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Farmacologia - Enf. Otacílio

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NOÇÕES EM FARMACOLOGIA
UNIDADE I
Tutor: Prof Otacílio Uguccioni
UNIDADE I
INTRODUÇÃO A FARMACOLOGIA
	Há indícios de que já na pré—história conhecia-se os efeitos benéficos e tóxicos de muitos matérias de origem vegetal ou animal.Os primeiros registros escritos da China e do Egito citam muitos tipos de remédios,incluindo alguns que ainda hoje são reconhecidos como drogas úteis.Entretanto a maioria era inútil ou até mesmo prejudicial. O primeiro registro histórico que menciona os fármacos foi o Papiro de Smith egípcio, datado de 1600 a.C. Existe também o Papiro de Ebers de 1550 a.C que relata a forma de preparo e uso cerca de 700 remédios
Apenas no início do século XIX, Francois Mangendie e Claude Bernard, estudiosos, começaram a desenvolver o que hoje chamamos de fisiologia e farmacologia a partir de estudos experimentais em animais. Eles relataram suas experiências com o curare, usado pelos indígenas da Amazônia para envenenar flechas. Seu contemporâneo Louis Pasteur, entre outras descobertas importantes, estabeleceu o conceito de doenças infecciosas transmissíveis e preparou vacinas preventivas e curativas. Com Pasteur e seus continuadores, a farmacologia ganhou medicamentos novos, capazes de produzir imunidade artificial.
A maior descoberta da farmacologia, senão da medicina, no século XX, foi a dos antibióticos, substâncias elaboradas por organismos vivos e utilizadas com o fim de destruir ou impedir o desenvolvimento de outros seres vivos de ação patogênica. Coube ao britânico Alexander Fleming, em 1928, fazer as primeiras observações que levariam à descoberta da penicilina.
Ainda hoje os cientistas trabalham na busca de novos medicamentos com eficácia comprovada e efeitos colaterais reduzidos.
CONCEITOS IMPORTANTES EM FARMACOLOGIA
Farmacologia: é o estudo das substâncias que interagem com sistemas vivos por meio de processos químicos. Essas substâncias podem ser compostos químicos administrados com o objetivo de obter-se um efeito terapêutico benéfico sobre algum processo no paciente ou, por seus efeitos tóxicos sobre processos reguladores, em parasitas que infectam o homem.
 Farmacologia: ciência que estuda a história, a fonte, as propriedades físicas químicas, os efeitos bioquímicos e fisiológicos, o mecanismo de ação, a absorção, distribuição, biotransformação, excreção e uso terapêuticos dos fármacos.
Fármaco: toda substância de estrutura química definida que, quando administrada ao organismo produzirá um efeito biológico. Por exemplo: ácido acetilsalicílico (AAS), penicilina, paracetamol, diclofenaco, etc.
Droga: qualquer produto (simples ou complexo), de natureza animal, vegetal, mineral ou sintética, dotado ou não de efeito terapêutico, que serve de matéria-prima para produção de medicamentos. 
	Droga simples: álcool, glicerina, amido, lactose, álcool, etc.
	Droga complexa: mel, própolis, óleo de fígado de bacalhau, folha da hortelã, beladona.
 Medicamento: produto farmacêutico, tecnicamente elaborado, contendo um ou mais fármacos associados a outras substâncias, com finalidade profilática, paliativa ou para fins de diagnóstico. 
Remédio: todos os meios (artifícios) utilizados com o fim de prevenir ou de curar as doenças. Exemplo: medicamentos, exceto os para fins de diagnóstico, radioterapia, terapia, etc.
Veneno: são substância medicamentosa ou não que podem se tornar tóxicas, dependendo da maneira de utilização, ou seja, a dose, a via de administração, a freqüência de administração posológica, condições do paciente, etc.
Posologia: estuda o estabelecimento das doses, a sua freqüência de administração e a duração do tratamento.
Dose: quantidade de fármaco ou de medicamento que, quando introduzido em um organismo, é capaz de produzir um efeito benéfico ou maléfico.
