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The 2017 ILAE Classification of Seizures Robert S. Fisher, MD, PhD Maslah Saul MD Professor of Neurology Director, Stanford Epilepsy Center In 2017, the ILAE released a new classification of seizure types, largely based upon the existing classification formulated in 1981. Primary differences include specific listing of certain new focal seizure types that may previously only have been in the generalized category, use of awareness as a surrogate for consciousness, emphasis on classifying focal seizures by the first clinical manifestation (except for altered awareness), a few new generalized seizure types, ability to classify some seizures when onset is unknown, and renaming of certain terms to improve clarity of meaning. The attached PowerPoint slide set may be used without need to request permission for any non-commercial educational purpose meeting the usual "fair use" requirements. Permission from robert.fisher@stanford.edu is however required to use any of the slides in a publication or for commercial use. When using the slides, please attribute them to Fisher et al. Instruction manual for the ILAE 2017 operational classification of seizure types. Epilepsia doi: 10.1111/epi.13671. 1 Início motor Início não motor Focal para tônico-clônica bilateral Início generalizado Início focal Classificação dos Tipos de Crises da ILAE 20171 1 Definições, outros tipos de crises e descritores estão listados no artigo e no glossário de termos 2 Por informação inadequada ou impossibilidade de inserir nas outras categorias Perceptivas Disperceptivas Esquema simplificado Motoras Tônico-clônicas Outras motoras Não motoras (Ausências) Não classificadas 2 Motoras Tônico-clônicas Outras motoras Não motoras (Ausências) Início desconhecido Motoras tônico-clônicas clônicas tônicas mioclônicas mioclono-tônico-clônicas mioclono-atônicas atônicas espasmos epilépticos2 Não-Motoras (ausências) típicas atípicas mioclônicas mioclonias palpebrais Início motor automatismos atônicas2 clônicas espasmos epilépticos2 hipercinéticas mioclônicas tônicas Início não motor autonômicas parada comportamental cognitivas emocionais sensoriais Início desconhecido Início focal Perceptivas Disperceptivas Motoras tônico-clônicas espasmos epilépticos Não-Motoras parada comportamental 1 Definições, outros tipos de crises e descritores são listados no artigo e glossário de termos 2 Estas podem ser focais ou generalizadas, com ou sem alteração da perceptividade 3 Por informação inadequada ou impossibilidade de inserir nas outras categorias Classificação dos Tipos de Crises da ILAE 20171 Esquema expandido Focal para tônico-clônica bilateral Não classificadas 2 Início generalizado Crises Parciais (se iniciam em um lugar) Simples (sem perda de consciência ou memória) Sensitiva Motora Sensitivo-Motora Psíquica (pensamentos ou percepções anormais) Autonômicas (calor, náusea, rubor, etc.) Complexas (comprometimento de consciência ou memória) Com ou sem aura (aviso) Com ou sem automatismos Secundariamente generalizadas Crises Generalizadas (início aparente em áreas cerebrais mais extensas) Ausência (pequeno mal) Tônico-clônicas (grande mal) Atônicas (crises de queda) Mioclônicas Outras Crises inclassificáveis Dreifuss et al. Proposal for revised clinical and electroencephalographic classification of epileptic seizures. From the Commission on Classification and Terminology of the International League Against Epilepsy. Epilepsia. 1981;22:489-501. CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DAS CRISES EPILÉPTICAS 1981 4 Motivação para revisão Alguns tipos de crises, por exemplo, crises tônicas ou espasmos epilépticos, podem ter início focal ou generalizado. Falta de conhecimento sobre o início torna a crise inclassificável e difícil de classificar no sistema de 1981. Descrições retrospectivas de crises frequentemente não especificam o nível de consciência e alteração da consciência, o qual, embora central em muitas crises, é um conceito confuso. Alguns termos em uso não têm altos níveis de aceitação pela comunidade ou compreensão pública, como “psíquica”, “parcial”, “parcial simples”, “parcial complexa” e “discognitiva”. Alguns tipos importantes de crises não estão incluídos. 