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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA 
DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS 
TAL 446 – Tecnologia de Produtos Lácteos Concentrados e Desidratados
ALIMENTOS INFANTIS	
Ana Cláudia Teixeira – 64867
Nayra Gouveia Caifa – 78012
Ricardo
Viçosa-MG
2017
Introdução
A alimentação é uma das atividades humana mais importante, que envolve as questões nutricionais e biológicas no indivíduo. Para o bebê é de extrema importância o aleitamento materno, pois além de proporcionar contato íntimo e de proteção entre a mãe e o bebê, o aleitamento materno promove a saúde do recém-nascido, tanto na proteção, desenvolvimento e crescimento como também na prevenção de doenças e na aproximação afetiva, aumentando a chance de sobrevivência do recém-nascido. 
Na ausência do leite materno as formulações infantis podem ser substituídas, pois tem uma carga nutricional próxima a composição do leite humano, sendo de grande importância para mãe que por algum motivo não podem continuar a amamentar seus filhos, essas formulas tem como objetivo não apenas se aproximar ao leite materno, mas promover um perfil de crescimento, de aumentar a composição corporal e de marcadores bioquímicos e funcionais ao lactante sendo próximos ao leite humano, mas as fontes de proteína, carboidratos, entre outros constituintes presentes nas formulas infantis são diferentes em qualidade e identidade ao leite humano.
No ano de 1972 foi publicado uma escala de percentual de mistura de agua e leite de vaca para as diferentes idades do bebe e cada mamada. Sendo empregado a vida do bebe outra alimentação além do leite materno.
Ainda que as formulações infantis tenham os seus constituintes próximos ao do leite humano, a introdução de alimentos infantis na alimentação da criança só se deve ocorrer quando necessário e no momento correto, tendo o cuidado com as dosagens adequadas e os alimentos de maior qualidade para cada fase do desenvolvimento infantil. Alguns estudos indicam que as formulas infantis que possuem aproximadamente 40% de caseína e 60% de proteínas vinda do soro de leite, tem melhor digestão, e ainda são enriquecidas com outros constituintes como vitaminas e ferro.
Dentre as formulações infantis encontradas no mercado as mais comuns são as formulações a base de leite de vaca, havendo restrições para crianças com alergia a proteína do leite de vaca. Para crianças com idade de 0 a 6 meses existem as formulas de partida, para crianças maiores que 6 meses de idade é indicado as formulas de seguimento. Cada formula tem seus constituintes adequados para suprir a necessidade em cada intervalo de idades.
Objetivo
O trabalho tem como objetivo, mostrar os diferentes alimentos infantis e sua importância nutricional para crianças e adolescentes mostrando também como é o processo de obtenção desses produtos e a importância tecnológica para que o produto tenha boa aceitabilidade no mercado.
Revisão Bibliográfica
Definição de Leite Materno
O leite materno pode ser definido como o a secreção produzida pelas glândulas mamarias da fêmea humana e que tem o objetivo de alimentar seu rebento nos primeiros anos de vida. O leite materno apresenta todos os nutrientes para a manutenção da saúde do recém-nascido, ajudando no desenvolvimento e proteção imunológica. 
