faz intermédio entre nenhuma compra, financiamento ou 
pedido de crédito. O cliente fica livre para negociar com o vendedor. A única 
exigência para a participação do programa é ter 60 anos ou mais, ser pensionista ou 
aposentado, as formas de comprovação serão estabelecidas pelo ofertante. 
 A principal diferença entre as duas edições do programa é que na segunda 
edição o acesso é mais facilitado e com mais descontos, além de não haver 
restrição de períodos ou destinos para as viagens. Os descontos são ofertados a 
partir de 20% e dentre as vantagens há a possibilidade de diárias extras, entradas e 
passeios gratuitos. A segunda edição também difere da primeira por ofertar além de 
pacotes, serviços avulsos: meios de hospedagem, passagens, locação de veículos, 
atrações turísticas. Nesta edição cada beneficiário tem o direito de estender seus 
descontos e vantagens para mais uma acompanhante (ou mais, dependendo da 
oferta) que não tenha seu perfil. 
Incluído no Plano Nacional de Turismo (2007-2010), o “Viaja Mais Melhor 
Idade”, programa de turismo social brasileiro, teve sua representação institucional e 
tem sua operação executados de forma compartilhada pelo Ministério do Turismo do 
Brasil (MTUR) e pela Associação Brasileira das Operadoras de Turismo 
(BRAZTOA). O público alvo do programa são os brasileiros com mais de 60 anos de 
idade, e seu foco está na oferta de pacotes turísticos, passagens aéreas e diárias 
em hotéis no mercado doméstico de turismo a preços reduzidos em períodos de 
baixa estação. Não é um programa original – outros países já adotaram programas 
semelhantes, em alguns casos, com relativo sucesso, como o programa “Vacaciones 
de Tercera Edad”, do Chile, que serviu de inspiração ao “Viaja Mais Melhor Idade”. 
Apesar disso, é um programa inovador no Brasil, que teve experiências bem 
sucedidas anteriormente e tradicionais de turismo social no âmbito privado. O maior 
programa de turismo social brasileiro, certamente, é o sustentado pelo Serviço Social 
do Comércio (SESC) e destinado a proporcionar pacotes de viagens, meios de 
hospedagem e alimentação aos trabalhadores do comércio e seus dependentes. 
Apesar de não dispormos de dados relativos ao número de viajantes domésticos no 
Brasil por faixa etária, o índice de sazonalidade verificado no turismo brasileiro 
fortalece o argumento do “Viaja Mais Melhor Idade”, cujo público-alvo, por 
normalmente estar desfrutando de aposentadoria, dispõe de condições de viajar em 
todas as épocas do ano. 
De acordo com a pesquisa intitulada “Caracterização e Dimensionamento do 
Turismo Doméstico no Brasil” (FIPE & MTUR, 2006), 57,7% das viagens domésticas 
brasileiras se realizam entre os meses de dezembro e fevereiro, e esta restrição da 
escolha do período de viagens se justifica pelo período de férias, como argumentam, 
aproximadamente, 50% dos entrevistados nesta pesquisa. Por outro lado, em 
pesquisa realizada pelo Ministério do Turismo no 6º Salão do Turismo (MTUR, 
2011), com uma amostra de visitantes daquele evento com mais de 60 anos, 46% 
dos entrevistados responderam que preferem viajar na baixa temporada, enquanto 
34,5% disseram disponíveis para viajar em qualquer época do ano. Mesmo se 
considerando que estas pesquisas trabalharam com amostras diferentes, e que a 
pesquisa realizada pela FIPE é mais de acordo quanto à realidade brasileira, por ter 
tido um plano de amostragem de dimensão nacional, o confronto entre os resultados 
apresentados entre estas duas pesquisas leva-nos à dedução de que o investimento 
no público da terceira idade é uma boa estratégia para enfrentar o problema da 
sazonalidade do turismo no Brasil, o que corresponde positivamente aos objetivos 
do programa “Viaja Mais Melhor Idade”. 
O “Viaja Mais Melhor Idade” é um programa que tem um acordo mútuo com 
o Plano Nacional de Turismo (PNT) 2007-2010, do Governo Federal que, ao tempo 
em que reconhece a função social do turismo e o papel do turismo para a integração 
social, a diminuição das desigualdades sociais e regionais, propõe-se a “fortalecer o 
turismo interno, promover o turismo como fator de desenvolvimento regional, 
assegurar o acesso de aposentados, trabalhadores e estudantes a pacotes de 
viagens em condições facilitadas” (MTUR, 2007, p.11). Tal acordo aparece na 
característica central do programa, a oferta de pacotes de turismo e opções de 
hospedagem para destinos nacionais durante o período da baixa estação, 
destinados ao público da “melhor idade”. 
Tal iniciativa, ao tempo em que enfrenta a questão da sazonalidade do 
mercado turístico nacional – ou fortalece o turismo interno, nos termos do PNT -, 
amplia o acesso ao lazer turístico para as pessoas desta faixa etária, por oferecer 
opções com preços mais atrativos em relação aos preços normalmente praticados 
pelo mercado – iniciativa de “integração social”, ainda de acordo com o PNT. 
Assim, o programa “Viaja Mais Melhor Idade” se propõe a cumprir as duas 
metas que foram associadas pelo documento do governo às políticas de turismo 
social, que sejam: garantir ao público da chamada “melhor idade” o exercício do seu 
direito humano ao lazer sob a forma do turismo e; movimentar o mercado do turismodoméstico brasileiro no período de baixa estação, gerando oferta e demanda num 
momento em que a economia do turismo tende a estar retraída, garantindo a 