5 Possíveis Classificações de Crises deveriam se basear em: Fisiopatologia Mas isso é atualmente impossível com nosso conhecimento limitado Anatomia Temporal Frontal Parietal Occipital Diencefálica Tronco encefálico Circuitos Neocortical Límbico Tálamo-Cortical Tronco encefálico Prática, pela: Resposta à FAEs Alvo cirúrgico Incapacitação Padrão do EEG Muitos outros Modificação de existentes Sistema ILAE 1981 Revisão ILAE 2010 Na ausência de um conhecimento fundamental, a ILAE escolheu expandir a classificação existente Este é um sistema operacional (prático), não uma classificação verdadeiramente científica Outros podem desenvolver classificações operacionais especiais para usos específicos, por exemplo, para crises neonatais ou Unidades de Tratamento Intensivo Esta classificação é principalmente para clínicos. Elicitar sintomas e sinais do evento (semiologia) Procurar padrões familiares em sintomas e sinais Algumas vezes usar informações auxiliares, por exemplo, EEG, RM, genes, anticorpos, etc. Como os Clínicos Classificam Crises? Sintomas + Sinais Tipo de crise Um-para-muitos Muitos-para-um automatismos Crise focal disperceptiva Crise de ausência automatismos Crise focal disperceptiva autonômica exemplos Sintomas Termosmédicos Comportamentoautomático automatismos Emoçõesouaparecimentodeemoções emoções Posturasemextensãoouflexão tônicas Rubor/sudorese/piloereção autonômicas Abalosarrítmicos mioclonias Abalosrítmicos clonias Distúrbiosdelinguagemepensamento, déjàvu cognitivas Abalospalbebrais miocloniaspalpebrais CLAUDICAR? MANCAR?CLAUDICAR? atônicas Dormência/formigamento, sons,cheiros,gostos,visões,vertigem sensações Pausas,congelamento,paradadasatividades paradacomportamental Debater/pedalar hipercinéticas Flexõesdetronco espasmos Sinais e Sintomas Chaves das Crises? Permitem que algumas crises sejam classificadas como de início focal ou generalizado Classificam crises de início desconhecido Esclarecem o termo “comprometimento de consciência” Incluem alguns poucos tipos previamente inclassificáveis Atualizam o vocabulário usado para maior clareza pública Validam uso de informações suplementares, por exemplo, EEG Adaptam-se às CID 11 e 12 Atualizam o glossário de 2001 de termos de crises Normatizam descritores comuns para descrever crises Mudam termos antigos para novos Os elementos de mudança Permitem que algumas crises sejam classificadas como de início focal ou generalizado Classificam crises de início desconhecido Esclarecem o termo “comprometimento de consciência” Incluem alguns poucos tipos previamente inclassificáveis Atualizam o vocabulário usado para maior clareza pública Validam uso de informações suplementares, por exemplo, EEG Adaptam-se às CID 11 e 12 Atualizam o glossário de 2001 de termos de crises Normatizam descritores comuns para descrever crises Mudam termos antigos para novos Os elementos de mudança Alguns inícios de crises podem ser focais ou generalizados Início Focal Início generalizado atônicas clônicas espasmos epilépticos mioclônicas tônicas tônico-clônicas atônicas clônicas espasmos epilépticos mioclônicas tônicas tônico-clônicas Permitem que algumas crises sejam classificadas como de início focal ou generalizado Classificam crises de início desconhecido Esclarecem o termo “comprometimento de consciência” Incluem alguns poucos tipos previamente inclassificáveis Atualizam o vocabulário usado para maior clareza pública Validam uso de informações suplementares, por exemplo,EEG Adaptam-se às CID 11 e 12 Atualizam o glossário de 2001 de termos de crises Normatizam descritores comuns para descrever crises Mudam termos antigos para novos Os elementos de mudança Crises de início desconhecido Caso hipotético: Você escuta um barulho e entra no quarto de vídeo-EEG e encontra o paciente na cama, grunhindo, olhos desviados para cima, todas as extremidades rígidas, depois com abalos rítmicos por um minuto. Ele estava fora da câmera no início. Que tipo de crise é esse ? Alguns tipos de crises podem ser descritos mesmo se o início é desconhecido: tônico-clônicas espasmos