Composição nutricional média do leite materno
	Componentes
	Quantidade em 100 ml de leite materno
	Energia
	6,7 calorias
	Proteínas
	1,17 g
	Gorduras
	4 g
	Carboidratos
	7,4 g
	Vitamina A
	48,5 mcg
	Vitamina D
	0,065 mcg
	Vitamina E
	0,49 mg
	Vitamina K
	0,25 mcg
	Vitamina B1
	0,021 mg
	Vitamina B2
	0,035 mg
	Vitamina B3
	0,18 mg
	Vitamina B6
	13 mcg
	Vitamina B12
	0,042 mcg
	Ácido Fólico
	8,5 mcg
	Vitamina C
	5 mg
	Cálcio
	26,6 mg
	Fósforo
	12,4 mg
	Magnésio
	3,4 mg
	Ferro
	0,035 mg
	Selênio
	1,8 mcg
	Zinco
	0,25 mg
	Potássio
	52,5 mg
Durante o período de lactação o leite apresenta diversas modificações em sua composição, que ocorrem com o objetivo de suprir as várias necessidades do lactante. Sendo assim o leite materno é classificado em três categorias durante todo o processo de lactação, estas são:
Colostro
Produzido dias após o parto, apresenta viscosidade mais elevada quando comparado com leite maduro, possuindo maior concentração de minerais, proteínas, vitaminas lipossolúveis (A, E e caratenóides) e menor concentração de lactose, vitaminas B1 e gorduras. Com conteúdo energético menor que o leite maduro, ao redor de 58 Kcal/100ml, possui resíduos celulares que estão presente nas glândulas mamarias e duto. (CALIL e FALCÃO,2003)
Este primeiro estágio no leite materno é muito importante para o recém-nascido por ser rico em fatores de defesa, como agentes antimicrobianos e anti-inflamatórios, substâncias imunomoduladoras e imunoglobulinas, pois nos primeiros dias de vida o recém-nascido sofre um declínio no nível de anticorpos chegando a 20% após 72 horas. (CALIL e FALCÃO,2003)
A duração do período do colostro não é bem definida, mas órgãos públicos estimam que o período pode se estender até o sétimo dia após o parto. 
Leite de transição 
Conhecido também como leite intermediário, ele está compreendido entre o sexto e decimo dia após o parto, sendo que durante este período muitos nutrientes continuam sofrendo alterações em suas concentrações, sendo esta variação explicada pela imaturidade fisiológica e metabólica da glândula mamaria. (CALIL e FALCÃO,2003)	
Leite Maduro
	É conhecido como leite maduro o leite produzido após o 10° dia pós-parto. No início ele apresenta variações nas concentrações dos nutrientes, assim como o leite de transição, mas oferece ao recém-nascido, em média, 1,2 g de proteínas por 100 mL de leite e 3 a 4 g/dl de gordura. (CALIL e FALCÃO,2003)
Proteínas e carboidratos no leite humano
No leite materno as proteínas do soro constituem de 80 a 90% de todo o teor proteico presente, sendo encontrado a lactoferrina, a lisozima, a soroalbumina, as imunoglobulinas, a alfa-lactalbumina e a betalactoglobulina. (CALIL e FALCÃO,2003)
A alfa-lactalbumina é responsável pelo transporte do ferro para o organismo e a síntese da lactose nas glândulas mamarias. A lactoferrina, as imunoglobulinas e a lisozima são proteínas que auxiliam na proteção do organismo da criança
A lactose representa 70% do total de carboidratos presentes no leite humano, sendo seguido pela glicose, galactose, oligossacarídeos complexos e glicoproteínas.
Os carboidratos influenciam na retenção de água pelo organismo o que auxilia na termo regulação através da sudorese nos recém-nascidos, auxiliam também na eliminação de fezes mais amolecidas o que reduz a obstinação intestinal, redução do pH intestinal dificultando o crescimento de microrganismos patogênicos e facilitação na absorção de cálcio e fósforo. (CALIL e FALCÃO,2003)
Existem dezenas de outros componentes que apresentam também grande importância no desenvolvimento do organismo do lactente.
Classificação dos leites e fórmulas infantis 
Atualmente as fórmulas para lactantes abrangem a faixa etária ente 6 a 36 meses, onde crianças de 6 a 12 meses podem consumi-la quando elas forem fortificadas com ferro e crianças de 12 a 36 meses quando fizerem parte de uma dieta diversificada. Os principais grupos de leite são: leite para lactentes, leites de transição e os leites de crescimento.
Leites e fórmulas para lactentes
Nesta categoria estão inclusas as formulações à base de ferro, proteínas do leite de vaca e de soja. É indicado para lactentes dos 6 aos 12 meses.