sustentabilidade econômica da atividade. 
No que diz respeito à sua formulação, merece destaque positivo o fato de o 
“Viaja Mais Melhor Idade” ter sido previamente discutido no âmbito do Conselho 
Nacional de Turismo, subsidiando a sua formatação enquanto programa, e ser 
gerido por um Comitê de dois lados, formado pelo MTUR e pela BRAZTOA, um 
organismo da sociedade civil, segundo o princípio do planejamento e gestão 
participativos de políticas públicas, metodologia que é apresentada por Ignacy Sachs 
como parte da dimensão política do desenvolvimento sustentável. O formato de 
parceria público-privada é fundamental neste caso, pois apenas a adesão do setor 
privado, oferecendo produtos atrativos ao público-alvo, pode garantir a eficácia do 
programa. Da mesma forma, tal adesão não se dá de forma desinteressada, já que 
resulta em uma divulgação gratuita do empreendimento turístico – via material 
promocional do programa “Viaja Mais Melhor Idade” -, bem como, pode garantir 
movimentação na baixa estação turística, período de desaquecimento do mercado 
de turismo no mundo todo. 
Os produtos turísticos associados ao programa têm que obrigatoriamente 
cumprir critérios de acessibilidade e preservação ambiental e cultural, o que 
favorece seu perfil sustentável. Sob o ponto de vista do mercado do turismo, assim, 
além de gerar uma demanda adicional, o programa também pode cumprir um 
eficiente papel de marketing e responsabilidade social. Entretanto, não dispomos de 
dados suficientes para afirmarmos que esta dimensão do programa tenha sido 
levada em consideração no momento de estruturar a cesta de produtos oferecida 
pelo programa. A visita à página do programa “Viaja Mais Melhor Idade” na internet 
não oferece informações relacionadas a esta dimensão do programa, e os dois guias 
do “Viaja Mais Melhor Idade” disponibilizados nesta página – o guia de pacotes 
turísticos (BRAZTOA & MTUR, 2010a) e o guia de hospedagens (BRAZTOA & 
MTUR, 2010b) – igualmente não disponibilizam esta informação. 
Enquanto o guia de pacotes turísticos apresenta as informações turísticas 
básicas sobre os destinos do programa, além das operadoras de turismo que 
oferecem os respectivos pacotes e destinos emissivos, o guia de meios de 
hospedagem limita-se a informações sobre a faixa de preços das ofertas hoteleiras. 
Ou seja, apesar de ser um programa que incorpora dimensões ambientais e 
inclusivas (especificamente, o respeito à acessibilidade) aos seus objetivos e 
desenho institucional, a apresentação promocional dos produtos associados ao 
“Viaja Mais Melhor Idade” limita-se a especificar componentes básicos da oferta no 
mercado turístico (preço, serviços, atrativos etc.), tal como se fosse um guia turístico 
tradicional. 
Percebe-se, entretanto, que a disparidade regional observada no Brasil se 
reproduz no programa. A maioria das operadoras turísticas que oferecem pacotes 
dentro do programa “Viaja Mais Melhor Idade” são sediadas no Centro-Sul do país, 
de forma que também está nestas regiões a maioria dos destinos emissivos do 
programa. 
Consideradas as nove capitais de estados nordestinos, apenas Salvador, 
Recife e Fortaleza constam como destinos emissivos do programa, ou seja, 
justamente as capitais com maior PIB da região. Por outro lado, Teresina, capital do 
Piauí, um dos mais pobres estados da federação, sequer consta como destino 
receptivo do programa (BRAZTOA & MTUR, 2010a). Desta maneira, portanto, vemos 
que o “Viaja Mais Melhor Idade” ainda não atingiu o princípio afirmado pelo PNT 
2007-2010 de, através do turismo, diminuir as disparidades regionais. Pelo contrário, 
o programa afirma tais disparidades. Por outro lado, considerada a mesma capital 
Teresina, apenas dois hotéis disponibilizaram ofertas no guia de hospedagens do 
“Viaja Mais Melhor Idade” (BRAZTOA & MTUR, 2010b). Ou seja, parece haver ainda 
pouca sensibilidade de parte da iniciativa privada quanto às vantagens associadas 
ao programa. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Em nossa pesquisa tivemos extrema dificuldade em encontrar pessoas que 
já viajaram pelo programa “Viaja Mais Melhor Idade”. Acessamos as páginas 
destinadas ao programa na mídia social Facebook, em maio de 2015, e constatamos 
que estão abandonadas há anos. A página do programa destinada à cidade de São 
Paulo constitui-se em um perfil pessoal no site, com poucos amigos e um álbum com 
algumas fotos de eventos que ocorreram em 2010. Entramos em contato com o 
provável criador da página, Rafael Almeida, onde aparece em uma das fotos 
apresentando o programa para os idosos, porém ainda não tivemos retorno. A 
página do Rio de Janeiro está na mesma situação, o mural agora é utilizado para 
divulgações de agências que não são parceiras oficiais do programa. Já a página de 
comunidade no site, que se difere da de perfis pessoais, possui apenas 157 
“curtidas”, o que pode ser considerado muito pouco para um programa de alcance 
nacional, talvez refletindo um abandono do marketing do programa. A última 
publicação feita pelo administrador da página foi no dia 13 de abril de 2012, porém 
podemos achar críticas bem recentes na página através de comentários de usuários 
que provavelmente buscam informações do programa e não encontram. 
Destacamos um comentário feito por uma usuária do Facebook, em uma das fotos 
publicadas em 2012 pela página: 
 