epilépticos parada comportamental Permitem que algumas crises sejam classificadas como de início focal ou generalizado Classificam crises de início desconhecido Esclarecem o termo “comprometimento de consciência” Incluem alguns poucos tipos previamente inclassificáveis Atualizam o vocabulário usado para maior clareza pública Validam uso de informações suplementares, por exemplo, EEG Adaptam-se às CID 11 e 12 Atualizam o glossário de 2001 de termos de crises Normatizam descritores comuns para descrever crises Mudam termos antigos para novos Os elementos de mudança Papel Fundamental do Comprometimento de Consciência Entre muitos comportamentos possíveis durante uma crise, comprometimento de consciência tem sempre um papel fundamental na classificação da crise, por ter importância prática para: Direção de veículos Segurança durante as crises Empregabilidade Interferência com escolarização e aprendizagem Perda (ou Comprometimento) de Consciência Dois tipos de crises com perda de consciência Quão bem o público compreende “perda de consciência” durante uma crise parcial complexa? Elementos da consciência Percepção do que está acontecendo Memória dos fatos que ocorreram durante o evento Responsividade a estímulos verbais ou não verbais Ciência de si próprio como sendo distinto de outros Qual seria o melhor marcador substituto? A Classificação de 2017 escolheu percepção Consciência permanece na classificação mas “percepção” está no nome da crise Em várias línguas, essas palavras são as mesmas Percepção não é utilizada para classificar crises de início generalizado Perda (ou Comprometimento) de Consciência Permitem que algumas crises sejam classificadas como de início focal ou generalizado Classificam crises de início desconhecido Esclarecem o termo “comprometimento de consciência” Incluem alguns poucos tipos previamente inclassificáveis Atualizam o vocabulário usado para maior clareza pública Validam uso de informações suplementares, por exemplo, EEG Adaptam-se às CID 11 e 12 Atualizam o glossário de 2001 de termos de crises Normatizam descritores comuns para descrever crises Mudam termos antigos para novos Os elementos de mudança Novas crises generalizadas ausência com mioclonias palpebrais espasmos epilépticos (espasmos infantis) mioclono-atônicas (ex., syndrome de Doose) mioclono-tônico-clônicas (ex., EMJ) Novas crises combinadas (focais para tônico-clônicas bilaterais) Não-Motoras Parada comportamental (autonômicas) (cognitivas) emocionais (sensitivas) Motoras atônicas automatismos clônicas espasmos epilépticos hipercinéticas mioclônicas tônicas Novas Crises Focais Novos Tipos de Crises (parênteses) indicam existência prévia, mas renomeação Permitem que algumas crises sejam classificadas como de início focal ou generalizado Classificam crises de início desconhecido Esclarecem o termo “comprometimento de consciência” Incluem alguns poucos tipos previamente inclassificáveis Atualizam o vocabulário usado para maior clareza pública Validam uso de informações suplementares, por exemplo, EEG Adaptam-se às CID 11 e 12 Atualizam o glossário de 2001 de termos de crises Normatizam descritores comuns para descrever crises Mudam termos antigos para novos Os elementos de mudança TERMOANTIGO NOVOTERMO Inconsciente(aindausado,nãononome) Comprometimentodaconsciência(substituto) Parcial Focal Parcialsimples Focalperceptiva ParcialComplexa Focaldisperceptiva Discognitiva(termodescontinuado) Focaldisperceptiva Psíquica Cognitiva Tônico-clônicasecundariamentegeneralizada Focalparatônico-clônicabilateral Parada,congelamento,pausa,interrupção Paradacomportamental Mudança de termos Permitem que algumas crises sejam classificadas como de início focal ou generalizado Classificam crises de início desconhecido Esclarecem o termo “comprometimento de consciência” Incluem alguns poucos tipos previamente inclassificáveis Atualizam o vocabulário usado para maior clareza pública Validam uso de informações suplementares, por exemplo, EEG Adaptam-se às CID 11 e 12 Atualizam o glossário de 2001 de termos de crises Normatizam descritores comuns para descrever crises Mudam termos antigos para novos Os elementos de mudança