Algumas ressalvas são tomadas com o uso da proteína do leite de vaca, pois a proteína beta-lactoglobulina que não está presente no leite humano pode causar alergia nas crianças.
A proteína de soja pode ser usada por um tempo mais longo para aquelas crianças que apresentarem alergia as proteínas originadas do leite bovino ou pelas famílias que optarem por uma alimentação vegetariana. Para estas formulações as proteínas da soja são isoladas,sendo isentas de lactose e sacarose. Geralmente contém mais vitaminas e minerais e são suplementadas com aminoácidos.
Leites de transição
É destinado a lactentes entre 4-12 meses e crianças entre 1 a 3 anos, como parte de uma dieta diversificada. Se difere do leite bovino devido ao conteúdo proteico e de ferro (20 vezes superior), e também no que respeita à sua composição em gordura, hidratos de carbono, outros minerais e vitaminas.
A sua riqueza em ferro e ácidos gordos essenciais justifica por si só a sua utilização pelo menos até ao final do primeiro ano de vida. Têm, no entanto o inconveniente de conter um elevado teor proteico condicionando uma sobrecarga metabólica, e sem benefícios paralelos.
Leites infantis ou leites de continuação
Destinado a faixa etária entre 1 a 3 anos, oferecem quando comparados ao leite bovino claras vantagens nutricionais, dado o seu menor teor proteico e um maior valor relativamente a alguns oligoelementos (ferro e zinco), ácidos gordos essenciais e algumas vitaminas nomeadamente a D.
Após uma ano de idade o leite de transição é substituído diretamente pelo de vaca, fornecendo ao organismo valores reduzidos de ferro, ácido linoleico e vitamina E, e valores excessivos de sódio, potássio e proteínas.
Ingredientes presentes nas formulações infantis 
Devido ao menor poder edulcorante da lactose, nas formulações infantis ela muitas vezes é substituída pela sacarose ou pelo amido, substituição que também diminui os custos de produção. Mas esta ação distância ainda mais as formulações da composição do leite materno, que possui a lactose como principal carboidrato.
Em algumas formulações podemos encontrar a maltodextrina, que é um fragmento do amido que apresenta maior densidade energética que a lactose, o que a permite se diluir com pouca água, propiciando alta densidade ao produto final. Nesse caso, o produto seria um típico “dois em um”, apresentando um substituto do leite materno acompanhado de um “alimento complementar”. 
A concentração e variedade proteica do leite humeno é de difícil reprodução em formulações infantis baseadas no leite bovino. Sendo usado nos alimentos infantis uma mistura de leite integral e soro de leite bovino, mesmo assim a concentração de proteínas se apresenta em valor reduzido, facilitando a digestão e absorção pelo organismo da criança.
O conteúdo lipídico das formulações tem como base a gordura láctea ou as de origem vegetal (canola, soja, milho girassol), com o objetivo de proporcionar melhor digestibilidade e melhor absorção de cálcio e ácidos graxos essenciais.
O interesse na qualidade dos lipídeos vem sendo atualmente de bastante interesse, necessitam de lipídios que são fornecidos através da dieta por apresentarem fatores determinantes do crescimento, desenvolvimento visual e neurológico e promoção da saúde a curto e longo prazo.
	A RDC Nº 43 de 19 de setembro de 2011 estabelece os teores de vitaminas e minerais que devem estar presentes nas formulas infantis. Sendo elas enriquecidas com ferro com o objetivo de suprir qualquer necessidade da lactente. As modificações têm sido realizadas tentando aproximar os teores de minerais aos do leite materno, com melhora da relação cálcio/fósforo, favorecendo a mineralização óssea. Alguns estudos comprovam a importância do ferro, zinco, cobre e selênio nos mecanismos de defesa do organismo.
