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Prof. George Sand França 1 Sismologia Prof. George Sand França 2 Sismicidade Intraplaca; Sismicidade da América do Sul e do Brasil. Sismo intraplaca – sismos no interior da placas, que acontece decorrência das tensões geradas nas bordas das placas transmitirem-se por todo seu interior. São rasos (até 30-40 km) Magnitude baixa em comparação com os da interplaca. Há registros de sismo destrutivos (New Madrid e Missouri). Os maiores sismos na intraplaca ocorrem em áreas da crosta que tracionada e extendida por processo geológicos recentes (Mesozóico e Cenozóico) Plataformas continentais ou em Rifts intra-continentais abortados. Prof. George Sand França 3 Prof. George Sand França 4 Sismicidade da América do Sul Borda Oeste com a zona de subducção (Zona de Benioff-Wadati) Ilhas Sandwich Cadeia meso-oceânica Prof. George Sand França 5 Sismicidade Brasileira É considerado como pais assísmico, por que não tem ocorrência de sismos destrutivos. Sismicidade baixa Região Sudeste e Nordeste reflete em parte do histórico e distribuição populacional (eventos históricos). Mesmo assim há vários sismos de destaque. Prof. George Sand França 6 1 (6,2) 2 (6,1) 3 (5,5) 4 (5,5) 5 (5,4) 6 (5,2) 7 (5,2) 8 (5,1) 9 (5,1) 10 (5,1) 11 (5,0) 12 (5,1) Prof. George Sand França 7 N Ano Latitude (s) Longitude (w) Magnitude (mb) Intensidade Max(MM) Localidade 1 1955 12,42 57,03 6,2 Porto dos Gaúchos-MT. Em Cuiabá, 370 km sul, pessoas foram acordadas 2 1955 19,84 36,75 6,1 Mar, 300 km de Vitória 3 1939 29,00 48,00 5,5 >VI Tubarão-SC 4 1983 3,59 62,17 5,5 VII Codajás-AM 5 1964 18,06 56,69 5,4 NW do MS, Pantanal 6 1990 31,19 48,92 5,2 No mar, 200 km de Porto Alegre 7 1980 4,30 38,40 5,2 VII Pacajús-CE 8 1922 22,17 47,04 5,1 VI Mogi-Guaçu-SP, sentido SP.MG,RJ 9 1963 2,30 61,01 5,1 Manaus-AM 10 1986 5,53 35,75 5,1 VII João Câmara-RN 11 1998 11,62 56,78 5,0 VI Porto dos Gaúchos-MT 12 2005 11,60 56,78 5,1 V Porto dos Gaúchos-MT 13 2010 13,77 49,16 5,0 Mara Rosa-GO 14 2008 25,70 45,41 5,2 IV-V Mar, 112 km de São Vicente- SP Prof. George Sand França 8 Sismos do Brasil e estruturas geológicas As áreas mais ativas Estados do RN e Ceará Parte do Norte do MT Sismicidade intraplaca x estruturas geológicas ou força geológicas A baixa sismicidade não permite uma relação estatística segura. A zona sísmica New Madrid maior terremoto intraplaca caracteriza-se pela reativação de um sistema de falhas geológicas antigas. (falhas criadas no Mesozóico, por forças tracionais num processo de extensão crustal que formou um graben. Hoje – Resposta às forças compressivas que atuam na placa Norte Americana Prof. George Sand França 9 Sismos do Brasil e estruturas geológicas Caso de João Câmara (1986 a 1990) Estudos identificaram uma zona de falha de ~ 40 km de extensão, orientada N40ºE com mergulho de 60º-70º para NW. Não foi possível associá-la com outras feições geológicas de superfície. Hipótese - Qual a causa? Os sismos no NE ocorrem devidos as tensões compressivas orientadas ~ E-W e tensões tracionais N-S. Estas tensões podem ter várias origens, como movimentação da placa sul-americana e forças locais causadas pela estrutura crustal da região. Prof. George Sand França 11 Sismos do Brasil e estruturas geológicas Faixa sísmica SW-NE – Estado de Goiás e Tocantins Tem um paralelismo marcante com o Lineamento Transbrasiliano. Hipótese – é possível que os sismos ocorram devido a dois fatores: Concentração de tensões e existência de zona de fraqueza, ambos talvez relacionados às estruturas deram origem ao lineamento. Recente estudo de tomografia de ondas de corpo correlacionado com a temperatura mostraram que nessa região a litosfera é mais fina, mais sujeita ao acúmulo de tensões. Sismo rasos mais as causas são profundas. Na plataforma continental na região Sudeste e regiões próxima a costa. Hipótese – Estejam relacionados às estruturas da margem continental geradas, ou reativadas, em consequências da fragmentação da crosta continental durante a formação do oceano Atlântico. Assumpção et al, 2004 Prof. George Sand França 12 Sismicidade Desencadeada/Induzida Interferência do homem na natureza Explosões nucleares Injeção de água e gás sob pressão no subsolo Extração de fluído do subsolo Alívio de carga em minas Enchimento de reservatórios Exceto explosões nucleares, os sismos induzidos têm sido muito pequenos e de efeito estritamente local. CTBT - Tratado de Proibição completa de testes nucleares. Rede monitoramento internacional capacitada a detectar, a localizar e identificar explosões nucleares, no continente, no oceano e na atmosfera. Prof. George Sand França 13 Prof. George Sand França 14 https://www.youtube.com/watch?v=LLCF7vPanrY Prof. George Sand França 15 FDSN Prof. George Sand França 16 Sismicidade Desencadeada por reservatório - SDR Sismicidade Desencadeada por reservatório (SDR), apesar de pequenos, podem alcançar magnitudes moderadas. Maiores Sismos Koyna, Índia – 1967 (mb=6,3) 103 m, 200 mortes Kariba, Zâmbia – 1963 (mb=6,2) 128 m Kremasta, Grécia – 1966 (mb=6,2) 147 m 10 sismos > 5 (na maioria em intraplaca) Magnitudes entre 3 e 5 Prof. George Sand França 17 SIR Koyna, Índia – 1967 (mb=6,3) 200 mortes "Koynaa dam" by Ameymodak Prof. George Sand França 18 Kariba, Zâmbia – 1963 (mb=6,2) 128 m Kremasta, Grécia – 1966 (mb=6,2) 147 m Prof. George Sand França 19 Mecanismos capazes de induzir sismos em reservatórios Barragens – Novo lago altera as condições estáticas sob ponto vista mecânico devido ao peso da massa d'água Ponto de vista hidráulico – infiltração do fluído na subsuperfície, causas pressões internas nas camadas rochosas profundas. Combinações destas duas – pode engatilhar Mesmo que o peso da água seja insuficiente, a coluna da água exercerá uma pressão hidrostática, empurrando o líquido através dos poros das rochas e de fraturas já existentes. Esse aumento de pressão pode levar meses, dependendo da permeabilidade do solo e das condições do fraturamento das rochas. Prof. George Sand França 20 SDR Quando a pressão alcança zonas mais fraturadas, a água é forçada para dentro das rochas, reduzindo o esforço tectônico e facilitando o deslocamento de blocos falhados; e este processo é ainda incrementado pela ação lubrificante da água, que reduz a fricção ao longo dos planos ou áreas de fraturas das rochas e falhas geológicas locais. Água – Papel de agente químico – enferruja as rochas, e ao hidratar certas moléculas, ela enfraquece o material e favorece a formação de novas fissuras. Quanto maior o reservatório maior será probabilidade de SIR A maioria dos reservatórios não provoca sismos. Máximo tremor possível do SDR não deverá exceder do máximo tremor da região.(GUPTA, 1992) Prof. George Sand França 21 Características da SDR Simpson et. al 1988 – Rápida e atrasada. Talwani et. al 1995;1997 – Inicial e Prolongado Resposta sísmica Sismicidade inicial (Rápida) Logo após o enchimento - a variação do nível d’água Sismicidade de estado estável (atrasada –ciclos) Alguns anos depois do enchimento inicial, com sismicidade mais duradoura Predominância pré-abalos em comparação com a atividade pós-abalos. O parâmetro b (log N=a-bm) é maior do que em sismos naturais e variação temporal para o parâmetro b. Prof. George Sand França 22 SDR no Brasil No Brasil, pelo menos 16 reservatórios hidrelétricos já induziramtremores de terra e 3 duvidosos (Assumpção et al., 2002). O maior SIR é associado a dois reservatórios um próximo do outro. (Porto Colômbia e Volta Redonda) 4.2 mb Em alguns casos não se sabe a atividade inicial, pois não existia monitoramento antes de encher a barragem Para maioria dos 76% dos casos “o tempo de retardo igual a 3 anos – “Sismicidade inicial” (resposta rápida”) Restante estado estável – maior retardo de 18 anos para reservatório de Carmo do Cajuru (MG). Alguns reservatório apresentavam “ciclo repetitivo” 1. Tucurui-PA (1985- mR = 3.4 e 1998 mR=3.6 ) 2. Nova Ponte-MG (1995 –mR = 3.5 e 1998 mR=4.0) 3. Carmo do Cajuru- MG ( 3 ciclos) 24 m (enchimento 1954) 4. Reservatório com profundidade moderada apresenta (Carmo do Cajuru e Balbina) apresentam SIR bastantes grandes Prof. George Sand França 23 SDR Primeiras citações Usina Hidrelétrica de Capivari-Cachoeira (NE de Curitiba-PR) 1971- 1972 até 1979 Reservatório de Açu, RN, desde de 1987 Forte correlação com o nível do reservatório (87- 89). Antigas rupturas orientada NE-SW devidos as tensões compressivas E-W Prof. George Sand França 24 Prof. George Sand França 25 Prof. George Sand França 26 Prof. George Sand França 27 Comentários finais de SDR Como a SIR é imprevisível, sugere-se, principalmente no caso de formação de extensos lagos, a implantação de uma rede sismográfica para monitorar a região, antes, durante e após o enchimento do reservatório. Maioria é de sismicidade inicial com ciclo repetitivo. Na província Borborema Sismicidade alta 1 reservatório – SIR (Açu, h = 31 m ) entre 20 com a mesma altura. Não há indicação de que a alta sismicidade faz o NE ser mais propiciou a SIR comparado com outra região do pais. Parte Sul da bacia do Paraná 13 reservatórios, na maioria h > 50 m, sem SIR, é também uma área de baixa sismicidade. Na Nordeste da Bacia do Paraná 24 reservatório, metade deles tem h > 50 m Sismicidade ocorre na margem NE da bacia (SIR) além de três casos de sismicidade induzida por poços artesianos. Prof. George Sand França 28 SDR O perigo de SIR no Brasil não é uniforme Regiões propicia a ter SIR (por exemplo parte NE da bacia do Paraná) e outras regiões com uma baixa probabilidade de ocorrer SIR (Sul da bacia do Paraná) Não dá para observar correlação entre o perigo de SIR e a sismicidade natural. Reservatórios rasos pode também causa sismicidade e os estudos mostra que a base de 100 m não deve ser usada para reduzir o estudo de SIR no Brasil. Prof. George Sand França 29 Shearer P. - Introduction to seismology Fowler C. M. R. – The solid earth Decifrando a terra Lay e Wallace – Modern Global seismology Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29
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