Informações Complementares Crises são geralmente classificadas por sinais e sintomas Mas informações complementares podem ser úteis, quando disponíveis Vídeos trazidos pela família Padrões de EEG Lesões detectadas por neuroimagem Resultados laboratoriais como detecção de anticorpos anti-neuronais Mutações de genes Diagnóstico de uma síndrome epiléptica Permitem que algumas crises sejam classificadas como de início focal ou generalizado Classificam crises de início desconhecido Esclarecem o termo “comprometimento de consciência” Incluem alguns poucos tipos previamente inclassificáveis Atualizam o vocabulário usado para maior clareza pública Validam uso de informações suplementares, por exemplo, EEG Adaptam-se às CID 11 e 12 Atualizam o glossário de 2001 de termos de crises Normatizam descritores comuns para descrever crises Mudam termos antigos para novos Os elementos de mudança CID 9, 10, 11, 12 CID 9 & 10 usam terminologia antiga: petit mal, grand mal CID 11 não nomeia os tipos de crises, mas as síndromes da ILAE e etiologias CID 12 deveria se ajustar a nova classificação da ILAE de tipos de crises Permitem que algumas crises sejam classificadas como de início focal ou generalizado Classificam crises de início desconhecido Esclarecem o termo “comprometimento de consciência” Incluem alguns poucos tipos previamente inclassificáveis Atualizam o vocabulário usado para maior clareza pública Validam uso de informações suplementares, por exemplo, EEG Adaptam-se às CID 11 e 12 Atualizam o glossário de 2001 de termos de crises Normatizam descritores comuns para descrever crises Mudam termos antigos para novos Os elementos de mudança Glossário : Lista Completa no Artigo na Epilepsia TERMO DEFINIÇÃO FONTE Ausênciatípica crise com início súbito, interrupção das atividades em curso, olhar vazio e possivelmente um breve desvio dos olhos para cima. Normalmente o paciente permanecearresponsivoquando tenta-se conversar com ele. Duração de segundos a meio minuto com rápida recuperação. Apesar de não estar disponível na maioria das vezes o EEG mostra descargasepileptiformesgeneralizadas durante o evento. Uma crise de ausência é por definição uma crise de início generalizado. A palavra ausência não é sinônimo de olhar vazio ou desligamento, o que também pode ocorrer em crises com início focal. Adaptadode11 Ausênciaatípica é uma crise de ausência com mudanças de tônus que são mais pronunciadas que na ausência típica ou início e/ou final da crise são graduais, não ocorrem de forma abrupta. Frequentemente associada a atividade de ponta-onda lenta, generalizada e irregular. AdaptadodeDreifuss1 parada Verparadacomportamental novo atônica crise em que ocorre redução ou perda súbita do tônus muscular sem evento tônico oumioclônicoprecedendo. Duração de aproximadamente 1 a 2 segundos, envolvendo a musculatura da cabeça, tronco, queixo ou membros. 11 automatismos atividade motora mais ou menos coordenada, geralmente ocorrendo quando a cognição está afetada, e da qual o indivíduo posteriormente não se recorda (amnésia)(nem sempre presente).Automatismos sempre imitam um movimento voluntário e podem consistir em uma continuação inapropriada da atividade motora que estava em curso antes do início da crise. 11 Permitem que algumas crises sejam classificadas como de início focal ou generalizado Classificam crises de início desconhecido Esclarecem o termo “comprometimento de consciência” Incluem alguns poucos tipos previamente inclassificáveis Atualizam o vocabulário usado para maior clareza pública Validam uso de informações suplementares, por exemplo, EEG Adaptam-se às CID 11 e 12 Atualizam o glossário de 2001 de termos de crises Normatizam descritores comuns para descrever crises Mudam termos antigos para novos Os elementos de mudança Descritores comuns de outros sintomas e sinais durante crises. Não são tipos de crises, mas termos descritivos sugeridos. Uma descrição texto-livre é altamente encorajada. Cognitiva Acalculia Afasia Alteração de atenção Déjà vu ou jamais vu Dissociação Disfasia Alucinações Ilusões Alteração de memória Negligência Pensamento forçado Alteração de responsividade Emocional ou afetivo