Existe formulas que acrescentam outros ingredientes como prebióticos e probiótcos com o objetivo de garantir o crescimento e desenvolvimento de uma microbiota intestinal com predominância de bifidobactérias, pois elas tem grande importância no desenvolvimento do sistema imunológico do lactente, além de fornecer nutrientes imunomoduladores que contribuem para o bom desempenho do sistema imunológico. 
Os probióticos são micro-organismos vivos, administrados em quantidades adequadas, que conferem benefícios à saúde do hospedeiro. Traz benefícios sobre a microbiota intestinal humana como efeitos antagônicos, competição e efeitos imunológicos, resultando em um aumento da resistência contra patógenos e os prebióticos são componentes alimentares não digeríveis que afetam beneficamente o hospedeiro, por estimularem seletivamente a proliferação ou atividade de populações de bactérias desejáveis no cólon. Inibi a multiplicação de patógenos, garantindo benefícios adicionais à saúde do hospedeiro.
 Classificações de produtos e faixa etária pela Norma Brasileira
A Norma Brasileira para Comercialização de Alimentos para Lactantes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras define alguns pontos principais que auxiliam a definir os alimentos e a classificação de idade que a cada se destina, estas definições são:
Alimento substituto do leite materno e ou humano: qualquer alimento comercializado ou de alguma forma apresentado como um substituto parcial ou total do leite materno e ou humano;
Alimento de transição para lactentes e crianças de primeira infância: qualquer alimento industrializado para uso direto ou empregado em preparado caseiro, utilizado como complemento do leite materno ou fórmulas infantis, introduzidos na alimentação de lactentes e crianças de primeira infância com o objetivo de promover uma adaptação progressiva aos alimentos comuns e de tornar esta alimentação balanceada e adequada às suas necessidades, respeitando-se a sua maturidade fisiológica e o seu desenvolvimento neuropsicomotor;
Alimento à base de cereais para lactentes e crianças de primeira infância: qualquer alimento à base de cereais próprio para a alimentação de lactentes após os seis meses de idade e de crianças de primeira infância, respeitando-se sua maturidade fisiológica e seu desenvolvimento neuropsicomotor;
Fórmula de nutrientes para recém-nascidos de alto risco: composto de nutrientes apresentado e ou indicado para suplementar a alimentação de recém-nascidos prematuros e ou de alto risco;
Fórmula infantil para lactente: é o produto em forma líquida ou em pó, destinado à alimentação de lactentes, até o sexto mês, sob prescrição, em substituição total ou parcial do leite materno ou humano, para satisfação das necessidades nutricionais deste grupo etário;
Fórmula infantil para necessidades dietoterápicas específicas: é aquela cuja composição foi alterada com o objetivo de atender às necessidades específicas decorrentes de alterações fisiológicas e ou patológicas temporárias ou permanentes, que não esteja amparada pelo regulamento técnico especifico de fórmulas infantis;
Fórmula infantil de seguimento para lactentes: é o produto em forma líquida ou em pó utilizado, quando indicado, como substituto do leite materno ou humano a partir do sexto mês;
Fórmula infantil de seguimento para crianças de primeira infância: é o produto em forma líquida ou em pó utilizado como substituto do leite materno ou humano para crianças de primeira infância;
Criança: indivíduo de até 12 anos de idade incompletos.
Criança de primeira infância ou criança pequena: criança de 12 meses a 3 anos de idade (Codex Alimentarius Commission);
Lactente: criança de até 1 ano de idade (de zero a 11 meses e 29 dias);
Recém-nascido de alto risco: é aquele que nasce prematuro de muito baixo peso (com menos de 34 semanas de idade gestacional) ou de muito baixo peso ao nascer (peso inferior a 1.500 gramas). Também é considerado recém-nascido de alto risco aquele que nasce e ou logo após o nascimento apresenta patologia que necessita de tratamento intensivo.
 Alimentos Infantis
No mercado é possível encontrar deferentes tipos de alimentos infantis, dentre eles estão os seguintes citados abaixo.