Efeito colateral: efeito secundário de um medicamento que pode ser prejudicial ou benéfico, porém é esperado e explicado por mecanismo de ação do próprio medicamento. Ocorre em doses usuais do medicamento.
Reação adversa ao medicamento (RAM): é qualquer resposta a um medicamento que seja prejudicial, não intencional, e que ocorra nas doses normalmente utilizadas em seres humanos para profilaxia, diagnóstico e tratamento de doenças, ou para modificação de uma função fisiológica.
Farmacovigilância: relatos realizados por médicos quanto a ocorrência de reações adversas aos medicamentos (RAM).
Interação Medicamentosa: ocorre quando um fármaco é administrado simultaneamente ao outro (s) fármaco (s) interferindo na absorção, distribuição ou eliminação de um deles.
Farmacocinética: parte da farmacologia que estuda cronologicamente os fenômenos de absorção, biotransformação, distribuição e eliminação dos fármacos.
Farmacodinâmica: parte da farmacologia que estuda os efeitos bioquímicos e fisiológicos dos fármacos e seus mecanismos de ação.
Medicamento de referência: produto inovador registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária e comercializado no país, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas, cientificamente, junto ao órgão federal competente, por ocasião do registro.
Medicamento genérico: medicamento semelhante a um produto de referência que pretende ser com este intercambiável, geralmente produzido após expiração ou renuncia da proteção patentária ou de outros direitos de exclusividade. Possui comprovada sua eficácia, segurança e qualidade. Designado pela DCB (Denominação Comum Brasileira) ou, na ausência, pela DCI (Denominação Comum Internacional).
Medicamento similar: aquele que contém o mesmo ou os mesmos princípios ativos, apresenta a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica, preventiva ou diagnóstica, do medicamento de referência registrado no órgão federal responsável, podendo diferir somente em características relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículos, devendo sempre ser identificado por nome comercial ou de marca. NÃO PASSAM PELOS TESTES DE BIODISPONIBILIDADE e BIOEQUIVALÊNCIA como o medicamento de referência e genérico.
	Forma farmacêutica: estado físico como o medicamento se apresenta.
	Veículo: agente carreador para um fármaco. Usados em diversos líquidos para administração oral e parenteral.
	Excipiente: são as substâncias que existem nos medicamentos e que completam a massa ou volume especificado. Um excipiente é uma sustância farmacologicamente inativa.
Medicamentos de controle especial: medicamentos entorpecentes ou psicotrópicos e outros relacionados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária capazes de causar dependência física ou psíquica, além de alterarem o humor e o comportamento.
	Entorpecente: Em farmacologia, designa os psicotrópicos que têm por principal função embotar ou insensibilizar. Trata-se principalmente dos opiáceos, designados também de narcóticos.Aquilo que traz torpor, sono.
 	Psicotrópico: são aquelas que atuam sobre o nosso cérebro, alterando de alguma maneira o nosso psiquismo.
Medicamentos de venda livre: são aqueles cuja dispensação não requer autorização, ou seja, receita expedida pelo profissional habilitado.
Medicamentos essenciais: medicamentos considerados básicos e indispensáveis para atender a maioria dos problemas de saúde da população.
CLASSIFICAÇÃO DE MEDICAMENTOS
Os medicamentos podem ser classificados quanto:
a) a composição: podem ser simples ou complexos.
- simples: quando apresentam apenas um fármaco, como por exemplo: comprimido ou injetável de vitamina C, pomada de dexametasona, comprimido de captopril, etc.
- complexos ou associados: quando apresentam vários fármacos, como por exemplo, injetável de estreptomicina com penicilina G, comprimido de ácido acetilsalicílico com cafeína, etc.
b) ao uso: 
 interno: o medicamento é administrado no interior do organismo por via bucal e pela cavidades naturais e acidentais. São meios de acesso para os medicamentos de uso interno: via oral, retal, vaginal, nasal, auricular e parenteral.
- externo: o medicamento éadministrado exclusivamente na superfície do corpo.