 Não há roteiros, nem valores, nem ofertas, nem promoções. Só 
uma apresentação bonita do Ministério mas que nos leva do nada pra lugar 
nenhum. Os únicos parceiros reais são o Banco do Brasil e a Caixa 
Econômica Federal que disponibilizam cartões de crédito especiais com o 
nome do programa porém não é de graça, claro! (BUCK, Linda. São Paulo, 
2015
7
) 
 
Outra abordagem que usamos para obter mais informações foi o contato 
com oito parceiros oficiais do programa, que estão listados no site oficial, sendo 
quatro agências de turismo de São Paulo, três agências de turismo do Rio de 
Janeiro e a Braztoa. Das quatro agências de São Paulo que apareciam no site do 
programa como parceiras, conseguimos falar apenas com a Landscape Best Trips, 
localizada na Fradique Coutinho e a Crystal Viagens na rua Dr. Braulio Gomes. As 
atendentes de ambas as agências disseram não trabalhar mais com o programa. A 
Crystal Viagens não soube informar o porquê, e a Landscape Best Trips disse que 
não havia mais procura, uma vez que a mídia parou de divulgar o programa. Na 
CVC de Santo André e na MSC Cruzeiros de São Paulo, tentamos o contato 
 
7 BUCK, Linda. São Paulo, https://www.facebook.com/pages/Viaja-Mais-Melhor-
Idade/306971326013249?ref=br_rs, 2015. Acesso em 25/05/2015. 
 
telefônico, porém sem sucesso. Acreditamos que os números disponíveis no site 
estão desatualizados, pois na MSC Cruzeiros a mensagem dizia que o telefone não 
existe e na CVC a ligação não foi completada. No Rio de Janeiro existem três 
agências parceiras, a Cama e Café, Laira Tours e a Maravilhosa Tour. Realizamos 
contato telefônico com a agência Cama e Café, sem sucesso pois o telefone 
também não existe mais. Na Laira Tours não fomos atendidos em nenhuma das 
tentativas. A Maravilhosa Tour somente nos atendeu em um número de telefone 
móvel, nos informando então que não trabalham mais com o Viaja Mais Melhor 
Idade. Estabelecemos diálogo com a Braztoa e tivemos a confirmação que o 
programa não está mais ativo. O atende que nos respondeu nos informou que não 
se há mais notícias do programa desde 2013, não sabendo nos dizer os motivospara tanto. 
Por fim, vemos no programa “Viaja Mais Melhor Idade” uma iniciativa que é 
importante e inspiradora para o mercado de turismo brasileiro, tanto pela forma 
participativa do seu desenho institucional, quanto pelo seu potencial papel 
socialmente inclusivo, e sua capacidade de fomentar negócios na baixa estação 
turística. Por isso mesmo, este programa é capaz de gerar efeitos positivos tanto 
para o desenvolvimento e incentivo da atividade turística no Brasil como para a 
garantia do turismo como direito humano para o público da terceira idade. É algo 
alarmante a se considerar, portanto, que este programa inovador e tão atual esteja 
passando por um aparente abandono. 
 
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