Leite Fermentado
Os leites fermentados normalmente são semidesnatados, inoculados com uma cultura que normalmente são streptococcus e lactobacillus. É um leite fermentado a temperatura de aproximadamente 43ºC, por um período de 5 a 10h até a obtenção da acidez que se deseja, este leite é pré concentrado com um teor de sólidos de 22 a 25 %. Após sua fermentação o leite fermentado é homogeneizado, resfriado e secado.
Leite normalem pó
O leite em pó compõe uma formula simples dentre os produtos infantis, contendo uma porcentagem de gordura entre 25 a 28 % no normal e 14% de gordura no semidesnatado. Neste tipo de produto não são necessários tratamentos especiais antes do seu processamento. O processamento é continuo começando no evaporador até o secador. Geralmente são adicionadas vitaminas no produto como vitamina A1, B1 e D2, para se aproximar ao conteúdo natural do leite, e suprir a necessidade de vitaminas para as crianças. Essas vitaminas são adicionadas no leite por uma bomba dosificadora, e para haver a garantia da distribuição uniforme das vitaminas é feita a homogeneização do concentrado.
Leite em pó achocolatado 
Ao achocolatados são produtos que não são vistos pelo seu valor nutricional pelos pais e até mesmo as crianças, mas é um produto com seu valor nutricional de grande importância. O achocolatado é um produto em pó que é formulado com cacau, açúcar, aroma e outros ingredientes, que são destinados para o consumo na forma de bebidas com a adição de leite. Os produtos derivados do cacau contem grande quantidade de substancias e nutrientes como lipídeos, carboidratos e proteínas
Os achocolatados geralmente são formulados com cerca de 70% de açúcar, principalmente sacarose, e 30% de cacau em pó, além de extrato de malte, leite em pó, ovos, vitaminas e minerais. Os achocolatados podem ser usados como veículo para a complementação alimentar de pessoas com carências nutricionais. No mercado existe diversas formulações de achocolatados, como diet, light e com sabor, sendo a maioria destinado a crianças e adolescentes. 
Leite maternizado
O leite maternizado é o grupo de produtos mais importantes. Este leite tem sua composição diferente do leite de vaca, contendo mais lactose, com menos proteínas e suas proteínas e gordura com uma composição diferente, a composição é muito maior de ácidos graxos não saturados e com baixo teor de minerais.
Um dos métodos utilizados dentre os diferentes que existem, é um método simples que consiste na adição de lactose para aumentar seu teor, e gordura vegetal aumentando o teor de ácidos graxos não saturados. É possível a adição de outros produtos como como vitaminas, íons férricos ou lactose que tem a finalidade de se aproximar ao máximo aos componentes do leite materno.
É importante lembrar que todas as formulações infantis são formuladas de acordo com a idade da criança, um exemplo é a tabela abaixo que mostra a composição em diferentes idades.
Tabela 1: Composição do Leite
	 Idade
	Caseína
	Proteínas do soro
	Gordura Anima
	Gordura vegetal
	Lactose
	0 – 6 meses
6–12 meses
	6 %
17 %
	10 %
4 %
	6 %
5 %
	20 %
16 %
	56 %
Processamento
Inicialmente é feito a padronização do produto, a padronização pode ser realizada de duas formas, seca e liquida. A mistura à seco é uma simples mistura dos componentes secos, mas não ideal para os produtos infantis, pois existe uma preocupação a mais em relação a bacteriófagos, onde existe grande controle com o limite aceitável pela legislação. Por isso é interessante que se faça a mistura de forma liquida pois mantem o produto livre de possíveis infecções durante o processo, antes de ocorrer a secagem é misturado os ingredientes em forma liquida e levado ao secador.