Agitação Raiva Ansiedade Choro (dacrística) Medo Risos (gelástica) Paranóia Prazer Autonômica Assistolia Bradicardia Ereção Rubor Gastrointestinal Hiper ou hipoventilação Náusea ou vômito Palidez Palpitações Piloereção Alterações respiratórias Taquicardia Automatismos Agressão Piscamento palpebral Movimentos laterais de cabeça Manuais Orofaciais Pedalar Movimentos pélvicos Perseveração Corrida (cursiva) Sexual Despir Vocalização/fala Andar Motor Disartria Distonia Postura de esgrimista (figura de 4) Incoordenação Jacksoniana Paralisia Paresia Versiva Sensorial Auditiva Gustatória Sensações frio-quente Olfatória Somatossensitiva Vestibular Visual Lateralidade Esquerda Direita Bilateral Permitem que algumas crises sejam classificadas como de início focal ou generalizado Classificam crises de início desconhecido Esclarecem o termo “comprometimento de consciência” Incluem alguns poucos tipos previamente inclassificáveis Atualizam o vocabulário usado para maior clareza pública Validam uso de informações suplementares, por exemplo, EEG Adaptam-se às CID 11 e 12 Atualizam o glossário de 2001 de termos de crises Normatizam descritores comuns para descrever crises Mudam termos antigos para novos Os elementos de mudança Exemplos do Mapa de Termos Antigos e Novos Lista Completa no Artigo da Epilepsia Termo antigo para crise Novo termo para crise [escolha] (opcional) Mais importantes em negrito Ausência ------------------------------------------------- (generalizada) ausência ausência atípica ----------------------------------------- (generalizada) ausência, atípica ausência típica------------------------------------------- (generalizada) ausência, típica Acinética------------------------------------------------- [focal/generalizada] atônica Astática-------------------------------------------------- [focal/generalizada] atônica Atônica------------------------------------------------- [focal/generalizada] atônica Aura ---------------------------------------------------- focal perceptiva Clônica-------------------------------------------------- [focal/generalizada] clônica Parcial complexa------------------------------------- focal disperceptiva Convulsão---------------------------------------------- -[focal/generalizada] motora [tônico-clônica, tônica, clônica], focal evoluindo para tônico-clônica bilateral] Regras para Classificar Crises (1 de 2) Início: decida se a crise tem início focal ou generalizado, utilizando um intervalo de confiança de 80% Percepção: para crises focais, decida entre classificar a crise de acordo com o grau de alteração da percepção ou omita este item da classificação. Alteração da percepção em qualquer momento durante a crise: uma crise focal é uma crise focal com alteração da percepção caso a percepção esteja alterada em qualquer momento durante a crise. Início como determinante: classifique a crise focal de acordo com o primeiro sinal e sintoma proeminente. Não considere a parada comportamental transitória. Parada comportamental: uma crise focal com parada comportamental deverá assim ser classificada quando a parada comportamental é a característica mais proeminente de toda crise. Motor/não-motor: as crises focais com ou sem alteração da percepção podem ser adicionalmente sub-classificadas de acordo com as características motoras e não motoras. Alternativamente, as crises focais podem ser classificadas de acordo com as características motoras e não motoras, sem especificar a alteração da perceptividade (Ex: crise focal tônica). Regras para Classificar Crises (2 de 2) Termos opcionais: termos como motoras e não motoras podem ser omitidos quando o tipo de crise é evidente Descritores adicionais: após classificar as crises de acordo com as manifestações iniciais, deve-se encorajar a adição de descritores de outros sinais e sintomas, quer sejam os descritores sugeridos ou um texto livre. Estes não alteram o tipo de crise. Exemplo: crises focais emocionais com atividade tônica em braço direito e hiperventilação. Bilateral versus generalizado: utilize o termo “bilateral” para crises tônico-clônicas que se propagam para ambos os hemisférios e “generalizadas” para crises