Um medicamento administrado na via retal pode ser tanto de uso externo quanto de uso interno. Por exemplo, um supositório, que atua mais profundamente, é de uso interno; já uma pomada de uso retal, facilmente acessível do exterior constitui-se medicação externa. No entanto, se a pomada é introduzida por meio de uma cânula, trata-se de uso interno.
c) à prescrição: 
- medicamento alopático: preparados de acordo com as técnicas alopáticas. Podem ser preparados em série, pelas indústrias farmacêuticas, como também de forma especializada, pela Farmácia Magistral.
O tratamento alopático busca eliminar os sintomas e manifestações da doença através do Princípio dos Contrários. Por exemplo, o uso de laxantes na prisão de ventre. Essa anulação dos sintomas normalmente não combate a origem e as causas da doença. Na maioria dos casos, há grande alívio, mas apenas durante o tratamento.
- medicamento homeopático: preparados de acordo com as técnicas homeopáticas: diluição e dinamização. Segundo a homeopatia, os princípios ativos têm sua atividade potenciada com a diluição e com a dinamização. 
O tratamento homeopático causa no organismo uma reação semelhante à doença, fazendo com que o próprio organismo reaja a ela.
- medicamento fitoterápico: medicamentos preparados a partir de plantas. Passam pelo processo de industrialização para evitar contaminações por microorganismos e substâncias estranhas, além de padronizar a quantidade e a forma certa que deve ser usada, permitindo uma maior segurança de uso. Os fitoterápicos industrializados devem ser registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para serem comercializados.
Não são medicamentos fitoterápicos: chás, medicamentos homeopáticos, partes de plantas medicinais.
d) à preparação: 
- medicamento oficinal: são preparados na própria farmácia de acordo com as normas e doses descritas na Farmacopéia. Normalmente, são preparações dotadas de boa conservação, pois o farmacêutico pode manipular e guardar até o momento do emprego.
- medicamentos magistrais: não estão descritos na Farmacopéia. São preparados pelo farmacêutico na Farmácia, segundo as indicações expressas numa receita médica. Não apresentam prazo de validade longo (geralmente até 3 meses), pois a fórmula é aviada de acordo com as necessidades do momento, sem a utilização de conservantes. A Farmácia Magistral manipula medicamentos alopáticos, homeopáticos e fitoterápicos. 
- especialidade farmacêutica: (referência e similar).
- genérico: 
- placebo: (do latim placere, significando "agradarei") é como se denomina um fármaco ou procedimento inerte, e que apresenta efeitos terapêuticos devido aos efeitos fisiológicos da crença do paciente de que está a ser tratado.
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
DEFINA FÁMACO E MEDICAMENTO.
DIFERENCIE MEDICAMENTO ALOPÁTICO DE FITOTERÁPICO.
PEGUE UMA CAIXA DE MEDICAMENTO DE REFRÊNCIA OU SIMILAR E INDIQUE QUAL O NOME DO MEDICAMENTO, O FÁRMACO, A DOSE,A FORMA FARMACÊUTICA, A CLASSIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO QUANTO A COMPOSIÇÃO, USO E PRESCRIÇÃO.
DIFERENCIE MEDICAMENTO REFEREÊNCIA DOS SIMILARES E GENÉRICOS.
DEFINA POSOLOGIA E PLACEBO
NAS RECEITAS ABAIXO INDIQUE: DOSE, POSOLOGIA.HOSPITAL MONTE DAS OLIVEIRAS
Maria do Carmo
Nistatina creme 500mg---------------1fr
 Aplicar 1 xdia a noite por 15 dias
 Dr. Valter Brito
CRM PB 43567
HOSPITAL MONTE DAS OLIVEIRAS
Carlos José da silva
Via oral
Norfloxacino 500mg---------------1cx
1 comp 2x dia por 7 dias
 Dr. Valter Brito
CRM PB 43567
DIFERENCIE O MEDICAMENTO QUANTO A PRESCRIÇÃO.
“O coração inteligente adquire o saber; 
o ouvido dos sábios procura a ciência”.
 Provérbios 18, 15.
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