A mistura a liquido é realizada com um conteúdo de sólidos de 40-45% utilizando o leite pré-evaporado com um conteúdo de sólidos de 20-30%, é feito a mistura dos componentes em pó desmineralizado ou filtrado, caso necessite é adicionado carboidrato e gordura. A mistura dos ingredientes é feita em tanques grandes com marcadores de volume e peso. Logo após a mistura é pasteurizada e evaporada com um teor de sólidos entre 50-55%, isso depende da sua composição, logo em seguida é feito sua concentração, pasteurizado, homogeneizado e finalmente seco. É de extrema importância que não haja contaminação após o processo, por isso não se pode utilizar tanques intermediários abertos.
Os concentrados para os alimentos infantis podem ser secos em instalações que secam produtos lácteos normais. Mas devido sua composição esses produtos não se comportam com o leite normal em secadores. Isso se dá devido ao maior teor de carboidrato e gordura. O pó se torna termoplástico e pegajoso, isso leva a uma formação de depósitos do produto na câmara de secagem, ocorrendo problemas em ciclones, além de ocorrer grande perda de produto e por se instalar na superfície pode ocorrer possíveis contaminações.
Para uma operação normal são necessárias condições onde os sólidos no concentrado estejam a 45%, a temperatura de concentração 70ºC, e sua temperatura de secagem com 180ºC.
Quando se aplica um retorno de partícula finas se obtém um produto aglomerado, instantâneo e com alta fluidez. A umidade excessiva que se tem no produto é retirada por evaporação em um vibr0´fluidizador, ocorrendo também o resfriamento do pó que se quer obter. Se for necessário pode ser adicionado a Lecitina no pó obtido para que melhore as propriedades instantâneas do produto.
Porém, a instalação mais utilizada para secagem de produtos infantis é um secador tipo alto, onde favorece vantagens para o tipo de produto que se quer obter. Por exemplo fazer a operação com bocais que dão ao produto final maior fluidez, uma corrente de ar em pistão (“plug-flow”), está reduz o mínimo de deposito nas superfícies, sendo possível produzir por um tempo maior antes de se fazer a limpeza, além de um desenho especial para a saída do ar que reduz os problemas nas frações dos ciclones.
Legislação
Vários órgãos regulamentadores e fiscalizadores, como a Organização Mundial da Saúde e o Fundo das Nações Unidas para a Infância reconhecem a importância da amamentação até pelo menos a idade de 2 anos, expondo a importância que este ato proporciona a saúde da criança. Estudos revelam que a probabilidade de ocorrência de mortes por pneumonia ou diarreia em crianças, de países subdesenvolvidos, que não foram amamentadas nos cinco primeiros meses de vida pode aumentar de cinco a sete vezes. Além disso, a Academia Americana de Pediatria afirma que é possui economizar aproximadamente US$ 3,6 bilhões de dólares com saúde, quando a amamentação é feita pelo período correto. (ARAÚJO et. al, 2006)
Estudo realizado nas capitais do Brasil e no Distrito Federal no ano de 1999 mostraram que o aleitamento materno exclusivo nos primeiros meses de vida era feito por menos de 10% das mulheres, porcentagem esta que deveria ser de 100%. Este valor foi relacionado ao marketing feito pelas empresas produtora de alimentos infantis e a atual situação das mães daquela época, que estavam no mercado de trabalho e precisavam de soluções rápidas para a alimentação dos filhos. (ARAÚJO et. al, 2006)
No Brasil existem legislações que tratam especificamente dos alimentos infantis, apontando os principais requisitos e cuidados que é necessário ter durante sua fabricação e comercialização.
No dia 20 de dezembro de 1988 foi publica pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) a Norma para Comercialização de Alimentos para Lactantes (NCAL). Para elaboração desta norma o CNS contou com o apoio da Sociedade de Pediatria e a Associação Brasileira de Alimentos Infantis (ABIA). (ARAÚJO et. al, 2006)
Anos depois o Ministério da Saúde ministrou treinamentos para os profissionais da área da saúde sobre a NCAL e nele ficou evidente as dificuldades de entendimento que o texto trazia, sendo assim aprovada em 31 de outubro de 1992 a Norma Brasileira para Comercialização de Alimentos para Lactantes (NBCAL).