que aparentemente originam-se simultaneamente em ambos os hemisférios. Ausência atípica: a ausência é atípica se tem um início e final graduais, mudanças marcadas no tônus ou EEG com descargas de ponta-onda lenta com frequência inferior a 3 por segundo. Clônico versus mioclônico: clônico refere-se a abalos rítmicos sustentados e mioclônico a abalos irregulares, não sustentados. Mioclonia palpebral: ausência com mioclonias palpebrais refere-se a abalos das pálpebras com desvio dos olhos para cima durante uma crise de ausência. Efeito das redes neurais na atualização da Classificação das Crises deve ser o seguinte: Tornar a escolha do tipo de crise mais fácil para crises que não se enquadravam em nenhuma categoria prévia Esclarecer o que significa quando se diz que uma crise é de um tipo particular Proporcionar maior transparência na terminologia para a comunidade não médica O Efeito de Redes Neurais 1. Uma mulher acorda e vê seu marido tendo uma crise na cama. O início não foi presenciado, mas ela é capaz de descrever um endurecimento bilateral seguido de abalos bilaterais. EEG e RM são normais. Exemplos 1. Uma mulher acorda e vê seu marido tendo uma crise na cama. O início não foi presenciado, mas ela é capaz de descrever um endurecimento bilateral seguido de abalos bilaterais. EEG e RM são normais. Esta crise é classificada como crise tônico-clônica de início desconhecido. Não há dados adicionais para determinar se o início foi focal ou generalizado. Na classificação antiga, esta crise seria inclassificável sem outros qualificadores. Antigo = não classificada Novo = tônico-clônica de início desconhecido Exemplos 2. Em um cenário alternativo ao caso 1, o EEG demonstra ondas lentas focais evidentes em região parietal direita. A RM mostra uma displasia cortical na região parietal direita. Exemplos 2. Em um cenário alternativo ao caso 1, o EEG demonstra claras ondas lentas focais em região parietal direita. A RM mostra uma displasia cortical na região parietal direita. Nesta circunstâncias, a crise pode ser classificada como crise focal evoluindo para tônico-clônica bilateral, já que apesar do início da crise não ter sido presenciado, a etiologia focal foi identificada, e há grande probabilidade de que a crise tenha tido um início focal. A classificação antiga teria classificado esta crise comocrise parcial secundariamente generalizada. Antigo = crise de início parcial, secundariamente generalizada Novo = focal evoluindo para tônico-clônica bilateral Exemplos 3. Uma criança é diagnosticada com síndrome de Lennox-Gastaut de etiologia desconhecida. EEG mostra paroxismos de onda aguda-onda lenta. Tipos de crise incluem ausência e outras. Exemplos 3. Uma criança é diagnosticada com síndrome de Lennox-Gastaut de etiologia desconhecida. EEG mostra paroxismos de onda aguda-onda lenta. Tipos de crise incluem ausência, tônicas, e crises motoras focais. Neste caso, as crises de ausência são classificadas como ausências atípicas (o termo “generalizado” pode ser presumido) devido ao padrão eletroencefalográfico e síndrome subjacente. As crises de ausência teriam a mesma nomenclatura que na classificação antiga. . Antigo = crises de ausência atípicas Novo = crises de ausência atípicas Exemplos 4. A mesma criança do caso 3 tem crises com endurecimento do braço e perna direitos, durante as quais a responsividade e percepção estão mantidas. Exemplos 4. A mesma criança do caso 3 tem crises com endurecimento do braço e perna direitos, durante as quais a responsividade e percepção estão mantidos. Essa crise é uma crise focal tônica perceptiva (o termo “motor” pode ser presumido). No sistema antigo, a crise poderia ser chamada de crise tônica, com uma suposição errônea de início generalizado. Antigo = crises tônicas Novo = crises tônicas focais perceptivas Exemplos 5. Mulher de 25 anos descreve as crises iniciando com 30 segundos de uma forte sensação de que "uma música familiar está tocando". Ela pode ouvir outras pessoas conversando, mas após percebe que não consegue entender o que as pessoas estavam falando. Após o episódio, ela fica levemente confusa e tem que “se reorientar”. Exemplos 5. Mulher