Após nova capacitação, mas agora com o NBCAL, novas dificuldades apareceram, mas agora relacionadas a infrações graves na produção de alimentos infantis, chupetas, mamadeiras e bicos sendo assim reformulada a NBCAL, introduzindo o conjunto da portaria MS 2.051, de 8 de novembro de 2001 e as Resoluções ANVISA-RDC 221 e 222, de 5 de agosto de 2002, constituindo assim a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactantes e Criançasde Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras. (ARAÚJO et. al, 2006)
As alterações que ocorreram nas legislações, desde a NCAL até a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactantes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, chupetas e Mamadeiras ficaram focadas nos seguintes pontos:
- Abrangência: inclusão de leite pasteurizado, leite esterilizado, leite em pó, copos fechados com canudinhos ou bicos, chupetas, formula infantil destinada a crianças de primeira infância, alimentos de transição para crianças de primeira infância, formulas de nutrientes apresentadas ou indicadas para recém-nascido de alto risco e os protetores de mamilos.
- Promoção Comercial: inclusão da frase obrigatória alertando da não utilização na alimentação de lactente nos primeiros seis meses de visa, salvo sobre orientação médica, a obrigatoriedade de frases precedidas de “ O Ministérios da Saúde adverte...” e a exclusão de promoção comercial do tipo “Fortificante para recém-nascido”.
- Rotulagem: obrigatoriedade do uso de embalagens e/ou rótulos em mamadeiras, bicos ou chupetas, foi definida a mensagem a ser inserida nos rótulos destes produtos, foram incluídas regras de rotulagem e frases de advertência específicas para fórmulas infantis para crianças de primeira infância, também para fórmulas de nutrientes indicadas para recém-nascido de alto risco e protetores de mamilo. Foi proibida a vinculação de imagens de crianças, recém-nascidos e lactantes nas embalagens dos produtos direcionados ao público infantil e as lactantes e para os alimentos de transição, foi exigida, no painel principal, a idade a partir da qual o alimento poderá ser utilizado.
- Qualidade: foi estabelecido regras para a qualidade das chupetas e padronização do nível de nitrosaminas para as mamadeiras, bicos e chupetas.
- Objetivos: inclusão sobre a necessidade do aleitamento materno exclusivo até os seis primeiros meses e continuado até os dois anos ou mais e regulamentação das propagandas comerciais destinada ao público infantil.
 Conclusão
. Nos tempos atuais existe uma grande procura por produtos práticos e que facilitem a vida corrida da população em geral, não sendo diferente da necessidade de formulas infantis que supram as necessidades nutricionais de uma criança quando não se tem um leite materno e outros alimentos possuem esses nutrientes. Por isso a indústria de formulações infantis tem crescido e se preocupado na elaboração de diferentes produtos que façam esta substituição, com tecnologias avançadas e segura que buscam o aperfeiçoamento s para um produto de qualidade.
Referências Bibliográficas 
CALIL, V.M.L.T.; FALCÃO, M.C. Composição do leite humano: leite ideal. Revista Med (São Paulo) 2003 jan.-dez.;82(1-4):1-10.
ARAÚJO, M.F.M. et.al. Avanços na norma brasileira de comercialização de alimentos para idade infantil. Revista Saúde Pública 2006;40(3):513-20
TUA SAÚDE. Homepage servisse: < https://www.tuasaude.com/composicao-do-leite-materno/>. Acesso em: 09 de junho de 2017
BRASIL, Portaria GM 2.051 de novembro de 2001 e Resoluções RDC ANVISA nº 221 e 222 de 2002. Normas Brasileira de Comercialização de: Alimentos para Lactentes, Crianças de primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras.

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