de 25 anos descreve as crises iniciando com 30 segundos de uma forte sensação de que "uma música familiar está tocando". Ela pode ouvir outras pessoas conversando, mas após percebe que não consegue entender o que as pessoas estavam falando. Após o episódio, ela fica levemente confusa e tem que “se reorientar”. ” A crise deve ser classificada como focal disperceptiva. Apesar da paciente ser capaz de interagir com o meio, ela não consegue interpretar o meio, e fica levemente confusa. Antigo = crises parciais complexas Novo = crises focais disperceptivas Exemplos 6. Um homem de 22 anos tem crises em que continua completamente consciente, “com os pelos do meu braço arrepiados” e com uma sensação de estar corado. Exemplos 6. Um homem de 22 anos tem crises em que continua completamente consciente, “com os pelos do meu braço arrepiados” e com uma sensação de estar corado. Estas crises são classificadas como focais perceptivas não motoras autonômicas, ou de forma mais suscinta, crises focais perceptivas autonômicas. A classificação antiga teria nomeado estas crises de crises parciais simples autonômicas. Antigo = crises parciais simples autonômicas Novo = crises focais perceptivas autonômicas Exemplos 7. Menino de 4 anos com epilepsia mioclono-atônica (síndrome de Doose) apresenta crises com pequenos abalos nos braços e na sequência queda com perda súbita do tônus. Exemplos 7. Menino de 4 anos com epilepsia mioclono-atônica (síndrome de Doose) apresenta crises com pequenos abalos nos braços e na sequência queda com perda súbita do tônus. Essas são agora classificadas como crises mioclono-atônicas (o termo “generalizada” pode ser presumido). Na classificação anterior teriam sido chamadas de inclassificáveis ou, não oficialmente, de crises mioclono-astáticas. . Antigo = crises mioclono-astáticas Novo = crises mioclono-atônicas Exemplos 8. Um homem de 35 anos com epilepsia mioclônica juvenil apresenta crises iniciadas com alguns abalos nos braços, seguidos de endurecimento dos quatro membros e na sequência abalos rítmicos dos 4 membros. Exemplos 8. Um homem de 35 anos com epilepsia mioclônica juvenil apresenta crises iniciadas com alguns abalos nos braços, seguidos de endurecimento dos quatro membros e na sequência abalos rítmicos dos 4 membros. Estas crises seriam classificadas como crises generalizadas mioclono-tônico-clônicas. Na classificação antiga este tipo de crise não existia, mas elas poderiam ser chamadas de crises mioclônicas seguidas de crises tônico-clônicas. Antigo = crises mioclônicas seguidas por crise tônico-clônica Novo = crises mioclono-tônico-clônicas Exemplos 9. Uma menina de 14 meses apresenta flexão súbita de ambos os braços e flexão do tronco por aproximadamente 2 segundos. Estas crises repetem-se em grupos. O EEG mostra padrão de hipsarritmia com espículas bilaterais, mais proeminentes na região parietal esquerda. RM mostra uma displasia parietal esquerda. Exemplos 9. Uma menina de 14 meses apresenta flexão súbita de ambos os braços e flexão do tronco por aproximadamente 2 segundos. Estas crises repetem-se em grupos. O EEG mostra padrão de hipsarritmia com espículas bilaterais, mais proeminentes na região parietal esquerda. RM mostra uma displasia parietal esquerda. Por causa das informações auxiliares, o tipo de crise deveria ser considerado espasmo epiléptico focal, (o termo“motor” pode ser presumido). Na classificação anterior, seriam chamados de espasmos infantis, com a informação na focalidade não incluída. Antigo = espasmos infantis (focalidade não especificada) Novo = espasmos epilépticos focais Exemplos 10. Um homem de 75 anos relata uma sensação de tremor interno. Outras informações não são disponíveis. Exemplos 10. Um homem de 75 anos relata uma sensação de tremor interno. Outras informações não são disponíveis. Este evento não pode ser classificado. Exemplos Fim “Palavras, palavras, palavras, estou tão farta de palavras!” Eliza Doolittle, My Fair Lady - Quando eu uso uma palavra - disse Humpty Dumpty num tom escarninho - ela significa exatamente aquilo que eu quero que signifique ... nem mais nem menos.
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